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ALIENAÇÃO DO TRABALHO: ASPECTOS TAYLORISTAS NOS TEMPOS MODERNOS

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XI FATECLOG - OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA REAL NO UNIVERSO VIRTUAL FATEC JORNALISTA OMAIR FAGUNDES DE OLIVEIRA

BRAGANÇA PAULISTA/SP - BRASIL 29 E 30 DE MAIO DE 2020

ALIENAÇÃO DO TRABALHO:

ASPECTOS TAYLORISTAS NOS TEMPOS MODERNOS

YESSIKA GUIMARÃES SEGÓVIA DIAS (FACULDADE DE TECNOLOGIA DA BAIXADA SANTISTA “RUBENS LARA”) yessika.dias@fatec.sp.gov.br JASON CÉSAR DE SOUZA GODINHO (FACULDADE DE TECNOLOGIA DA BAIXADA

SANTISTA “RUBENS LARA”) jason.souza@fatec.sp.gov.br

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo relatar de forma imparcial os reflexos ainda existentes do Taylorismo na sociedade moderna. Apresenta também, as mudanças decorrentes desde a Revolução Industrial até os dias atuais, mostrando seus modelos de produção e conceitos. Por intermédio de estudos e pesquisa de campo, foi possível observar o processo de desvalorização no ambiente de trabalho e ausência de incentivos, criando no indivíduo um sentimento de desmotivação, a chamada alienação do trabalho. Por fim, com todas as informações apuradas é possível perceber que a teoria anteriormente criticada de Frederick Taylor, se faz presente ainda hoje no âmbito organizacional, porém, de forma sútil e indireta.

PALAVRAS-CHAVE: Taylorismo. Revolução Industrial. Trabalho. Alienação.

A B S T R A C T

The present work aims to report in an impartial way the still existing reflexes of Taylorism in modern society. It also presents the changes arising from the Industrial Revolution to the present day, showing its production models and concepts. Through studies and field research, it was possible to observe the process of devaluation in the work environment and absence of incentives, creating a feeling of demotivation in the individual, the so-called alienation from work. Finally, with all the information gathered, it is possible to see that the theory previously criticized by Frederick Taylor, is still present today in the organizational sphere, however, in a subtle and indirect way.

Keywords: Taylorism. Industrial Revolution. Job. Alienation.

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XI FATECLOG - OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA REAL NO UNIVERSO VIRTUAL FATEC JORNALISTA OMAIR FAGUNDES DE OLIVEIRA

BRAGANÇA PAULISTA/SP - BRASIL 29 E 30 DE MAIO DE 2020

1. INTRODUÇÃO

O homem aprende, conhece, desenvolve suas habilidades, compreende suas limitações e, principalmente, desafia as forças da natureza através do trabalho, ou seja, pelo trabalho ele se autoproduz, alterando a visão do mundo e de si. Segundo Petta (2013) com a passagem do feudalismo para o capitalismo muitas famílias que antes desenvolviam o trabalho artesanal tiveram que abandonar estas práticas e passaram a vender sua força em troca de salário.

Em meados do século XX, duas formas de organização de produção industrial provocaram mudanças significativas no ambiente fabril, o Taylorismo e posteriormente o Fordismo, sofreram diversas críticas pelo método utilizado, por causar alienação ao trabalhador (ALBUQUERQUE et al., 2012). Partindo dessa premissa, a problemática levantada questiona a existência ou não do trabalho alienado atualmente, e visa confirmar a hipótese inicial de que sim, essa forma de trabalho ainda permanece.

Mediante tais teorias e sua grande importância ainda hoje, decidiu-se desenvolver este trabalho de modo a aprofundar o conhecimento sobre o tema, além de possuir grande impacto no panorama atual da nossa sociedade, e visa gerar debates e questionamentos. A pesquisa deste trabalho classifica-se como descritiva, de abordagem direta, realizada através de bibliografia e pesquisa de campo. O material documentado, bem como, os resultados encontrados serão analisados e avaliados.

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

A literatura se deu basicamente por livros de história, filosofia e sociologia, com autores como ARANHA (1986), MARTINS (2005) e THORPE et al. (2016), entre outros, que trazem suas contribuições. Inicialmente busca-se contextualizar em que momento historico surge a tematica, com a industrialização e suas revoluções, dentro da industrialização surgem os modelos de produção e é abordado como estes tem papel fundamental na composição e alteração desse processo e como o trabalhador é visto e tratado em cada uma delas, por fim, temos os conceitos propriamente ditos de trabalho e alienação.

2.1 Industrialização

A industrialização se iniciou principalmente na Inglaterra em meados do século XVIII, caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. O que determinou a grande mudança do trabalho manual para o trabalho automatizado foi a expansão do mercado (PETTA, 2003). Na Primeira Revolução Industrial, que ocorreu entre a segunda metade do século XVIII e meados do século XIX, a Inglaterra tomou à frente, pois contava com equipamentos, capital e estabilidade política, segundo Coelho e Terra (2005), do setor têxtil, a mecanização estendeu- se à metalúrgica, aos transportes, à agricultura e a outros setores da economia.

Na Segunda Revolução Industrial, Coelho e Terra (2005) nos contam que houve a inclusão de outros países da Europa, como França e Alemanha, além dos Estados Unidos e do Japão. A partir de meados do século XIX, as invenções se multiplicavam, provocando grandes transformações. Essas inovações, entre outras, aceleraram o contato entre culturas e a reorganização do espaço capitalista.

Após as duas Guerras Mundiais, já na metade do século XX, o mundo capitalista se reorganizou e retomou o crescimento. Atividades como a informática, a química fina, a biotecnologia e a pesquisa espacial foram criadas ou ampliadas. Os avanços tecnológicos

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proporcionaram rapidez nas informações e facilidade de comunicação, provocando novas transformações, assim, teve início em meados da década de 1970 a Terceira Revolução Industrial (COELHO e TERRA, 2005).

2.2 Modelos de Produção

O Taylorismo é um sistema que consiste na divisão do trabalho e especialização do operário fabril, criado pelo engenheiro mecânico Frederick Taylor, segundo Albuquerque et al.

(2012) no Taylorismo o operário não tinha necessidade de conhecer todo o processo de produção, devendo apenas realizar sua atividade e aperfeiçoá-la. Entretanto, esse modelo gerava certa alienação mental do empregado, tanto pelos meios de produção sistematizados, horários prolongados e cobrança para produzir sempre mais. Outra característica relevante, foi a padronização e realização das atividades sendo simples e repetitivas, acarretando diversas críticas ao método.

O Fordismo é um modelo de produção em massa, criado pelo empresário Henry Ford sendo resultado do sistema Taylorista combinado a facilidade das máquinas de suas fábricas.

Ford pretendia baratear ao extremo os custos de produção, de forma a diminuir os desperdícios e aumentar a eficiência e eficácia, produzindo veículos em grande escala e atingindo um maior número de vendas (BATISTA, 2008).

Na década de 1950, o Toyotismo foi criado por Taiichi Ohno, no Japão, por conta da Segunda Guerra, nesse cenário, Batista (2008) nos diz que a empresa desenvolveu um sistema de produção enxuta com produtividade total, preço menores e automóveis superiores focando na redução de desperdícios e qualidade. Além disso, diferente dos sistemas Fordista e Taylorista, no Toyotismo os operários devem conhecer amplamente o processo produtivo e suas tecnologias.

2.3 Trabalho e Alienação

O termo trabalho é originário do latim tripalium, que designa instrumento de tortura, por extensão, significa aquilo que fatiga ou provoca dor. Em um conceito filosófico é também uma atividade pela qual o homem transforma o universo, trata-se também de um conjunto de atividades realizadas por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. Já nos novos tempos o trabalho é um processo universal, estando presente em todos os homens, através de gerações, onde se integra num grupo profissional, estabelecendo relações (ARANHA e MARTINS 2005).

Etimologicamente a palavra alienação vem do latim alienare, que significa "que pertence a outro", portanto, alienar é tornar alheio, transferir para outro o que é seu. Alienação possui diversos significados, pode ser uma transferência de domínio de algo ou uma perturbação mental, diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar ou agir por si próprios, segundo Aranha (1986). Na psicologia, o termo alienação designa os conteúdos reprimidos da consciência, e também os estados de despersonalização em que o sentimento e a consciência da realidade se encontram fortemente diminuídos.

Para Marx, os trabalhadores experimentam a alienação ou o estranhamento de seu trabalho porque não são os donos dos frutos desse trabalho, além de acharem seu trabalho repetitivo, fragmentado e cronometrado (THORPE et al., 2016). A alienação é um processo de exteriorização da essência humana, colocando para fora o esforço da transformação do mundo e satisfação das necessidades. No fim do processo de trabalho, o produto feito se transforma em algo estranho, este estranhamento entre o produtor e o produto é considerado a cereja do bolo para a concepção da alienação (ARANHA, 1986).

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3. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA

O presente trabalho se deu através de material teórico e resultados obtidos através de pesquisa de campo disponibilizada via Google Forms, divulgada em redes sociais, no período de 15 de junho de 2020 a 19 de junho de 2020. A pesquisa contou com 15 questões, dentre elas 12 fechadas, 1 aberta e 2 mistas. Inicialmente, as perguntas foram elaboradas de modo a buscar informações básicas, como idade, gênero, cargo / setor, visando a segmentação dos grupos. Em seguida buscou-se simplificar as ações tidas como alienantes dentro do ambiente de trabalho para saber se determinadas pessoas se enquadram nesses aspectos. Por fim, foram levantadas questões mais empíricas relacionadas ao poder de escolha, motivação e conhecimentos, inclusive do próprio termo que está em estudo.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa de campo aplicada foi respondida por um total de 105 pessoas, predominantemente da faixa etária de 21 a 30 anos, como pode ser visto no Gráfico 1, jovens adultos, grupo este que geralmente possui alguma bagagem trabalhista, mas também não ocupa posições elevadas no nível hierárquico.

Gráfico 1 – Qual sua idade?

Fonte: Autoria própria (2020)

A incidência de mulheres foi maior que a de homens, com os cargos mais comuns sendo do ramo administrativo, teleatendimento, professores e profissionais de marketing. Houve também grande número de estagiários e aprendizes, o que se explica pelo fato de a pesquisa ter sido respondida principalmente por estudantes. Os Gráficos 2 e 3 ilustram as informações.

Gráfico 2 – Gênero?

Fonte: Autoria própria (2020)

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Gráfico 3 – Cargo / Setor

Fonte: Autoria própria (2020)

Referente a escolha ou necessidade do cargo/setor que atua, Gráfico 4, o resultado justifica-se por dois fatores, 1) muitos são aprendizes ou estagiários do curso que escolheram, 2) os cargos serem em sua maioria administrativo, setor que geralmente é bem visto e almejado.

Gráfico 4 – Você diria que exerce essa função mais por escolha ou por necessidade?

Fonte: Autoria própria (2020)

Reunindo as questões referentes a movimentos repetitivos e metas, seja de tempo ou produção, os resultados são elevados, o que é negativo, pois a repetição de movimentos pode gerar uma certa robotização e inclusive doenças ergonômicas. Abaixo o Gráfico 5 referente a movimentos repetitivos.

Gráfico 5 – No seu trabalho são comuns atividades ou movimentos repetitivos?

Fonte: Autoria própria (2020)

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BRAGANÇA PAULISTA/SP - BRASIL 29 E 30 DE MAIO DE 2020

No caso das metas, como pode ser visto no Gráfico 6, claro que para que se possa atingir objetivos a longo prazo dentro de uma organização é necessário atingir pequenos objetivos no dia a dia, mas essa cobrança pode chegar a ser abusiva e acarretar estresse e problemas psicológicos.

Gráfico 6 – Trabalho com metas? Seja de tempo ou produção.

Fonte: Autoria própria (2020)

O alto resultado em questão de participação nas decisões, estímulo a outras áreas de conhecimento e ausência de competição é positivo, o que nos mostra que provavelmente há uma boa relação com a equipe e que os líderes estão abertos a sugestões. As informações combinadas são vistas nos Gráficos 7, 8 e 9.

Gráfico 7 – Você é envolvido em participações decisivas no seu trabalho?

Fonte: Autoria própria (2020)

Gráfico 8 – No seu trabalho é estimulado o acesso a outras áreas de conhecimento?

Fonte: Autoria própria (2020)

Gráfico 9 – Há algum tipo de competição entre funcionários e equipes?

Fonte: Autoria própria (2020)

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Os resultados negativos referente aos treinamentos e progressão de cargos e salários é preocupante, Gráficos 10 e 11, pois demonstram a falta de programas e planos necessários.

Gráfico 10 – Existe um programa efetivo de treinamento na sua empresa?

Fonte: Autoria própria (2020)

Gráfico 11 – A sua empresa tem um plano de progressão de cargos e salários?

Fonte: Autoria própria (2020)

Analisando os resultados vemos que a desmotivação é o principal agravante, a grande maioria não recebe os estímulos adequados para que possa trabalhar com gosto, agregando valor à empresa e a sua própria satisfação pessoal. Com isso, tal prática é prejudicial não só para a pessoa em questão, mas também para as empresas. No Gráfico 12 temos o resultado fechado.

Gráfico 12 – Já se sentiu desmotivado ou desvalorizado?

Fonte: Autoria própria (2020)

Os resultados do Quadro 1, referem-se a primeira questão aberta, opcional, que foi respondida por 40 pessoas de um total de 105, representando 38% dos entrevistados, abaixo encontra-se uma seletiva com as respostas consideradas mais relevantes.

Quadro 1: Se a resposta da pergunta anterior foi “sim” e caso sinta-se à vontade por favor comente.

Me senti desvalorizada no sentido de que só eram pontuados os erros e nunca os acertos.

Trabalhar sob pressão em empresa inconstante, que falta transparência, é bem desmotivador.

Muita responsabilidade para pouco retorno.

Só cobrança e nada de reconhecimento.

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Por falta de política de salários nossa renda se mantém no mesmo valor ano a ano fazendo com que a inflação coma nosso rendimento. Isto desmotiva e muito.

A gestão de funcionários não é boa, todos acabam se sentindo desmotivados.

Falta de reconhecimento e assédio moral.

Muitas vezes o colaborador desempenha além do seu limite e possui alto comprometimento, porém, isso passa despercebido pelos seus gestores, que sempre acham que tudo ainda é pouco. Apesar de os tempos estarem mudando, ainda existem empresas que não valorizam os funcionários e apenas se importam com os lucros e resultados próprios, sem perceber que os frutos devem ser colhidos de forma coletiva, e que a melhor forma de motivar a equipe é integra-la, envolve-la no trabalho e valorizar o que ela realiza diariamente.

Por conta de estar trabalhando sempre com a mesma coisa, sem algo novo para aprender no trabalho.

A empresa se atualizou recentemente para ter plano de cargos e salários, mas até o momento não tem treinamentos, o que muitas vezes faz com que os funcionários tenham lacunas causadas pela ausência dos mesmos.

Falta de vontade e promessas não cumpridas por parte do chefe.

Muitas vezes o discurso da empresa é um, porém na prática é o oposto. Muitos benefícios aos funcionários são feitos apenas para dizer que tem.

Somos apenas resultados, nem nossa saúde importa para a empresa, até as exigências sanitárias em tempos de pandemia, só foram realizadas por ameaça de multas.

Muito trabalho para pouca remuneração.

Falta de meritocracia.

A empresa poderia criar algo em que os funcionários subissem de cargo, mas isso não ocorre.

Infelizmente algumas pessoas por serem puxa saco, ou parentes de chefe recebem promoção sem potencial algum e você tem que ficar tirando dúvidas a vida inteira de quem sabe menos e ganha mais.

O salário é muito inferior ao trabalho executado.

Só dá pra subir de cargo se tiver vaga disponível, um precisa sair para você subir de cargo, e isso pode levar anos.

Por conta do home office em alguns momentos temos problemas com a área remota, e nossos supervisores dizem que o erro é nosso e não do sistema.

Patrões que não sabem elogiar.

Exercer atividades acima do seu cargo e não ser financeiramente recompensada.

Falta de reconhecimento e assédio moral.

Fonte: Autoria própria (2020)

Ainda sobre desmotivação, na pergunta aberta sobre as causas, muitos apontaram situações como: falta de reconhecimento, falta de diálogo e transparência, cobrança em excesso, pouco retorno financeiro, promessas não cumpridas, gestão ineficaz por parte dos superiores e falta de meritocracia.

A última questão era apenas uma curiosidade para medir o grau de conhecimento dos indivíduos, no Gráfico 13 temos o resultado fechado.

Gráfico 13 – Você sabe o que é alienação do trabalho?

Fonte: Autoria própria (2020)

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Os resultados do Quadro 2, referem-se a segunda questão aberta, opcional, que foi respondida por 30 pessoas de um total de 105, representando 28% dos entrevistados, abaixo encontra-se uma seletiva com as respostas consideradas mais relevantes.

Quadro 2 – Se a resposta da pergunta anterior foi “sim”, por favor explique o seu entendimento sobre o tema.

Alienação do trabalho é quando o trabalhador se sente um "robô´", fazendo suas atividades sem pensar, apenas por obrigação.

Só faz parte do processo estando alheio ao produto final.

Consequente da Revolução Industrial, a Alienação do Trabalho é um conceito que explica e informa sobre a forma como o trabalhador perde a noção do quanto vale o seu próprio trabalho e o quanto ele se vê longe do local d e consumidor capitalista, que são aqueles que desfrutam dos produtos do seu trabalho. O grande abismo que separa o trabalhador do produto que ele mesmo produziu, e de quem o possui.

Alienação do trabalho é quando o indivíduo exerce atividades ou movimentos repetitivos em sua função e por muitas vezes não se dá conta que está submetido à uma monotonia, fazendo com que ele fique estagnado sem compreender todo o processo no qual está inserido, por falta de oportunidade em expor suas ideias ou interesse do mesmo.

É quando o colaborador é excluído do contexto da estrutura empresarial, estando focado única e exclusivamente na tarefa em que atua, exercendo pouca ou nenhuma participação no todo empresarial e na geração de valor.

O efeito do trabalhador ao não ter acesso aos bens que ele mesmo produz.

É basicamente o trabalhador não ter acesso ao que ele produz, ele é somente um mecanismo no sistema capitalista.

É quando o trabalhador não tem acesso aos produtos que produz.

Ao invés do colaborador ter incentivos e estímulos para desenvolver suas tarefas, ele acaba sempre na mesmice sendo cobrado muito e pouco explorado em seus conhecimentos que poderiam agregar, e muito, na empresa.

Alienação no trabalho é produzir cada vez mais até que se perca o sentido de realizar a função/tarefa.

Eu diria que alienação do trabalho se refere a "robotização", uma rotina criada onde o indivíduo não se questiona mais sobre sua função ou o que produz, apenas segue seus movimentos ou tarefas em sequência.

A alienação do trabalho é uma das formas de exploração capitalista. Esse processo faz o trabalhador não saber o real valor da sua força de trabalho, e consequentemente trabalhar mais para atingir o objetivo de quem o explora.

Estar alheio a razão de suas ações produtivas e não se apropriar do resultado do seu trabalho.

Quando não tem poder de escolha, um ambiente sem a valorização do ser individual.

Um exemplo foi na antiga empresa que eu trabalhei, minha antiga coordenadora restringia nosso conhecimento apenas para a função que desempenhávamos, e chegou um momento que isso começou a me desmotivar bastante quando eu percebi que ali eu não teria oportunidade nenhuma de crescer, a não ser que ela "autorizasse".

Quando o trabalhador não tem acesso ao que ele mesmo produz.

O funcionário sabe somente sua função e fica alheio ao restante.

Alienação do trabalho refere-se a trabalhos em que os trabalhadores são apenas destinados a fazer movimentos e atividades repetitivas, que causa uma alienação no mesmo por não fazer outra coisa, vivendo somente nesse cenário.

Fonte: Autoria própria (2020)

Apesar do resultado fechado ser de que 60% não sabe, as respostas dos que sabem podem ser consideradas positivas, mostrando que atualmente com o fácil acesso à informação, as pessoas estão mais cientes de fenômenos como este, que antes eram pouco conhecidos, gerando até mesmo certa polêmica.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atingiu-se o objetivo, que era questionar de modo imparcial se o trabalho alienado ainda é uma realidade nos dias de hoje, através de material teórico e pesquisa de campo. Conclui-se que a hipótese inicial foi confirmada. Através do presente estudo vemos que o taylorismo está presente nos dias de hoje, só que de forma mais sutil.

Se faz cada vez maior a consciência de que as empresas precisam adotar mecanismos de motivação e endomarketing para seus funcionários, reconhecer a importância de estímulos a outras áreas de conhecimentos. A ausência de treinamentos mostram possíveis lacunas no perfeito entendimento e execução das atividades exercidas pelos funcionários, referente a cargos e salários, esse ponto é bastante destacado como sendo uma das principais causas de desmotivação dada pelos entrevistados, pois assim o funcionário não tem uma perspectiva de crescimento dentro da empresa.

Trabalhadores são pessoas, não máquinas. Muitas vezes um simples gesto de reconhecimento, um elogio, um líder disposto a ensinar, já pode ser o suficiente para termos um funcionário satisfeito. Por fim, investir no bem estar do trabalhador é benéfico para ambos, empregado e empregador. E fica a necessidade de reflexão moral e socioeconômica sobre os fins que a técnica atende, observando se ela está a serviço do homem, ou, ao contrário, a serviço de sua exploração e desumanização.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Cibele. Et al. Aspectos Tayloristas numa empresa de bebidas: tempos contemporâneos ou tempos modernos? – Revista Anagrama. São Paulo. Ano 5, edição 2, 15f, fevereiro de 2012.

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986.

ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2005.

BATISTA, Erika. Fordismo, taylorismo e toyotismo: apontamentos sobre suas rupturas e continuidades. 12f. Artigo – Departamento de Ciências Sociais, Universidade Estadual de Londrina, 2008.

COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral: o espaço natural e socioeconômico. 5 Ed. São Paulo: Moderna, 2005.

PETTA, Nicolina Luiza. História: uma abordagem integrada. 2 Ed. São Paulo: Moderna, 2003.

THORPE, Christopher. Et al. O livro da Sociologia: as grandes ideias de todos os tempos;

tradução de Rafael Longo. 2 Ed. São Paulo: GloboLivros, 2016.

"O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor(es)."

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