ATO CONJUNTO PGJ-CGMP N. 01, DE 02 DE SETEMBRO DE 2013
Disciplina o uso do correio eletrônico (e-mail) do Ministério Público do Estado de Goiás e dá outras providências.
O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no exercício das atribuições previstas no artigo 15, inciso LI, da Lei Complementar Estadual nº 25, de 06 de julho de 1998, e o CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, com fundamento no artigo 28, inciso X, alínea “u”, da citada Lei Orgânica Estadual,
Considerando a imprescindibilidade da utilização dos recursos de informática na
busca de maior produtividade, segurança e economia dos recursos naturais e materiais disponíveis;
Considerando que o e-mail é uma ferramenta que permite compor, enviar e
receber mensagens por meio de sistemas eletrônicos de comunicação;
Considerando que o uso inadequado do e-mail acarreta sobrecarga ao espaço de
armazenamento de dados e desvirtua a finalidade desta importante ferramenta de comunicação;
Considerando que a utilização do correio eletrônico institucional deve
respaldar-se nas prerrogativas e deveres constitucionais do Ministério Público, bem como no respeito às autoridades constituídas;
Considerando a necessidade de racionalização do uso dos serviços do correio
eletrônico institucional,
RESOLVEM disciplinar o uso do correio eletrônico institucional, nos termos
seguintes:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º As diretrizes previstas neste ato, de observância obrigatória pelos usuários e
administradores do correio eletrônico do Ministério Público do Estado de Goiás, têm como principal intuito garantir que a ferramenta seja exclusivamente utilizada para as finalidades institucionais.
Art. 2° Para os fins deste Ato devem ser adotadas as seguintes definições:
Edição 1043
Publicação:17/09/2013 BUENO:3708225
6191
Assinado de forma digital por GILMA PAIXAO BUENO:37082256191
DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Autoridade Certificadora Raiz Brasileira v2, ou=AC SOLUTI, ou=AC SOLUTI Multipla, ou=Certificado PF A3, cn=GILMA PAIXAO BUENO:37082256191 Dados: 2013.09.17 10:02:46 -03'00'
I - serviço de correio eletrônico (e-mail) institucional: sistema utilizado pelo Ministério Público do Estado de Goiás para criar, enviar, encaminhar, responder, transmitir, arquivar, manter, copiar, mostrar, ler ou imprimir informações na forma de mensagem eletrônica e documentos anexos; II - mensagem de correio eletrônico: um ou mais registros de mensagens criadas, enviadas, respondidas, transmitidas, arquivadas, mantidas, copiadas, mostradas, listadas, lidas ou impressas por um ou vários sistemas de correio eletrônico;
III - conta de e-mail funcional: compreende o correio eletrônico, com seu respectivo login individual, senha para acesso e pastas de armazenamento das mensagens, dentre as quais a caixa de entrada, de rascunhos e de mensagens enviadas;
IV – caixa postal institucional: caixa postal referente a um departamento ou órgão, cujo acesso é vinculado a uma ou mais contas de e-mail funcional;
V - login: processo de identificação e autorização de usuários em programas computacionais e serviços de e-mail;
VI - administrador: gestor do serviço de correio eletrônico, de responsabilidade da Superintendência de Informática (Sinfo) do Ministério Público do Estado de Goiás;
VII - usuário individual: toda pessoa que possui um e-mail funcional e faz uso deste no desempenho de suas atribuições;
VIII - spam: mensagens geralmente destinadas à realização de propaganda e marketing de produtos e/ou serviços disponíveis no mercado, bem como para veicular outros tipos de conteúdos indevidos;
IX - phishing: mensagens fraudulentas, geralmente concebidas para furtar dados pessoais, como números de cartão de crédito, dados de contas, senhas ou outras informações; X - hoax: também conhecida como boato, a mensagem hoax possui conteúdo falso e alarmante, cujo remetente, normalmente, se apresenta como sendo uma organização importante e bem conhecida;
XI - backup: cópia de segurança de dados de um dispositivo de armazenamento a outro para que possa ser restaurado em caso de perda dos dados originais, o que pode envolver apagamentos acidentais ou corrupção dos dados.
CAPÍTULO II
DO FORNECIMENTO E MANUTENÇÃO DAS CONTAS DE E-MAIL FUNCIONAL
Art. 3º Serão fornecidas contas de e-mail funcional para todos os membros, servidores,
estagiários, ocupantes de cargo em comissão e servidores à disposição do Ministério Público do Estado de Goiás.
§1º Os usuários poderão ter acesso a caixas postais institucionais, desde que devidamente
Informática.
§2º Poderão ser fornecidas caixas postais institucionais temáticas referentes a comissões, eventos
e outras situações, mediante autorização da Subprocuradoria-Geral para Assuntos Administrativos, que definirá a responsabilidade sobre elas.
§3º Não serão criadas contas de e-mail funcional para prestadores de serviços. Art. 4º Serão desativadas as contas de e-mail funcional:
I - dos membros, servidores e ocupantes de cargos comissionados, em razão de exoneração, demissão, suspensão, aposentadoria, afastamento em razão de procedimento disciplinar, licença por interesse particular ou disponibilidade compulsória;
II - dos servidores disponibilizados a outros órgãos, até o seu retorno à instituição;
III - dos servidores à disposição do Ministério Público do Estado de Goiás que retornarem aos seus órgãos de origem;
IV - dos estagiários, pela finalização do contrato de estágio com a instituição.
§1º Cabe à Superintendência de Gestão em Recursos Humanos (SGRH) solicitar à Sinfo a
desativação imediata das contas de e-mail quando da ocorrência do respectivo desligamento, salvo em relação ao estagiário de direito, cuja responsabilidade é da Escola Superior do Ministério Público do Estado de Goiás.
§2º A conta de e-mail funcional desativada terá seu respectivo conteúdo preservado pela Sinfo
por um período de 03 (três) anos. Após este prazo os arquivos serão excluídos, com exceção da situação prevista no inciso II.
Art. 5º As caixas postais institucionais e temáticas serão desativadas somente por determinação
do Subprocurador-Geral para assuntos Administrativos, mediante solicitação justificada dos titulares dos seus respectivos órgãos.
Art. 6º As contas de e-mail sem movimentação no período de 90 (noventa) dias ou que
excederem o espaço para armazenamento das mensagens por indevida utilização serão bloqueadas, até que haja manifestação do usuário solicitando sua reativação.
Parágrafo único. A fim de evitar que as contas excedam o espaço para armazenamento e sejam,
consequentemente, bloqueadas, o usuário deverá rotineiramente apagar ou exportar as mensagens não mais necessárias ao desempenho de suas atividades.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES E RESPONSABILIDADES
Art. 7º Os membros, servidores e estagiários do Ministério Público do Estado de Goiás deverão
acessar diariamente as caixas postais institucionais sob sua responsabilidade, considerando que as comunicações oficiais da Administração serão feitas preferencialmente por meio do correio
eletrônico, sem prejuízo da obrigatoriedade de consulta diária às publicações constantes no Diário Oficial do Ministério Público (DOMP).
§1º As caixas postais institucionais são de responsabilidade dos titulares dos órgãos de
administração e auxiliares.
§2º Os chefes serão corresponsáveis pelas caixas postais institucionais relativas aos seus
departamentos, seções ou coordenações.
Art. 8º O usuário é o responsável exclusivo por sua conta de e-mail, durante a vigência desta,
respondendo por seu eventual mal uso, sem prejuízo da responsabilidade criminal, cível e disciplinar.
Art. 9º São condições gerais de utilização do correio eletrônico institucional:
I - as mensagens emitidas pelo e-mail institucional são elementos de formação da imagem do Ministério Público do Estado de Goiás e devem observar o mesmo padrão de linguagem e tratamento da correspondência impressa, conforme manual de redação do MP-GO;
II - o tratamento e a linguagem utilizados na comunicação eletrônica devem ser compatíveis com o destinatário, devendo ser evitadas expressões regionais, gírias, abreviações inadequadas e termos de difícil compreensão;
III - o e-mail do Ministério Público do Estado de Goiás destina-se exclusivamente à veiculação de mensagens com conteúdo de interesse institucional, não sendo permitido o uso para fins comerciais, políticos, religiosos, associativos e de difusão de correntes;
IV - é inadmissível o uso do e-mail institucional para transmissão de mensagens pessoais, para acesso a redes sociais, cadastros em sites de compras, bem como qualquer outra utilização diversa da institucional/funcional;
V - é vedada a cessão, a qualquer título, da lista de endereços dos usuários do e-mail do Ministério Público do Estado de Goiás a pessoa estranha aos seus quadros, salvo para finalidade institucional e mediante autorização da Subprocuradoria-Geral de Justiça para assuntos Administrativos;
VI - o envio de mensagens para as listas de endereços deverá ser realizado por meio de caixas postais institucionais, sendo vedada a utilização de conta de e-mail funcional para tal fim.
Art. 10 Compete ao usuário do serviço de correio eletrônico institucional:
I - utilizar a ferramenta para os objetivos e funções inerentes ao desempenho de suas atribuições; II - verificar rotineiramente o conteúdo de sua conta de e-mail funcional;
III - manter em sigilo sua senha de acesso ao correio eletrônico, intransferível e de responsabilidade pessoal, realizando sua alteração periódica e a imediata comunicação ao administrador em caso de perda, suspeita de violação ou uso por terceiros;
evitar possível acesso indevido;
V - comunicar imediatamente ao administrador de contas de e-mail o recebimento de mensagens com vírus, spam, ou qualquer outro tipo de conteúdo inadequado;
VI - incluir no corpo da mensagem sua identificação, contendo pelo menos os seguintes dados: nome do usuário, cargo ou função, órgão de lotação e telefone de contato.
Art. 11 É considerado uso indevido do correio eletrônico institucional:
I - tentativa ou acesso não autorizado a contas de e-mail de terceiros;
II - a utilização das contas de e-mail para o envio de material obsceno, ilegal ou não ético, comercial, associativo, estritamente pessoal, de propaganda, mensagens do tipo corrente, entretenimento, spam (envio de mensagem não solicitada), propaganda política e hoax (mensagens enganosas);
III - envio de mensagens ofensivas que visem atingir a honra e/ou a dignidade das pessoas;
IV - envio de mensagens contendo vírus ou qualquer forma de rotinas de programação prejudiciais ou danosas às estações de trabalho e ao serviço de correio eletrônico de forma proposital;
V - forjar a identidade de outra pessoa, pelo uso indevido da conta de e-mail desta, ou fazer falsa declaração de sua identidade ou da fonte de qualquer e-mail;
VI - modificar, adaptar, traduzir ou realizar ação que caracterize mudança indevida de qualquer parte do serviço de correio eletrônico institucional;
VII - quaisquer atividades que possam afetar negativamente o MP-GO, seus integrantes ou terceiros, ou que não tenham finalidade institucional.
Art. 12 São deveres do administrador:
I - disponibilizar o serviço de correio eletrônico institucional para a utilização por parte dos integrantes do Ministério Público do Estado de Goiás;
II - informar previamente aos usuários sobre interrupções previsíveis desses serviços;
III - prestar esclarecimentos e suporte técnico aos usuários, quando solicitado, em relação ao uso do e-mail institucional e demais aplicativos constantes na página do serviço de correio eletrônico;
IV - administrar e programar políticas, procedimentos e melhores práticas relativas aos serviços de e-mail institucional, zelando pelo cumprimento de leis e normas aplicáveis;
V - verificar periodicamente o desempenho, a disponibilidade e a integridade do serviço de correio eletrônico institucional;
Art. 13 O presente ato constitui, para todos os efeitos, ordem legítima emanada da
Administração Superior e o seu descumprimento sujeitará os usuários do serviço de correio eletrônico funcional e das caixas postais institucionais do Ministério Público do Estado de Goiás à apuração de responsabilidade disciplinar, criminal e cível.
TÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 14 Cabe à Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos decidir os casos
omissos.
Art. 15 Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação no DOMP, revogando-se as
disposições em contrário, especificamente o Ato PGJ n. 069, de 29 de novembro de 2011.
Goiânia, aos 02 dias do mês de setembro de 2013.
LAURO MACHADO NOGUEIRA
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO AYLTON FLÁVIO VECHI PÚBLICO