Ano Curricular 1
Horas de Trabalho 156
Horas de Contacto TP-30;TC-15;OT-15
ECTS 6
Observações Obrigatória
OBJETIVOS
Compreender o esquema conceptual subjacente ao programa GIP. Compreender as várias perspetivas. Perceber que a combinação de várias abordagens à paisagem tem dissonâncias, incertezas, mas responde a uma procura da sociedade, de gestão de um espaço rural em mudança. Necessidade da produção de conhecimento nesta área de integração. Esquema conceptual de interligação entre os vários fatores que devem ser considerados para a Gestão Interdisciplinar da Paisagem.
PROGRAMA
1. Apresentação de todos os participantes: docentes e alunos.
Expectativas dos alunos em relação ao doutoramento, tema que pretende trabalhar, questão, ou questões a que gostaria de responder.
Apresentação do modelo de Gestão Interdisciplinar da Paisagem. Necessidade de aplicação. A combinação de várias abordagens à paisagem – tem dissonâncias, incertezas – mas responde a uma procura da sociedade, de gestão de um espaço rural em mudança. Necessidade da produção de conhecimento nesta área de integração. Esquema conceptual de interligação entre os vários fatores que devem ser considerados para a Gestão Interdisciplinar da Paisagem.
Breve visita ao Montado na Herdade da Mitra. O Montado como sistema multifuncional: questões múltiplas para a análise e a gestão, integração de várias perspetivas.
2. Modelos Operacionais de Economia Regional
3.Biodiversidade em sistemas agro-silvo pastoris
Práticas agrícolas vs manutenção da biodiversidade. Definição de prioridades. Métricas.
4. Valoração económica do Ambiente
1. Em que consiste a valoração económica; 2. Estimativas do valor económico de serviços de ecossistemas; 3. Métodos e técnicas para obtenção do valor; 4. Exemplos de aplicação e análise dos resultados; 5. Contributo da valoração económica em abordagens interdisciplinares à gestão de agroecossistemas.
5. Políticas, percepções e identidades sociais
I – Agricultura, trabalho e economia1.1 – Ponto de partida: Portugal em meados do século XX; 1.2 – Agricultura, trabalho e economia; 1.3 – Perfis actuais; 1.4 – Síntese II – Os territórios rurais no Continente: diversidade regional 2.1 – O rural; 2.2 – Os territórios rurais: diversidade; 2.3 – Os territórios rurais: que futuros III – Governança e sustentabilidade no rural de baixa densidade: dois estudos de caso
6. Economia e Política Ambiental
Serviços dos ecossistemas: o que são? Quais são? Que problemas colocam? A falha de mercado e a necessidade de intervenção pública. Como incentivar os gestores dos ecossistemas a fornecer níveis adequados destes serviços? Soluções possíveis: (1) intervenção do estado /políticas públicas; (2) criação de mercados diretos para os serviços; (3) recurso a “mercados” indiretos. Barreiras à criação de mercados diretos para os serviços dos ecossistemas: diversos serviços têm potencial de mercado diferente. Casos do carbono, da biodiversidade e dos recursos hídricos. O enquadramento institucional conta. Estado e criação de mercados. Não há mercados sem direitos claros e respeitados (exclusão, enforcement de direitos e escassez). Mercados e custos de transação.
7. A paisagem rural e o desafio das múltiplas transições multifuncionais
O conceito território florestal e natural. Os conceitos silvicultura, gestão planeamento e ordenamento. Importância da escala de intervenção ao nível do planeamento e ordenamento das áreas florestais. A silvicultura e a gestão florestal como ferramentas de modelação da paisagem. Integração de escalas nos trabalhos de planeamento e ordenamento dos espaços: território rural; espaços naturais e espaços florestais. Os principais sistemas de produção florestal com resolução multi-escala nacional: Montado; os Pinhais; os carvalhais; os eucaliptais. Discussão.
9. Compreender, avaliar e prever a mudança: contributos da investigação para a gestão da paisagem
Aplicação ao Montado e em particular ao Sítio de Monfurado.
10. Visita de estudo ao sítio de Monfurado
A gestão de uma paisagem rural classificada pelo seu valor de conservação. As múltiplas procuras desta paisagem. Os objetivos e práticas da gestão pública face aos objetivos e práticas da gestão privada. A questão da escala. Os mecanismos de mercado vs apoios públicos. Novos paradigmas.
Visita a uma exploração com várias atividades. Apresentação dos objetivos e dificuldades de gestão. Apresentação do papel da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo na gestão do Sítio de Monfurado.
BIBLIOGRAFIA Tema 2.
2.a) Silveira P. and Dentinho T., 2010. Spatial Interaction Model of Land Use - an application to Corvo island from the 16th, 19th and 20th centuries. Computers, Environment and Urban Systems, 34: 91-103
2.b) Dentinho T.P. (ed.), 2011. Apontamentos de Desenvolvimento Regional. Exercícios em torno do Modelo da Base.
Tema 3.
3. b) Scherr, S., e J. McNeely, 2008. “Biodiversity Conservation and Agriculture Sustainability: towards a New Paradigm of ‘Ecoagriculture’ Landscapes”, Philosophical Transactions of the Royal Society, (Review Issue on “Sustainable Agriculture”), 363: 477-494 doi: 10.1098/rstb.2007.2165
Tema 4:
4.a) Turner K., Paavola J., Cooper P, Farber S., Jessamy V. and Georgiou S., 2003. Valuing nature: lessons learned and future research directions. Ecological Economics, 46: 493-510
4.b) Brey R., Riera P. and Mogas J., 2007. Estimation of forest values using choice modeling: An application to Spanish forests. Ecological Economics 64: 305-312
Tema 5:
5.a) Siebert R., Toogood M. and Knierim A., 2006. Factors affecting European farmesr participation in biodiversity policies. Sociologia Ruralis, 36, 4: 319-340
5.b) Valbuena D., Verburg P., Veldkamp A., Bregt A.and Ligtenberg A., 2010. Effects of farmers decisions on the landscape structure of a Dutch region: an agent-based approach. Landscape and Urban Planning, 97: 98-110
Tema 6:
6.a) Lima Santos J., Serviços dos Ecossistemas Florestais: produção, valoração e valorização
6.b) Tietenberg T., 1992. Environmental and Natural resources Economics. Harper Coliins Pub.
Tema 7:
7.a) Holmes J., 2006. Impulses towards a multifuncional transition in rural Austrália:gaps in the research agenda. Journal of Rural Studies, 22: 142-160
7.b) Pinto-Correia T., Kristensen L.,Replying to practice through new conceptual frameworks: the landscape as the basis for integrating social and ecological perspectives of the rural. Landscape and Urban Planning (submitted)
2: 149-157
8.b) Ribeiro N., Dias S.S., Surovy P., Gonçalves A.C., Ferreira A.G., Oliveira A., 2008. The Importance of Crown Cover on the Sustainability of Cork Oak Stands: A Simulation Approach
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Trabalho escrito, individual, máximo 5 páginas A4.
Leitura dos textos sugeridos pelos docentes e incluídos neste programa. Entrega de uma ficha de leitura relativa a cada um dos textos: 1 pág. A4.