• Nenhum resultado encontrado

T atiana S c h o r. com plexo. Sendo certo que vários desses m udanças históricas, principalmente as mudanças

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "T atiana S c h o r. com plexo. Sendo certo que vários desses m udanças históricas, principalmente as mudanças"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

O m o tivo q ue m e levo u a realizar este É in te re s s a n te q u e e s te n o v o tip o de trabalho não foi a pesquisa que estou fazendo para s o c ie d a d e e em e s p e c ia l e sta n o v a fo rm a de o curso de m estrado em Geografia Humana, muito organização da educação no Brasil é conseqüência pelo contrário, não está nem um pouco próximo ao de um processo que não se inicia pós-1964 mas m eu tem a. E sta p re o c u p a ç ã o com a qual este que vem perm eando a sociedad e há muito mais trab alh o tenta lid ar vem m uito m ais de m inhas tempo e culm ina em um determ inado m odelo neste preocupações profissionais, com o m em bro de uma período,

in s titu iç ã o . C o m o d e c o r r e r do c u rso fui me

perguntando qual é o papel da Universidade e com o (...) nos ú ltim o s vin te a no s o país c re s c e u , se deu sua restruturação no período pós-64. Percebi urb an izo use , in d u s tria liz o u s e , c a p ita liz o u -que um dos pontos im portantes para com eçar a s e ' r e p r iv a t iz o u - s e , r e e s t r u t u r o u - s e co m p reend er a U niversidade hoje, todos os seus o c u p a c io n a lm e n te , educouse, re o rd e n o u -_ ii , , , . . . j s e e to rn o u -s e e x tra o rd in a ria m e n te m a is problem as e debates, era entender algumas de suas co m p le x o . S en d o c e rto q u e v á rio s d esses m udanças históricas, principalm ente as m udanças a s p e c to s n ã o são p r iv ilé g io d a s d u a s

institucionais que ocorreram no período pós-1964. d é c a d a s re c e n te s e que n ã o são cla ro s em A m inha preocupação com a institucionalização da sua fo rm u la ç ã o su c in ta , (...) 2

pós-graduação no Brasil surgiu durante o período

da disciplina Tem as d o B ra s il P ós-1 9 6 4 através da Procurarei a partir dessas idéias, isto é, da leitura.d o texto 'A Pós-<Revolução> Brasileira' de m ud ança de m odelo so cia l e do fato que esta W an d erley G u ilh e rm e dos Santos. Neste texto é mudança é antes de mais nada um processo histórico discutido, entre outros assuntos, o desenvolvim ento no qual o m odelo a ser seguido foi escolhido dado e a abrangência do sistem a educacional no Brasil um d e te r m in a d o q u a d ro p o lític o , m o s tr a r a principalm ente os seus aspectos no período pós- institucionalização da pós-graduação e o significado

1964. Santos coloca que m uitas das barreiras na deste fato dentro do m ovim ento social,

estratificação educacional foram ultrapassadas e este A p r im e ira in d ic a ç ã o h is t ó r ic a da fato se d eve em esp ecial à m ud ança do tipo de constituição de um novo m odelo de form ação de sociedade que vem à tona neste período. pessoal de ensino superior pode ser datada com a im plantação, no im ediato pós-guerra, da C A P E S D o ã m a g o da s o c ie d a d e p a tr ia r c a l, das (C om panhia de A p erfeiço am en to de Pesso al de re la ç õ e s d e p a r e n te la , c o m p a d r io e d o E n s in o S u p e rio r, em 1 9 46 ), q u e c o n s o lid a a c lie n te lis m o p r in c ip ia a s u r g ir u m a o u tra centralização de recursos. Essa idéia de centralização s o c ie d a d e , a b e rta , p o ro s a , flu íd a , na q u a l ^ recursos é oriunda da reform a de C apanem a, na as o p o rtu n id a d e s de cada u m estao s u je ita s .

a p e n as a os azares da d in â m ic a d o m ercado,

qual 05

' U t u t o s passaram a depender de recursos p a ra o b e m o u p a ra o m a l, e n ã o m a is a federais (1938). A C A PES representa uma forma de a tr ib u to s a d s c rito s - (...) - c a ra c te rís tic a das

s o c ie d a d e s t r a d i c io n a is . É e s ta n o v a - n n Q Ç , : T T T -s o c ie d a d e , a b e rta e p o ro -s a q u e a p a re ce rá 1 S n O S ( ^ 5 ) p a g .2 2 5 .

(2)

o rg a n iz a ç ã o u n iv e r s itá r ia q u e no fu tu ro s e rá generalizada para a maioria quase absoluta de órgãos de ensino superior. Esta forma tem com o base os seguintes parâm etros: é um órgão federal ligado ao Presidente, com um a cap acid ad e organizacional própria (tanto adm inistrativa quanto financeira) e capaz de se auto-reproduzir, isto é, não depende de outro órgão externo a ela para a sua reprodução.

Esta configuração é diferente da que existia na época, pois é um órgão nacional que por isso visa a totalidade do ensino superior, enquanto que o que havia até então eram centros de pesquisa e u n iv e rsid a d e s que regiam por si só toda a sua organização. Havia muito pouco controle do Estado na organização (m esm o financeira) desses Centros e Universidades.

A Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional de 1961 é o primeiro docum ento oficial que coloca a necessidade de uma pós-graduação de âm bito nacional, porém deixando para as próprias universidades resolverem a questão, limitando-se a dizer que estas poderiam oferecer cursos de pós- graduação.

(...) de p ós-graduação, a b e rto s à m a tríc u la de c a n d id a to s q ue h a ja m c o n c lu íd o o cu rso d e g r a d u a ç ã o e o b t id o o r e s p e c tiv o d ip lo m a .3

Neste m esm o período surge a FAPESP, que é um órgão estadual de financiam ento de pesquisa e o CNPq, que é um órgão federal criado com o intuito d e c o n tr o la r o d e s e q u ilíb r io da q u a lid a d e e quantidade de ensino e pesquisa entre as regiões do país.

Em 1968, é instituída a Lei da Reform a U n iv e r s it á r ia (le i n s5 .5 4 0 ), q u e c o n té m especificam ente o Plano Nacional de Pós-Graduação, e n tre o u tra s fo rm a s de r e g u la m e n ta ç ã o d as U niversid ad es e Centros do país. Até esta data, qualquer decisão em relação à pós-graduação cabia a cada universidade dentro de suas regras e normas. A Lei de Reform a de 1968 determ ina que o Conselho F e d e ra l de E d u c a ç ã o b a ix a ria n o rm a s para a organização da pós-graduação, com a justificativa q u e o s r e c u r s o s e x ig id o s u ltr a p a s s a m as possibilidades de ação das universidades. O CNPq é encarregado de providenciar a instalação do Centros

de Pesquisa. Além da centralização norm ativa, surge o controle do Estado com relação ao credenciam ento d e s s e s p ro g ra m a s : o s c u r s o s só r e c e b e m financiam ento do governo se atenderem às norm as da aprovação baixadas pelo Conselho Federal de Educação

O C o n s e lh o F e d e r a l d e E d u c a ç ã o c o n c e itu a rá os cu rso s de p ó s -g ra d u a çã o e b a ix a r á n o r m a s g e r a is p a r a a s u a organização, d e p e n d e n d o sua va lid ad e , n o te r r itó r io n a c io n a l, de os e s tu d o s n e le s re a liz a d o s te r e m os c u rs o s re s p e c tiv o s c re d e n c ia m e n to p o r a q u e le órgão. 4

Por trás desta Lei, surge a concep ção do que deveria ser um m o d e lo ideal para a estrutura universitária brasileira. Com o foi visto, este processo de p ro c u ra de u m m o d e lo p a ra a e s tr u tu r a universitária existe antes de 1968; porém, foi nesta data que se institucionalizou um a nova m odalidade de ensino regular e de m odelo único, pondo fim a outras formas alternativas. O m odelo escolhido para a pós-graduação foi o m odelo norte-americano, que tem como requisito legal o diploma de pós-graduação (m e stre ou d o u to r) na p ro m o ç ã o de ca rre ira s universitárias; até então, os graus de m estrado e de doutorado não eram concedidos (a U SP seguia o padrão francês que conced e o grau de doutorado so m e n te após um certo p e río d o de estu d o s e pesquisas independentes).

Os p r o g r a m a s d e a p e r f e iç o a m e n t o d e p e s s o a l d o c e n te d e v e rã o s e r e s ta b e le c id o s p elas U niversidades, d e n tro de um a p o lític a n a c io n a l e re g io n a l d e fín id a p e lo C o n s e lh o F ederal de E ducação e p ro m o v id a a tra vé s da CAFES e d o C o n s e lh o n a c io n a l de Pesquisas. 5

E s te P la n o , ou m e lh o r e s t a R e fo r m a U niversitária, qu eb ra com a in d e p e n d ê n c ia das universidades em todos os aspectos. Cria-se um centralism o autoritário, concentrador de recursos nos órgãos de governo e consolida a im portância c re s c e n te dos a s p e c to s b u ro c r á tic o s na v id a universitária. Sua legislação incorporou algumas das questões que vinham sendo debatidas, porém de um a form a tran sfig urad a, c u ja s c o n s e q ü ê n c ia s

3 - Artigo 69 b da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961.

4 Artigo 24, Lei n95.540, 28/nov./68, Capítulo I 5 Artigo 36, Lei ng5.540, 28/nov./68, Capítulo II

(3)

p e r s is t e m a té h o je , c o m o p o r e x e m p lo , a fle x ib ilid a d e a d m in is tra tiva . Porém , ao m esm o tempo, institui na sociedade uma classe de cientistas profissionais e este fato contribui para o avanço da ciência no país.

A e x is tê n c ia de um re c o n h e c im e n to, p e la s o c ie d a d e , da e x is tê n c ia d e c ie n tis ta s p ro fis s io n a is é um fa to r e s s e n c ia l p ara a c o n s titu iç ã o de um a c o m u n id a d e c ie n tífic a c o m u m m í n im o d e e s t a b ilid a d e e c o n d iç õ e s de tra b a lh o a lo n g o prazo. Para is to , é n e c e s s á rio q u e e x is ta m c a rre ira s a b e rta s a q u e m q u e ira se d e d ic a rá c iê n c ia ; e re c u rs o s a d e q u a d o s p a ra m antê-las. 6

neste período foi extinta a Cátedra 7 como unidade básica de organização da universidade. Com isto te rm in a um d eterm in ad o tipo de poder: a cátedra se constituía de cadeiras estanques e de p ro p rie d a d e e x c lu s iv a do "c a te d r á tic o " grau a lcan çad o através de concursos, em que muitas vezes as ligações pessoais e políticas tinham um p eso m a io r q ue o m érito a c a d ê m ic o . Além da extinção da cátedra, altera-se o regime de trabalho do professor e consagra-se o concurso de provas e/ ou t ít u lo s p a ra a a d m is s ã o de p r o fe s s o r e s , instalando-se o p rin cíp io de "carreira docente" naturalm ente, o concurso de provas e/ou títulos tam bém está sujeito a problem as sem elhantes, em relação ao "clientelism o" mas não deixa de ser um processo mais aberto e democrático. É neste período e com estas transform ações que a ciência passa a ser encarada com o profissão. Antes a ciência, em muitos casos, era vista quase com o um hobby; quem fazia ciê n cia era quem tinha tal vo cação e vivia através de outra profissão. A ciência com o vocação com todos os seus lados, positivos e negativos, d esaparece e a extinção da Cátedra é o exemplo deste fim. A ciência e por sua vez a Universidade passa agora a seguir regras institucionalizadas pelo g o vern o federal não m ais regras relacionadas a indivíduos.

C o m e s s a s a lt e r a ç õ e s , o c a r á t e r a d m in istra tivo e de po d er básico passa para o d e p a rta m e n to , q u e a n te s e ra a in s tâ n c ia que congregava os professores de um determ inado curso e que, nesta m udança, foi transform ado em um

espaço de alocação de professores de um a m esm a d is c ip lin a ou á re a de c o n h e c im e n to . S u rg e a separação entre o curso e o departam ento. O curso, após esta Reforma, é definido pelo currículo dado um determ inado elenco de disciplinas (obrigatórias, optativas, eletivas) coordenado por um colegiado, a Coordenação de Curso.

(...) ope ro u -se u m a tra n s fig u ra ç ã o ao s e r c ria d o o n o v o D e p a rta m e n to se lh e d e fin ia c o m o u n id a d e de e n s in o e p es q u is a , m as unidade neste caso, n ão sig n ific a um a u n iã o e n tre e n s in o e a p e sq u isa , e s im a m e n o r fra çã o de e s tru tu ra u n iv e rs itá ria em te rm o s a d m in is tra tiv o s . 8

Acreditou-se que, com a configuração de um espaço cham ado Departamento, a separação entre o ensino e a pesquisa seria resolvida pois estariam localizados na m esm a unidade. Porém não foi isto o que se verificou e se verifica até hoje, pois com o regime de créditos e matrículas por disciplinas, cria- se um curso parcelado, sem estral no qual o aluno não se sente parte de nenhum a turma.

Em fevereiro de 1 969, surge a versão do AI5 para a educação, com a Lei ne477 na qual o governo federal passa a definir os tipos de qualidades de ensino em todos os níveis para toda a nação, criando uma parafernália burocrática que m arca a estrutura universitária até hoje. A política de pós- graduação é representativa em term os de form a com o a c o n ce p çã o e a e x e cu çã o das p o lítica s nacionais de ensino pós-1968. É acim a de tudo marcada pela criação de órgãos técnicos, que tomam decisões técnicas e centralizadas.

E ste q u ad ro c e n tra liz a d o e de â m b ito nacional de institucionalização dos programas de ensino avançado, a pós-graduação, tem um fator econôm ico muito relevante: a centralização, em órgãos do governo externos à un iversid ad e, do fin a n c ia m e n to p ara a p e s q u is a . O s re c u r s o s financeiros, após esta reform a, localizam-se em v á ria s a g ê n cias e x te rn a s às u n iv e rs id a d e s ; as u n iv e r s id a d e s a p a r e c e m c o m o um e s p a ç o institucional de alocação profissional, caracterizando a pesquisa com o uma com pra e venda de serviços. Com a centralização do financiam ento à pesquisa cria-se uma dependência a estes órgãos em relação ao su ce sso ou não da p esq u isa. Por um lado, 6 - SCMWARTZMAM (1 979) pág. 2 15.

(4)

pesquisas que não são consideradas estratégicas podem ficar sem recursos, m as por outro e ao m esm o tem po, distribui-se m elhor o financiam ento em term os regionais e de conhecim ento (a área de c iê n c ia s h u m a n a s te m um a u m e n to p ro p o rc io n a lm e n te m aio r que as o utras áreas, principalm ente pelo fato de que anteriormente a esta m ed id a quase não havia finan ciam ento para as ciências hum anas, enquanto que as ciências exatas bem com o as biológicas já tinham suas instituições organizadas para arrecadar recursos por exemplo o CNPq 9).

O S is te m a de c o n c e s s õ e s (de b o ls a s ) é d e te rm in a d o p o r u m p la n e ja m e n to em que sã o c o n s id e ra d o s : o in te re s s e p rio ritá rio de d e t e r m in a d a s á r e a s , c o n s id e r a d a s 'e s tra té g ic a s ' p ara o d e s e n v o lv im e n to do País; o in te re s s e s d o e s ta b e le c im e n to de e n s in o a q u e p e r te n c e o c a n d id a to e a im p o rtâ n c ia que, p a ra a re gião em que está s it u a d o o e s ta b e le c im e n t o e m c a u s a , a ssu m e o tre in a m e n to d o b o lsista. 10

Pode-se perceber que as m odificações na organização da estrutura universitária e da formação da co m u n id ad e cien tifica brasileira ocorrem em co m p asso com as form as com o é fin an ciad a a a t iv id a d e d o s p e s q u is a d o r e s . E s ta fo rm a de financiam ento por sua vez segue um determ inado m odelo político de institucionalização e controle do país. No Brasil, neste período de institucionalização da p ó s - g ra d u a ç ã o , v ivia - se um m o m e n to de autoritarism o burocrático 11 que tem, entre alguns de s e u s fa to re s e c o n ô m ic o s c a ra c te rís tic o s a centralização em um órgão nacional dos recursos que devem ser passados para as outras instituições, que m uitas vezes são tam bém estatais.

A institucionalização da pós-graduação pode servir com o uma representação em uma determinada área do que está acontecendo no país como um todo, p o is e s s a s c a r a c t e r ís t ic a s de c e n tr a liz a ç ã o burocrático-autoritária e ao mesmo tempo uma maior dem ocratização do acesso à carreira universitária podem ser observadas em outras áreas como, por exem plo, a saúde. Este processo não é específico do Brasil m as faz parte de um contexto histórico mais

9 T a b e la na pág. 1 09 do Program a E stra tég ico de Desenvovim ento 1968-1970, vol II.

10 idem. pág. 105. 11 CA RDO SO (1975).

amplo, que pode ser verificado em outros países, em bora não idêntico, pois cada país se insere no contexto mundial segundo suas particularidades, mas o m ovim ento aparentem ente tem um sentido. Esta particularidade do processo, em especial na institucionalização da pós-graduação, revela um sentido. Percebe-se que tal sentido está além da situação (ou regime) autoritário 12 quando se depara com o seguinte paradoxo: Neste período houve um aum ento representativo no núm ero de bolsas para a área de ciências humanas: estava-se criando uma nova organização sem que se rom pesse com o corpo já existente. A área da ciência hum ana que estava em franca oposição ao governo, que tinha muitos de seus m em bros (professores e alunos) sendo caçados, mortos, torturados, sendo agredidos em sua integridade intelectual e física, sim ultaneam ente estava send o estrutu rad a por este g o verno em c o n ju n to co m as d e m a is á r e a s . O s e n tid o provavelm ente não era de m anutenção do poder tal como estava dado. A minha leitura deste sentido vem de encontro com a m inha análise do m ovim ento do capitalismo.

Observa-se que neste período o capitalism o passava por sua fase de grande indústria. No Brasil este processo é representado pela 'Substituição de Im portações' esse processo que deve ser entendido não só com o sendo substituição de im portações de m e rc a d o ria s m as ta m b é m , e p r in c ip a lm e n te , substituição de im portação de k n o w -h o w . A pós- graduação, espaço de form ação de cientistas de alto nível, deve ser entendida com o sendo fundam ental para a im plem entação de tal passo, tanto em term os de criação e reprodução da tecnologia necessária, mas tam bém da produção no país de professores capazes de formar novos cientistas e reproduzir o conhecim ento do país.

Há hoje (e já havia sinais naquela época) uma tendência de perda da centralidade do trabalho. A idéia de m odernização já corrente no período via com o sendo essencial para o desenvolvim ento da nação a intensificação do ensino básico e de nível superior e da produção científica. Torna-se muito im p o rta n te a m o d e r n iz a ç ã o d a fo r m a ç ã o da com unidade cientifica, isto é, sua profissionalização em um sentido mais amplo, pois esta será importante para a reprodução do sistema. Esta m odernização era vista como sendo atingível pela centralização nas m ãos do estado da form ação e do desenvolvim ento

12 LINZ (1973). ~

(5)

d e s ta c o m u n id a d e c ie n tífic a . N este se n tid o , a in stitu cio n aliz ação da pós-graduação é um fator com ponente do processo.

O que surge com o interessante no estudo da institucionalização da Pós-Graduação no Brasil é com o .este processo tem com o com p onentes as principais políticas daquele período. Esta análise é im p o r ta n te p a ra c o m p r e e n d e r os p ro b le m a s universitários que se revelam hoje, pois surgem em conjunto com m uitos dos problem as enfrentados pela so cie d ad e e pelo Estado no m om ento; é a discussão de autonom ia orçam entária, privatização, dim inuição dos quadros que não está relacionada

som ente com a Universidade mas tam bém com o setor de saúde, petróleo, educação, moradia, em fim, com a sociedade toda. É a sociedade discutindo o seu modelo, é o Estado atuando de acordo com o contexto histórico busca-se neste m om ento des- institucionalizar algumas instituições para quem sabe seguir um modelo mais adequado. Na pós-graduação este fato pode ser observado com as novas políticas de avaliação feitas pelos Centros financiadores de p e s q u is a às p e s q u is a s e à U n iv e rs id a d e . É a a d e q u a ç ã o do m o d e lo de P ó s - G r a d u a ç ã o institucionalizado no pós-1 964 ao m undo pós-1 989.

B ib lio g ra fia

AGUIAR, Flávio. A Pós-Graduação no Brasil, in A nais d o I E n c o n tro n a c io n a l de Pós-G raduação em G e o q ra fia , São Paulo, 16 a 18 de dezembro de 1984.

CA RD O SO , Fernando Henrique. A u to rita ris m o e D e m o c ra tiz a ç ã o . Paz e Terra, São Paulo, Brasil, 1975.

"D esenvolvim ento Associado Dependente e Teoria Dem ocrática" in STEPAN, Alfred, org.

D e m o c ra tiz a n d o o Brasil. Paz e Terra, São Paulo, Brasil, 1988.

C O L L IE R , D avid. "Sobre o M odelo Burocrático- A u to ritá rio " in O n o v o A u to r ita r is m o na A m é ric a L a tin a . Paz e Terra, São Paulo,

1980.

F A U S T O , R uy. A 'P o s - G ra n d e In d ú s tr ia ' nos G rundrisse (e para além deles), in Lua n o va, n5

19, nov 1989.

LINZ, Ju a n . The Future of an Authoritarian Situation and In stitu tio n a liz a tio n of an A uthoritarian Regime, in Alfred Stepan, A u th o rita ria n Brazil. O rig in s , P o lic ie s a n d F u tu re . Yale U niversity Press, New Haven, 1975.

PAOLI, Niuvenius J. Para repensar a Universidade e o Pós-G raduação, in A n a is d o I E n c o n tr o n a c io n a l de P ós-G raduação em G eografía, São Paulo, 16 a 18 de dezem bro de 1984.

Programa Estratégico de Desnvolvimento 1968-1970, área estratégica IX, infra-estrutura social, vol 1 e II, Educação e Recursos Humanos.

Q U EIRO Z NETO, Jo s é Pererira de. Pós-Graduação no Brasil; Im plantação, C rescim ento e Crise, in A nais d o I E n c o n tro n a c io n a l de P ós-G raduação em G eografía, São Paulo, 16a 18 de dezem bro de 1984.

S A N T O S , W a n d e r le y G u ilh e r m e d o s . "A Pó s Revolução Brasileira." in org. JA G U A R IB E , Hélio. B rasil, S o cie d a d e D e m o c rá tic a . Jo s é Olym pio Editora, Rio de Jan eiro , 1985.

Referências

Documentos relacionados

O empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho em intervalos não superiores a seis meses.. Os registros das avaliações deverão

Promovido pelo Sindifisco Nacio- nal em parceria com o Mosap (Mo- vimento Nacional de Aposentados e Pensionistas), o Encontro ocorreu no dia 20 de março, data em que também

O desenvolvimento das interações entre os próprios alunos e entre estes e as professoras, juntamente com o reconhecimento da singularidade dos conhecimentos

2. Identifica as personagens do texto.. Indica o tempo da história. Indica o espaço da história. Classifica as palavras quanto ao número de sílabas. Copia do texto três

1- A vida das comunidades recoletoras era muito difícil, devido ao frio intenso e aos animais ferozes, mas também porque era difícil encontrar comida e lugares onde se abrigarem.. 2-

Um senhorio é um território, pertencente a um Senhor (do Clero ou da Nobreza), em que podemos encontrar terras cultivadas pelos camponeses que vivem no senhorio,

Em janeiro, o hemisfério sul recebe a radiação solar com menor inclinação e tem dias maiores que as noites, encontrando-se, assim, mais aquecido do que o hemisfério norte.. Em julho,

Os elementos caracterizadores da obra são: a presença constante de componentes da tragédia clássica e o fatalismo, onde o destino acompanha todos os momentos das vidas das