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ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO SOBRE O MOSQUITO AEDES AEGYPTI 1

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ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO SOBRE O MOSQUITO AEDES AEGYPTI1

Juliana Barbosa Duarte Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET/MG

Jerônimo Coura Sobrinho Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET/MG

RESUMO: O mosquito Aedes aegypti tem assustado populações desde o século XVIII com a incidência da dengue e da febre amarela. Por esse motivo, este artigo tem como objetivo contribuir com a divulgação científica sobre o mosquito Aedes aegypti que visam colaborar para um melhor entendimento da população. Dessa forma, buscou-se levantar as características necessárias em uma divulgação e a sua importância nessas publicações. Para essa realização, tomou-se como base teórica a semiótica peirceana e como dados empíricos as respostas obtidas por meio de um questionário aplicado a profissionais da área da saúde, a fim de levantar dois dados: as características-chave que deveriam estar contidos em uma divulgação, para que a população pudesse conhecesse o vetor da dengue e da febre amarela e a importância de cada características em uma divulgação científica. Os dados evidenciam que a escolha dos elementos-chave que caracterizam o mosquito aliado à maneira explicita em divulgá-los podem contribuir para que a população possa conhecê-lo e, conseqüentemente, combatê-lo.

PALAVRAS-CHAVE: divulgação científica; semiótica peirciana; mosquito Aedes aegypti

1. Introdução

De acordo com entomologistas, o Aedes aegypti é originário da África e teria se disseminado para a Ásia e o continente americano por embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de escravos. Desde o século XVIII, esse mosquito tem assustado populações com a incidência da dengue e da febre amarela. Ainda nos dias de hoje, vivenciamos e assistimos o acelerado aumento do mosquito Aedes aegypti em todos os estados brasileiros. Dados divulgados2 no final de 2007 mostram que casos de notificação de doenças transmitidas por esse vetor, como a dengue e a febre amarela, vêm aumentando

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Este artigo é fruto de uma etapa da pesquisa de mestrado sobre o potencial comunicativo de imagens de divulgação cientifica, de nossa autoria.

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No Seminário Internacional de Novas Tecnologias para Prevenção e Controle da Dengue, realizado em Belo Horizonte, na segunda quinzena do mês de outubro.

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no Brasil, sendo que em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, o aumento foi de 292,7% em relação ao ano de 2006.

Por outro lado, resultados de uma pesquisa3 realizada no CEFET/MG no início de 2008 indicam que, de modo geral, os desenhos e caricaturas do mosquito Aedes aegypti de materiais de divulgação cientifica são mal representados, levado esses materiais a não atingirem o objetivo de comunicar corretamente a imagem desse vetor para a população. Dessa forma, pode ocorrer a formação de conceitos errôneos sobre o vetor da dengue e da febre amarela, evitando o reconhecimento do Aedes aegypti pela população e, com isso, favorecendo a sua proliferação.

Pensando então na divulgação científica como um espaço de educação não formal, capaz de agregar conhecimentos e valores úteis à transformação social, este artigo tem como objetivo contribuir com as divulgações que visam colaborar para um melhor entendimento da população sobre o mosquito Aedes aegypti. Para realizar essa contribuição, buscou-se levantar as características-chave do mosquito necessárias em uma divulgação, para que a população pudesse conhecer e, assim, combater esse vetor. Buscou-se, também, avaliar o grau de importância de cada uma dessas características nessas publicações, em função do seu grau de explicitação.

2. Procedimentos metodológicos

Com a finalidade de se levantar as características-chave que deveriam estar contidas em uma divulgação científica, para que a população pudesse conhecer o mosquito Aedes aegypti e a importância dessas características, buscou-se apoio junto a profissionais da área de saúde, por meio da aplicação de um questionário. Esses profissionais atuam diretamente na prevenção do mosquito e em pesquisas sobre esse vetor, encontrando-se, portanto, mais próximos do fenômeno em análise.

Assim, participaram da coleta de dados vinte profissionais, sendo nove da Gerência de Controle de Zoonoses da regional centro sul da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (GERCZO-CS), e onze pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas – ICB da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.

Com o propósito de contribuir com a qualidade das divulgações sobre o Aedes aegypti, que visam colaborar para um melhor entendimento da população, utilizou-se como

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base teórica três categorias da semiótica peirceana: ícones, índice e símbolo. De modo geral, essas categorias foram utilizadas neste artigo para pontuar a maneira como uma divulgação pode veicular informações sobre o mosquito. Dessa forma, assemelhou-se ao ícone informações que são veiculadas de maneira sugestiva ou implícita; ao índice, informações que são veiculadas de maneira indicativa ou explicita; e ao símbolo, informações que não são veiculadas nos materiais de divulgação, mas podem ser deduzidas ou concluídas pelos seus intérpretes. Essas categorias subsidiaram a escolha da maneira de veicular as características-chave do mosquito em uma divulgação com o objetivo de facilitar, teoricamente, a transferência delas ao seu público-alvo.

2.1. Sobre o questionário de coleta de dados

A opção por utilizar questionários na coleta de dados da pesquisa se deve ao fato de o instrumento possuir características consideradas adequadas aos propósitos da mesma, como: perguntas pré-elaboradas, dispostas sistematicamente e seqüencialmente em itens que constituem o tema da pesquisa (CHIZZOTTI, 1991).

Um questionário com questões abertas e fechadas foi elaborado, após a preparação e aplicação de um instrumento piloto. O questionário final continha duas partes:

Parte I – dados do respondente, tais como: nome (optativo), profissão, formação, e tempo de profissão.

Parte II – composta por três questões, duas abertas e uma fechada, versando sobre as características do Aedes aegypti e sobre a importância da representação do vetor em material de divulgação cientifica.

Depois das modificações feitas a partir dos testes piloto, três questões foram preparadas para serem respondidas por 30 profissionais da área da saúde:

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Questão 1: O que você considera que a população deve saber sobre o Aedes aegypti, para que ele

seja combatido?

Questão 2: Complete o quadro abaixo, indicando as principais semelhanças e diferenças entre o Aedes aegypti e outros mosquitos.

a) Semelhanças b) Diferenças

Questão 3: De acordo com a fundação Oswaldo Cruz, a falta de conhecimento da população em

relação ao Aedes aegypti tem dificultado o combate ao vetor da dengue e da febre amarela. Na lista abaixo, numere de 1 a 6, por ordem de importância, os itens que a população deveria saber para que o mosquito fosse combatido.

A ( ) pintas no corpo H ( ) o momento da desova B ( ) a estrutura física do mosquito I ( ) a fase larvária

C ( ) a cópula J ( ) a diferenciação de larva para pupa D ( ) o repasto sanguíneo L ( ) a emergência do mosquito adulto E ( ) o horário que ele pica M ( ) o processo reprodutivo

F ( ) o habitat N ( ) ambiente necessário para a reprodução G ( ) onde reproduz O ( )

FIGURA 01: questões do questionário aplicado junto a profissionais da área da saúde,

2008.

FONTE: dados da pesquisa “O potencial comunicativo de imagens de divulgação

científica”.

Dos 30 questionários encaminhados, 20 foram respondidos e fazem parte desta pesquisa.

2.2. Tratamento dos dados coletados

Para levantar as características necessárias em uma divulgação e a importância de cada uma dessas características para a publicação, foram adotadas três fases: seleção, relação e quantificação.

2.2.1. Fase 1 – Seleção

Após observar os resultados das questões 1 e 2 do questionário, selecionou-se as características-chave listadas pelos respondentes como necessárias para que a população pudesse conhecer o Aedes aegypti. Dessa forma, foram excluídas as características indicadas, que não estavam ligadas diretamente com o referido mosquito, como, por

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exemplo, clorar piscinas uma vez por semana; multar a população caso ela não siga a orientação dada pela prefeitura; mesmo com orientações, a população nada faz para acabar com o mosquito; e responsabilidade social, a luta é de todos.

2.2.2. Fase 2– Relação

Nessa fase, foram estabelecidos dois tipos de relação: a primeira entre as características apresentadas pelos respondentes e os itens da questão 3; a segunda relação, entre os resultados obtidos por meio do questionário e a maneira de veiculá-las em uma divulgação, baseando-se nas três categorias da semiótica peirceana: ícones, índice e símbolo. Essa última relação permitiu verificar sobre a maneira que as características do referido mosquito devem ser veiculadas, para que a divulgação científica pudesse ter, teoricamente, capacidade comunicativa.

Portanto, as características selecionadas na Fase 1 foram relacionadas aos itens apresentados na questão 3 do questionário. Dessa forma, as características apresentadas nas questões 1 e 2 foram relacionadas a um único item da questão 3, tendo como critério as afinidades entre ambas. Assim, as características – tanto as que os respondentes listaram quanto as apresentadas na questão 3 – receberam os mesmos critérios de quantificação, conforme descrito na fase 3.

2.2.3. Fase 3: Quantificação

Logo após as fases de seleção e relação, foram atribuídos valores de 1 a 6 aos grupos ou itens listados na questão 3, sendo que tais valores correspondiam à ordem de importância dos mesmos, para que o mosquito fosse compreendido. Dessa forma, atribuíram-se seis pontos à característica com ordem de importância 1; cinco pontos a ordem de importância 2; quatro pontos a ordem de importância 3; três pontos a ordem de importância 4; dois pontos a ordem de importância 5; um ponto a ordem de importância 6. Dessa forma, as características que tiveram maior valorização foram consideradas como mais importantes em uma divulgação.

Ao refletir sobre as características necessárias em uma divulgação e a sua importância, isto é, o peso dessas características nessas publicações, espera-se contribuir

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com as divulgações sobre o Aedes aegypti que têm como intenção colaborar para um melhor entendimento da população.

3. Referencial teórico

A chamada divulgação científica é uma prática social que vem sendo cada vez mais ampliada e desenvolvida nos chamados espaços não formais de educação (MARANDINO, S. C. et al, 2003). De modo geral, divulgação científica se constitui no emprego de técnicas de recodificação de linguagem da informação científica e tecnológica, objetivando atingir o público em geral (LOUREIRO, 2003).

Bueno (1985) explica que a mesma informação de ciência e tecnologia deverá merecer tratamento diverso em função do público-alvo. Quando se querem difundir informações de ciência e tecnologia para o cidadão não especializado, é importante: simplificar o conteúdo a ser transmitido; adaptar a linguagem (recodificar conceitos); utilizar alguns recursos de comunicação como, por exemplo, as metáforas.

No entanto, pontua-se que as simplificações dos conteúdos a serem transmitidas, lembradas por Bueno (1985), devem ser pontos de partida em uma divulgação, para que o público não especializado possa ser inserido nesse espaço de reflexão. Portanto, o nível de complexidade das informações deve ser aumentado ao longo da divulgação, buscando ampliar o nível de informação, de conhecimento, de compreensão e de participação de seu público. As metáforas porventura utilizadas em divulgações dessa natureza devem ser culturalmente familiares ao público-alvo. Mesmo assim, a eficácia de sua utilização, a sua interpretação, precisa ser verificada junto a esse publico.

Independentemente do espaço onde a divulgação científica é concebida e veiculada, ela tem diferentes objetivos. Para Albagli (1996) a divulgação científica tem três objetivos: educacionais, cívicos e de mobilização popular. Os objetivos educacionais se dão no sentido de ampliar o conhecimento, a compreensão e a curiosidade científica do público-alvo; os objetivos cívicos têm como objetivo transmitir informação científica voltada para a ampliação da consciência do cidadão a respeito de questões sociais, econômicas e ambientais, associadas ao desenvolvimento científico e tecnológico; e os de mobilização popular buscam o desenvolvimento a população, para intervir em processos decisórios como em formulação de políticas públicas.

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Pensa-se na divulgação científica como um espaço de educação não formal, que utiliza uma linguagem acessível para que o público em geral possa perceber e participar de discussões feitas sobre temas da ciência e da tecnologia e, por conseguinte, agregar conhecimentos e valores úteis à transformação social. A divulgação científica pode ser considerada um signo, isto é, algo que sugere um objeto ausente, por meio das qualidades ou da maneira implícita de veicular uma informação; que indica um objeto ausente, por meio da evocação ou pela maneira explicita de veicular uma informação; e/ou que representa um objeto ausente, por meio da associação de idéias (efeito causado em um intérprete) ou pela maneira dedutiva ou conclusiva de veicular uma informação. Dessa forma, quanto mais explicita for uma informação, maior poderá ser o poder de transferência ou da capacidade de divulgar as informações contidas nelas.

Portanto, ao se identificarem as características do Aedes aegypti indispensáveis em uma divulgação científica que pretenda contribuir para um melhor entendimento da população sobre esse mosquito, identifica-se também, as características que devem ser veiculadas de maneira explicita, para que a divulgação tenha capacidade comunicativa e assim proporcionar à população conhecimento para combater o vetor da dengue e da febre amarela.

4. análise dos dados e resultados

De modo geral, observa-se a predominância das seguintes características dos respondentes: graduação em Ciências biológicas; atuação profissional como biólogos ou veterinários; experiência profissional menor de três anos e maior de seis. Dos vinte respondentes, seis informaram possuir pós-graduação. Entre eles, há grande diversidade de formação: um em Epidemiologia, um em Saúde pública, um outro em Administração Hospitalar e dois com mestrado em Parasitologia.

A partir das características capazes de contribuir para o conhecimento do mosquito Aedes aegypti indicadas pelos profissionais da área da saúde nas questões 1 e 2 do questionário, o QUADRO 01 contém essas características, conforme afinidade apresentada na questão 3.

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QUADRO 01

AGRUPAMENTOS DAS CARACTERÍSTICAS-CHAVE SELECIONADAS A PARTIR DAS RESPOSTAS ÀS QUESTÕES 1 e 2 DO QUESTIONÁRIO, 2008.

FONTE: dados da pesquisa “O potencial comunicativo de imagens de divulgação

científica”.

Ressalta-se que não foi encontrada nenhuma característica nas respostas das questões 1 e 2 que identificasse com o grupo representado pela letra L (Emergência do mosquito adulto).

Com o propósito de atribuir valores e detectar as características mais importantes em uma divulgação científica sobre o vetor da dengue e da febre amarela, foi solicitado, na questão 3, que os respondentes listassem de 1 a 6, por ordem de importância, os itens que a população deveria saber para que o mosquito fosse combatido.

ORDEM DA QUESTÃO 3 ELEMENTOS LISTADOS NA QUESTÃO 3

AGRUPAMENTO DOS ELEMENTOS/DADOS SELECIONADOS DAS QUESTÕES 2 E 3

A Pintas no corpo Manchas brancas; coloração escura; presença de escamas; coloração assemelha ao do Albopictus; patas pintadas.

B Estrutura física do mosquito

Mosquito é um pernilongo; tamanho do mosquito; delicados; forma do corpo; têm duas asas; pernas longas; tamanho reduzido; aparelho bucal; características morfológicas; apresentam fase ovo/larvas/pupas e adulto; tamanho assemelha ao do Culex; cabeça e tórax ovóides; fêmea possui sifão mais curto; sensibilidade às mudanças da intensidade de luz.

C Cópula Processo de reprodução.

D Repasto sanguíneo Macho alimenta-se de seiva; as fêmeas são hematófagas. E Horário da pica Hábitos diurnos do inseto; picam durante o dia.

F Habitat Larvas e pupas aquáticas; vivem em área domiciliar e peridomiciliar; preferem água limpa.

G Onde reproduz Possíveis criadouros; bota ovo em local estratégico; reproduzem na água; tipos de criadouros.

H Momento da desova Botam ovo na água ou próximos dela; coloração dos ovos; comportamento de oviposição.

I Fase larvária Diversas fases de desenvolvimentos; fase larvária separa na água; posição das larvas; forma larvária.

J Diferenciação da

larva para pupa Relação da larva com o mosquito. L Emergência do

mosquito adulto

M Processo

reprodutivo Características biológicas N Ambiente necessário

para a reprodução

Condições climáticas que favorece o mosquito; desenvolve em água parada e limpa

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A TAB 01, a seguir, apresenta a ordem de importância e a valorização atribuída às características indicadas, de acordo com os respondentes da questão 3. Ressalta-se que a letra O’ e O”4 foram incluídas pelos profissionais nessa questão.

TABELA 01

ORDEM DE IMPORTÂNCIA E VALORIZAÇÃO DOS ITENS INDICADOS NA QUESTÃO 3 DO QUESTIONÁRIO DE ACORDO COM OS RESPONDENTES, 2008.

FONTE: dados da pesquisa “O potencial comunicativo de imagens de divulgação

científica”.

Observa-se que os seis maiores valores foram atribuídos às letras “N”, “G”, “F”, “E”, “A” e “B”, que correspondem, respectivamente, aos itens: ambiente para reprodução; onde o mosquito se reproduz; seu habitat; horário que ele pica; que ele possui pintas brancas no corpo e demonstrar sua estrutura física. Portanto, percebe-se que esses grupos de características são indispensáveis em uma divulgação científica que pretenda contribuir para um melhor entendimento sobre o mosquito.

Ressalta-se que o destaque dado a esses grupos de características deve corresponder ao objetivo da divulgação. Dessa forma, supondo-se que a divulgação tenha intenção de informar a população sobre a morfologia do Aedes aegypti, ela então deve explicitar os grupos de características apresentados nas letras A e B, tomando o cuidado em demonstrar por meio de desenhos e caricaturas o aumento de tamanho do mosquito

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O’ lê-se o linha e O’’, o duas linhas. Apesar de terem a mesma letra, representam itens diferenciados.

ORDEM ALFABÉTICA

DO ITEM NA QUESTÃO Nº 03

ITENS APRESENTADOS NA QUESTÃO 3 DO QUESTIONÁRIO

ORDEM DE IMPORTÂNCIA

VALORES ATRIBUÍDOS

N Ambiente necessário para reprodução 1 84

G Onde reproduz 2 55

F Habitat 3 49

E Horário que ele pica 4 46

A Pintas no corpo 5 40

B Estrutura física do mosquito 6 33

M Processo reprodutivo 7 20

D Repasto sanguíneo 8 17

O’ Resistência dos ovos 9 16

I Fase larvária 10 14

H Momento da desova 11 12

J Diferença de larva para pupa 12 8

L Emergência do mosquito adulto 13 5

C Cópula 14 4

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representado nas divulgações, para que a população possa associar o desenho metafórico com o mosquito real. Sugere-se nesses casos, apresentar uma lupa para sugerir que ali o mosquito teve seu tamanho aumentado ou então apresentar uma escala de comprimento.

5. Conclusão

Por meio do questionário respondido por profissionais da área da saúde da PBH e da UFMG foram selecionadas vinte e nove características do mosquito, essas foram agrupadas e ordenadas de acordo com sua importância em uma divulgação científica, que pretenda contribuir para um melhor entendimento sobre o Aedes aegypti.

A partir desses resultados, foi possível especificar as características que deveriam estar contidas em uma divulgação cientifica que se propõe informar a população sobre o mosquito e a importância ou o peso dessas características nessas publicações, assinalando para os divulgadores as características consideradas, de modo geral, como estratégicas em uma divulgação sobre o Aedes aegypti.

Pôde-se notar que o ambiente necessário para a reprodução do mosquito, o local onde ele reproduz, seu habitat, o hábito de picar durante o dia, pintas brancas no corpo e estrutura física do mosquito são, no contexto deste artigo5, as características mais importantes para serem divulgadas de maneira explícita em um material de divulgação científica, para que elas sejam capazes de agregar conhecimentos e valores úteis à transformação social.

Registra-se que o tamanho do mosquito e os possíveis criadouros devem ser mais especificadas nas divulgações. Dessa forma, deve-se demonstrar para a população vários tipos de criadouros e não apenas pneus, vasos de plantas, garrafas e caixas d’água. No que se refere ao tamanho do mosquito, para que a população possa associar o desenho do mosquito na divulgação com o mosquito real, devem-se criar estratégias de comparação entre o tamanho real e os desenhos ou caricatura divulgadas do mosquito.

5

Pesquisas futuras podem identificar outros elementos/dados mais importantes do que esse encontrado nesta pesquisa.

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6. Referências

ALBAGLI, S. Divulgação cientifica: informação cientifica para a cidadania? Ciência da Informação, Brasília, v. 25, n. 3, p. 396-404, 1996.

BUENO, W.C. Jornalismo científico, conceito e funções. In: Ciência e Cultura, Rio de Janeiro, v.37, n.9, p. 1420-1427. 1985.

CHIZZOTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991. 168p. DUARTE, Juliana Barbosa. O potencial comunicativo de imagens de divulgação científica. Belo Horizonte: CEFET-MG, 2008. (Dissertação de Mestrado) 155p.

LOUREIRO, José Mauro M. Museu de ciência, divulgação científica e hegemonia.. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n. 1, p. 88-103, 2003.

MARANDINO, M. ; FERNANDES, A. B. ; MARTINS, L. C. ; GARCIA, V. A. R. ; SILVEIRA, R. V. M. ; LOURENÇO, Márcia F ; CHELINI, Maria Julia e ; FERNANDES, J. A. ; VASCONCELLOS, C. M. ; CARNEIRO, C. G. ; ELAZARI, J. M. . Non Formal Education Contexts: criteria for their classification. In: IV Science Centre World Congress, 2005, Rio de Janeiro. Science Centres: breaking barriers engaging citizens - parallel sessions program, 2005. p. 35.

PIERCE, Charles Sanders. Semiótica [tradução José Teixeira Coelho Neto]. São Paulo: Perspectiva, 2005. 337p.

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