NEWSLETTER FISCAL
I
Dezembro, 2014I Legislação Europeia 2
II Legislação Nacional 2
III Instruções Administrativas 6
IV Jurisprudência Europeia 8 V Jurisprudência Nacional 9 VI Outras informações 11
I FISCAL
NEWSLETTER
NEWSLETTER FISCAL
I LEGISLAÇÃO EUROPEIAConselho
Directiva n.º 2014/107/UE, de 9 de Dezembro
Altera a Directiva 2011/16/EU relativa à cooperação administrativa no domínio da fiscalidade e revoga a Directiva 77/799/CEE, no que respeita à troca automática de informações obrigatória.
Conselho
Decisão de 9 de Dezembro 2014
Decisão sobre a adesão da Croácia à Convenção de 23 de Julho de 1990 relativa à eliminação da dupla tributação em caso de correcção de lucros entre empresas associadas.
A referida Convenção entra em vigor entre a Croácia e cada um dos Estados-Membros da União Europeia (“UE”) a 1 de Janeiro de 2015.
Comissão
Regulamento de Execução (UE) n.º 1353/2014, de 15 de Dezembro
Altera o Regulamento de Execução (UE) n.º 1156/2012 que fixa as normas de execução de certas disposições da Directiva 2011/16/UE do Conselho relativa à cooperação administrativa no domínio da fiscalidade.
II LEGISLAÇÃO NACIONAL
Presidência do Conselho de Ministros – Secretaria-Geral Declaração de Rectificação n.º 49/2014, de 1 de Dezembro
Rectifica o Decreto-Lei n.º 162/2014, de 31 de Outubro, emitido pelo Ministério das Finanças que, no uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 44/2014, de 11 de Julho, aprovou o novo Código Fiscal do Investimento (“CFI”) e procedeu à revisão dos regimes de benefícios fiscais ao investimento produtivo, publicado no Diário da República n.º 211, 1.ª série, de 31 de Outubro de 2014.
A presente declaração visa exclusivamente a rectificação de inexactidões formais do CFI, bem como de algumas remissões mencionadas no mesmo diploma.
Ministério das Finanças – Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Despacho n.º 15598/2014, de 15 de Dezembro
Aprova os novos modelos de formulários para efeitos de isenção ou redução de retenção na fonte de imposto e de reembolso parcial ou total de imposto retido na fonte, relativamente a pagamentos de juros e/ou royalties efectuados a sociedades associadas de diferentes Estados-Membros da UE e da Confederação Suíça.
Ministério das Finanças – Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Despacho n.º 15632/2014, de 18 de Dezembro
Aprova os novos formulários relativos à declaração periódica de rendimentos Modelo 22 do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (“IRC”), respectivos anexos e instruções.
Ministério das Finanças – Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Despacho normativo n.º 17/2014, de 19 de Dezembro
Altera o Despacho Normativo n.º 18-A/2010, de 1 de Julho, que regulamenta os pedidos de reembolso de Imposto sobre o Valor Acrescentado (“IVA”) e os termos e condições de acesso ao regime de reembolso mensal previsto nos n.ºs 8 e 9 do artigo 22.º do Código do IVA (“CIVA”).
Ministério das Finanças
Portaria n.º 271/2014, de 23 de Dezembro
Aprova a nova folha de rosto e os novos formulários Anexo A, B, C, D e I que fazem parte integrante do modelo declarativo da Informação Empresarial Simplificada (“IES”). Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira
Resolução n.º 17/2014/M, de 23 de Dezembro
Aprova o Orçamento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2015.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 273/2014, de 24 de Dezembro
Define os elementos que devem instruir o pedido de autorização de manutenção do direito de reporte de prejuízos fiscais após a alteração da titularidade de mais de 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto, previsto no n.º 12 do artigo 52.º do Código de IRC (“CIRC”), em casos de reconhecido interesse económico.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 274/2014, de 24 de Dezembro
Aprova as instruções de preenchimento da declaração Modelo 10 de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (“IRS”) – “Rendimentos e retenções não liberatórias de sujeitos passivos residentes”.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 275/2014, de 26 de Dezembro
Estabelece os critérios e procedimentos de controlo a adoptar no âmbito da transmissão de benefícios fiscais e do direito à dedução dos gastos de financiamento líquidos, no contexto de operações de cisão ou de entrada de activos a que seja aplicado o respectivo regime previsto pelo artigo 74.º do CIRC, bem como estabelece os elementos que devem constar do requerimento a apresentar à Autoridade Tributária e Aduaneira (“AT”) para aquele fim.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 276/2014, de 26 de Dezembro
Aprova os novos formulários relativos à declaração periódica de rendimentos Modelo 3 de IRS e respectivas instruções de preenchimento.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 278/2014, de 29 de Dezembro
Prorroga, durante o ano de 2015, o período de vigência do regime transitório relativo às formalidades de comunicação dos elementos das facturas por transmissão electrónica de dados, estabelecido pela Portaria n.º 426-A/2012, de 28 de Dezembro.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 279/2014, de 30 de Dezembro
Fixa a taxa de juro máxima para efeitos de dedutibilidade fiscal dos gastos incorridos com suprimentos e empréstimos feitos pelos sócios à sociedade, a que se refere a alínea m) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do IRC.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 280/2014, de 30 de Dezembro
Ministério das Finanças
Portaria n.º 281/2014, de 30 de Dezembro
Procede à actualização dos coeficientes de desvalorização da moeda a aplicar aos bens e direitos alienados durante o ano de 2014, para efeitos de determinação da matéria colectável.
Ministério das Finanças
Portaria n.º 282/2014, de 30 de Dezembro
Elenca os sectores, e respectivos códigos de actividade económica (“CAE”) que podem beneficiar do regime de benefícios fiscais aplicável a projectos de investimento produtivo, previsto pelo CFI.
Assembleia da República
Lei n.º 82-A/2014, de 31 de Dezembro Aprova as Grandes Opções do Plano para 2015. Assembleia da República
Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro Aprova o Orçamento do Estado para 2015. Assembleia da República
Lei n.º 82-C/2014, de 31 de Dezembro
Altera o CIRC, transpondo a Diretiva n.º 2014/86/UE, do Conselho, de 8 de julho, que altera a Diretiva n.º 2011/96/UE relativa ao regime fiscal comum aplicável às sociedades-mães e sociedades afiliadas de Estados membros diferentes e adequando o regime especial de tributação de grupos de sociedades à jurisprudência recente do Tribunal de Justiça da União Europeia.
Assembleia da República
Lei n.º 82-D/2014, de 31 de Dezembro
Procede à alteração das normas fiscais ambientais nos sectores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do território, florestas e biodiversidade, introduzindo ainda um regime de tributação dos sacos de plástico e um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, no quadro da designada Reforma da Fiscalidade Verde.
Assembleia da República
Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro
Procede à reforma da tributação das pessoas singulares, introduzindo alterações ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, ao Código do Imposto do Selo, ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, à Lei Geral Tributária, ao Código do Procedimento e de Processo Tributário, ao Regime das Infracções Tributárias e ao Decreto-Lei n.º 26/99, de 28 de Janeiro, que estabelece as condições de emissão e atribuição com carácter geral de vales sociais destinados a pagamentos de creches, jardins-de-infância e lactários, e revoga o Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de Janeiro. Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira
Resolução n.º 18/2014/M, de 31 de Dezembro
Aprova o Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2015.
III INSTRUÇÕES ADMINISTRATIVAS
Autoridade Tributária e Aduaneira
Informação Vinculativa relativa ao Processo n.º 7185, de 25 de Novembro de 2014, publicada em 4 de Dezembro de 2014
AICB’s – Aquisição na UE de um princípio activo de medicamentos, remetido a um laboratório português com quem se estabeleceu um contrato de prestação de serviços de produção, que consiste em trabalhos executados sobre bens móveis
A aquisição num outro país da UE de princípios activos, remetidos para um laboratório português que posteriormente procede à integração de materiais auxiliares e de embalagem, configura uma aquisição intracomunitária de bens, o que implica a obrigação de autoliquidação do imposto, dado que a operação é tributada em território nacional. Considerando que os bens adquiridos são utilizados para a realização de uma exportação, o imposto que incidiu sobre os mesmos pode ser deduzido pelo sujeito passivo.
Acrescenta-se ainda que, a operação de exportação realizada pelo prestador de serviços nacional encontra-se isenta de IVA ao abrigo da alínea c) do n.º 1 do artigo 14.º do CIVA, devendo a mesma ser comprovada através de declaração emitida pelo sujeito passivo, indicando o destino a dar aos bens em causa.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ofício-Circulado n.º 15314/2014, de 5 de Dezembro
Estabelece as taxas médias de câmbio, a utilizar a partir de 10 de Dezembro de 2014 para a determinação do valor aduaneiro.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ficha Doutrinária relativa ao Processo n.º 7949/2014, de 14 de Julho de 2014, publicada em 10 de Dezembro de 2014
Regime de tributação das obrigações titularizadas emitidas por sociedades de titularização de créditos que estejam inseridas num sistema centralizado
Os rendimentos de obrigações titularizadas encontram-se abrangidos quer pelo Regime Fiscal das Operações de Titularização de Créditos, previsto no Decreto-Lei n.º 219/2001, de 4 de Agosto, quer pelo Regime Especial de Tributação dos Rendimentos de Valores Mobiliários Representativos de Dívida, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de Novembro, podendo as entidades gestoras de sistemas de liquidação internacional optar entre a aplicação dos mecanismos de comprovação dos pressupostos para isenção previstos em qualquer um dos regimes.
A opção por um determinado regime de comprovação deve ser aplicada a todos os beneficiários da mesma emissão de obrigações titularizadas, devendo eventuais alterações ao mecanismo adoptado coincidir com uma data de vencimento dos rendimentos.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ofício-Circulado n.º 15316/2014, de 11 de Dezembro
Divulga a lista dos alimentos para animais e géneros alimentícios de origem não animal, bem como materiais destinados a entrarem em contacto com alimentos, originários de países terceiros, sujeitos a controlos oficiais reforçados no ponto de entrada designado que, a partir de 1 de Janeiro de 2015, irá substituir a lista do Anexo I da Circular n.º 45/2011, Série II.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ofício-Circulado n.º 30164/2014, de 11 de Dezembro
Clarifica o teor do regime especial do IVA para sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-Membro de consumo ou não estabelecidos na Comunidade que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via electrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidos ou domiciliados na Comunidade, bem como os mecanismos de aplicação do regime.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ofício-Circulado n.º 15317/2014, de 12 de Dezembro
Informa que foi publicada na página de internet da AT a nova versão consolidada do texto das Disposições de Aplicação do Código Aduaneiro Comunitário (“DACAC”).
Salienta ainda que as alterações ao n.º 1 do artigo 557.º do DACAC, introduzidas pelo Regulamento de Execução (UE) n.º 1272/2014, da Comissão, de 28 de Novembro, relativas ao regime aduaneiro suspensivo aplicável a produtos importados para exportação, entraram em vigor no dia 30 de Novembro de 2014.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ofício-Circulado n.º 30165/2014, de 26 de Dezembro
Esclarece as regras de localização aplicáveis aos serviços de telecomunicações, radiodifusão e televisão e serviços prestados por via electrónica, efectuados a não sujeitos passivos – artigo 6.º do CIVA.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ofício-Circulado n.º 30166/2014, de 30 de Dezembro
Complementa as Ofícios-Circulados n.º 30166, de 11 de Dezembro de 2014 e n.º 30165, de 26 de Dezembro de 2014, no sentido de esclarecer a aplicação do regime especial do IVA a sujeitos passivos, não estabelecidos no Estado-Membro de consumo ou não estabelecidos na EU, que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via electrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos do IVA, estabelecidos ou domiciliados na UE, nomeadamente as particularidades inerentes à sua aplicação nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Autoridade Tributária e Aduaneira
Ofício-Circulado n.º 30167/2014, de 30 de Dezembro
Divulga a lista de moedas de ouro publicada pela Comissão Europeia, que preenchem os requisitos previstos no regime aplicável ao ouro para investimento, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de Setembro.
IV JURISPRUDÊNCIA EUROPEIA
Tribunal de Justiça da União Europeia Acórdão de 11 de Dezembro de 2014 Processo C-678/11
No Acórdão em referência, proferido no âmbito de uma acção de incumprimento de Estado, proposta em 22 de Dezembro de 2011 pela Comissão Europeia contra o Reino de Espanha, o Tribunal de Justiça da União Europeia pronuncia-se no sentido de que a adopção de disposições legais por força das quais os fundos de pensões estabelecidos em
outros Estados-Membros e que proponham planos de pensões profissionais no Reino de Espanha e as companhias de seguros que operam neste país em regime de livre prestação de serviços são obrigados a nomear um representante fiscal residente naquele país é contrária ao artigo 56.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (“TFUE”) – que proíbe as restrições à livre prestação de serviços quanto aos nacionais de Estados-Membros estabelecidos num Estado-Membro que não seja o destinatário da prestação.
Segundo o Tribunal de Justiça da União Europeia os mecanismos de cooperação existentes entre as autoridades dos Estados-Membros a nível da UE são suficientes para assegurar a cobrança do imposto noutro Estado-Membro, pelo que a obrigação de nomeação de representante fiscal, com os inerentes custos adicionais para os fundos de pensões e seguradoras domiciliados, é excessiva e contrária ao princípio da livre prestação de serviços.
Tribunal de Justiça da União Europeia Acórdão de 11 de Dezembro de 2014 Processo C-590/13
No Acórdão em referência, proferido no âmbito de um pedido de reenvio prejudicial, o Tribunal de Justiça da União Europeia vem esclarecer que a alínea d) do número 1 do artigo 18.º e o artigo 22.º da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios – Sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria colectável uniforme, conforme alterada pela Directiva 91/680/CEE do Conselho, de 16 de Dezembro de 1991, devem ser interpretados no sentido de que prevêem exigências formais relativas ao direito de dedução cuja não observância não pode, contudo, conduzir à perda daquele direito.
Segundo o Tribunal de Justiça da União Europeia, o princípio fundamental da neutralidade do IVA, no quadro do regime de autoliquidação, exige que a dedução do imposto pago a montante seja concedida se as exigências de fundo estiverem satisfeitas, mesmo que algumas exigências formais tenham sido omitidas pelo sujeito passivo. Só assim não será se a omissão dessas exigências formais tiver o efeito de impedir a prova certa de que as exigências de fundo foram cumpridas.
V JURISPRUDÊNCIA NACIONAL
Supremo Tribunal Administrativo
Acórdão de 19 de Novembro de 2014, publicado em 01 de Dezembro de 2014 Processo n.º 0407/12
No Acórdão em referência, o Supremo Tribunal Administrativo pronuncia-se sobre a legitimidade dos critérios utilizados pela AT na quantificação da matéria tributável por recurso a métodos indiciários.
Neste sentido, o Supremo Tribunal conclui que o critério usado pela AT na quantificação da matéria tributável por métodos indiciários tem de revelar-se adequado e racionalmente justificado no caso concreto, i.e. deve ser um modo adequado de aproximação à realidade, mas não pode ser atacado com fundamento de que outros critérios se revelariam mais ajustados, uma vez que a necessidade de quantificação por presunção é imputável exclusivamente ao contribuinte que, se desejava ser tributado pelo lucro real, deveria ter cumprido com as obrigações que sobre ele recaíam.
Tribunal Central Administrativo Norte
Acórdão de 13 de Novembro de 2014, publicado em 05 de Dezembro de 2014 Processo n.º 00169/08.6BEBRG
No Acórdão em referência, o Tribunal Central Administrativo Norte pronuncia-se quanto ao recurso a métodos indirectos para a determinação da matéria tributável.
Neste sentido, o Tribunal Central esclarece que a não regularização da contabilidade pelo contribuinte não justifica que a AT ignore a sua obrigação legal de demonstrar que essa irregularidade inviabiliza o apuramento da matéria tributável.
Mais salienta que apenas a inviabilidade, e não a mera dificuldade, justifica o recurso ao regime excepção que é a avaliação indirecta, sendo necessário demonstrar solidamente e com clareza a existência dessa inviabilidade. Pelo que, ainda que as irregularidades contabilísticas sejam imputáveis ao contribuinte, cabe à AT efectuar as correcções que se mostrem necessárias (e possíveis) e, deste modo, apurar directamente a matéria tributável, independentemente da onerosidade ou morosidade de tal operação.
Centro de Arbitragem Administrativa e Tributária Tribunal Arbitral Tributário
Decisão Arbitral de 3 de Setembro de 2014, publicada em 23 de Dezembro de 2014
Processo n.º 181/2014-T
Na Decisão Arbitral em referência, o Tribunal Arbitral pronuncia-se sobre o tratamento fiscal a conferir à distribuição de dividendos decorrentes de reservas existentes antes da data de aquisição das participações.
Neste âmbito, o Tribunal Arbitral afirmou que estes dividendos não constituem réditos enquadráveis no Método da Equivalência Patrimonial (“MEP”), mas antes a recuperação de um montante pago pela aquisição da participação na entidade distribuidora, pelo que diferenças de câmbio apuradas no âmbito da conversão monetária no momento do pagamento se consideram realizadas e não potenciais, sendo a diferença de câmbio relevante para efeitos do IRC.
VI OUTRAS INFORMAÇÕES
Alteração à Directiva “Mães-Filhas”
O Conselho da UE aprovou a inclusão na Directiva “Mães-Filhas” de uma cláusula anti-abuso mínima vinculativa. A cláusula será aprovada numa futura reunião do Conselho, sem possibilidade de discussão adicional sobre esta matéria.
OCDE – Planeamento fiscal agressivo
Foi publicado o esboço, para discussão, da Medida 4 – Dedução de juros e outros pagamentos financeiros – do Plano de Acção de combate à Erosão da Base Tributável e Transferência de Resultados (“BEPS”).
Decorre até 6 de Fevereiro de 2015 o período de discussão pública sobre esta medida, tendo lugar no dia 17 de Fevereiro de 2015, no Centro de Conferencias da OCDE em Paris, a reunião de consulta pública sobre a Medida 4.
OCDE - Resolução de litígios
Foi publicado o esboço, para discussão, da Medida 14 – Tornar os mecanismos para resolução de litígios mais eficazes – do Plano de Acção de combate à BEPS.
Decorre até 16 de Janeiro de 2015 o período de discussão pública sobre esta medida, tendo lugar no dia 23 de Janeiro de 2015, no Centro de Conferencias da OCDE em Paris, a reunião de consulta pública sobre a Medida 14.
OCDE – Imposto sobre o consumo
Foi publicado o esboço, para discussão, de dois novos itens das Orientações Internacionais da OCDE relativamente à neutralidade do IVA/GST.
Decorre até 20 de Fevereiro de 2015 o período de discussão pública sobre estes itens, tendo lugar no dia 25 de Fevereiro de 2015, no Centro de Conferencias da OCDE em Paris, a reunião de consulta pública.
OCDE – Preços de transferência
Foi publicado o esboço, para discussão, de revisões ao Capítulo I das Directrizes da OCDE sobre Preços de Transferência, que abordam risco, requalificação e medidas especiais.
Decorre até 6 de Fevereiro de 2015 o período de discussão pública sobre as revisões, tendo lugar nos dias 19 e 20 de Março de 2015, no Centro de Conferencias da OCDE em Paris, a reunião de consulta pública sobre as revisões.
Comissão Europeia – Telecomunicações, radiodifusão e televisão e serviços por via electrónica
A Comissão Europeia relembra que as novas regras do IVA, aplicáveis aos serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão e serviços prestados por via electrónica, entram em vigor em 1 de Janeiro de 2015.
Comissão Europeia – Legislação IVA aplicável a órgãos públicos e isenções fiscais de interesse público
Decorre até 25 de Abril de 2015 o período de discussão pública sobre Legislação IVA aplicável a órgãos públicos e isenções fiscais de interesse público.
No interesse da transparência, a Comissão Europeia convida as organizações que queiram participar na consulta (organizações não governamentais, câmaras de comércio e empresas comerciais) a facultarem informação sobre a sua actividade ao público, inscrevendo-se no Registo de Representação de Interesses e assinando o respectivo Código de Conduta.
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