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ANTT TÉCNICO ADMINISTRATIVO APOSTILA PREPARATÓRIA VOLUME

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Academic year: 2021

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(1)

VOLUME

01

ANTT

TÉCNICO ADMINISTRATIVO

LÍNGUA PORTUGUESA

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

RACIOCÍNIO LÓGICO

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

APOSTILA

(2)

AGÊNCIA NACIONAL DE

TRANSPORTES TERRESTRES

- VOLUME I

Língua Portuguesa

Noções de Direit o Administ rativo

Noções de Direit o Const it ucional

Noções de Informática

Raciocínio Lógico-Matemático

Ética no Serviço Público

(3)
(4)

05

2016 FOCUS CONCURSOS

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/1998. Proibida a

repro-dução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por

quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográficos, microfílmicos,

fotográficos, gráficos e outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às características

gráficas.

APOSTILA PREPARATÓRIA PARA TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA AGÊNCIA

NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES

Organizadores:

Vitor Matheus Krewer , Marcelo Adriano Ferreira

DIRETORIA EXECUTIVA

Evaldo Roberto da Silva

Ruy Wagner Astrath

PRODUÇÃO EDITORIAL

Vítor Matheus Krewer

DIAGRAMAÇÃO

Liora Vanessa Coutinho

Willian Brognoli

CAPA/ILUSTRAÇÃO

Rafael Lutinski

DIREÇÃO EDITORIAL

Vítor Matheus Krewer

Marcelo Adriano Ferreira

COORDENAÇÃO EDITORIAL

Vítor Matheus Krewer

Marcelo Adriano Ferreira

REVISÃO

Vítor Matheus Krewer

TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES

NÍVEL MÉDIO

Conhecimentos Gerais

(5)
(6)

APRESENTAÇÃO

Prezado aluno,

Est e material foi concebido para que você tivesse

a oportunidade de entrar em contato com os

conteú-dos necessários para realizar a prova do seu concurso.

Muit o esforço foi empregado para que fosse possível

ch egar à síntese de conteúdos que aqui est á propost a.

Na verdade, esse material é o resultado do trabalho

dos escrit ores que se dedicam – há bast ante tempo – à

preparação de candidatos para a realização de

concur-sos públicos.

A sugest ão é que você faça um est udo sist

emáti-co emáti-com o que est á nest e livro. Dit o de outra maneira:

você não deve pular partes dest e material, pois há uma

ideia de unicidade entre tudo que est á aqui publicado.

Cada exercício, cada capítulo, cada parágrafo, cada

li-nha dos textos será fundamental (serão fundamentais

em sua coletividade) para que sua preparação seja

ple-na.

Caso o seu objetivo seja a aprovação em um

con-curso público, saiba que partilhamos desse mesmo

ob-jetivo. Nosso sucesso depende necessariamente do seu

sucesso! Por isso, desejamos muit a força, concentração

e disciplina para que você possa “zerar” os conteúdos

aqui apresentados, ou seja, para que você possa est

u-PROFESSOR

Pablo Jamilk

dar tudo que verá aqui e compreender bem.

Desejamos que todo esse esforço se transforme em

quest ões corretas e aprovações em concursos.

(7)
(8)

09

PROPOSTA DA APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O CONCURSO DE

TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA ANTT - VOLUME I

O presente material tem como objetivo preparar candidatos para o certame da Agência Nacional de Transportes

Terrestres.

Com a finalidade de permitir um estudo autodidata, na confecção do material foram utilizados diversos recursos

didáticos, dentre eles, Dicas e Gráficos. Assim, o estudo torna-se agradável, com maior absorção dos assuntos

lecio-nados, sem, contudo, perder de vista a finalidade de um material didático, qual seja uma preparação rápida, prática

e objetiva.

Conhecimentos Básicos

LÍNGUA PORTUGUESA

1 Compreensão e interpretação de textos. 2

Tipolo-gia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica.

5 Emprego das classes de palavras. 6

Emprego/corre-lação de tempos e modos verbais 7 Emprego do sinal

indicativo de crase. 8 Sintaxe da oração e do período.

9 Pontuação. 10 Concordância nominal e verbal. 11

Re-gência nominal e verbal. 12 Significação das palavras.

13 Redação de Correspondências oficiais (Manual de

Redação da Presidência da República). 13.1 Adequação

da linguagem ao tipo de documento. 13.2 Adequação

do formato do texto ao gênero.

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

1 Noções de organização administrativa. 2

Adminis-tração direta e indireta, centralizada e descentralizada.

3 Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,

clas-sificação e espécies. 4 Agentes públicos. 4.1 Espécies e

classificação. 4.2 Cargo, emprego e função públicos. 5

Poderes administrativos. 5.1 Hierárquico, disciplinar,

regulamentar e de polícia. 5.2 Uso e abuso do poder. 6

Licitação. 6.1 Princípios, dispensa e inexigibilidade. 6.2

Modalidades. 7 Controle e responsabilização da

adminis-tração. 7.1 Controles administrativo, judicial e

legislati-vo. 7.2 Responsabilidade civil do Estado. Lei 8112/90. Lei

8666/93.

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

1 Constituição. 1.1 Conceito, classificações, princípios

fundamentais. 2 Direitos e garantias fundamentais. 2.1

Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos

so-ciais, nacionalidade, cidadania, direitos políticos,

parti-dos políticos. 3 Organização político-administrativa. 3.1

União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios.

4 Administração pública. 4.1 Disposições gerais,

servido-res públicos. 5 Poder legislativo. 5.1 Congservido-resso nacional,

câmara dos deputados, senado federal, deputados e

se-nadores. 6 Poder executivo. 6.1 atribuições do presidente

da República e dos ministros de Estado. 7 Poder

ário. 7.1 Disposições gerais. 7.2 Órgãos do poder

judici-ário. 7.2.1 Competências. 7.3 Conselho Nacional de

Jus-tiça (CNJ). 7.3.1 Composição e competências. 8 Funções

essenciais à justiça. 8.1 Ministério público, advocacia e

defensoria públicas.

INFORMÁTICA

1 Noções de sistema operacional (ambientes Linux e

Windows). 2 Edição de textos, planilhas e apresentações

(ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3 Redes de

com-putadores. 3.1 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos

e procedimentos de Internet e intranet. 3.2 Programas de

navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox

e Google Chrome). 3.3 Programas de correio eletrônico

(Outlook Express e Mozilla Thunderbirds). 3.4 Sítios de

busca e pesquisa na Internet. 3.5 Grupos de discussão.

3.6 Redes sociais. 3.7 Computação na nuvem (cloud

com-puting). 4 Conceitos de organização e de gerenciamento

de informações, arquivos, pastas e programas. 5

Segu-rança da informação. 5.1 Procedimentos de seguSegu-rança.

5.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 5.3

Apli-cativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware

etc.). 5.4 Procedimentos de backup. 5.5 Armazenamento

de dados na nuvem (cloud storage).

RACIOCÍNIO LÓGICO

1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética

e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função

pública. 5 Ética no Setor Público. 5.1 Decreto nº 1.171/

1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público

Civil do Poder Executivo Federal). 5.2 Lei nº 8.112/1990

e alterações: regime disciplinar (deveres e proibições,

acumulação, responsabilidades, penalidades) 5.3 Lei nº

8.429/1992: disposições gerais, atos de improbidade

ad-ministrativa. 6 Código de Ética da ANTT (Deliberação

ANTT 284/2009).

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética

e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função

pública. 5 Ética no Setor Público. 5.1 Decreto nº 1.171/

1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público

Civil do Poder Executivo Federal). 5.2 Lei nº 8.112/1990

e alterações: regime disciplinar (deveres e proibições,

acumulação, responsabilidades, penalidades) 5.3 Lei nº

8.429/1992: disposições gerais, atos de improbidade

ad-ministrativa. 6 Código de Ética da ANTT (Deliberação

ANTT 284/2009).

(9)
(10)

LÍNGUA

PORTUGUESA

PROFESSOR

Pablo Jamilk

Professor de Língua Portuguesa, Redação e Redação

Ofi cial. Formado em Letras pela Universidade Est adual

do Oest e do Paraná. Mest re em Letras pela

Universida-de Est adual do Oest e do Paraná. Doutorando em Letras

pela Universidade Est adual do Oest e do Paraná.

Espe-cialist a em concursos públicos, é professor em diversos

est ados do Brasil.

(11)
(12)

SUMÁRIO

13

SUMÁRIO

1. COMO ESTUDAR LÍNGUA PORTUGUESA ... 15

Introdução ...15

Morfologia: classes de palavras ...15

Artigo ...15

2. MORFOLOGIA ... 16

Adjetivo ...16

Classificação Quanto ao Sentido ...16

Classificação Quanto à Expressão ...16

Adjetivo x Locução Adjetiva ...16

Advérbio ...19 Conjunção ...19 Preposição ...20 Pronome ...20 Substantivo ... 23

3. SINTAXE ...25

Sujeito ... 25 Predicado ...26 Termos Integrantes ...26 Vozes Verbais ... 27

Tempos e Modos verbais ... 27

Formas Nominais do Verbo ... 28

Complementos Verbais ... 28

4. ACENTUAÇÃO GRÁFICA ...29

Antecedentes ... 29

Encontros vocálicos ...30

Regras de Acentuação ...30

Alterações do Novo Acordo Ortográfico ...31

Questões Gabaritadas ...31

5. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ... 31

Conceituação ...31

Concordância Verbal ...31

Regras com Verbos Impessoais ... 32

Concordância Nominal ... 33

6. CRASE ...34

Casos Proibitivos ...34 Casos Obrigatórios ... 35 Casos Facultativos ... 35 Questões Gabaritadas ...36

7. COLOCAÇÃO PRONOMINAL ...36

Posições dos Pronomes – Casos de Colocação ...36

Colocação Facultativa ... 37

Questões Gabaritadas ... 38

8. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL ...38

Principais Casos de Regência Verbal: ... 38

Regência Nominal ...40

9. PONTUAÇÃO ... 40

Questões Gabaritadas ...41

Ponto Final – Pausa Total. ...41

Ponto-e-Vírgula – Pausa Maior do que uma Vírgula e Menor do que um Ponto Final ...42

Dois-Pontos – Indicam Algum Tipo de Apresentação ...42

Aspas – Indicativo de Destaque. ...42

Reticências (...) ...43

Parênteses ...43

Travessão ...43

10. ORTOGRAFIA ...43

Definição ...43

Emprego de “E” e “I” ...43

Empregaremos o “I” ...43

(13)

14

SUMÁRIO

Emprego do SC ...44

Grafia da Letra “S” com Som de “Z” ... 45

11. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ...45

Tipologia Textual ...46

Texto Narrativo ...46

Texto Descritivo: ...46

Texto Dissertativo ...46

Leitura e Interpretação de Textos ...46

Vícios de Leitura ...46

Organização Leitora ...46

12. ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM ...47

Figuras de Linguagem ... 47

13. REESCRITURA DE SENTENÇAS ...48

Substituição ...48 Deslocamento ...49 Paralelismo ...49 Variação Linguística ...50

14. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ...50

Campo Semântico ...50

Sinonímia e Antonímia ...50

Hiperonímia e Hiponímia ...51

Homonímia e Paronímia ...51

15. REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS ...58

Aspectos da Correspondência Oficial ... 58

Documentos Norteadores da Comunicação Oficial ... 58

Os Vocativos e Pronomes de Tratamento Mais Utilizados ... 59

Concordância dos Termos Relacionados aos Pronomes de Tratamento ...60

Os Fechos Adequados para Cada Correspondência ...61

Identificação do Signatário ...61

Normas Gerais para Elaboração para Documentos Oficiais ...61

Destaques ...62 Documentos ... 65 Aviso ... 65 Ofício ... 65 Memorando...66 Requerimento ...66 Ata ... 67 Parecer... 67 Atestado ... 67 Certidão ... 68 Apostila ... 68 Declaração ... 68 Portaria ...69 Telegrama ...69 Exposição de Motivos ...69 Mensagem ...71 Fax ... 72 Correio Eletrônico ... 72 Questões Gabaritadas ... 73

(14)

CAPÍTULO 01 - Como Estudar Língua Portuguesa

15

1. COMO ESTUDAR LÍNGUA

PORTUGUESA

Introdução

A parte inicial desse material se volta para a

orienta-ção a respeito de como estudar os conteúdos dessa

dis-ciplina. É preciso que você faça todos os apontamentos

necessários, a fim de que sua estratégia de estudo seja

produtiva. Vamos ao trabalho!

Teoria: recomendo que você estude teoria em 30 %

do seu tempo de estudo. Quer dizer: leia e decore as

re-gras gramaticais.

Prática: recomendo que você faça exercícios em

40% do seu tempo de estudo. Quem quer passar tem que

conhecer o inimigo, ou seja, a prova.

Leitura: recomendo que você use os outros 30% para

a leitura de textos de natureza variada. Assim, não terá

problemas com interpretação na prova.

Níveis de Análise da Língua:

Fonético / Fonológico: parte da análise que estuda

os sons, sua emissão e articulação.

Morfológico: parte da análise que estuda a

estrutu-ra e a classificação das palavestrutu-ras.

Sintático: parte da análise que estuda a função das

palavras em uma sentença.

Semântico: parte da análise que investiga o

signifi-cado dos termos.

Pragmático: parte da análise que estuda o sentido

que a expressões assumem em um contexto.

Exemplo:

anote os termos da

análise.

O aluno fez a prova.

Morfologicamente falando, temos a

se-guinte análise:

O = artigo.

Aluno = substantivo.

Fez = verbo.

A = artigo.

Prova = substantivo.

Sintaticamente falando, temos a

se-guinte análise:

O aluno = sujeito.

Fez a prova = predicado verbal.

A prova = objeto direto.

Morfologia: classes de palavras

Iniciemos o nosso estudo pela Morfologia. Assim, é

mais simples para construir uma base sólida para a

re-flexão sobre a Língua Portuguesa.

Artigo: termo que particulariza um substantivo.

Ex.: o, a, um, uma.

Adjetivo: termo que qualifica, caracteriza ou indica

a origem de outro.

Ex.: interessante, quadrado, alemão.

Advérbio: termo que imprime uma circunstância

sobre verbo, adjetivo ou advérbio.

Ex.: mal, bem, velozmente.

Conjunção: termo de função conectiva que pode

criar relações de sentido.

Ex.: mas, que, embora.

Interjeição: termo que indica um estado emotivo

momentâneo.

Ex.: Ai! Ufa! Eita!

Numeral: termo que indica quantidade, posição,

multiplicação ou fração.

Ex.: sete, quarto, décuplo, terço.

Preposição: termo de natureza conectiva que

im-prime uma relação de regência.

Ex.: a, de, em, para.

Pronome: termo que retoma ou substitui outro no

texto.

Ex.: cujo, lhe, me, ele.

Substantivo: termo que nomeia seres, ações ou

conceitos da língua.

Ex.: pedra, Jonas, fé, humanidade.

Verbo: termo que indica ação, estado, mudança de

estado ou fenômeno natural e pode ser conjugado.

Ex.: ler, parecer, ficar, esquentar.

A partir de agora, estudaremos esses termos mais

pontualmente. Apesar disso, já posso antecipar que os

conteúdos mais importantes e mais cobrados em

concur-sos são: advérbios, conjunções, preposições, pronomes e

verbos.

Artigo

Termo que define ou indefine um substantivo,

par-ticularizando-o de alguma forma. Trata-se da partícula

gramatical que precede um substantivo.

Classificação:

Definidos: o, a, os, as.

(15)

16

LÍNGUA PORTUGUESA

Emprego do Artigo:

1 – Definição ou indefinição de termo.

Ex.: Ontem, eu vi o aluno da Sandra.

Ex.: Ontem, eu vi um aluno da Sandra.

2 – Substantivação de termo:

Ex.: O falar de Juliana é algo que me encanta.

3 – Generalização de termo (ausência do

arti-go)

Ex.: O aluno gosta de estudar.

Ex.: Aluno gosta de estudar.

4 – Emprego com “todo”:

Ex.: O evento ocorreu em toda cidade.

Ex.: O evento ocorreu em toda a cidade.

5 – Como termo de realce:

Ex.: Aquela menina é “a” dentista.

Observação: mudança de sentido pela flexão:

Ex.: O caixa / A caixa.

Ex.: O cobra / A cobra.

2. MORFOLOGIA

Adjetivo

Podemos tomar como definição de adjetivo a seguinte

sentença

“termo que qualifica, caracteriza ou

in-dica a origem de outro”. Vejamos os exemplos:

• Casa vermelha.

• Pessoa eficiente.

• Caneta alemã.

Veja que

“vermelha” indica a característica da casa;

“eficiente” indica uma qualidade da pessoa; e “alemã”

indica a origem da caneta. No estudo dos adjetivos, o

mais importante é identificar seu sentido e sua

classi-ficação.

Classificação Quanto ao Sentido

Restritivo: adjetivo que exprime característica que

não faz parte do substantivo, portanto restringe o seu

sentido.

Exemplo:

cachorro inteligente,

menina dedicada.

Explicativo: adjetivo que exprime característica

que já faz parte do substantivo, portanto explica o seu

sentido.

Exemplo:

treva escura, animal

mortal.

Classificação Quanto à Expressão

Objetivo: indica caraterística, não depende da

sub-jetividade.

Exemplo:

Roupa verde.

Subjetivo: indica qualidade, depende de uma

aná-lise subjetiva.

Exemplo:

Menina interessante.

Gentílico: indica origem

Exemplo:

Comida francesa.

Adjetivo x Locução Adjetiva

Essencialmente, a distinção entre um adjetivo e uma

locução adjetiva está na formação desses elementos. Um

adjetivo possui apenas um termo, ao passo que a locução

adjetiva possui mais de um termo. Veja a diferença:

Ela fez a sua leitura do dia.

Ela fez a sua leitura diária.

ADJETIVO

LOCUÇÃO ADJETIVA

A

abdômen abdominal abelha apícola abutre vulturino açúcar sacarino águia aquilino alma anímico aluno discente anjo angelical ano anual arcebispo arquiepiscopal aranha aracnídeo asno asinino audição ótico, auditivo

B

baço esplênico bispo episcopal boca bucal, oral

(16)

CAPÍTULO 02 - Morfologia

17

bode hircino boi bovino bronze brônzeo, êneo

C

cabeça cefálico cabelo capilar cabra caprino

campo campestre, bucólico ou rural cão canino

carneiro arietino Carlos Magno carolíngio

cavalo cavalar, equino, equídeo ou hí-pico

chumbo plúmbeo chuva pluvial cidade citadino, urbano cinza cinéreo coelho cunicular cobra viperino, ofídico cobre cúprico coração cardíaco, cordial crânio craniano criança pueril, infantil

D

dedo digital

diamante diamantino, adamantino dinheiro pecuniário

E

elefante elefantino enxofre sulfúrico esmeralda esmeraldino esposos esponsal

estômago estomacal, gástrico estrela estelar

F

fábrica fabril face facial falcão falconídeo farinha farináceo fera ferino ferro férreo

fígado figadal, hepático

filho filial fogo ígneo frente frontal

G

gado pecuário gafanhoto acrídeo garganta gutural gato felino gelo glacial gesso típseo guerra bélico

H

homem viril, humano

I

idade etário ilha insular irmão fraternal intestino celíaco, entérico inverno hibernal, invernal irmão fraternal, fraterno

J

junho junino

L

laringe laríngeo leão leonino lebre leporino leite lácteo, láctico lobo lupino lua lunar, selênico

M

macaco simiesco, símio, macacal madeira lígneo

mãe maternal, materno manhã matutino, matinal mar marítimo marfim ebúrneo, ebóreo mármore marmóreo memória mnemônico mestre magistral

moeda monetário, numismático monge monacal, monástico

(17)

18

LÍNGUA PORTUGUESA

morte mortífero, mortal, letal

N

nádegas glúteo nariz nasal neve níveo, nival noite noturno

norte setentrional, boreal nuca occipital

núcleo nucleico

O

olho ocular, óptico, oftálmico orelha auricular osso ósseo ouro áureo outono outonal ouvido ótico ovelha ovino

P

paixão passional pai paternal, paterno paixão passional pâncreas pancreático pântano palustre pato anserino pedra pétreo peixe písceo ou ictíaco pele epidérmico, cutâneo pescoço cervical

pombo colombino porco suíno, porcino prata argênteo ou argentino predador predatório professor docente prosa prosaico proteína protéico pulmão pulmonar pus purulento

Q

quadris ciático

R

raposa vulpino rio fluvial rato murino rim renal rio fluvial rocha rupestre

S

selo filatélico serpente viperino, ofídico selva silvestre sintaxe sintático sonho onírico

sul meridional, austral

T

tarde vesperal, vespertino terra telúrico, terrestre ou terreno terremotos sísmico tecido têxtil tórax torácico touro taurino trigo tritício

U

umbigo umbilical urso ursino

V

vaca vacum veia venoso velho senil vento eóleo, eólico verão estival víbora viperino vidro vítreo ou hialino virgem virginal virilha inguinal visão óptico ou ótico vontade volitivo voz vocal

Cuidados importantes ao analisar um adjetivo:

• Pode haver mudança de sentido:

• Homem pobre X Pobre homem.

Na primeira expressão, a noção é de ser desprovido

de condições financeiras; na segunda, a ideia e de

indiví-duo de pouca sorte ou de destino ruim.

(18)

CAPÍTULO 02 - Morfologia

19

Advérbio

Trata-se de palavra invariável, que imprime uma

cir-cunstância sobre verbo, adjetivo ou advérbio. É

impor-tante saber reconhecer os advérbios em uma sentença,

portanto anote esses exemplos e acompanhe a análise.

• Verbo.

• Adjetivo.

• Advérbio.

Categorias adverbiais: essas categorias resumem

os tipos de advérbio, mas não essencialmente todos os

sentidos adverbiais.

Afirmação: sim, certamente, claramente

etc.

Negação: não, nunca, jamais,

absolutamen-te.

Dúvida: quiçá, talvez, será, tomara.

Tempo: agora, antes, depois, já, hoje, ontem.

Lugar: aqui, ali, lá, acolá, aquém, longe.

Modo: bem, mal, depressa, debalde,

rapida-mente.

Intensidade: muito, pouco, demais, menos,

mais.

Interrogação: por que, como, quando,

onde, aonde, donde.

Designação: eis.

Advérbio x Locução Adverbial

A distinção entre um advérbio e uma locução

adver-bial é igual à distinção entre um adjetivo e uma locução

adjetiva, ou seja, repousa sobre a quantidade de termos.

Enquanto só há um elemento em um advérbio; em uma

locução adverbial, há mais de um elemento. Veja os

exemplos:

• Aqui, deixaremos a mala. (Advérbio)

• Naquele lugar, deixaremos a mala. (Locução

adverbial)

• Sobre o móvel da mesa, deixaremos a mala.

(Locução adverbial)

Conjunção

Pode-se definir a conjunção como um termo

invari-ável, de natureza conectiva que pode criar relações de

sentido (nexos) entre palavras ou orações. Usualmente,

as provas costumam cobrar as relações de sentido

ex-pressas pelas conjunções, desse modo, o recomendável

é empreender uma boa classificação e memorizar

algu-mas tabelas de conjunção.

Classificação das Conjunções

Coordenativas

Ligam termos sem dependência sintática. Isso quer

dizer que não desempenham função sintática uns em

relação aos outros.

Exemplo:

Machado escreveu

con-tos e poemas.

Drummond escreveu poemas e entrou

para a história.

Categoria

Conjunção

Exemplo

Aditiva

E, nem, não só... mas também, bem como, como também.

Pedro assistiu ao fil-me e fez um cofil-men- comen-tário logo após.

Adversativa

Mas, porém, contu-do, entretanto, toda-via, no entanto.

A criança caiu no chão, todavia não

chorou.

Alternativa

Ou, ora...ora, quer...

quer, seja...seja. Ora Márcio estu-dava, ora escrevia

seus textos.

Conclusiva

Logo, portanto, as-sim, então, pois (após o verbo).

Mariana estava do-ente; não poderia vir, pois, ao baile.

Explicativa

Que, porque, pois

(antes do verbo), porquanto.

Traga o detergente, porque preciso la-var essa louça.

Subordinativas

Ligam termos com dependência sintática:

Integrantes: Introduzem uma ORAÇÃO

SUBOR-DINADA SUBSTANTIVA.

Exemplo:

É fundamental que o

país mude sua política.

Maria não disse se faria a questão.

Adverbiais: Introduzem ORAÇÃO

SUBORDINA-DA ADVERBIAL.

São 9 tipos de conjunção:

Causal: já que, uma vez que, como, porque.

Comparativa: como, tal qual, mais (do)

que.

Condicional: caso, se, desde que, contanto

que.

Conformativa: conforme, segundo,

conso-ante.

Consecutiva: tanto que, de modo que, de

sorte que.

Concessiva: embora, ainda que, mesmo

que, apesar de que, conquanto.

Final: para que, a fim de que, porque.

Proporcional: à medida que, à proporção

que, ao passo que.

(19)

DIREITO

ADMINISTRATIVO

PROFESSOR

Robson Fach ini

Experiência em concursos públicos desde 1999,

ten-do siten-do aprovaten-do nos cargos de agente administ rativo

da prefeit ura de Ranch aria – SP, recenciador do IBGE,

agente de escolta e vigilância penit enciária – SP, agente

de segurança penit enciária – SP, agente penit enciário –

PR, agente penit enciário federal – MJ, analist a do

tribu-nal de contas do DF e atualmente aprovado para o cargo

de audit or de controle externo do tribunal de contas dos

municípios do est ado de Goiás. Formado em tecnologia

em gest ão pública pelo inst it uto tecnológico da

Univer-sidade Federal do Paraná e pós graduando em MBA em

gest ão pública. Professor de direit o administ rativo em

cursos preparatórios para concursos desde 2010.

(20)
(21)

SUMÁRIO

297

SUMÁRIO

1. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO, ESTADO E GOVERNO ... 299

Conceito de Direito ...299

Ramos do Direito ...299

Conceito de Direito Administrativo...299

Objeto do Direito Administrativo ...299

Fontes do Direito Administrativo ... 300

Sistemas Administrativos ... 300 Noções de Estado ...301 Formas de Estado ...301 Poderes do Estado ... 302 Noções de Governo ... 302 Sistemas de Governo ... 303 Formas de Governo ... 303 Questões Gabaritadas ... 304

2. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS ...304

Conceito de Administração Pública ... 304

Classificação da Administração Pública ...305

Comparação entre Governo e Administração Pública ...305

Administração Pública Direta ... 306

Administração Pública Indireta ... 306

Organização Administrativa da União ...307

Técnicas Administrativas ...308

Criação dos Entes da Administração Indireta ...310

Autarquia ...310

Fundação Pública ...311

Empresas Estatais (Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista) ... 312

Empresa Pública ... 312

Sociedade de Economia Mista ... 313

Entidades Paraestatais ... 314

Questões Gabaritadas ... 316

3. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 317

Regime Jurídico Administrativo ... 317

Princípios Fundamentais da Administração Pública ... 317

4. ÓRGÃOS PÚBLICOS E AGENTES PÚBLICOS ... 322

Órgão Público ...322 Agentes Públicos ...324 Questões Gabaritadas ...326

5. PODERES ADMINISTRATIVOS ... 327

Poder Hierárquico ...327 Poder Disciplinar ...328 Poder de Polícia ...328 Poder Regulamentar ... 331 Abuso de Poder ... 331 Questões Gabaritadas ...332

6. ATOS ADMINISTRATIVOS ... 333

Conceito de Atos Administrativos ...333

Características de Atos Administrativos ...333

Outros Conceitos Pertinentes ao Tema ...333

Elementos ou Requisitos de Validade dos Atos Administrativo ...334

Atributos dos Atos Administrativos ...336

Classificações de Atos Administrativos ...337

Espécies de Atos Administrativos ...339

Extinção dos Atos Administrativos / Desfazimento do Ato Administrativo ... 341

Convalidação ...342

7. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ... 343

Classificação do Controle da Administração Pública ...343

Espécies de Controle da Administração Pública ...346

8. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ... 350

Conceito de Improbidade Administrativa ...350

Fundamento Constitucional ...350

(22)

298

SUMÁRIO

9. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ...361

Responsabilidade Civil (Direito Civil) ...362 Classificação da Responsabilidade Civil ...362 Responsabilidade Civil do Estado em Decorrência da Atuação da Administração Pública ...363 Responsabilidade Civil do Estado em Decorrência de Atos Legislativos ...365 Responsabilidade Civil do Estado em Decorrência de Atos Judiciais...366 Ação de Reparação de Danos ...366 Ação Regressiva ...367

10. LICITAÇÃO ... 367

Base Constitucional...367 Competência Legislativa ...368 LEI 8.666/93 ...368 Tipos de Licitação e Modalidades de Licitação ...373 Contratação Direta ...373 Procedimento Licitatório ...376 Situações Especiais ...380 LEI 10.520/2002 ...382 Decreto Federal 5.450/2005 ...383 Regime Diferenciado de Contratações ...384 Questões Comentadas ...385

11. LEI 8.112/90 – ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO ... 386

Título I – Das Disposições Preliminares ...386 Título II - Do Provimento, Vacância, Remoção, Reditribuição e Substituição ...388 Título III – Dos Direitos e Vantagens ...394 Título IV – Do Regime Disciplinar... 403 Processo Administrativo Disciplinar ...407 Da Seguridade Social do Servidor ... 413 Questões Gabaritadas ... 417

(23)

CAPÍTULO 01 - Noções de Direito Administrativo, Estado e Governo

299

1. NOÇÕES DE DIREITO

ADMINISTRATIVO, ESTADO E

GOVERNO

O direito administrativo é o conjunto de regras que

orientam a atuação da administração pública e o

exercí-cio das atividades administrativas do Estado.

Sendo assim, o direito administrativo é a espécie de

direito que tem por objetivo definir as regras que

orien-tam a atuação do Estado como administrador da coisa

pública.

Sendo o direito administrativo uma espécie de

direi-to, para o bom entendimento da matéria, neste bloco

ire-mos conhecer o conceito de direito, os raire-mos do direito,

o conceito e objetos do direito administrativo, as fontes

do direito administrativo e os sistemas administrativos.

Conceito de Direito

Para uma boa compreensão do conceito de direito

administrativo, ou seja, do que é o direito administrativo,

e também qual a finalidade do direito administrativo, é

importante, em primeiro, plano compreender de forma

objetiva o que é o direito.

Direito é um conjunto de normas impostas

coativa-mente pelo Estado, que vão regular a vida em sociedade,

possibilitando a coexistência pacífica das pessoas.

Ramos do Direito

O direito é dividido em dois ramos distintos, são eles:

o direito privado e o direito público.

Direito Privado

O direito privado é caracterizado pela

regulamen-tação de interesses PRIVADOS. Neste ramo do direito,

existe um conflito entre particulares, ou seja, em um dos

lados da disputa tem um particular, seja este uma pessoa

física, ou uma pessoa jurídica, e do outro lado tem-se

ou-tro particular, tanto faz se ele é pessoa física ou pessoa

jurídica.

Em regra, o direito privado não regula relações entre

particulares e o Estado. Eventualmente o Estado pode

integrar um dos polos regulados pelo direito privado,

conforme veremos logo adiante.

Característica marcante do

direito privado é a

relação jurídica de igualdade estabelecida entre

as partes. Essa relação jurídica de igualdade também é

chamada de

relação jurídica horizontal.

O direito administrativo não faz parte do ramo do

di-reito privado, e como exemplos desse ramo do didi-reito

tem-se o direito civil o direito empresarial, dente outros.

Direito Público

O direito público é caracterizado pela

regulamenta-ção dos interesses públicos e o seu objetivo é a resoluregulamenta-ção

de conflitos que envolvam tais interesses contra os

inte-resses dos particulares. Nestes casos, em um dos lados

do conflito está o Estado, representante dos interesses da

coletividade, e do outro lado da disputa tem-se o

particu-lar (tanto faz esse particuparticu-lar ser pessoa física ou pessoa

jurídica), representando os seus próprios interesses.

No direito público, o Estado tem um tratamento

pri-vilegiado diante do particular, ou seja, as normas que

regulam o direito público conferem prerrogativas

espe-ciais ao Estado diante do particular, o que impede um

tratamento igualitário entre as partes.

A característica marcante do

direito público é a

relação jurídica de desigualdade estabelecida entre

os polos. Assim sendo, no direito público as partes são

tratadas com distinção de direitos, obrigações e

respon-sabilidades. Essa relação jurídica de desigualdade

tam-bém é chamada

de relação jurídica vertical.

O fundamento dessa relação jurídica vertical entre

o Estado e o particular, arbitrada pelo direito público é

encontrado no princípio da

supremacia do interesse

público, tal princípio preconiza que os interesses

pú-blicos (da coletividade) se sobrepõem aos interesses

pri-vados, e sendo o Estado o procurador dos interesses da

sociedade, a ele são conferidos poderes especiais para

conseguir defender o interesse da coletividade.

O direito administrativo faz parte do ramo do

direi-to público, e como outros exemplos do direidirei-to público

temos o direito constitucional, penal, processual penal,

tributário, dentre outras searas do direito.

Conceito de Direito Administrativo

O professor Hely Lopes Meirelles conceitua o

direi-to administrativo como sendo “o conjundirei-to harmônico de

princípios jurídicos que regem órgãos, agentes e

ativi-dades públicas que tendem a realizar concreta, direta e

imediatamente os fins desejados pelo Estado”.

A professora Maria Sylvia Di Pietro define o

Direi-to Administrativo como “o ramo do direiDirei-to público que

tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas

ad-ministrativas que integram a Administração Pública, a

atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens

de que se utiliza para a consecução de seus fins, de

na-tureza política.”

Objeto do Direito Administrativo

O direito administrativo tem dois objetos, a

adminis-tração pública e o exercício das atividades

administra-tivas do Estado.

O direito administrativo tem por objetivo regular as

relações da administração pública, sejam estas relações

de natureza interna entre as entidades que a compõe,

seus órgãos e agentes; ou relações de natureza externa

entre a administração e os administrados.

Além de ter por objeto a administração pública,

tam-bém é foco do direito administrativo o desempenho das

atividades públicas, tanto exercidas pelo próprio estado,

por meio da administração pública, ou exercidas por

al-gum particular, como no caso das concessões,

(24)

permis-300

DIREITO ADMINISTRATIVO

sões e autorizações de serviços públicos.

Resumidamente, pode-se dizer que o direito

adminis-trativo tem por objeto a administração pública e também

as atividades administrativas, independente de quem as

exerça.

Fontes do Direito Administrativo

O termo fonte dá ideia do lugar onde algo começa a

surgir. Sendo assim, por fontes do direito administrativo,

deve-se entender os lugares onde encontramos as suas

regras.

Todavia o direito administrativo não é codificado,

dessa forma, não é possível encontrarmos um código

que contemple as normas de direito administrativo como

acontece com o direito penal, civil, processual penal,

dentre outros. Para encontrarmos as normas de direito

administrativo temos que recorrer a diversas fontes.

São fontes do direito administrativo a lei, a

jurispru-dência, a doutrina e os costumes (praxe administrativa).

Veja a seguir as características de cada uma das fontes.

Lei

Em decorrência do princípio fundamental da

legali-dade, que orienta todo o direito administrativo, a lei é a

fonte primária e principal do direito administrativo. A

lei vincula a atuação da administração pública dos três

poderes e de todas as esferas da federação.

No entanto, para entendermos melhor o significado

do termo lei e da sua finalidade, é importante

classificá--la em dois tipos: Lei em sentido estrito e Lei em sentido

amplo.

Lei em sentido estrito são os atos legislativos que

ino-vam o ordenamento jurídico, tais como as leis

comple-mentares, ordinárias e delegadas.

Lei em sentido amplo é um termo mais amplo que

inclui qualquer tipo de norma aplicada à administração

pública, independente do órgão estatal que a produziu.

Neste caso, entende-se por lei a própria Constituição

Federal, as leis ordinárias, complementares, delegadas,

medidas provisórias, decretos, resoluções, portarias e

qualquer outro ato que seja de obediência obrigatória

pela administração pública.

O direito administrativo adota como fonte principal a

lei em seu sentido amplo.

Jurisprudência

A jurisprudência é o resultado de vários julgados

realizados pelo poder judiciário sobre determinada

ma-téria que caminham num mesmo sentido, serve como

paradigma para o julgamento de novas ações judiciais

referentes aos mesmos temas.

Em regra, a jurisprudência não vincula a atuação da

administração pública, somente serve como ponto de

orientação, mas como exceção tem-se as súmulas

vincu-lantes que foram introduzidas no ordenamento jurídico

brasileiro pela emenda constitucional nº 45. As súmulas

vinculantes são publicadas pelo Supremo Tribunal

Fe-deral (STF) depois de reiteradas decisões num mesmo

sentido e seu conteúdo vincula a administração pública

dos poderes legislativo, executivo e judiciário da União,

Estados, DF e municípios.

Doutrina

A doutrina é o resultado do trabalho dos estudiosos

do direito administrativo. São livros que têm a

finalida-de finalida-de tentar sistematizar e melhor explicar o conteúdo

das normas de direito administrativo, os quais podem

ser utilizados como critério de interpretação de normas,

bem como auxiliar a produção normativa.

A doutrina não vincula a atuação da administração

pública, ela é só uma fonte de orientação.

Devido ao fato de a doutrina representar o

entendi-mento do seu autor sobre as regras do direito

adminis-trativo, essa fonte do direito apresenta várias

contradi-ções, pois é comum que em alguns pontos os autores

tenham entendimentos distintos de um ou outro instituto

jurídico.

Costumes Administrativos (Praxe

Administrativa)

Os costumes são práticas reiteradas observadas pelos

agentes administrativos diante de determinada situação

quando há lacuna da norma.

Os costumes somente podem ser utilizados para

orientar a atuação da administração pública na falta de

lei determinando o que deve ser feito. Sendo assim, o

costume não pode substituir a lei, mas somente pode ser

utilizado para tampar uma lacuna deixada na lei pelo

legislador.

Sistemas Administrativos

São os regimes que dispõe o Estado para realizar o

controle de legalidade dos seus atos administrativos. E

estes podem ser classificados em sistema francês ou

in-glês. Veja a seguir.

Sistema Francês / Dualidade da Jurisdição /

Contencioso Administrativo

Pelo sistema francês, o poder judiciário não tem

com-petência para fazer controle de legalidade dos atos da

administração pública.

Neste caso existe duas justiças, uma justiça comum

para julgar os particulares e uma justiça administrativa

que tem a competência de julgar os atos da

administra-ção pública.

Neste sistema, os atos praticados pela administração

pública não podem ser anulados pelo poder judiciário.

Existem tribunais de natureza administrativa que têm

a competência de realizar o controle de legalidade dos

atos administrativos e caso seja necessário, anulá-los.

As decisões desses tribunais administrativos têm

efeito de coisa julgada, pois não podem ser revistas pelo

poder judiciário, haja vista o fato de o poder judiciário

(25)

CAPÍTULO 01 - Noções de Direito Administrativo, Estado e Governo

301

não realizar controle de legalidade dos atos da

adminis-tração pública.

O sistema administrativo francês não é o sistema

administrativo para controle de legalidade dos atos da

administração pública.

Sistema Inglês / Jurisdição Única / Sistema não

Contencioso

Pelo sistema inglês, o poder judiciário tem

competên-cia para fazer controle de legalidade dos atos da

admi-nistração pública.

Neste caso, existe uma única justiça, representada

pelo poder judiciário e este tem competência para julgar

tanto processos que envolvam particulares como

tam-bém processos que envolvam a administração pública.

Todos os conflitos entre a administração e o

adminis-trado e ainda entre a administração e os seus agentes,

podem ser levados até o poder judiciário, e só este tem

o poder de decidir com força de coisa julgada. É

impor-tante observar que neste sistema, a administração pode

julgar conflitos, todavia mesmo que ela já tenha julgado

ou esteja julgando um conflito, o particular pode acionar

o poder judiciário e este poderá desfazer o resultado do

julgamento feito pela administração pública, pois as

de-cisões da administração pública não tem força de coisa

julgada.

Esse é o modelo de sistema administrativo adotado

pelo Brasil.

Ainda que as decisões da administração pública não

tenham força de coisa julgada, isso não impede que a

administração pública julgue conflitos. Todavia, estes

conflitos podem ser levados para solução perante o

po-der judiciário e é este quem tem o popo-der de dizer qual é

o direito aplicável ao caso.

Para entender melhor o assunto, basta comparar

o sistema inglês com o francês, enquanto no primeiro

existe uma justiça com competência para julgar poder

público e particulares, no sistema francês existe uma

justiça para julgar o poder público e outra para julgar

o particular.

Noções de Estado

Neste tópico nós iremos estudar o Estado.

Abordare-mos o conceito de Estado, os elementos que o integram,

seus poderes e suas funções.

Conceito de Estado

O termo Estado pode ter várias interpretações, por

exemplo, tal termo é geralmente utilizado para nos

re-ferirmos aos Estados-membros, entes que compõe a

República Federativa do Brasil (ex. São Paulo, Paraná,

Santa Catarina, Mato Grosso, Sergipe etc.). No entanto,

neste tópico, devemos associar a palavra Estado à ideia

de país. Neste sentido, podemos conceituar Estado como

sendo a pessoa jurídica territorial soberana.

Analisando o conceito de Estado, encontramos alguns

elementos que devem ser bem compreendidos, veja a

se-guir:

Pessoa: capacidade para contrair direitos e

obrigações.

Jurídica: É a pessoa constituída através de

uma formalidade documental (de uma convenção

entre pessoas físicas), seu contraponto é a pessoa

física ou humana.

Territorial soberana: quer dizer que

dentro do território do Estado, este detém a

so-berania, ou seja, sua vontade prevalece ante a das

demais pessoas (sejam elas físicas ou jurídicas).

Podemos definir soberania da seguinte forma,

sobe-rania representa independência na ordem internacional

(lá fora ninguém manda no Estado) e supremacia na

or-dem interna (aqui dentro quem manda é o Estado).

Elementos do Estado

Os elementos que compõe o Estado são três: o

territó-rio, o povo e o governo soberano.

Território: é a base fixa do Estado (solo,

subsolo, mar, espaço aéreo).

Povo: é o componente humano do Estado.

Governo Soberano: é o responsável pela

condução política do Estado, por ser tal governo

soberano, temos que este não se submete a

ne-nhuma vontade externa, pois, relembrando, lá

fora o Estado é independente e aqui dentro sua

vontade é suprema.

Observação:

A palavra povo não

pode ser substituída por população,

cida-dão, nem por nenhuma outra similar.

Formas de Estado

Existem duas formas de Estado: Estado unitário e

Es-tado federado.

Estado Unitário

Estado unitário é o termo utilizado para se referir

aos países caracterizados pela

centralização política.

Neste tipo de país existe um poder político central que

emana sua vontade por todo o território nacional.

Em um Estado unitário, existe relação de hierarquia

e subordinação entre o poder político central e os

po-deres políticos regionais e locais, ou seja,

Estados-mem-bros e municípios em regra não existem e quando

exis-tem não são dotados de competências políticas, pois as

competências políticas são exclusivas do poder político

central. Neste caso, Estados-membros e municípios são

subordinados a vontade do poder político central.

O Brasil não é um Estado unitário.

(26)

NOÇÕES DE

DIREITO CONSTITUCIONAL

PROFESSOR

Willian Prates

Professor de Direit o Const it ucional, Administ rativo,

Tributário e Processo Civil em diversos preparatórios

para concursos públicos. Foi coordenador pedagógico

de diversos preparatórios para concursos. Palest rante

sobre planejamento e técnicas de est udos. Palest

ran-te motivacional. Foi Caderan-te do Curso de Formação de

Ofi ciais da Polícia Milit ar do Est ado de Minas Gerais

– aprovado no concurso aos 17 anos de idade.

Apro-vado em mais de 13 concursos públicos e vest ibulares

de universidades públicas, entre os quais: Minist ério

Público da União, Banco Central do Brasil, Corpo de

Bombeiros Milit ar do Est ado de Minas Gerais e Polícia

Civil do Est ado de Minas Gerais.

(27)
(28)

SUMÁRIO

421

SUMÁRIO

Apresentação do Material ...423

1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ... 423

Análise dos Artigos 1º-4º ...423 Formas de Governo ...423 Formas de Estado ...424 Regime Político ...425 Regime ou Sistema de Governo ...425 Fundamentos da República Federativa Brasil ...426 Tripartição dos Poderes ...426 Objetivos Fundamentais...427 Princípios das Relações Internacionais ...427 Objetivos Internacionais ...427 Questões Gabaritadas ...428

2. EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS ... 429

Tipos de Eficácia ...429 Espécies de Normas de Eficácia Limitada ... 430 Definidoras de Princípios Programáticos ... 430 Questões Gabaritadas ... 430

3. DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ...431

Diferença entre Direitos e Garantias ... 431 Titularidade dos Direitos e Garantias Fundamentais ... 431 Gerações ou Dimensões de Direitos Fundamentais ... 431 Características dos Direitos Fundamentais ...432 Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos ...433 Direito à Igualdade ...433 Origem ...449 Possíveis Nomes ...449 Remédios Constitucionais ...453 Questão Gabaritada ...458

4. DIREITOS SOCIAIS ... 459

Direitos Sociais em Espécie ...459 Direito Individual do Trabalho ... 460 Direitos Coletivo do Trabalho – Direito Sindical ... 464

5. DIREITOS DA NACIONALIDADE ...466

Nacionalidade Primária ou Originária ...467 Nacionalidade Secundária ou Adquirida ...467 Distinções entre Brasileiro Nato e Naturalizado ...468 Hipóteses de Perda da Nacionalidade ...468 Idioma e Símbolos Nacionais ...469 Questões Gabaritadas ...469

6. DIREITOS POLÍTICOS ... 470

O Voto Como Forma de Democracia Indireta ...470 Instrumentos de Democracia Direta ... 471 Capacidade Eleitoral Ativa ... 471 Capacidade Eleitoral Passiva ... 471 Direitos Políticos Negativos ...472 Princípio da Anualidade da Lei Eleitoral ...475 Partidos Políticos ...475 Questões Gabaritadas ...476

7. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO... 477

Reorganização dos Limites Territoriais ...477 Autonomia x Soberania ...478 Principais Garantias da Federação ...479 Repartição de Competências e Cláusula Pétrea ...479 Diferença entre Competências Administrativas e Legislativas ...479 Competências da União ... 480 Competência dos Estados-Membros ... 481 Competência do Distrito Federal ...482 Competência dos Municípios ...482 Competência Administrativa Comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios ...482 Competência Legislativa Concorrente da União, Estados e Distrito Federal ...482

(29)

422 SUMÁRIO

8. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ... 484

Princípios Admistrativos ...484 Administração Pública ...487 Autarquias ...489 Questões Gabaritadas ...492

9. AGENTES PÚBLICOS ... 493

Classificação ...493 Normas Constitucionais ...494 Questões Gabaritadas ...496

10. PODER LEGISLATIVO ... 497

Considerações Gerais ...497 Estrutura e Funcionamento do Poder Legislativo ...497 Atribuições do Poder Legislativo ... 500 Estatuto dos Congressistas ... 500 Incompatibilidades dos Parlamentares ... 501 Perda do Mandato ... 501

11. PODER EXECUTIVO ... 502

Atribuições do Presidente da República ...502 Responsabilidade do Presidente da República ...503 Questões Gabaritadas ...505

12. PODER JUDICIÁRIO ... 506

Generalidades ...506 As Garantias do Poder Judiciário ...507 Garantias dos Magistrados ...508 Vedações aos Magistrados...508 Estrutura do Poder Judiciário ...508 Questões Gabaritadas ... 512

13. DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ...513

Ministério Público ... 513 Advocacia Pública ...515 Defensoria Pública ... 516 Advocacia Privada ... 516 Questões Gabaritadas ... 516

(30)

CAPÍTULO 01 - Princípios Fundamentais

423

Apresentação do Material

A presente obras foi elaborada na medida certa para

aqueles que estão se preparando para concursos

públi-cos (nível médio ou superior) – tribunais, carreiras

admi-nistrativas, carreira policial, carreira fiscal etc.

Os temas são abordados na profundidade necessária,

em sintonia com o entendimento doutrinário majoritário

e jurisprudência dos tribunais superiores (notadamente

o Supremo Tribunal Federal), bem como o entendimento

das principais bancas organizadoras de concursos

públi-cos do Brasil.

Obra indicada para aqueles que estão no início dos

estudos, bem como para aqueles que desejam

aprofun-dar os conhecimentos em alguns temas do Direito

Cons-titucional.

1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Os princípios fundamentais são tratados na

Consti-tuição Federal de 1988 (CF/88) entre os artigos 1º e 4º.

É tema que se relaciona com a parte estrutural do

Es-tado, onde são abordados fundamentos, objetivos,

prin-cípios que regerem as relações internacionais do Brasil,

bem como os objetivos internacionais.

Análise dos Artigos 1º-4º

Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Fe-deral, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...].

Do dispositivo acima é possível extrair:

• Forma de governo (república);

• Forma de Estado (federado);

• Regime político (democrático).

Implicitamente também é possível extrair o regime

ou sistema de governo adotado pelo Brasil, que é o

pre-sidencialismo.

Formas de Governo

A forma de governo trata da relação

governante-go-vernado, notadamente no que se relaciona ao exercício

do poder. no que tange ao exercício do poder.

Analisar

forma de governo é analisar fonte do poder.

Como os governantes adquirem o poder?

O exercício do poder é de forma temporária ou

vitalícia?

Há responsabilidade dos governantes perante

os governados?

Republicana

República vem do latim “res”, que significa coisa, e

pública, que significa algo que é público, do povo.

Desse modo, a coisa, que é o poder, é do povo, que o

exerce diretamente ou por meio de representantes

elei-tos (art. 1º, parágrafo único, CF/88).

Na república, os governantes chegam ao poder

atra-vés das eleições, cujo mandato é exercido por prazo

de-terminado, e, ainda, devem prestar contas aos

governa-dos, de modo que na república há a responsabilidade do

governante.

Na Forma de Governo Republicana os governantes

chegam ao Poder através de eleições, exercem

manda-to por prazo determinado, devendo ainda prestar contas

aos governados, ou seja, na República temos a

responsa-bilidade do Governante.

Exemplo:

Brasil – O Presidente

da República chega ao poder através de

eleição, para exercer mandato por 4 anos,

representando os anseios do povo. Caso

co-menta algum crime de responsabilidade,

será processado e julgado por tal crime,

cuja condenação gera a perda do cargo,

suspensão de direitos políticos etc.

A forma de governo republicano possui as seguintes

características:

• Eletividade;

• Temporalidade;

• Representatividade popular, pois os

gover-nantes são eleitos para representar o povo;

• Responsabilidade do governante.

Monarquia

Na monarquia, o poder é exercido por uma única

pessoa – o rei e sua família real. O povo não é titular do

poder.

Na forma de governo monárquico, o governante

che-ga ao poder pelo fato de pertencer à família real, e o

exercício do poder se dá de forma vitalícia (não há

elei-ções “reais”), de modo que não há representatividade

po-pular. O governante é irresponsável, pois não há

presta-ção de contas de seus atos.

A monarquia possui as seguintes características:

• Hereditariedade;

• Vitaliciedade;

• Não representatividade popular, pois o rei

não é eleito pelo povo (cidadãos);

• Irresponsabilidade do governante, pois este

não presta conta dos seus atos.

(31)

424

DIREITO CONSTITUCIONAL

República

Monarquia

Eletividade Hereditariedade Temporalidade Vitaliciedade

Representatividade popular Não-representatividade popular

Responsabilidade do

Governan-te – deve prestar contas Irresponsabilidade do gover-nante – Não prestação de contas

Prosseguindo com os desdobramentos do caput do

art. 1º, temos que o Brasil é uma

República Federativa,

e isso diz respeito à Forma de Estado adotada pelo Brasil.

Formas de Estado

A forma de estado diz respeito à distribuição espacial

do poder, ou seja, como o poder é geograficamente

distri-buído dentro do território.

Estado Unitário

No

Estado unitário existe apenas um ente com

capacidade política no território, o que não impede

a realização de descentralizações administrativas.

Assim, é possível a existência de governos regionais,

frutos de descentralização administrativa. No entanto,

estes governos não possuem poderes políticos (mas sim,

administrativos), de modo que não são dotados de

auto-nomia.

Exemplo:

Portugal é um Estado

unitário, pois o país não é dividido em

en-tes federados. O que existe é

descentrali-zação administrativa, onde são formadas

as províncias, mas qualquer obra, por

me-nor que seja, é feita pelo governo central,

pois os administradores das províncias

não possuem nenhuma capacidade

políti-ca, não possuem autonomia. A divisão em

províncias é simplesmente para facilitar

a constatação e solução de problemas.

As

decisões nacionais, regionais e locais

partem de um único centro de poder.

Estado Composto

Já no Estado composto há a

presença de vários

entes políticos, ou seja, vários são os entes dotados de

capacidade política (descentralização).

Dependendo da composição do Estado, este poderá

ser federado (entes autônomos) ou confederado (entes

soberanos). Importante ressaltar que o modelo de

Esta-do federal brasileiro é Esta-do tipo segregaEsta-dor (fruto de

mo-vimento centrífugo), pois inicialmente o Brasil era um

Estado unitário (Brasil Império), e, posteriormente,

sur-giram entes dotados de autonomia (Estados-membros,

Distrito Federal e Municípios).

Estado Federado: é formado por vários entes

po-líticos dotados de autonomia. Porém, tais entes, não são

dotados de poder de secessão (separação). Em regra, são

organizados por uma Constituição Federal.

Exemplo:

Brasil – É formado pela

União, Estados, Distrito Federal e

Municí-pios, que são entes dotados de capacidade

política, ou seja, podem legislar, se

organi-zarem administrativamente etc.

Estado Confederado: é formado por vários entes

soberanos, e, geralmente, são organizados por meio de

tratados e acordos internacionais.

Exemplo:

União Europeia – é

for-mada por vários países que se juntaram

para constituir um Estado Confederado,

um bloco econômico. A organização é

fei-ta por meio de um trafei-tado internacional,

e cada ente (país) que compõe o Estado

confederado pode deixá-lo quando bem

entenderem.

Quadro Comparativo

Estado Composto

Federado

Estado Composto

Confederado

Organizado por uma

consti-tuição. Organizados através de um tado internacional tra-Não possuem poder de

seces-são. Possuem poder de secessão.

Os entes são dotados de

Auto-nomia. Os entes são dotados de Srania.

obe-Prosseguindo com os desdobramento do caput do art.

1º da CF/88, constata-se que a República Federativa do

Brasil é formada pela

união indissolúvel dos

Esta-dos, Municípios e DF.

A referida indissolubilidade é consequência do

mo-delo federado de Estado adotado pelo Brasil, pois os

en-tes federados não possuem poder de secessão.

Assim, os Estados-membros, Municípios e DF que

compõem a República Federativa do Brasil não podem

abandonar a mesma para formar um novo Estado

fede-rado, ou seja, um novo país.

Referências

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