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Aula 11 Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

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Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

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Aula 11: CPC 17 (R1)

– Contratos de Construção

CPC 20 (R1) - Custos de Empréstimos

Sumário 1. CPC 17 - Contratos de Construção 2 2. CPC 20 – Custos de Empréstimos 24 3. Questões comentadas 38 4. Resumo 41 5. Lista de Questões 45 6. Gabarito 51 01699177899

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Pessoal, depois de uma pausa em nosso curso decorrente da missão que recebi da coordenação do Estratégia para assumir os cursos de Contabilidade Pública, voltamos a nos dedicar ao nosso projeto. Agradeço a compreensão de todos. Tenha certeza que foi pelo bem de muitos alunos que tive que aceitar a missão, pois um professor novo, sem conhecimento da metodologia de ensino à distância aplicada pela nossa equipe de professores, não conseguiria escrever tudo o que necessitava em tão curto espaço de tempo. Nesse período, escrevi aproximadamente 20 aulas e comentei centenas de questões das diversas bancas. Foi meu maior desafio profissional. E contar com a paciência de todos vocês foi determinante, pois seria humanamente impossível tocar os dois projetos. Bem... agora que o “incêndio” foi controlado, podemos voltar a nos dedicar a esse projeto dos CPCs. Creio que até o momento estamos conseguindo atingir o objetivo inicialmente previsto. Assim, dando continuidade ao nosso curso, hoje vamos estudar mais dois Pronunciamentos Contábeis:

CPC 17 (R1) – Contratos de Construção

CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos

Bons estudos! Gilmar Possati prof.possati@gmail.com

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Pessoal, antes de mais nada, cabe destacar que o CPC 17 não é muito explorado em provas, tendo em vista que sua aplicabilidade é bem restrita, pois está mais voltado às empresas de construção (civil, naval, etc). Logo, para não perdermos tempo com algo que possui pouca probabilidade de ser exigido em prova, nossa abordagem será bem objetiva, ou seja, filtramos o essencial, aquilo que você realmente deve saber para estar preparado e detonar eventual exigência do assunto.

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

Objetivo

Galera, o objetivo do CPC 17 – Contratos de Construção é estabelecer o

tratamento contábil das receitas e despesas associadas a contratos de construção. O CPC 17 explica que por força da natureza da atividade

subjacente aos contratos de construção, as datas de início e término do contrato caem, geralmente, em períodos contábeis diferentes. Por isso, o assunto primordial referente à contabilização dos contratos de construção é a alocação da receita e das despesas correspondentes ao longo

dos períodos de execução da obra nos quais o trabalho de construção é levado a efeito.

Nesse sentido, o CPC 17 determina o momento em que as receitas do contrato e as despesas a elas relacionadas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado. Também proporciona indicação prática sobre a aplicação desses critérios.

Alcance

O CPC 17 deve ser aplicado na contabilização dos contratos de construção nas demonstrações contábeis das entidades contratadas (fornecedoras dos serviços).

CPC 17 (R1) – Contratos de Construção

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Definições

As definições dos CPCs costumam ser exploradas em provas, logo esse é um ponto importante no nosso estudo do CPC17.

Contrato de construção  é um contrato especificamente negociado para

a construção de um ativo ou de uma combinação de ativos que estejam diretamente interrelacionados ou interdependentes em função da sua concepção, tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final.

O CPC 17 destaca que o contrato de construção pode ser negociado para a construção de um único ativo, tal como uma ponte, um edifício, uma barragem, um oleoduto, uma estrada, um navio ou um túnel. Mas, também pode contemplar a construção de diversos ativos que estejam diretamente interrelacionados ou interdependentes em termos da sua concepção, tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final; entre os exemplos de tais contratos estão os da construção de refinarias e de outras partes complexas de plantas industriais ou equipamentos.

Ademais, o CPC 17 ressalta que os contratos de construção incluem: a) contratos para a prestação de serviços que estejam diretamente relacionados com a construção do ativo. Exemplos: serviços de arquitetos e de gestores de projetos; e

b) contratos para a destruição ou restauração de ativos e de recuperação ambiental após a demolição ou retirada de ativos.

Contrato de preço fixo (fixed price)  é um contrato de construção

segundo o qual a entidade contratada (fornecedora dos serviços) concorda com o preço pré-fixado ou com a taxa pré- fixada, por unidade concluída que, em alguns casos, está sujeito às cláusulas de custos escalonados (cost escalation clauses).

Contrato de custo mais margem (cost plus)  é um contrato de

construção segundo o qual a entidade contratada (fornecedora dos serviços) deve ser reembolsada por custos projetados e aprovados pelas partes - ou de outra forma definidos – acrescido de percentual sobre tais custos ou por remuneração fixa pré-determinada.

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Os contratos de construção podem ser elaborados de diversas maneiras. Porém, para fins de aplicação do Pronunciamento, o CPC 17 determina que

os contratos de construção devem ser classificados como contratos de preço fixo (fixed price) e contratos de custo mais margem (cost

plus). Alguns contratos de construção podem conter características tanto de um contrato de preço fixado quanto de um contrato de custo mais margem, como por exemplo no caso de um contrato de custo mais margem com um preço máximo acordado. Veremos mais a frente as condições a serem considerados a fim de determinar quando reconhecer as receitas e as despesas do contrato.

RECEITA DO CONTRATO

Nos termos do CPC 17, a receita do contrato deve compreender: a) a quantia inicial da receita estabelecida no contrato; e

b) as variações no trabalho contratado, reivindicações e

pagamentos por incentivos:

(i) até a extensão em que seja provável que resultem em receita; e (ii) que estejam em condições de serem mensurados com confiabilidade. O CPC 17 informa que a receita do contrato deve ser mensurada ao

valor justo da contraprestação recebida ou a receber.

Uma variação corresponde a uma instrução dada pelo contratante (cliente) para uma alteração no trabalho a ser executado, de acordo com o contrato. Tal variação pode conduzir a um aumento ou a uma diminuição na receita do contrato. Exemplos: alterações nas especificações ou na concepção do ativo; alterações na duração do contrato.

O CPC 17 destaca que uma variação deve ser incluída na receita do contrato quando:

a) for provável que o contratante (cliente) aprovará a variação e o valor da receita advinda da variação; e

b) a quantia da receita puder ser mensurada com confiabilidade.

Reivindicação por custos não previstos no contrato é uma quantia que a

entidade contratada (fornecedora dos serviços) procura cobrar do contratante (cliente) ou de terceiro para reembolso dos custos não incluídos

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no preço originalmente contratado. A reivindicação pode surgir, por exemplo, de atrasos causados por clientes, de erros nas especificações ou na concepção e de variações discutidas nos trabalhos objeto do contrato. O CPC 17 destaca que a mensuração da quantia da receita proveniente de reivindicações está sujeita a um alto nível de incerteza e depende muitas vezes do desfecho das negociações. Por isso, as reivindicações somente devem ser reconhecidas como receitas do contrato quando:

a) as negociações tiverem atingido um estágio avançado tal, que é provável que o contratante (cliente) aceitará a reivindicação; e

b) a quantia que provavelmente será aceita pelo cliente puder ser mensurada com confiabilidade.

Os pagamentos de incentivos contratuais são quantias adicionais pagas à entidade contratada (fornecedora dos serviços) caso os padrões de desempenho especificados previamente sejam alcançados ou superados. Por exemplo, o contrato pode permitir pagamento de incentivos à entidade contratada pela conclusão antecipada do contrato.

Segundo o CPC 17, os pagamentos de incentivos devem ser reconhecidos como receita do contrato quando:

a) o contrato estiver suficientemente avançado que indique como provável que os padrões de desempenho especificados serão alcançados ou superados; e

b) a quantia dos pagamentos de incentivos puder ser mensurada com confiabilidade.

Esquematicamente, temos:

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A receita do contrato de construção deve ser mensurada ao valor

justo da contraprestação recebida ou a receber e compreende ...

CUSTOS DO CONTRATO

Nos termos do CPC 17, os custos do contrato devem compreender:

a) os custos que estejam relacionados diretamente com um contrato específico;

b) os custos que sejam atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e possam ser alocados ao contrato; e

c) outros custos que sejam especificamente imputáveis ao contratante (cliente), de acordo com os termos do contrato.

O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos relacionados

diretamente a um contrato específico:

Quantia

inicial

Variações

Reinvindicações

Pagamentos de

incentivos

01699177899

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Custos relacionados diretamente a um contrato específico Custos de mão de obra no local, incluindo supervisão no local;

Custos de materiais usados na construção;

Depreciação de ativos fixos tangíveis utilizados no contrato;

Custos para levar ou retirar do local os ativos fixos tangíveis e os materiais necessários à execução da obra;

Custos de aluguel de instalações e equipamentos;

Custos de concepção e de assistência técnica que estejam diretamente relacionados com o contrato;

Custos estimados de retificação e garantia, incluindo os custos esperados de prestação de garantia futura;

Reivindicações de terceiros.

O CPC 17 destaca que esses custos podem ser reduzidos por qualquer receita ocasional que não esteja incluída na receita do contrato, como, por exemplo, a receita proveniente da venda de sobras de materiais ou da alienação de instalações e equipamentos ao final do contrato.

Pessoal, não encontrei nenhuma exigência até o momento sobre esse ponto do CPC 17. No entanto, creio ser um ponto forte, considerando as formas de exigência dos pronunciamentos mais presentes em prova. Quer ver um exemplo de como esse ponto pode ser facilmente explorado em prova? Então se liga nessa questão inédita!

1.(Questão inédita) Nos termos do CPC 17 (R1) – Contratos de

Construção, os custos do contrato devem compreender os custos que estejam relacionados diretamente com um contrato específico; os custos que sejam atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e possam ser alocados ao contrato; e outros custos que sejam especificamente imputáveis ao contratante (cliente), de acordo com os termos do contrato. Nesse sentido, são exemplos de custos relacionados diretamente a um contrato específico, exceto:

a) custos de mão de obra no local, incluindo supervisão no local b) custos de materiais usados na construção

c) gastos gerais de construção 01699177899

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d) reivindicações de terceiros

e) custos estimados de retificação e garantia

Com exceção dos gastos gerais de construção (opção “C”), todos as opções nos fornecem exemplos de custos relacionados diretamente a um contrato específico.

Os gastos gerais de construção são exemplos de custos que são atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e não diretamente relacionados a um contrato específico. Os gastos gerais de construção incluem custos tais como a elaboração e o processamento da folha de salários do pessoal envolvido com a construção. Estudaremos exemplos de custos gerais na sequência.

Gabarito: C

Vamos ver outra forma de exigência, agora no estilo Certo/Errado.

2.(Questão inédita) Acerca das disposições estabelecidas no CPC 17 (R1)

– Contratos de Construção, julgue o item a seguir:

Entre os custos relacionados diretamente a um contrato específico, estão inclusos os custos estimados de retificação e garantia, exceto os custos esperados de prestação de garantia futura, por ainda não ter ocorrido o fato gerador.

Segundo o CPC 17, entre os custos relacionados diretamente a um contrato específico, estão inclusos os custos estimados de retificação e garantia,

incluindo os custos esperados de prestação de garantia futura.

Veja que essa questão ilustra bem como o examinador pode tornar um item errado. Trata-se de uma forma clássica que o CESPE utiliza em suas provas. Ele troca um termo (no caso a expressão “incluindo”) por um termo de sentido oposto (no caso a expressão “exceto). Além disso, para induzir ao erro, o examinador insere uma justificativa que parece ser bem razoável, mas que na verdade é apenas uma “casca de banana”. Nessa questão essa justificativa está na expressão “por ainda não ter ocorrido o fato gerador”. Fique alerta em questões desse tipo em se tratando de provas “cespianas”. Gabarito: Errado

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O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos que podem ser

atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e imputados a

contratos específicos:

Custos que podem ser atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e imputados a contratos específicos

Prêmios de apólice de seguro;

Custos de concepção e assistência técnica que não estejam diretamente relacionados a um contrato específico;

Gastos gerais de construção (overhead); Custos de Empréstimos

Segundo o CPC 17, tais custos devem ser alocados por meio de métodos que sejam sistemáticos e racionais e sejam aplicados consistentemente a todos os custos que tenham características similares. A alocação deve estar baseada no nível normal da atividade de construção.

Quanto aos custos que são especificamente imputáveis ao

contratante (cliente), de acordo com os termos do contrato, o CPC 17

informa que esses custos podem incluir alguns custos gerais de natureza administrativa e custos de desenvolvimento para os quais o reembolso esteja previsto em disposições contratuais específicas.

O CPC 17 destaca que os gastos que não podem ser atribuídos à atividade do contrato ou não podem ser alocados ao contrato devem ser excluídos dos custos do contrato de construção. O pronunciamento nos fornece os seguintes exemplos, os quais são importantes estarmos por dentro, pois é uma provável fonte de exigência em provas!

Gastos que não podem ser atribuídos à atividade do contrato Gastos gerais administrativos para os quais o reembolso não esteja previsto no contrato;

Despesas de venda;

Despesas com pesquisa e desenvolvimento para os quais o reembolso não esteja previsto no contrato;

Depreciação de instalações e equipamentos ociosos que não sejam usados em um contrato em particular.

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RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E DAS DESPESAS DO CONTRATO

Pessoal, todas as exigências que encontrei sobre o CPC 17 estão relacionados a esse ponto do pronunciamento. Logo, preste bastante atenção a essa parte, ok?

Nos termos do CPC 17, quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao término do período de reporte.

A perda esperada com o contrato de construção, por sua vez, deve

ser reconhecida imediatamente como despesa.

O CPC 17 destaca algumas condições a serem satisfeitas para considerarmos a conclusão do contrato a um nível aceitável de confiabilidade. Para tanto, o pronunciamento segrega essas condições de acordo com o tipo de contrato: preço fixo ou custo mais margem.

Elaboramos a tabela abaixo para ficar mais fácil o estudo.

A conclusão do contrato de construção pode ser estimada com confiabilidade quando todas as condições seguintes estiverem satisfeitas...

Contrato de preço fixo (fixed price)  A receita do contrato puder ser mensurada com confiabilidade;

 For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a entidade;

 Tanto os custos para concluir o contrato quanto o estágio de execução da atividade contratual puderem ser mensurados com confiabilidade, ao término do período de reporte;

 Os custos atribuíveis ao contrato puderem ser claramente identificados e mensurados com confiabilidade de forma tal que os custos atuais incorridos possam ser comparados com estimativas anteriores.

Custo mais margem (cost plus)

 For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a

entidade;

 Os custos atribuíveis ao contrato, quer sejam especificamente reembolsáveis ou não,

puderem ser claramente identificados e mensurados com confiabilidade.

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Método da Percentagem Completada

Segundo o CPC 17, o reconhecimento da receita e das despesas tendo como referência o estágio de execução do contrato é usualmente denominado como Método da Percentagem Completada.

Por esse método, a receita contratual é confrontada com os custos

contratuais incorridos à medida que cada estágio de execução do trabalho é alcançado, fato que resulta na divulgação de receitas,

despesas e lucro que podem ser atribuídos à proporção do trabalho realizado. Esse método proporciona informação útil sobre a extensão da atividade e do desempenho contratuais, ao longo do período.

O CPC 17 nos ensina que pelo método da percentagem completada, a receita do contrato deve ser reconhecida como receita na demonstração do resultado nos períodos contábeis em que o trabalho for executado. Os custos do contrato devem ser usualmente reconhecidos como despesa na demonstração do resultado nos períodos contábeis em que o trabalho a eles relacionado for executado. Entretanto, qualquer excedente esperado dos custos contratuais totais sobre o total das receitas contratuais para o contrato deve ser reconhecido imediatamente como despesa.

Pessoal, reitero que esses tópicos acima estudados sobre o Método da Percentagem Completada é o que vem sendo exigido em prova. Foque seu estudo nesse ponto, pois é provável que as futuras exigências do CPC 17 se concentrem aqui!

É claro que para ver como o assunto vem sendo exigindo, separei uma questão bem interessante que vai servir como um “exemplo real”! Bora pra action!

3. (FBC/Exame de Suficiência do CFC/Bacharel/2015.2) Uma Sociedade

Empresária assina um contrato de longo prazo, para a construção de um navio. O preço atual do navio é de R$390.000,00, e o custo estimado da obra é de R$285.000,00.

No primeiro ano, a Sociedade Empresária incorre em custos, no valor de R$67.500,00, diretamente vinculados à produção do navio.

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Com base nos dados apresentados e considerando-se a NBC TG 30 – Receitas e a NBC TG 17 – Contratos de Construção, especificamente, Método da Percentagem Completada, o valor do Lucro Bruto a ser apresentado pela empresa no primeiro ano é de:

a) R$11.682,69. b) R$15.986,84. c) R$24.868,42. d) R$92.368,42.

Pessoal, o método da percentagem completada consiste basicamente em confrontar as receitas com os custos incorridos em um determinado período tomando-se tendo como referência o estágio de execução do contrato. Assim, para resolver esse tipo de questão, siga os seguintes passos:

Passo 1 – Identificação do percentual de execução do contrato

Custo contratual total estimado = 285.000,00 (100%) Custo incorrido no primeiro ano = 67.500,00 (23,68%*)

*23,68% = (67.500/285.000)

Passo 2 – Cálculo da receita do período

Para calcular a receita do período (no caso da questão o primeiro ano), basta multiplicar a receita total estimada pelo percentual de execução do contrato (passo 1). Assim, temos:

Receita do período = 390.000 x 23,68% = 92.352,00

Passo 3 – Cálculo do Lucro Bruto

Para calcular o lucro bruto, basta confrontar a receita do período (passo 2) com o custo incorrido do período (informado pela questão). Assim, temos: Lucro Bruto = 92.352,00 – 67.500,00 = 24.852,00

Gabarito: C

E aí, galera! Alguma dificuldade na aplicação do método? Tranquilo, não é mesmo! Vamos fixar nosso conhecimento por meio de outra questão já

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exigida em concurso! É claro que a FGV não poderia ficar de fora! Pensa numa banca que gosta dos CPCs!

4. (FGV/Analista/Contabilidade/DPE-MT/2015) Um estaleiro constrói

navios por períodos de longo prazo. Em janeiro de 2013 ele assinou um contrato para construção de um navio no valor total de R$ 800.000,00. Para a obra são estimados R$ 500.000,00 de custos totais.

No ano de 2013 a empresa incorreu em R$ 80.000,00 de custos.

Considerando apenas esses fatos, assinale o valor do resultado bruto na Demonstração do Resultado do Exercício da empresa, em 31/12/2013. a) -R$ 80.000,00. b) R$ 30.000,00. c) R$ 48.000,00. d) R$ 300.000,00. e) R$ 720.000,00.

Bora aplicar nosso passo a passo para “detonar” essa questão? Então, “sigam-me os bons”, como diria o saudoso Chapolim Colorado 

Passo 1 – Identificação do percentual de execução do contrato

Custo contratual total estimado = 500.000,00 (100%) Custo incorrido em 2013 = 80.000,00 (16%*)

*16% = (80.000/500.000)

Passo 2 – Cálculo da receita do período

Para calcular a receita do período (2013), basta multiplicar a receita total estimada pelo percentual de execução do contrato (passo 1). Assim, temos: Receita do período = 800.000 x 16% = 128.000,00

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Passo 3 – Cálculo do Lucro Bruto

Para calcular o lucro bruto, basta confrontar a receita do período (passo 2) com o custo incorrido do período (informado pela questão). Assim, temos: Lucro Bruto = 128.000,00 – 80.000,00 = 48.000,00

Gabarito: C

Galera, essas duas questões acima estudadas ilustram como o método da percentagem completada vem sendo exigido em prova. Outra forma de exigência é claro pode ser teórica. Veja a questão abaixo exigida pela VUNESP.

5. (VUNESP/Agente/Contábil e Financeiro/CM Jabo/2015) A respeito do

reconhecimento de receita na demonstração financeira de uma entidade, quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência

a) na conclusão da obra, quando os custos poderão ser apurados com mais propriedade.

b) o contrato que o suporta, seguindo as cláusulas contratuais financeiras (financial clause).

c) a emissão das notas fiscais de serviços.

d) o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao término do período de reporte.

e) a ocasião em que for provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a entidade

Nos termos do CPC 17, quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao término do período de reporte.

Gabarito: D

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O CPC 17 ressalta que a entidade contratada (fornecedora dos serviços) pode ter incorrido em custos que estejam relacionados com uma atividade futura do contrato. Referidos custos contratuais devem ser reconhecidos como ativo, caso seja provável que venham a ser recuperados. Esses custos representam uma quantia devida pelo contratante (cliente) e muitas vezes são classificados como trabalho em andamento.

Organizando essa teoria, temos:

Custos que estejam relacionados com uma atividade futura do contrato

Representam uma quantia devida pelo contratante (cliente)

=

Direito da empresa contratada (fornecedora dos serviços)

Devem ser reconhecidos como ativo

O CPC 17 destaca, ainda, que a conclusão de um contrato de construção só pode ser estimada com confiabilidade quando for provável que os benefícios econômicos a ele associados fluirão para a entidade. Entretanto, quando houver incerteza acerca da realização de quantia incluída na receita do contrato e já reconhecida como receita na demonstração do resultado, o montante não realizável ou cuja recuperação deixou de ser

provável deve ser reconhecido como despesa e não como ajuste às

receitas do contrato.

Estimativas Confiáveis

Pessoal, conforme já estudamos, quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio

de execução da atividade contratual ao término do período de reporte.

Pois bem... o CPC 17 nos informa algumas condições para que a empresa considere uma estimativa como confiável. Além disso, estabelece alguns detalhes na determinação do estágio de execução. Vamos estudar agora esses pontos.

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Segundo o CPC 17, a entidade geralmente está em condições de fazer estimativas confiáveis após firmar um contrato que estabeleça:

a) os direitos de cada uma das partes, exercíveis coercitivamente (enforceable), no que diz respeito ao ativo a ser construído;

b) a contraprestação a ser dada em troca; e c) a forma e os termos da liquidação.

Para tanto, é usualmente necessário que a entidade possua registros financeiros e contábeis confiáveis e um sistema orçamentário eficaz. A entidade deve rever e, quando necessário, revisar as estimativas da receita e dos custos do contrato na medida em que o trabalho progride. A necessidade de revisão não significa que a conclusão do contrato não possa ser estimada com confiabilidade.

Assim, organizando essas condições dispostas no pronunciamento, temos:

Condições para que a empresa possa estimar confiavelmente a conclusão de um contrato

Contrato deve estabelecer...

 os direitos de cada uma das partes, exercíveis coercitivamente;  a contraprestação a ser dada em troca;

 a forma e os termos da liquidação

Além disso, é usualmente necessário ...

 registros financeiros;

 sistema orçamentário eficaz.

Professor, e se essas condições não estiverem presentes, o que a empresa deve fazer?

Nesses casos, o CPC 17 nos indica as seguintes orientações:

Quando a conclusão de um contrato de construção não puder ser estimada com confiabilidade:

 a receita deve ser reconhecida somente na extensão em que seja

provável que os custos do contrato incorridos serão recuperados (1); e 01699177899

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 os custos do contrato devem ser reconhecidos [imediatamente] como

despesa no período em que forem incorridos (2).

Além disso, o CPC 17 destaca que a perda esperada em um contrato de construção deve ser reconhecidaimediatamente como despesa.

Veja que o reconhecimento da perda é imediato! Aqui o examinador pode afirmar que a perda pode ser reconhecida ao longo do tempo de execução do contrato, de acordo com o estágio de execução induzindo você ao erro... fique alerta!

O CPC 17 nos explica melhor esses pontos [(1) e (2)],, vamos transcrever aqui esses itens, pois já foram alvo de exigência em prova, conforme veremos na sequência.

(1) Durante os estágios iniciais de um contrato, muitas vezes, não é possível estimar com confiabilidade a sua conclusão. Não obstante, pode ser provável que a entidade consiga recuperar os custos do contrato incorridos. Assim, a receita do contrato deve ser reconhecida somente na extensão dos custos incorridos cuja recuperação seja esperada. Uma vez que a conclusão do contrato não possa ser estimada com confiabilidade, nenhum lucro deve ser reconhecido. Entretanto, mesmo que a conclusão do contrato não possa ser estimada com confiabilidade, pode ser provável que o total de custos exceda o total

de receitas do contrato. Nesses casos, qualquer excesso esperado do total de custos sobre o total de receitas do contrato deve ser reconhecido imediatamente como despesa.

(2) Os custos do contrato, cuja probabilidade de recuperação não seja provável, devem ser reconhecidos imediatamente como despesa. O CPC 17 fornece os seguintes exemplos de circunstâncias em que a recuperação dos custos de um contrato incorridos pode não ser provável e, portanto, devem ser reconhecidos imediatamente como despesa:

a) [contratos] que não dispõem de instrumentos de coerção para seu cumprimento integral, isto é, sua validade pode ser seriamente questionada;

b) [contratos] cuja conclusão está sujeita ao desfecho de litígio ou de legislação pendente;

c) [contratos] relacionados com propriedades que tenham a possibilidade de serem condenadas ou expropriadas;

(20)

d) [contratos] em que o contratante (cliente) está impossibilitado de cumprir com as suas obrigações; ou

e) [contratos] em que a entidade contratada (fornecedora dos serviços) é incapaz de completar o contrato ou de cumprir com as suas obrigações, nos termos do contrato.

Quando as incertezas, que impedem que a conclusão do contrato seja estimada com confiabilidade, deixarem de existir, a receita e as despesas associadas ao contrato de construção devem ser reconhecidas como receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio de execução.

6. (FBC/Exame de Suficiência do CFC/Técnico em Contabilidade/2012.1)

Uma empresa industrial assinou um contrato, a preço fixo, de construção de um bem, para entrega em 26 meses. Antes de iniciar a produção, percebeu que era provável que os custos totais do contrato superariam a receita total do contrato. Diante desse fato e com base na NBC TG 17, que trata dos Contratos de Construção, a perda esperada deverá ser reconhecida:

a) apenas no término do contrato. b) imediatamente no resultado.

c) no final do contrato no caso das construtoras. d) proporcionalmente à execução do contrato.

Segundo o CPC 17 (NBC TG 17), mesmo que a conclusão do contrato não possa ser estimada com confiabilidade, pode ser provável que o total de

custos exceda o total de receitas do contrato. Nesses casos, qualquer excesso esperado do total de custos sobre o total de receitas do contrato deve ser reconhecido imediatamente como despesa (no resultado).

Gabarito: B

Pessoal, não sei se ficou claro que temos duas possibilidades no

reconhecimento das receitas e dos custos incorridos. Para ajudar a

visualizar, que tal esquematizar! 01699177899

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Reconhecimento das receitas e dos custos incorridos (despesas)

(CPC 17 – Contratos de Construção)

Pessoal, essa sistemática de reconhecimento de receitas e despesas e a aplicação do método da percentagem completada é o ponto central de todo o CPC 17. Logo, se você entendeu essa lógica terá grande probabilidade de detonar eventuais exigências sobre o CPC 17.

De qualquer forma, ainda nos restam alguns pontos para finalizar o CPC 17... vamos estudá-los! Moral nessa carcaça!

A conclusão do contrato de construção pode ser ESTIMADA

COM CONFIABILIDADE?

SIM

NÃO

A receita e as despesas associadas ao contrato de construção devem ser

reconhecidas como receitas e

despesas, respectivamente, tomando

como referência o estágio de

execução.

Aplicação do Método da Percentagem Completada

A receita deve ser reconhecida

somente na extensão em que seja provável que os custos do contrato incorridos serão recuperados;

Os custos do contrato devem ser

reconhecidos imediatamente como

despesa no período em que forem incorridos.

(22)

Como determinar o estágio de execução...

Nos termos do CPC 17, o estágio de execução (stage of completion) de um contrato pode ser determinado de várias maneiras. A entidade deve usar o método que mensure com confiabilidade o trabalho executado.

Dependendo da natureza do contrato, os métodos podem contemplar: a) a proporção dos custos incorridos com o trabalho executado até a data, vis-à-vis os custos totais estimados do contrato;

b) medição do trabalho executado; ou c) evolução física do trabalho contratado.

Os pagamentos parcelados e os adiantamentos recebidos dos

clientes não refletem, necessariamente, o trabalho executado e não devem servir de parâmetro para mensuração da receita.

Pessoal, esses “nãos” destacados são muito explorados pelos examinadores. Veja como fica fácil elaborar uma questão teórica sobre esse ponto.

7.(Questão Inédita) Segundo o CPC 17 (R1) – Contratos de Construção,

as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao término do período de reporte. Sobre o assunto, julgue o item a seguir:

Para mensurar com confiabilidade o trabalho executado, a empresa pode usar como parâmetro os pagamentos parcelados e os adiantamentos recebidos dos clientes, os quais acabam refletindo o trabalho executado e, consequentemente, servem de parâmetro para mensuração da receita. Veja, meus camaradas, que se o(a) candidato(a) não está ligado(a) no assunto, provavelmente incorra em erro, pois o item parece bem razoável, não é mesmo? Essa é outra forma clássica de elaboração de questões, notadamente utilizada pelo CESPE.

(23)

Conforme estudamos, os pagamentos parcelados e os adiantamentos recebidos dos clientes não refletem, necessariamente, o trabalho executado e não devem servir de parâmetro para mensuração da receita.

Gabarito: Errado

Segundo o CPC 17, quando o estágio de execução for determinado com base nos custos do contrato incorridos até a data, somente aqueles custos do contrato que reflitam o trabalho executado devem ser incluídos nos custos incorridos até a data. São exemplos de custos do contrato que não devem ser considerados como incorridos:

a) custos que se relacionem com as atividades futuras do contrato, tais como os custos de materiais que tenham sido entregues no local da obra ou reservados para posterior utilização, mas que não tenham sido instalados, usados ou aplicados durante a execução do contrato, a menos que tais materiais tenham sido produzidos especificamente para o contrato; e

b) pagamentos antecipados a subcontratados por trabalho a ser executado nos termos de um subcontrato.

RECONHECIMENTO DE PERDA ESPERADA

Galera, aqui nesse ponto basicamente o CPC 17 replica alguns pontos que estudamos sobre reconhecimento de perda.

Nos termos do CPC 17, quando for provável que os custos totais do

contrato excederão a receita total do contrato, a perda esperada deve ser reconhecida imediatamente como despesa.

Nesse sentido, o montante de tal perda deve ser determinado independentemente:

a) de ter sido iniciado ou não o trabalho relativo ao contrato; b) do estágio de execução da atividade do contrato; ou

c) do montante de lucros que se tem a expectativa de advir de outros contratos, que não são tratados como um contrato de construção único.

(24)

ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS

Segundo o CPC 17, o método da percentagem completada deve ser

aplicado em base cumulativa, em cada período contábil, às estimativas correntes de receita e de custos do contrato. Por essa

razão, os efeitos de mudança na estimativa da receita e dos custos do contrato, ou os efeitos de mudança de estimativa na conclusão de um contrato, devem ser contabilizados como uma mudança de estimativa contábil, conforme estudaremos no âmbito do CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

As estimativas alteradas devem ser usadas na determinação do

montante de receitas e despesas reconhecido na demonstração do resultado, no período em que a mudança for feita e em períodos

subsequentes.

...

Bem... chegamos ao final de mais um Pronunciamento Técnico. Acredito que com o que vimos acima estamos em totais condições de detonar eventual exigência sobre o CPC 17. Lembrando que esse pronunciamento vem sendo pouco exigido em provas, devido talvez à sua restrita aplicabilidade. De qualquer forma, como o nosso objetivo é detonar qualquer questão de prova sobre os CPCs, não podemos deixar qualquer detalhe possível passar. Uma preparação de alto nível requer um maior esforço, mas a recompensa certamente virá em breve. Vamos nos manter motivados, pois a hora de estudar é agora. Depois que o edital sair fica humanamente impossível estudar detalhadamente todos os tópicos importantes dos Pronunciamentos.

P.S. Todas as questões que encontramos sobre o CPC 17 estão na aula. Caso você encontre mais questões, por favor me envie para que eu comente e inclua na aula, ok?

Sugiro agora você dar um intervalo no estudo ou estudar outra disciplina para, então, prosseguir na missão aqui com o estudo do CPC 20 – Custos de Empréstimos. Agora se você está com “sangue nos olhos”, motivado e com disposição, é claro que deve aproveitar ao máximo essa disposição. Keep walking!

(25)

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

Objetivo

Galera, o objetivo do CPC 20 é estabelecer procedimentos quanto à contabilização dos custos de empréstimos.

Alcance (aplicabilidade)

A entidade deve aplicar o CPC 20 na contabilização dos custos de empréstimos de ativos qualificáveis (em regra), conforme definições abaixo estudadas.

O Pronunciamento não trata do custo real ou imputado a títulos patrimoniais (custo do capital próprio), incluindo ações preferenciais classificadas no patrimônio líquido.

Além disso, o CPC 20 destaca que a entidade não é requerida a aplicar o Pronunciamento aos custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de:

a) ativo qualificável mensurado por valor justo, como, por exemplo, ativos biológicos;

b) estoques que são manufaturados ou de outro modo produzidos, em larga escala e em bases repetitivas.

Definições

Custos de empréstimos  são juros e outros custos que a entidade

incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

Segundo o CPC 20, os custos de empréstimos incluem:

a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva de juros como descrito nos CPC 08 e CPC 38;

CPC 20 (R1) – Custos dos Empréstimos

(26)

b) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis

financeiros reconhecidos de acordo com o CPC 06 – Operações de

Arrendamento Mercantil; e

c) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda

estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste,

para mais ou para menos, do custo dos juros.

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um

período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser considerados ativos qualificáveis:

a) estoques;

b) plantas industriais para manufatura; c) usinas de geração de energia;

d) ativos intangíveis;

e) propriedades para investimentos; f) plantas portadoras.

O CPC 20 destaca que ativos financeiros e estoques que são

manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto

período de tempo, não são ativos qualificáveis.

Além disso, os ativos que estão prontos para seu uso ou venda

pretendidos quando adquiridos não são ativos qualificáveis. Exemplo clássico desses ativos são as mercadorias para revenda.

Pessoal, esses exemplos costumam ser uma boa fonte para exigências em provas. Vamos ver como pode ser exigido na sua prova?

8.(Questão inédita) Segundo o CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos,

ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. Os ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando adquiridos são exemplos de ativos qualificáveis.

(27)

Para fixar! O CPC 20 destaca que ativos financeiros e estoques que são

manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto

período de tempo, não são ativos qualificáveis. Além disso, os ativos que

estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando adquiridos não são ativos qualificáveis.

Gabarito: Errado

Agora vamos ver um “exemplo real” de exigência. Para variar a FCC encheu a questão de detalhes para acabar com os aventureiros.

9. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-RO/2013) A Cia. Tetra

comercializa equipamentos de informática e, em 01/01/2013, obteve um empréstimo bancário para compra de mercadorias para revenda no valor de R$ 105.000,00 para ser pago em 4 prestações mensais de R$ 27.575,49 cada, com vencimento da primeira parcela em 31/01/2013. A empresa adquiriu mercadorias no valor de R$ 100.000,00 em 01/02/2013, sendo totalmente revendidas para um único cliente em 31/03/2013 para recebimento em abril de 2013. Sabendo que a taxa efetiva de juros do empréstimo é de 2% ao mês, é correto afirmar que a Cia. Tetra

a) deveria capitalizar R$ 2.000,00 de custos dos empréstimos para os estoques.

b) deveria capitalizar R$ 2.100,00 de custos dos empréstimos para os estoques.

c) deveria capitalizar R$ 4.040,00 de custos dos empréstimos para os estoques.

d) deveria capitalizar R$ 2.661,28 de custos dos empréstimos para os estoques.

e) não poderia capitalizar custos dos empréstimos para os estoques.

Veja que nesse caso temos uma aquisição de mercadorias para revenda. Conforme estudamos, mercadorias para revenda não se enquadram no conceito de ativo qualificável. Logo, a empresa não pode capitalizar custos de empréstimos para o estoque dessas mercadorias. Nesse caso, ela deve apropriar esses custos como despesa no período em que forem incorridos, conforme veremos na sequência da aula.

(28)

Gabarito: E

RECONHECIMENTO

Segundo o CPC 20, a entidade deve capitalizar os custos de

empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de empréstimos como despesa no período em que são incorridos. Assim, temos:

Custos de empréstimos diretamente atribuíveis  reconhecido

como ativo

Outros custos de empréstimos  reconhecido como despesa

O CPC 20 destaca os seguintes requisitos para capitalizar os custos de empréstimos diretamente atribuíveis como parte do custo do ativo:

 deve ser provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade; e

 tais custos devem ser mensurados com confiabilidade.

Veja que o CPC 20 apenas aplica aqui os critérios para reconhecimento dos ativos de um modo geral. Para reconhecer qualquer ativo esses dois critérios devem ser satisfeitos. Logo, o CPC 20 apenas reforça isso.

Vamos ver mais uma questão teórica sobre o que estudamos até o momento!

10. (FUNCAB/Analista de Contabilidade/PRODAM-AM/2014) Os custos de

empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Com relação aos aspectos relativos aos custos de empréstimos, é correto afirmar:

a) Dependendo das circunstâncias, uma usina de geração de energia pode ser considerada um ativo qualificável.

b) Os custos de empréstimos incluem os dividendos pagos em que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

(29)

c) Os custos de empréstimos incluem as variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda estrangeira na medida em que elas são consideradas como provisões, para mais ou para menos, do custo dos juros.

d) Os estoques que são manufaturados, ou produzidos, ao longo de um curto período de tempo, são ativos qualificáveis.

e) Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável devem ser capitalizados como parte do custo do ativo, quando for improvável que eles resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com segurança.

Vamos analisar as opções.

a. Certo. Segundo o CPC 20, dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser considerados ativos qualificáveis:

a) estoques;

b) plantas industriais para manufatura;

c) usinas de geração de energia;

d) ativos intangíveis;

e) propriedades para investimentos; f) plantas portadoras.

b. Errado. Não há essa previsão no CPC 20. Vale destacar que o CPC 20

não trata do custo real ou imputado a títulos patrimoniais (custo do capital

próprio), incluindo ações preferenciais classificadas no patrimônio líquido. c. Errado. Segundo o CPC 20, os custos de empréstimos incluem:

[...]

c) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda

estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste,

para mais ou para menos, do custo dos juros.

Veja que o examinador alterou a expressão “ajuste” por “provisões”, tornando a opção errada.

d. Errado. O CPC 20 destaca que ativos financeiros e estoques que são

manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto

período de tempo, não são ativos qualificáveis. 01699177899

(30)

e. Errado. Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável devem ser capitalizados como parte do custo do ativo, quando for provável que eles resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com segurança.

Gabarito: A

Agora, que tal ver uma questão padrão FGV, atualmente a banca mais temível na exigência dos CPCs!?

11. (FGV/Contador Corporativo/CODEMIG/2015) A Cia. Invest, após

criterioso estudo de demanda e viabilidade, decidiu construir um edifício empresarial na principal avenida da cidade, com custos estimados em R$ 7 milhões, e prazo de três anos para construção. Como não dispunha do capital para o investimento, a Cia. Invest recorreu ao crédito bancário. Não obtendo aprovação integral em nenhum dos bancos, a entidade optou por aceitar as taxas e condições de três instituições diferentes para levantar os

recursos necessários. Os empréstimos foram obtidos conforme

apresentado no quadro em janeiro de 20x5.

Nas demonstrações contábeis de 20x5, o valor que poderá ser capitalizado como custo de construção do edifício empresarial, de acordo com o CPC 20 (R1) - Custos de Empréstimos é:

a) R$ 901.250,00; b) R$ 987.500,00; c) R$ 1.287.500,00; d) R$ 2.703.750,00;

e) não deverá reconhecer os juros no custo de construção, pois o edifício empresarial não é um ativo qualificável.

Veja que logo no início a banca nos fornece algumas características que permitem enquadrar a construção do edifício como um ativo qualificável,

(31)

pois demanda três anos para construção, ou seja, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para uso. Lembre-se do conceito de ativo qualificável:

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um

período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

Com isso já excluímos a opção “E”. Agora vamos ver quanto que poderá ser capitalizado. Para tanto, vamos calcular os custos dos empréstimos obtidos:

Banco A  2.500.000,00 x 12,5% = 312.500,00 Banco B  4.500.000,00 x 15% = 675.000,00 Banco C  3.000.000,00 x 10% = 300.000,00 Total dos empréstimos = 1.287.500,00

A banca não deixou claro, mas percebe-se que foram obtidos 10 milhões de empréstimos, sendo apenas 7 milhões utilizados para a construção do edifício, ou seja, 70%.

Assim, poderá ser capitalizado 70% de 1.287.500,00, totalizando

901.250,00.

Gabarito: A

CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS ELEGÍVEIS À CAPITALIZAÇÃO

O CPC 20 informa que os custos de empréstimos que são atribuíveis diretamente à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são aqueles que seriam evitados se os gastos com o ativo qualificável não tivessem sido feitos. Quando a entidade toma emprestados recursos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável particular, os custos do empréstimo que são diretamente atribuíveis ao ativo qualificável podem ser prontamente identificados.

Nesse sentido, na extensão em que a entidade toma recursos emprestados especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável, a entidade deve determinar o montante dos custos dos empréstimos elegíveis à capitalização como sendo aqueles efetivamente incorridos sobre

tais empréstimos durante o período, menos qualquer receita

(32)

financeira decorrente do investimento temporário de tais empréstimos (1).

(1) Os contratos financeiros para um ativo qualificável podem resultar em a entidade

obter recursos de empréstimos e incorrer em custos de empréstimos associados antes que parte ou todos os recursos sejam utilizados para gastos com o ativo qualificável. Nessas circunstâncias, os recursos são frequentemente investidos até que se incorra em gastos com o ativo qualificável. Na determinação do montante de custos de empréstimos elegíveis à capitalização durante o período, quaisquer receitas financeiras ganhas sobre tais recursos devem ser deduzidas dos custos dos empréstimos incorridos.

Ainda sobre o assunto, o CPC 20 estabelece que àmedida que a entidade toma recursos emprestados sem destinação específica e os utiliza com o propósito de obter um ativo qualificável, a entidade deve determinar o montante dos custos dos empréstimos elegíveis à capitalização aplicando uma taxa de capitalização aos gastos com o ativo. A taxa de

capitalização deve ser a média ponderada dos custos dos empréstimos aplicáveis aos empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

Esse tópico já foi exigido pela FCC, senão vejamos:

12. (FCC/Analista de Controle Externo/Contabilidade/TCE-GO/2014) O

montante dos custos dos empréstimos elegíveis à capitalização que são tomados sem que a entidade identifique de forma específica para quais ativos qualificáveis serão utilizados para aquisição deve utilizar como taxa de capitalização

a) a variação da taxa SELIC vigente durante o período dos empréstimos, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

b) o custo total de empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

c) a média ponderada dos custos dos empréstimos aplicáveis aos empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

(33)

d) a variação da TJLP vigente durante o período dos empréstimos, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

e) a média ponderada dos custos do total de empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

Para fixar! A taxa de capitalização deve ser a média ponderada dos

custos dos empréstimos aplicáveis aos empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

Gabarito: C

Além disso, o CPC 20 destaca que o montante dos custos de empréstimos que a entidade capitaliza durante um período não deve exceder o montante dos custos de empréstimos incorridos durante esse período. Bem óbvio, não é mesmo?!

EXCESSO DO VALOR CONTÁBIL DO ATIVO QUALIFICÁVEL SOBRE O MONTANTE RECUPERÁVEL

Segundo o CPC 20, quando o valor contábil ou o custo final esperado do ativo qualificável exceder seu montante recuperável ou valor líquido de realização, o valor contábil deve ser baixado de acordo com requerido no CPC 01 (Redução ao valor Recuperável de Ativos). Em certas circunstâncias, o montante da baixa pode ser revertido de acordo com o CPC 01.

INÍCIO DA CAPITALIZAÇÃO

Segundo o CPC 20, a entidade deve iniciar a capitalização dos custos de empréstimos como parte do custo de um ativo qualificável na data de

início.

Sério? Sacanagem, né pessoal... “a entidade deve iniciar a capitalização na data de início” rsrsrs

(34)

Mas, fica na paz que o CPC 20 explica o que seria essa data de início rsrsrs A data de início para a capitalização é a primeira data em que a entidade

satisfaz todas as seguintes condições:

a) incorre em gastos com o ativo;

b) incorre em custos de empréstimos; e

c) inicia as atividades que são necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos.

Segundo o CPC 20, gastos com o ativo qualificável incluem somente

aqueles gastos que resultam em pagamento em caixa, transferências de outros ativos ou assunção de passivos onerosos.

Gastos são reduzidos por meio de qualquer recebimento intermediário e subvenção recebida relacionada ao ativo. O saldo contábil médio do ativo durante um período, incluindo os custos de empréstimos anteriormente capitalizados, constitui normalmente uma aproximação razoável dos gastos sobre os quais a taxa de capitalização deve ser aplicada nesse período. Finalizando esse tópico, o CPC 20 esclarece que as atividades necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos abrangem mais do que a construção física do ativo. Elas incluem trabalho técnico e administrativo anterior ao início da construção física, tais como atividades associadas à obtenção de permissões para o início da construção física. Entretanto, tais atividades excluem a de manter um ativo quando nenhuma produção ou nenhum desenvolvimento que altere as condições do ativo estiverem sendo efetuados.

Exemplo: os custos de empréstimos incorridos enquanto um terreno está em preparação devem ser capitalizados durante o período em que tais atividades relacionadas ao desenvolvimento estiverem sendo executadas. Entretanto, custos de empréstimos incorridos enquanto o terreno adquirido para fins de construção for mantido sem nenhuma atividade de preparação associada não se qualificam para capitalização.

SUSPENÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO

A entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos durante períodos extensos em que suspender as atividades de desenvolvimento de um ativo qualificável.

(35)

Exemplo: uma empresa de construção civil está construindo uma grande rodovia e, por restrições orçamentárias e financeiras, necessita suspender suas atividades por 3 meses. Nesse caso, a entidade deve suspender paralelamente a capitalização dos custos de empréstimos. Mais um item bem lógico do CPC 20. Veja que o CPC 20 “fala” em “períodos extensos”. Logo, nesse exemplo, se a obra parasse por uma semana não haveria necessidade de suspensão da capitalização dos custos de empréstimos. O CPC 20 explica que a entidade pode incorrer em custos de empréstimos durante um período extenso em que as atividades necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos estão suspensas. Tais custos são custos de se manter os ativos parcialmente concluídos e não se qualificam para capitalização. Entretanto, a entidade normalmente não

suspende a capitalização dos custos de empréstimos durante um período em que substancial trabalho técnico e administrativo está sendo executado.

A entidade também não deve suspender a capitalização de custos de empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos.

Por exemplo, a capitalização deve continuar ao longo do período em que o nível elevado das águas atrasar a construção de uma ponte, se tal nível elevado das águas for comum durante o período de construção na região geográfica envolvida.

Pessoal, esses detalhes de suspensão de prazo vislumbro como uma boa oportunidade para o examinador exigir em prova. Quer um exemplo de como pode ser exigido na sua prova? Então se liga na questão abaixo:

13.(Questão Inédita) A empresa Construtora S.A está em fase de

construção de uma ponte para interligar duas importantes regiões produtoras de arroz da região da campanha no centro-oeste do Estado do Rio Grande do Sul. A entidade vem aplicando as disposições presentes no CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos para capitalizar os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à construção da ponte (ativo qualificável) como parte do custo do ativo. No entanto, referida região

(36)

historicamente é afetada por fortes chuvas no mês de julho, elevando o nível de águas da região e consequentemente causando atraso nas obras, o qual se mostra necessário para o processo de conclusão da ponte. Nesse sentido, considerando as disposições do CPC 20, assinale a opção que indica o procedimento correto a ser adotado pela empresa Construtora S.A. a) a empresa deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos tendo em vista o atraso temporário ocorrido pelo período de chuvas na região geográfica na qual está sendo realizada a construção da ponte. b) nesse período de atraso temporário, a empresa deverá considerar os custos de empréstimos como despesa do período.

c) a empresa não deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos nesse período de atraso temporário das obras apenas se houver substancial trabalho técnico e administrativo sendo executado. d) a empresa não deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos tendo em vista que o atraso temporário é necessário para à conclusão da construção da ponte.

e) a empresa deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos mesmo que nesse período ela aproveite para executar trabalhos técnicos e administrativos.

Conforme estudamos, segundo o CPC 20, a entidade normalmente não

suspende a capitalização dos custos de empréstimos durante um período em que substancial trabalho técnico e administrativo está sendo executado.

A entidade também não deve suspender a capitalização de custos de empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos. No caso apresentado pela questão, como o atraso é plenamente justificado pelo histórico de chuvas da região no período e é necessário para o bom andamento da obra e da conclusão da construção da ponte, a entidade deve, portanto, continuar a capitalizar o custo de empréstimos.

Gabarito: D

(37)

CESSAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO

Segundo o CPC 20, a entidade deve cessar a capitalização dos custos

de empréstimos quando substancialmente todas as atividades necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos estiverem concluídas.

Já ouviu aquele ditado “só termina quando acaba!”? Pois é... basicamente é essa a ideia do CPC 20, só que não! #SQN Rsrsrs

Como assim, professor! Calma... veja os próximos dispositivos do CPC 20. O CPC 20 informa que um ativo normalmente está pronto para seu uso ou venda pretendidos quando a construção física do ativo estiver

finalizada, mesmo que trabalho administrativo de rotina possa ainda

continuar.

Veja que se ainda existir rotinas administrativas relacionadas à construção do ativo, a empresa pode já considerar como pronto para uso ou venda, conforme o caso.

Além disso, nos termos do CPC 20, se modificações menores, tal como a decoração da propriedade sob especificações do comprador ou do usuário, resumirem-se a tudo o que está faltando, isso é indicador

de que substancialmente todas as atividades estão completas.

Assim, chegamos à seguinte conclusão:

A entidade deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos quando substancialmente todas as atividades necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos estiverem concluídas.

Atenção! Mesmo se trabalho administrativo de rotina possa ainda continuar ou, ainda, se modificações menores resumirem-se a tudo o que está faltando, a empresa deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos.

(38)

Ainda, segundo o CPC 20, quando a entidade completa a construção de um ativo qualificável em partes e cada parte pode ser utilizada enquanto a construção de outras partes continua, a entidade deve cessar a

capitalização dos custos de empréstimos quando completar

substancialmente todas as atividades necessárias ao preparo dessa parte para seu uso ou venda pretendidos.

Assim, a capitalização dos custos de empréstimos pode cessar por

partes, à medida que o ativo for ficando pronto, desde que cada parte

possa ser utilizada enquanto a construção de outras partes continua. Exemplos (CPC 20):

Um centro de negócios compreendendo diversos edifícios, cada um deles podendo ser utilizado individualmente, é um exemplo de ativo qualificável no qual cada parte está em condições de ser utilizada enquanto a construção das outras partes continua. Um exemplo de ativo qualificável que precisa estar completo antes de qualquer parte poder ser utilizada é uma planta industrial que envolve diversos processos que são executados sequencialmente nas diversas partes da planta no mesmo local, tal como uma siderúrgica.

DIVULGAÇÃO

Segundo o CPC 20, a entidade deve divulgar:

a) o total de custos de empréstimos capitalizados durante o período; e b) a taxa de capitalização utilizada na determinação do montante dos custos de empréstimos elegíveis à capitalização.

(39)

Pessoal, conforme já comentamos, todas as questões que encontrei sobre o CPC 17 estão comentadas na aula. Para o CPC 20, além das questões já comentadas ao longo da aula, encontrei mais três questões as quais passamos a analisar a seguir. Caso você tenha encontrado mais alguma questão sobre o assunto, favor encaminhe para que possamos comentá-la e editar a nossa aula, se for o caso.

14. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/2011) A empresa Revisa S.A. foi

contratada para ampliar a estrada de ferro Norte Leste. No período de inverno a região sofre muitos alagamentos, forçando a suspensão das obras por três meses. Com relação à capitalização dos custos dos empréstimos a empresa deve

a) suspender a contabilização, em decorrência dos fenômenos naturais. b) contabilizar somente 50% dos custos dos empréstimos.

c) encerrar a ativação e considerar a partir dessa data como despesa. d) continuar contabilizando normalmente.

e) registrar somente 25% dos custos dos empréstimos.

Conforme estudamos, a entidade não deve suspender a capitalização

de custos de empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos. Por exemplo, a capitalização deve continuar ao longo do

período em que o nível elevado das águas atrasar a construção de uma ponte, se tal nível elevado das águas for comum durante o período de construção na região geográfica envolvida.

Veja que o caso apresentado na questão se insere dentro do contexto apresentado no item acima do CPC 20.

Gabarito: D

15. (CESGRANRIO/Profissional Básico/Ciências Contábeis/BNDES/2013)

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20(R1), aprovado pela Questões Comentadas

Referências

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