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PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 7ª Turma CMB/hks RECURSO DE REVISTA. LEI Nº /2017.

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Academic year: 2022

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(1)Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. A C Ó R D Ã O 7ª Turma CMB/hks. RECURSO DE REVISTA. LEI Nº 13.467/2017. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS PROPORCIONAIS. SÚMULA Nº 171 DO TST. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA CONSTATADA. De acordo com a jurisprudência maciça desta Corte, aplicar-se a Súmula nº 171 do TST, mesmo à luz das normas internacionais e do caráter supralegal que Supremo Tribunal Federal lhes atribuiu. Ressalva de entendimento do relator. Recurso de revista conhecido e provido. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA CONSTATADA. Nos termos do disposto no artigo 3º da Lei nº 4.090/62, o pagamento do décimo terceiro salário proporcional somente é devido quando a dispensa do empregado ocorrer sem justa causa. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-918-63.2014.5.04.0232, em que é Recorrente PERTO S.A. PERIFÉRICOS PARA AUTOMAÇÃO e Recorrida ANA CAROLINA SALINO DA SILVA. A parte ré, não se conformando com o acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, interpõe o presente recurso de revista, no qual aponta violação de dispositivos de lei e da Constituição Federal, bem como indica contrariedade a Súmula desta Corte Superior. Contrarrazões apresentadas.. Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232.

(2) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, nos termos do artigo 95, § 2º, II, do Regimento Interno do TST. É o relatório. V O T O Considerando que o acórdão regional foi publicado em 02/04/2018, incidem as disposições processuais da Lei 13.467/2017. 1) PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS O recurso é tempestivo, a representação processual está regular e o preparo foi satisfeito. 2) TRANSCENDÊNCIA DA CAUSA Nos termos do artigo 896-A da CLT, com a redação que lhe foi dada pela Lei nº 13.467/2017, antes de adentrar o exame dos pressupostos intrínsecos do recurso de revista, é necessário verificar se a causa oferece transcendência. Primeiramente, destaco que o rol de critérios de transcendência previsto no mencionado preceito é taxativo, porém, os indicadores de cada um desses critérios, elencados no § 1º, são meramente exemplificativos. É o que se conclui da expressão "entre outros", utilizada pelo legislador. Pois bem. A reclamada se insurge contra sua condenação ao pagamento de férias proporcionais e décimo terceiro salário proporcional, em hipótese em que a rescisão se deu por justa causa. Em relação a tais temas, verifica-se preenchida a transcendência política, considerando a alegação plausível de contrariedade à Súmula nº 171 do TST, no tocante à condenação ao pagamento das férias proporcionais, e à jurisprudência pacífica desta Corte Superior, no que diz respeito à condenação ao pagamento de décimo terceiro salário proporcional. Passo então ao exame do apelo. Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. fls.2.

(3) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232. 3) PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA FÉRIAS PROPORCIONAIS – SÚMULA Nº 171 DO TST CONHECIMENTO A Reclamada sustenta que a rescisão do contrato de trabalho por justa causa não autoriza o deferimento de férias proporcionais. Aponta violação dos arts. 146, parágrafo único, e 147 da CLT e indica contrariedade à Súmula nº 171 do TST. Preenchidos os requisitos específicos elencados no artigo 896, § 1º-A, I, II, e III, da CLT, eis o acórdão regional: “Apesar de mantida a despedida por justa causa, por falta grave da autora, entendo devidas as férias com adicional de 1/3 e a gratificação de natal proporcionais. Quanto às férias, trata-se de direito fundamental, previsto no artigo 7º, inciso XVII, da Constituição da República, que não pode ser sonegado do trabalhador, ainda que a ruptura contratual seja motivada por justa causa. Incide, à espécie, a Convenção nº 132 da OIT, que se sobrepõe à orientação preconizada pela Súmula nº 171 do TST. Com relação à gratificação de natal, assegurada no artigo 7º, inciso VIII, da Constituição, aplico ao caso a Súmula nº 93 deste TRT, que dita: "DISPENSA POR JUSTA CAUSA. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. A dispensa por justa causa do empregado não afasta o direito ao pagamento do 13º salário proporcional.". Nesse sentido, cito o processo nº 0020026-75.2014.5.04.0233, por mim relatado, com julgamento pela 4ª Turma, em 11/10/2016. Sob tais fundamentos, dou provimento ao recurso ordinário da autora, no item, para condenar a reclamada ao pagamento de férias com adicional de 1/3 e gratificação de natal proporcionais” (fls. 399/400) Discute-se, no caso, o direito do empregado despedido por justa causa às férias proporcionais. Possuo convicção no sentido de que o artigo 146 da CLT não foi recepcionado pela Constituição Federal, que assegurou de forma plena o direito ao gozo/recebimento das férias, sem qualquer ressalva no que tange à despedida por justa causa. A Convenção nº 132 da OIT também Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. fls.3.

(4) fls.4. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 autoriza o pagamento de férias proporcionais ao empregado, independente do motivo de sua dispensa. Curvo-me, porém, à jurisprudência maciça desta Corte, que aplica a Súmula nº 171, mesmo à luz das normas internacionais e do caráter supralegal que Supremo Tribunal Federal lhes atribuiu: “(...) CONVENÇÃO N.º 132 DA OIT. FÉRIAS PROPORCIONAIS.MOTIVO DA DISPENSA. 1. A Convenção n.º 132da Organização Internacional do Trabalho foi ratificada pelo Brasil e incorporada à ordem jurídica interna por meio do Decreto n.º 3.197, de 5/10/1999, assegurando o direito a férias remuneradas a todas as categorias de empregados não excepcionadas por seu próprio texto (marítimos) ou por declaração expressa produzida no ato de ratificação.2.Ao ratificar o instrumento internacional, o Brasil declarou-o aplicável aos empregados urbanos e rurais, sem consignar qualquer exceção (documento ILOLEX n.º 191998BRA132).3. Sucede que a jurisprudência sumulada desta Corte superior manteve a possibilidade de exclusão do direito às férias proporcionais na hipótese de dispensa com justa causa ensejada pelo empregado, reputando vigente o comando emanado do artigo 146, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho, consoante os termos da Súmula n.º 171, segundo o qual "Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT)". 4. Revelando a decisão recorrida sintonia com a jurisprudência pacífica do Tribunal Superior do Trabalho, não se habilita a processamento o recurso de revista, nos termos do artigo 896, § 5º, da Consolidação das Leis do Trabalho. Agravo de instrumento a que se nega provimento, com ressalva do entendimento pessoal do Relator.” (AIRR - 110740-36.1992.5.01.0007, Relator Desembargador Convocado: Marcelo Lamego Pertence, Data de Julgamento: 05/10/2016, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/10/2016); “DISPENSA POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS PROPORCIONAIS. INEXISTÊNCIA DO DIREITO. SÚMULA Nº 171 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. A discussão dos autos envolve a aplicabilidade da Convenção nº 132 da OIT no ordenamento jurídico no que diz respeito à extensão, ou não, do direito a férias proporcionais ao empregado dispensado por justa causa. A questão foi pacificada por esta Corte, ao editar a Súmula nº 171, segundo a qual, no caso de dispensa por justa causa, o empregado não faz jus ao pagamento de férias proporcionais. Desse modo, ao contrário do que decidiu a Corte de origem, tendo sido o reclamante dispensado por justa causa, não há falar em direito às férias proporcionais. Com efeito, o Tribunal a quo, ao condenar a reclamada ao pagamento de férias proporcionais, decidiu em desacordo com a Súmula nº Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(5) fls.5. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 171 do TST. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.” (RR129400-74.2009.5.15.0013, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 16/11/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/11/2016); “(...) FÉRIAS PROPORCIONAIS E DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. JUSTA CAUSA. Recurso fundamentado em divergência jurisprudencial. A questão do cabimento de férias proporcionais nas hipóteses de dispensa com justa causa é dirimida pela aplicação da Súmula 171 do TST, que nega o direito à parcela quando da ocorrência de justa causa como causa terminativa da relação de emprego. O entendimento sumulado prevalece mesmo após a ratificação da Convenção 132 da OIT pelo Decreto 3.197/99, que não previu expressamente o cabimento das férias proporcionais no caso de dispensa com justa causa. No que concerne ao décimo terceiro salário proporcional, a parcela foi instituída pela Lei 4.090/62, que em seu art. 3º restringiu o pagamento da verba, no caso de rescisão contratual, ao trabalhador despedido sem justa causa. Precedentes desta Corte. A decisão regional coaduna-se, portanto, com o entendimento reiterado desta Corte Superior. Despicienda a análise dos julgados, frente ao óbice do artigo 896, §4º, da CLT (lei 9756/98). Recurso de revista não conhecido.” (RR - 51200-35.2009.5.02.0039, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 08/03/2017, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/03/2017) “(...) DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAIS. Consoante o disposto na Súmula n.º 171 do TST, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de doze meses (art. 147 da CLT), salvo a hipótese de dispensa do empregado por justa causa. A Convenção 132.ª da OIT não altera o entendimento sedimentado no referido verbete sumular, pois a referida norma internacional não pormenoriza a hipótese de pagamento das férias proporcionais no caso de dispensa por justa causa, razão pela qual se entende que a norma contida no art. 146, parágrafo único, da CLT, dado o seu caráter especial, continua plenamente vigente. Assim, mantida pelo Regional a justa causa à dispensa da Reclamante, as férias proporcionais acrescidas do terço constitucional devem ser excluídas da condenação. O mesmo ocorre com o décimo terceiro salário proporcional que, nos termos do artigo 3.º da Lei n.º 4.049/62, somente é devido nas hipóteses de rescisão sem justa causa. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e provido.” (RR - 240-42.2014.5.04.0234, Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 28/06/2017, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/06/2017); “(...) FÉRIAS PROPORCIONAIS. JUSTA CAUSA. CONVENÇÃO Nº 132 DA OIT. NÃO APLICAÇÃO. PROVIMENTO. Discute-se nos autos Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(6) fls.6. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 a aplicação do artigo 146 da CLT em conflito com a convenção 132 da OIT, que garante ao trabalhador o direito às férias proporcionais, independente do motivo da rescisão contratual em conflito. Quanto à matéria, esta Corte Superior solucionou a questão por meio da edição da Súmula nº 171, entendendo que, mesmo após a edição da referida convenção, o empregado dispensado por justa causa não tem direito às férias proporcionais. Recurso de revista de que se conhece e a que dá provimento.” (RR146200-40.2008.5.04.0751, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 19/04/2017, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 28/04/2017); “RECURSO DE REVISTA. DISPENSA POR JUSTA CAUSA. PAGAMENTO DE FÉRIAS PROPORCIONAIS ACRESCIDA DO TERÇO CONSTITUCIONAL. CONVENÇÃO Nº 132/OIT E ARTIGO 146 DA CLT. CONFLITO DE NORMAS. SÚMULA Nº 171/TST. Os tratados internacionais devem ser interpretados à vista do princípio da especialidade das leis, segundo o qual certas normas de direito interno não podem ser derrogadas in absoluto pelo conteúdo do tratado, ainda que sejam aparentemente conflitantes entre si. Tal hipótese verifica-se quando as leis (nova e anterior) forem gerais, ou especiais. No conflito entre o artigo 146, parágrafo único, da CLT, e os artigos 4º e 11 da Convenção nº 138/OIT deve-se considerar o conjunto normativo relativo a cada quaestio iuris apresentada a exame e a realidade fática dos autos. Nesse contexto, considerando as peculiaridades de que se reveste a Convenção nº 132 da OIT no ordenamento jurídico brasileiro, este Tribunal Superior do Trabalho solucionou a questão por meio da reedição da Súmula nº 171 que se posicionou no sentido de que o empregado dispensado por justa causa não tem direito às férias proporcionais. Recurso de revista conhecido e provido.” (RR-1100-92.2015.5.22.0109, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 17/05/2017, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 19/05/2017); “RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014. JUSTA CAUSA. ABANDONO DE EMPREGO. FÉRIAS PROPORCIONAIS. SÚMULA 171/TST. A Corte Regional manteve a sentença em que a Reclamada foi condenada ao pagamento de férias proporcionais, mesmo ante a dispensa do Reclamante por justa causa, posicionando-se no sentido de que a "Convenção nº 132 da OIT derrogou as normas da CLT com ela incompatíveis" ante a "superveniência da norma internacional que não contém a restrição prevista internamente", consignando ainda: "que o fato da Súmula nº 171 não ter sido modificada pelo C. TST não impede o raciocínio ora apresentado, eis que referida súmula não possui efeito vinculante". A Reclamada recorre alegando violação dos artigos 130 e 131 da CLT e contrariedade à Súmula 171/TST. Este Tribunal Superior pacificou o entendimento de que as férias Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(7) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 proporcionais são indevidas aos empregados dispensados por justa causa, permanecendo íntegra a diretriz encartada na Súmula 171/TST, mesmo após a Convenção 132 da OIT, ratificada pelo Brasil e incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto 3.197/1999. Recurso de revista conhecido e provido. (RR - 28700-17.2006.5.09.0093 , Relator Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 05/04/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 11/04/2017); “RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - JUSTA CAUSA. FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONVENÇÃO 132 DA OIT. SÚMULA 171 DO TST. Nos termos da atual redação da Súmula 171 do TST, aprovada após a ratificação da Convenção 132 da OIT pelo Brasil, o empregado dispensado por justa causa não faz jus à percepção das férias proporcionais. Recurso de Revista conhecido e provido.” (RR-244-25.2011.5.04.0771, Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 17/10/2012, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 19/10/2012) Ante o exposto, conheço do recurso de revista, por contrariedade à Súmula nº 171 do TST. MÉRITO Como consequência lógica do conhecimento do apelo, por contrariedade à Súmula nº 171 do TST, dou-lhe provimento para excluir da condenação o pagamento de férias proporcionais. EXTINÇÃO DO CONTRATO POR JUSTA CAUSA - DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL CONHECIMENTO A reclamada sustenta que a rescisão do contrato de trabalho por justa causa não autoriza o deferimento do 13º salário proporcional. Indica violação dos arts. 5º, II, da Constituição Federal e 3º da Lei nº 4.090/62. Igualmente preenchidos os requisitos específicos elencados no artigo 896, § 1º-A, I, II, e III, da CLT, reporto-me à transcrição feita no tópico acima. Ao exame. Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. fls.7.

(8) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 Com efeito, segundo dispõe o artigo 3º da Lei nº 4.090/62, o pagamento do décimo terceiro salário somente é devido quando a dispensa do empregado ocorrer sem justa causa: “Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a remuneração do mês da rescisão.” Cabe ressaltar que o artigo 7º do Decreto nº 57.155/65, o qual regulamenta a gratificação natalina, estabelece que: “Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho, salvo na hipótese de rescisão com justa causa, o empregado receberá a gratificação devida, nos termos do art. 1º, calculada sobre a remuneração do respectivo mês”. Nesse sentido, a jurisprudência desta Corte Superior tem se manifestado reiteradamente que no caso de dispensa por justa causa é indevido o pagamento do décimo terceiro salário proporcional. Citam-se os seguintes precedentes: "RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. DISPENSA POR JUSTA CAUSA. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO E FÉRIAS PROPORCIONAIS. VERBAS INDEVIDAS. Consoante o entendimento uniforme desta Corte Superior, consubstanciado na Súmula nº 171, a extinção do contrato de trabalho, regra geral, sujeita o empregador ao pagamento de férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de doze meses, salvo na hipótese de dispensa por justa causa. Do mesmo modo, é firme a jurisprudência desta Corte Superior no sentido de que o art. 3º da Lei nº 4.090/62 assegura o direito ao décimo terceiro proporcional tão somente nas hipóteses em que a extinção do contrato de trabalho se dá sem justa causa. [...]" (RR-487-79.2011.5.04.0023, 1ª Turma, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT 18/10/2019); "[...] RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA . DISPENSA POR JUSTA CAUSA. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região confirmou a justa causa aplicada ao autor, mas adotou o entendimento de que esse tem direito ao décimo terceiro salário proporcional. Com efeito, assim dispõe o artigo 3º da Lei nº 4.090/62: " Art. 3º Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. fls.8.

(9) fls.9. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 remuneração do mês da rescisão " (grifou-se). Extrai-se, portanto, desse dispositivo legal que é devido o pagamento do décimo terceiro salário proporcional apenas quando configurada a hipótese de rescisão sem justa causa do contrato de trabalho. Por sua vez, o Decreto nº 57.155/65, que regulamenta a matéria, em seu artigo 7º, exclui o direito ao décimo terceiro salário na rescisão com justa causa. Assim, quando a dispensa se der por justa causa, como na hipótese dos autos, a gratificação natalina relativa ao período incompleto tornar-se-á indevida, nos termos dos artigos 3º da Lei nº 4.090/62 e 7º do Decreto nº 57.155/65 (precedentes). Recurso de revista conhecido e provido " (ARR-1490-26.2012.5.04.0026, 2ª Turma, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 14/12/2018); "RECURSO DE REVISTA. JUSTA CAUSA. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. INDEVIDO. O entendimento desta Corte é no sentido de que, no caso de dispensa por justa causa , não é devido o pagamento de décimo terceiro salário proporcional, por contrariar o art. 3º da Lei nº 4.090/62. Precedentes. Recurso de revista conhecido por contrariedade à Súmula 171 do TST e por violação do art. 3º da Lei nº 4.090/62 e provido . [...]" (RR-22027-30.2014.5.04.0331, 3ª Turma, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, DEJT 25/10/2019); "RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAIS. RESCISÃO CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA. ABANDONO DE EMPREGO. NÃO CONHECIMENTO. A matéria não comporta mais discussão, no âmbito desta Corte Superior, que pacificou o entendimento no sentido de que a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento de férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de doze meses, e 13º salário proporcional, exceto na hipótese de dispensa do empregado por justa causa. Assim, o reconhecimento de abandono do emprego pela autora, com o indeferimento do pagamento de férias e 13º salário proporcionais, se encontra em consonância com o entendimento jurisprudencial desta Corte, que, como visto, exclui o pagamento dessas parcelas no caso de ruptura contratual por justa causa imputada ao empregado. Precedentes. Incidência dos óbices da Súmula nº 333 e do artigo 896, § 7º, da CLT. Recurso de revista de que não se conhece. [...]" (ARR-250-69.2016.5.17.0003, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 22/03/2019); "RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014 NÃO SUBMETIDO À SISTEMÁTICA DA LEI Nº 13.467/2017. [...] 2. JUSTA CAUSA DO TRABALHADOR. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. INDEFERIMENTO. Nos termos do artigo 3º da Lei nº 4.090/62, é devido o pagamento do décimo terceiro salário proporcional quando da rescisão do contrato de trabalho sem justa causa. Na hipótese, o Tribunal Regional deferir a parcela, embora tenha Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(10) fls.10. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 confirmado a justa causa para a despedida da autora. Por conseguinte, violou o referido preceito de lei. Recurso de revista conhecido e provido. [...]" (RR-20685-63.2015.5.04.0261, 5ª Turma, Relator Ministro Emmanoel Pereira, DEJT 23/08/2019); "[...]. RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. REQUISITOS DO ARTIGO 896, § 1º-A, DA CLT , ATENDIDOS. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL . DISPENSA POR JUSTA CAUSA . PAGAMENTO INDEVIDO . Consoante o artigo 3º da Lei 4.090/62, o pagamento do décimo terceiro salário proporcional somente é devido quando a dispensa do empregado ocorrer sem justa causa. No caso, infere-se da decisão regional que o reclamante foi dispensado por justa causa, não tendo direito, portanto, ao pagamento da verba rescisória em epígrafe. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. [...]" (RR-20834-82.2015.5.04.0027, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto César Leite de Carvalho, DEJT 18/10/2019); "RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. DISPENSA POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS PROPORCIONAIS. SÚMULA 171 DO TST. Ressalvado meu entendimento pessoal, curvo-me à jurisprudência maciça desta Corte, no sentido de aplicar a Súmula nº 171, mesmo à luz das normas internacionais e do caráter supralegal que Supremo Tribunal Federal lhes atribuiu. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. DISPENSA POR JUSTA CAUSA. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. Nos termos do disposto no artigo 3º da Lei nº 4.090/62, o pagamento do décimo terceiro salário proporcional somente é devido quando a dispensa do empregado ocorrer sem justa causa. Precedentes. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento" (RR-20790-48.2013.5.04.0281, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 22/09/2017); "RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 - DISPENSA POR JUSTA CAUSA. DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAL E FÉRIAS PROPORCIONAIS. A dispensa do empregado por justa causa não enseja o pagamento das férias e do décimo terceiro salário proporcionais. Inteligência da Súmula 171 do TST e do art. 3º da Lei nº 4.090/62. Julgados. Recurso de revista conhecido e provido" (RR-20578-42.2015.5.04.0512, 8ª Turma, Relator Ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, DEJT 27/09/2019). Ante o exposto, conheço do recurso de revista, por violação do artigo 3º da Lei nº 4.090/62.. Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho.

(11) Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho. PROCESSO Nº TST-RR-918-63.2014.5.04.0232 MÉRITO Como consequência lógica do conhecimento do apelo, por violação do artigo 3º da Lei nº 4.090/62, dou-lhe provimento para excluir da condenação o pagamento do décimo terceiro proporcional. ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, conheço do apelo da ré quanto aos temas “EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA - FÉRIAS PROPORCIONAIS – SÚMULA Nº 171 DO TST” e “EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA – DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAL”, por contrariedade à Súmula nº 171 do TST e violação do art. 3º da Lei nº 4.090/62, respectivamente, e, no mérito, dar-lhe provimento para excluir da condenação o pagamento de férias proporcionais e do décimo terceiro salário proporcional. Fica mantido o valor da condenação, para fins processuais. Brasília, 11 de dezembro de 2019. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001). CLÁUDIO BRANDÃO Ministro Relator. Firmado por assinatura digital em 12/12/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.. Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003242F21B4413D1D.. fls.11.

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