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Português. Questão 1. Questão 3. Questão 2 ETAPA. Resposta. Resposta. Resposta

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Capitulação Delivery

Até pra telepizza É um exagero. Há quem negue? Um povo com vergonha Da própria língua Já está entregue.

(Luís Fernando Veríssimo) a) O título dado pelo autor está adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifi-que sua resposta.

b) O exagero que o autor vê no emprego da palavra “delivery” se aplicaria também a “te-lepizza”? Justifique sua resposta.

Resposta

a) "Capitulação": rendição, sujeição, renúncia, no caso, à própria língua. No poema, o autor critica o exagero existente no emprego de termos estran-geiros em nossa língua; portanto, o título é perfei-tamente adequado ao conteúdo do texto.

b) Não. "Telepizza" é um processo de composi-ção (hibridismo) admissível pois a palavrapizza, de origem italiana, já está incorporada ao idioma e até mesmo dicionarizada, enquanto "delivery" é um termo estrangeiro, ainda não aportuguesado.

Leia com atenção as seguintes frases, extraí-das do termo de garantia de um produto para emagrecimento:

I) Esta garantia ficará automaticamente cancelada se o produto não for correta-mente utilizado.

II) Não se aceitará a devolução do pro-duto caso ele contenha menos de 60% de seu conteúdo.

III) As despesas de transporte ou quais-quer ônus decorrente do envio do pro-duto para troca corre por conta do usuário.

a) Reescreva os trechos sublinhados nas fra-ses I e II, substituindo as conjunções que os iniciam por outras equivalentes e fazendo as alterações necessárias.

b) Reescreva a frase III, fazendo as correções necessárias.

Resposta

a) I. caso (desde que) o produto não seja correta-mente utilizado.

II. se ele contiver menos de 60% de seu conteúdo (há outras possibilidades).

b) As despesas de (com o) transporte ou quaisquer ônus decorrentesdo envio do produto para troca corrempor conta do usuário.

Obs.: ônus admite tanto singular qualquer como plural quaisquer, aceita-se, assim, qualquer ônus decorrente.

Compare o provérbio “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento” com a seguinte mensa-gem publicitária de um empreendimento imobiliário:

Por fora as mais belas árvores. Por dentro a melhor planta.

a) Os recursos sonoros utilizados no provér-bio mantêm-se na mensagem publicitária? Justifique sua resposta.

b) Aponte o jogo de palavras que ocorre no texto publicitário, mas não no provérbio.

Resposta

a) Não, pois na mensagem publicitária não apare-cem os muitos recursos sonoros do provérbio, como a aliteração (bela viola), a assonância (fora-viola/dentro-bolorento), a antítese entre as vogais abertas da primeira frase e as vogais fe-chadas da segunda, a rima interna (dentro/bolo-rento) e o ritmo das frases equivalentes a versos heptassílabos acentuados na 2ª e 7ª sílabas. b) A palavra "planta" é polissêmica, pois pode re-ferir-se tanto ao desenho que representa a proje-ção horizontal de uma construproje-ção, quanto a um vegetal.

Português

ETAPA

Questão 1

Questão 2

Questão 3

(2)

I. Desespero meu: leitura obrigatória de livro indicado...

II. Uma surpresa: tão bom, aquele livro! III. Nenhum aborrecimento na leitura. a) Respeitando a seqüência em que estão apresentadas as três frases acima, articule-as num único período. Empregue os verbos e os nexos oracionais necessários à clareza, à coe-são e à coerência desse período.

b) Transcreva o período abaixo, virgulando-o adequadamente:

A obrigação de ler um livro como toda obrigação indispõe-nos contra a tarefa imposta mas pode ocorrer se encontrar-mos prazer nessa leitura que o peso da obrigação desapareça.

Resposta

a) Os três textos podem ser articulados de dife-rentes maneiras. Cita-se uma possibilidade. Desespero meu: deparei-me com leitura obrigató-ria de livro indicado; porém, mais tarde, uma sur-presa: aquele livro era tão bom que sua leitura não me causou aborrecimento nenhum.

b) A obrigação de ler um livro , como toda obriga-ção , indispõe-nos contra a tarefa imposta , mas pode ocorrer , se encontrarmos prazer nessa lei-tura , que o peso da obrigação desapareça.

Conversa no ônibus

Sentaram-se lado a lado um jovem pu-blicitário e um velhinho muito religioso. O rapaz falava animadamente sobre sua profissão, mas notou que o assunto não despertava o mesmo entusiasmo no par-ceiro. Justificou-se, quase desafiando, com o velho chavão:

– A propaganda é a alma do negócio. – Sem dúvida, respondeu o velhinho. Mas sou daqueles que acham que o sujeito dessa frase devia ser o negócio.

a) A palavra alma tem o mesmo sentido para ambas as personagens? Justifique.

b) Seguindo a indicação do velhinho, redija a frase na versão que a ele pareceu mais coe-rente.

Resposta

a) Sim, pois para ambos "alma" é o que dá vida a algo (para o religioso, o corpo sem a alma é maté-ria inanimada; para o publicitário, negócio que não se divulga, morre).

b) O velhinho acha que a frase do publicitário é in-coerente, pois para ele é possível negócio sem propaganda, mas não existiria propaganda sem o negócio. Assim, na sua versão a frase deveria ter a seguinte redação: O negócio é a alma da propa-ganda.

No conto A hora e vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa, o protagonista é um ho-mem rude e cruel, que sofre violenta surra de capangas inimigos e é abandonado como mor-to, num brejo. Recolhido por um casal de ma-tutos, Matraga passa por um lento e doloroso processo de recuperação, em meio ao qual re-cebe a visita de um padre, com quem estabe-lece o seguinte diálogo:

– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e ten-do nas costas tanto pecaten-do mortal? – Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum... (...) Sua vida foi entortada no verde, mas não fique tris-te, de modo nenhum, porque a tristeza é aboio de chamar demônio, e o Reino do Céu, que é o que vale, ninguém tira de sua algibeira, desde que você esteja com a graça de Deus, que ele não regateia a nenhum coração contrito.

a) A linguagem figurada amplamente empre-gada pelo padre é adequada ao seu interlocu-tor? Justifique sua resposta.

b) Transcreva uma frase do texto que tenha sentido equivalente ao da frase não regateia a nenhum coração contrito.

Resposta

a) Sim, uma vez que se trata de "um homem rude", acostumado com os termos que dizem res-peito ao universo sertanejo ("espora", "rédea", "estribo", "aboio", etc.).

b) "não tira o estribo do pé de arrependido ne-nhum".

Questão 5

Questão 6

Questão 4

(3)

Considere o seguinte fragmento do antepe-núltimo capítulo de Memórias de um sar-gento de milícias, no qual se narra a visita que D. Maria, Maria Regalada e a comadre fizeram ao Major Vidigal, para interceder por Leonardo (filho):

O major recebeu-as de rodaque de chi-ta e chi-tamancos, não tendo a princípio suposto o quilate da visita; apenas po-rém reconheceu as três, correu apres-sado à camarinha vizinha, e envergou o mais depressa que pôde a farda: como o tempo urgia, e era uma incivili-dade deixar sós as senhoras, não com-pletou o uniforme, e voltou de novo à sala de farda, calças de enfiar, taman-cos, e um lenço de Alcobaça sobre o om-bro, segundo seu uso. A comadre, ao vê-lo assim, apesar da aflição em que se achava, mal pôde conter uma risada que lhe veio aos lábios.

_____________________________________

Rodaque = espécie de casaco. Camarinha = quarto.

Calças de enfiar = calças de uso doméstico.

a) Considerando o fragmento no contexto da obra, interprete o contraste que se verifica entre as peças do vestuário com que o major voltou à sala para conversar com as visitas. b) Qual a relação entre o referido vestuário do major e a sua decisão de favorecer Leonar-do (filho), fazenLeonar-do concessões quanto à aplica-ção da lei?

Resposta

a) O Major Vidigal, personagem responsável pela manutenção da ordem social no romance Memórias de um Sargento de Milícias, volta à sala "de farda, calças de enfiar, tamancos e um lenço de Alcobaça", ou seja, parte de seu traje remete ao universo da "lei" e da "ordem" (a far-da, o lenço) e parte se relaciona ao improviso e à desordem (a calça, os tamancos). O persona-gem materializa, portanto, as esferas da "lei/não lei" em seu próprio traje.

b) Atendendo à intercessão das três senhoras, Vidigal se decide pela libertação de Leonardo, ou seja, deixa de cumprir a lei em nome de seus interesses particulares. Ele transita, as-sim, entre o cumprimento da lei e o não cumpri-mento dela, o que aliás é tematizado no próprio traje disparatado com que esse personagem se apresenta.

Leia atentamente as seguintes afirmações: A vida íntima do brasileiro nem é bas-tante coesa, nem basbas-tante disciplinada, para envolver e dominar toda a sua per-sonalidade e, assim, integrá-la, como peça consciente, no conjunto social. Ele é livre, pois, para se abandonar a todo repertório de idéias, gestos e formas que encontre em seu caminho, assimilan-do-os freqüentemente sem maiores difi-culdades.

(Adaptado de Sérgio Buarque de Holanda,

Raízes do Brasil)

a) Essas afirmações aplicam-se à personagem Brás Cubas? Justifique sucintamente sua resposta.

b) E à personagem Macunaíma, essas afirma-ções se aplicam? Justifique resumidamente sua resposta.

Resposta

a) Sim. Brás Cubas é figura – síntese do bur-guês proprietário de escravos do século XIX: dono de uma cultura “enciclopédica”, é extrema-mente volúvel e muda de postura a cada capítu-lo do romance, assimilando somente aquicapítu-lo que está de acordo com as suas conveniências – e essa constante oscilação não permite a constru-ção de uma personalidade sólida.

b) Sim. Além de ser apresentado como “herói de nossa gente”, metáfora do povo brasileiro, Macu-naíma é o “herói sem nenhum caráter”, ou seja, não apresenta uma personalidade definida. As su-cessivas metamorfoses do herói evidenciam sua incapacidade de inserção numa organização social definida e revelam que a obra problematiza um dos temas centrais deRaízes do Brasil: a falta de identidade do povo brasileiro e os obstáculos que se contrapõem à formação de uma nação autôno-ma.

Questão 7

(4)

Tu, só tu, puro amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano.

(Camões, Os Lusíadas – episódio de Inês de Castro) ____________________________________

Molesta = lastimosa; funesta. Pérfida = desleal; traidora. Fero = feroz; sanguinário; cruel. Mitiga = alivia; suaviza; aplaca.

Ara = altar; mesa para sacrifícios religiosos.

a) Considerando-se a forte presença da cultu-ra da Antigüidade Clássica em Os Lusíadas, a que se pode referir o vocábulo “Amor”, gra-fado com maiúscula, no 5º verso?

b) Explique o verso “Tuas aras banhar em sangue humano”, relacionando-o à história de Inês de Castro.

Resposta

a) Amor, grafado em maiúscula, indica uma divin-dade da mitologia greco-romana: o deus do amor (Eros, para os gregos, eAmor, para os romanos). b) Camões alude à concepção mitológica de que Eros/Amor é um deus cruel que, com suas fle-chas, fere os corações humanos, como que exi-gindo o sangue de suas vítimas para banhar seus altares (aras). Inês de Castro teria sido uma de suas vítimas, pois foi sentenciada à morte por seu relacionamento amoroso com o príncipe D. Pedro.

Ao contista de Primeiras estórias, as ma-nifestações da loucura interessam não como casos clínicos, e sim como campo propício à invasão do extraordinário, do

mítico, do mágico – numa palavra, da poesia – que irrompem no meio das aco-modações cotidianas, questionando o que é considerado normal.

(Adaptado de Paulo Rónai) a) O questionamento de que se fala na afirma-ção acima ocorre no conto “Darandina” (em que se narra a história do homem que sobe em uma palmeira)? Explique sucintamente. b) E no conto “Tarantão, meu patrão” (no qual se conta a cavalgada do velho João-de-Barros-Diniz-Robertes, com seus acompanhantes, rumo à cidade), o referido questionamento ocorre? Justifique resumida-mente sua resposta.

Resposta

a) Sim. No conto "Darandina", o homem que sobe em uma palmeira dentro de um hospício provoca uma "revolução" e, conseqüentemen-te, um "estranhamento" em relação ao que é considerado normal, pois cômica e ironicamen-te Guimarães questiona o comportamento "irra-cional" das pessoas em grupo. Ao mesmo tem-po, debocha da Ciência (lembrando-se sempre de que ele, Guimarães Rosa, era médico), que tenta, em vão, estabelecer a distinção entre "loucura" e "normalidade".

b) Sim. No conto "Tarantão, meu patrão", o sentido de loucura é subvertido quando o velho, aprazado para morto dali a dias e encerrado na fazenda para não trazer maiores transtornos à família, resolve ir à cidade matar o sobrinho-neto que lhe aplicara uma injeção e lhe fizera uma lavagem intestinal. A jornada torna-se uma cavalgada insana, à Dom Quixote, pois a comitiva que se forma, de desocu-pados, doentes, andarilhos, etc., não tem uma "razão coerente" para manter-se unida, a não ser a "loucura" contagiante do fazendeiro (que conse-gue envolver até mesmo a sanidade do narrador, Vagalume, que era pago para acompanhá-lo). Ao chegarem à cidade, encontram uma festa na casa do sobrinho, que recebe a todos, embora com surpresa, muito bem, e o velho, após discursar para todos, provocando uma verdadeira comoção, volta à fazenda para morrer. Guimarães parece sugerir, então, aquilo que o vulgo convencionou chamar "melhora da morte", fato que não teria ou-tra explicação a não ser uma visão mágica, místi-ca e religiosa.

Questão 10

Questão 9

(5)

Nos três textos abaixo, manifestam-se dife-rentes concepções do tempo; o autor de cada um deles expõe uma determinada re-lação com a passagem do tempo. Leia-os com atenção:

Texto I

Mais do que nunca a história é atualmente revista ou inventada por gente que não dese-ja o passado real, mas somente um passado que sirva a seus objetivos. (...) Os negócios da humanidade são hoje conduzidos especial-mente por tecnocratas, resolvedores de pro-blemas, para quem a história é quase irrele-vante; por isso, ela passou a ser mais impor-tante para nosso entendimento do mundo do que anteriormente.

(Eric Hobsbawm, Tempos interessantes: uma

vida no século XX)

Texto II

O que existe é o dia-a-dia. Ninguém vai me dizer que o que aconteceu no passado tem al-guma coisa a ver com o presente, muito me-nos com o futuro. Tudo é hoje, tudo é já. Quem não se liga na velocidade moderna, quem não acompanha as mudanças, as desco-bertas, as conquistas de cada dia, fica parado no tempo, não entende nada do que está acon-tecendo.

(Herberto Linhares, depoimento) Texto III

Não se afobe, não, Que nada é pra já, O amor não tem pressa, Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário, Na posta-restante, Milênios, milênios No ar ...

E quem sabe, então, O Rio será

Alguma cidade submersa. Os escafandristas virão Explorar sua casa, Seu quarto, suas coisas, Sua alma, desvãos ... Sábios em vão Tentarão decifrar

O eco de antigas palavras, Fragmentos de cartas, poemas, Mentiras, retratos,

Vestígios de estranha civilização. Não se afobe, não,

Que nada é pra já,

Amores serão sempre amáveis. Futuros amantes quiçá Se amarão, sem saber, Com o amor que eu um dia Deixei pra você.

(Chico Buarque, “Futuros amantes”) Redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, na qual você apontará, sucintamente, as diferen-tes concepções do tempo, presendiferen-tes nos três textos, e argumentará em favor da concepção do tempo com a qual você mais se identifica.

Comentário

No primeiro texto, Hobsbawm disserta sobre a im-portância de se conhecer o passado para se en-tender o momento presente; Linhares, por sua vez, prega o desprezo pelo que passou, afirman-do que o passaafirman-do não exerce qualquer influência no aqui e no agora.

Na música de Chico Buarque, verifica-se a exalta-ção da "permanência do passado" na construexalta-ção do futuro (no caso, o amor do eu-lírico pela pes-soa a quem ele se dirige).

O vestibulando deveria interpretar os três textos e, ao se identificar com um deles, procurar expor uma boa argumentação que justificasse sua escolha. Tema mais complexo do que de outros anos.

Referências

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