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Fórum FAAP 2021 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

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Academic year: 2022

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São Paulo www.faap.br

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Dr. Octávio Plínio Botelho do Amaral Dr. José Antonio de Seixas Pereira Neto Srª. Maria Christina Farah Nassif Fioravanti

DIRETORIA EXECUTIVA

Diretor-Presidente

Dr. Antonio Bias Bueno Guillon

ASSESSORIA DA DIRETORIA

Assessor Administrativo e Financeiro

Sr. Tomio Ogassavara

Assessor de Assuntos Acadêmicos

Prof. Rogério Massaro Suriani

FACULDADE ARMANDO ALVARES PENTEADO

Diretor

Embaixador Rubens Ricupero

Coordenação dos cursos de Relações Internacionais e Economia

Profª. Fernanda Petená Magnotta Prof. Paulo Dutra Costantin

Fórum FAAP - Coordenação

Prof. Victor Dias Grinberg

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CARTA DE APRESENTAÇÃO PENU 2021

Caros delegados, é com ilustre satisfação que lhes damos as boas-vindas à XVII edição do Fórum FAAP, tal como ao comitê do Programa Espacial das Nações Unidas (PENU). Além disso, encontramo-nos extre- mamente honrados em recebê-los em vossa primeira participação no Fórum FAAP, esperando que seja uma de muitas! Torcemos para que os dias sejam de muitos ensinamentos, debates profi ssionais e extra- ordinários. Afi nal, acreditamos no potencial de cada um de vocês!

Meu nome é Ana Carolina Rondino, aluna do 2° semestre de Relações Internacionais na FAAP. Apesar de ter tido apenas uma experiência com o Fórum FAAP, estou confi ante e animada para ser a Diretora Acadêmica no PENU este ano.

Eu sou o Gabriel Montelli e também sou aluno do 2° Semestre de Relações Internacionais na FAAP. Já tive diversas experiências em simulações, como staff estrutural, staff acadêmico e como delegado (inclu- sive sendo uma delas em um Mini Fórum da FAAP)! Será minha primeira vez como Diretor Acadêmico de um comitê, entretanto, acredito que com minha experiência prévia, estou capacitado para tal cargo!

Me chamo Giovanna Chianello e sou aluna do 2° semestre de Relações Internacionais. Mesmo ocupando um cargo de diretora acadêmica, não tenho experiência prévia com simulações, sendo este meu pri- meiro contato com o mundo das simulações. Estou superanimada para participar e aprender! Eu amei o assunto que o PENU irá abordar este ano e espero que todos estejam tão animados quanto eu estou!

Nós acreditamos que nossas discussões serão bastante interessantes e enriquecedoras, já que, apesar do Programa Espacial das Nações Unidas (PENU) ser fi ctício, discussões a respeito de quais próximos passos devem ser tomados sobre o conhecimento do espaço se tornam mais usuais.

Em nosso comitê, será abordado o tema “A Colonização de Marte”. Em detrimento do descaso popula- cional com o planeta Terra, os recursos estão se esgotando. Por isso, se faz cada vez mais urgente pensar

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em novas possibilidades de moradia. É da responsabilidade de vocês, nobríssimos delegados, proporem ideias e soluções para tal questão. Afi nal, será que o processo de colonização deve ser igual ao de tem- pos remotos? E se colonizarmos e continuarmos maltratando o planeta, esse ciclo migratório terá fi m?

Como Elon Musk disse, será algo de acessibilidade geral ou apenas um refúgio para os ricos?

Após essas perguntas, imaginamos que diversos questionamentos e incertezas podem passar pela mente de vocês, mas essa era a nossa intenção. Queremos que vocês tenham desde já uma breve, porém entu- siasta ideia do que são as simulações do Fórum FAAP!

Por fi m, desejamos que vocês aproveitem muito, tanto esse Guia de Estudo como toda a experiência que tentaremos passar para vocês! Nós esperamos vê-los em breve, com total engajamento nas discussões e nos disponibilizamos para o que precisarem!

Até breve, ilustríssimos,

Ana Carolina Rondino, Gabriel Montelli e Giovanna Chianello.

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HISTÓRICO DO COMITÊ

A chamada Paz de Westfália (1648) foi resultado do Congresso de Westfália, na Alemanha. Tinha como principal ponto de questão selar o fi m da Guerra dos 30 anos – a partir de acordos fi rmados com prin- cípios que permanecem até os dias atuais na polí- tica internacional. Dessa reunião, surgiu uma das decisões mais importantes para as relações inter- nacionais: a noção de Estado Soberano. Ou seja, a partir de um sistema anárquico, não há autoridade superior a do soberano ao seu território:

“O conceito de território não deve ser confundido com o de espaço ou de lugar, estando muito ligado à ideia de domínio ou de gestão de uma determinada área. Deste modo, território está associado à ideia de poder, de controle, que se faça referência ao poder público, estatal, quer ao poder de grandes empresas que estendem os seus tentáculos por grandes áreas territoriais, ignorando fronteiras políticas.”

(ANDRADE, 1995, p.19).

A partir do tratado, pode-se considerar o início do sistema internacional, por meio de um acordo entre países confl itantes em busca de um mundo mais pacífi co e digno.

A natureza do sistema internacional como homo- gêneo e heterogêneo, centrando-se na conduta

dos atores políticos, nas ideologias e no princí- pio de legitimidade política dos estados. (Paix et guerre entre les nations; Aron, Raymond. 1962).

Em 1914 iniciava-se a Primeira Guerra Mundial, a qual pôs um ponto fi nal na opinião de que a guerra é um assunto que afeta unicamente soldados profi ssionais, dissipando a impressão correspondente de que a política internacio- nal podia ser deixada com segurança nas mãos dos diplomatas. Antes desse marco histórico, a popularização das políticas internacionais não era efetiva. Em outras palavras, a partir de uma demanda popular gerenciada pelas insatisfações que a 1°GM mostrou, surge-se com o objetivo de servir a partir do aspecto de ser parâmetro a ciência da política internacional.

A sua historiografia clássica, pensada de uma perspectiva endógena, enfatiza a importân- cia dos embates teóricos e dos problemas científicos que levaram ao desenvolvimento intelectual da disciplina, visto, dessa pers- pectiva, como uma necessidade histórica ligada ao próprio progresso da razão

(Foucault, 2010, apud CARLOTTO, 2017).

Dado o caos generalizado em 1918 com o fi m da Primeira Guerra, e a democratização da necessidade de políticas externas, em 1919 com

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a participação de 70 delegados representando os países, foi aberta a Conferência da Paz de Paris, na qual foi assinado o Tratado de Versa- lhes. Esse tratado uniu todos os representantes dos países vencedores da guerra que queriam discutir medidas que evitassem um próximo confl ito global. As discussões entre as autori- dades presentes tiveram um teor complexo, pois havia uma orientação (sobretudo após as propostas de Woodrow Wilson) de não trans- formar a Alemanha em “bode expiatório” e submetê-la a rigorosas sanções.

A Conferência de Paz de Paris (doravante, Con- ferência) foi, para muitos, o marco do século XX que deu fi m à Grande Guerra e, fi nalmente, esta- beleceu os fundamentos da paz para uma Europa unida e livre de confl itos, mediada pelo legalismo e institucionalização pioneira da Liga das Nações (doravante, Liga) e, paradoxalmente, pelas puni- ções defi nidas no Tratado de Versalhes. Entre- tanto, o confl ito estourado em 1939 mostrou que essa paz, em tese delineada pela Conferência, não foi tão efetiva quanto a almejada pelos pea- cemakers de 1919. Sendo assim, o momento da elaboração do Tratado de Versalhes era absolu-

tamente ímpar na história, tendo em vista as pro- porções, também nunca antes vistas, que foram vislumbradas no confl ito iniciado em 1914 (MAC- MILLAN, 2004, p.27-36 apud SAMPAIO, 2011).

Ademais, nessa mesma conferência, criou-se a Liga das Nações, a primeira organização internacional com o intuito de promover diplomaticamente as relações entre os países, destinada à preservação da paz e à resolução dos confl itos internacionais por mediação e arbitramento, termos já defendi- dos por alguns estadistas, especialmente Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos. Contudo, a recusa do Congresso norte-americano em ratifi car o Tratado de Versalhes impediu os Estados Unidos de se tornarem membro do novo organismo.

Liga das Nações, 1920.

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Não só, a falta de vontade por parte das grandes potências tornou a Liga incapaz de inibir ou sancio- nar efetivamente as agressões territoriais do Japão, da Itália e da Alemanha na década de 1930. O início de uma segunda guerra em escala global minou a representação da Liga das Nações e pôs fi m a ela.

Com tudo o que se passava ao redor do mundo, com a destruição generalizada da Segunda Guerra Mundial, mostra-se necessário o surgi- mento de um novo comitê capaz de evitar um novo confl ito mundial.

“A Segunda Guerra Mundial, que ocorreu entre 1939 e 1945, destruiu países, matou milhares de pessoas e deixou um sentimento generalizado de que era necessário encon- trar uma forma de manter a paz”

(CORTINHAS, 2019).

Em 1945, foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU) que tem quatro objetivos princi- pais: manter a paz e a segurança internacionais, fomentar a amizade e as boas relações entre as nações, defender a cooperação como solução para os problemas internacionais e o desenvol- vimento dos direitos humanos e das liberdades da população mundial. Esses princípios foram defendidos na Carta das Nações, assinada por

representantes de 50 países em São Francisco, no dia 26 de junho de 1945.

Durante a Guerra Fria, desde a criação da ONU, essa instituição teve suas ações suspendidas. O ambiente internacional cercou-se de insegu- rança e o mundo tornou-se bipolar.

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Nesse período, um evento ímpar e fundamental para a criação de nosso comitê acontece. A cha- mada “corrida espacial” se deu a partir do lança- mento dos primeiros satélites artifi ciais da Terra com o soviético Sputnik 1 (1957) e o estadunidense Explorer 1 (1958). O pioneirismo espacial da URSS causou espanto ao bloco ocidental, levando o primeiro ser vivo ao espaço, a bordo do Sputnik 2 a cadela Laika (1957) e, também colocando em órbita o primeiro ser humano, Yuri Gagarin (1961).

Do outro lado, os EUA enviaram ao espaço os macacos Able e Miss Baker (1959), bem como rea- lizaram o voo suborbital com Alan Shepard (1961).

Após as tensões da Guerra Fria atingirem o ápice nos anos 1960, o mundo pôde sentir um relativo relaxamento.

Apesar de permanecerem assuntos de segu- rança nacional e secretos para o grande público, no início dos anos 1970 os satélites de reco- nhecimento começaram a abandonar a “clan- destinidade” para serem internacionalmente institucionalizados na forma de “sistemas de inspeção” de armas e arsenais nucleares (SIQUEIRA, 2018, p.86).

Com isso, estabeleceu-se encontros e discus- sões de 1969-1972, os Strategic Arms Limitation Talks, resultando em acordos assinados pelos

Estados que limitariam os arsenais e os veículos utilizados no transporte de cargas nucleares.

Ainda na década de 1970, a história da cor- rida espacial ganhou um surpreendente novo capítulo: a cooperação entre EUA e URSS ao acoplar as naves Apollo 18 e Soyuz 19 por 44 horas. Os satélites de reconhecimento passa- ram a ser o principal mecanismo de verifi cação do cumprimento dos acordos, mencionados anteriormente e, dos arsenais nucleares.

Dessa forma, a corrida espacial, não apenas na Guerra Fria, transforma as formas de viver e de governar, mediante a confi guração de novos dis- positivos de poder (SIQUEIRA, 2018).

A partir da junção dos potenciais tecnológicos dos Estados Unidos com a União Soviética, por meio de um acordo bilateral e uma negociação em que ambos os países possuíam controle da agenda e discutiam sobre as melhores formas de se explorar e colonizar o espaço.

Porém, com o fi m da Guerra Fria, e a ascensão de Bill Clinton como Chefe de Estado americano, descobriu-se tudo sobre o plano secreto de união envolvendo a antiga URSS e a maior potência

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mundial da atualidade. De maneira diplomática, Clinton se reuniu com os outros países membros da ONU, após um longo período de tempo em que a Organização das Nações Unidas não estava exercendo sua infl uência.

Após diversos dias de discussão em que o pre- sidente dos Estados Unidos mostrou todo o planejamento, fi cou acordada a criação de um comitê internacional dedicado exclusivamente a questões espaciais. Devido à abertura a novas alianças dos EUA, além de sua transparência ao exterior, obteve uma das cadeiras fi xas e poder de veto nas votações do PENU.

Nasce, em 1994 na sede da ONU em Nova York, o Programa Espacial das Nações Unidas (PENU) com 36 países, sendo 5 destes com poder de veto e cadeira fi xa: China, EUA, Japão, Reino Unido e Rússia. Vale mencionar que Brasil, França e Índia estão obstinados há décadas a fi m de compor o seleto grupo de países com poder de veto. Além disso, 30 países possuem permanência rotativa no comitê, com duração de 10 anos.

HISTÓRICO DO PROBLEMA

Buscar um novo lugar de moradia para os huma- nos se tornou inevitável desde a pandemia do Sars-Cov 2, em 2019. O Planeta Terra caiu em deca- dência e, nesse espaço, falaremos sobre os proble- mas que resultaram na nossa discussão do comitê.

Há exatos 100 anos, em 1930, o primeiro pro- tótipo de foguete com combustível líquido foi lançado pelo professor americano Dr. Robert H.

Goddard, sendo esse o marco histórico causal do estudo do espaço e dos foguetes.

No século XVIII, com a Revolução Industrial na Inglaterra e os novos modos de utilização dos recursos naturais, mudou-se a relação do homem com o meio ambiente para sempre. A explosão democrática e a busca pela vida na cidade se mostraram cada vez mais frequentes. Com isso, as grandes metrópoles foram crescendo de maneira desordenada e prejudicial ao meio ambiente.

“Nada será menos industrial do que a civiliza- ção nascida da revolução industrial.”

Jean Fourastié

Atualmente é clara a percepção de poder da socie-

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dade moderna em alterar o ambiente econômico, social e da natureza, estas rápidas mudanças do último século resultaram em muitos problemas como resultado de todo poder destrutivo e insus- tentável dos sistemas de produção e consumo.

“A relação humanidade/ambiente mudou radi- calmente com a invenção das máquinas que multiplicaram a capacidade do homem de alterar o ambiente”

(BIAGIO; ALMEIDA; BONILLA, 2007, p.76).

A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, e a utilização de combustíveis fósseis em larga escala trouxeram uma série de consequências, que podem ser descritas como resultado de um processo de cres- cimento descontrolado, capaz de, eventualmente, destruir a biosfera: efeito estufa, destruição da camada de ozônio, acidifi cação do solo e de águas superfi ciais, dissipação de substâncias tóxicas no ambiente, acúmulo de substâncias não-biodegradá- veis no ambiente, acúmulo de lixo radioativo, dimi- nuição da área de fl orestas tropicais e da biodiversi- dade, etc. (BIAGIO; ALMEIDA; BONILLA, 2007, p.76).

Entende-se que a poluição é resultado de todo impacto negativo causado pelo modo de produção e consumo da sociedade moderna,

característica da industrialização.

No período entre 1914 e 1945, ocorreram as duas grandes guerras mundiais, causadoras de, além da destruição em massa da sociedade, interferência na destruição ambiental do planeta, por meio de bombardeios constantes, que agridem o ambiente;

impactos na atmosfera com mísseis destruição do meio urbano; e emissão de metais pesados e outras substâncias que contaminam o solo, a água e o ar.

No fi lme “O Primeiro Homem” (2018) tem-se retra- tado o lado dos EUA na Corrida espacial (1955-1975) da Guerra Fria, época primordial para o desenvol- vimento e avanço das tecnologias e estudos sobre o espaço. Um momento de extrema relevância na sociedade é retratado no fi lme, momento o qual o homem conclui um de seus principais desejos, e chega à lua em 1969, essa sendo a cena de grande impacto no enredo do longa-metragem.

Esta corrida foi entre as duas grandes potên- cias da época, os EUA e a URSS - primeira a manter o satélite Sputnik I ao espaço em 4 de outubro de 1957. Essa ação russa foi vista como um desafi o para os americanos, que lançaram quatro meses mais tarde o Explorador I (1958).

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Nesse momento, iniciou-se a ideia de mandar naves tripuladas para fora do planeta Terra, com a URSS em 1957 enviando a cachorra Laika e em 1963 enviando dois cães e um camundongo.

Tendo êxito em suas missões, eles se prepararam para enviar o primeiro humano para o espaço em 1961 - Yuri Gagarin (1934- 1968) - a bordo do Vos- tok I. Essa missão fez com que a pressão interna nos Estados Unidos aumentasse diante do desempenho soviético, ou seja, os americanos começaram a se sentir envergonhados por não serem o centro das atenções quando se tratava da corrida espacial.

O feito de Gagarin estampou manchetes de jornais em todo o mundo (Foto: Domínio Público)

Sendo assim, em 1961 foi anunciado no Con- gresso pelo presidente dos EUA da época, John Kennedy (1917-1963) que o país seria o primeiro a levar um homem ao solo lunar, fato conhecido como Apollo Moon.

O programa Apollo consistiu em mais de 150 mil cientistas, entre engenheiros, projetistas e matemáticos. A sua primeira missão não che- gou ao espaço devido a um acidente mortal ainda na fase de teste com os astronautas.

Da Apollo 2 até a Apollo 10, os cientistas se empenharam ao máximo para que fosse pos- sível garantir uma viagem segura tanto na ida quanto na volta.

O êxito do projeto foi mostrado em 1969, com a Apollo 11, quando Neil Armstrong (1930- 2012) pisou em solo lunar após uma viagem de três dias juntamente com os astronautas Buzz Aldrin e Michael Collins permaneceram quase três horas na Lua, onde fincaram a placa:

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(“Aqui os homens do planeta Terra puseram pela primeira vez os pés na Lua, em 20 de julho de 1969. Viemos em paz em nome de toda a Humanidade” em tradução livre do inglês)

Depois desse evento, os americanos mandaram outras seis missões tripuladas ao nosso satélite natural para que trouxessem pedras para serem analisadas pelos cientistas.

Enquanto os americanos focavam seus olhos cada vez mais para a Lua, a URSS passou a focar na pos- sibilidade de se colonizar o espaço, criando assim, a primeira Estação Espacial (1971), em que três cosmonautas passaram ali três semanas fazendo experimentos. Os soviéticos ainda mandaram também sondas a Vênus (1972) e Marte (1971), tangenciando a chegada ao satélite terrestre.

A corrida espacial impulsionada pela Guerra Fria foi responsável pelas primeiras missões rumo a Marte, e

agora chegamos ao marco de seis décadas de falhas e acertos nas tentativas de explorar o planeta.

As duas maiores potências mundiais da atuali- dade são os Estados Unidos e a China, desde o começo de 2018 esses dois países entraram em uma disputa comercial. O confl ito teve seu início em 2017, quando o ex-presidente norte-ameri- cano Donald Trump tarifou produtos chineses.

Trump sempre adotou políticas de recuperação da indústria americana, portanto o objetivo das tarifas era estimular a compra de produtos nacio- nais, aumentando assim a criação de empregos.

Em setembro de 2018, os EUA impõem tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões de importações chi- nesas e a China de 10% sobre US$ 60 bilhões de importações estadunidenses. Ao mesmo tempo, os EUA anunciam que irão aumentar a tarifa para 25%, a partir de janeiro de 2019. Os dois países negociaram uma trégua para o aumento das tari- fas no encontro do G 20, em dezembro de 2018.

(Retirado de: Revista Conjuntura Econômica, 2019.)

Essa disputa econômica que durou aproximada- mente dois anos alcançou uma trégua com a assi- natura da fase 1 do acordo entre os países.

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O ponto central do acordo é uma promessa da China de comprar mais US$ 200 bilhões em pro- dutos dos EUA ao longo de dois anos para redu- zir o défi cit comercial bilateral com os norte- -americanos que chegou a US$ 420 bilhões em 2018. (Retirado de: G1 notícias)

Anteriormente os Estados Unidos tinham quase que o monopólio das explorações em Marte, por conta de somente a NASA ter a capacidade e tec- nologia de chegar ao planeta vermelho. Entre- tanto, com o aprimoramento tecnológico, outros países conseguiram desenvolver sondas e satéli- tes que foram enviados à superfície marciana.

A China em 2020 conseguiu lançar a missão Tianwen-1 e em fevereiro de 2021 efetuou sua entrada no grupo de nações que conseguiu colo- car uma sonda na órbita de Marte. A missão chi- nesa leva um rover, que ainda não pousou e seu pouso está previsto para o mês de maio de 2021.

Esse objeto tem como objetivo estudar a pre- sença atual e antiga de água, a estrutura interna do planeta, a identifi cação de minerais e dife- rentes tipos de rochas na superfície e a análise do ambiente na atmosfera de Marte.

Caso a tecnologia chinesa funcione, tem-se um potencial de descobertas sobre o planeta vermelho. Já que as tecnologias utilizadas são diferentes da NASA e podem obter análises diferentes. Atualmente temos somente o rela- tório da agência americana sobre a questão da descoberta de água em Marte.

A missão lançada em 2003 pela NASA é a Mars Express, foi equipada com instrumentos científi cos para ajudar em pesquisas sobre a areologia, atmos- fera, superfície, história da água e potencial de vida em Marte. A sonda encontrou no Planeta Verme- lho algumas evidências de atividade glacial recente, vulcanismo explosivo e gás metano. Os estudos da agência espacial norte-americana indicaram, em 2004, que o planeta possuiu mares e confi rmaram sinais da existência de água, no tempo em que as rochas estavam em formação. Entretanto, Marte possui gelo em seus polos, que não é feito de água, mas de gás carbônico - o “gelo seco” - que é abun- dante na atmosfera marciana. A temperatura de até 142 graus Celsius negativos congela esse gás e forma a neve carbônica. Portanto sem a desco- berta de água em estado líquido e na superfície do planeta, a existência de vida continua impossível.

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As commodities são todas as matérias primas essenciais que possuem baixo nível de indus- trialização. Porém estudos confi rmam que o uso intensivo e recorrente de agrotóxicos nas com- modities, contamina o solo e a água. Além disso, há casos frequentes de poluição do ar, como na produção de ferro-gusa, aço e nas queimadas da cana-de-açúcar, além dos problemas sociais gera- dos pela exportação de commodities. A criação do modelo alternativo de commodities ambien- tais gerou impacto positivo como forma de solucionar os problemas causados pela mesma, porém esta foi desenvolvida com tardança.

A poluição do meio ambiente não se limita somente às commodities citadas acima, existem milhares de fatores de degradação do planeta Terra causados pelo ser humano. Um dos princi- pais causadores foi a poluição em massa dos oce- anos e mares. Durante anos, foram depositados bilhões de toneladas de lixo, gerando a morte de milhares de espécies marinhas e impossibilitando uma fonte fundamental para a vida humana - a pesca. Estudos estimam que cerca de 14 bilhões de toneladas de poluentes acometem os ocea- nos anualmente, sendo assim, 41% de toda área

marinha já sofreu impactos das ações do homem.

E a falta da conscientização dos mesmos gerou a extinção de milhares de espécies marinhas, como a tartaruga-de-pente.

Outro fator crucial para a destruição do meio ambiente foi o esgotamento de recursos natu- rais, que ocorreu em julho de 2019, onde o pla- neta Terra atingiu o ponto máximo de uso de recursos que poderiam ser renovados.

O aquecimento global também está entre os principais fatores para a deterioração do pla- neta, esse é o processo de aumento da tempera- tura média dos oceanos e da atmosfera da Terra causado por massivas emissões de gases que intensifi cam o efeito estufa, originados de uma série de atividades humanas, tendo como exem- plo o desmatamento de fl orestas. No ano de

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2020, o mundo entrou em estado de alerta, após o aumento em 40% do desmatamento na fl o- resta amazônica no Brasil. Conhecida como pul- mão do planeta, esteve durante anos em estado de calamidade, mas nada foi feito, e essas quei- madas geraram mais de 51 milhões de toneladas de dióxido de carbono emitidos na atmosfera.

Além disso, deve-se levar em conta que o desma- tamento gera um desequilíbrio ambiental mun- dial provocado pela perda da vegetação nativa, e possui um grande impacto na vida animal, pois a remoção da vegetação provoca a perda da bio- diversidade, assim como a perda do habitat de animais e plantas, e, ainda, impacta diretamente na elevação do número de espécies em extinção.

Com intuito de minimizar a grave situação em que o planeta se encaminha devido aos problemas gerados pelo ser humano, a Assembleia Geral da ONU, declarou o dia 6 de novembro como o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente na Guerra e no Confl ito Armado.

Evidencia-se também no globo terrestre a mais de 10 anos uma corrente de negacionismo cien- tífi co, que prejudicou muito o avanço da tecno-

logia e dos meios de avanço de manutenção do sistema ecológico.

“Negar a ciência é muito mais fácil do que aprendê-la”

Mario Bunge

Em escala regional, observa-se os Chefes de Estado não defendendo o meio científi co, em detrimento de suas escolhas e favoritismos, em outras palavras, pode-se entender que o negacio- nismo científi co é uma falha sistemática, da qual políticos abusam por meio da redução da verba destinada a educação, ciência e área médicas.

No fi nal de 2019 surgiu no globo a pandemia causada pela Covid-19, a qual afetou o mundo como um todo, não deixando nenhum país ileso.

No fi nal de 2020 iniciou-se o processo de vacinação mundial, entretanto, aconteceu por alguns Che- fes de Estado um descaso em relação a tal ação, fazendo com que mesmo nos dias de hoje não tenha uma população imunizada por completo.

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RESOLUÇÕES ANTERIORES

Em 1969, teve-se a primeira resolução do PENU composta por 36 nações a fi m de regular a atua- ção espacial. Para tanto, foi estabelecido “Grande Acordo Espacial”, isso é, o ordenamento jurídico acerca da exploração e uso do espaço exterior e dos corpos celestes pelos: Estados, empresas públicas ou privadas, organizações internacio- nais e intergovernamentais. Não só, foram con- cedidos a seis Estados o poder de veto e cadeira fi xa, sendo eles: Brasil, China, Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Rússia. Dessa forma, o PENU é defi nido por princípios e normas internacionais destinados a arrumar a atividade espacial.

O Grande Acordo Espacial, vigente até a atuali- dade, provocou o surgimento de outras impor- tantes convenções espaciais, além de consolidar as diretrizes que, anteriormente, eram elabo- radas pelas duas grandes potências da Guerra Fria, ou seja, EUA e URSS. Os 36 membros do PENU consentem formalmente que as atuações espaciais devem estar subordinadas a um regu- lamento internacional, em busca da promoção mútua em favor de toda a humanidade.

Com base nos antigos acordos bilaterais EUA- -URSS, a reunião do PENU de 1976 conteve apro- vações relevantes para a manutenção da paz.

Portanto, à resolução foi incorporada a desmili- tarização do espaço, bem como o impedimento de se reivindicar territórios sobre o espaço side- ral e, a Lua e outros corpos celestes serão explo- rados para fi ns estritamente pacífi cos.

Contudo, as devidas acusações dos EUA à Rússia - anteriormente URSS - em 1984, provocaram a suspensão da cadeira fi xa de Moscou no comitê.

As denúncias se referiam ao desrespeito sovié- tico principalmente às normas de 1976, além de faltarem com transparência. Em 2014, sem o poder de veto no PENU há vinte anos, foi con- cedida à Rússia, até 2034, uma cadeira rotativa.

Outrossim, 30 países possuem cadeiras rotativas válidas por no máximo 10 anos.

Desde 1995, todas as nações signatárias do PENU se responsabilizam pelos danos causados por seus objetos espaciais e devem evitar a contaminação nociva do espaço e dos corpos celestes. Dessa forma, os membros se comprometeram a man- ter uma reserva de combustível para os veículos

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de lançamento espacial a serem realocados à órbita-cemitério, distantes do alcance terrestre e do risco de colisões. O Reino Unido vem se desta- cando e, frequentemente, é divulgado pela ONU como modelo no cuidado com o lixo espacial.

FIGURA 1

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151 203_vert_fut_lixo_espacial_fd

Com o avanço da tecnologia aeroespacial as via- gens interplanetárias se tornaram praticáveis com mais frequência e segurança. Na reunião do PENU de 2008, foi regulamentado o projeto de autoria do governo indiano junto ao setor pri- vado para o desenvolvimento do turismo espa- cial. A contribuição de 13 membros do PENU, sendo a Índia, os EUA e a China os colaboradores majoritários, os investimentos serão dedicados à área de desenvolvimento tecnológico espacial, à

promoção do turismo. Além disso, cogitou-se na reunião a possibilidade, ainda que em um futuro distante, de se habitar Marte.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A humanidade já passou por inúmeros proces- sos de colonização. Ao longo da história, os Estados e países mais fortes economicamente e, consequentemente, com maior poder militar, eram capazes de dominar aqueles países mais fracos e com menos armamento. Dessa forma, sempre existiu a ideia de adentrar em um ter- ritório alheio e dominá-lo, na maioria das vezes resultando em ganhos imensuráveis, principal- mente durante o processo imperialista europeu no século XIX. Os países da Europa dividiram o território africano entre eles, colonizando tribos, povoados e até países que viviam sob suas pró- prias leis e governo, portanto para conseguirem impor seu poder nesses locais, precisaram utili- zar suas forças militares.

Por conta de toda a nossa história, estamos acos- tumados com a ideia de colonização, porém é extremamente nova a colonização de outro pla-

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neta. Nunca em nenhum outro planeta foram encontradas evidências de ter existido vida, entretanto, ao decorrer dos anos de pesquisas sobre Marte, os cientistas encontram cada vez mais indícios de que existe água no planeta ver- melho e que ele pode um dia se tornar habitável.

Visto toda a situação que o nosso planeta está vivendo, é perceptível que ele não aguente por muitos anos, caso não mudemos nossas atitudes.

Em meio a um colapso sanitário global e questões climáticas totalmente desreguladas, pode notar- -se que os estudos sobre como tornar Marte um planeta habitável é cada vez mais importante.

A situação do nosso querido planeta mostra a necessidade de uma nova forma de colônia.

Primeiramente é importante ressaltar que somente usar a tecnologia para criar uma forma de tornar o planeta vermelho habitável não é sufi ciente, pois se a população não for reeducada a cuidar do ambiente e de tudo ao seu redor, não adianta muita coisa. Vivíamos em um pla- neta cheio de verde, água por todo lado, limpo e agradável. Mas infelizmente durante a nossa evolução fomos degenerando o solo, matando

fl orestas, espécies de animais, agredindo toda a natureza ao nosso redor e o nosso planeta de hoje é resultado de tudo o que a humanidade gerou. Dessa forma, vale ressaltar que somente mudar a população de um planeta para o outro não vai ser uma solução efi caz a longo prazo.

Caso Marte passe por uma colonização, a popu- lação tem que ser educada sob novas regras.

A ciência e principalmente os estudos da NASA, melhoraram drasticamente a nossa qualidade de vida. Segundo o jornalista James Maynard, fun- dador e editor do blog The Cosmic Companion – especializado em mistérios do universo e fi lho de ninguém menos do que Robert Maynard, proje- tista das fontes de energia do programa Apollo, da NASA, “As tecnologias desenvolvidas a partir da exploração do sistema solar incluem colchões de espuma com memória, avanços na tecnologia de ressonância magnética agora usada em hospi- tais, tintas resistentes ao fogo e técnicas de cons- trução usadas em arranha-céus modernos”.

Na atualidade, inúmeros países passaram a inves- tir no aprimoramento de suas ciências, pesquisas e tecnologia. Alguns também passaram a investir

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em programas espaciais, China e Emirados Ára- bes são apenas dois dos países que têm pesquisas e desenvolvimento de satélites e missões espa- ciais ativas. Maynard também afi rma que a China está fazendo enormes avanços na ciência, recen- temente alcançando a Lua e Marte – e lançando sua própria estação espacial. São avanços que trazem o dia em que viveremos em Marte alguns passos mais perto. “A ciência é nossa última e melhor esperança”, diz o articulista.

“Colônias humanas na Lua e em Marte, capa- zes de manter suas populações permanente- mente, independentemente de abastecimento externo, fornecem à nossa espécie a apólice de seguro de vida defi nitiva. Viver em Marte for- nece outro plano de backup para o futuro da raça humana”, encerra Maynard.

Décadas após o início da era espacial é preciso revisar o Direito Espacial, pois o futuro desse ordenamento no espaço ainda não foi estabele- cido. É ainda mais notável ao abordar direitos de uso e exploração dos corpos celestes, em especial Marte. Hoje, as Nações demonstram desinteresse em aderir a regulamentações mais restritivas.

O progresso científi co e tecnológico proporcio- nou, com mais regularidade, o êxito de ativida- des como pesquisas, lançamento de satélites em órbita, novas missões espaciais e o próprio uso e a exploração do espaço sideral. Por isso a impor- tância de aperfeiçoar, desenvolver e atualizar o Direito Espacial para que ele seja capaz de lidar com as complexas e fundamentais atividades espaciais da atualidade.

É importante que o Direito Espacial possa vol- tar a ser discutido amplamente para que ques- tões pendentes possam ser enfrentadas. Não apenas, é fundamental observar as resoluções anteriores do PENU e os tratados espaciais em vigor, a fim de aperfeiçoá-los.

Ainda, a “cooperação” é comumente empre- gada como norteadora dos acordos do PENU.

Sendo um princípio central da regulamentação das atividades espaciais, a cooperação deve ser mais debatida e desenvolvida em prol do inte- resse público internacional no uso e exploração do espaço exterior e dos corpos celestes.

A natureza é repleta de recursos utilizados pelos seres humanos. Nos tempos atuais, com o avanço

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do sistema capitalista e sua consolidação pelo mundo, essa lógica intensifi cou-se, fazendo com que uma grande quantidade de recursos natu- rais fosse utilizada e comercializada pelo mundo.

Por esse motivo, podemos observar que os recur- sos naturais são de vital importância para o fun- cionamento das sociedades, o que faz com que alguns deles tenham um elevado grau estraté- gico. Alguns desses recursos podem ser preser- vados e utilizados futuramente, desde que as sociedades saibam conservá-los.

Observando assim a história humana, por mais que esses recursos tenham sido desenvolvidos para diversos usos em diferentes áreas, eles já estavam de certa forma disponíveis no planeta Terra. Um dos desafi os de uma colonização em Marte seria contar com um número quase nulo de recursos naturais, e condições muito difíceis de sobrevivên- cia do corpo humano devido a tais circunstâncias.

Assim um questionamento básico quanto à discus- são sobre uma colonização ao planeta vermelho seria como os recursos naturais disponibilizados pelo planeta seriam gerenciados pela população e como os recursos trazidos da terra teriam uso em

uma atmosfera completamente diferente e hostil.

Dentro das questões sobre a adaptação de recur- sos e sobrevivência uma das perguntas mais importantes é sobre as necessidades humanas básicas, a primeira delas, o oxigênio.

O oxigênio é fundamental para a respiração dos seres vivos. A ausência deste gás no corpo humano pode causar complicações na saúde. Na área médica o termo hipóxia refere-se à falta de oxigê- nio no sangue. Também existem problemas com os bebês que podem sofrer com a falta de oxigênio, condição conhecida como hipóxia neonatal. Existe também a complicação da falta de oxigênio no sangue. A ausência desse elemento no sangue é associada à anemia falciforme, uma doença here- ditária que causa a deformação dos glóbulos ver- melhos. Esses são alguns dos problemas de saúde que provém de uma ausência de O2 no corpo humano, logo seria de primeira urgência ao fazer uma mudança de tamanha proporção descobrir como seria abastecido esse recurso no planeta.

Pensando ainda na questão das necessidades humanas principais, uma pergunta válida seria:

Como produzir alimentos em Marte? A receita

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para o cultivo de alimentos no planeta Terra é sim- ples: é necessário água, um solo fértil e um clima favorável. Sendo assim a Terra cheia de recursos naturais não considera o cultivo de alimentos difí- cil, porém esse cenário muda no planeta vermelho.

Marte possui gelo em seus polos, que não são fei- tos de água, mas de gás carbônico - o “gelo seco” - que é abundante na atmosfera marciana. A tempe- ratura de até 142 graus Celsius negativos congela esse gás e forma a neve carbônica. No inverno, essa é a temperatura usual e faz com que o branco do gelo se expanda até quase alcançar o equador (a metade) de Marte. Já no verão marciano, as tem- peraturas sobem para, no máximo, 20 graus Celsius e a camada branca recua para os polos.

Após a resolução dos problemas mais básicos da sobrevivência humana, a criação de comuni- dades extensas iria exigir uma maior organiza- ção na criação de instituições para o desenvolvi- mento humano no novo planeta. Claramente iria ser necessária uma nova adaptação humana de estilo de vida. Estudos apontam que seria neces- sário existir forças de segurança, hospitais, cen- tros de produção de alimentos, reservatórios de

água, geração de energia, abrigos subterrâneos para se proteger das explosões solares. Contin- gências para o risco de contaminação por vírus que possam vir a ser encontrados no planeta.

Sendo um ambiente completamente novo, os desafi os inimagináveis tornam os receios desses aventureiros extraterrestres muito maiores. Além de danos físicos comprovados pelos astronautas nas primeiras viagens espaciais, o que também difi culta uma adaptação é o estado emocional desses viajantes que estão expostos a diversos tipos de riscos e novos desafi os.

Mas, para alguns especialistas, quem conhece o espaço não volta ileso. Segundo o psiquiatra Nick Kanas, da Universidade da Califórnia, além de depressão, tédio e ansiedade, uma expedição a Marte oferece também outro risco, ainda não experimentado por nenhum viajante interpla- netário: o earth out of view (ou “falta de visão da Terra”, em tradução livre). A uma distância estimada de 500 milhões de quilômetros, nosso planeta fi cará reduzido a um ponto insignifi - cante. Para o psicólogo Vadim Gushin, do Ins- tituto de Problemas Biomédicos da Rússia, um

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dos parceiros da Agência Espacial Europeia (ESA) na empreitada, o inimigo oculto do astronauta numa aventura interplanetária é a longa dura- ção. Enquanto uma viagem à Lua leva, em média, uma semana, uma expedição a Marte dura em torno de dois anos. “Missões de longa duração, acima dos três meses, tendem a ser bem mais problemáticas”, alerta Gushin.

Após uma possível adaptação psicológica e uma

“rotina” estabelecida, ao longo do tempo e junto às pesquisas, seria necessário criar instituições para novos possíveis membros de tal comunidade.

Crianças e jovens que tiverem a chance de nascer no planeta vermelho, deveriam de ser auxiliados de alguma forma em seu desenvolvimento pes- soal. Seria talvez possível a criação de instituições de pesquisa, saúde e educação em Marte?

A educação é fundamental para a transformação de uma nação. Países que não valorizam a ética, o trabalho e a educação em geral, apresentam economia frágil e com rendimentos inferiores, o que refl ete em segmentos como habitação, saúde, qualidade e expectativa de vida. Com isso em mente, nações que priorizam e valorizam a

educação têm maneiras concretas para promover a ascensão profi ssional e econômica por meio de anos de estudo e trabalho.

Isso esclarecido, no futuro seria possível que, de acordo com a formação de uma sociedade, o planeta pudesse desenvolver todas as logísticas necessárias, não só para a habitação, mas também para ter uma qualidade de vida para a população?

Por fi m, se vamos colonizar um planeta com a ajuda de diversas nações, qual será nosso sistema econômico adotado? E nossas políticas sanitárias?

Afeganistão

Faz parte do China Space Standard, um programa espacial desenvolvido pela China. O Afeganistão desenvolve poucas pesquisas e possui pouca tec- nologia espacial, pois é um país extremamente pobre, com defasagem no sistema educacional e com poucos investimentos na área.

África do Sul

Um dos países membros da União Africana e da agência espacial do continente é responsá-

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vel por grandes projetos de avanço tecnológico espacial. Possui programas espaciais em parce- ria com a China, que por usa vez, infl uencia nas tecnologias do setor espacial.

Alemanha

É um dos países integrantes da Agência Espacial Europeia e fi ca responsável pelo Centro Euro- peu de Operações Espaciais - ESOC. É respon- sável pelo controle dos satélites em órbita da Agência Espacial Europeia - ESA e está situado em Darmstadt. Além de se responsabilizar pelo Centro Europeu de Astronautas - EAC, que treina astronautas para missões futuras e está situado em Colônia. A Alemanha se mostra bem enga- jada nos assuntos relacionados a uma exploração extraterrestre para o benefício da humanidade.

Arábia Saudita

Faz parte da Agência Espacial dos Emirados Árabes, uma das mais tecnológicas e que dis- puta inclusive espaço com a NASA e com a Agência Espacial Chinesa. Eles já conseguiram

garantir seu sucesso enviando a sonda Hope Probe a Marte. O país investe em tecnologia e em educação, mas além do governo, a Agência conta com investidores privados.

Bélgica

Integrante da Agência Espacial Europeia desde 1968, sempre esteve intimamente ligado ao espaço. Hospedando inicialmente um rastre- amento de satélite, o local é agora um centro completo da Agência Espacial Europeia - ESA.

Como um dos mais antigos e ricos nas tecnolo- gias espaciais (e por estarem sempre executando missões), a Bélgica entende a necessidade de desenvolver missões específi cas para o descobri- mento das condições de Marte mais a fundo.

Canadá

A Canadian Space Agency, localizada no país, é responsável por ser um dos grandes parceiros da NASA. O Canadá tem investido em progra- mas espaciais e por isso adentrou na Estação Espacial Internacional, investindo e partici-

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pando da Estação Lunar, pois visa explorar a Lua e realizar pesquisas mais profundas sobre a superfície do satélite natural.

Coréia do Sul

O país aumentou intensamente os investimentos em pesquisas, tecnologias e robóticas espaciais.

O Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia (KARI) está trabalhando para o país ter uma base sólida para avançar com seus projetos de desenvol- vimento espacial, além de projetos desafi adores de exploração do espaço, que sejam construídos sobre a base proporcionada pelo veículo de lança- mento coreano. O país planeja pousar seu lander na Lua por volta de 2030, com um veículo próprio.

Cuba

Cuba foi um dos principais aliados da URSS na corrida espacial durante a Guerra Fria e por- tanto, participou do programa espacial Intercos- mos. Esse era um programa que aliava todos os países socialistas à exploração espacial. Por conta disso, o país latino-americano tem um histórico

de tecnologia espacial e atualmente é aliado da Rússia, desenvolvendo pesquisas e tecnologias para satélites, além de ser um ponto estratégico para a liberação desses objetos ao espaço.

Dinamarca

É um dos países integrantes da Agência Espacial Europeia, além de possuir a DTU Space que tem mais de 50 anos de experiência com ciência espacial, sendo líderes mundiais em diversos campos devido a uma interação única entre ciência, tecnologia e pesquisa aplicada. Trabalham com a Agência Espa- cial Europeia – ESA, NASA e com várias organiza- ções espaciais nacionais e universidades. Graças a essa tecnologia nacional, possui inúmeras desco- bertas importantes sobre o planeta Marte e por- tanto, apoia todas as decisões da NASA e da ESA.

Egito

O país foi escolhido para receber a sede da agên- cia espacial da União Africana em 2017, garan- tindo um melhor desenvolvimento tecnológico e que se estende para todo o território africano.

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Espanha

É um dos países integrantes da Agência Espacial Europeia e responsável pelo Centro Europeu de Astronomia Espacial (ESAC), localizado em Villa- nueva de la Cañada, Madrid. O local é o centro onde se levam a cabo as operações científi cas das missões de astronomia e planetárias da ESA, além da compilação, arquivo e distribuição dos dados das missões à comunidade científi ca do mundo inteiro.

A Espanha se alia com os países membros da ESA e garante a segurança de todas as pesquisas e dados.

França

É um dos países integrantes da Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Europeia - ESA tem a sua sede em Paris, onde os países membros decidem as políticas e os programas. O país sede reúne todos os interesses da ESA e, portanto, já desenvolve um programa espacial de exploração de Marte.

Hungria

É um país membro da Organização do Atlântico Norte, União Europeia e, consequentemente, mem-

bro ativo na Agência Espacial Europeia, além de fazer diversas contribuições, ao mandar seus astro- nautas em missões como a Salyut 6 (estação espa- cial soviética lançada em 29 de setembro de 1977).

Irã

O Irã é um dos países membro do COPUOS (Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífi co do Espaço Exterior) e possui a Agência Espacial Ira- niana, que apesar de ainda não possuir missões específi cas a Marte, tem a capacidade, desde 2009, de contribuir internacionalmente no lan- çamento de satélites. O país também faz grandes contribuições na corrida espacial asiática.

Iraque

O Iraque é um país que pouco atua no campo de pesquisas científi cas espaciais. Portanto, pos- sui poucos projetos do ramo, sendo um deles iniciado em 1980 e concluído apenas na década de 90. Tal projeto possuía o nome de Al Abid, e visava fabricar um veículo de lançamento espa- cial capaz de colocar um satélite em órbita.

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Israel

Possuindo parcerias com Portugal e Brasil, Israel lidera projetos de exploração espacial. Um exem- plo é a SpaceIL, tentativa de pouso bem sucedido na lua. Israel também proporcionou a 6 astronau- tas da Agência Espacial Israelense experimentos científi cos de simulação a uma missão humana em Marte. Desde 1983, possui a Agência Espacial de Israel, órgão estatal pertencente ao Ministé- rio Israelense de Ciência e Tecnologia, que coor- dena todos os programas espaciais israelenses tanto para fi ns comerciais quanto científi cos.

Itália

A Itália possui como objeto de estudo espacial, a Agência Espacial Italiana (ASI) que faz parte da missão Mars Express da Agência Espacial Euro- peia (ESA). Recentemente, a ASI descobriu uma rede de lagos de água salgada sob as geleiras localizadas no polo sul de Marte.

México

O país, juntamente com a Argentina, desenvol- veu um projeto e criou a Agência Espacial Regio- nal com objetivo de lançar satélites no espaço até 2022, e assim, futuramente poder participar de explorações e a colonização de Marte.

Noruega

A Noruega, membro da Agência Espacial Euro- peia, tem participação fundamental na expe- dição que leva o Drone Ingenuity a bordo do foguete Atlas V para Marte, sendo este o pri- meiro voo de um helicóptero ao planeta. Além disso, o país é parceiro internacional da NASA para os estudos do robô Perseverance para a exploração de Marte. Também possui uma agên- cia espacial própria: a “Netherlands Institute for Space Research”, instituto holandês especiali- zado em pesquisas espaciais em que desenvolve e usa tecnologia inovadora para pesquisas no espaço, com foco em astrofísicas.

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Nova Zelândia

Apesar de ainda não possuir missões de explora- ção em Marte, a Nova Zelândia tem contribuído para diversos estudos para entender melhor a situ- ação climática e de sobrevivência no país. Possui parcerias com os EUA para a exploração da Lua.

Países Baixos

O país tem participação ativa para a compreen- são das situações de Marte como, por exemplo, a pesquisa feita pela Universidade de Wagenin- gen, em que criaram um solo especial que simu- lava as condições do terreno de Marte e da Lua e onde concluíram que os solos são apropriados para o plantio. Por isso, são fundamentais para os estudos da colonização do planeta.

Peru

O Peru, país líder na produção e diversidade no plantio de batatas, vem trabalhando em con- junto com a NASA, realizando pesquisas sobre o cultivo de batata no solo de Marte. A descoberta pode ser defi nida como um divisor de águas caso

seja aprovada, já que seria algo de grande impor- tância para a colonização do planeta vermelho.

Polônia

A Polônia participa desde 2012 da Agência Espa- cial Europeia (ESA) e fundou o SRC PAS. O Centro de Pesquisa Espacial da Academia Polonesa de Ciências é o único instituto de pesquisa interdis- ciplinar dedicado inteiramente à investigação do espaço terrestre, Sistema Solar e da Terra, usando tecnologia espacial e técnicas de satélite.

Portugal

Portugal tem uma bagagem imensa no que tange colonização, sendo um dos precursores da navega- ção no século XV. Quando o assunto é a colonização de Marte, cientistas portugueses planejam levar vegetais por meio do plano Mars Plant Experiment.

República Tcheca

O país possui uma alta infl uência com indústrias siderúrgicas e automobilísticas, sendo fundamen-

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tal para assuntos que envolvam o auxílio com equi- pamentos e produtos para criação de foguetes.

Suíça

A Suíça, juntamente com a NASA, liderou o pri- meiro helicóptero (o robô Perseverance),e a pri- meira busca por 30 amostras no solo de Marte.

“Estamos incrivelmente aliviados e felizes com o sucesso da aterrissagem. Muitos anos de tra- balho árduo foram dedicados a estas unidades para Marte”, disse Eugen Elmiger, CEO do Grupo Maxon, responsável pelo projeto.

Turquia

O país possui grande infl uência em questões relacio- nadas à agricultura e se mostra cada dia mais pre- sente no ramo industrial. Possui interesse na colo- nização de Marte e tem presença importante por fazer parte de dois continentes e ter se envolvido em questões relacionadas ao tema espacial. É sede da Agência Espacial Turca - TUA e planeja enviar um foguete para a Lua até 2030, além de enviar 30 astronautas para a Estação Espacial Internacional.

Ucrânia

A National Space Agency of Ukraine - NSAU, (Agência Espacial do Estado da Ucrânia, em tradu- ção livre do inglês) é a agência responsável pela política espacial do país. Ao longo de sua história, já lançou diversas naves espaciais, tendo grande conhecimento do assunto e sempre estando em contato com a NASA, para desenvolver e aperfei- çoar os métodos tecnológicos espaciais.

Vietnã

O Vietnã carrega em sua história a nacionalidade do primeiro asiático não soviético a viajar ao espaço em 1980. Sua economia se mostrou muito promissora e estável, principalmente na contem- poraneidade, tendo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), projeções de alto crescimento.

ESPECIAIS

Brasil

Apesar de não ter muitos investimentos no setor espacial, o Brasil é uma potência regional com

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uma posição geográfi ca favorável para o estudo do espaço. A partir do fi nal da década de 1970, o país criou seu primeiro programa espacial, a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), para desenvolver um lançador de satélites, desen- volver satélites de monitoramento ambiental e operacionalizar o Centro de Lançamento de Alcântara. Teve diversos programas posteriores – incluindo acordos bilaterais como o entre o Brasil e a China em 1999 – lançando o primeiro satélite da série CBERS. Atualmente, a Agência Espacial Brasileira (AEB) é a atuante no país e estabeleceu um acordo com os EUA para lançar foguetes e satélites da base de Alcântara (MA).

Índia

Foi o primeiro país a colocar sozinho um satélite na órbita de Marte com apenas uma tentativa.

Tal fato só tinha ocorrido antes com a Agência Espacial Europeia (ESA). Deve-se enfatizar tam- bém que a Índia teve o menor gasto em relação aos outros países e concluiu a missão com grande rapidez. A Índia também possui uma agência espacial nacional: a Organização Indiana de

Pesquisa Espacial (ISRO), que visa desenvolver a tecnologia espacial para o desenvolvimento nacional enquanto prossegue com a pesquisa da ciência espacial e da exploração planetária.

PAÍSES COM VETO China

A China vem se mostrando cada vez mais presente no meio espacial, competindo diretamente com os Estados Unidos pela hegemonia do espaço.

Seus planos são ambiciosos, sendo o da viagem a Marte somente um deles. O país investe um foco considerável ao planeta vermelho e busca rea- lizar a ação o mais rápido o possível. Em outras palavras, a verba destinada às questões espaciais é alta e o país cada dia ganha mais destaque.

Tanto que enviou recentemente astronautas para a sua estação espacial, a Tiangong.

EUA

Sendo a sede da NASA – a agência espacial mais conhecida do mundo –, os Estados Unidos sem- pre estiveram engajados em questões relacio-

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nadas ao espaço. Dentro do tema do comitê, o país sempre se mostra envolvido, como na mis- são Moon to Mars, que teve o objetivo de che- gar à lua e depois seguir em direção a Marte.

Ademais, o InSight foi a primeira missão espacial com o objetivo de explorar a interior de Marte, pousando em 2018 na Planície Elysium. Junta- mente com os recursos de outras agências espa- ciais, a NASA realizou pesquisas que mostraram que as casas seriam feitas de fungos. Na contem- poraneidade, o Governo Biden juntamente com a NASA mostrou uma previsão de tempo para implementar a missão espacial do programa Artemis para exploração humana no espaço. Por fi m, os EUA lideram a Estação Espacial Interna- cional, criada em parceria com organizações de diversas nações, como a ESA (Bloco Europeu) e a Roscosmos (Federação Russa).

Federação Russa

Tendo em seu território a Roscosmos – uma das mais importantes agências espaciais –, o país pos- sui grande infl uência no meio. A agência está dire- tamente envolvida no projeto ExoMars em parce-

ria com a Agência Espacial Europeia. Igualmente, a Rússia é sede do Centro de Pesquisa Keldysh, de Moscou e está trabalhando em um foguete nuclear reutilizável em parceria com a Roscosmos, com a promessa de se fazer viagens entre Marte e a Terra em menos de um ano (um período de tempo curto para uma viagem dessa magnitude).

“A viagem até a Lua duraria vários dias, enquanto um voo para Marte seria feito em cerca de sete ou oito meses”, disse Koshlakov. Apesar de não ter uma cadeira fi xa no comitê, muitos países estão de olho em sua tecnologia. Por fi m, o país tenta ter seu reconhecimento atualmente e busca sua cadeira permanente no comitê.

Japão

Lançado da base de Tanegashima, o H-II foi o primeiro foguete japonês a entrar em órbita durante a corrida espacial. Desde então, a his- tória do Japão ao que tange ao âmbito espacial não parou. São inúmeras contribuições que o país trouxe ao longo dos tempos. A Agência Japo- nesa de Exploração Aeroespacial – JAXA utiliza diversas tecnologias inovadoras e sempre man-

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tém contato com a NASA, sendo um dos pon- tos de maior foco da atualidade. Sua inovação e modernidade, juntamente com a agilidade, são fontes de interesse para a colonização de Marte.

REINO UNIDO

O Reino Unido vem mostrando sua força cada vez mais nos assuntos relacionados ao espaço, ten- tando assumir um protagonismo na nova corrida espacial. O país busca inclusive construir uma base humana na Lua, salientando, como disse ministro britânico da Ciência, Willets, em entrevista dada em 2013: “Nossa fome por descobertas não aca- bou”. O país ressalta que deseja enviar missões tripuladas a Marte nas próximas décadas e se mostra interessado em auxiliar na cooperação internacional para colonização urgente de Marte.

DPO - DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL

O Documento de Posição Ofi cial, em todos os Organismos Internacionais que não são militares, deve seguir o padrão:

• Fonte: Times New Roman; Tamanho: 12;

Folha: A4.

• Texto em cor: preta .

• Espaçamento: simples.

• Espaço Antes e Depois: 0 pt.

• Brasão de Armas ou Emblema Nacional do país no Canto Superior Direito (no caso de Comitês que não são países, mas sim representantes).

• Logo do Comitê no Canto Superior Esquerdo.

No caso de não haver um logo, será permi- tido o uso da Bandeira do Comitê ou caso seja um Gabinete Presidencial, utilizar o bra- são de armas do país.

• Nome ofi cial do país, entre o emblema/bra- são do país e o logo do comitê, centralizado, em negrito e caixa-alta.

• Assinatura do(s) delegado(s) no Canto Infe- rior Direito, em cima de uma linha em que abaixo está indicado o cargo ofi cial (ex.:

Embaixador, Chefe de Estado, etc.).

• O nome deve ser o nome do real represen- tante junto ao órgão. Caso essa informação não esteja disponível, o aluno pode colocar seu próprio nome.

• O DPO deve ter apenas 1 página.

Nele deve ser respondido as cinco perguntas abaixo, de modo dissertativo e em ordem padrão estabelecida aqui no Guia:

1. Quais políticas externas são garantidas pela sua nação para evitar que a colonização seja algo desfavorável e prejudicial para os civis?

2. Dentro do contexto da colonização, como seu país poderia disponibilizar recursos?

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3. Quais as recomendações mundiais para a colonização de Marte?

4. Quais as atuais diretrizes da política externa do seu país sobre a exploração espacial?

5. Quais os pontos mais importantes em relação à segurança de informações do PENU?

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Qual a garantia que sua nação proporcio- nará para que Marte não seja a “Terra 2.0”?

• Qual deve ser o papel das empresas privadas na Colonização? E as parcerias público-privadas?

• Qual a contribuição que seu governo trará para que Marte seja colonizado da maneira mais rápida, econômica, segura, efi caz e ecológica?

• Sua nação acredita que quem deverá ir à primeira missão colonizadora?

• Qual país comandará a expedição e a coloni- zação? Teremos uma liga de comando com- posta por diversos países?

• Como o PENU pode atuar na contempora- neidade?

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TAMANINI, Maria. Marte habitável? Como seria a terraformação do Planeta Vermelho. Tecmundo, 2020. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150857-marte-habitavel-terraformacao- planetavermelho.htm. Acesso em: 14/06/2021.

Referências

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