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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Sociais Aplicadas DECIGI/Curso de Gestão da Informação DISCIPLINA: GESTÃO DO CONHECIMENTO (SIN-150) Profa. Edmeire C. Pereira/DECIGI 2017/1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Sociais Aplicadas DECIGI/Curso de Gestão da Informação

DISCIPLINA:

GESTÃO DO CONHECIMENTO (SIN-150) Profa. Edmeire C. Pereira/DECIGI

2017/1

(2)

EMENTA:

• O conhecimento e as organizações. Conceito de gestão do conhecimento. Estudos em gestão do conhecimento. Condições para a implantação de um programa de gestão do conhecimento e avaliação de seus resultados. Desdobramentos de um programa de gestão do conhecimento.

(3)

OBJETIVOS:

1 GERAL:

Apresentar noções básicas da Gestão do Conhecimento (GC), tais como: história, conceitos, princípios e aplicações nas organizações públicas ou privadas e/ou Terceiro Setor.

2 ESPECÍFICOS:

2.1 Reconhecer a GC: teorias, modelos, metodologias e ferramentas mais utilizados pelas organizações ;

2.2 Conhecer as aplicações da GC nas organizações;

2.3 Desenvolver raciocínio crítico, para permitir melhores ações ao tratamento de problemas administrativos.

(4)

PROGRAMA:

UNIDADES DIDÁTICAS:

• 1 INTRODUÇÃO À GESTÃO DO CONHECIMENTO;

• 2 TEORIAS DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL;

• 3 PROGRAMAS E APLICAÇÕES DE GC;

• 4 IMPLANTAÇÃO DE MODELOS DE GC NAS ORGANIZAÇÕES.

(5)

1 INTRODUÇÃO À GESTÃO DO CONHECIMENTO:

• 1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA;

• 1.2 PRINCÍPIOS E CONCEITO(S);

• 1.3 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO;

• 1.4 ECONOMIA DO CONHECIMENTO;

• 1.5 CONCEITOS BÁSICOS: DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO;

• 1.6 A SOCIEDADE BRASILEIRA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO (SBGC).

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1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA:

Para STRAUHS ET AL. (2012), a GC começou a ser discutida no Brasil, em meados da década de 1990, e pretendia-se

registrar, para uma futura utilização otimizada, todo o conhecimento gerado na organização.

WIIG (1997), foi o primeiro autor a escrever sobre o tema ao evidenciar a primeira aplicação prática da GC numa empresa industrial dos EUA.

SILVA (2004), discute que a evolução da GC no trabalho está intimamente ligada com os recursos da Internet/intranets:

recursos multimídia e hipertexto; portais; padrões abertos de dados; sistemas ERP e CRM. Portanto, 2 linhas de atuação:

human-centric technologies e machine-centric technologies.

(7)

1.2 PRINCÍPIOS/CONCEITOS:

Para PEREIRA (2013, p. 21), a GC, em sentido amplo, é conceituada pela SBGC como: “Gestão do conhecimento é o processo sistemático, integrado e transdisciplinar que promove atividades para criação, identificação, organização, compartilhamento, utilização e proteção de conhecimentos estratégicos, gerando valor para as partes interessadas”.

Em sentido restrito, para DOS SANTOS (2011), a GC é “Gestão do Conhecimento Organizacional é a gestão dos ativos intangíveis (capital intelectual) de uma determinada organização. É a próxima geração da gestão de negócios”.

(8)

1.3 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO:

Para FIALHO ET AL. (2010), a sociedade do conhecimento vem sendo marcada por constantes transformações, mais visíveis no final da década de 1980, com a globalização e as TIC, que possibilitaram a criação de poderosos sistemas de transmissão instantânea de informação.

Drucker (1993) afirmou: “Na sociedade pós-capitalista, o fator de produção absolutamente decisivo, não é o capital, a terra ou a mão-de-obra. É o conhecimento”. - Cunhou os termos: “trabalho do conhecimento” ou

“trabalhador do conhecimento”.

(9)

1.4 ECONOMIA DO CONHECIMENTO:

O conhecimento é importante fator de produção na contemporaneidade (Drucker, 1993).

Nas sociedades industriais, a premissa era a da economia de escala. Agora, os consumidores querem bens e serviços

customizados/personalizados (premissa da flexibilidade) (FIALHO ET AL, 2010, p.54-56).

“Pessoas são o DNA de uma organização, enquanto o

conhecimento é o DNA da inovação.” (TERRA e GORDON, 2002)

(10)

1.5 CONCEITOS BÁSICOS:

LOGAN e STOKES (2012, p.53-54), desenvolveram os seguintes conceitos para:

1.5.1 DADOS: são os fatos puros e simples, sem qualquer estrutura ou organização; átomos básicos da informação;

1.5.2 INFORMAÇÃO: dados estruturados, o que adiciona significado aos dados e lhe dá contexto e significância;

1.5.3 CONHECIMENTO: é a capacidade de usar informação de forma estratégica para atingir determinados objetivos;

1.5.4 SABEDORIA: é a capacidade de escolher objetivos consistentes com seus valores dentro de um contexto social mais amplo (Logan e Stokes, 2004, p.38-39).

Para Carvalho (2011, p.5), esses termos equivalem a dizer que: “dado é entendimento; informação é entendimento das relações; conhecimento é entendimento dos padrões e que sabedoria é entendimento dos

princípios”.

(11)

1.6 SOCIEDADE BRASILEIRA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO (SBGC):

Trata-se de uma OSCIP, criada em 2001, no país, sobre GC, para atuar na Economia do Conhecimento.

Visa promover a integração entre: Academias, Terceiro Setor e Organizações Públicas e Privadas.

Trabalha com o tema da GC, por meio de: eventos e treinamentos. Por ex.: KM BRASIL (bianual) e FORUM EXECUTIVO (anual).

Desenvolve o PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM GC da SBGC, em 2 categorias (Essencial e Multi-Conhecimento).

Também desenvolve Programas in-Company de GC (personalizados).

(12)

SBGC – PROGRAMAS:

PROGRAMA ESSENCIAL: (4 ações educacionais abertas)

1 Diagnóstico e Mapeamento de Conhecimento:

definir o objetivo de se fazer conhecimento, qual o escopo, eleger uma metodologia de

mapeamento e de priorização do conhecimento;

2 Estratégia do Conhecimento: definir uma

estratégia de conhecimento e de implantação é de fundamental importância para as organizações;

(13)

PROGRAMA ESSENCIAL(contin.):

3 Facilitação de Metodologias Participativas:

adotar técnicas de práticas e técnicas de

colaboração entre as pessoas das organizações;

4 Cultura e Design de Iniciativas de GC: como o

fluxo do conhecimento não está nos organogramas, logo desenvolver iniciativas de conscientização da cultura da empresa/organização.

• Obs.: cada módulo acima tem duração de 16 horas.

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PROGRAMA MULTICONHECIMENTO:

Trata-se de um Programa de ações específicas da SBGC e de temáticas de GC. Diversas aplicações da GC em: processos, projetos, inovação, certificação, entre outros.

Temas: GC e a nova Norma ISO; Implantação de práticas de GC I; GC uma competência essencial para líderes do século

XXI; Integração da GC com a gestão de processos; Implantação de práticas II; Maturidade em GC; GC e atendimento ao

cliente; GC e Gestão da Inovação; GC e Gestão de Projetos.

www.sbgc.org.br - acesso em: 20/12/16.

(15)

EXERCÍCIOS UNIDADE I

• a – Pesquise: O conceito de “sociedade da

colaboração”, de Don Tapscott (2011) e o relacione com as redes de conhecimento, atuais:

• b –Responda, justificando a sua opinião: É possível afirmar que a Gestão da Informação é elemento base para a Gestão do Conhecimento?

• c -Comente, criticamente: Como poderíamos

facilitar e estimular a participação de colaboradores dentro das empresas, incentivando o

intraempreendedorismo e a inovação?

(16)

2 TEORIAS DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

2.1 O QUE É CONHECIMENTO?

Platão (século IV a.C): desenvolveu a teoria de “ideia” como uma “forma”, vista através do olho mental puro e o ideal máximo que o espírito humano aspira a saber. Para ele:

“Conhecimento é uma crença verdadeira justificada”.

Aristóteles, discípulo de Platão, discordava dessa visão racionalista do mestre e enfatizou a importância da observação e da verificação da percepção sensorial individual.

Com o passar dos séculos: Epistemologia do Conhecimento (teoria dos conhecimentos).

O conhecimento foi tratado por diversas teorias econômicas e administrativas.

Davenport e Prusak (1998):

“Conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para avaliação e incorporação de novas experiências e informações”.

(17)

2.2 ALGUMAS TEORIAS DE INTERESSE DA GC:

• Teoria da Cognição

• Teoria do Valor

• Teorias de Motivação (McClelland; Herzberg)

• Teoria do Caos e Complexidade

• Teoria das Redes

• Teoria da Organização do Conhecimento (CHOO)

• Além, da Teoria de Criação do Conhecimento

Organizacional, de Nonaka e Takeuchi (1997): ênfase desta disciplina de GC (SIN-150).

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2.3 TEORIA DA CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL:

Para Nonaka e Takeuchi (1997):

“A criação do conhecimento organizacional deve ser

entendida como um processo que

“organizacionalmente” amplifica o conhecimento criado pelos indivíduos e o cristaliza no nível do grupo através do diálogo, discussão, compartilhar de experiência, fazer sentido ou comunidade de prática”.

Então: a – indivíduo: é o “criador” do conhecimento; b – organização: é a “amplificadora” do conhecimento; c – equipes ou grupos: “sintetizadores” do conhecimento.

(19)

2.3.1 TIPOS DE CONHECIMENTO :

• Para a Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional, de Nonaka e Takeuchi (1997), o conhecimento em si é formado por dois componentes dicotômicos e aparentemente opostos – isto é, o conhecimento explícito e o conhecimento tácito.

(20)

CONHECIMENTO EXPLÍCITO :

• O conhecimento explícito pode ser expresso em palavras, números ou sons, e compartilhado na forma de dados, fórmulas científicas, recursos visuais, fitas de áudio, especificações de produtos ou manuais. O conhecimento explícito pode ser rapidamente transmitido aos indivíduos, formal e sistematicamente.

(21)

CONHECIMENTO TÁCITO:

O conhecimento tácito, por outro lado, não é facilmente visível e explicável. Pelo contrário, é altamente pessoal e difícil de formalizar, tornando-se de comunicação e compartilhamento dificultoso. As intuições e os palpites subjetivos estão sob a rubrica do conhecimento tácito.

O conhecimento tácito está profundamente enraizado nas ações e na experiência corporal do indivíduo, assim como nos ideais, valores ou emoções que ele incorpora.

Portanto, esse tipo de conhecimento incorpora duas dimensões: técnica e cognitiva.

(22)

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

• O conhecimento não é explícito ou tácito. O conhecimento é tanto explícito quanto tácito. O conhecimento é inerentemente paradoxal, pois é formado do que aparenta ser dois opostos.

Mudanças e Opostos são duas palavras-chave para essa teoria de criação do conhecimento organizacional, que acredita na relação paradoxal entre conhecimento e dialética (tese, antítese e síntese). Ver conceito de empresas “dialéticas”, como por exemplo: IBM e CANON (pioneiras).

(23)

2.3.2 CONVERSÃO DO CONHECIMENTO :

As organizações criam e utilizam o conhecimento

convertendo o conhecimento tácito em conhecimento explícito, e vice-versa.

Há 4 modos de conversão(*) do conhecimento:

(1) Socialização: do tácito para o tácito;

(2) Externalização: de tácito para explícito;

(3) Combinação: de explícito para explícito;

(4) Internalização: de explícito para o tácito.

(*) este ciclo é conhecido como: modelo SECI, espiral SECI ou processo SECI.

(24)

2.3.3 ESPIRAL DO CONHECIMENTO:

A criação do conhecimento inicia com a socialização e passa através de 4 modos de conversão do conhecimento, formando uma espiral:

Socialização: Compartilhar e criar conhecimento tácito através de experiência direta.

Externalização: Articular conhecimento tácito através do diálogo e da reflexão.

Combinação: Sistematizar e aplicar o conhecimento explícito e a informação.

Internalização: Aprender e adquirir novo conhecimento tácito na prática.

(25)

2.3.4 NÍVEIS DO CONHECIMENTO:

A espiral também é amplificada à medida que passa

para os níveis ontológicos, do indivíduo para o grupo e, então, para a organização. Cada modo do processo

SECI envolve uma combinação diferente das entidades de criação do conhecimento, assim:

1 Socialização: indivíduo para indivíduo;

2 Externalização: indivíduo para o grupo;

3 Combinação: do grupo para a organização;

4 Internalização: da organização para indivíduo.

(Ver figura do Processo SECI):

(26)

2.3.5 TRÊS CARACTERÍSTICAS-CHAVE DA CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO:

Para a transformação do conhecimento tácito em explícito, os japoneses usam de três características-chave, para isso:

1 Metáforas e Analogias: para explicar o inexplicável, usar da linguagem figurada e dos simbolismos;

2 Do Conhecimento Pessoal ao Conhecimento

Organizacional: o conhecimento de um indivíduo deve ser compartilhado com outros indivíduos;

3 Ambiguidade e Redundância: nascem novos conhecimentos disso.

(Ver exemplo do Honda City):

(27)

2.3.6 CONDIÇÕES CAPACITADORAS DA CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL:

São 5 as condições em nível organizacional que promovem a espiral do conhecimento:

1 Intenção: metas para adquirir, criar, acumular e explorar o conhecimento;

2 Autonomia: dar autonomia aos indivíduos para criarem novos

conhecimentos e se automotivarem; ver equipes auto-organizadas e seus projetos de inovação;

3 Flutuação e Caos Criativo: estimulam a interação entre a organização e o ambiente externo;

4 Redundância: é a existência de informações que transcendem as exigências operacionais imediatas dos membros da organização;

5 Variedade de Requisitos: é dar acesso mais rápido à mais ampla gama de informações necessárias aos indivíduos da organização, por meio de redes de informações, por exemplo.

(28)

2.3.7 PROCESSOS GERENCIAIS DE CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO:

Para os autores Nonaka e Takeuchi (1997, p.20), os dois estilos gerenciais tradicionais, como o modelo top-

down (de-cima-para-baixo) e o modelo bottom-up (de- baixo-para-cima), não são tão eficientes no sentido de estimular a interação necessária para criar

conhecimento organizacional.

Propõem o modelo middle-up-down (do-meio—para- cima-e-para-baixo) para superá-los, ao empoderar os gerentes de nível médio com um papel central,

gerenciando o processo de criação do conhecimento.

(29)

EXERCÍCIOS UNIDADE II:

• A – Descreva a Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997), em seus quatro processos de

conversão:

• B – Explique a metáfora do “rúgbi” usada por Nonaka e Takeuchi (1997), para as empresas japonesas:

• C _ Leia o Modelo de Cinco Fases do Processo de

Criação do Conhecimento Organizacional, de Nonaka e Takeuchi (1997, p.95-102) e explique o seu

funcionamento:

(30)

3 PROGRAMAS E APLICAÇÕES DA GC:

3.1 Organização do Conhecimento:

Para DOS SANTOS (2011):

“É a organização na qual as atividades de trabalho desenvolvidas são de natureza, predominantemente, cognitivas. São atividades intensivas em conhecimento”. Por ex.: empresas de base tecnológica e de serviços que têm ativos intangíveis acima de seu valor contábil.

Ativos intangíveis: marcas, patentes, reputação, relações com clientes e fornecedores, informações e conhecimentos, entre outros.

Para ANGELONI (2002), é a organização focada em: infra-estrutura; pessoas e tecnologias.

Para SABBAG (2007, p.260), essas organizações têm de ter, pelo menos, uma das características a seguir: inovação é competência central; tecnologia pioneira e sofisticada é utilizada; trabalho intelectual predomina sobre o braçal; produtos e serviços de conhecimento; informação específica; imagem ou reputação associada a conhecimento.

(31)

3.2 Serviços Intensivos em Conhecimento:

• Serviços intensivos em conhecimento (SICs) ou Knowledge intensive business services (KIBs), segundo Nalinder(2002); Broch e Isaksen (2004), apud BERNARDES e KALLUP (2007, p.134-135), têm como principais características: alta performance na geração de renda, divisas e valor adicionado,

tendência à internacionalização das suas atividades negociais e atuam como verdadeiros agentes

facilitadores de inovação.

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3.2.1 Agrupamento Setorial dos SICs:

-Telecomunicações

-Atividades de Informática e conexas

-Consultoria em sistemas de informática e desenvolvimento de programas de informática

-Processamento de dados e atividades de bancos de dados

-Manutenção e reparação de máquinas de escritório de informática

-Pesquisa e Desenvolvimento (Ciências físicas e naturais; ciências sociais e humanas)

-Serviços técnicos às empresas

-Atividades jurídicas, contábeis e de assessoria empresarial

-Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento técnico especializado

-Ensaios de materiais e de produtos; análise de qualidade

-Publicidade

-Serviços audiovisuais

(Fonte: CNAE, IBGE, 2001).

(33)

3.2.2 Atividades de SIC do Setor de Serviços:

• -Audiovisuais

• -Informática

• -Serviços técnico-profissionais

• -Telecomunicações

• (Fonte: Brasil, 2001)

• Ver Projeto de Pesquisa de Profa. Edmeire C.

Pereira/DECIGI/UFPR.

(34)

3.3 Redes de Conhecimento:

As redes têm um papel super importante para a GC, na medida em que facilitam: o compartilhamento; a disseminação do conhecimento; a criação do conhecimento; o aprendizado individual e o aprendizado organizacional, entre os funcionários, clientes e fornecedores, basicamente (Angeloni, 2002, p.170).

3.3.1 Uma rede de computadores é um conjunto de meios de comunicação, dispositivos e softwares necessários para conectar dois ou mais sistemas ou dispositivos de computador (Stair, 1998,p.156 apud ANGELONI, 2002, p.160).

(35)

3.3.2 Rede de Conhecimentos:

Belluzzo e Feres (2015, p. 11-13), ao discutir a Competência em Informação, com as Redes de Conhecimento e as Metas Educativas para 2021, da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e a Cultura (OEI), nos lembram que:

-As redes são estruturas sociais emergentes, que colaboram na execução das atividades da sociedade contemporânea e representam uma nova organização social que deverá ser dinâmica e flexível para se adaptar à cultura da desconstrução e reconstrução. (p.12)

Para Castells (2008, p.566) sua definição de rede é: “Redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação (...)”.

(36)

3.4 Aprendizagem Organizacional:

3.4.1 Qual o motivo do sucesso das empresas japonesas?

Nonaka e Takeuchi (1997, p.1), acreditam que isso, reside na sua capacidade e especialização na “criação do conhecimento organizacional”.

Por criação de conhecimento organizacional eles entendem:

“(...) a capacidade de uma empresa de criar novo conhecimento, difundi-lo na organização como um todo e incorporá-lo a produtos, serviços e sistemas.(...)”

Desse entendimento, do conhecimento como recurso competitivo, para os autores, a criação de conhecimento gera inovação contínua que gera vantagem competitiva(p.5).

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3.4.2 Diferenças de pensamento oriental e ocidental:

• Para os japoneses, o aprendizado vem da experiência direta e por tentativa e erro. Enfatizam a unidade do corpo e da mente, desde o surgimento do zen-

budismo.

• O CONTRASTE COM O OCIDENTE:

• Para Peter Senge (1990), apóstolo do conceito de

“organização que aprende” (learning organization), este utiliza o “raciocínio sistêmico” para levar a

mente de uma visão das partes à visão do todo; ou seja, aprender com a mente e não com o corpo.

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3.4.3 Cinco disciplinas de Senge (1990):

Para Senge (1990), as organizações que aprendem têm a

capacidade de aprendizado gerativo (ativo) e de aprendizado adaptativo (passivo) como as fontes sustentáveis de vantagem competitiva.

Para o autor, os gerentes devem fazer o seguinte para desenvolver uma organização que aprende:

1 adotar o “raciocínio sistêmico”;

2 estimular o “domínio pessoal” de suas próprias vidas;

3 trazer à superfície os “modelos mentais” predominantes e questioná-los;

4 desenvolver uma “visão compartilhada”;

5 facilitar o “aprendizado da equipe”.

(39)

3.4.4 Agentes na Criação do Conhecimento:

• Para Nonaka e Takeuchi (1997, p.15-17), são criadores de conhecimento nas organizações:

• - funcionários da linha de frente;

• - gerentes de nível médio;

• - gerentes seniores.

(40)

3.4.5 Sintetizando...

Pelo modelo proposto por Angeloni (2002), para

organizações do conhecimento, calcado em infra-estrutura, pessoas e tecnologias, sobre aprendizagem organizacional encontramos as seguintes definições:

APRENDER: é um processo que implica entendimento do passado - para evitar a repetição de erros - , capacitação no presente e preparo adequado para o futuro (Peters, 1998).

APRENDIZAGEM: é um processo de mudança resultante de prática ou experiência anterior, que pode manifestar-se em uma mudança perceptível de comportamento ou não

(Fleury e Fleury, 1995, p.19).

(41)

Continuação...

APRENDIZADO INDIVIDUAL: pode ser entendido como um ciclo no qual a pessoa assimila um novo dado, reflete sobre as

experiências passadas, chega a uma conclusão e, em seguida, age (Kim, 1993, p.67).

APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL: é a capacidade de criar novas ideias multiplicada pela capacidade de generalizá-las por toda a empresa (Stewart, 1998).

Enfim: “A aprendizagem organizacional torna-se uma vantagem competitiva por proporcionar às organizações formas de

alavancar o conhecimento dentro do sistema no qual elas

habitam: um sistema regido pelo caos, mas que apresenta uma ordem definida” (Angeloni, 2002, p.85).

(42)

3.4.6 Organizações Caórdicas

- Teoria do Caos e Complexidade

- Era Caórdica

- Organizações Caórdicas

Para FIALHO ET AL. (2010, p.119):

Caos significa desordem, algo sem nenhum tipo de organização. Ordem quer dizer organização regular conforme algum tipo de norma ou regra.

E caórdica, segundo Dee Hock (2000), fundador da Visa, em seu livro Nascimento da era caórdica, é qualquer organização auto-organizada e autogerenciada, adaptável, não-linear, cujo comportamento combina harmoniosamente características de caos e ordem. É uma empresa cujo comportamento exibe padrões observáveis que não são gerenciados nem explicados por seus componentes. É qualquer complexo ordenado caoticamente.

(43)

3.4.7 Principais Objetivos e Funções da GC(Strauhs, 2012, p.63; 69-73):

OBJETIVOS:

- Aprendizado

-Desenvolvimento de Competências

- Mapeamento, Codificação e Compartilhamento do conhecimento organizacional

FUNÇÕES:

- Organizar o conhecimento

- Disseminar o conhecimento

- Avaliar o conhecimento

- Mensurar o conhecimento

- Criar conhecimento

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EXERCÍCIOS UNIDADE III:

a – Leia todo o capítulo 3 – Espirais do Conhecimento, de SABBAG (2007, p.63-78) e, em especial, o caso sobre Leonardo da Vinci;

b – Interprete, agora, esta frase dos Diários de Leonardo da Vinci:

“Estas regras devem ajudá-lo a formar um juízo livre e correto, pois o bom juízo surge da compreensão correta, e a compreensão correta vem da razão treinada com as regras adequadas, e as regras adequadas são filhas da experiência profunda, que é a mãe comum de todas as ciências e artes” (GELB, 1999, p.193);

c - Responda: Qual a relação entre as variáveis aprendizagem individual e criatividade?

(45)

4 MODELOS, PROCESSOS E PRÁTICAS DE GC:

• Em bibliografias especializadas, encontramos vários modelos de gerenciamento do conhecimento.

• Para os fins desta disciplina de GC (SIN-150), descreveremos os seguintes modelos:

• - Davenport e Prusak (1998);

• - Leonard-Barton (1998);

• - Karl Sveiby (1998);

• - Nonaka e Takeuchi (1997).

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4.1 Modelo de GC de Davenport e Prusak (1998):

Para estes autores, a GC não deve estar centralizada nos

sistemas de informação; o conhecimento organizacional está na mente das pessoas, em documentos, repositórios

eletrônicos e físicos, nas rotinas, nas práticas e em normas e processos.

Todo esse conhecimento está classificado em: mercado do conhecimento; geração do conhecimento; codificação do conhecimento e compartilhamento do conhecimento.

Há cinco modos de criação e geração de conhecimento organizacional: aquisição, fusão, adaptação, recursos

dedicados e formação de redes. (STRAUHS ET AL., 2012, p.57- 59)

(47)

4.2 Modelo de GC de Leonard-Barton(1998):

Este modelo, denominado de “laboratório de aprendizagem” utiliza o conhecimento das pessoas nos processos e nos equipamentos por meio de práticas gerenciais e valores continuamente renovados. Vale-se do pensamento sistêmico e atribui papel importante aos gerentes, que são responsáveis por transmitir as estratégias aos subordinados e “mapear” os conhecimentos entre os colaboradores.

Para isso, considera quatro atividades (subsistemas): 1 Resolução de problemas nas atividades correntes; 2 Integração do conhecimento no interior da empresa por meio de funções e projetos; 3 Inovação e experimentos visando ao longo prazo; 4 Unificação das entradas dos conhecimentos externos.

Esse modelo tem sua origem em dois eixos temporais (espaço-tempo) e em quatro focos de atenção(presente-futuro e externo-interno). O que varia é a associação entre esses elementos (STRAUHS, 2012, p.59-60).

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4.3 Modelo de GC de Karl Sveiby(1998):

• Nesse modelo de GC, o autor tem por base o ativo intangível da organização. Diz respeito à capacidade de competitividade, às competências dos

colaboradores e à imagem organizacional percebida pelos clientes.

• Nesse modelo, os componentes dos ativos e do valor desses ativos se dividem em: competência dos

funcionários; estrutura interna e estrutura externa.

• STRAUHS, 2012, p.60-61)

(49)

4.4 Modelo de Nonaka e Takeuchi (1997):

• Este modelo se baseia na contínua criação do conhecimento pela conversão do

conhecimento tácito em explícito e de

explícito em tácito na rotina do ambiente

organizacional (STRAUHS ET AL., 2012, p.62).

• Ver detalhes desse modelo na Unidade II desta

disciplina de GC (SIN-150).

(50)

4.5 Práticas e Ferramentas de GC:

4.5.1 Práticas gerenciais de GC:

• - Memória Organizacional (MO);

• - Narrativas;

• - Lições Aprendidas;

• - Portal de Compartilhamento;

• - Comunidades de Prática;

• - Mapeamento do Conhecimento;

• - Mapas Conceituais;

• - Gestão por Competências.

(51)

4.5.2 Ferramentas de GC:

Utilizar ferramentas tecnológicas como estratégia para a inovação organizacional:

Internet/Intranets

Redes Sociais

Audioconferências

Comunidades Virtuais

Redes Corporativas

Softwares de gestão (Lotus Notes, do IBM Software Group, por ex.)

Data mining

Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED)

(52)

4.5.3 Programa de Pós-graduação em

Engenharia e Gestão do Conhecimento (UFSC):

• Este Programa (M/D) trabalha com três vertentes:

• 1 Gestão do Conhecimento;

• 2 Mídias do Conhecimento;

• 3 Engenharia do Conhecimento.

• Este Curso de M/D serve para formar Gestores de Conhecimento altamente qualificados para as

necessidades da sociedade/mercado.

• Existem: Profissionais do Conhecimento; Engenheiros do Conhecimento e Gestores do Conhecimento.

(53)

4.5.3.1 Perfil do gestor do projeto de GC:

De acordo com STRAUHS ET AL. (2012, p.99), as características e habilidades básicas do responsável pela implantação são:

-Construção de parcerias e uso intenso do diálogo;

-Criação e comunicação de uma visão nova sobre a importância da informação e do conhecimento para a empresa;

-Capacidade de promover mudanças nas pessoas no compartilhamento de informações;

-Valorização da diversidade de formações no grupo;

-Administração básica de Tis;

-Equilíbrio diante das adversidades;

-Espírito de agregação de valor a conteúdos.

(54)

4.6 Implantação da GC(etapas e ações):

Para STRAUHS ET AL. (2012, p.100-107), não existe receita exata para implantações de GC nas organizações; porém, usam a lógica do

gerenciamento de projetos (procedimentos sequenciais ou sobrepostos).

As principais etapas/ações são:

1 ETAPA DE PREPARAÇÃO: definição de um responsável e um comitê de mudança; análise da infraestrutura; identificação das iniciativas já realizadas; alinhamento da GC com a estratégia do negócio;

avaliação do clima e da cultura organizacional; definição de incentivos de estímulo ao compartilhamento; identificação dos conhecimentos críticos para a empresa; identificação das práticas mais apropriadas para a empresa; elaboração e aprovação do plano de GC.

(55)

2 ETAPA DE DIVULGAÇÃO E NIVELAMENTO:

Lançamento do Programa de GC; Capacitação para equalização de conceitos e termos; sensibilização dos talentos humanos e Marketing interno.

3 ETAPA DE IMPLEMENTAÇÃO:

Definição do projeto piloto; desenvolvimento dos talentos humanos; implementar a TI de apoio ao sistema de GC;

implementar as práticas definidas no Plano; gerenciar a mudança de acordo com a cultura e compartilhamento do conhecimento.

4 ETAPA DE AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM:

Avaliação de desempenho; aprendizagem e refinamento da GC e desdobramento de ações nas demais áreas.

(56)

LEMBRE-SE QUE:

• GESTÃO DO CONHECIMENTO É, PORTANTO, MAIS DO QUE UM PROCESSO OU UMA PRÁTICA ISOLADA. É UMA ESTRATÉGIA PARA A ORGANIZAÇÃO USAR OS CONHECIMENTOS DOS SEUS COLABORADORES PARA GERAR INOVAÇÕES E AUMENTAR SUA COMPETITIVIDADE. (STRAUHS ET AL., 2012, p.112)

(57)

EXERCÍCIOS UNIDADE IV:

a – Selecione um estudo de caso da literatura sobre aplicação da GC em: organização pública; ou organização privada ou Terceiro Setor e o descreva para seus colegas, levantando seus pontos fortes e/ou fracos:

b - Escolha uma empresa da área de Energia, Engenharia ou outra, que não use a GC como estratégia e traçe um plano de criação e compartilhamento de conhecimentos organizacionais, tal como no modelo de Nonaka e Takeuchi (1997):

C – Compare dois softwares de GC, com os fins de aquisição para um possível cliente seu (fictício), com base nas seguintes funcionalidades: usabilidade, manutenção, confiabilidade, desempenho, portabilidade e reusabilidade, etc. Justifique a sua escolha para seu cliente:

(58)

Bibliografia:

As Bibliografias Básica e Complementar desta disciplina encontram-se no Plano de Ensino da Disciplina de Gestão do Conhecimento (SIN-150), de 2017/1.

Uma Bibliografia Especializada de GC (não exaustiva) será fornecida pela docente, em folha à parte e, também, pela Plataforma Moodle.

OBRIGADA!!!

edmeire@ufpr.br

edmeire.ufpr@gmail.com

Tel.: 3360-4391

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