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Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS

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Academic year: 2021

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Caderno de apoio Master MASTER

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Turma e Ano: Flex B (2014)

Matéria/Aula : Mandado de Segurança – Aula 07 – Data: 04.09.2014 Professor: Mauro Luis Rocha Lopes

Conteúdo: Suspensão da execução da liminar ou da sentença concessiva. Monitora: Carmen Shimabukuro

SUSPENSÃO DE EXECUÇÃO DA LIMINAR E DA SENTENÇA CONCESSIVA

A previsão da possibilidade de execução da liminar e da sentença concessiva está no art 15 da lei:

Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição.

É uma previsão que nasceu na lei 4348/64, fruto de um regime autoritário. Decisão monocrática do presidente do tribunal ao qual compete julgar recurso, e decisão essa que suspende a execução da liminar ou da sentença para evitar grave lesão a ordem publica, a segurança ou a economia. Isso foi incorporado pelo regime democrático e consta expressamente na lei do mandado de segurança.

Detalhes a ser considerado:

legitimação para pedir essa suspensão (que é fruto de decisão monocrática de presidente do tribunal) os legitimados são MP, a PJ de direito publico ou privado delegatária de função publico. Excepcionalmente as autoridades coatoras podem pedir qdo o ato atingir diretamente suas prerrogativas (assembleias legislativas, prefeito, Tribunal de conta).

O presidente deferindo esse pedido de suspensão, dessa decisão cabe agravo sem efeito suspensivo que será levado a julgamento em sessão seguinte à sua interposição.

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E se o presidente indefere a suspensão? Cabe agravo? A entidade ré pode apresentar o chamado “pedido de suspensão per saltum”, vai ao tribunal imediatamente acima com novo pedido de suspensão, isso esta no art 15, §1º da lei MS.

§ 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário.

Se for matéria de lei federal vai para o STJ e se for matéria constitucional vai para o STF. É o pedido de suspensão per saltum.

Mas qual a natureza jurídica da suspensão de liminar ou de sentença concessiva? Não é um recurso. Essa suspensão pode ser manejada cj com o recurso cabível. No caso de deferimento da liminar a parte impetrada tem dois caminhos: pedir ao presidente do tribunal a suspensão dessa liminar, e ainda, ao mesmo tempo apresentar o recurso cabível que é o agravo de instrumento ao colegiado.

O pedido de suspensão tem natureza de tutela cautelar ou contracautela. É uma cautelar anômala.

Qdo deferida a liminar, a parte impetrada primeiro agrava e depois pede a suspensão ao presidente ou o faz simultaneamente. O pedido de suspensão não tem pz agora o agravo tem.

O requisito grave lesão é um dos requisitos e não o único. para deferir o pedido de suspensão não vai analisar os aspectos do periculum, deve analisar tb, ainda que minimamente a plausibilidade da postulação. Imagine que a liminar ou sentença concessiva estejam consentâneas com a jurisprudência dos tribunais superiores, mas de sua execução se pode vislumbrar grave lesão a economia publica. O presidente vai deferir a tutela cautelar? não vai, pois o outro requisito que é a plausibilidade da postulação não está presente.

Ao reverso, imagine uma decisão contraria a jurisprudência dominante, mas da qual não decorra lesão a saúde, economia, ordem publica. A decisão esta em descompasso com a ordem jurídica. O presidente não ira deferir o pedido de suspensão, pois não tem grave lesão a justificar a medida. Tem que aguardar a resolução da questão de fundo.

Em relação ao requisito grave lesão, vale mencionar que as vezes uma impetração individual (deferimento liminar em matéria tributaria) o sentença concessiva muitas vezes não tem o condão de causar, por si só, grave lesão a economia. Esse tipo de liminar alcançando por empresa em regime concorrencial, tem o condão de criar uma vantagem momentânea a empresa, isso pode causar alvoroço e desperta cobiça das demais empresas que estão no mesmo segmento concorrencial

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que passam a buscar no judiciário a mesma tutela. QQ diferença percentual é relevante num mercado de concorrência acirrada. O judiciário então passa a ser alvo de diversas ações como se fosse pipoca. Uma liminar isolada não causa uma grave lesão, mas liminares sucessivas tem – isso se chama efeito multiplicador das liminares. Por isso o presidente do tribunal pode ao aferir a situação, verificar o risco do efeito multiplicador que essa decisão pode ensejar, e por conta disso está autorizado a suspende a execução da liminar ou sentença se esse risco multiplicador estiver presente. Nesse mesmo processo estende-se o efeito suspensivo em que haja liminares similares.

Art 15, §3º:

§ 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo.

Art 15, § 4o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida.

Isso mostra que ele não pode se abster que analisar a plausibilidade do

direito a par do requisito grave lesão para deferir a medida.

Art 15, § 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original.

A entidade publica escolhe processo, pede suspensão e na petição indica todos os outros processos com liminares idênticas e daí o juiz faz a suspensão em bloco e ainda pode aditar em caso de liminares semelhantes a esta.

Não precisa ouvir a parte contraria, embora seja razoável que o presidente do tribunal ouça a outra parte antes de deferi-la.

Suponha uma situação em que a liminar é deferida e o presidente do tribunal suspende a sua execução. O juiz vem e profere decisão concedendo a segurança e isso caduca a liminar anteriormente deferida. Aquela suspensão da liminar tem que ser renovado agora por causa da sentença concedendo a segurança? Não há necessidade de renovar o pedido da suspensão. O deferimento da suspensão da

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A suspensão da liminar em mandado de segurança, salvo determinação em contrário da decisão que a deferir, vigorará até o trânsito em julgado da decisão definitiva de concessão da segurança ou, havendo recurso, até a sua manutenção pelo Supremo Tribunal Federal, desde que o objeto da liminar deferida coincida, total ou parcialmente, com o da impetração

A contrario senso pode-se considerar que após o transito em julgado não cabe mais suspensão da sentença ou do acordo, pois a tutela é cautelar e não pode ser satisfativa. Não subsiste qdo a decisão definitiva tenha sido proferida pelo judiciário.

RECURSOS EM MANDADO DE SEGURANÇA

Quem tem legitimidade para recorrer em MS de forma ordinária? Como regra são as partes: impetrante e impetrado. A impetrada é a entidade que está por trás da autoridade coatora.

E a autoridade coatora pode recorrer? Art 14, §2º diz:

Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação.

§ 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer.

A autoridade coatora pode recorrer, mas não é em qq caso. Esse dispositivo evidencia que a autoridade coatora não é parte no MS. Se fosse ela parte a lei do MS não estenderia a ele o direito de recorrer.

Sobre o §2º a autoridade coatora recorre qdo tem interesse especifico, ie, como terceiro prejudicado. Fazer remissão ao art 499 do CPC que diz:

Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.

§ 1º Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência

entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.

Ex. anular ato negando-lhe competência para praticar o ato, eventualmente pode caracterizar interesse em defesa de prerrogativa.

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MP tb pode recorrer na condição de parte ou de fiscal da lei. como fiscal decorre do art 499, caput do CPC.

Pz para recorrer não se conta da notificação da autoridade para cumprir da decisão e sim da publicação. Sumula 392 do STF:

O prazo para recorrer de acórdão concessivo de segurança conta-se da publicação oficial de suas conclusões, e não da anterior ciência à autoridade para cumprimento da decisão

O art 188 do CPC se aplica ao MP e as fazendas publicas, pois qdo dobra o pz do recurso se aplica, já na primeira parte não se aplica ao procedimento do MS. O fundamento disso é que a lei do MS nada dispõe sobre o pz para recurso e no silencio se aplica a regra geral subsidiariamente.

Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

Já no caso de contestação a autoridade coatora tem pz de 10 dias para apresentar resposta – art 7º da lei MS.

APELAÇÃO EM MS

Antigamente se chamava agravo em petição.

Está no art 14:

Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação.

Tb esta no art 10, §1º:

Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. § 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá

apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre.

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Qq que seja a denegação, com ou sem apreciação do mérito, o recurso cabível é a apelação.

O pz para apelar não esta na lei do MS e sim aplica-se o pz do previsto no CPC que é de 15 dias, art 508 com eventual aplicação do art 188 do CPC.

Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias.(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994) Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

No caso de sentença concessiva da segurança cabe pedir ao relator da apelação que defira efeito suspensivo – art 558, p único do CPC.

Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara.(Redação dada pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995)

Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto neste artigo as hipóteses do art. 520.(Redação dada pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995)

Pode-se pedir o efeito suspensivo ativo, ie, são em casos em que o apelante seja o impetrante, pois a sentença denega a ordem assim ele apela e pede a antecipação da tutela recursal. Os tribunais tem utilizado mais essa expressão “antecipação da tutela recursal” do que efeito suspensivo ativo, pq não tem nada de suspensivo, o efeito é ativo.

Qdo a apelação é da sentença concessiva da segurança o que se pede é efeito suspensivo pois a sentença é autoexecutóio, sem prejuízo de pedir a suspensão da execução com o instrumento que já estudamos.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

A lei do MS não prevê embargos de declaração, mas cabe, pois visa suprimir omissão, obscuridade. Aplica-se o art 536 do CPC que trata desse instrumento.

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Art. 536. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo.(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

Se os embargos tiverem efeito modificativo, então o tribunal terá que ouvir a outra parte pois muitas vezes da supressão da lacuna.

Os embargos interrompem o pz de outros recursos – art 538 do CPC, ainda que incabíveis, ainda que o juiz não conheça dos embargos, eles interrompem, isso é posição da jurisprudência.

Se forem protelatórios caberá multa – art 538 que prevê essa sanção.

Se o acórdão que decide a apelação reforma a sentença por maioria dos votos, tem recurso cabível? Teria se fosse ação de rito comum. seriam os embargos infringentes e vai para outro colegiado. No MS a jurisprudência do STF e STJ já estava sedimentada no não cabimento dos embargos infringentes e disse que a lei só tratou do recurso de apelação. Logo a omissão é deliberada, desejável.

Mas veio a lei 12016 e expressamente no art 25 afastou o cabimento dos embargos infringentes:

Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé.

Cabe RE e REsp? eles tem sede constitucional e não precisa a lei prever. Por isso no procedimento de MS cabe sim esses recursos constitucionais.

AGRAVO EM MANDADO DE SEGURANÇA

O agravo não tinha previsão na lei anterior do MS. Alguns tribunais entendiam que não cabia agravo em MS, pois o único recuso previsto em lei era a apelação. Ocorre que qdo se dizia que não cabe agravo, esta a criar um outro problema, pois a decisão em MS é aquela que defere ou não liminar e isso pode trazer gdes prejuízos. Daí se criava outro filhote: outro MS contra essa decisão.

A nova lei resolveu esse problema prevendo vários agravos.

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§ 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

Cabe agravo da decisão que concede ou denega a liminar.

De outras decisões interlocutórias que não seja a que concede e denega liminar, pode-se interpor agravo retido.

O pz desse agravo é o que está previsto no CPC.

O art 7º, §1º só trata do agravo em competência dos tribunais de primeiro grau. Mas qdo a competência for originaria dos tribunais aplica-se o art 10:

Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. § 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. § 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial.

Da decisão prevista no §1º é o agravo retido.

Art 16, p único da lei de MS diz:

Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento.

Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que integre.

Havia uma sumula em sentido contrario e que acabou superada, era a sumula 622 do STF, pois a lei do MS prevê esse agravo.

Sumula 622 do STF: Não cabe agravo regimental contra decisão do relator que concede ou indefere liminar em mandado de segurança

Qdo o tribunal muda de opinião ele cancela a sumula anterior por não refletir mais sua opinião, mas qdo a sumula é superada não há cancelamento da sumula. Ele simplesmente deixa de aplicar.

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Outro agravo previsto na lei MS é aquele do art 15:

Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição.

Defere a suspensão da execução da sentença ou da liminar. O pz para interposição de agravo em MS que é de 10 dias, no art 522 do CPC pois a lei do MS é omissa. Só tem um agravo no MS cujo pz é de 5 dias, e é esse do art 15, interposto qdo o presidente do tribunal suspende a execução de liminar ou sentença concessiva da segurança.

Qdo se tratar de competência da primeira instancia, da sentença cabe apelação.

Agora qdo do acórdão, qdo for competência originaria de tribunal, qual o recurso cabível? Art 18:

Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada.

Competência originaria do tribunal o que temos é acórdão. Se a segurança for concedida só cabem RE ou REsp se presentes os requisitos correspondentes. Se não couber RE ou REsp acabou ali, única instancia.

Se a ordem for denegada não cabe de cara o RE ou REsp. Nesse caso caberá recurso ordinário ao tribunal acima, só no caso de denegação, com ou sem exame de mérito. Esse recurso ordinário não se submete ao requisito do RE ou REsp, bastando apenas a sucumbência. Nada impede que o STF decida em recurso ordinário, matéria totalmente alheia a constituição. Ele vai julgar, por exemplo, questão de lei federal. Nada impede o STJ de receber recurso ordinário com matéria exclusivamente constitucional. Usam a sigla ROMS ou RMS nos seus julgados.

O RE está previsto no art 102, III da CF.

O REsp está previsto no art 105, III da CF.

O RO no STJ está no art 104, II, “b” da CF. O RO no STF está no art 102, II, “a” da CF.

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Lei 8038/90 e CPC, arts 539 e 540 regulam o recurso ordinário.

Aplicação da teoria da causa madura no recurso ordinário é possível? Jurisprudência entende incabível a aplicação da teoria da causa madura – nesse sentido RMS 24309 – STF.

RMS e Art. 515, § 3º, do CPC

O § 3º do art. 515 do CPC, acrescentado pela Lei 10.352/2001, não se aplica em recurso ordinário constitucional referente a mandado de segurança denegado na origem, porquanto tal artigo refere-se às hipóteses de competência originária do juízo e não de Tribunal Superior. Com base nesse entendimento, a Turma recebeu em parte os embargos de declaração opostos pela União ao acórdão proferido no RMS 24309/DF (DJU de 26.9.2003) - no qual a Turma, afastando a preliminar de ilegitimidade ativa do impetrante, determinara o retorno dos autos ao STJ para que, vencida a preliminar, prosseguisse no julgamento como entendesse de direito -, para declarar que a hipótese não enseja o julgamento imediato do mérito do mandado de segurança - CPC, art. 515, § 3º: "Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento".

RMS 24309 ED/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 17.2.2004. (RMS-24309)

STF não admite fungibilidade envolvendo RO e RE. Imagine a seguinte situação: STJ tenha decidido em incompetência originaria um MS. A matéria é constitucional; a parte inadvertidamente ingressa com RE no STF, invocando a questão constitucional. Nesse caso o STF não recebe como ordinário, simplesmente nega seguimento e transita em julgado. Diz o STF que é erro grosseiro. O recurso cabível era de ordinário. O STF decidiu isso no AI 410.552 AGRg, Min Ellen Gracie:

Ementa

1. Incabível a conversão de recurso extraordinário em ordinário, na hipótese de decisão denegatória de mandado de segurança, prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, mediante disposição expressa prevista no art. 102, II, a da Constituição Federal, ocorrendo o cometimento de erro grosseiro na utilização dos instrumentos processuais disponíveis para o acesso à devida prestação jurisdicional. 2. Agravo regimental improvido.

Referências

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