Loddi & Ramires ADVOGADOS
Página 1 de 5
Av. Paulista, 1776, 16º A, Cerqueira César - São Paulo, SP - CEP 01310-921 Tel +55 11 2183-1000 Fax +55 11 2183-1001
contato@loddiramires.com.br - www.loddiramires.com.br
LEGISLAÇÃO
Instrução Normativa nº 1.042/10
Esta Instrução Normativa trouxe a nova regulamentação relativa à inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF e revogou a Instrução Normativa nº 864/08. Entre as alterações promovidas, destacamos a possibilidade de a RFB firmar convênios com algumas entidades para que estas executem os atos perante o CPF. De acordo com esta Instrução, a inscrição no CPF do contribuinte se dará de forma imediata, exceto quando se tratar de atendimento não conclusivo.
Instrução Normativa nº 1.043/10
A RFB, por meio deste ato normativo, alterou a Instrução Normativa nº 1.022/10, que trata da tributação dos rendimentos e ganhos líquidos apurados no mercado financeiro e de capitais. Em virtude de tais alterações, ressaltamos que a IN 1.022/10 passou a dispor que os rendimentos e ganhos de capital auferidos no país por pessoas residentes nos países e jurisdições considerados “paraísos fiscais” devem receber o mesmo tratamento dispensado às pessoas físicas nacionais, não se lhes aplicando o regime de tributação mais favorável aplicável aos investidores não-residentes.
Instrução Normativa nº 1.044/10
Esta Instrução Normativa aprovou o Formulário para apresentação da Declaração do ITR – DITR no exercício de 2010.
Instrução Normativa nº 1.045/10
A referida Instrução Normativa instituiu a possibilidade de a Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB suspender o enquadramento dos países relacionados na Instrução Normativa nº 1.037/10 como jurisdições com tributação favorecida ou regime fiscal privilegiado (“paraísos fiscais”), mediante pedido prévio de revisão realizado pelo governo do país ou da dependência interessada. Este ato normativo alterou a redação dos dispositivos da IN 1.037/10 que listam a Dinamarca e o Reino Unido como paraísos fiscais para fazer constar que tais jurisdições serão assim consideradas quando as pessoas jurídicas lá constituídas não possuírem atividade econômica substantiva.
Instrução Normativa nº 1.046/10
Por meio desta Instrução Normativa ficou estabelecido que o prazo de entrega do FCont em relação ao ano-calendário de 2009 será excepcionalmente encerrado no dia 30 de julho de 2010.
Instrução Normativa nº 1.047/10
Esta Instrução Normativa alterou a Instrução Normativa nº 199/00 para permitir a disponibilização, por meio da Internet, o Comprovante Anual de Rendimentos Pagos ou Creditados e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte pelas pessoas jurídicas (fontes São Paulo
Loddi & Ramires ADVOGADOS
Página 2 de 5
pagadoras) que possuam endereço eletrônico, ficando dispensado, neste caso, o fornecimento da via impressa. Ressalte-se que poderá ser solicitado, sem ônus para o contribuinte, a via impressa do Comprovante.
Instrução Normativa nº 1.051/10
Esta Instrução Normativa prorrogou o encerramento do prazo de entrega da DIPJ/2010 para o dia 30 de julho de 2010.
Ato Declaratório Executivo nº 10/10 e nº 11/10
A Secretaria da Receita Federal do Brasil, por meio destes Atos Declaratórios, e em virtude dos pedidos de revisão apresentados pelos respectivos países, suspendeu os efeitos da inclusão dos Países Baixos e da Suíça na relação de países detentores de regime fiscal privilegiado (“paraísos fiscais”) prevista na Instrução Normativa RFB Nº 1.037, de 4 de junho de 2010.
IPI – Novo Regulamento
Foi publicado no DOU, de 16/06/2010, o Decreto nº 7.212 que estabelece o novo regulamento do IPI. Confira a íntegra no link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7212.htm
IPI – Alíquotas TIPI
O Decreto nº 7.222, de 29 de junho de 2010, alterou diversas alíquotas constantes da TIPI. O referido normativo basicamente prorrogou as alíquotas mencionadas nos anexos I, V, VIII do Decreto nº 6.890, de 29 de junho de 2009. Confira a integra no site:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7222.htm
Comercio Exterior – II – Redução Temporária – Ex-tarifários – Bens de Capital
Foi publicado no DOU de 25/06/2010 a Resolução CAMEX nº 46, de 24/06/2010, que, dentre outras disposições, alterou para 2%, até 31 de dezembro de 2011, diversas alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre Bens de Capital, na condição de Ex-tarifários. A referida resolução também estabeleceu reduções temporárias de II para Sistemas Integrados (SI). Confira os itens aos quais se aplica a redução no link:
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1277734187.pdf
Comercio Exterior – II – TEC – Alteração
Foi publicado no DOU de 25/06/2010 a Resolução CAMEX nº 47, de 24/06/2010, que, dentre outras disposições, alterou, a partir de 1º de julho de 2010, a Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM e as alíquotas do Imposto de Importação de diversos itens da
Loddi & Ramires ADVOGADOS
Página 3 de 5
Tarifa Externa Comum - TEC, de que trata o Anexo I da Resolução Camex nº 43, de 22 de dezembro de 2006. Confira a integra no link:
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1277734224.pdf
ICMS – NF-e – Obrigatoriedade - Alteração
Foi publicado no DOU de 16/06/2010 a alteração do Anexo Único do Protocolo ICMS 42/2009, que estabelece a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de CNAE e operações com os destinatários que especifica, para incluir novas atividades. Dentre as atividades incluídas, destacamos os setores de energia elétrica e telecomunicações.
ICMS-RS – Parcelamento – Anistia
Foi publicado no DOE-RS, de 21/06/2010, o Decreto Estadual nº 47.301, de 18/06/2010, que estabelece regime de parcelamento dos débitos de ICMS vencidos até 31 de dezembro de 2009 com redução de até 60% na atualização monetária e juros e de até 50% nas multas (no caso de parcela única). A adesão ao Programa e o pagamento da parcela inicial ou da quitação devem ser feitos no período de 1º de julho a 31 de agosto de 2010. O regime pode permitir o pagamento em até 120 parcelas.
Resolução 1.285/10 do CFC
Referida resolução publica o glossário de termos da NBC T 19.41 que trata da Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.
JURISPRUDÊNCIA
Sucessão Empresarial - Responsabilidade
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar recurso submetido ao regime de recurso repetitivo, reiterou que a responsabilidade tributária da empresa sucessora abrange, além dos tributos devidos pela empresa sucedida, as multas moratórias ou punitivas que, por representarem dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônio adquirido pela empresa sucessora, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até a data da sucessão.
Cabe ao contribuinte comprovar o não recebimento de cobrança de tributo
O envio de carnê ao endereço de contribuinte configura a notificação presumida do lançamento do tributo, cabendo ao contribuinte comprovar o seu não recebimento. Esse foi o entendimento da Primeira Seção do STJ.
Loddi & Ramires ADVOGADOS
Página 4 de 5
Recurso administrativo suspende prazo de prescrição em cobrança fiscal
O prazo de cinco anos para prescrição de créditos tributários só começa a contar após o julgamento final, pela Administração Pública, do recurso administrativo que tenha sido apresentado pelo contribuinte. Esse entendimento foi reafirmado pelo STJ. Insumo não tributado ou com IPI zero não gera direito a compensação
Matérias-primas ou insumos não tributados ou sujeitos à alíquota zero não geram créditos de IPI a serem apropriados pela indústria de transformação que deles se utilizam. O STJ pacificou esse entendimento em julgamento submetido ao artigo 543-C do Código de Processo Civil - recursos repetitivos.
Incide Cofins sobre faturamento de sociedade de prestação de serviços de profissão regulamentada
A Cofins incide sobre o faturamento das sociedades civis de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada. A regra foi confirmada em julgamento no STJ que seguiu o rito dos recursos repetitivos. A partir da publicação do acórdão, o entendimento deve ser aplicado pela Justiça Federal de todo o país.
Enquanto vigente, incidiu CPMF sobre operações simbólicas de câmbio
A Primeira Seção do STJ definiu, em julgamento de recurso repetitivo, que a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Crédito e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) incidia sobre operações simbólicas de câmbio. A CPMF vigeu até 2007.
STJ limita indenização por inscrição indevida em cadastro de proteção ao crédito
O valor razoável da indenização para casos de inscrição indevida em órgãos de proteção ao crédito é de 50 salários-mínimos. Assim entende o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que se limita a revisar a quantia da condenação por danos morais apenas nos casos em que o montante fixado nas instâncias locais é exagerado ou ínfimo, de modo a afrontar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
Improbidade administrativa exige comprovação de má-fé
Ato administrativo ilegal só configura ilícito de improbidade administrativa quando revela indícios de má-fé ou dolo do agente. O entendimento é da Segunda Turma do STJ.
Denúncia Espontânea – Retificação – Diferença - Multa
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, em recurso representativo de controvérsia, firmou a tese de que a denúncia espontânea fica configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação), acompanhada do respectivo pagamento integral, porquanto a retifica (antes de qualquer procedimento do Fisco), assim, noticia a existência
Loddi & Ramires ADVOGADOS
Página 5 de 5
ESTE DOCUMENTO TEM VALOR MERAMENTE INFORMATIVO, NÃO REPRESENTANDO UM PARECER OU OPINIÃO JURÍDICA. de diferença a maior cuja quitação dá-se concomitantemente. Por outro lado, é cediço que, em outra ocasião, a Seção consolidou o entendimento de que a denúncia espontânea não fica caracterizada com a exclusão da multa moratória nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação declarados pelo contribuinte e recolhidos fora do prazo de vencimento, à vista ou parcelado, ainda que anterior a qualquer procedimento do Fisco. Solução de Divergência nº 4/10
A Coordenação Geral de Tributação – COSIT, órgão central da RFB, manifestou por meio desta Solução de Divergência o entendimento de que o preço médio mínimo de 90% do preço das vendas dos bens no mercado interno para fins de dispensa da realização dos controles de preços de transferência nas operações de exportações a pessoas vinculadas pode ser calculado com base em cestas de produtos, desde que haja uma lógica econômica na junção dos produtos.
Atenciosamente,