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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

BIANCA RODRIGUES MAIA

ESTUDO COMPARATIVO DA UTILIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE FLUORETO DE SÓDIO A 4,0% E DE UM DENTIFRÍCIO CONTENDO 8,0%

DE ARGININA PARA O TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA CERVICAL

NATAL/RN 2015

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BIANCA RODRIGUES MAIA

ESTUDO COMPARATIVO DA UTILIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE FLUORETO DE SÓDIO A 4,0% E DE UM DENTIFRÍCIO CONTENDO 8,0%

DE ARGININA PARA O TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA CERVICAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte como pré-requisito para a obtenção do título de cirurgiã-dentista no curso de graduação em odontologia.

Orientador: prof. Dr. Euler Maciel Dantas

NATAL/RN 2015

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Maia, Bianca Rodrigues.

Estudo comparativo da utilização de uma solução de florueto de sódio a 4,0% e de um dentrífico contendo 8,0% de arginina para o tratamento de

hipersensibilidade dentinária cervical / Bianca Rodrigues Maia. – Natal, RN, 2015. 21f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Euler Maciel Dantas.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia.

Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.

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BIANCA RODRIGUES MAIA

ESTUDO COMPARATIVO DA UTILIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE FLUORETO DE SÓDIO A 4,0% E DE UM DENTIFRÍCIO CONTENDO 8,0%

DE ARGININA PARA O TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA CERVICAL (HSDC)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como pré-requisito para a obtenção do título de cirurgiã-dentista no curso de graduação em odontologia.

Aprovada em: ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________ Prof. Dr. Euler Maciel Dantas

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Orientador

_______________________________________________________ Profª Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa Lins

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro

_______________________________________________________ Profª Ana Rafaela Luz de Aquino

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS que permitiu que eu chegasse até aqui, me confortando nos momentos de angústia, me dando força para sempre seguir em frente e me colocando no caminho que levava ao melhor pra mim, mesmo quando eu questionava suas escolhas,

Agradeço a minha mãe, Irene Rodrigues de Paula Maia, que é a mulher mais guerreira, determinada e esforçada que existe. Foi ela que em sua profissão de professora me ensinou a maior de todas as lições: se a luta é grande e o esforço verdadeiro, a recompensa também será. Agradeço a minha mãe por sempre exigir o melhor de mim, por se sacrificar anos em uma rotina dura, mas sempre com o prazer de me dar o direito de ter um futuro melhor.

Agradeço ao meu pai, Washington Luís Maia, que possui o melhor e maior coração que alguém pode ter. Ele sempre me ensinou a ser amiga, verdadeira, prestativa e encarar as dificuldade sempre com um sorriso no rosto. Obrigada por ter me mostrado que a alegria é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter e que quando espalhamos sorrisos fazemos o bem não só para nós, mas para todos que estão a nossa volta.

Agradeço ao meu irmão, Igor de Paula Maia, que despertou em mim um sentimento de responsabilidade, fazendo com que eu desse sempre o melhor de mim para despertar o melhor dele. Agradeço também por ter me feito enxergar o mundo de uma forma mais calma e com mais paciência.

Agradeço aos meus tios Solón Alves e Cléa Alves, que me receberam em Natal para o que seria uma jornada de grandes descobertas e muito aprendizado. Agradeço imensamente por terem aberto suas portas, me recebido com uma verdadeira filha, me dado todo o conforto e apoio para que essa jornada fosse cumprida da melhor forma possível.

Agradeço ao meu namorado, Pedro Víctor Santana da Costa, que durante a minha faculdade teve paciência para escutar todas as minhas apreensões, me apoiou nas minhas decisões e me incentivou a superar meu desafios. Agradeço também por cuidar da minha saúde quando eu mesma

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estava imersa nos problemas da faculdade e esquecia de mim. Muito da sua personalidade me inspirou a lutar por meus objetivos

Agradeço a todas as minhas amigas que viveram esses quatro anos e meio comigo, enfrentando as mesmas dificuldades e me ajudando sempre que precisei. Obrigada por tornarem os meus dias mais felizes e completos. Obrigada por me mostrarem que posso receber muito amor, mesmo longe da minha família e por se tornarem também uma família para mim.

Agradeço ao meu orientador, Euler Maciel Dantas, que sempre esteve disponível para me ajudar no necessário. Sempre foi prestativo, competente e paciente. Soube me passar tranquilidade no momento que eu precisei e fez jus ao verdadeiro significado da palavra “orientador”.

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RESUMO

O estudo in vivo teve o intuito de testar, comparativamente, uma solução de fluoreto de sódio a 4,0% com um dentifrício que utiliza a tecnologia Pró-Argin, contendo arginina a 8,0% para o tratamento da hipersensibilidade dentinária cervical (HSDC). Para isso, foram selecionados 104 elementos dentários de 13 pacientes e distribuídos aleatoriamente em dois grupos. No grupo I, foi realizada aplicação do fluoreto de sódio a 4,0%, na região cervical da face vestibular, durante quatro minutos. No grupo II, foi realizada aplicação do dentifrício contendo arginina a 8,0% na região cervical da face vestibular durante 4 minutos. Ambas as terapias foram realizadas em três sessões com intervalos de 48 a 72 horas. As avaliações do grau de sensibilidade foram realizadas através de estímulos táctil e térmico-evaporativo e registradas em uma Escala Visual Analógica (EVA) no início do tratamento, após a primeira sessão, antes da segunda e terceira sessão, com um mês de controle e com três meses de controle. A análise estatística utilizou os testes de Friedman, Wilcoxon e Mann-Whitney, obtendo como resultado que as duas substâncias foram eficazes na redução da HSDC (p<0,05), porém não houve diferença estatisticamente significativa entre elas (p>0,05).

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ABSTRACT

The in vivo study was designed to test, by comparison, a sodium fluoride solution 4.0% with a toothpaste that uses the Pro-Argin technology, containing arginine to 8.0% for the treatment of cervical dentin hypersensitivity (HSDC). For this, we selected 104 dental elements of 13 patients and randomly assigned into two groups. In group I, application of a 4.0% sodium fluoride was performed in the cervical region of the buccal surface for four minutes. In group II, application toothpaste containing arginine to 8.0% was made in the cervical region of the buccal surface for 4 minutes. Both treatments were performed in three sessions every 48 to 72 hours. Assessments of the degree of sensitivity were made through tactile and thermal-evaporative stimuli and recorded on a Visual Analogue Scale (VAS) at baseline, after the first session before the second and third session, with a month of control and three-month control. The statistical analysis used the Friedman test, Wilcoxon and Mann-Whitney test result being that both substances were effective in reducing HSDC (p <0.05), but there was no statistically significant difference between them (p> 0.05).

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 8 2 MATERIAIS E MÉTODOS ... 10 3 RESULTADOS ... 13 4 DISCUSSÃO ... 16 5 CONCLUSÃO... 20 REFERÊNCIAS... 21

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1 INTRODUÇÃO

A hipersensibilidade dentinária cervical (HSDC) é caracterizada por uma dor aguda, localizada e de curta duração em decorrência da exposição dos túbulos dentinários e pode ser sentida após estímulos térmicos, elétricos, mecânicos, químicos, táteis, evaporativos e osmóticos, excluindo-se como causa qualquer outra patologia dentária (ARANHA; PIMENTA; MARCHI, 2009; MÁRQUEZ et al., 2011; BONETA et al., 2013; GERNHARDT, 2013; HU et al., 2013).

A literatura mostra que essa patologia atinge cerca de 55% da população e a faixa etária mais acometida é a de adultos entre a terceira e quarta décadas de vida, não havendo diferença significativa entre homens e mulheres. Com relação à prevalência na arcada dentária, as superfícies vestibulares dos caninos e pré-molares superiores são as mais acometidas, seguidos por incisivos e molares (PALMA et al., 2005; MÁRQUEZ et al., 2011; YAGCI et al., 2011; BONETA et al., 2013).

Diversos fatores como o consumo de alimentos e bebidas erosivas, lesões não cariosas (atrição, abfração), idade, escovação traumática, forças oclusais aplicadas incorretamente, recessão gengival devido à doença periodontal culminam com a perda da camada de esmalte e/ou cemento protetor e contribuem para a alta prevalência da HSDC (ARANHA; PIMENTA; MARCHI, 2009; MÁRQUEZ et al., 2011; BONETA et al., 2013; HU et al., 2013).

Para explicar como ocorre a sintomatologia devido à exposição dentinária, tem-se, como a mais aceita atualmente, a Teoria hidrodinâmica, proposta por Brännström em 1963. O autor explica que no momento em que os túbulos dentinários estão expostos e sofrem algum estímulo, um fluido presente em seu interior movimenta-se e transmite um impulso para os mecanorreceptores pulpares e este impulso é traduzido pelo cérebro como uma sensação dolorosa (MÁRQUEZ et al., 2011; BONETA et al., 2013; HU et al., 2013).

Dessa forma, para tentar bloquear ou minimizar o efeito causado pelo movimento dos fluidos, pode-se atuar em dois fatores: a transmissão do impulso nervoso através dos mecanorreceptores e exposição dos túbulos dentinários. A atuação no primeiro fator pode ser realizada através do uso de

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sais de potássio, citrato de potássio, nitrato de potássio e cloreto de potássio, que atuam como despolarizantes, tornando as fibras nervosas menos excitáveis aos estímulos. Já as opções terapêuticas com o intuito de obliterar parcialmente ou totalmente os túbulos dentinários compreendem o uso de oxalatos, “smear layers” (naturais ou artificiais), adesivos de resina, soluções contendo fluoreto de sódio ou dentifrícios a base de arginina (BONETA et al., 2013; HU et al., 2013).

Soluções com fluoreto de sódio em sua composição tem-se demonstrado eficazes para o tratamento e são acessíveis à população. O Fluoreto de Sódio age através da precipitação de cristais, levando à obliteração dos canalículos dentinários e consequentemente a diminuição da dor. Contudo, o seu efeito seria passageiro devido a fácil remoção desses cristais. Recentemente, um dentifrício contendo arginina tem sido utilizado para o tratamento da HSDC e atua por meio de um princípio no qual este aminoácido tem a capacidade de obliterar os túbulos dentinários ao reagir com o carbonato de cálcio, levando também a diminuição da sensação dolorosa. Além disso, o seu efeito seria tanto imediato quanto duradouro (PINTO et al., 2007; DANTAS; MENEZES, DANTAS, 2007; CUMMINS, 2011; MÁRQUEZ et al., 2011; HU et al., 2013).

Assim, com o intuito de ampliar as evidências já conhecidas e reafirmar a possibilidade de um tratamento acessível para hipersensibilidade dentinária, esse estudo se propõe avaliar a eficácia do uso de um dentifrício contendo 8,0% de arginina, comparando com uma solução de fluoreto de sódio a 4,0% para o tratamento da HSDC. Além disso, busca avaliar o fluoreto de sódio quanto a sua indicação e formas de utilização para o tratamento da HSDC, aferir o grau de sensibilidade dentinária após a aplicação da solução de fluoreto de sódio a 4,0% e do dentifrício contendo arginina a 8,0%, correlacionando com o número de aplicações e comparar os dois métodos dessensibilizantes quanto à sua efetividade durante o período de proservação.

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi registrado no Sistema Nacional de Ética na Pesquisa - SISNEP e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN sob o protocolo de número 210∕10. Todos os pacientes foram informadas do caráter e objetivo do estudo e participaram voluntariamente através da assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

A amostra foi composta de 104 dentes (47 pré-molares, 28 molares, 16 caninos e 13 incisivos) de 13 pacientes e um mesmo paciente podia possuir mais de um elemento com HSDC. Foram incluídos indivíduos acima de 14 anos que possuíam elementos dentários que apresentassem hipersensibilidade dentinária cervical ao estímulo táctil e/ou estímulo térmico- evaporativo, podendo haver a presença de recessão gengival e/ou lesão cervical não cariosa (erosão, abrasão ou abfração). Excluiu-se da pesquisa elementos dentários que apresentavam cárie, trincas ou fraturas, patologias pulpares, restaurações extensas e insatisfatórias, restaurações classe V, elementos protéticos pilares de próteses parciais fixas e removíveis, com mobilidade grau II ou III, que estivessem sob efeito de forças oclusais traumáticas severas (sem possibilidade de ajuste) e que se submeteram a tratamentos para HSDC nos últimos seis meses. Os elementos dentários que foram submetidos à terapêutica periodontal básica ou cirúrgica somente poderiam ser avaliados três meses após este tratamento.

A avaliação da HSDC foi realizada em 5 sessões. Na primeira sessão, foram identificados os elementos com sensibilidade e separados aleatoriamente em cada grupo de forma alternada. Exemplo: se o paciente tem HSDC nos elementos 32, 31,41 e 42, o 32 receberia a aplicação do dentifrício, o 31 aplicação de flúor a 4,0%, o 41 aplicação do dentifrício, o 42 flúor a 4,0% e assim sucessivamente. Se o último elemento analisado recebeu flúor, no próximo paciente, o primeiro dente receberia a aplicação do dentifrício.

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Para os registros iniciais, cada um dos elementos dentários selecionados recebeu dois estímulos, um táctil, com a ponta da sonda exploradora percorrendo a região cervical até que o paciente sentisse a dor que o fez procurar o tratamento. Após 3 minutos um segundo estímulo, térmico-evaporativo, com o jato de ar da seringa tríplice, foi executado sobre a região cervical, durante 1 segundo e a 1 cm de distância do elemento dentário. Após cada um destes estímulos, a mensuração da sensibilidade foi realizada através de um escala visual analógica (EVA) (Fig.1)

Figura 1 - Representação da escala visual analógica (EVA) para mensurar a sensibilidade dos pacientes com HSDC.

A marcação na escala pelos pacientes foi transferida para uma tabela de registro. Após os registros iniciais, os dentes receberam o tratamento de acordo com o grupo para o qual foram selecionados.

No GRUPO I foi realizada a remoção do biofilme dental, com pelota de algodão, isolamento relativo com roletes de algodão, em seguida aplicação da solução de fluoreto de sódio a 4,0% com um microbrush. No GRUPO II foi realizada a remoção do biofilme dental, com pelota de algodão, isolamento relativo com roletes de algodão, em seguida aplicação do dentifrício contendo 8,0% de arginina com um microbrush.

Após aplicação da solução de fluoreto de sódio a 4,0% ou do dentifrício contendo arginina 8,0% esperou-se 4 minutos e realizou-se o registro da resposta do paciente aos estímulos táctil e térmico-evaporativo na escala visual analógica. Esse registro é realizado por um avaliador diferente do aplicador das substâncias e o paciente não sabe qual substância está sendo aplicada nos seus elementos dentários, caracterizando um estudo randomizado cego.

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A segunda sessão foi realizada com intervalo de 48 a 72 horas após a primeira. Nessa sessão, a avaliação do grau de sensibilidade aos estímulos táctil e térmico-evaporativo através da escala visual analógica foi realizada somente antes da aplicação. Após análise da sensibilidade, os produtos foram aplicados igualmente a primeira sessão por um indivíduo diferente do avaliador. A terceira sessão foi realizada com intervalo de 48 a 72 horas após a segunda sessão, seguindo a mesma sequência que a sessão anterior.

Na quarta e quinta sessões não houve nenhuma aplicação das substâncias, sendo feita apenas a avaliação do grau de sensibilidade aos estímulos táctil e térmico-evaporativo através da escala de visual analógica. A quarta sessão foi realizada com um intervalo de 1 mês após a terceira e a quinta sessão foi realizada com um intervalo de 3 meses após a quarta.

A análise estatística dos dados foi feita através dos testes não paramétricos de Friedman, para avaliação da redução da sensibilidade a cada observação; Wilcoxon, para a comparação dos dados pareados e Mann-Whitney, relacionando a primeira com a quarta e a última observação, para comparar as reduções de HSDC entre as duas formas de terapia, complementando com uma análise descritiva composta de tabelas e gráficos.

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13 5, 54 3, 88 4, 92 4, 3 2, 94 3,02 5, 75 3, 54 4, 29 4 3, 31 3, 25 E S T Í M O L O E V A P O R A T I V O 0 E S T Í M U L O E V A P O R A T I V O 1 E S T Í M U L O E V A P O R A T I V O 2 E S T Í M U L O E V A P O R A T I V O 3 E S T Í M U L O E V A P O R A T I V O 4 E S T Í M U L O E V A P O R A T I V O 5

REDUÇÃO DA MÉDIA DA DOR PARA O

ESTÍMULO EVAPORATIVO

Fluoreto de Sódio 4,0% Arginina 8,0%

1, 86 0, 66 2, 04 0, 97 1, 24 0,94 1, 81 0, 69 1, 69 1 ,6 5 1, 35 1, 13 E S T Í M O L O T Á T I L 0 E S T Í M U L O T Á T I L 1 E S T Í M U L O T Á T I L 2 E S T Í M U L O T Á T I L 3 E S T Í M U L O T Á T I L 4 E S T Í M U L O T Á T I L 5

REDUÇÃO DA MÉDIA DA DOR PARA O

ESTÍMULO TÁCTIL

Fluoreto de Sódio 4,0% Arginina 8,0%

3 RESULTADOS

Figura 2 - Gráfico demonstrando a diminuição da média de dor para o estímulo táctil entre as 6 avaliações nas duas substâncias.

Figura 3 – Gráfico demonstrando a diminuição da média de dor para o estímulo

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Figura 4: Tabela representativa dos testes de Friedman e Wilcoxon mostrando a significância estatística entre as avaliações (p<0,05).

Friedman e Wilcoxon. Natal/RN. 2015. Fonte: Autora, 2015.

Legenda: Caselas com letras diferentes nas linhas apresentam diferença estatística significativa. Dor_t0 Md (Q25-Q75) Dor_t1 Md (Q25-Q75) Dor_t2 Md (Q25-Q75) Dor_t3 Md (Q25-Q75) Dor_t4 Md (Q25-Q75) Dor_t5 Md (Q25-Q75) p Estímulo tátil

Fluoreto de sódio a 4% 0 (0-3,3)a 0 (0-1,3)c 1 (0-3,0)a,b 0 (0-2,3)a,b,c 0 (0-2,3)a,b,c 0 (0-0)a,b,c <0,001 Dentifrício com arginina 8% 1 (0-3,6)a 0 (0-1,0)b 0 (0-3,0)a 0 (0-3,0)a 0 (0-2,0)a,b 0 (0-1,0)a,b 0,016 Estímulo evaporativo

Fluoreto de sódio a 4% 5 (3-8)a 3 (1-6)b,c,d 4,5 (2-8)a,b,c,d 3,5 (2-7)b,d 2 (0-5)c 2 (0-5)d <0,001

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16 48, 30% 29, 90% 61, 80% 38, 40% E S T Í M U L O T Á C T I L E S T Í M U L O E V A P O R A T I V O

AVALIAÇÃO DA DIMINUIÇÃO IMEDIATA DA

HSDC

Fluoreto de Sódio 4,0% Arginina 8,0%

46, 90% 4 2 ,4 0 % 45, 40% 43, 40% D O R 4 E 0 D O R 5 E 0

AVALIAÇÃO DA HSDC A LONGO PRAZO

PARA O ESTÍMULO EVAPORATIVO

Fluoreto de sódio 4,0% Arginina 8,0%

Figura 5 - Avaliação da diminuição da HSDC entre a 1º e a 2º avaliação para os estímulos táctil e evaporativo (p<0,05).

Figura 6 - Avaliação da diminuição da HSDC entre a 5º e 1º avaliação e entre a 6º e 1º avaliação para o estímulo evaporativo (p<0,05).

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4 DISCUSSÃO

A hipersensibilidade dentinária cervical (HSDC) é descrita como uma dor forte e de curta duração sentida após estímulos térmicos, evaporativos, elétricos, osmóticos, tácteis, químicos e físicos em decorrência da exposição de dentina e consequentemente dos túbulos dentinários (HU et al., 2013). Além disso, para ser classificada como HSDC, essa sensação dolorosa não deve ser decorrente de outra patologia dentária (ARANHA; PIMENTA; MARCHI, 2009; BONETA et al., 2013; GENHARDT, 2013).

Nesse estudo, a prevalência de HSDC relacionada aos dentes afetados mostrou-se maior em pré- molares (47), seguidos por molares (28), caninos (16) e incisivos (13), corroborando com a literatura sobre os pré-molares serem mais acometidos (MÁRQUEZ et al., 2011), embora a prevalência com relação aos outros dentes varie (MÁRQUEZ et al., 2011; CUNHA-CRUZ et al., 2013). É importante destacar que a variação com relação à prevalência pode variar devido à localização do estudo, hábitos dos pacientes, métodos de avaliação e tamanho da amostra.

O tratamento da HSDC pode ser realizado através do uso de diversos agentes dessensibilizantes. Com base no mecanismo de ação, esses agentes podem atuar em dois fatores: na transmissão do impulso nervoso através dos mecanorreceptores e na exposição dos túbulos dentinários.

Dentre as opções terapêuticas com o intuito de obliterar parcialmente ou totalmente os túbulos dentinários compreende-se o uso de fluoretos, oxalatos, vernizes, “smear layers” (naturais ou artificiais), adesivos de resina ou dentifrícios contendo arginina (BONETA et al., 2013; DAVARI; ATEI; ASSARZADEH, 2013; HU et al., 2013).

O presente estudo utilizou uma solução de fluoreto de sódio 4,0% e um dentifrício contendo arginina 8,0% (Colgate®) como substâncias para diminuição da HSDC.

O fluoreto de sódio forma precipitados de cristais de flúor dentro dos túbulos dentinários, levando a diminuição da permeabilidade dentinária e consequentemente da sensação dolorosa (DANTAS; MENEZES; DANTAS, 2007; PINTO et al., 2007; DAVARI; ATEI; ASSARZADEH, 2013). Já a ação do

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dentifrício contendo arginina ocorre através de uma combinação entre o aminoácido arginina, carbonato de cálcio e o flúor, formando um precipitado que leva a obliteração dos túbulos dentinários (CUMMINS, 2011; MARQUEZ et al., 2011; DAVARI; ATEI; ASSARZADEH, 2013; HU et al., 2013).

Por meio das Figuras 2 e 3 pode-se observar uma redução da sensibilidade durante o período de tratamento com as duas terapias (primeira à sexta avaliação) nos dois estímulos. Observa-se que em ambos estímulos e com as duas substâncias houve uma diminuição significativa entre a primeira avaliação, antes da aplicação dos produtos, e a segunda avaliação, 4 minutos após a primeira aplicação do produto. Já na terceira avaliação, feita de 48 a 72 horas após a segunda, notou-se o aumento da hipersensibilidade, embora continuasse menor que a HSDC aferida na primeira avaliação. Esse resultado mostra a efetividade de ambos os tratamentos na diminuição da HSDC, corroborando com o que foi apresentado na literatura (PINTO et al., 2007; DANTAS; MENEZES e DANTAS, 2007; RITTER et al., 2006; HU et al., 2013; GODINHO; GRIPPI; COSTA, 2011; KAPFERER et al., 2013; SHARIF; IRAM; BRUNTON, 2013; BONETA et al., 2013; MARQUEZ et al., 2011).

Vale ressaltar que embora haja novamente o aumento da HSDC, provavelmente devido a solubilização dessas substâncias com o decorrer do tempo, elas continuam obliterando os canalículos e a hipersensibilidade mostra-se diminuída quando comparada a primeira avaliação, com exceção do fluoreto de sódio a 4,0% no estímulo táctil, que aumentou entre a primeira e terceira avaliação. O fluoreto de sódio também apresentou um aumento da HSDC entre a quarta e quinta avaliação para o estímulo táctil, com novamente a diminuição entre a quinta e sexta avaliação. Já para o estímulo evaporativo, observou-se no fluoreto de sódio um aumento da HSDC entre a quinta e sexta avaliação. O aumento no grau de HSDC observado pode estar relacionado à solubilização das partículas de fluoreto de cálcio, caracterizando uma diminuição do efeito dessa substância após o tratamento (DANTAS; MENEZES e DANTAS, 2007). Além disso, a avaliação de dor nesses pacientes é bastante subjetiva, podendo ocasionar uma variação nos resultados.

Para reafirmar o efeito residual do dentifrício contendo arginina, em ambos os estímulos e terapias, tem-se a diminuição da HSDC entre a quarta e

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quinta avaliação, que compreende o intervalo de um mês, e entre a quinta e sexta avaliação, que envolve um intervalo de 3 meses.

Com relação ao melhor tratamento para a redução da HSDC, não houve diferença estatisticamente significativa entre as duas terapias tanto para o estímulo táctil quanto para o evaporativo, quando observadas as diferenças entre as médias de redução da sensibilidade entre as avaliações (p>0,05), embora a literatura demonstre uma superioridade de produtos contendo arginina sobre substâncias que contem fluoreto de sódio na diminuição da HSDC (BONETA et al., 2013; MARQUEZ et al., 2011). Em contraste, também relata-se que embora substâncias contendo arginina sejam eficazes, elas não tem diferença significativa quando comparada com outros agentes dessensibilizantes (GODINHO; GRIPPI; COSTA, 2011).

A figura 5 demonstra estatisticamente o que já foi apresentado anteriormente sobre a diminuição imediata da HSDC após a primeira aplicação. O fluoreto teve uma diminuição de 48,30% para o estímulo táctil e de 29,90% para o estímulo evaporativo. Já o dentifrício contendo arginina teve uma diminuição de 61,80% para o estímulo táctil e de 38,40% para o estímulo evaporativo.

A figura 6 demonstra que estatisticamente houve uma diminuição da HSDC a longo prazo quando realizado estímulo evaporativo. Na 5º avaliação houve uma queda de 46,90% para o fluoreto e 45,40% para o dentifrício contendo arginina, quando comparada com a 1º avaliação. Houve também uma diminuição da HSDC para ambos os tratamentos quando relacionou-se a 6º e 1º avaliação, sendo de 42,40% para o fluoreto e 43,40% para o dentifrício contendo arginina.

Os resultados do presente trabalho demonstram a efetividade do fluoreto de sódio a 4,0%, e do dentifrício contendo arginina 8,0%, principalmente na avaliação imediata ao tratamento. Contudo, deve-se levar em consideração alguns fatores limitantes na execução das aplicações e avaliações, como o número de sessões e a diferença de solubilidade entre as substâncias, pois embora houvesse condições adequadas para execução dos procedimentos, o fluoreto de sódio possui uma consistência mais fluida quando comparado com o dentifrício contendo arginina, o que leva a uma maior facilidade de dissolução no meio bucal. Além disso, por ser um trabalho dependente da colaboração

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dos pacientes, existe uma dificuldade de realização dos controles sem atraso algum, devido indisponibilidade ou desistência desses pacientes. Outro fator que também pode influenciar no resultado é o método de avaliação impreciso e subjetivo através da EVA, que, embora seja o método mais utilizado para avaliação de dor, pode apresentar variações na resposta de acordo com o humor e a percepção do paciente.

Por fim, embora haja limitações na execução da pesquisa, os resultados foram significativos e acrescentaram informações importantes a literatura, principalmente com relação a longevidade dos tratamentos para HSDC e a demonstração da eficácia dessas duas substâncias, que são de custo acessível à população e podem melhorar a qualidade de vida e os transtornos causados pelo problema da HSDC.

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5 CONCLUSÃO

Comparando-se o fluoreto de sódio a 4% e o dentifrício contendo arginina 8,0% na redução da hipersensibilidade dentinária cervical, ambos mostraram-se efetivos quando da avaliação imediata ao tratamento e a longo prazo. Contudo, não houve diferença estatisticamente significativa entre as duas substâncias.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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