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INSTITUT0 AGRONÛMICO GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO. BOLETIM CIENTfFICO N9 7

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(1)

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO

SECRETARIA DA A G R I C U L T U R A

COORDENADORIA DA PESQUISA AGROPECUARIA

BOLETIM CIENTfFICO N9 7

INSTITUT0 AGRONÛMICO

LEVANTAMENTO PEDOLÖGICO SEMIDETALHADO DO ESTADO DE SÂO PAULO:

QUADRICULADE RIBEIRÄO PRETO. II. MEMORIAL DESCRITIVO

CAMPINAS

Marco de 1987

(2)

Endereço/Address:

Institute) Agronômico

Caixa Postal 28 Telex (019) 1059

13001 Campinas (SP) -BRASIL Föne (0192) 31-5422 (PABX)

• SOLICITA-SE INTERCÂMBIO

- PIDESE CAN JE

- ON DEMANDE L 'ÉCHANGE - WE ASK FCR EXCHANGE - MANN BITTED UM A USTA USCH • SI R1CHIEDE LO SCAMBIO

(3)

GOVERNO DO EST ADO DE SÄO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

COORDENADORIA DA PESQUISA AGROPECUARIA 1NSTITUTO A G R O N O M I C O

LEVANT AMENTO PEDOLÓGICO SEMIDETALHADO DO ESTADO DE SÄO PAULO:

QUADRJCULA DE RIBE1RÄO PRETO. II. MEMORIAL DESCRITIVO

Joäo Bertoldo de OLIVEIRA Helio do PRADO

Convênio EMBRAPA-S.A.A.

ISSN 0102-2032

(4)

Oliveira, Joäo Bertoldo

Levantamento pedológico semidetalhado do Estado de Sâo Paulo: Quadn'cula de Ribeirâo Preto. II. Memorial descfitivo, por Joäo Bertoldo de Oliveira e Hclio do Prado.

Campinas, Instituto Agronômico, 1987. 133p. ilus. (Boletim cienti'fico, 7)

O

CDD 631.498161

A eventual citaçâo de produtos e de marcas comerciais nâo expressa, necessariamente, recomendaçâo do seu uso pela Instituiçâo.

É permitida a reproduçao parcial desde que citada a fonte. A reproduçao total dépende da anuência expressa do Instituto Agronômico.

(5)

PARTICIPARAM NA EXECUÇAO DO TRABALHO

1. No mapeamen to:

Joâo Bertoldo de Olive ira Pesquisador Cientffico Hélio do Prado Pesquisador Cientffico Antonio Celso Joaquim

Auxüiar de Engenheiro-Agrônomo*

2. Na redaçào:

Joâo Bertoldo de Oliveira Hélio do Prado

3. Na cartografia:

Joâo Bertoldo de Oliveira Hélio do Prado

4. Na computaçâ'o dos dados: Joâo Bertoldo de Oliveira Hélio do Prado

JoSo Roberto Ferreira Menk Pesquisador Cientffico

5. Nas anâlises fi'sicas: Sidneide Manfredini Pesquisadora Cientifica Celia Panzarin Técnica de Laboratório Rosângela A. Rodrigues Estagiâria Katsuko Oshiro Estagiâria

6. Nas anâlises qui'micas: José M.A.S. Valadares Pesquisador Cientîfico Otâvio A. Camargo Pesquisador Cientffico Ângelo Braz Brésil Técnico de Laboratório Célia Panzarin

Técnica de Laboratório Célia Beatriz Gonçalves Técnica de Laboratório Soraya Maria de Oliveira Técnica de Laboratório Fâtima Hirata

Estagiâria

7. Nas anâlises mineralógicas: Joâo Bertoldo de Oliveira José da Silva Pinto Filho

Auxiliar de Engenheiro-Agrônomo

8. No desenho: Hélio Neme Desenhista

9. Na composiçâo:

Raquel de Oliveira Ferreira

10. Na arte-final:

Maria Silvia Pereira de Carvalho

11. Na revisäo de Vernâculo: Lfgia Abramides Testa

(6)

SUMÂRIO

Pagina Resumo 1 Summary 2 1. Introducäo 2 2. Aspectos gérais da ârea e processos pedogenéticos 2 2.1. Situaçfo 2 2.2. Geologia e material de origem 3 2.3. Relevo 6 2.4. Vegetaçlo primitiva e uso atual da terra 7 2.5. Clima 11 2.6. Processos pedogenéticos 13 3. Método de trabalho , 14 3.1. Método de trabalho de campo ; 14 3.2. Métodos analfticos . . . , 15 3.3. Método de trabalho de escritório 17 3.4. Método estatfstico 18 4. Descriçâ"o dos solos ; . . . 19 4.1. Latossolos 22 4.1.1. Latossolos roxos 24 4.1.1.1. Unidade Ribeirâo Preto (LRe) 25 4.1.1.2. Unidade Barâo Geraldo (LRd-1) 32 4.1.1.3. Unidade Agua Vermelha (LRd-2) 35 4.1.1.4. Unidade Capâo da Cruz (LRa) 38 4.1.1.5. Unidade Jardinópolis (LRv) 43 4.1.1.6. Latossolo Roxo Concrecionârio ? (LRc) 54 4.1.1.7. Latossolo Roxo Raso (LRr) 60 4.1.2. Latossolos Vermelho-Escuros 64 4.1.2.1. Unidade Dois Córregos (LE-1) 65 4.1.2.2. Unidade Hortolândia (LE-2) 68 4.1.2.3. Unidade Bonfim (LE-3) 71 4.1.2.4. Unidade limeira (LE-4) 78 4.1.3. Latossolos Vermelho-Amarelos 81 4. 4. 4. 4. 4. .3.1. Unidade Coqueiro (LV-1) 81 .3.2. Unidade Laranja Azeda (LV-2) 83 .3.3. Unidade Canchim (LV-3) 86 .3.4. Unidade Itororó (LV-4) • 90 1.3.5. Unidade Peroba (LV-5) 95 4.2. Terra Roxa Estruturada , . 102 4.2.1. Unidade Estruturada (TE) ,. . 102 4.3. Brunizém Avermelhado 108 4.3.1. Unidade Engenho (Bv) 109 4.4. Areia Quartzosa 113 4.4.1. Areia Quartzosa Profunda (AQ) 115 4.5. Solos Hidromórficos (Hi) 121 4.6. Solos Litólicos(Li-l) 123 4.7. Cambissolos 124 4.7.1. Unidade Sete Lagoas (Cb) 125 4.8. Tipos de terreno (TT-1, TT-2) 127 4.9. As8ociaçâo de solos 128 4.10. Correlacäo das unidades taxonômicas identificadas neste trabalho com as estabelecidas em Säo Paulo pela

Comissâ'o de Solos 128 Referências bibliogràficas 129

(7)

LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO SEMIDETALHADO

DO EST ADO DE SÄO PAULO: QUADRfCULA DE RIBEIRÄO PRETO II. MEMORIAL DESCRITIVO(')

Joäo Bertoldo de OLIVEIRA (2 )

Helio do PRADO(2)

RESUMO

Levantou-se uma area de 287.057,5 hectares compreendida entre as coordenadas 21°00'-21o30'S e 47°30'^t8°00'WG, a noroeste do Estado de Sâo Paulo, em sua maior porcäo na regiäo

das Cuestas Basâlticas e no extremo oriental do Planalto Ocidental. Abränge totalmente os municfpios de Cravinhos e Serrana e, parcialmente, os de Pontal, Jardinópolis, Sertäozinho, Ribeiräo Preto, Dumont, Barrinha, Pradópolis, Lufs Antonio, Säo Simäo, Serra Azul, Altinópolis, Brodôsqui e Batatais. O clima, segundo Koppen, nas partes baixas (500—750 m de altitude), que constituem a maior parte da ârea, é o Aw: tropical com veräo chuvoso e inverno seco, com temperatura do mes mais frio superior a 18°C; na regiäo serrana (> 850 m), é o Cwb: temperado, com veräo chuvoso e inverno seco e temperatura do més mais quente inferior a 22°C. 0 material de origem é resultado do intemperismo e retrabalhamento de arenitos das formacöes Botucatu e Pirambóia, basaltos e diabâsios e, ainda, de sedimentos aluvionais, conti-nentais indiferenciados e os correlatos à formaçao Itaqueri. Os relevos prédominantes sao o ondulado e o suave ondulado, representados por, uma sucessäo de morros de topo subaplainados ou arredondados com longas vertentes, além de pequenos testemunhos tabuliformes, quer ao noue, quer ao sul da plataforma interfluvial, que funciona como divisor de âguas entre os nos Pardo e Moji-Guaçu. Âreas mais dissecadas, com relevo forte ondulado, sâfo encontradas a nordeste e no centro-sul, constituindo, porém, âreas minoritâ-rias. As vegetaçôes primitivas s3o a mata tropical latifoliada e os cerradOes nos solos argilosos, bem drenados e profundos, e os cerrados e cerradöes nos solos arenosos ou de textura média. Nas plani'cies aluvionais, predominavam a mata ciliar, nas areas de melhor drenagem, e os campos higrôfilos nas areas maid renadas. Grande parte dessa vegetaçao foi substituida por extensas plantaçoes de cana-de-açûcar, hoje prédominantes. Culturas anuais, pastagens e reflorestamentos, esses Ultimos sobretudo nas âreas menos férteis e declivosas, ou apenas mais acidentadas, complet am a ocupaçao das terras. Forain identificadas 24 unidades taxonômi-cas distribuâtes por 59 unidades de mapeamento, sendo 23 consociaçOes e 36 associaçoes de solos, nas seguintes classes e porcentagens de ocorrência: Latossolo Roxo (63,3%); Latossolo Vermelho-Escuro ( 10,4%); Areia Quartzosa (6,9%), Solos Litólicos (5,3%); Solos Hidromórficos (3,7%), Latossolo Vermelho--Amarelo (3,4%); Terra Roxa Estruturada (1,8%); Cambissolo (0,7%) e Brunizém Avermelhado (0,1%). Foram, ainda, cartografados dois tipos de terreno, perfazendo 0,2% da ârea total. Entre os latossolos roxos, predominam os distróficos e os âcricos, os quais, em conjunto, representam mais de 80% da classe. Entre os latossolos vermelho-escuros e vermelho-amarelos, os de textura média sâo os prédominantes, perfazendo em ambas as classes mais de 90% de suas âreas. De cada unidade säo feitas apreciaçoes sobre a morfologia e resultados das anâlises fisicas, qufmicas e mineralógicas, além de correlacSo com as classificaçôes americana, FAO e francesa.

Recebido para publicaçffo em 24 de fevereiro de 1986.

(8)

1

SUMMARY

SEMIDETAILLED SOIL SURVEY OF SÄO PAULO STATE, BRAZIL: QUADRANGLE OF RIBEIRÂO PRETO. II TECHNICAL BULLETIN

The semidetailled soil survey carried out at the quadrangle of Ribeiräo Preto cover 287,057.5 hectares. This area is within the coordinates 21°00'-2 l°30'S and 47°30-48°00'WG. According to Koppen system, the climate in most of the area is Aw, i.e., tropical with rainy summer and dry winter and Cwb: mesothermic with dry winter in the uplands. The parent material results from the weathering of sandstones, basalts, diabases and reworked Quaternary sediments. The relief is mostly gentle rolling and flat in the alluvial areas, but nearly 10% of the total area is steep and dissecated. Semideciduos tropical forest, "cerradäo", "cerrado" and also hygrophile vegetation in the flood plains were the original vegetation. The forest which was widespread in the area is now rare mainly for crops like sugar cane, coffee and annual crops. Twenty-four taxonomie units distributed by fifty-nine mapping units, twenty-three soil consociation and thirth-six soil association were mapped. The most common soils classes are: Dusky Red Latosol - Haplorthox, Eutrorthox and Acrorthox (63.3%), Dark Red Latosol - Haplorthox and Acrorthox (10.4%), Deep Sands - Quartzipsamments(6.9%), Litholic Soils - Hapludoll and Udorthent (5.3%), Hidromorphic Soils — Aquox, Aquult and Histosol (3.7%), Red-Yellow Latosol - Haplorthox (3.4%), 'Terra Roxa Estruturada" - Paleu-dalf and Paleudult (1.8%), Dystrochrepts (0.7%) and Reddish Brunizem - Argiudoll (0.1%). Morphological, physical, chemical and mineralogical characteristics are discussed for each of the soil units identified, as well as the soil unit correlations with the Soil-Taxonomy, FAO and French soil classifications systems are given.

1.INTRODUCÄO

O levantamento pedológico semidetalhado da quadrfcula de Ribeirâo Preto constitui mais

uma etapa do programa de levantamento pedológico do Estado de Sâ"o Paulo em execuçâo pela Seçâo de

Pedologia do Instituto Agronômico, Campinas^*).

Visa essa programaçâo ao conhecimento dos solos paulistas em nfvel cartogrâfico e

taxonô-mico mais detalhados do que os existentes: Grandes tipos efetuados por Paiva Neto e colaboradores em 1950

(PAIVA NETO et alii, 1951) e o de Reconhecimento publicado pelo Ministério da Agricultura em 1960

(CENTRO NACIONAI , 1960). Através desse trabalho sâo apresentados mapas mais precisos e menos

generalizados e maior particularizaçâo das classes de solos, resultando em maior pormenorizaçâo dos dados

morfológicos. fisicos. qufmicos e mineralógicos que os caracterizam.

Esse conjunto de informaçoes mais pormenorizadas permitirâ maior precisâo nos

planeja-mentos regionais e de propriedades agrfcolas e condiçôes mais seguras para proteçffo das terras, evitando-lhes

o desgaste e a poluiçâo dos cursos d'âgua, possivelmente com a melhoria da produtividade agrfcola.

Constitui parte intégrante deste levantamento o mapa publicado em escala 1:100.000

(OLIVEIRA & PRADO, 1983).

2. ASPECTOS GERAIS DA AREA E PROCESSUS PEDOGENÉTICOS

2.1. Situaçao

A quadrfcula de Ribeiräo Preto esta circunscrita as seguintes coordenadas geogrâficas:

21°00' -21°30' S e 47°30'-48°00' WG, correspondendo a uma superficie de 287.057,5 ha (Figura 1).

Situa-(*) Mapas e textos jâ publicados: veja na quarta da ca pa.

(9)

-se a nordeste do Estado de Säo Paulo, em sua maior extensâo na provfncia geomorfológica denominada

Cuestas Basâlticas e ainda em pequena porçâo do extremo oriental do Planalto Ocidental (SÄO PAULO,

1981a).

Figura 1. Localizaçâo da quadn'cula de Ribeiräo Preto no Estado de Sâo Paulo

Dos seus quinze municfpios, essa quadrfcula abränge totalmente os de Cravinhos e Serrana

e, parcialmente, os de Pontal, Jardinôpolis, Sertffozinho, Ribeiräo Preto, Dumont, Barrinha, Pradópolis, Lufs

Antonio, Sâ"o Simâo, Serra Azul, Altinópolis, Brodósqui e Batatais (Figura 2).

1 - PONTAL 2 - SERTÂOZINHO 3 - JARDINÔPOLIS 4 - BATATAIS 5 - OUMONT 6 - RIBEIRÄO PRETO 7 - BROOÓSQUI 6 - BARRINHA 9 - PRADOPOLIS 10 - ALTINÓPOLIS 11 - CRAVINHOS 12 - SERRANA 13 - LUIS ANTONIO 14 - SÄO SIMÄO <5 - SERRA AZUL Figura 2. Municfpios abrangjdos pela quadn'cula de Ribeiräo Preto

2.2. Geologia e material de origem

Segundo o mapa geológico do Estado de Sâo Paulo (SÄO PAULO, 1981a), ocorrem na

quadrfcula de Ribeiräo Preto quatro unidades litoestratigrâficas, a saber.

sedimentos aluvionais;

sedimentos continentais indiferenciados;

Grupo Sâo Bento: Formaçâ"o Serra Gérai e Intrusivas Bâsicas Associadas; Formaçîo Botucatu; Formaçao

Pirambôia;

Grupo Bauru: sedimentos correlatos à Formaçao Itaqueri.

(10)

Sedimentos aluvionais - Ocorrem nas planfcies aluvionais dos principals cursos d'âgua que cortam a quadrfcula: rio Pardo, ribeirâo do Tamanduâ, ribeirâ"o do Pântano e ribeirâ"o do Onça. Dessas planf-cies, apresenta relativa importância, pela area continua que ocupa, o trecho do rio Pardo, situado a montante da cidade de Ribeirâo Preto.

Esses sedimentos sâo constitufdos por estratos de variada espessura e granulometria. Na maioria das tradagens efetuadas nessas planfcies, verifiçou-se a predominâneia de sedimentos argilosos geral-mente sob alguns decfmetros de material de textura franca ou franco-argilosa.

No trecho do ribeirâo Tamanduâ, localizado entre a foz do córrego Sâ"o Simâ"o e a do Tamanduazinho, no sudeste da quadri'cula, hâ intensa exploraçâo de argila, devido a suas excelentes proprie-dades para a cerâmica. A elevada oeorrêneia de escavaçOes com vdrios métros de profundidade torna a ârea inexeqiHvel à ocupaçâo do solo, de modo que foi cartografada como tipo de terreno. Nos barrancosdessas escavaçOes, observa-se a presença de estratos de argila e areia de variada espessura.

Em algumas tradagens as margens do Pardo, encontraram-se concreçoes ferruginosas endu-recidas (petroplintita), as quais chegaram a atingir cerca de 30% (em peso) do solo.

Os solos mais comuns desenvolvidos nesses sedimentos sâo os hidromórficos, representados principalmente por glei hûmico, glei pouco hûmico e solos orgânicos.

Sedimentos continentais indiferenciados - Acham-se assinalados no mapa do IPT (SÄO PAULO, 1981a) em très manchas: uma na margem esquerda do córrego do Onça e, as outras, nas cercanias da cidade de Ribeirâo Preto. Na nota explicativa daquele mapa, tais sedimentos recebem modesta abordagem, constituindo depósitos de terraços (SÄO PAULO, 1981 b).

Na quadri'cula de Ribeirâo Preto, estào associados a eles solos de textura leve: Latóssolo Vermelho-Amarelo, unidades Coqueiro e Laranja Azeda, e Areia Quartzosa Profunda.

Convém assinalar que hâ controvérsia sobre essas âreas nos outros mapas geológicos consul-tados. O elaborado pela UNESP (LANDIM, 1982) assinala a formaçâo Botucatu nas duas areas próximas a Ribeirâo Preto, enquanto o mapa executado pela Comissäo Nacional de Energia Nuclear e Faculdade de Filo-sofia, Ciências e Letras de Ribeirâo Preto (COMISSÄO NACIONAL..., 1973) assinala a presença da formaçâo Estrada Nova naquelas manchas, sendo a do ribeirâo do Onça identificada como formaçâo superficial Ceno-zóica.

É eonveniente ressaltar que, nas duas âreas assinaladas no mapa da Comissâo Nacional de Energia Nuclear como formaçâo Estrada Nova, os solos encontrados foram os latossolos roxos e os vermelho-amarelos. A menos que toda a cobertura suprajacente ao embasamento rochoso seja dévida a remanejamen-tos. nâo hé compatibilidade entre a rocha assinalada naquele documento e os solos encontrados, pois esses apresentam varias caracteristicas excludentes.

O mapa geológico do Institute Geogrâfico e Geológico (SÄO PAULO, 1974) assinala as mes-mas âreas que o do IPT, identificando-as, porém, genericamente como "Cenozóico".

Grupo Sâ"o Bento — Cerca de 85% da ârea da quadrfcula esta representada por litologia referida a esse grupo. A formaçâo Serra Gérai, com cerca de 70% daquele valor, é a mais extensa. Seguem-na, em ordern decrescente de importância, a Botucatu (18%), a Pirambóia (8%) e as Intrusivas Bâsicas(4%).

A formaçâo Serra Gérai ocorre em amplas âreas contfnuas, especialmente nos quadrantes noroeste e sudeste, suido muito comum aflorar nas bordas dos inumeros testeniunhos tabulares que sobres-saem na paisugem regional.

Segundo ALMEIDA & MELO (1981), essa formaçâo é constitufda por um conjunto de basaltos tolefticos, entre os quais se intercalam arenitos com as mesmas caracterfsticas dos pertencentes â formaçâo Botucatu.

(11)

A composiçâo mineralógica desses basaltos, segundo vârios autores (GUTMANS, 1943; GUIMARÄES, 1960; RÜEGG, 1969; ALMEIDA & MELO, 1981), apresenta a seguinte seqüência de minerais em ordern de importância:

— feldspatos predominantemente plagioclâsios (labradorita); — piroxênio (augita, pigeonita);

— opacos (magnetita, ilmenita, titanomagnetita); — olivinas;

— quartzo, apatita, anfibólios.

Do intemperismo dessas rochas resultam latossolos roxos, terras roxas estruturadas e os latossolos vermelho-escuros, unidades Bonfim e Limeira, e solos litólicos.

A composiçâo mineralógica dos basaltos, abundantes em minerais que contêm câlcio, magnésio e ferro, influi na coloraçâo vermelho-escura desses solos, no suprimento em bases, quando eutrófi-cos, e na sua textura essencialmente argilosa. Convêm ressaltar que alguns latossolos roxos (unidade Âgua Vermelha) apresentam um teor de areia grossa relativamente elevado (20—35%), talvez pela contribuiçîo do arenito intercalar mencionado. A niesma origem pode ser atribufda as areias do'Latossolo Vermelho-Escuro, unidade Bonfim.

É frequente a presença de linhas de seixos, indicando a ocorrência generalizada de material remanejado. Sâo ainda resultantes daquelas rochas os solos litólicos substrato basalto.

As formacöes Botucatu e Pirambóia surgem especialmente nos quadrantes nordeste e sudes-te, onde os vigorosos entalhes provocados pelos rios Pardo e Tamanduâ removeram a formaçâo basaltica sobrejacente. A formaçâo Pirambóia, por ocupar posiçao litoestratigrâfica inferior à da Botucatu, ocorre nas cotas mais baixas, ficando esta em posiçâo intermediâria entre aquela e a Serra Gérai.

Poucos sâo os afloramentos dessas formacöes encontrados durante os trabalhos de campo. Sobressai, contudo, a exposiçîo de Arenito Pirambóia a poucos quilômetros da cidade de Sâo Simâo, no lado esquerdo da rodovia que se dirige a Santa Rosa do Viterbo.

Essas formacöes, segundo ALMEIDA & MELO (1981), sSo constitui'das predominante-mente de arenitos de granulaçâo fina e média, podendo localpredominante-mente apresentar arenitos conglomérâticos. A constituiçao mineralógica dessas areias é essencialmente quartzftica, resultando delas, em decorrência, solos em elevado teor de areia: areias quartzosas ou latossolos de textura média. A pigmentaçao de am bos, quando de coloraçâo vermelho-escura, é atribufda a teores ligeiramente mais elevadosde óxidosde ferro, resultantes de maior contribuiçâo de material proveniente de rocha bâsica, o quai sempre esta em cotas mais elevadas. As lntrusivas Bâsicas estendem-se especialmente nas cotas baixas, ao longo das margensdo rio Pardo e desde as imediaçoes da cidade de Ribeirâo Preto até Serrana. Ocupam situaçâo intermediâria entre a formaçâo Botucatu e os sedimentos continentais, acima, e a formaçâ"o Pirambóia, abaixo. Resultam do seu intemperismo latossolos roxos e terras roxas estruturadas. Nâo conhecemos, até o presente, diferenças morfo-lógicas ou analfticas entre os solos resultantes das intrusivas e os dos basaltos da formaçâ"o Serra Gérai. Grupo Bauru — Sedimentos correlatos à formaçâ"o Itaqueri, representada apenas por uma ârea, no extremo centro-norte, à esquerda da rodovia que liga Ribeirâo Preto a Brodósqui. Tais sedimentos sâo constitufdos por arenitos conglomerâticos limonitizados, siltitos e conglomerados oligomiticos. Os solos identificados com este material foram os latossolos vermelho-amarelos, textura média e argilosa, respectiva-mente unidade Larahja Azeda e Canchim.

(12)

Durante os serviços de campo, identificamos no extremo sudoeste da quadrfcula, em

situa-çâ"o de topo de elevasitua-çâ"o. a cerca de 710-715 m de altitude, uma pequena area com latossolos

vermelho-amarelos muito argilosos, semelhantes aos encontrados nas partes mais elevadas das serras de Itaqueri e

Cuscuzeiro. na quadrfcula de Sâ"o Carlos (OLIVEIRA et alii, 1983), e Canaâ,na quadrfcula de Descalvado

(OLIVEIRAet alii. 1982b).

Esses solos vermelho-amarelados no horizonte B (5YR 5/6) contrastam corn os que os

circundam em cota imediatamente abaixo, derivados de basalto e cor bruno-avermelhado-escura (2,5YR 3/4).

Essa pequena ocorrência, nâo registrada nos mapas geolôgicos acima referidos, a julgar pelo solo existente,

esta relacionada a sedimentos pos-basâlticos, semelhantes aos da formaçâ"o Itaqueri.

2.3. Relevo

A quadrfcula de Ribeira"o Preto apresenta, na sua maior extensffo, um relevo ondulado,

constitufdo por uma sucessâo de morros de topo subaplainado ou arredondado com lohgas vertentes,

ultra-passando algumas 3.000 métros de comprimento, e com déclives de 3 a 10%. Ê comum ocorrerem, nessa

paisagem, formas isoladas de pequenos testemunhos tabuliformes, cujas bordas em cornija se relacionam com

solos muito rasos. Tais formas se destacam na paisagem por estarem revestidas por pastagens ou por mata, em

contraste com a intensa ocupaçffo agrfcola dos solos que as circundam.

O divisor de âguas, limite das bacias do Pardo, ao norte, e do Moji-Guaçu, ao sul, corta a

quadrfcula no sentido NO-SE, formando uma plataforma interfluvial que vai de Dumont a Cravinhos,

atin-gindo nas cercanias desta a altitude mais elevada, 821 m, e na daquela, 700 m. Ao longo dessa ârea cimeira,

identificaram-se manchas de solos com teor de areia grossa essencialmente quartzosa relativamente elevado

(> 20%) e de Fe

2

O

3

relativamente baixo (< 18%), razâo pela quai foram exclufdos da classe dos latossolos

roxos circundantes bastante argilosos. Esse dados permitem supor a existência pretérita de outras fontes de

material mais arenoso do que os basaltos, que af persistem.

Na vertente sul dessa plataforma, em ârea intensamente dissecada pelo terço superior do

ribeirâo do Pântano, o relevo é bastante movimentado, predominando os solos litólicos substrato basalto e os

brunizéns avermelhados.

Nos bordos aplainados dessa porçâo da plataforma interfluvial, assim como no cimo de

alguns pequenos platôs de topo aplainado mais ao sul, ocorrem areas com latossolos rasos ou latossolos

roxos concrecionârios (Figura 14).

Outra ârea também movimentada se situa na porçîo nor-nordeste, dnde os côrregos

Con-tendas, da Cachoeira e Ribeiräo Claro dissecaram fortemente o relevo, expondo os afloramentos de basalto

e condicionando a maior concentraçîo de litossolos da quadrfcula.

Sobressaem na paisagem regional, ainda, a serra de S ab Simffo e o serrote de Santa Maria,

a ela contfguo e, um pouco mais ao norte, a serra Azul. Especialmente o primeiro e o ultimo sa~o platôs

relati-vamente grandes, com ârea que chega a ultrapassar duas centenas de hectares. Todos eles sâo encimados por

latossolos roxos que nos frontes escarpados cedem lugar aos solos litólicos. Na serra de Sâo Simäo, a 972

métros de altitude, encontra-se o ponto culminante da quadrfcula. Nesse nfvel de cimeira regional foi

regis-trado o Latossolo Roxo de cota mais elevada no Estado de Säo Paulo. Segundo OLIVEIRA &. MENK (1984),

esse solo apresentou caracterfsticas inusitadas para o restante dos latossolos roxos paulistas; cores Munsell

(MUNSELL, 1954) 2,5 YR 3/3, 1,3% de carbono e 1,7 e.mg/lOOg de AI

3

* a 100 cm de profundidade.

Compöem ainda o relevo regional as planfcies aluvionais que alcançam maior expressîo em

alguns trechosdo Pardo e nosribeiröesdo Onça, do Pântano e do Tamanduâ: freqüentemente elas se articulam

(13)

com as suaves verteiltes a montante por terraços fluviais, jâ bastante influenciados por intenso m odelam ent o

contemporâneo, que lhes mascarou as formas originais.

Nessas planfcies, ocorrem os solos hidromórficos e os cambissolos da unidade Sete Lagoas,

enquanto nos terraços foi identificada a Areia Quartzosa Profunda e latossolos de textura média.

2.4. Vegetaçâo primitiva e uso atual da terra

ROMARIZ (1964), descrevendo em largos traços os grande tipos da vegetaçffo que cobria a

Bacia do Paranâ-Uruguai, cita a mata latifoliada e os cerrados e cerradöes como as coberturas de vasta ârea

daquela regiâo, na quai se inclui a quadrfcula de Ribeirffo Pre to. No entanto, o panorama atual oferecido pela

cobertura vegetal na ârea é bastante diverso daquele proporcionado pela vegetaçâ*o primitiva.

A grande extensâo de solos situados em relevo suave ondulado e com boas qualidades

fïsicas e qufmicas incentivou, desde o século passado, a intensa ocupaçâ~o das terras vermelhas e argilosas,

com a consequente derrubada das matas que af existiam. Inicialmente o café, e mais recentemente

acana-de--açûcar, foram as culturas mais extensamente exploradas, secundadas por culturas anuais, especialmente a do

milho, e por pastagens, principalmente na porçâ"o sul da quadrfcula.

Um tipo de mata mais caducifólia do que as outras da regiäo ainda persiste nas âreas de

solos mais rasos, onde a pequena espessura do "solum" e o déclive relativamente acidentado, favorâvel ao

escorrimento superficial da âgua de chuva, limitam a disponibilidade hfdrica.

A mata ciliar t f pica das areas marginais aos cursos d'âgua é vista ainda em algumas poucas

areas ribeirinhas.

Os cerrados e cerradöes, especialmente os primeiros, situam-se nos solos de textura média e

arenosa, näo obstante os Ultimos sejam também encontrados em solos argilosos, pore m distroficos.

Segundo OLIVEIRA & CARVALHO (1966), em 1962 cerca de 23% da area do municfpio

de Ribeirio Preto era ocupada com cerrado, 20% com pasto e 32% com culturas diversas, sobretudo as

anuais, com aproximadamente 12%, e a cana-de-açûcar, com 11%. Atualmente, essa distribuiçâo esta bastante

alterada em face da acentuada expansäo da ultima cultura, que subtraiu areas tanto dos cerrados como das

culturas anuais. Essa situaçïo pod e ser generalizada para toda a quadrfcula. A cana-de-açûcar expandiu-se até

nas zonas de solos essencialmente arenosos, como as areias quartzosas.

A sudeste da quadrfcula, entre Sâ*o Simâ"o e Serra Azul, persiste a maior ocorrência de

cerrados, desenvolvidos nas areias quartzosas e nos solos de texutra média que af aparecem em grandes

exten-sôes. £ também nessa regiâo que se distribui a maior parte dos reflorestamentos, representados por eucaliptos

e pfnus.

Nas âreas maldrenadas das planfcies de inundaçâo dos cursos d'âgua, predominam os

campos higrôfilos.

A fim de se ter uma idéia preliminar sobre as variaçOes de caracterfsticas sofridas pelos

solos em cultivo, foram coletadas, ao longo dos trabalhos de mapeamento, amostras contfguas sob vegetaçâ"o

natural e sob cultura. Essas amostras foram coletadas, para cada caso, a cerca de 20 métros de distância uma

da outra. O quadro 1, onde se encontram as caracterfsticas analfticas de cada par de amostras coletadas,

permite as seguintes inferências:

1) Os teores de carbono da camada superficial (à exceçào do ponto 3.182) säo sempre superiores nos solos

sob mata, chegando em alguns casos a apresentar diferenças bem sensfveis. Dada a natureza do trabalho,

essencialmente voltado â cartografia pedolôgica, nâ"o houve controle do tempo de ocupaçao das glebas

cultivadas. Sabe-se, contudo, que hâ mais de um século iniciou-se a exploraçâo agn'cola da regiâo

(14)

Quadro 1. Caracterfsticas analfticas de amostras da camada superficial, a (0-20cm) e subsuperficàl, b (80-100 cm) dealguns locais em areas próximas e adjacentes sob vegetaçâo natural e cultura

Camada Argila pH

H2O KG Ca2 + Mg2* Al

3 * V Uso

% emg/100gTFSA Pontos 234 e 235 - Latossolo Roxo a b a b a b a b a b a b a b a b a h a b a b a b a b 50 65 61 66 56 71 61 74 67 69 67 69 50 59 55 57 62 67 65 69 32 39 25 32 51 64 6,6 5,2 6,3 6,2 6,4 6.0 5,7 5,4 5,1 5.2 5,0 5,1 5,4 5,4 5,5 5,4 4,5 4,9 6,0 6.3 4,5 4,6 6,2 4,5 6,9 5.7 6.0 5.0 5.5 5.7 5.9 5.2 4.6 4,8 4,3 5,0 4,2 5,1 4,6 5,7 4,8 5,8 3,9 4,8 5,4 5,1 6,4 1.4 2.7 1,3 16.3 0,8 5,6 3,1 4.2 1.2 1,2 0,8 1,20 0,26 0,18 0,02

Pontos 243 e 244 - Latossolo Roxo 4.2 1.0 2.6 1.1 11,2 2,0 2,6 1.2 Pontos 246 e 2.7 0.9 1,8 0.8 1.2 0.2 0,9 0,4 Pontos 116 e 2.7 1.0 1,7 0.9 Pontos 2.1 1,0 1,4 0,8 Pontos 1175 3,8 4,1 5.4 4,4 6,6 5,5 1,8 0,6 0,7 0,3 Pontos 5,0 1.1 1,8 0,0 1,6 0,0 1042 e 0,3 0 "* 1.7 0.4 e 1174 0.1 0.1 1.4 0,3 3056 e 27,0 2,0 0,4 0,3 0.7 0,3 0,50 0,07 0,57 0,07 247 — Latossolo Roxo 1,1 0,1 0,5 0,2 0,19 0,03 0,04 0,01 115 — Latossolo Roxo 1.2 0,2 0,8 0,0 1 0 4 3 -0.2 0.1 0,8 0,1 0,28 0,02 0,14 0,01 21,7 2,3 7,0 3,9 11.9 2.4 3,9 1.6 2,5 0,3 1,4 0,6 3,3 0,2 2,5 0,0 Latossolo Roxo 0,16 r\ /M U,U1 0,70 0,02 0,7 0,3 3,2 0,5 - Latossolo VermeDio-Escuro 0,1 0,0 0,3 0,1 3 0 5 7 -6,6 1.4 0,07 0,01 0.25 0,02 0,1 0,2 2,0 0,4 Latossolo Roxo 0,45 0,03 34,1 3,4 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,1 0,4 0,0 0,1 0,0 0,1 0,1 1,0 0,1 0,0 0,0 1,5 0,5 0,0 0.3 0,0 0,0 88 31 67 54 86 40 39 36 29 12 19 20 37 14 40 1 9 i i 59 21 1 8 57 23 67 57 Mata Cana Mata Café Mata? (Cerradao?) Cana Mata? (Cerradao?) Cana Mata Cana Cerradao Cana Mata Continua

(15)

Quadro 1. Continuaçâo Camada a b Argua 64 65 pH H2O 5.9 6,5 pH KC1 5.0 5,8 C % 1.9 1.0 Ca2 + 5.5 4,6 Mg2 1,1 0,6 K* S e mo/IOOo TFSA 0.17 6,8 0,01 5,2 Al3+ 0,0 0,0 V % 64 81 Uso Cana

Pontos 3066 e 3067 - Latossolo Roxo a b a b a b a b a b a b a b a b a b a b a b a b 65 69 62 71 56 62 62 64 70 74 72 72 67 70 69 71 60 71 47 64 66 71 65 71 4,9 4.8 4.9 5,1 4,7 5.1 5.7 5,2 4,6 4.9 5,2 4,8 4,7 4,8 5,2 5,5 5,7 5,3 6,0 5,1 4,7 4.5 5,4 4,4 4,3 4.9 4.2 5,1 4,5 5,1 4,9 5,5 4.0 4,2 4,5 4,5 4,4 5.0 4,7 5,3 6,3 5,2 5,8 5,6 4,0 4,7 4,9 4,7 1.5 0.8 2,0

0,9

0,6 0.2 0,6 0,8 Pontos 3074 1.8 1.0 1.7 0.9 _ 0,6 0,1 3,1 0.5 Pontos 3090 2.6 1.3 1.8 1,0 0,3 0,1 2,3 0,4 Pontos 3174 1,9 1,1 1,6 0.9 Pontos 1,4 1,1 2.4 1.2 Pontos 1,9 1,1 2,0 0,9 0,5 0,2 1,0 0,6 3182 0,0 0,1 2,5 0,3 3184 0,3 0,2 4,6 0.6 0,3 0,12 0,1 , 0,01 0,2 0,09 0,2 . 0,01 e 3073 - Latossolo Roxo 0,3 0,08 0,0 0,01 1,1 0,34 0,2 0,03 e 3091 - Latossolo Roxo 0,5 0,14 0,1 0,03 1,2 0,27 0,1. 0,02 e 3175 - Latossolo Roxo 0,4 0,12 0,1 0,01 0,4 0,04 0,1 0,01 e 3183 - Latossolo Roxo 0,1 0,01 0,1 0,01 1,2 0,25 0.2 0,01 e 3185 — Latossolo Roxo 0,4 0,07 0,1 0,01 1,2 0,18 0,3 0,01 1.0 0,3 0.9 1.0 1.0 0,1 4,5 0,7 0,9 0,2 3,8 0,5 1,0 0,3 1,4 0,7 0,1 0,2 4,0 0,5 0,8 0,3 5.5 0,9 1.1 0.1 0,3 0,1 1,1 0,4 0,4 0,3 1,8 0,7 0,2 0,2 1,1 0.5 0.7 0,0 0,2 0,2 0,0 0,0 1.5 0,4 0,6 0,6 17 14 12 32 15 4 50 25 9 5 40 11 13 8 23 19 5 7 50 20 10 8 57 25 Mata Cana Mata Cana Mata Cana Mata Cana Cerrado Soja Cerrado Soja Continua

(16)

Quadro 1. Conclusào

Ca2 + Mg2+ K+ Al3 Uso

e.mg/IOOgTFSA

Pontos 3218 e 3219 - Latossolo Veimelho-Escuro a b a b a b a b 26 32 29 34 60 67 65 70 4,6 4,7 5,1 4,7 4,5 5,0 5,1 4,8 4,0 4,0 4,1 4,2 4,0 4,3 4,3 5,2 0,9 0,5 0,8 0,3 0,7 0,2 0,7 0,4 Pontos 3220 1,7 0,9 1,4 0,7 0,2 0,1 0,7 0,4 0,1 0,1 0,2 0,1 e 3221 -0,1 0,1 0,3 0,2 0,03 0,02 0,06 0,03 Latossolo Roxo 0,07 0,03 0,13 0,06 0,8 0,3 1,0 0,5 0,4 0,2 2,0 1,1 0,8 0,7 0,7 0,5 1,4 0,2 0,6 0,0 23 13 26 25 7 5 22 35 Cerrado Cana Cerradäo Cana

Pontos 2202 e 2203 - Latossolo Vermelho-Escuro a b a b a b a b a b a b 28 36 31 36 30 35 16 32 27 35 30 37 4,7 4,8 5,4 4,6 4,4 4,8 5,6 5,0 4.5 4,7 4,7 4,3 4,0 4,0 4,6 4,2 1,4 0,6 1,2 0,6 Pontos 2227 3,8 4,1 4,7 4,2 1,6 0,6 0,5 0,5 Pontos2327 3,9 4,1 3,8 4,2 1,4 0,5 1,0 0,4 0,2 0,0 1,6 0,1 e 2226 0,2 0,0 0,8 0,2 e 2326 0;6 0,7 0,3 0,2 0,1 0,0 0,8 0,0 — Latossolo 0,1 0,0 0,3 0,2 — Latossolo 0,1 0,0 0,1 0,0 0,08 0,02 0,06 0,02 0,4 0,0 2,5 0,1 Vermelho-Escuro 0,06 0,03 0,03 0,03 0,4 0,0 1,1 0,4 Vermelho-Escuro 0,05 0,02 0,05 0,02 0,8 0,2 0,5 0,2 1,6 1.1 0,2 1,0 1,6 0,7 0,1 0,6 0,9 0,3 1,0 0,3 8 1 48 5 6 1 79 42 19 9 10 12 Cerrado Cana Cerrado Cana Cerrado Cana

ÇA, 1960). Os teores de carbono da camada superficial das amostras sob cultivo säo^pouco inferiores aos obtidos nas amostras contfguas sob vegetaçâo de mata. Admitindo que aquelas amostras representem areas com pelo menos cinco anos de cultivo, conclui-se que a taxa de perda de matéria orgânica é bem inferior à encontrada por BRANS (1971), em regiôes de mata tropical, para as quais é indicada uma perda de carbono de 50% para um periodo de cultivo de cinco anos.

2) Para a camada subsuperficial, a diferença de carbono torna-se praticainente inexistente, indicando, por-tanto, que com respeito à matéria orgânica, a influéncia do manejo do solo se reflète somente na camada superficial.

(17)

3) Todos os valores de pH em âgua e em KCI das amostras superficiais dos solos sob cultura sa"o superiores as dos solos sob mata. Em alguns casos, essa diferença chega a ser 1,0, como entre as amostras 3.073 e 3.074, o que pode ser atribuido à aplicaçâo de corretivos.

As diferenças verificadas na camada subsuper f icial sa"o bem menos importantes, sendo os valores tanto positivos como negativos.

4) Nos cultivos de cana é comum os valores de Ca2 +, e as vezes também os de Mg2 *, da camada

subsuperfi-cial, serem superiores aos dos respectivos solos sob vegetaçâo natural. Com respeito ao Ca2 *, essas

dife-renças sâ"o apreciâveis entre os pontos 235 e 234: 3,1 e.mg/lOOg TFSA contra 0,8, e 3.057 e 3.056: 4,6 e.mg/100g TFSA contra 2,0.

Tal constataçao indica haver movimentaçâ"o vertical desses fons em profundidade nos solos cultivados com cana, cuja causa, entre outras, provavelmente se deva à troca iônica decorrente da aplicaçcfo de adubos acidificantes e à percolaçâ"o da soluçïo do solo, com adsorçâ"o do fon alcalino nas camadas mais profundas.

Essa movimentaçâ"o, decorrente do manejo das terras, pode afetar a taxonomia dos solos, se se manifestar em parte significativa da seçâ"o de controle. Nesses casos, as amostragens tradicionais a 60-80 cm, efetuadas durante a fase de prospecçîo sistemdtica para identificaçâ"o dos solos nos levanta-mentos pedológicos, podem ser insatisfatórias.

Tomando apenas os resultados obtidos com as amostras de tradagem, nas quais a camada subsuper fie ial foi coletada a 60-80 cm, amostra como a do ponto 234, por exemplo, que é epieutrófica (0-20 cm) e endodistrófica (60-80 cm), pode passar a ser eutrófica, quando cultivado, como aconteceu no ponto 235 adjacente àquele. Os dois solos, com base nesses parâmetros, seriam classificados respecti-vamente como Latossolo Roxo distrófico (epieutrófico) e Latossolo Roxo Eutrófico, considerando aquela amostragem representativa da seçâb de controle.

Outro caso registrado pode ser exemplificado corn os pontos contfguos 3.184 e 3.185: enquanto o primeiro é classificado como uni Acrorthox no sistema americano, o segundo, devido ao aumento de soma de bases em profundidade, poderia ser classificado como urn Haplorthox.

5) Em alguns latossolos roxos sob mata, hâ enorme eoncentraçâ"o de bases na camada superficial, com drâs-tica reduçfo na subsuperficial como, por exemplo, nos pontos 234, 243 e3.056, em que a soma de bases na camada 0-20 cm passa de 21,7, 11,9 e 34,1 meq/lOOg, respectivamente, para 2,3, 2,4 e 3,4 meq/lOOg.

Dados ainda mais singulares desse comportamehto säo citados por OLIVEIRA & MENK (1984). Muitas vezes, trata-se de solos epieutróficos nas condiçoes naturais.

2.5. Clima

No quadro 2, encontram-se os dados de temperatura média mensal do ar e da precipitaçffo pluvial mensal de Ribeirâo Preto e Sâo Simâo e, na figura 3, os diagramas dos balanços hfdricos correspon-dentes, calculados para 125 mm, segundo THORNTHWAITE & MATTER (1955). Enquanto os dados de Ribeirâo Preto (621 métros de altitude) sa"o vâlidos para a maior parte da quadrîcula onde os ressaltos da paisagem sâo pouco acentuados, os de Sâ~o Simâo (922 métros) representam as partes mais elevadas da paisagem regional.

Observam-se sensfveis variaçoes climâticas entre essas localidades. Enquanto em Ribeirâo Preto a temperatura média anual é de 21,6°C e o déficit hidrico anual de 108 mm, nos altos da Serra de Sâ"o Simâo a temperatura é mais branda ao longo do ano, resultando em média anual de 19,1°C. A amenizaçâo da temperatura reduz a deficiéneia hfdrica anual para 50 mm.

(18)

Quadro 2. Temperatuia média mensai (Temp.) e predpitaçâo pluvial (Predp.) de duas Iocalidades da quadrfeula de Ribeirâo Preto, no periodo 1943-70(') Mes Temp. 23,3 23,3 22,9 21,3 19,2 18,2 18,3 20,5 22,6 23,0 23,2 23,3 Ribeirào Preto 621 métros 21°11'S-47°43'WG Predp. 283 216 169 61 45 29 17 15 40 130 162 254 SIo Simâo 922 métros 2r29'S-47°33'WG Temp.0) Predp. Janeiro Fevereiro Marco Abril M aio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Ano 21,6 1416 21,2 21,3 21,1 19,3 17,0 15,9 15,7 17,0 19,2 19,9 20,6 20,9 19.1 278 238 182 58 43 35 21 19 36 157 157 227 1445 (' ) Dados fornecidos pela Seçâo de Climatologia do IAC.

0 ) Estimativa segundo PINTO et alii (1972).

2 0 0 • 100 RIBEIRAO PRETO - SP i i Precipitocôo - 1 4 1 6 mm Evopot. pol. - 1 0 6 5 mm E»cedente - 4 5 9 mm D e t i c i e n c t o - 1 0 6 mm T e m p . m e d i o - 2 1 . 6 ° C I I Lot. 2 I ° I I' S Long.47043' W Alt . 621 m 586

M i l l

SÂO S1MÄO - SP l i t i i Precipitocôo - 1445 mm Evopot. pot. - 909 mm Eicedentc - 586 mm Deticiencto - 50 mm Lot. 2 I ° 2 9 ' S Long.47° 33' W Alt. 922 m J I F I M

Figura 3. Balanço hidrico para duas Iocalidades da quadiicula de Ribeirfo Preto, segundo THORNTWAITE & MATTER (19SS).

(19)

I

De acordo com OLIVEIRA & MENK (1984), é no alto da Serra de SSo Simâ"o qu&.se encontram os mais elevados latossolos roxos do Estado de Sâ"o Paulo. Esses autores assinalam, af, solos com •* teores de aliimfnio trocdvel relativamente elevados em relaçSo ao conjunto de latossolos roxos paulistas, além de maior acûmulo de matériaorgânica, que se reflète no escurecimento do solo até à profundidade de

100 cm.

Os dados de precipitaçâo e temperatura permitem identificar, segundo o sistema de Koppen, para as partes baixas, o clima Aw: tropical coin verâo chuvoso e inverno seco e com temperatura do mes mais frio superior a 18°C. Na regiäo serrana, o clima é Cwb: temperado com veräo chuvoso e inverno seco e com temperatura do mes mais quente inferior a 22°C.

Segundo OLIVEIRA et alii (1975), os regimes hfdricos e térmicos dos solos dessa quadrf-cula sâo, respectivamente, o ûdico e o hipertérmico nas partes baixas e, por inferência, o térmico na zona serrana. Nas planfcies aluvjonais, onde o lençol freâtico se «ncontra elevado grande parte do ano, prédo-mina o regime hfdrico âquico.

2.6. Processos pedogenéticos

As reflexöes que se seguem baseiam-se em aspectos generalizados da area, apreendidos para a elaboraçâo de levantamento pedológico e nâ*o para a execuçao de um trabalho especffico destinado à elucidaçâo da gênese dos seus solos. Apesar desse carâter gérai, achou-se oportuno esboçar em largos traços a concepçâo sobre as condiçôes pedogenéticas oferecidas pelo meio e sobre os processos pedogenéticos atuantes na quad ri eu la.

As fréquentes linhas de seixos e cascalheiras encontradas na quadrfcula de Ribeirâo Preto sâo testemunhas da presença generalizada de mantos de cobertura relacionados a retrabalhamentos mais ou menos intensos e, conseqüentemente, de material de origem poligenética. A fntima relaçâo desse material com os substratos, verificada nessa ârea, permite inferir que essas coberturas sâ"o derivadas de produtos da mesma natureza das rochas subjacentes. Em vista disso, nâo se considerou a pedogênese pretérita exercida sobre a rocha-inäe.

A alteraçâo das rochas e o consequente desenvolvimento dos solos de uma regiâo estâo inti-mamente relacionados com as condiçôes do meio ffsico, especialmente as caracterfsticas litológicas e as pedo-climâticas. Considerou-se o relevo como elemento importante no condicionamento dos fenômenos de rejuve-nescimento (abrasâ"o) ou de transporte e sedimentaçiTo, assim como da natureza do meio: confinado ou aberto as exportaçoes de ions, redutor ou oxidante. Com essa ótica, identificaram-se très ambientes particulares de pedogênese: (1) as planfcies aluvionais; (2) as âreas dissecadas de relevo relativamente acentuado e (3)",as âreas de relevo suave ondulado a ondulado.

1 ) As planfcies aluvionais representam zonas de deposiça"o alûvio-coluvial onde prédomina, em virtude do lençol freâtico elevado por longos perfodos do ano. regime hfdrico aqiiico. Nessas condiçôes, parte do solo encontra-se em estado permanente de saturaçSo. Os espaços porosos sâo ocupados em signifi-cativos perfodos do ano pela soluçâo do solo em detrimento do ar. Os processos pedogenéticos sâo condu-zidos em meio pouco oxigenado e parcialmente confinado. Isso propicia o desenvolvimento de uma morfolo-gia tfpica de ambiente redutor: cores acinzentadas, mosqueamento, acûmulo de matéria orgânica mal ou imperfeitamente decomposta e, em sedimentos originados das rochas bâsicas, quando ricos em fons Ca2* e

Mg2*, a neoformaçâo de argilominerais do grupo 2:1. Depósitos aluvionais, apresentando excelentes

proprie-dades para a cerâmica, ocorrem ao longo do rio Tamanduâ, proximo a Sâ"o Simâo. GONÇALVES et alii (1979), estudando esses depósitos, encontraram material caulini'tico com excelentes cristalinidade. Para eles, a formaçâo dessas argilas se processa em ambiente pobre em elementos alcalinos e alcalino-terrosos e as mar-gens de córregos com alto gradiente hidréulico. Tais condiçôes sâo propicias à formaçâo daquele argilomineral.

(20)

Os processos pedogenéticos de transformaçâo e adiçâo, segundo S1MONSON (1959), sâo os mais importantes, nïo obstante a eliminaçao do ferro, nos ambientes redutores, deva ser considerada, pelas condiçôes favorâveis à sua exportaçâ'o.

2) As areas dissecadas de relevu relativamente acentuado caracterizam-se pelas açoes de rejuvenescimento e de pedoclima mais seco, tendendo a rûstico, isto é, a evapotranspiraçâo potencial durante parte do ano é superior à precipitaçâo, a ponto de provocar déficit de umidade do solo por significativo perfodo. Nâo obstante haja exportaçâ'o de partfculas através do fenômeno de enxurrada, a pedogênese se processa em ambiente relativamente rico em minerais ferro-magnesianos componentes das rochas bâsicas. Em condiçôes hîdricas menos favorâveis à exportaçâo permite elevada concentraçâo de îons Ca2* e Mg2* na

soluçâo do solo e conduz ao acümulo e manutençâo de teores relativamente elevados de matéria orgânica e à formaçâ*o de argilominerais de elevada atividade: as esmectitas.

Nâ"o foi efetuada, nesse trabalho anâlise mineralógica da fraçâ"o argila desses solos. As infe-rênciasquanto a sua atividade sâo por conta dos elevados valores de CTC. GALHEGO & ESPINDOLA ( 1979), contudo, estudando a mineralogia de produtos de alteraçâo de eruptivas bâsicas em Botucatu-SP, verifica-ram, em litossolos, a presença de caulinitas malcristalizadas e/ou haloisitas e minerais do grupo da montmori-lonita, e virtual ausência de gibbsita, resultados comuns em solos jovens desenvolvidos de basalto (COSTA LIMA, I979;SIEFFERMANN, 1973).

Os processos de transformaçâo e adiçâo sâo também prédominantes, nessas âreas dissecadas. 3) As âreas de relevo suave onduladu enquadram-se no modelo clâssico de ocorrência de solos zonais (BALDW1NG, 1938). Nesse ambiente nitidamente aberto,as condiçôes de pedoclima ûdico, mais ûmido, portanto, e com maiorquantidade de âgua percolando através do solo, permitem um constante processo de hidrólise e perda de ions, com consequente desenvolvimento de perfis de solo profundos, mais ou menos lixiviados e caracterizados por uma mineralogia constituida por minerais de argila do grupo da caulinita e por gibbsita, juntamente corn os óxidos de ferro. Os processos de transformaçâo e perdas sâo os mais importantes nessa regiâo. A pedogênese normal desses solos é, segundo o esqueina proposto por MELFI et alii (1979), favorâvel à formaçâo e concentraçâo de hematita associada a goetita.

Nas âreas com restricäo da drenagem interna e, conseqüentemente, com manutençâo de maior umidade no perfil, os solos perdem a coloraçâb bruno-avermelhada tfpica, tornando-se maisamarelados. Nos seus difratogramas de raios X, as reflexôes dévidas à goetita sâo mais intensas do que as de hematita, o que se enquadra também no esqueina assinalado.

3. MÉTODO DE TRABALHO 3.1. Método de trabalho de campo

Com o apoio de folhas topogrâficas do IBGE - Folhas de RibeirSo Preto, Cravinhos, Bonfim Paulista e Serrana — e fotos aéreas na escala 1:60.000, e usando a metodologia de fotointerpretaçîo de anâlise de elementos (BUR1NGH, 1960), delimitamos as principais unidades fisiogrâfïcas da quadrfcula.

Elaboramos, a seguir, um roteiro de campo, de forma a atravessar todas as unidades fisio-gréficaspreviamentedelimitadas, procurando, em cada uma delas, efetuar transeçôes cobrindo toda a extensîo da vertente, desde as partes baixas até ao topo das elevacöes. Essas observaçoes permitiram visualizar a seqüência de distribuiçao dos solos na paisagem e estabelecer a legenda preliminar, que, durante a fase de prospecçâo sistemâtica, sofreu os ajustes, correçoes e adiçoes necessârias.

(21)

Em seguida, procedemos à fase sistemâtica de prospecçôes, mediante tradagens e

observa-V'öes em barrancos ou trincheiras, procurando seguir percursos previamente elaborados após detalhado exame

de fotos c mapas

Deve-se enfatizar que, nessa fase. no deslocamento de um ponto para outro, observamos

atentamente os aspectos gérais da paisagem, particularmcnte dos barrancos e leitos de estradas, assinalando

no mapa-base. mediante simbologia propria, a continuidade da unidade estabelecida no ponto anterior ou a

mudança para outra unidade. Essas indicaçoes, juntamente com nova fase de anâlise generalizada da

distri-buiçâb dos solos identificados nesses trajetos, diante do conhecimento das relaçôes solo-paisagem, adquirido

durante a fase de estabelecimento da legenda preliminar e aprimorada no transcurso do levantamento,

pernutiram procéder à cartografia definitiva, nas folhas de 1:50.000, reduzidas depois paraaescala 1:100.000.

Conforme a classe de solos, efetuamos a amostragem para anâlises as profundidades de

0-20 cm para todos os solos, indiscriminadamente e, ainda, a 30 cm no topo do horizonte B, para os solos

com B argflico, e 60-80 cm para os outros solos.

Para a maior parte das unidades taxonômicas, abrimos, descrevemos e coletamos um perfil

co mp le to, que compreende toda a sucessSo de horizohtes até cerca de 3,0 métros nos solos m ui to profundos,

cujas descriçoes morfológicas foram baseadas no Manual para Descriçâo de Solo no Campo (INSTITUTO

AGRONÔM1CO, 1960).

A identificaçSo de caracterfsticas qu f micas e ffsicas das camadas mais inferiores e

interme-diârias ficou, portanto, restrita àquela obtida nos perfis completos.

A numeraçâo dos perfis citados no texto corresponde â numeraçao da Seçîo de Pedologia

do Instituto Agronômico.

Observamos 1.S70 locais, sendo que, em 495, coletamos material de um a ou mais camadas

para anâlise de laboratório, obtendo, portanto, uma densidade aproximada de 1 ponto/1,7 km

2

(excluindo

a ârea representada por rios e açudes e a ârea urbana).

3.2. Métodos analfticos

Composiçâo granulométrica: nas amostras avulsas adotamos o método do densfmetro e,

nos perfis completos, o da pipeta, ambos em material disperso corn hexametafosfato de sódio e NaOH,

segundo GROHMANN & RAIJ (1974), empregando a seguinte escala textural:

2,00 0,20 mm areia grossa;

0,20 - 0,05 mm areia fina:

0,05 - 0,002 mm silte;

< 0,002 mm argila.

Densidade aparente e densidade real: método do anel volumétrico ou da para fina nos solos

com estrutura em blocos fortemente desenvolvidos para a densidade aparente, e método do alcool etflico

absoluto para a densidade real (PAIVA NETO et alii, 1961).

Argila dispersa em âgua: método da pipeta, usando âgua destilada como dispersante

(VETTORI, 1969).

pH em âgua e em soluçâo de cloreto de potâssio 1 N: determinaçâ*o potenciométrica após

très horas de repouso; relaçîo solo-lfquido 1:2,5.

ApH calculado pela subtract: pH KCI - pH H

2

O (MEKARU, 1972).

(22)

Carbono orgânico (C): oxidaçâ"o da matéria orgânica com soluçîo 1 N de bicromato de

potâssio em meio âcido e titulaçao do excesso de bicromato com soluçflo de sulfato ferroso amoniacal 0,5 N

usando difenilamina como indicador (VETTORI, 1969).

Bases trocaveis: extraçfo por agitaçao de 10g de TFSA(*) corn 100 ml de HNO

3

0,05 N.

O câlcio e o magnésio foram determinados no extrato por espectrofotometria de absorçflo atômica,

utili-zando-se soluçâ"o de óxido de lantânio a 0,2% para eliminar a interferência do fósforo e do alumfnio. O

potâs-sio foi determinado por fotometria de chama, segundo CATAN1 & PAIVA NETO (1949).

Acidez titulâvel (H* + Al

3

*): extraçâ"o por agitaçao de 5 g de TFSA com 100 ml de acetato

de câlcio 1 N pH 7,0 e titulaçffo com NaOH 0,lN, usando fenolftalefna como indicador.

Alumihio trocâvel (Al

3

*): extraçSO por agitaçîTo de 5 g de TFSA com 100 ml de cloreto de

potâssio 1 N, e titiilaçao com NaOH 0,1 N, empregando fenolftalefna como indicador.

Soma de bases (valor S): calculada pela soma das bases trocâveis.

Saturaçffo de alumfaio (m): obtida pela expressâo:

m = 100.(Al

3+

)/(Al

3+

+S).

Retençao de cations por 100 g de argila (RC): determinada pela expressäo:

RC = 100.(S + Al

3

*)/ % argila.

A saturaçâo em atumfnio, quand o superior a 50%, identifica o carâter âlico, enquanto a

retença*o em cations, quando inferior a 1,5 e.mg, identifica o carâter âcrico. Tais paramétras sa"o utilizados

para classificar solos que receberam, neste trabalho, os adjetivos âlico quando apresentaram esse carâter ao

longo do perfil até o horizonte B e, âcrico, quando o apresentaram a pelo menos 100 cm de profundidade.

Capacidade de troca de cations (CTC): obtida pela soma de valores de S e (H* + Al

3

*). Os

solos com CTC < 24 e.mg/100 g de argila, apôs desconto da participaçâ"o da matéria orgânica, sffo

considera-dos corn argila de atividade baixa, e, os restantes, de atividade alta.

Saturaçâo em bases (V): calculada pela relaçâ'o:

V%= 100.S/CTC.

A saturaçâoem bases éjuntamente com a soma de bases, utilizada na classificaçâ'o dos solos

dessa quadrfcula para diferenciar os eutróficos dos distróficos. Consideramos como eutróficos aqueles que

apresentaram V % > 5 0 e S > 1,5 e.mg/100 TFSA, ao longo do perfil, pelo menos até 100 cm de profundidade.

Devido as diferenças existentes entre os métodos de determinaçat) da capacidade de troca

catiônica, efetuada pela SeçSb de Pedologia do Instituto Agronômico, e os preconizados pelo "Department

of Agriculture" (ESTADOS UNIDOS, 1975), os resultados de saturaçâo em bases (V) nSo sa"o comparâveis

entre si. Tornou-se necessârio, portanto, para classificar os solos segundo o sistema americano, efetuar as

dévidas correçoes. Empregamos, para isso, equaçoes estabelecidas por OLIVEIRA (1973), a saber:

Y = 0,736xj - 0 , 2 4 r = 0,999 (1)

Y = l,389x, - 0 , 5 4 r = 0,996 (2)

onde: Y = V%, pelo método da Seçâo de Pedologia;

x, = V% (NH

4

OAC), pela classificaçâo americana:

x

2

= V% (soma de bases) pela classificaçâ'o americana.

• *) Terra fina seca ao ar.

(23)

Empregando a equaçffo ( 1 ), verifica-se que o valor V de ace ta to de amônio, preconizado pela classificaçâo americana para separar os Orthox no nfvel de grande grupo, corresponde a 26% (—25), pelo método empregado na Seçâ"o de Pedologia.

Com a equaçffo (2), observa-se que para um valor de V igual a 53%, obtido pelo método da soma de bases estabelecida para separar os Alfisols dos Ultisols, corresponde, pelo método da Seçâ~o de Pedo-logia. a 49% (S50).

Fósforo total (PO4~): extrafdo por soluçâ'o 0,05 N de H2SO4 e determinaçâ'o colorimétrica

pelo molibdato de amônio em subcarbonato de bismuto. utilizando o âcido ascôrbico como redutor.

Nitrogénio (N): digestSo com H2SO4 concentrado em presença de mistura de Na2SO4 e

CuSO4 e selênio, desti!açâ~o em presença de NaOH.10 N e recepçâ"o do destilado em soluçao de H3BO3, a 2%,

contendo indicador misto de verde-bromocresol e vermelho-de-metila em alcool etflico. Titulaçao com HC1 0,02 N.

SiOj, A12O3, F e2O3* . TiO2: digestïo com H2SO4 d = 1,47; separaçâ"o de SiO3 por

filtra-çâ"o; solubilizaçâo de SiO2 dos silicatos com soluçâ'o de NaOH, a 30%, a quente, dosagem colorimétrica de

SiO2 em soluçao sulfomolibdica em presença de soluçâo de âcido tartârico e âcido ascôrbico; emaiïquotasdo

filtrado do extrato sulfûrico, determinaram-se colorimetricamente: A12O3 com Aluminon, Fe2O3 com 1,10

fenantrolina e TiO2 com âgua oxigenada em presença de âcido fosfôrico.

Os indices Ki e Kr foram obtidos pelas relaçoes moleculares SiO2/Al2O3 e S i 02/ A l203 +

+ Fe2O3) respectivamente, baseados nas determinaçoes acima.

Ferro livre: extraçao e dosagem pelo método do ditionito-citrato-bicarbonato, segundo JACKSON (1956).

Anälise mineralógica quantitativa: realizada corn difraçâ~o de raios X em amostras de argila previamente tratadas para eliminaça'o da matéria orgânica e óxidos de ferro, saturadas corn Mg2•*, glicolaçâ"o e

temperaturas variadas após a saturaçâ*o com K*. Para a difratometria de óxidos, as amostras foram tratadas em NaOH 5 N, segundo NORR1SH & TAYLOR (1962).

3.3. Método de trabalho de escritório

Com base nas observaçOes de campo, nos dados analiticos e em nova etapa de fotointerpre-taçâo. delimitamos definitivamente as unidades cartogrâficas nas folhas topogrâficas do IBGE na escala 1:50.000. O mapa pedolôgico definitivo assim obtido (OLIVEIRA & PRADO, 1983) esta apresentado na escala 1100.000.

Os solos foram classificados mediante os conceitos estabelecidos pela équipe de pedologia do Serviço Nacional de Levantamento e Conservaçlo do Solo do Ministério da Agricultura (BENNEMA & CAMARGO, 1964; CENTRO NACIONAL DE ENSINO E PESQUISAS AGRONÖMICAS, 1960, e EMBRAPA, 1978). Contudo, como ainda nâo existe um texto especîfico ao sistema de classificaçâo brasileiro de solos, procuramos conceituar cada classe de solo identificada nesse trabalho da maneira mais explicita possfvel, a fim de precisar adequadamente nosso conceito a respeito de cada uma delas. Para tanto, levamos em conta, quando pertinentes, os conceitos jâ estabelecidos em quadrîculas anteriores (OLIVEIRA et alii, 1979, OLIVEIRA et alii, 1982, OLIVEIRA & PRADO, 1984, e ALMEIDA et alii, 1982).

Para a identificaçâo dos latossolos e cambissolos, tomamos em consideraçôes as informa-çôes sobre a mineralogia das areias adquiridas ao longo de trabalhos anteriores em solos semelhantes

(OLI-<•) O ferro extrafdo por esse método é referido no texto como ferro total.

(24)

VE1RA et alii. 1979. 1982, e OLIVEIRÂ

1

& PRADO, 1984); para os cambissolos de origem fluvial,

conside-mos. em adiçao aquelas inrormaçoes, a presença de mica, nas observaçoes de campo.

lodas as umdaaes taxonömicas torain correlacionadas com a legenda da FAO (1974), com

a classificaçâo francesa (CLASSIFICATION des SOLS, 1967) e americana (ESTADOS UNIDOS, 1975), as

quais receberâo, no transcorrer deste trabalho, respectivamente, as denominaçôes FAO, Fr e USA.

Os solos foram classificados tomando por base os dados referentes aos perfis completos

juntamente com as medidas estatfsticas de tendência central da camada subsuperficial, referentes à populaçâo

de amostras coletadas em cada unidade de mapeamento. Esse critério permite uma precisâo maior na

identifi-caçâo da classe de solo do que com base em dados provenientes de apenas um ou de poucos perfis

representa-tivos de cada classe.

Certas caracterfsticas, como valores positivos de ApH ou retençâo de cations inferiores a

1,5 e.mg/100 g de argila, em gérai só ocorrem nas camadas mais profundas, abaixo de 100 cm, dos perfis de

solos muito intemperizados. Nesses casos, o emprego de dados obtidos na camada subsuperficial dos pontos

amostrados nâo é satisfatório para fins de correlaçâo com a classificaçâo americana, que utiliza aqueles

parâmetros ao longo do horizonte oxico até 150 cm de profundidade.

A descriçâo das caracterîsticas morfológicas de cada unidade diz respeito àquelas verificadas

nos perfis, barrancos e tradagens desta quadrfcula. No âmbito gérai da unidade, é possivel, portanto, que

algumas caracteristicas assumam limites extremos mais amplos do que os descritos neste boletim.

3.4. Método estât ist ico

Areas aparentemente homogêneas pelos aspectos externos da paisagem freqüentemente

apresentam solos com sensi'veis variaçôes em diversas caracterfsticas analiticas, especialmente qufmicas e

ffsico-qufmicas (OLIVEIRA, 1973).

Como nâo hâ relaçâo generalizada e estreita entrea morfologia do solo e aquelas

caracterfs-ticas diferenciais, torna-se diffcil a separaçâo no campo desses solos em baixo nfvel categórico.

! N

Um aumento da densidade de amostragem torna-se imprescindfvel nessas àreas, pois as

estimativas acerca de uma unidade de solo serâo tanto mais précisas quanto menos variàveis forem as

caracte-rfsticas diferenciais, e quanto mais observaçoes tenham sido efetuadas dentro de uma area, pois as previsöes

das condiçoes de solo nâo podem ser melhores do que a amostragem obtida (OLIVEIRA, 1973).

A fim de dar uma idéia dessa variabilidade de caracterfsticas, para cada uma das unidades,

é apresentado um quadro com o numéro de pontos amostrados, o valor da média (5F), o valor mâximo e

mfnimo e o desvio-padrâo (s).

Em populaçâo com menos de sete amostras, säo apresentados apenas os dados da média e

os valores minimos e mâximos, pois a outra estatfstica pode-se apresentar distorcida em virtude da influência

de menor numéro de amostras na precisâo da estimativa da média.

Consideramos de grande valia o conhecimento desses dados na definiçâo das unidades de

solo e na interpretaçâo dos resultados expérimentais obtidos em pesquisas de campo.

Convém assinalar que a grande maioria das caracterfsticas do solo nâo apresentam

distribui-çâo normal. Na assimetria acentuada, a média nâo corresponde ao melhor estimador da medida de tendência

central. Nesse caso, a mediana pode ser considerada como parâmetro mais adequado.

As estatfsticas foram obtidas por meio de programas de computaçâo desenvolvidos na

Seçâo de Pedologia do Instituto Agronômico (MENK, 1984).

(25)

4. DESCRIÇAO DOS SOLOS

Foram identificadas 24 "unidades de solo" équivalentes a classes taxonômicas cujos

sfmbo-!os da unidade e classificaçâo, segundo o Serviço Nacional de Levantamento e Conservaçio do Solo, estâo

relacionados no quadro 3. Além dessas unidades, foram identificados dois tipos de terreno. Todos estâo

representados no mapa publicado (OLIVEIRA & PRADO, 1983) em 22 consociaçôes e 36 associaçôes,

conforme quadro 4.

Quadro 3. Legenda Simbolo no mapa deidentificaçâo, unidade Nome

taxonômica e classificaçfo dos solos da quadrfcula de Ribeirâo Unidade Classificaçâo Preto LRe LRd-1 LRd-2 LRa LRv LRr LRc LE-1 LE-2 Ribeirfo Preto Baräo Geraldo Âgua Vermelha CapSo da Cruz Jardinópolis. -Dois Córregos Hortolândia LE-3 LE-4 LV-1 LV-2 LV-3 LV-4 LV-5 Bonflm Limeira Coqueiro Laranja Azeda Canchim Itororô Peroba

Latossolo Roxo eutrófico, A moderado, textura argilosa ou muito argilosa

Latossolo Roxo distrófico, A moderado, textura argilosa ou muito argilosa

Latossolo Roxo distrófico, A moderado, textura argilosa Latossolo Roxo âcrico, A moderado, textura argilosa ou muito argilosa

Latossolo Roxo âcrico ou distrófico, A moderado, textura argilosa ou muito argilosa

Latossolo Roxo eutrófico, distrófico ou âcrico, A moderado, textura argilosa ou muito argilosa

Latossolo Roxo âcrico, concrecionârio, A moderado, textura argilosa

Latossolo Vermelho-Escuro âlico, A moderado, textura média Latossolo Vermelho-Escuro âlico ou distrófico, A moderado, textura média

Latossolo Vermelho-Escuro âlico, distrófico ou âcrico, A moderado, textura argilosa

Latossolo Vermelho-Escuro âlico, distrófico ou âcrico, A moderado, textura argilosa

Latossolo Vermelho-Amarelo âlico, A moderado, textura média

Latossolo Vermelho-Amarelo âlico, A moderado, textura média

Latossolo Vermelho-Amarelo âlico, A moderado, textura argilosa

Latossolo Vermelho-Amarelo âlico, A proeminente, textura muito argilosa

Latossolo Vermelho-Amarelo âlico, A moderado, textura argilosa

Continua

(26)

Quadro 3. Condusâo Simbolo no ma pa Unidade Nome Classifîcaçao TE BV AQ Hi-1 Hi-2 Hi-3

a

Estruturada Engenho Sete Lagoas

Terra Roxa Estruturada eutrófica ou distrófica, A moderado Brunizém Avermelhado

Areia Quartzosa âlica, A moderado

Associaçfo de glei hûmico e glei pouco hûmico com ou sem solo orgànico

AssociaçSo de glei pouco hûmico e glei hûmico com ou sem solo orgànico

Solo orgànico

Solos litólicos eutróficos ou distróficos, A chernozêmico, proeminente ou moderado, textura argflosa com ou sem cascalho, substrato basalto ou diabâsio

Cambissolo distrófico, A moderado ou proéminente, textura indiscriminada

Quadro 4. Extensâo e distribuiçâo percentual das unidades de mapeamento na quadrfcula de RibeinTo Preto Simbolo da unidade no mapa

LRe LRd-1 LRd-2 LRa LRv LRr(») LE-1 LE-2 LE-3 LE-4 LV-1 LV-2 LV-3 LV-4 LV-5 TE BV Ârea ha 11.177,5 21.025,0 321,5 555,0 167,5 692,5 4.097,5 1.749,0 1.562,5 287,5 3.065,0 2.275,0 385,0 70,0 107,5 1.460,0 182,5 3,89 7,40 0,10 0,19 0,06 0,24 1,43 6,09 0,54 0,10 1,07 0,79 0,13 0,02 0,04 0,51 0,06

(•) Esta unidade só ocorre associada a outra qualquer. Continua

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