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Lógica matemática resumo

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Academic year: 2018

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Primeira página      Índice Introdução Proposição Conectivos e valores lógicos Tabelas verdade Valor lógico da proposição Operações l ógicas Construção de tabelas verdade Ordem de precedência dos conectivos Tautologia, contradição e contingência Equivalência Proposições associadas a uma condicional Recíproca da condicional Contrapositiva da condicional Forma normal das proposições Exercícios Bibliografia  

 

L ó g i c a   m a t e m á t i c a

 

  Sumário: Introdução Proposição Conectivos e valores lógicos Tabelas verdade Valor lógico da proposição Operações lógicas Construção de tabelas verdade Ordem de precedência dos conectivos Tautologia, contradição e contingência Equivalência Proposições associadas a uma condicional Recíproca da condicional Contrapositiva da condicional Forma normal das proposições Exercícios Bibibliografia Introdução A lógica matemática trata do estudo das sentenças declarativas também conhecidas como proposições e tem por objetivo elaborar procedimentos que permitam obter um raciocínio correto na investigação da verdade, distinguindo os argumentos válidos daqueles que não o são.  O filósofo grego Aristóteles (384 ­ 322 a.C.) iniciou o estudo da lógica, fazendo uma representação do processo do pensamento. No século XIX o matemático inglês George Boole (1815 ­ 1864), criador da Álgebra Booleana, descreveu operações de lógica e de probabilidades, base da atual aritmética computacional. Proposição Proposição ­ é um conjunto de palavras ou símbolos que exprime um pensamento de sentido completo, de modo que se possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois valores lógicos possíveis: verdadeiro ou falso. A lógica matemática se assenta em dois princípios fundamentais: Princípio da não contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo; Princípio do terceiro excluído: Toda proposição ou é verdadeira ou falsa, excluindo­se qualquer outro valor. Somente às sentenças declarativas pode­se atribuir valores de verdadeiro ou falso, que ocorre quando a sentença é confirmada ou negada, respectivamente. Não se pode atribuir um valor de verdadeiro ou falso às demais formas de sentenças como as interrogativas, as exclamativas e outras, embora elas também expressem pensamentos ou juízos. As proposições classificam­se em simples ou atômicas e compostas ou moleculares. Proposição simples — É um pensamento singular sem integrar qualquer outra proposição. Exemplos: Antônio é estudante. José é solteiro. Proposição composta — É formada pela combinação de duas ou mais proposições simples. Exemplos: Maria é professora e Pedro é mecânico. Se o carro é novo, então está em boa condição de uso.

As proposições simples são geralmente designadas pelas letras minúsculas p, q, r, s, ... e as compostas pelas letras maiúsculas P, Q, R, S, ...

(2)

 

Conectivos e valores lógicos

Conectivos: (Termos usados para formar novas proposições a partir de outras existentes.)   "e", "ou", "não", "se... então... ", "se e somente se ..."

Valores lógicos das proposições:   Verdade (V) e Falsidade (F).

 

 

Tabelas verdade

A Tabela verdade é um instrumento usado para determinar os valores lógicos das proposições compostas, a partir de atribuições de todos os possíveis valores lógicos das proposições simples componentes. A primeira das tabelas abaixo apresenta duas proposições simples: p e q e a segunda, três proposições simples: p, q e r. As células de ambas as tabelas são preenchidas com valores lógicos V e F, de modo a esgotar todas as possíveis combinações. O número de linhas da tabela pode ser previsto efetuando o cálculo: 2 elevado ao número de proposições simples. Nos exemplos abaixo tem­se 22 = 4 linhas e 23 = 8 linhas.

p q

V V

V F

F V

F F

p q r

V V V

V V F

V F V

V F F

F V V

F V F

F F V

F F F

 

 

Valor lógico da proposição

Notação: O valor lógico de uma proposição simples indica­se por V(p) e composta por V(P) (letra maiúscula).

Exemplos de proposições simples: p : um triângulo têm três lados. q : Blumenau é um país.

V(p) = V   V(q) = F   (Lê­se valor lógico de p é igual a V (verdadeiro) e de q é igual a F (falso))

Exemplo de proposição composta: p : o sol é uma estrela ou q : a terra é uma estrela.

P(p,q) = p v q     V(P) = V     (O símbolo "v" representa o conectivo "ou" visto abaixo)

 

Operações lógicas

Os valores lógicos das proposições são definidos pelas tabelas descritas em cada operação a seguir.

Negação (~)   "~p"   lê­se "não p". Exemplo:

  p : Joana é bonita

  ~p : Joana não é bonita

ou  ~p : Não é verdade que Joana é bonita ou  ~p : É falso que Joana é bonita

p ~p

V F

F V

Conjunção (^)     "p ^ q"   lê­se "p e q". Exemplo:

  p : A neve é branca  (V)   q : 2 < 5  (V)

  p ^ q : A neve é branca e 2 < 5  (V) Representação:

  V(p ^ q) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V Leitura:

p q p ^ q

V V V

V F F

F V F

F F F

(3)

 

Disjunção (v)    "p v q"   lê­se "p ou q". Exemplo:

  p : Blumenau é a capital de SC   (F)   q : 5/7 é uma fração própria   (V)

  p v q : Blumenau é a capital de SC ou 5/7 é uma        fração própria (V)

 

  V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V

p q p v q

V V V

V F V

F V V

F F F

Disjunção exclusiva (v)    "p v q"   lê­se "ou p ou q", mas não ambos ou ainda "ou exclusivo".

p q p v q

V V F

V F V

F V V

F F F

O valor lógico é Falso(F) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas.

Exemplo:

  P : Carlos é médico ou professor Q : Antônio é catarinense ou gaúcho.

 

Na proposição composta P pelo menos uma das proposições simples é verdadeira, podendo ser ambas verdadeiras. ("ou" inclusivo).

Na proposição composta Q apenas uma das proposições é verdadeira. ("ou" exclusivo).

Condicional (—>)   "p —> q"   lê­se "se p então q" ("—>" símbolo de implicação).

p q p —> q

V V V

V F F

F V V

F F V

O valor lógico é Falso(F) no caso

em que p é verdadeira e q é falsa.

Exemplo:

 

p : A terra é uma estrela   (F) q : O ano tem nove meses (F)

p —> q : Se a terra é uma estrela, então o ano  tem nove meses  (V)  

V(p —> q) = V(p) —> V(q) = F —> F = V

Bicondicional (<—>)    "p <—> q"   lê­se "p se e somente se q".

p q p <–> q

V V V

V F F

F V F

F F V

Uma bicondicional é verdadeira somente quando ambas proposições são verdadeiras ou ambas falsas. (p é condição necessária e suficiente para q ou q é condição necessária e suficiente para p).

Exemplo:

 

p : A terra é plana   (F) q : 10 é um número primo (F)

p <—> q : A terra é plana se e somente se 10 for um  número primo  (V)  

V(p <—> q) = V(p) <—>  V(q) = F <—>  F = V

 

Construção de tabelas verdade

a) Construir a tabela verdade da seguinte proposição: P(p,q) = ~(p ^ ~q).      Solução:

(4)

 

V V F F V

V F V V F

F V F F V

F F V F V

Procedimento:

Para determinar os valores lógicos de uma proposição composta, deve­se antes relacionar em colunas as proposições simples envolvidas e dar a elas todos os valores lógicos combinados, podendo seguir a ordem na qual se começa estabelecendo na primeira linha o valor lógico Verdade para todas as variáveis, na segunda linha repete­se os valores, exceto para coluna mais a direita que recebe o valor lógico F e, assim, seguir alternando os valores até especificar na última linha o valor F para todas as proposições simples.

No exemplo acima, inicialmente, foram colunadas as proposições simples p e q e determinados todos os valores lógicos. Em seguida, foi criada a próxima coluna ~q e definidos seus valores, aplicando a operação de negação ou inversão com base nos valores da coluna q. O passo seguinte foi abrir a coluna p ^ ~q e determinar seus valores, efetuando a operação de conjunção considerando os valores das colunas p e ~q. No próximo e último passo criou­se a coluna 

~(p ^ ~q) e estabelecidos seus valores, negando ou invertendo o conteúdo da coluna anterior.

Formas de indicar o resultado da proposição composta da tabela acima:

P(VV) = V,   P(VF) = F,   P(FV) = V,   P(FF) = V    ou    P(VV, VF, FV, FF) = VFVV

b) Construir a tabela verdade da proposição: P(p,q,r) = p v ~r —> q ^ ~r.      Solução:

p q r ~r p v ~r q ^ ~r p v ~r —> q ^ ~r

V V V V V F F

V V F V V V V

V F V F V F F

V F F V V F F

F V V F F F V

F V F V V V V

F F V F F F V

F F F V V F F

A tabela verdade desenvolvida acima precisou de oito linhas (23) para dispor todos seus valores lógicos, uma vez que a proposição composta envolve tres proposições simples: p, q e r.

Ordem de precedência dos conectivos:

A precedência é o critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática prioriza as operações de acordo com a ordem listadas abaixo.

1)  ~      2) ^ e v     3) —>      4) <—>.

Parênteses podem ser utilizados para determinar uma forma específica de avaliação de uma proposição. A proposição  p —> q <—> s ^ r, por exemplo, é bicondicional e nunca uma condicional ou uma conjunção. Para convertê­la numa condicional deve­se usar parênteses: p —> (q <—> s ^ r).

 

 

Tautologia, contradição e contingência

Tautologia ­ proposição composta cuja última coluna de sua tabela verdade encerra somente a letra V(verdade).  Exemplo:  p v ~(p ^ q).

Contradição ­ proposição composta cuja última coluna de sua tabela verdade encerra somente a letra F(falsidade).  Exemplo:  (p ^ q) ^ ~(p v q).

(5)

cada uma pelo menos uma vez.  Exemplo: p v q —> p.

 

Equivalência

Uma proposição P(p, q, r, ...) é equivalente a uma proposição Q(p, q, r, ...) se as tabelas verdade dessas duas proposições são idênticas.

Notação:   P(p, q, r, ...) <==> Q(p, q, r, ...).

Exemplo: A condicional "p —> q" e a disjunção "~p v q" são equivalentes como expõe sua tabela verdade:

p q p —> q ~p ~p v q

V V V F V

V F F F F

F V V V V

F F V V V

Equivalência:  p—> q <==> ~p v q

 

 

Proposições associadas a uma condicional

  Proposição recíproca de p —> q    :    q —> p   Proposição contrária de p —> q    :    ~p —> ~q   Proposição contrapositiva de p —> q    :    ~q —> ~p

p q p —> q q —> p ~p —> ~q ~q —> ~p

V V V V V V

V F F V V F

F V V F F V

F F V V V V

Equivalências:  p —> q <==> ~q —> ~p    e    q —> p <==> ~p —> ~q

A condicional (p —> q) é equivalente a sua contrapositiva (~q —> ~p) e a recíproca da condicional (q — > p) é equivalente à contrária da condicional (~p —> ~q).

Recíproca da condicional

Exemplo:

p —> q  :  Se triângulo é eqüilátero, então é isósceles. A recíproca da condicional é

q —> p  :  Se triângulo é isósceles, então é eqüilátero.

(A condicional p —> q é verdadeira (V), mas sua recíproca q –> p  é falsa (F)).

Contrapositiva da condicional

Exemplos:

p —> q  :  Se Carlos é professor, então é pobre. A contrapositiva é

~q —> ~p  :  Se Carlos não é pobre, então não é  professor. Portanto, (p —> q  <==>  ~q —> ~p) (Proposições equivalentes).

p  :  x é menor que zero q  :  x é negativo

q —> p  :  Se x é negativo,então x é menor que zero. A contrapositiva é

~p —> ~q :  Se x não é menor que zero, então x não é negativo. Portanto, (q —> p  <==>  ~p —> ~q) (Proposições equivalentes).

(6)

 

Forma normal das proposições

Uma proposição está na forma normal (FN) quando contém apenas os conectivos ~, ^ e v.

Toda proposição pode ser levada para a forma normal equivalente pela eliminação dos conectivos —> e < —>.

Exemplos:

p —> q   =  ~p v q

p <—> q   =  (~p v q) ^ (p v ~q)

Pode­se comprovar esta afirmação de igualdade acima construindo as respectivas tabelas verdade.  

 

Exercícios

(Para obter as respostas posicione o cursor sobre a letra da expressão)

1.  Sejam as proposições:

p : Está frio  e  q : Está chovendo.

Traduzir para a linguagem corrente as seguintes proposições: a)  ~p      b)  p ^ q       c)  p v q

d)  q <—> p       e)  p —> ~q      f)  p v ~q g)  ~p ^ ~q       h)  p ^ ~q —> p

2.  A partir das proposições p : Antônio é rico e q : José é feliz, traduzir para a linguagem corrente as proposições a seguir:

a)  q —> p      b)  p v ~q       c) q <—> ~p d)  ~p —> q       e)  ~~p       f)  p ^ q

3.  Sejam as proposições:

p : Carlos fala francês,  q : Carlos fala inglês  e r : Carlos fala alemão.

Traduzir para a linguagem simbólica as seguintes proposições: a)  Carlos fala francês ou inglês, mas não fala alemão

b)  Carlos fala francês e inglês, ou não fala francês e alemão c)  É falso que Carlos fala francês mas não que fala alemão

d)  É falso que Carlos fala inglês ou alemão mas não que fala francês

4.  A partir das proposições p : Maria é rica e q : Maria é feliz, traduzir para a linguagem simbólica as proposições:

a)  Maria é pobre, mas feliz b)  Maria é rica ou infeliz c)  Maria é pobre e infeliz

d)  Maria é pobre ou rica, mas é infeliz

5.  Construir as tabelas­verdade das seguintes proposições: a) ~(p v ~q)      b)  p ^ q —> p v q

c)  ~p ^ r —> q v ~r        d)  (p ^ ~q) v r

6.  Sabendo que os valores lógicos das proposições p e q são respectivamente F e V, determinar o valor lógico da proposição:

(p ^ (~q —> p)) ^ ~((p v ~q) —> q v ~p)

(Para obter a resposta posicione o cursor sobre o número da questão)

7.  Mostrar que a seguinte proposição é tautológica: p ^ r —> q v r

8.  Mostrar que a seguinte proposição é contradição: (p ^ q) ^ ~(p v q)

 

Bibliografia

(7)

 

Ciência Moderna, 2005. 224p.

Eletrônica:

http://www.angelfire.com/bc/fontini/logica.html http://mjgaspar.sites.uol.com.br/logica/logica#listapref

Referências

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