Universidade do Sul de Santa Catarina
Universidade do Sul de Santa Catarina
Palhoça Palhoça UnisulVirtual UnisulVirtual 2011 2011
Finanças Internacionais
Finanças Internacionais
Disciplina na modalidade a distância
Créditos
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina
Universidade do Sul de Santa Catarina|| Campus UnisulVirtual Campus UnisulVirtual| Educação Superior a Distância| Educação Superior a Distância
Reitor
Reitor
Ailton Nazareno Soares
Ailton Nazareno Soares
Vice-Reitor
Vice-Reitor
Sebastião Salésio Heerdt
Sebastião Salésio Heerdt
Chefe de Gabinete da Reitoria
Chefe de Gabinete da Reitoria
Willian Corrêa Máximo
Willian Corrêa Máximo
Pró-Reitor de Ensino e Pró-Reitor de Ensino e Pró-Reitor de Pesquisa, Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Pós-Graduação e Inovação
Mauri Luiz Heerdt
Mauri Luiz Heerdt
Pró-Reitora de Administração
Pró-Reitora de Administração
Acadêmica
Acadêmica
Miriam de Fátima Bora Rosa
Miriam de Fátima Bora Rosa
Pró-Reitor de
Pró-Reitor de DesenvolvimentoDesenvolvimento
e Inovação Institucional
e Inovação Institucional
Valter Alves Schmitz Neto
Valter Alves Schmitz Neto
Diretora do Campus
Diretora do Campus
Universitário de Tubarão
Universitário de Tubarão
Milene Pacheco Kindermann
Milene Pacheco Kindermann
Diretor do Campus
Diretor do Campus UniversitárioUniversitário
da Grande Florianópolis
da Grande Florianópolis
Hércules Nunes de Araújo
Hércules Nunes de Araújo
Secretária-Geral de Ensino
Secretária-Geral de Ensino
Solange Antunes de Souza
Solange Antunes de Souza
Diretora do Campus Diretora do Campus Universitário UnisulVirtual Universitário UnisulVirtual Jucimara Roesler Jucimara Roesler Equipe UnisulVirtual Equipe UnisulVirtual Diretor Adjunto Diretor Adjunto Moacir Heerdt Moacir Heerdt Secretaria E
Secretaria Executiva e Cerimxecutiva e Cerimonial onial
Jackson Schuelter Wiggers
Jackson Schuelter Wiggers(Coord.)(Coord.)
Marcelo Fraiberg Machado
Marcelo Fraiberg Machado
Tenille Catarina
Tenille Catarina
Assessoria de Assun
Assessoria de Assuntostos
Internacionais
Internacionais
Murilo Matos Mendonça
Murilo Matos Mendonça
Assessoria de Rel
Assessoria de Relação com Poderação com Poder
Público e Forças Armadas
Público e Forças Armadas
Adenir Siqueira Viana
Adenir Siqueira Viana
Walter Félix Cardoso Junior
Walter Félix Cardoso Junior
Assessoria DAD - Disci
Assessoria DAD - Disciplinas aplinas a
Distância
Distância
Patrícia da Silva
Patrícia da Silva MeneghelMeneghel(Coord.)(Coord.)
Carlos Alberto Areias
Carlos Alberto Areias
Cláudia Berh V. da Silva
Cláudia Berh V. da Silva
Conceição Aparecida Kindermann
Conceição Aparecida Kindermann
Luiz Fernando Meneghel
Luiz Fernando Meneghel
Renata Souza de A. Subtil
Renata Souza de A. Subtil
Assessoria de Inova
Assessoria de Inovação eção e
Qualidade de EAD
Qualidade de EAD
Denia Falcão de Bittencourt
Denia Falcão de Bittencourt(Coord.)(Coord.)
Andrea Ouriques Balbinot
Andrea Ouriques Balbinot
Carmen Maria Cipriani Pandini
Carmen Maria Cipriani Pandini
Assessoria de Tecnol
Assessoria de Tecnologiaogia
Osmar de Oliveira Braz Júnior
Osmar de Oliveira Braz Júnior(Coord.)(Coord.)
Felipe Fernandes
Felipe Fernandes
Felipe Jacson de Freitas
Felipe Jacson de Freitas
Jefferson Amorin Oliveira
Jefferson Amorin Oliveira
Phelipe Luiz Winter da Silva
Phelipe Luiz Winter da Silva
Priscila da Silva
Priscila da Silva
Rodrigo Battistotti Pimpão
Rodrigo Battistotti Pimpão
Tamara Bruna Ferreira da Silva
Tamara Bruna Ferreira da Silva
Coordenação Cursos
Coordenação Cursos
Coordenadores de UNA
Coordenadores de UNA
Diva Marília Flemming
Diva Marília Flemming
Marciel Evangelista Catâneo
Marciel Evangelista Catâneo
Roberto Iunskovski
Roberto Iunskovski
Auxiliare
Auxiliares de Coordenaçãos de Coordenação
Ana Denise Goularte de Souza
Ana Denise Goularte de Souza
Camile Martinelli Silveira
Camile Martinelli Silveira
Fabiana Lange Patricio
Fabiana Lange Patricio
Tânia Regina Goularte Waltemann
Tânia Regina Goularte Waltemann
Coordenadores Graduação
Coordenadores Graduação
Aloísio José Rodrigues
Aloísio José Rodrigues
Ana Luísa Mülbert
Ana Luísa Mülbert
Ana Paula R.Pacheco
Ana Paula R.Pacheco
Artur Beck Neto
Artur Beck Neto
Bernardino José da Silva
Bernardino José da Silva
Charles Odair Cesconetto da Silva
Charles Odair Cesconetto da Silva
Dilsa Mondardo
Dilsa Mondardo
Diva Marília Flemming
Diva Marília Flemming
Horácio Dutra Mello
Horácio Dutra Mello
Itamar Pedro Bevilaqua
Itamar Pedro Bevilaqua
Jairo Afonso Henkes
Jairo Afonso Henkes
Janaína Baeta Neves
Janaína Baeta Neves
Jorge Alexandre Nogared Cardoso
Jorge Alexandre Nogared Cardoso
José Carlos da Silva Junior
José Carlos da Silva Junior
José Gabriel da Silva
José Gabriel da Silva
José Humberto Dias de Toledo
José Humberto Dias de Toledo
Joseane Borges de Miranda
Joseane Borges de Miranda
Luiz G. Buchmann Figueiredo
Luiz G. Buchmann Figueiredo
Marciel Evangelista Catâneo
Marciel Evangelista Catâneo
Maria Cristina Schweitzer Veit
Maria Cristina Schweitzer Veit
Maria da Graça Poyer
Maria da Graça Poyer
Mauro Faccioni Filho
Mauro Faccioni Filho
Moacir Fogaça
Moacir Fogaça
Nélio Herzmann
Nélio Herzmann
Onei Tadeu Dutra
Onei Tadeu Dutra
Patrícia Fontanella
Patrícia Fontanella
Roberto Iunskovski
Roberto Iunskovski
Rose Clér Estivalete Beche
Rose Clér Estivalete Beche
Vice-Coordenadores Graduação
Vice-Coordenadores Graduação
Adriana Santos Rammê
Adriana Santos Rammê
Bernardino José da Silva
Bernardino José da Silva
Catia Melissa Silveira Rodrigues
Catia Melissa Silveira Rodrigues
Horácio Dutra Mello
Horácio Dutra Mello
Jardel Mendes Vieira
Jardel Mendes Vieira
Joel Irineu Lohn
Joel Irineu Lohn
José Carlos Noronha de Oliveira
José Carlos Noronha de Oliveira
José Gabriel da Silva
José Gabriel da Silva
José Humberto Dias de Toledo
José Humberto Dias de Toledo
Luciana Manfroi
Luciana Manfroi
Rogério Santos da Costa
Rogério Santos da Costa
Rosa Beatriz Madruga Pinheiro
Rosa Beatriz Madruga Pinheiro
Sergio Sell
Sergio Sell
Tatiana Lee Marques
Tatiana Lee Marques
Valnei Carlos Denardin
Valnei Carlos Denardin
Sâmia Mônica Fortunato (Adjunta)
Sâmia Mônica Fortunato (Adjunta)
Coordenadores Pós-Graduação
Coordenadores Pós-Graduação
Aloísio José Rodrigues
Aloísio José Rodrigues
Anelise Leal Vieira Cubas
Anelise Leal Vieira Cubas
Bernardino José da Silva
Bernardino José da Silva
Carmen Maria Cipriani Pandini
Carmen Maria Cipriani Pandini
Daniela Ernani Monteiro Will
Daniela Ernani Monteiro Will
Giovani de Paula
Giovani de Paula
Karla Leonora Dayse Nunes
Karla Leonora Dayse Nunes
Letícia Cristina Bizarro Barbosa
Letícia Cristina Bizarro Barbosa
Luiz Otávio Botelho Lento
Luiz Otávio Botelho Lento
Roberto Iunskovski
Roberto Iunskovski
Rodrigo Nunes Lunardelli
Rodrigo Nunes Lunardelli
Rogério Santos da Costa
Rogério Santos da Costa
Thiago Coelho Soares
Thiago Coelho Soares
Vera Rejane Niedersberg Schuhmacher
Vera Rejane Niedersberg Schuhmacher
Gerência Administração
Gerência Administração
Acadêmica
Acadêmica
Angelita Marçal Flores
Angelita Marçal Flores(Gerente)(Gerente)
Fernanda Farias
Fernanda Farias
Secretaria de E
Secretaria de Ensino a Disnsino a Distânciatância
Samara Josten Flores
Samara Josten Flores(Secretária de Ensino)(Secretária de Ensino)
Giane dos Passos
Giane dos Passos(Secretária Acadêmica)(Secretária Acadêmica)
Adenir Soares Júnior
Adenir Soares Júnior
Alessandro Alves da Silva
Alessandro Alves da Silva
Andréa Luci Mandira
Andréa Luci Mandira
Cristina Mara Schauffert
Cristina Mara Schauffert
Djeime Sammer Bortolotti
Djeime Sammer Bortolotti
Douglas Silveira
Douglas Silveira
Evilym Melo Livramento
Evilym Melo Livramento
Fabiano Silva Michels
Fabiano Silva Michels
Fabricio Botelho Espíndola
Fabricio Botelho Espíndola
Felipe Wronski Henrique
Felipe Wronski Henrique
Gisele Terezinha Cardoso Ferreira
Gisele Terezinha Cardoso Ferreira
Indyanara Ramos
Indyanara Ramos
Janaina Conceição
Janaina Conceição
Jorge Luiz Vilhar Malaquias
Jorge Luiz Vilhar Malaquias
Juliana Broering Martins
Juliana Broering Martins
Luana Borges da Silva
Luana Borges da Silva
Luana Tarsila Hellmann
Luana Tarsila Hellmann
Luíza Koing Zumblick
Luíza Koing Zumblick
Maria José Rossetti
Maria José Rossetti
Marilene de Fátima Capeleto
Marilene de Fátima Capeleto
Patricia A. Pereira de Carvalho
Patricia A. Pereira de Carvalho
Paulo Lisboa Cordeiro
Paulo Lisboa Cordeiro
Paulo Mauricio Silveira Bubalo
Paulo Mauricio Silveira Bubalo
Rosângela Mara Siegel
Rosângela Mara Siegel
Simone Torres de Oliveira
Simone Torres de Oliveira
Vanessa Pereira Santos Metzker
Vanessa Pereira Santos Metzker
Vanilda Liordina Heerdt
Vanilda Liordina Heerdt
Gestão Documental
Gestão Documental
Lamuniê Souza
Lamuniê Souza(Coord.)(Coord.)
Clair Maria Cardoso
Clair Maria Cardoso
Daniel Lucas de Medeiros
Daniel Lucas de Medeiros
Jaliza Thizon de Bona
Jaliza Thizon de Bona
Guilherme Henrique Koerich
Guilherme Henrique Koerich
Josiane Leal
Josiane Leal
Marília Locks Fernandes
Marília Locks Fernandes
Gerência Administrativa e
Gerência Administrativa e
Financeira
Financeira
Renato André Luz
Renato André Luz(Gerente)(Gerente)
Ana Luise Wehrle
Ana Luise Wehrle
Anderson Zandré Prudêncio
Anderson Zandré Prudêncio
Daniel Contessa Lisboa
Daniel Contessa Lisboa
Naiara Jeremias da Rocha
Naiara Jeremias da Rocha
Rafael Bourdot Back
Rafael Bourdot Back
Thais Helena Bonetti
Thais Helena Bonetti
Valmir Venício Inácio
Valmir Venício Inácio
Gerência de Ensino, Pesquisa e
Gerência de Ensino, Pesquisa e
Extensão
Extensão
Janaína Baeta Neves
Janaína Baeta Neves(Gerente)(Gerente)
Aracelli Araldi
Aracelli Araldi
Elaboração de Projeto
Elaboração de Projeto
Carolina Hoeller da Silva Boing
Carolina Hoeller da Silva Boing
Vanderlei Brasil
Vanderlei Brasil
Francielle Arruda Rampelotte
Francielle Arruda Rampelotte
Reconhecimento de Curso
Reconhecimento de Curso
Maria de Fátima Martins
Maria de Fátima Martins
Extensão
Extensão
Maria Cristina Veit
Maria Cristina Veit(Coord.)(Coord.)
Pesquisa
Pesquisa
Daniela E. M. Will
Daniela E. M. Will(Coord. PUIP, PUIC, PIBIC)(Coord. PUIP, PUIC, PIBIC)
Mauro Faccioni Filho
Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem)(Coord. Nuvem)
Pós-Graduação
Pós-Graduação
Anelise Leal Vieira Cubas
Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) (Coord.)
Biblioteca
Biblioteca
Salete Cecília e Souza
Salete Cecília e Souza(Coord.)(Coord.)
Paula Sanhudo da Silva
Paula Sanhudo da Silva
Marília Ignacio de Espíndola
Marília Ignacio de Espíndola
Renan Felipe Cascaes
Renan Felipe Cascaes
Gestão Docente e Discente
Gestão Docente e Discente
Enzo de Oliveira Moreira
Enzo de Oliveira Moreira(Coord.)(Coord.)
Capacitação e Assessoria ao
Capacitação e Assessoria ao
Docente
Docente
Alessandra de Oliveira
Alessandra de Oliveira (Assessoria) (Assessoria)
Adriana Silveira
Adriana Silveira
Alexandre Wagner da Rocha
Alexandre Wagner da Rocha
Elaine Cristiane Surian
Elaine Cristiane Surian(Capacitação)(Capacitação)
Elizete De Marco
Elizete De Marco
Fabiana Pereira
Fabiana Pereira
Iris de Souza Barros
Iris de Souza Barros
Juliana Cardoso Esmeraldino
Juliana Cardoso Esmeraldino
Maria Lina Moratelli Prado
Maria Lina Moratelli Prado
Simone Zigunovas
Simone Zigunovas
Tutoria e Suporte
Tutoria e Suporte
Anderson da Silveira
Anderson da Silveira(Núcleo Comunicação)(Núcleo Comunicação)
Claudia N. Nascimento
Claudia N. Nascimento(Núcleo Norte-(Núcleo
Norte-Nordeste)
Nordeste)
Maria Eugênia F. Celeghin (Núcleo Pólos)
Maria Eugênia F. Celeghin (Núcleo Pólos)
Andreza Talles Cascais
Andreza Talles Cascais
Daniela Cassol Peres
Daniela Cassol Peres
Débora Cristina Silveira
Débora Cristina Silveira
Ednéia Araujo Alberto (Núcleo Sudeste)
Ednéia Araujo Alberto (Núcleo Sudeste)
Francine Cardoso da Silva
Francine Cardoso da Silva
Janaina Conceição (Núcleo Sul)
Janaina Conceição (Núcleo Sul)
Joice de Castro Peres
Joice de Castro Peres
Karla F. Wisniewski Desengrini
Karla F. Wisniewski Desengrini
Kelin Buss
Kelin Buss
Liana Ferreira
Liana Ferreira
Luiz Antônio Pires
Luiz Antônio Pires
Maria Aparecida Teixeira
Maria Aparecida Teixeira
Mayara de Oliveira Bastos
Mayara de Oliveira Bastos
Michael Mattar
Michael Mattar
Patrícia de Souza Amorim
Patrícia de Souza Amorim
Poliana Simao
Poliana Simao
Schenon Souza Preto
Schenon Souza Preto
Gerência de Desenho e Gerência de Desenho e Desenvolvimento de Materiais Desenvolvimento de Materiais Didáticos Didáticos Márcia Loch
Márcia Loch(Gerente)(Gerente)
Desenho Educacional
Desenho Educacional
Cristina Klipp de Oliveira
Cristina Klipp de Oliveira(Coord. Grad./DAD)(Coord. Grad./DAD)
Roseli A. Rocha Moterle
Roseli A. Rocha Moterle(Coord. Pós/Ext.)(Coord. Pós/Ext.)
Aline Cassol Daga
Aline Cassol Daga
Aline Pimentel
Aline Pimentel
Carmelita Schulze
Carmelita Schulze
Daniela Siqueira de Menezes
Daniela Siqueira de Menezes
Delma Cristiane Morari
Delma Cristiane Morari
Eliete de Oliveira Costa
Eliete de Oliveira Costa
Eloísa Machado Seemann
Eloísa Machado Seemann
Flavia Lumi Matuzawa
Flavia Lumi Matuzawa
Geovania Japiassu Martins
Geovania Japiassu Martins
Isabel Zoldan da Veiga Rambo
Isabel Zoldan da Veiga Rambo
João Marcos de Souza Alves
João Marcos de Souza Alves
Leandro Romanó Bamberg
Leandro Romanó Bamberg
Lygia Pereira
Lygia Pereira
Lis Airê Fogolari
Lis Airê Fogolari
Luiz Henrique Milani Queriquelli
Luiz Henrique Milani Queriquelli
Marcelo Tavares de Souza Campos
Marcelo Tavares de Souza Campos
Mariana Aparecida dos Santos
Mariana Aparecida dos Santos
Marina Melhado Gomes da Silva
Marina Melhado Gomes da Silva
Marina Cabeda Egger Moellwald
Marina Cabeda Egger Moellwald
Mirian Elizabet Hahmeyer Collares Elpo
Mirian Elizabet Hahmeyer Collares Elpo
Pâmella Rocha Flores da Silva
Pâmella Rocha Flores da Silva
Rafael da Cunha Lara
Rafael da Cunha Lara
Roberta de Fátima Martins
Roberta de Fátima Martins
Roseli Aparecida Rocha Moterle
Roseli Aparecida Rocha Moterle
Sabrina Bleicher
Sabrina Bleicher
Verônica Ribas Cúrcio
Verônica Ribas Cúrcio
Acessibil
Acessibilidadeidade
Vanessa de Andrade Manoel
Vanessa de Andrade Manoel(Coord.)(Coord.)
Letícia Regiane Da Silva Tobal
Letícia Regiane Da Silva Tobal
Mariella Gloria Rodrigues
Mariella Gloria Rodrigues
Vanesa Montagna
Vanesa Montagna
Avaliação da a
Avaliação da aprendizagprendizagemem
Claudia Gabriela Dreher
Claudia Gabriela Dreher
Jaqueline Cardozo Polla
Jaqueline Cardozo Polla
Nágila Cristina Hinckel
Nágila Cristina Hinckel
Sabrina Paula Soares Scaranto
Sabrina Paula Soares Scaranto
Thayanny Aparecida B. da
Thayanny Aparecida B. da ConceiçãoConceição
Gerência de Logística
Gerência de Logística
Jeferson Cassiano A. da Costa
Jeferson Cassiano A. da Costa(Gerente)(Gerente)
Logísitca de Materiais
Logísitca de Materiais
Carlos Eduardo D. da Silva
Carlos Eduardo D. da Silva(Coord.)(Coord.)
Abraao do Nascimento Germano
Abraao do Nascimento Germano
Bruna Maciel
Bruna Maciel
Fernando Sardão da Silva
Fernando Sardão da Silva
Fylippy Margino dos Santos
Fylippy Margino dos Santos
Guilherme Lentz
Guilherme Lentz
Marlon Eliseu Pereira
Marlon Eliseu Pereira
Pablo Varela da Silveira
Pablo Varela da Silveira
Rubens Amorim
Rubens Amorim
Yslann David Melo Cordeiro
Yslann David Melo Cordeiro
Avaliações Pre
Avaliações Presenciaissenciais
Graciele M.
Graciele M. LindenmayrLindenmayr(Coord.)(Coord.)
Ana Paula de Andrade
Ana Paula de Andrade
Angelica Cristina Gollo
Angelica Cristina Gollo
Cristilaine Medeiros
Cristilaine Medeiros
Daiana Cristina Bortolotti
Daiana Cristina Bortolotti
Delano Pinheiro Gomes
Delano Pinheiro Gomes
Edson Martins Rosa Junior
Edson Martins Rosa Junior
Fernando Steimbach
Fernando Steimbach
Fernando Oliveira Santos
Fernando Oliveira Santos
Lisdeise Nunes Felipe
Lisdeise Nunes Felipe
Marcelo Ramos
Marcelo Ramos
Marcio Ventura
Marcio Ventura
Osni Jose Seidler Junior
Osni Jose Seidler Junior
Thais Bortolotti
Thais Bortolotti
Gerência de Marketing
Gerência de Marketing
Eliza B. Dallanhol Locks
Eliza B. Dallanhol Locks(Gerente)(Gerente)
Relacionamento com o Mercado
Relacionamento com o Mercado
Alvaro José Souto
Alvaro José Souto
Relacionamento com Polos
Relacionamento com Polos
Presenciais
Presenciais
Alex Fabiano Wehrle
Alex Fabiano Wehrle(Coord.)(Coord.)
Jeferson Pandolfo
Jeferson Pandolfo
Karine Augusta Zanoni
Karine Augusta Zanoni
Marcia Luz de Oliveira
Marcia Luz de Oliveira
Mayara Pereira Rosa
Mayara Pereira Rosa
Luciana Tomadão Borguetti
Luciana Tomadão Borguetti
Assuntos Jurí
Assuntos Jurídicosdicos
Bruno Lucion Roso
Bruno Lucion Roso
Sheila Cristina Martins
Sheila Cristina Martins
Marketing Es
Marketing Estratégicotratégico
Rafael Bavaresco Bongiolo
Rafael Bavaresco Bongiolo
Portal e Comunicação
Portal e Comunicação
Catia Melissa Silveira Rodrigues
Catia Melissa Silveira Rodrigues
Andreia Drewes
Andreia Drewes
Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Rafael Pessi
Rafael Pessi
Gerência de Produção
Gerência de Produção
Arthur Emmanuel F. Silveira
Arthur Emmanuel F. Silveira(Gerente)(Gerente)
Francini Ferreira Dias
Francini Ferreira Dias
Design Visual
Design Visual
Pedro Paulo Alves
Pedro Paulo Alves TeixeiraTeixeira(Coord.)(Coord.)
Alberto Regis Elias
Alberto Regis Elias
Alex Sandro Xavier
Alex Sandro Xavier
Anne Cristyne Pereira
Anne Cristyne Pereira
Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
Daiana Ferreira Cassanego
Daiana Ferreira Cassanego
Davi Pieper
Davi Pieper
Diogo Rafael da Silva
Diogo Rafael da Silva
Edison Rodrigo Valim
Edison Rodrigo Valim
Fernanda Fernandes
Fernanda Fernandes
Frederico Trilha
Frederico Trilha
Jordana Paula Schulka
Jordana Paula Schulka
Marcelo Neri da Silva
Marcelo Neri da Silva
Nelson Rosa
Nelson Rosa
Noemia Souza Mesquita
Noemia Souza Mesquita
Oberdan Porto Leal Piantino
Oberdan Porto Leal Piantino
Multimí
Multimídiadia
Sérgio Giron
Sérgio Giron(Coord.)(Coord.)
Dandara Lemos Reynaldo
Dandara Lemos Reynaldo
Cleber Magri
Cleber Magri
Fernando Gustav Soares Lima
Fernando Gustav Soares Lima
Josué Lange
Josué Lange
Conferência (e-OLA)
Conferência (e-OLA)
Carla Fabiana Feltrin Raimundo
Carla Fabiana Feltrin Raimundo(Coord.)(Coord.)
Bruno Augusto Zunino
Bruno Augusto Zunino
Gabriel Barbosa
Gabriel Barbosa
Produção Industrial
Produção Industrial
Marcelo Bittencourt
Marcelo Bittencourt(Coord.)(Coord.)
Gerência Serviço de Atenção
Gerência Serviço de Atenção
Integral ao Acadêmico
Integral ao Acadêmico
Maria Isabel Aragon
Maria Isabel Aragon(Gerente)(Gerente)
Ana Paula Batista Detóni
Ana Paula Batista Detóni
André Luiz Portes
André Luiz Portes
Carolina Dias Damasceno
Carolina Dias Damasceno
Cleide Inácio Goulart Seeman
Cleide Inácio Goulart Seeman
Denise Fernandes
Denise Fernandes
Francielle Fernandes
Francielle Fernandes
Holdrin Milet Brandão
Holdrin Milet Brandão
Jenniffer Camargo
Jenniffer Camargo
Jessica da Silva Bruchado
Jessica da Silva Bruchado
Jonatas Collaço de Souza
Jonatas Collaço de Souza
Juliana Cardoso da Silva
Juliana Cardoso da Silva
Juliana Elen Tizian
Juliana Elen Tizian
Kamilla Rosa
Kamilla Rosa
Mariana Souza
Mariana Souza
Marilene Fátima Capeleto
Marilene Fátima Capeleto
Maurício dos Santos Augusto
Maurício dos Santos Augusto
Maycon de Sousa Candido
Maycon de Sousa Candido
Monique Napoli Ribeiro
Monique Napoli Ribeiro
Priscilla Geovana Pagani
Priscilla Geovana Pagani
Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Scheila Cristina Martins
Scheila Cristina Martins
Taize Muller
Taize Muller
Tatiane Crestani Trentin
Tatiane Crestani Trentin
Avenida dos Lagos, 41 – Cida
Graciella Martignago
Graciella Martignago
Revisão e Atualização de Conteúdo
Revisão e Atualização de Conteúdo
Joseane Borges de Miranda
Joseane Borges de Miranda
Design Instrucional Design Instrucional Viviane Bastos Viviane Bastos 3ª edição 3ª edição
Finanças Internacionais
Finanças Internacionais
Livro Didático
Livro Didático
Palhoça Palhoça UnisulVirtual UnisulVirtual 2011 2011Edição – Livro Didático
Professores Conteudistas André Luís da Silva Leite
Graciella Martignago
Revisão e Atualização de Conteúdo Joseane Borges de Miranda (2. ed. rev. e atual.)
Design Instrucional Viviane Bastos Assistente Acadêmico Leandro Rocha (2. ed. rev. e atual.)
Aline Cassol Daga (3ª edição) Projeto Gráfico e Capa
Equipe UnisulVirtual Diagramação Adriane Ferreira dos Santos Higor Ghisi (2. ed. rev. e atual.)
Pedro Teixeira (3ª edição) Revisão Ortográfica Simone Rejane Martins
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul Copyright © UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
338.91
L55 Leite, André Luis da Silva
Finanças internacionais : livro didático / André Luís da Silva Leite, Graciella Martignago ; revisão e atualização de conteúdo Joseane Borges de Miranda ; design instrucional Viviane Bastos ; [assistente acadêmico Leandro Rocha, Aline Cassol Daga]. – 3. ed. – Palhoça : UnisulVirtual, 2011.
134 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografa.
1. Finanças internacionais. 2. Relações econômicas internacionais. I. Martignago, Graciella. II. Miranda, Joseane Borges de. III. Bastos, Viviane. IV. Rocha, Leandro. V. Título.
Apresentação . . . 7
Palavras dos professores . . . 9
Plano de estudo . . . 11
Unidade 1 – Economia internacional . . . 17
Unidade 2 – Integração e blocos econômicos regionais . . . 39
Unidade 3 – Globalização financeira . . . 53
Unidade 4 – Sistema financeiro internacional . . . 69
Unidade 5 – Instituições financeiras internacionais . . . 93
Para concluir o estudo . . . 125
Referências . . . 127
Sobre os professores conteudistas . . . 1 29 Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . 131
Este livro didático corresponde à disciplina Finanças Internacionais.
O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma, abordando conteúdos especialmente selecionados e adotando uma linguagem que facilite seu estudo a distância.
Por falar em distância, isso não significa que você estará sozinho. Não esqueça que sua caminhada nesta disciplina também
será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade, seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Espaço Unisul Virtual de Aprendizagem. Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, pois sua aprendizagem é nosso principal objetivo.
Bom estudo e sucesso! Equipe UnisulVirtual.
Seja bem-vindo(a) à disciplina Finanças Internacionais. Esta disciplina visa, especificamente, permitir que
você compreenda a dinâmica da conjuntura financeira internacional. Isto é importante, pois a conjuntura internacional tem influência direta na determinação do desempenho econômico e financeiro de um país, e, por conseqüência, das empresas deste país.
Sucesso!
Profa. Graciella Martignago Prof. André Luís da Silva Leite
Plano de estudo
O plano de estudo visa a orientá-lo no desenvolvimento da disciplina. Ele possui elementos que o ajudarão a conhecer o contexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam, portanto, a construção de competências se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das diversas formas de ação/
mediação.
São elementos desse processo:
o livro didático;
o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem - EVA ;
as atividades de avaliação (complementares, a distância e
presenciais).
o Sistema Tutorial.
Ementa
Economia Internacional. Globalização de Mercados e Financeira. Alianças Estratégicas Internacionais. Mercado Financeiro
Internacional. Instituições Financeiras Internacionais. Preços e Financiamento Internacionais. Influência do Mercado Financeiro Internacional na Economia Nacional.
12
Universidade do Sul de Santa Catarina
Carga horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.
Objetivo da disciplina
Geral:Oportunizar a compreensão do Sistema Financeiro Internacional, considerado como influência determinante no desempenho
econômico de países e organizações. Específicos:
Conhecer as principais teorias de comércio internacional. Entender o processo de integração econômica e a
formação de blocos econômicos.
Compreender o processo de globalização financeira.
Identificar as funções do sistema financeiro internacional. Entender o contexto de atuação de uma instituição
financeira internacional.
Conteúdo programático/objetivos
Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá deter para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias à sua formação. Neste sentido, veja a seguir as unidades que compõem o Livro Didático desta Disciplina, bem como os seus respectivos objetivos.
13
Unidades de estudo: 5
Unidade 1 - Economia internacional
O objetivo desta unidade é apresentar as principais teorias de comércio internacional, ou seja, as teorias das vantagens absolutas e relativas, e a metodologia de registro das transações com o
exterior.
Unidade 2 - Integração e blocos econômicos regionais
O objetivo desta unidade é apresentar ao aluno a natureza do processo de integração econômica regional da América Latina e do mundo e sua importância no contexto econômico financeiro internacional.
Unidade 3 - Globalização financeira
O objetivo desta unidade é apresentar como e o porquê ocorre a globalização, destacando a possibilidade de internacionalização da produção por meio de Investimentos Externos Diretos (IED), exportação dentre outros métodos.
Unidade 4 - Sistema financeiro internacional
O objetivo desta unidade é apresentar o sistema financeiro
internacional permitindo a compreensão das funções do sistema financeiro e os principais agentes que fomentam este mercado. Unidade 5 - Instituições financeiras internacionais
O objetivo desta unidade é apresentar o conceito de instituições financeiras internacionais e seu contexto de atuação. E as
possibilidades dos países e suas instituições poderem usufruir das organizações multilaterais de crédito que atuam no sistema financeiro internacional.
14
Universidade do Sul de Santa Catarina
Agenda de atividades/ Cronograma
Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar
periodicamente o espaço da Disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorização do tempo para a leitura; da realização de análises e sínteses do conteúdo; e da interação com os seus colegas e tutor.
Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço
a seguir as datas, com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA.
Use o quadro para agendar e programar as atividades
15
Atividades obrigatórias
Objetivo de aprendizagem
Conhecer as principais teorias de comércio internacional
e a metodologia de registro das transações com o exterior.
Seções de estudo
Seção 1 O período do Mercantilismo
Seção 2 O que diz a Teoria das Vantagens Absolutas?
Seção 3 O que diz a Teoria das Vantagens
Comparativas?
Seção 4 O balanço de pagamentos
UNIDADE 1
18
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
Você já se perguntou por que as nações comercializam? Os professores Maria Carvalho e César Silva (2000), respondem afirmando que “o bom senso nos leva a crer que as nações comerciam porque podem obter vantagens”.
E estas vantagens são mostradas na teoria clássica do comércio internacional, que é o principal item desta unidade. Bom estudo!
Seção 1 - O período do Mercantilismo
Este período compreendeu do século XV a meados do século XVIII. A doutrina mercantilista resultou da expansão do
comércio iniciada no final da Idade Média e teve seu apogeu após o descobrimento da América e do caminho marítimo para as Índias.
O Mercantilismo como sistema econômico é uma reação à ordem medieval, opondo-se simultaneamente ao poder local do nobre rural e ao poder universal da Igreja Católica. As idéias mercantilistas expressavam os interesses do Estado e da burguesia.
A política comercial mercantilista reforçava o poder do monarca absoluto, defendendo a unificação econômica e o poder nacional para permitir a sobrevivência do Estado-Nação contra ameaças externas. A contrapartida política do Mercantilismo era o
absolutismo e o nacionalismo.
Essa conjunção de fatores fazia com que a coroa tivesse que gerar receitas para manter-se no poder. A origem dessas receitas era o comércio interno e externo. Os mercantilistas defendiam a unificação econômica doméstica e a liberdade de comércio no interior do território nacional. Houve restrições às aduanas e pedágios impostos por nobres feudais, a unificação do regime monetário, a racionalização do sistema de pesos e medidas e, como conseqüência, promoveu a liberdade da indústria.
19
Unidade 1
As palavras de Tomas Mun, um comerciante inglês, em 1644, mostram o pensamento mercantilista da época em relação ao comércio exterior.
A forma mais comum [....] de aumentar nossa riqueza e nosso tesouro é através do comércio exterior, por isso devemos observar sempre esta regra: todo ano, vender mais aos estrangeiros do que consumimos deles.
Suponhamos que este Reino tenha abundância de tecidos, chumbo, estanho, ferro, peixe e outros bens nativos e nós exportemos anualmente o excesso para outros países por 2,2 milhões de libras. Assim, tem-se condições de comprar bens estrangeiros para nosso consumo no valor de dois milhões de libras. Sendo essa ordem devidamente mantida em nosso comércio, permanece a certeza de que o Reino enriquecerá seus cofres a cada ano com duzentas mil libras, quantia que será colocada no Tesouro, pois a parte que não nos for devolvida em bens terá que ser trazida para casa na forma de tesouro (KENEN, 1998, p.35).
As exportações consistiam em uma maneira de incrementar o volume de metais preciosos do país, pois os pagamentos internacionais eram feitos em ouro e prata.
Tinha-se, portanto, a visão de que o país tinha que ser superavitário comercialmente (exportações maiores que as
importações) para tornar-se mais rico. E, o Estado, tinha como função, estimular as exportações e desestimular as importações. Gonçalves (1998) afirma que a Espanha extraía metais preciosos (ouro e prata) dos Incas. A Inglaterra, a França e outros países extraíam ouro e prata da Espanha por meio do comércio exterior. Para os mercantilistas o aumento da produção e do comércio doméstico depende, além do estoque dos meios de pagamento, da unificação econômica e liberdade de comércio no interior das fronteiras nacionais. E, o crescimento do estoque de meios de pagamento de um país depende da produção de minas nacionais ou do superávit na balança comercial.
Thomas Mun, England’s Theasure by Foreign Trade, 1664, cap II apud Kenen, Peter, Economia Internacional: Teoria e Política. São Paulo: Campus, 1998.
20
Universidade do Sul de Santa Catarina
Portanto, para um país sem minas, uma política comercial
baseada no protecionismo e na promoção de exportação é a única estratégia compatível com o aumento do poder nacional.
Mas por que a concepção de comércio exterior dos mercantilistas estava errada?
Porque se todos os países fechassem suas economias não haveria comércio. As exportações tenderiam a zero. Como conseqüência, o país teria que produzir internamente tudo que precisasse.
Outra forma de ver a questão é que um país que exporta mais do que importa tende a aumentar a oferta monetária. Como conseqüência, há aumento de preços.
O aumento dos preços internos faz com que o país perca competitividade no mercado internacional e faz com que as exportações diminuam e que as importações aumentem. Baseados nesses argumentos, os economistas clássicos se opuseram aos mercantilistas, enfatizando que o governo não deveria intervir no comércio internacional.
Seção 2 - O que diz a Teoria das Vantagens Absolutas?
A visão clássica não vinha ao encontro dos interesses da coroa, mas sim dos súditos da coroa. Argumentavam que a exportação era um meio para a aquisição de produtos importados, não ouro e prata.De acordo com Adam Smith (1776 apud KENEN, 1998, p. 9):
Dar o monopólio do mercado interno ao produto da indústria nacional, em qualquer arte ou manufatura em particular, de certa foram é o mesmo que definir o que cada pessoa deve fazer com o seu capital, sendo, em quase todos os casos, uma regra inútil ou prejudicial... O princípio de qualquer chefe de família prudente é nunca tentar fazer em casa algo que lhe custe mais para produzir do que para comprar. O alfaiate não procura fazer os próprios sapatos, ele os compra do sapateiro. O sapateiro não tenta fazer as suas próprias roupas, ele contrata um alfaiate...
21
Unidade 1
Aquilo que é prudente na condução de qualquer família dificilmente poderia ser insensato na condução de um grande reino. Se um outro país puder nos fornecer um bem por um preço menor do que o necessário para que nós mesmos o produzamos, é mais sensato comprar dele com parte da produção da nossa própria indústria, empregada de modo a nos trazer uma certa vantagem.
De acordo com Smith (1983), quando um produto de qualquer ramo da indústria excede a demanda interna de um país, o
excedente deve ser mandado para o exterior e trocado por alguma coisa que tenha demanda em casa.
Para ele, sem tal exportação, uma parte do trabalho produtivo de um país deve cessar e o valor de sua produção anual diminuir. Além disso, argumentava que o excedente do produto importado, pago com excedente doméstico, pode ser trocado mais uma vez por um produto demandado domesticamente.
Outra contribuição de Smith segundo Gonçalves (1998), foi que os metais preciosos são um produto como qualquer outro. Portanto, um país grande produtor de metais preciosos seria naturalmente exportador deste produto, porque o preço dos outros produtos cotados em ouro e prata, no país com minas, seria mais alto do que no país sem minas.
Mais tarde, a teoria da vantagem absoluta foi aperfeiçoada por David Ricardo, um dos seguidores de Adam Smith, que criou a Teoria das Vantagens Comparativas.
22
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 3 - O que diz a Teoria das Vantagens
Comparativas?
A teoria de David Ricardo, conhecida como a Teoria das
vantagens comparativas, tem como argumento principal, que o comércio entre dois países cujas estruturas de produção não sejam similares é sempre vantajoso em relação ao não-comércio.
Utilizando o exemplo do vinho e do tecido,
produzidos por Portugal e Inglaterra, Ricardo afirmava que se Portugal tivesse que dividir seu capital na produção de vinhos e tecidos, certamente perderia em relação à possibilidade de realizar comércio com a Inglaterra. O comércio com a Inglaterra lhe proporcionaria mais tecidos e de melhor qualidade.
Para melhor descrever o raciocínio de Ricardo, leia o esquema a seguir.
Para Inglaterra são necessários 100 homens, por um ano, para produzir uma determinada quantidade de tecido; e são necessários 120 homens, por um ano, para produzir uma determinada quantidade de vinho.
Para Portugal são necessários 90 homens, por um ano, para produzir a mesma quantidade de tecido; e são necessários 80 homens, por um ano, para produzir a mesma quantidade de vinho que a Inglaterra.
Embora Portugal tenha uma vantagem absoluta na produção de vinhos e tecidos, pela teoria das vantagens comparativas, Ricardo
afirmava que seria vantajoso Portugal realizar comércio com a Inglaterra. Nesse caso, a Inglaterra dedicar-se-ia à produção de tecidos, enquanto Portugal dedicar-se-ia à produção de vinhos. Com o comércio entre os dois países, a Inglaterra compraria os vinhos (que custaram o trabalho de 80 homens) e venderia os tecidos (que custaram o trabalho de 100 homens), mas ela poderia obtê-los a um preço mais baixo do que ela pagaria internamente (120 homens).
23
Unidade 1
Por outro lado, Portugal pagaria pelos tecidos (que lhe custariam 90 homens) o equivalente em vinho, que lhe custa 80 homens. Desta forma, os dois países têm vantagens comparativas com o comércio internacional.
Logo, as teorias de comércio internacional mostram que o protecionismo e o isolamento é prejudicial aos países. Quanto maior a abertura do comércio, mais progresso econômico o mundo alcançará.
Mas Adam Smith já alertava sobre a dinâmica de um processo de abertura econômica. Segundo ele, a abertura deve ser lenta para dar tempo da economia adaptar-se às novas condições e possam realocar os recursos de um setor para o outro. Essa é a grande dificuldade que a Organização Mundial do Comércio se depara neste século XXI.
Todas as transações que um país realiza com o exterior, incluindo o comércio internacional, devem ser registrados na contabilidade do país. É sobre isso que trata a seção seguinte: como são
contabilizadas as transações internacionais?
Seção 4 - O balanço de pagamentos
O Balanço de Pagamentos de um país representa o resumo
contábil das transações econômicas que esse país faz com o resto do mundo, durante certo período de tempo. Com base nesse balanço é possível avaliar a situação econômica internacional do país (LOPES, VASCONCELLOS, 1998).
Ou, como resumem Simonsen e Cysne (1995), o balanço de pagamentos é o registro sistemático das transações entre residentes e não residentes de um país durante um período de tempo.
Como residentes se entende os indivíduos que vivem permanentemente no país (incluindo os estrangeiros com residência fixa), os funcionários fora do país em viagens de turismo, negócios, educação, etc. Consideram-se também
24
Universidade do Sul de Santa Catarina
residentes as pessoas jurídicas de direito privado ou público sediadas no país, inclusive filiais de empresas estrangeiras. No Brasil, o Balanço de Pagamentos é elaborado pelo Banco Central e para o registro contábil utiliza-se a regra de partidas dobradas: o débito em determinada conta corresponde a um crédito em outra.
Toda transação que cria um direito constitui um crédito. As exportações, por exemplo, são lançadas como crédito. Por outro lado, as importações são lançadas como débito, assim como juros pagos ao exterior. Os créditos entram com sinal positivo e os débitos entram com sinal negativo. De modo geral, considera-se que toda entrada de divisas corresponde a um crédito e toda saída a um débito, conforme os exemplos indicados no quadro a seguir:
CRÉDITO DÉBITO Exportação de bens e serviços Importação de bens e serviços Recebimento de doações e indenizações de
terceiros Pagamento de doações e indenizações aEstrangeiros Recebimento de empréstimos de estrangeiros Pagamentos de capital emprestado por
estrangeiros Recebimento de reembolso de capital do
estrangeiro Reembolsos de capital a estrangeiros Vendas de ativos para estrangeiros Compras de ativos de estrangeiros Recebimento de Fretes Pagamentos de Fretes
Quadro 1.1 - Exemplos de lançamentos no Balanço de Pagamentos Fonte: Lopes e Vasconcellos (1998).
Observe alguns exemplos de lançamento apresentados por Simonsen e Cysne (1995), cujas operações são liquidadas em moeda ou títulos de curto prazo:
um país exporta uma mercadoria recebendo pagamento
à vista em moeda estrangeira: credita-se na conta
exportações e debita-se na conta “haveres de curto prazo no exterior”;
um país importa mercadorias pagando-se à vista em
moeda nacional: debita-se em importações e credita-se em “capitais de curto prazo”;
um país paga em ouro monetário a amortização de um
empréstimo externo: débito de “Amortizações” e crédito em “ouro monetário”.
25
Unidade 1
Se a transação não envolve pagamento em moeda, ela é concebida como resultado de duas operações, a primeira envolvendo uma entrada e a segunda uma saída, conforme os exemplos:
um país recebe um donativo do exterior em mercadorias:
débito em importações e crédito em transferências unilaterais;
um país permuta mercadorias com o exterior: crédito em
exportações e débito em importações;
um equipamento estrangeiro é adquirido pelo país com
financiamento externo: crédito de financiamento, débito de Importações.
Como é a Estrutura do Balanço de Pagamentos?
As transações na balança de pagamentos dividem-se em: transações autônomas (ou espontâneas) e transações compensatórias (ou induzidas):
As transações autônomas são realizadas normalmente
e acontecem por si mesmas. Essas transações são motivadas pelos interesses dos agentes (empresas, consumidores, governo) e referem-se às transações da balança de transações correntes e da balança de capitais, como mostra o quadro 1.
As transações compensatórias têm como objetivo
financiar o saldo final das transações autônomas. Acabado um determinado período não pode existir igualdade entre crédito e débito quanto às transações voluntárias. Com base nesse superávit (ou déficit), o
governo é induzido a realizar uma série de transações (compensatórias) com o intuito de equilibrar (ou zerar) as contas do Balanço de Pagamentos.
26
Universidade do Sul de Santa Catarina
A estrutura do Balanço de Pagamentos é apresentada a seguir.
Balanço de Pagamentos
1. Balanço de Transações Correntes (BTC) I - Balança Comercial
Exportações (FOB) Importações (FOB) II - Balança de Serviços
Transportes (fretes) e Seguros Viagens Internacionais e Turismo
Rendas de Capital (lucros, dividendos e juros) Diversos (como serviços governamentais) III - Transferências Unilaterais (donativos)
Saldo do Balanço de Pagamentos em Conta Corrente (I + II+ III) 2. Balança de Capitais
Investimentos Diretos Reinvestimentos
Empréstimos e Financiamentos a Longo e Médio Prazo Empréstimos a Curto Prazo
Amortizações
Capitais a Curto Prazo 3. Erros e Omissões
Saldo do Balanço de Pagamentos (1+2+3)
Transferências Compensatórias (Financiamento Oficial Compensatório) Variação de Reservas
Haveres de Curto Prazo no Exterior
Variação no Total
Contrapartida para Valorizações e Desvalorizações
Ouro Monetário
Variação no total
Contrapartida para Valorizações e Desvalorizações
Contrapartida para Monetização e Desmonetização
Direitos Especiais de Saque
Variação no total
Contrapartida para Valorizações e Desvalorizações
Contrapartida para Cancelamento e Alocação
Posição de reservas no FMI
Variação no Total
Contrapartida para Valorizações e Desvalorizações
Operações de Regularização Atrasados Comerciais Quadro 1.2 - Estrutura do Balanço de Pagamentos Fonte: Simonsen e Cysne (1995).
27
Unidade 1
Para entender melhor o Quadro 1.2, que mostra a estrutura do balanço de pagamentos, a seguir apresenta-se descrito com mais detalhes cada item.
Para iniciar acompanhe:
1) Balanço de ransações Correntes (BC)
Resume a diferença entre o total das exportações e importações tanto de mercadorias como de serviços, sendo também incluído o saldo de transferências unilaterias (donativos), executadas durante o período.
BC superavitária
Significa que o país está recebendo recursos que podem ser utilizados:
a) no pagamento de compromissos assumidos anteriormente (diminuição do endividamenro externo);
b) para investimento do país no exterior (aumento de controle do país sobre empreendimentos no exterior);
c) para aumentar as reservas do país.
BC deficitárias
Implica a necessidade de:
a) contrair empréstimos no exterior (aumentando o endividamento do país);
b) contrair investimentos estrangeiros no país; c) diminuir as reservas do país.
Poupança Externa Negativa
28
Universidade do Sul de Santa Catarina
Poupança Externa Positiva
Em termos reais (não financeiros) significa a absorção de recursos reais do resto do mundo, que permitem o financiamento do
consumo e dos investimentos do país. Os principais itens do BTC são:
a) Balança comercial:a balança comercial inclui basicamente as importações e exportações:
Exportações > Importações = Superávit
Balança Comercial Importações > Exportações = DéficitBalança Comercial
As Exportações e Importações podem ser contabilizadas como:
FOB – Free On Board
CIF – Cost, insurance and freight
No conceito FOB, as despesas incluídas no valor das mercadorias são as incorridas até o embarque da mercadoria. As exportações CIF são as que incluem, além do custo, o valor do frete e do seguro do transporte da mercadoria até o destino. Para efeito do Balanço de Pagamentos, utilizam-se as exportações e
importações FOB, já que as despesas com seguros e fretes estão incluídas na balança de serviços.
b) Balança de Serviços:a balança de serviços mostra as negociações internacionais dos chamados bens invisíveis ou intangíveis, e os rendimentos de investimentos. Contabiliza-se como serviços as seguintes operações:
transportes e seguros: corresponde ao saldo das receitas
e despesas realizadas com fretes e prêmios de seguros efetuados;
viagens internacionais: representa o saldo das receitas e
despesas com turistas;
rendas de capital: refere-se a rendimentos de capital
auferidos ou pagos pelo país. Nesta conta estão incluídos os juros pagos ou recebidos do exterior por empréstimos ou financiamentos recebidos ou concedidos por não-residentes em momento anterior. Também são incluídos
29
Unidade 1
nesta conta os lucros enviados por empresas nacionais no exterior – crédito e os lucros remetidos pelas empresas estrangeiras no país-débito. Inclui os lucros reinvestidos por empresas estrangeiras no país-crédito);
diversos (inclui-se aqui todos os gastos com
representações diplomáticas no exterior e transferências dos demais países para os gastos de suas representações diplomáticas no país. Inclui também: recebimentos e pagamentos referentes a royalties, patentes, assistência técnica, comissões, aluguel de equipamentos, filmes, etc). c) ransferências Unilaterais:as transferências unilaterais se referem aos pagamentos sem contrapartida de um país para outro. São consideradas transferências unilaterais: as remessas feitas por empregados migrantes para suas famílias no país de origem, doações feitas por um governo para outro, reparações de guerra, etc.
2. Balança de Capitais
Consideram-se aqui as contas que representam modificações nos direitos e obrigações de residentes no país para com não-residentes.
As contas de capitais são as seguintes:
investimentos: referentes ao capital de não residentes no
país aplicados no país, sejam esses investimentos diretos ou em carteira, assim como os investimentos feitos por residentes do país aplicados no exterior;
reinvestimentos: refere-se aos investimentos de
empresas estrangeiras localizadas no país;
empréstimos e financiamentos: refere-se a empréstimos
e financiamentos de longo e médio prazo;
empréstimos de curto prazo: inclui os empréstimos
recebidos do exterior e concedidos a outros países, tanto para governos, como para empresas e indivíduos, além dos financiamentos obtidos na importação e concedidos na exportação. Os empréstimos de médio prazo são os
30
Universidade do Sul de Santa Catarina
considerados de um a cinco anos. Os de longo prazo refere-se aos superiores a cinco anos. Os empréstimos de curto prazo são inferiores a um ano;
amortizações: registra os pagamentos do principal
referentes a empréstimos e financiamentos tomados no exterior, e os pagamentos do principal feitos por não residentes referentes a empréstimos e financiamentos concedidos pelo país ao exterior;
capitais de curto prazo: constitui-se de capitais
especulativos, como aplicações no mercado financeiro e de alta volatibilidade.
3. Erros e Omissões
O registro de várias contas com valores estimados impede a equivalência entre os créditos e débitos. Como uma forma de cobrir os erros estatísticos cometidos, bem como as transações não registradas, surge essa conta de resíduo chamada de Erros e Omissões.
Somados todos os saldos das contas mencionadas (Transações correntes, Transações de capital e erros e omissões), tem-se o resultado do balanço de pagamentos, que pode ser superavitário ou deficitário.
As transações compensatórias são de sinal contrário ao resultado do balanço de pagamentos. Se o balanço for positivo (indicando entrada de recursos) a conta de transações compensatórias será deficitária. Quando o balanço de pagamentos for deficitário, a conta de transações compensatórias será credora. As transações compensatórias são:
Variação de reservas (conta caixa): As reservas
internacionais registram a variação nos haveres em
moeda estrangeira (ou haveres de curto prazo no exterior) e ouro possuídos em reservas pelo país, mais a variação nos Direitos Especiais de Saque e na posição de reservas no FMI. Quando há déficit no balanço de pagamentos, ele poderá ser coberto por uma saída de divisas ou de ouro do país, ou seja, ocorrerá uma variação negativa no volume de reservas do país, indicado por uma conta credora no item variação de recursos.
31
Unidade 1
Se o balanço for superavitário, haverá entrada de divisas ou ouro, ou seja, uma variação positiva de reservas, indicada por um débito no item variação de reservas. Uma observação importante a ser feita aqui se refere às desvalorizações e valorizações e monetização e desmonetização.
Por exemplo, como o balanço é contabilizado em dólares e parte das reservas é mantida em euro, uma valorização do euro em relação ao dólar levará a um lançamento negativo na conta de haveres de curto prazo, porque o saldo desses haveres avaliados em dólares aumentou; e como contrapartida faz-se um lançamento positivo na conta de valorizações e desvalorizações. O mesmo acontece com as valorizações ou desvalorizações do ouro e dos Direitos Especiais de Saque -DES. A monetização e a desmonetização se referem as seguintes operações: se o Banco central compra ouro no mercado
interno há um lançamento a débito na conta “Ouro Monetário” com lançamento em contra-partida para Monetização/Desmonetização. O mesmo acontece se ocorre uma alocação ou cancelamento dos DES.
Operações de regularização: Refere-se a operações
realizadas com instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional – FMI. Quando há déficit no balanço de pagamentos recorre-se a empréstimos dessas instituições para cobrir esses déficits.
Atrasados comerciais: São contas vencidas e não pagas
no exterior. Quando um empréstimo é vencido e não pago, debita-se da conta amortizações (exatamente como se ele fosse pago) e credita-se de atrasados comerciais. Quando o pagamento é feito, debita-se na conta atrasados e credita-se na conta caixa (reservas internacionais).
32
Universidade do Sul de Santa Catarina
Considerações adicionais:
O que acontece quando um cidadão inglês que vem residir no Brasil e traz consigo um carro, por exemplo?
Haverá um lançamento positivo em “Transferências Unilaterais” e um lançamento negativo na conta Importações. Se o cidadão inglês também trouxer um título representativo de um direito sobre determinado capital (como um empréstimo que efetuou a um cidadão inglês), haverá um crédito na conta “Transferências Unilaterais” e debita-se a conta “Empréstimos”. E, para complicar o caso, se o imigrante tiver uma dívida com um cidadão estrangeiro, haverá um débito na conta transferências unilaterais e um crédito na conta empréstimos.
O que ocorre quando um cidadão brasileiro, residente, é assalariado de uma empresa estrangeira (não-residente)? A operação será contabilizada na balança serviços, na conta
rendas de trabalho. Mesmo o brasileiro estando fora do Brasil (mas permanecendo como residente no Brasil), todas as rendas de trabalho auferidas por ele serão contabilizadas na balança serviços, não se restringindo ao valor transferido para o Brasil. Todos os gastos em bens e serviços realizados no estrangeiro serão contabilizados a débito na conta transações correntes no Brasil.
Com relação ao país que possui déficit em transações correntes considere que:
com déficit em transações correntes o país fechará o
saldo do balanço de pagamentos com a entrada de
capitais autônomos ou compensatórios. Se o país receber capital autônomo além do seu déficit em conta corrente, ocorrerá um superávit total no balanço de pagamentos;
o excesso de capital não será absorvido pela economia,
ficará depositado no exterior sob a forma de reservas adicionais, como uma provisão para o futuro. Mas, se o país não recebe capital suficiente para cobrir o déficit em conta corrente, terá que usar os capitais acumulados anteriormente. Se esses capitais provisionados não forem suficientes o país terá que recorrer aos empréstimos
do FMI, por exemplo, ou contabilizar como atrasados comerciais, que implica em “sujar” a imagem do país no exterior.
33
Unidade 1
O Brasil, no início do Plano Real, em 1994, apresentou uma valorização monetária (Real valorizado em relação ao dólar). Isso
estimulou a importação de bens e serviços. Houve aumento na compra de bens de consumo e de produtos intermediários, além dos brasileiros viajarem muito para o exterior. E o Brasil não exportava o suficiente para pagar toda essa conta.
Como resultado, o país tinha que compensar essas operações com o movimento de capitais. E foi isso que ocorreu. Na época, o país atraiu muito capital externo, como forma de Investimento Externo Direto (IED) e também capitais de curto prazo. O IED entrou principalmente para a compra das empresas estatais que estavam sendo privatizadas. O capital de curto prazo sentia-se atraído pelas altas taxas de juros brasileiras. Essa entrada de capitais mantinha, portanto, a moeda valorizada.
O problema adveio com as crises internacionais do final da década de 90. Os capitais de curto prazo fugiram dos países emergentes, como o Brasil. A questão que ficou portanto era: como financiar o déficit em conta corrente? A saída de curto prazo foi a desvalorização do real em 1999. A desvalorização da moeda, na medida em que aumenta a remuneração para o exportador, permite que ele abaixe o preço do produto
brasileiro no exterior, estimulando as exportações e inibindo as importações, que ficam mais caras para os brasileiros.
O problema dos déficits em conta corrente, cobertos por capitais externos, é que isso implica em transferências de rendas futuras para o exterior sob a forma de remessa de juros e lucros, gerando um efeito de bola de neve. Logo, os capitais estrangeiros
recebidos do exterior deveriam vir, predominantemente na forma de IED que gerem exportações ou queda de importações como forma de compensar o envio de juros e lucros para o exterior. Os déficits permanentes na BPs podem ser corrigidos por alguma das seguintes medidas:
desvalorizações das taxas de câmbio; redução do nível de atividade econômica;
restrições tarifárias ou quantitativas às importações; subsídios às exportações;
34
Universidade do Sul de Santa Catarina
controle da saída de capitais e de rendimentos para o
exterior.
A adoção de algumas dessas saídas depende da conjuntura
econômica de cada país. Apelar para o protecionismo econômico significa ter problemas com parceiros comerciais, dificultando o desenvolvimento de longo prazo do comércio internacional e gerando a necessidade do país explicar-se junto à Organização Mundial do Comércio.
Agora que você já aprendeu sobre a Economia Internacional, antes de seguir para o estudo da próxima unidade, realize a seguir as atividades propostas para praticar os novos conhecimentos.
35
Unidade 1
Síntese
Nesta unidade, você pôde verificar que as teorias de comércio internacional condenam o protecionismo e consideram que o isolamento é prejudicial aos países.
Quanto maior a abertura do comércio mais progresso econômico o mundo alcançará. Dentre as teorias de comércio internacional, salienta-se a teoria de David Ricardo, conhecida como a Teoria das Vantagens Comparativas.
Esta teoria tem como argumento principal que o comércio entre dois países cujas estruturas de produção não sejam similares é sempre vantajoso em relação ao não-comércio.
Também se estudou neste capítulo a balança de pagamentos que representa o resumo contábil das transações econômicas que um país faz com o resto do mundo, durante um certo período de tempo.
Seguindo a proposta da disciplina, na próxima unidade você irá estudar Integração e Blocos Econômicos Regionais. Até lá!
36
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de auto-avaliação
Efetue as atividades de auto-avaliação e, em seguida, acompanhe as respostas e comentários a respeito no final deste livro didático. Para melhor aproveitamento do seu estudo, realize a conferência de suas respostas somente depois de fazer as atividades.
Leia com atenção aos enunciados e realize a seguir as atividades propostas.
1. Por que os países devem manter comércio internacional? Explique a teoria das vantagens comparativas.
2. O que significa déficit em transações correntes no balanço de
pagamentos? Indique duas medidas que o país pode adotar para cobrir esse déficit.
37
Saiba mais
Se você ficou interessado em conhecer mais detalhes sobre a economia internacional, segue algumas sugestões de leitura sobre o assunto:
GONÇALVES, R. A nova economia internacional: uma perspectiva brasileira. São Paulo: Campus, 1998.
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. (org).
Manual de macroeconomia : nível básico e nível intermediário. São Paulo: Atlas, 1998.
KENEN, P. Economia internacional: teoria e política. São Paulo: Campus, 1998.
SIMONSEN, M. H.; CYSNE, R. P.Macroeconomia . São Paulo: Atlas, 1995.
Objetivo de aprendizagem
Entender o processo de integração econômica e sua
importância no contexto econômico-financeiro internacional.
Seções de estudo
Seção 1 Por que os países formam blocos econômicos?
Seção 2 Quais são os Estágios de Integração?
Seção 3 Exemplo de Integração Total
UNIDADE 2
Integração e blocos econômicos
40
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
Como você estudou na unidade anterior, uma característica importante da economia mundial é a crescente interdependência entre as economias domésticas. Nas últimas décadas, as
relações comerciais e as transações financeiras aumentaram significativamente.
Na verdade, o comércio internacional cresceu tornando as taxas maiores que o crescimento do PIB mundial.
Além da questão financeira, a globalização da economia tem consequência na estrutura produtiva. Este é o tema desta unidade.
O aumento do comércio mundial cresce em velocidade superior à produção. O aumento do comércio internacional tem como uma característica importante o fato de que as mercadorias estão se tornando cada vez mais parecidas, o que exige similaridade nas tecnologias de produção.
Também é possível observar que as empresas multinacionais ou transnacionais internacionalizam sua produção, fabricando partes ou componentes de seus produtos em países diferentes, e com isso, aproveitando as condições mais favoráveis de cada um deles. Nesta unidade, você vai aprender sobre integração econômica e sua importância como elemento dinamizador do comércio entre as nações.
Seção 1 - Por que os países formam blocos econômicos?
Em primeiro lugar, é importante que você perceba que o livre comércio traz benefícios significativos às economias domésticas. Em outras palavras, o comércio sem barreiras é vantajoso para todos os países. Mas nem sempre os países transacionam seus produtos sem barreiras. Diga-se de passagem, muito raramente!As barreiras comerciais são um conjunto de instrumentos que o governo de um pais adota para controlar o comércio internacional, tais como tarifas,
subsídios, quotas de importação, licenças de importação e controle sanitário. O controle sanitário é uma barreira não tarifaria assim como padrões de segurança, são formas que podem dificultar ou mesmo impedir o comércio internacional.
41
Unidade 2
Você pode notar que, ao longo do último século, sucessivas rodadas de negociações internacionais vêm, com algum êxito, diminuindo as barreiras protecionistas erguidas pelos países para defender seus interesses.
E paralelamente, ocorre a formação de blocos regionais
(Mercosul, União Européia, Nafta, entre outros). Muitos autores argumentam que a formação da União Européia deu-se mais por razões políticas do que econômicas e comerciais.
Breve histórico do processo de formação da União Européia No último século, a Europa foi o principal palco de duas guerras mundiais. Ao final da Segunda Guerra Mundial, o mundo estava polarizado entre Estados Unidos e União Soviética. Esta polarização deu início à chamada Guerra Fria. A Europa encontrava-se no meio do conflito. Daí, segundo alguns teóricos, a melhor forma de se proteger das influências americana e/ou soviética era através da união política e econômica. O processo de integração da Europa teve início em 1951, com acordos que resultaram na Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA). Este primeiro tratado visava ao livre comércio de carvão e aço entre os países signatários. O processo ficou ainda mais forte com o Tratado de Roma (1957), que estendeu o livre comércio a todos os produtos e instituiu a Comunidade Econômica Européia (CEE). Os primeiros países a aderir foram: Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Em 1972, Reino Unido, Dinamarca e Irlanda aderiram ao acordo. A Grécia foi incorporada em 1979. Portugal e Espanha em 1985. Áustria, Suécia e Finlândia somente passaram a fazer parte da União Européia em 1995. Em 1° de Maio de 2004 entraram para União Européia: Estônia, Eslovênia, Polônia, Lituânia, Letônia, República Tcheca, Eslováquia, Chipre, Hungria e Malta. Atualmente, a Turquia está prestes a entrar. Lembre-se que nem todos esses países fazem parte da chamada “Zona do Euro”
Você sabe o que é Zona do Euro?
A Zona Euro, oficialmente Área do Euro (também referenciada como Eurozona, Euro-Área ou ainda Eurolândia) refere-se a uma união monetária dentro da União Europeia, na qual alguns Estados-membros adotaram oficialmente o Euro como moeda comum. A área monetária é constituída por 16 membros dentro da União Europeia e mais 9 fora dela.
42
Universidade do Sul de Santa Catarina
Os blocos têm como principal vantagem aumentar as facilidades de negociação e regras próprias estabelecidas pelos países
membros.
Com isso, procura-se preservar espaços regionais da competição internacional, ao mesmo tempo em que se buscam aumentos de produtividade para as empresas pertencentes a um determinado bloco.
Seção 2 - Quais são os Estágios de Integração ?
As nações independentes, atualmente, procuram se integrar através de acordos firmados em função de seus interesses recíprocos.Há diversos estágios de integração e alguns autores apresentam tais estágios de maneira mais simplificada e outros de maneira mais completa.
Você conhecerá, a seguir, a classificação mais completa sob o ponto de vista teórico, na ordem do estágio onde há menos
integração (e menos interdependência) para o estágio no qual há mais integração (e mais interdependência):
Zona ou área de livre comércio:
países membros concordam em eliminar as barreiras sobre o comércio recíproco. Mas, as políticas em relação aos países não membros são independentes.
União Aduaneira:
além da eliminação das barreiras comerciais, os países membros passam a adotar política comercial uniforme em relação a países não membros.
Mercado comum:
tem os mesmos preceitos da União Aduaneira somados com a livre movimentação dos fatores de produção (capital e trabalho).