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Análise Matemática III-D Teste Duração: 2h00

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Academic year: 2022

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2011/12

An´ alise Matem´ atica III-D - 2

0

Teste

Dura¸c˜ao: 2h00

I

a. O campo de direc¸c˜oes ´e dado por~v(x, y) = (1, y−y3).

Observando que φ(y) = y−y3 = y(1−y)(1 +y) ´e positiva para y ∈]− ∞;−1[∪]0; 1[ e negativa se y ∈]−1; 0[∪]1; +∞[, obt´em-se o esbo¸co

A partir deste esbo¸co, pode-se conjecturar que lim

t→+∞y(t)∈ {−1; 0; 1}. Estes limites correspondem `as solu¸c˜oes de equil´ıbro da equa¸c˜ao diferencial.

b. Paray 6= 0, pela mudan¸ca de vari´avel proposta, v(t) = 1

y2(t) e v(t) = −2y(t) y3(t). Multiplicando a equa¸c˜ao por −2

y3,

−2y

y3 =−2

y2 + 2⇔v+ 2v = 2.

Multiplicando esta ´ultima equa¸c˜ao por e2t,

(v(t)e2t) = 2e2t⇔v(t)e2t=e2t+C ⇔v(t) = 1 +Ce−2t, C∈R. Finalmente,

y(t) = ± 1

√1 +Ce−2t. Temos assim, para y6= 0, os limites poss´ıveis lim

t→+∞± 1

√1 +Ce−2t =± 1

√1 + 0 =±1.

Considerando tamb´em a solu¸c˜ao nula, confirma-se a conjectura feita na al´ınea anterior.

(2)

II

Seja M(x, y) = 2 sin(y2) e N(x, y) = xycos(y2),x6= 0.

Tem-se

∂M

∂y (x, y)− ∂N

∂x(x, y) = 4ycos(y2)−ycos(y2) = 3ycos(y2)6= 0, pelo que a equa¸c˜ao apresentada n˜ao ´e exacta. No entanto, a quantidade

1 N(x, y)

∂M

∂y (x, y)−∂N

∂x(x, y)

= 3 x

apenas depende de x, pelo que a equa¸c˜ao admite um factor integrante µ(x) que apenas depende igualmente dessa vari´avel. A fun¸c˜ao µverifica ent˜ao a equa¸c˜ao diferencial

∂y(M(x, y)µ(x)) = ∂

∂x(N(x, y)µ(x))⇔ ∂M

∂y (x, y)µ(x) = ∂N

∂x(x, y)µ(x) +N(x, y)µ(x)

⇔4ycos(y2)µ(x) =ycos(y2)µ(x) +xycos(y2(x)⇔µ(x)− 3

xµ(x) = 0.

Multiplicando esta equa¸c˜ao pore−3 ln(|x|)=|x|−3, (µ(x)|x|−3) = 0, ou seja µ(x) =C|x|3, C ∈R.

Como x 6= 0, trabalhamos num intervalo em que x > 0 ou num intervalo em que x < 0.

Escolhendo, respectivamente, C = 1 ou C=−1, obtemos µ(x) = x3. Multiplicando a equa¸c˜ao original por esta quantidade vem

2x3sin(y2) +x4ycos(y2)y = 0.

Procuramos agora F tal que ∂F

∂x(x, y) = 2x3sin(y2) e ∂F

∂y(x, y) = x4ycos(y2).

Primitivando a primeira destas equa¸c˜oes em ordem a x, F(x, y) = 12x4sin(y2) +φ(y).

Diferenciando esta express˜ao em ordem ay e confrontando com a segunda equa¸c˜ao, obte- mos φ(y) = 0, pelo que a fun¸c˜ao φ´e constante. Finalmente,

F(x, y) = 1

2x4sin(y2) +c, c∈R.

Desta forma, a equa¸c˜ao inicial possui as solu¸c˜oes impl´ıcitas x4sin(y2) = C, C ∈ R, ou seja

y(x) =± s

arcsin C

x4

.

(3)

III

Pretendemos resolver a equa¸c˜ao linear n˜ao homog´enea y′′−y+ 1

4y = e2t 4(1 +t2). Come¸camos por tratar a equa¸c˜ao homog´enea associada y′′−y+ 1

4y= 0.

O seu polin´omio caracter´ıstico ´e dado por

P(x) = x2−x+1 4, cujo discriminante ´e ∆ = 1− 4

4 = 0. Desta forma, P admite uma ´unica ra´ız real r = 12, pelo que a solu¸c˜ao geral da equa¸c˜ao homog´enea ´e yH(t) = C1e2t +C2te2t, C1, C2 ∈R. Calculamos agora uma solu¸c˜ao particular para a equa¸c˜ao inicial pelo m´etodo de varia¸c˜ao das constantes.

A fun¸c˜ao yp(t) =C1(t)e2t +C2(t)tet2 ´e solu¸c˜ao particular se

C1(t)e2t + C2(t)tet2 = 0 1

2C1(t)e2t + C2(t)

e2t + 2tet2

= e2t 4(1 +t2)

C1(t) + C2(t)t= 0 1

2C1(t) + C2(t)

1 + t 2

= 1

4(1 +t2). O determinante deste sistema ´e d= 1 + t

2− t

2 = 1, pelo que obtemos as solu¸c˜oes C1(t) =

0 t

1

4(1 +t2) 1 + t 2

=− t

4(1 +t2) : C1(t) =−1

8ln 1 +t2 e

C2(t) =

1 0

1 2

1 4(1 +t2)

= 1

4(1 +t2) : C2(t) = 1

4arctan(t).

(As constantes de primitiva¸c˜ao foram tomadas nulas).

Finalmente, a solu¸c˜ao geral pretendida ´e y(t) = yH(t)+yp(t) =e2t

C1− 1

8ln 1 +t2

+tet2

C2+ 1

4arctan(t)

, C1, C2 ∈R.

IV a. Para M >0, tem-se

Z M 0

e−stu1(t)tdt= Z M

1

te−stdt=

−te−st s

M 1

+1 s

Z M 1

e−stdt = e−s

s −Me−sM s −1

s2 e−sM −e−s .

Tomando o limite quando M →+∞, vem, para s >0,L(u1(t)t)(s) =e−s 1

s + 1 s2

.

(4)

b. Tem-se L(y(t))(s) = sY(s)−y(0) = sY(s) e L(y(t))(s) = sY(s)−sy(0)−y(0) = s2Y(s).

Assim, tomando a transformada de Laplace da equa¸c˜ao apresentada, Y(s)(s2−s−2) =e−s

1 s + 1

s2

⇔Y(s) =e−s s+ 1

s2(s2−s−2) =e−s s+ 1 s2(s−2)(s+ 1)

=e−s 1 s2(s−2). A decomposi¸c˜ao polar da frac¸c˜ao racional Q(s) = 1

s2(s−2) ´e dada por 1

s2(s−2) = A

s−2 +B s + C

s2.

• Multiplicando por s2 e fazendo s= 0, obt´em-se C =−1 2;

• Multiplicando por s−2 e fazendo s= 2, obt´em-seA= 1 4;

• Multiplicando por s e tomando o limite em +∞, obt´em-se B =−A=−1 4. Finalmente,

Y(s) = e−s

1

4(s−2) − 1 4s − 1

2s2

= 1

4e−sL(e2t)(s)− 1

4e−sL(1)(s)− 1

2e−sL(t)(s) : Y(s) = L

1

4u1(t)e2(t−1)−1

4u1(t)− 1

2u1(t)(t−1)

(s), de onde resulta que

y(t) =u1(t) 1

4e2(t−1)− t 2 +1

4

.

V

a. Seja ˜f a extens˜ao ´ımpar 2-peri´odica de f. Como ˜f ´e ´ımpar, a sua s´erie de Fourier ´e uma s´erie de senos, isto ´e, os integrais an=

Z 1

−1

f(x) cos(nπx) s˜ao nulos.˜ Tem-se, para n∈N,

bn = 1 1

Z 1

−1

f(x) sin(nπx)dx˜ = 2 Z 1

0

f(x) sin(nπx)dx= 2 Z π

0

(1−x) sin(nπx)dx.

Integrando por partes, bn= 2

−(1−x)cos(nπx) nπ

1 0

−2 Z 1

0

cos(nπx)

nπ dx = 2 nπ.

(5)

A s´erie de senos pedida ´e ent˜ao dada por g(x) = 2

π

+∞

X

n=1

sin(nπx)

n .

b. A fun¸c˜ao f ´e cont´ınua no ponto x= 1

π pelo que coincide, neste ponto, com a sua s´erie de senos. Logo,

f 1

π

= 2 π

+∞

X

n=1

sin(n)

n ⇔

+∞

X

n=1

sin(n) n = π

2

1− 1 π

= π−1 2 .

c. Pelo m´etodo de separa¸c˜ao das vari´aveis, come¸camos por procurar solu¸c˜oes da forma u(x, t) =X(x)T(t).

Obtemos

X(x)T′′(t) = 9X′′(x)T(t)⇔ T′′(t)

9T(t) = X′′(x) X(x) .

Como esta quantidade depende simultaneamente apenas de xe de y, ´e constante, igual a λ.

Desta forma, obtemos o sistema desacoplado

T′′(t)−9λT(t) = 0 X′′(x)−λX(x) = 0.

As condi¸c˜oes de fronteira u(0, t) =u(1, t) = 0 traduzem-se, em termos de X, por X(0) =X(1) = 0.

Sabemos ent˜ao da aula te´orica que λ = −n2π2

1 e que X(x) = Bsin(nπx), B ∈ R. Da primeira equa¸c˜ao do sistema resulta ent˜ao que T(t) = Acos(3nπt) +Bsin(3nπt). Da condi¸c˜ao inicial u(x,0) = 0 resulta que T(0) = 0, isto ´e A= 0.

Desta forma,

u(x, t) =un(x, t) =Bnsin(nπx) sin(3nπt), n ∈N. Como a equa¸c˜ao ´e linear,

u(x, t) =

+∞

X

n=1

Bnsin(nπx) sin(3nπt)

verifica o sistema proposto, com excep¸c˜ao da condi¸c˜ao ∂u

∂t(x,0) = 1−x.

Tem-se

∂u

∂t(x, t) =

+∞

X

n=1

3nπBnsin(nπx) cos(3nπt) : ∂u

∂t(x,0) =

+∞

X

n=1

3nπBnsin(nπx) = 1−x.

Pela al´ıneaa, 3nπBn=bn = 2

nπ pelo queBn= 2

2n2 eu(x, t) =

+∞

X

n=1

2

3n2π2 sin(nπx) sin(3nπt).

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