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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS

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Academic year: 2021

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Demonstrações

Financeiras

Consolidadas em IFRS

31.12.2020

31 de dezembro de 2020

(2)

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

Conteúdo

Relatório da administração 3

Relatório dos auditores sobre as demonstrações

financeiras consolidadas 7

Balanços patrimoniais consolidados 11

Demonstrações de resultados consolidadas 12

Demonstrações de resultados abrangentes consolidadas 13

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido consolidadas 14

Demonstrações dos fluxos de caixa consolidadas 15

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Relatório da Administração

A Administração do Inter S.A., banco múltiplo privado, especializado em crédito e serviços digitais, em conformidade com as disposições legais e estatutárias, apresenta a seus acionistas as Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2020. As informações, exceto quando indicado de forma diferente, são expressas em moeda corrente nacional (em milhares de reais) e foram elaboradas de acordo com as normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS) emitidas pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB).

Inter S.A.

Somos uma plataforma digital com o propósito de simplificar a vida de nossos clientes. Iniciamos a nossa jornada como um dos principais agentes da modernização da indústria bancária brasileira, e que oferecemos uma proposta de valor disruptiva, com um novo conceito de banco. Ofertamos um portfólio extenso e serviços e produtos financeiros e não financeiros, sem cobrança de tarifas bancárias, para todos os tipos de clientes, independente de idade, condição econômica ou social.

Os produtos que hoje compõem o ecossistema Inter se conversam e são completamente interligados, oferecendo opções como conta corrente, financiamento, consórcios, câmbio, seguros, crédito, além da possibilidade de comprar produtos nas principais lojas de varejo do país, através do Inter Shop, nosso shopping digital, tudo em um só aplicativo, de forma simples e rápida.

Os mais de 26 anos de nossa experiência na indústria bancária brasileira proporcionaram credibilidade para prover serviços e produtos que entendemos ser de qualidade em um mercado fortemente regulado. A essência fintech, em paralelo, proporcionou a nosso ver ao Inter um modelo de negócio moderno, ágil, escalável e digital, atendendo da melhor forma as demandas dos clientes e estratégias de crescimento.

Nossa plataforma digital evoluiu e transformou‐se em um ecossistema de produtos e serviços além da nossa origem bancária. Hoje nos vemos como uma plataforma de inovação que pretende facilitar a vida dos clientes: entendemos que nossos processos envolvem apenas o necessário, de forma a evitar burocracias da indústria bancária tradicional para entregarmos o que acreditamos que os nossos clientes precisam de um jeito prático, adaptável e intuitivo.

A plataforma digital possibilita um acelerado crescimento na base de correntistas digitais, evoluindo de 4,1 milhões de correntistas em 31 de dezembro de 2019, para 8,5 milhões em 31 de dezembro de 2020, equivalente a 108% de crescimento no período.

Desde a digitalização do nosso modelo de negócios em 2015, aumentamos a diversificação das nossas receitas, ampliando a relevância das receitas de serviços. Adicionalmente, a estrutura de um banco de varejo digital contribui para uma composição de funding de baixo custo de captação, mais resiliente e pulverizado entre nossos correntistas.

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Destaques operacionais Conta digital

Em 31 de dezembro de 2020, alcançamos 8,5 milhões de correntistas digitais. O número de contas abertas por dia útil superou 25 mil no mês de dezembro de 2020.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2020, atingimos 4,9 milhões de clientes ativos, crescimento de 113% frente ao mesmo período do ano anterior, e somamos mais de 165 milhões de logins no app do Inter ao longo do ano.

Empréstimos e adiantamentos a clientes e instituições financeiras

Em 31 de dezembro de 2020, o saldo de empréstimos e adiantamentos a clientes e a instituições financeiras somou R$11 bilhões, variação positiva de 102,8% em relação a 31 de dezembro de 2019. A carteira de Crédito com garantia imobiliária totalizou R$3,5 bilhões, crescimento de 37,8% comparado a 31 de dezembro de 2019, quando totalizava R$2,5 bilhões. Já a carteira de Crédito Pessoa Física, no montante de R$1,5 bilhão, apresentou um crescimento de 68,3% na comparação com o mesmo período de 2019. A carteira de Crédito Empresas apresentou, crescimento de 235,1% em relação ao mesmo período de 2019, totalizando R$1,6 bilhão. No mesmo período a carteira de Cartão Múltiplo obteve um crescimento de 143,1%, totalizando R$1,9 bilhão e a carteira de Cartão Consignado uma redução de 15,8%, totalizando R$67,7 milhões.

Passivos com instituições financeiras, com clientes e títulos emitidos

O total de Passivos com Instituições Financeiras, com clientes e títulos emitidos encerrou o exercício de 2020 em R$15.919,2 milhões, aumento de 109,8% em relação aos R$7.586,5 milhões registrados no encerramento do exercício de 2019. O aumento é decorrente, principalmente, do crescimento do (i) saldo de Depósitos à vista, que finalizou o ano com montante de R$6.713,3 milhões, apresentando elevação de 220,6% se comparado ao exercício de 2019, cujo saldo foi de R$2.094 milhões; e do (ii) saldo dos Depósitos à prazo, que fechou o ano de 2020 com saldo de R$4.771,2 milhões, demonstrando crescimento de 84,1% em comparação a 2019 quando totalizava R$2.591,0 milhões (iii) O saldo de Títulos Emitidos, que somou R$1.832,3 milhões em 2020, reduziu 3,5% em relação ao montante de R$1.898,1 milhões em 2019.

Destaques econômico-financeiros Lucro líquido

Em 31 de dezembro de 2020 o Lucro Líquido foi de R$30,7 milhões, representando uma redução anual de 47,2%.

A redução do Lucro Líquido é resultado do aumento negativo de instrumentos financeiros derivativos para hedge de valor justo. Além disso, houve o aumento das despesas com pessoal, despesas administrativas e despesas com depreciação e amortização apresentando um aumento de 62,7%.

Responsabilidade socioambiental

O Inter dispõe de uma Política de Responsabilidade Socioambiental com diretrizes bem definidas, que oficializa o seu compromisso com a atuação responsável voltada para o desenvolvimento da sociedade e a preservação do meio ambiente. Entre as iniciativas praticadas pelo Inter estão patrocínios com recursos próprios ou por meio de mecanismos de incentivo fiscal, de projetos e programas próprios ou realizados em parcerias com outras instituições de

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caráter social, educacional e/ou ambiental.

Outras informações sobre os programas, projetos e ações na área de responsabilidade socioambiental, poderão ser obtidas no site ri.bancointer.com.br.

Gestão do capital e limites operacionais

De acordo com as normas regulatórias do Banco Central do Brasil, os Bancos devem manter um percentual mínimo de 8,625% dos ativos ponderados pelo risco que incidem em suas operações, a fim de preservar a solvência e estabilidade do sistema financeiro em relação às oscilações e adversidades econômicas.

O Inter finalizou 2020 com um Índice de Basileia de, aproximadamente, 31,83 %, mantendo forte estrutura de capital para manutenção das taxas de crescimento da instituição. Maiores detalhes na Nota Explcativa n° 8.

Gestão dos riscos de crédito, operacional, de liquidez, de mercado

No Inter, a gestão dos Riscos de Crédito, Liquidez, Mercado e Operacional é realizada de forma contínua e autônoma, se apoia em políticas e estratégias estruturadas e em uma equipe técnica adequadamente capacitada. Informações mais detalhadas podem ser obtidas na Nota Explicativa nº 7.

Prevenção e combate à lavagem de dinheiro

O Inter possui políticas, procedimentos, controles internos e monitoramento contínuo, destinados à prevenção e combate a referidos ilícitos, em conformidade com a Circular BACEN nº 3.461/2009 e coopera com os órgãos reguladores para a prevenção e combate à lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, bem assim para a prevenção da utilização do sistema financeiro para atos ilícitos previstos na Lei nº 9.613/1998.

Declaração da diretoria

A Diretoria do Banco declara que discutiu, reviu e concorda com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes, assim como reviu, discutiu e concorda com as informações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2020.

Ratings

A classificação de Investment Grade atribuída pelas agências especializadas Fitch Ratings e Standard & Poor’s, com notas em escala nacional de longo prazo “A-(bra)” e “brAA-”, respectivamente, comprova a adequada posição de liquidez e o confortável nível de capitalização do Inter. As agências destacam a melhoria da qualidade de crédito, a mitigação de riscos de descasamento de prazos e os importantes avanços na venda cruzada de produtos e na autonomia de captação de recursos, refletindo os benefícios do crescimento exponencial da base de clientes nos últimos meses.

Relacionamento com os auditores independentes

Em atendimento à Instrução CVM n° 381, o Banco e as empresas controladas contrataram serviços prestados pela KPMG Auditores Independentes que não os serviços de auditoria externa no exercício findo em 31 de dezembro de 2020, sendo:

Os serviços adicionais prestados pelos nossos auditores independentes representam aproximadamente 8% dos honorários totais de auditoria.

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A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com os critérios internacionalmente aceitos, quais sejam, o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Agradecimentos

Agradecemos aos nossos acionistas, clientes e parceiros pela confiança em nós depositada, e a cada um dos colaboradores que constroem diariamente a nossa história.

Belo Horizonte, 31 de março de 2021.

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Relatório dos auditores

independentes sobre as

demonstrações financeiras

consolidadas

Aos Acionistas, Conselho de Administração e Administradores do

Banco Inter S.A

Belo Horizonte – MG

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Inter S.A. e suas controladas (“Banco”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2020 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada, do Banco Inter S.A. em 31 de dezembro de 2020, o desempenho consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação ao Banco e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Principais assuntos de auditoria

Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.

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IFRS 9 – Instrumentos financeiros (Perda por redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamento a clientes)

Veja as Notas 3.d e 11 das demonstrações financeiras consolidadas

Principais assuntos de auditoria Como nossa auditoria conduziu esse assunto

O Banco a cada período de reporte avalia o risco de crédito de empréstimos e adiantamentos a clientes por meio de informações qualitativas, quantitativas e prospectivas. As informações prospectivas são baseadas em cenários macroeconômicos que são reavaliados anualmente.

Para avaliar se houve mudanças no risco de crédito, o Banco analisa se o risco aumentou

significativamente de forma individual ou coletiva. Para fins de avaliação coletiva, os ativos financeiros são agrupados com base em características de risco de crédito compartilhado, levando em consideração o tipo de instrumento, as classificações de risco de crédito, a data de reconhecimento inicial, prazo remanescente, ramo, localização geográfica da contraparte dentre outros fatores relevantes. Devido à relevância dos saldos de empréstimos e adiantamentos a clientes, o grau de julgamento e a incerteza subjacente à determinação da estimativa de perda por redução ao valor recuperável e ao impacto que eventual alteração das premissas utilizadas na determinação da referida perda poderia gerar nos valores registrados nas demonstrações financeiras consolidadas,

consideramos esse tema como principal assunto de auditoria.

Avaliamos o desenho dos controles internos relacionados ao processos de aprovação dos níveis de risco (“ratings”) das operações de crédito e de arrendamento mercantil e de governança sobre os modelos internos utilizados nos cálculo das perdas esperadas.

Com o auxílio de nossos especialistas em modelagem de risco de crédito: (i) avaliação da razoabilidade dos modelos de mensuração das perdas esperadas dos empréstimos e

adiantamento a clientes, incluindo os critérios utilizados para a classificação das operações de crédito e arrendamento mercantil financeiro nos estágios previstos no IFRS 9; (ii) avaliação das etapas do desenvolvimento dos modelos de probabilidade de perda da carteira de empréstimos e adiantamentos à clientes; (iii) avaliação dos métodos utilizados para o cálculo da perda esperada de crédito; (iv) efetuamos procedimentos de verificação de aderência sobre o valor

registrado pela Administração a título de provisão para redução a valor recuperável da carteira de empréstimos e adiantamentos a clientes versus o incorrido (back test); (v) recálculo matemático da perda esperada dos empréstimos e adiantamentos a clientes;

Avaliamos por meio de base amostral, se a carteira de empréstimos e adiantamento de clientes atendem ao critério de principal e juros (“SPPI”); Avaliamos a classificação da categoria dos ativos da carteira de empréstimos e adiantamento a

clientes;

Avaliação das divulgações realizadas pela administração, relativa aos critérios e valores das perdas de crédito esperadas, nas demonstrações financeiras consolidadas

Com base nas evidências obtidas por meio dos procedimentos elencados, consideramos aceitável o saldo de provisionamento da perda esperada sobre empréstimos e adiantamentos a clientes, no contexto das demonstrações financeiras

consolidadas, bem como as respectivas divulgações, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2020.

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Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e o relatório dos auditores

A administração do Banco é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, consistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas

A administração do Inter e suas controladas é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de o Banco continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, a não ser que a administração pretenda liquidar o Inter e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança do Inter e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: – Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e

consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. – Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos

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procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco e suas controladas.

– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade

operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de

continuidade operacional do Banco e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar o Banco e suas controladas a não mais se manterem em continuidade operacional.

– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas representam as

correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

– Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do Banco e suas controladas para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do Banco e suas controladas e, consequentemente, pela opinião de auditoria. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras do exercício correntes e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

Belo Horizonte, 31 de março de 2021 KPMG Auditores Independentes CRC SP-014428/O-6 F-MG João Paulo Dal Poz Alouche Contador CRC 1SP245785/O-2

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Balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2020 e 2019

(Valores expressos em milhares de Reais)

Nota 31/12/2020 31/12/2019

Ativos

Caixa e equivalentes de caixa 8 2.154.687 3.114.789 Empréstimos e adiantamento a instituições financeiras 10 2.212.098 648.377 Empréstimos e adiantamento a clientes 11 8.790.057 4.777.387 (-) Provisão para perda esperada 11 (282.355) (215.563) Títulos e valores mobiliários líquido de provisão para perdas 12 5.812.622 1.155.094 Instrumentos financeiros derivativos 9 27.513 - Ativos não circulantes mantidos para venda 15 119.929 121.632 Imobilizado 13 137.846 91.851 Intangível 14 224.516 79.248 Ativos fiscais 31 168.815 88.385 Outros ativos 16 518.681 192.054 Total dos ativos 19.884.410 10.053.254

Passivos

Passivos com instituições financeiras 17 1.654.039 974.001 Passivos com clientes 18 12.436.632 4.714.439 Títulos emitidos 19 1.832.310 1.898.071 Instrumentos financeiros derivativos passivos 9 56.758 20.941 Empréstimos e repasses 20 27.405 29.800 Impostos correntes 21 30.271 18.202 Provisões 22 23.637 22.055 Outros passivos 23 475.420 216.115 Total dos Passivos 16.536.472 7.893.624

Patrimônio líquido

Capital social 24a 3.216.455 2.068.305 Reserva de capital 83.714 1.119 Reservas de lucros 24b 67.772 89.809 (-) Outros resultados abrangentes 24c 48.937 (3.780) (-) Ações em tesouraria 24f (117.521) - Total do patrimônio líquido dos acionistas controladores 24 3.299.357 2.155.453 Participações de acionistas não controladores 48.581 4.177 Total do patrimônio líquido 3.347.938 2.159.630 Total do passivo e patrimônio líquido 19.884.410 10.053.254

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Demonstrações de resultados consolidadas

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019

(Valores expressos em milhares de Reais)

Nota 31/12/2020 31/12/2019

Receitas de juros 942.808 775.516

Despesas de juros (218.161) (264.833)

Resultado líquido de juros 25 724.647 510.683

Receitas de serviços e comissões 257.145 130.457 Despesas de serviços e comissões (6.147) (27.526)

Resultado líquido de serviços e comissões 26 250.998 102.931

Resultado de títulos e valores mobiliários 12 45.886 70.634 Resultado de instrumentos financeiros derivativos 9 (54.418) 4.235

Outras receitas 27 219.098 97.843

Receitas 1.186.211 786.326

Resultado de perdas por redução ao valor recuperável de

ativos financeiros 28 (213.688) (137.371)

Despesas de pessoal 29 (229.096) (169.198)

Depreciação e amortização (43.659) (17.460)

Outras despesas 30 (706.791) (415.413)

Resultado antes dos impostos (7.023) 46.884

Imposto sobre a renda e contribuição social corrente 31 (13.166) (5.859) Imposto sobre a renda e contribuição social diferido 31 50.875 17.065

Lucro líquido do exercício 30.686 58.090

Lucro atribuível aos:

Acionistas controladores 17.911 55.403 Acionistas não controladores 12.775 2.687

Resultado por ação (em Reais - R$)

Resultado por ação básico 24 0,02422 0,07493 Resultado por ação diluido 24 0,02418 0,07479 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

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Demonstrações de resultados abrangentes consolidadas Exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019

(Valores expressos em milhares de Reais)

31/12/2020 31/12/2019 Resultado líquido do exercício 30.686 58.090

Itens que podem ser subsequentemente reclassificados para o resultado Ativos financeiros ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes 40.017 (5.236)

Itens que não podem ser reclassificados para a Demonstração de Resultado Perda esperada para ativos financeiros classificados como valor justo por

meio de outros resultado abrangentes - VJORA 12.700 - Outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de imposto de renda e

contribuição social 52.717 (5.236) Total de resultados abrangentes do exercício 83.403 52.854

Atribuição do resultado abrangente

Parcela do resultado abrangente dos acionistas controladores 70.628 50.167 Parcela do resultado abrangente dos acionistas não controladores 12.775 2.687 Total do resultado abrangente do exercício 83.403 52.854

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Demonstrações das mutações do patrimônio líquido consolidadas Exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019

(Valores expressos em milhares de Reais)

Reserva de lucros Capital social Reserva de capital Reserva legal Reserva Estatutária Outros resultados abrangentes Lucros acumulados Ações em tesouraria Patrimônio líquido Acionistas Controladores Participação de Acionistas não Controladores Patrimônio Liquido Total Saldos 01 de janeiro de 2019 848.760 1.290 13.262 72.396 (3.340) - (432) 931.936 252 932.188 Aumento de capital 1.250.266 (299) - - - - - 1.249.967 268 1.250.235

Custo na emissão de ações (30.721) 192 - - - - - (30.529) - (30.529)

Pagamentos baseados em ações - 102 - - - - - 102 - 102

Resultados abrangentes do exercício - - - -

Lucro líquido do exercício - - - - - 55.403 - 55.403 2.687 58.090

Destinações propostas: - - -

Constituição de reserva legal - - 3.944 - - (3.944) - - - -

Constituição de reserva de lucros - - - 207 - (207) - - - -

Dividendos e juros sobre o capital próprio - - - - - (51.252) - (51.252) 970 (50.282)

Recompra (Cancelamento) de ações em tesouraria - (166) - - - - 432 266 - 266

Ajuste de avaliação patrimonial - - - - - - - - - -

Resultado de avaliação a valor justo de ativos financeiros,

líquido de impostos - - - - (5.129) - - (5.129) - (5.129) Transações de capital - - - - 4.689 - - 4.689 - 4.689 Saldos em 31 de dezembro de 2019 2.068.305 1.119 17.206 72.603 (3.780) - - 2.155.453 4.177 2.159.630 Saldos 01 de janeiro de 2020 2.068.305 1.119 17.206 72.603 (3.780) - - 2.155.453 4.177 2.159.630

Aumento de capital 1.181.351 - - - - - - 1.181.351 - 1.181.351

Custo na emissão de ações (33.335) 820 - - - - - (32.515) - (32.515)

Pagamentos baseados em ações 134 (134) - - - - - - - -

Lucro líquido do exercício - 17.911 17.911 12.775 30.686

Destinações propostas:

Reversão de reserva de lucros - - - (22.038) - 22.038 - - - -

Juros sobre o capital próprio (39.949) (39.949) - (39.949)

Recompras de ações no mercado - - - - - - (153.109) (153.109) - (153.109)

Vendas de ações em tesouraria - - - - - 35.588 35.588 - 35.588

Lucro na venda de ações em tesouraria - 81.909 - - - - - 81.909 - 81.909

Aquisição de fundos com participação de não-controladores - - - - - - - 31.629 31.629

Resultado de avaliação a valor justo de ativos financeiros,

líquido de impostos - - - - 40.017 - - 40.017 - 40.017 Perda esperada para ativos financeiros classificados como

valor justo por meio de outros resultado abrangentes - VJORA

- - - - 12.700 - - 12.700 - 12.700 Saldos em 31 de dezembro de 2020 3.216.455 83.714 17.206 50.565 48.937 - (117.521) 3.299.356 48.581 3.347.937

(15)

Demonstrações dos fluxos de caixa consolidadas Exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019

(Valores expressos em milhares de Reais)

Demonstração dos fluxos de caixa - método indireto 31/12/2020 31/12/2019

Atividades operacionais

Lucro líquido do exercício 30.686 58.090

Ajustes ao lucro líquido

- Depreciação e amortização 43.659 17.460

- Perdas por redução ao valor recuperável de ativos financeiros 213.688 137.371

- Despesas com provisão e passivos contingentes 15.280 8.413

- Imposto de renda e contribuição social diferidos (50.875) (17.065) - Imposto de renda e contribuição social correntes 13.166 5.859

- Provisões para perda de ativos (4.401) 4.295

- Resultado de variação cambial (1.006) (397)

- Opções de Outorgas Reconhecidas e Pagamento Baseado em Ações - 103

(Aumento)/ redução dos ativos operacionais

Empréstimos e adiantamento a instituições financeiras (1.563.721) (406.706) Empréstimos e adiantamento a clientes, líquido de perdas esperadas (4.146.866) (1.540.879)

Títulos e valores mobiliários (161.869)

-Instrumentos financeiros derivativos (27.513) 19.945

Ativos não circulantes mantidos para venda 6.104 (57.258)

Ativos fiscais (29.555)

-Outros ativos (326.627) (56.434)

Aumento/ (redução) dos passivos operacionais

Passivos com instituições financeiras 680.038 267.280

Passivos com clientes 7.722.193 2.704.501

Títulos emitidos (65.761) 103.431

Instrumentos financeiros derivativos passivos 35.817

-Empréstimos e repasses (2.395) (2.188)

Impostos correntes 13.090 7.664

Provisões (13.698) (9.335)

Outros passivos 192.852 64.238

Impostos pagos sobre o lucro (14.187) (5.634)

Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 2.558.100 1.302.754 Fluxo de caixa das atividades de investimento

Aquisição de Imobilizado (17.655) (11.391)

Alienação de ativo imobilizado 7.223

-Aquisição de intangível (160.120) (62.043)

Aquisição de Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado (255.104) (1.871.033) Alienação de Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado - 1.231.867 Aquisição de Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes (4.699.630) (587.518) Alienação de Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes 499.092 388.430

Fluxo de caixa (utilizado nas) proveniente das atividades de investimento (4.626.193) (911.688) Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Aumento de capital 1.148.836 1.220.101

Compra de opções - Pagamentos baseados em ações - 299

Venda (Recompra) de ações da tesouraria - 432

Recompra de ações em tesouraria (153.109)

-Recurso provientes da venda de ações em tesouraria 117.497

-Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (37.868) (43.571) Aquisição de fundos com participação de não-controladores 31.629

-Caixa líquido (utilizado nas) proveniente das atividades de financiamento 1.106.985 1.177.261 Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa (961.108) 1.568.327

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 3.114.789 1.546.065 Efeito da variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa (1.006) (397) Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 2.154.687 3.114.789

Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa (961.108) 1.568.327 Transações que não afetam o caixa

Dividendos e juros sobre o capital próprio declarados e não pagos 39.950 12.813 Variação ativos financeiros ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes 40.017 107 Aumento de capital por meio de pagamentos baseados em ações - 299

Ajustes dos contratos de IFRS 16 39.871 69.387

Ágio e carteira de clientes não pagos na aquisição de investimentos 24.500 -As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

(16)

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas

(Valores expressos em milhares de reais)

1

Atividade e estrutura do Inter e suas controladas

O Inter S.A. (Inter) é uma companhia aberta de direito privado que opera na forma de banco múltiplo a partir de uma plataforma digital, conforme permitido pelo Banco Central do Brasil e nos termos da legislação aplicável. O Inter tem como objetivo a operação de um banco multisserviços digital, para pessoas físicas e jurídicas, e tem dentre suas atividades principais as operações de crédito imobiliário, consignado, crédito para empresas, crédito rural e cartão de crédito, e os serviços conta corrente, investimentos, seguros, e um marketplace de serviços não financeiros, prestados por meio de suas controladas. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas do Inter e suas controladas, atuando no mercado de modo integrado.

2

Base de preparação

a. Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras consolidadas do Inter e suas controladas foram preparadas de acordo com as International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Board (IASB).

A publicação das demonstrações financeiras consolidadas foi aprovada pela Diretoria Executiva na ata de Reunião da Diretoria em 31 de março de 2021.

b. Moeda funcional e moeda de apresentação

Estas demonstrações financeiras consolidadas estão sendo apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional do Inter e suas controladas. Todos os saldos foram arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

c. Uso de estimativas e julgamentos

Na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas, a Administração utilizou julgamento, estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis do Inter e suas controladas e os valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.

As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente.

(17)

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

(i) Julgamentos

As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm efeitos significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

• Classificação de ativos financeiros (vide notas explicativas nº 3 e 7) - avaliação do modelo de negócios no qual os ativos são mantidos e avaliação se os termos contratuais do ativo financeiro são apenas de pagamentos de principal e juros (SPPI test).

• Consolidação (vide notas explicativas nº 3): determinação se o Inter e suas controladas detém de fato controle sobre uma investida.

• A mensuração da provisão para perdas esperadas com créditos para ativos financeiros mensurados ao custo amortizado e ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes VJORA requer o uso de modelos quantitativos complexos e suposições sobre condições econômicas futuras e comportamento de crédito. Vários julgamentos significativos também são necessários para aplicar os requisitos contábeis para a mensuração da perda esperada de crédito, tais como: Determinar critérios para determinar o aumento significativo de risco de crédito, selecionar modelos quantitativos e pressupostos apropriados para a mensuração da perda esperada crédito, estabelecer diferentes cenários prospectivos e suas ponderações entre outros.

(ii) Incertezas sobre premissas e estimativas

As informações sobre as incertezas relacionadas a premissas e estimativas que possuem um risco significativo de resultar em ajuste material nos saldos contábeis de ativos e passivos e que envolvem julgamentos estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

• Provisões para demandas judiciais (vide notas explicativas nº 3 e 22) - Premissas chave sobre a probabilidade e magnitude de saída de recursos;

• Ativos não circulantes mantidos para venda (vide notas explicativas nº 3 e 15) - determinação do valor justo menos custos de venda, de ativos não circulantes mantidos para venda com base em dados não observáveis significativos;

• Ativos tributários diferidos (vide notas explicativas nº 3 e 31) - disponibilidade de lucro tributável futuro; e

• Valor justo dos instrumentos financeiros, incluindo instrumentos financeiros derivativos (vide notas explicativas nº 3, 6 e 7) - Determinação do valor justo de instrumentos financeiros com significativos inputs não observáveis.

• Perda esperada (vide notas explicativas nºs 3 e 11b) - estabelecer os critérios para determinar se o risco de crédito sobre o ativo financeiro aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial, determinando a metodologia

(18)

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

para incorporar informações prospectivas na mensuração da perda esperada, assim como seleção e aprovação de modelos usados para medir a perda esperada.

d. Base de mensuração

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas considerando o custo histórico, com exceção dos seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais:

- os instrumentos financeiros derivativos são mensurados pelo valor justo;

- os instrumentos financeiros não-derivativos designados pelo valor justo por meio do resultado são mensurados pelo valor justo;

- títulos patrimoniais designados pelo valor justo por meio do resultado são mensurados pelo valor justo; e

- títulos de dívida a VJORA são mensurados pelo valor justo.

3

Principais políticas contábeis

As políticas contábeis descritas a seguir foram aplicadas em todos os exercícios apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas pelo Inter e suas controladas.

a. Base de consolidação

A tabela a seguir apresenta as entidades controladas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas:

(i) Controladas

São classificadas como controladas as empresas sobre as quais o Banco possui o controle. O Banco possui o controle sobre a investida se estiver exposta a, ou tiver direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos. As subsidiárias são consolidadas em sua totalidade a partir do momento em que o Banco obtém o controle sobre as suas atividades até a data em que esse controle cesse.

(ii) Participação de acionistas não-controladores

O Inter e suas controladas contabilizam a parte relacionada aos acionistas não controladores dentro do patrimônio líquido no balanço patrimonial consolidado. Nas transações de compras de participação com acionistas não controladores, a diferença entre o valor pago e a participação adquirida é registrada no patrimônio líquido. Ganhos

Entidade Ramo de atividade 31/12/2020 31/12/2019

Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Distribuidora de TVM 98,3% 98,3% Inter Digital Corretora e Consultoria de Seguros Ltda. Corretora de seguros 60,0% 60,0%

Inter Marketplace Ltda. Marketplace 99,9% 99,9%

Matriz Participações Ltda. Gestora de ativos 70,0% 0,00%

Inter Titulos Fundo de Investimento Fundo de Investimento 96,5% 98,1% BMA Inter Fundo De Investimento Em Direitos Creditórios Multissetorial Fundo de Investimento 81,2% 0,00% TBI Fundo De Investimento Renda Fixa Credito Privado Fundo de Investimento 100,0% 0,0%

(19)

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

ou perdas na venda para acionistas não controladores também são registrados no patrimônio líquido.

Lucros ou prejuízos atribuídos aos acionistas não controladores são apresentados nas demonstrações consolidadas de resultado como lucros ou prejuízos atribuídos aos acionistas não controladores.

(iii) Saldos e transações eliminadas na consolidação

Saldos e transações entre empresas do Inter, incluindo quaisquer ganhos ou perdas não realizadas resultantes de operações entre as companhias, são eliminados no processo de consolidação. Perdas não realizadas são eliminadas da mesma maneira de que os ganhos não realizados, mas somente na extensão em que haja evidência de perda por redução ao valor recuperável.

b. Transações em moeda estrangeira

Transações em moeda estrangeira são convertidas para as respectivas moedas funcionais das entidades do Inter pelas taxas de câmbio nas datas das transações. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data do balanço são reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio naquela data. Ativos e passivos não monetários que são mensurados pelo valor justo em moeda estrangeira são reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio na data em que o valor justo foi determinado. Itens não monetários que são mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos pela taxa de câmbio na data da transação. As diferenças de moedas estrangeiras resultantes da conversão são geralmente reconhecidas no resultado.

c. Caixa e equivalentes de caixa

O saldo em caixa e equivalentes de caixa compreende disponibilidades em caixa e depósitos bancários à vista (no Brasil e no exterior) e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais em até 3 (três) meses e que apresentem risco insignificante de mudança de valor justo. Estes instrumentos são utilizados pelo Inter e suas controladas para gerenciar seus compromissos de curto prazo.

d. Ativos e passivos financeiros

Ativos e passivos financeiros são incialmente reconhecidos ao valor justo e, subsequentemente, mensurados ao custo amortizado ou ao valor justo.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

(i) Classificação e mensuração de ativos financeiros

Os Instrumentos financeiros são classificados nos ativos financeiros nas seguintes categorias de mensuração:

- Custo amortizado;

- Valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA); - Valor justo por meio do resultado (VJR).

A classificação e a mensuração subsequente de ativos financeiros dependem de: - O modelo de negócios no qual são administrados;

- As características de seus fluxos de caixa (Solely Payment of Principal and Interest Test - SPPI Test).

Modelo de negócios: representa a forma como é efetuada a gestão dos ativos financeiros

para gerar fluxos de caixa e não depende das intenções da Administração em relação a um instrumento individual.

Os ativos financeiros podem ser administrados com o propósito de: i) obter fluxos de caixa contratuais;

ii) obter fluxos de caixa contratuais e venda; ou iii) outros.

Para avaliar os modelos de negócios, o Inter considera os riscos que afetam o desempenho do modelo de negócios; e como o desempenho do modelo de negócios é avaliado e reportado à Administração. Se os fluxos de caixa são realizados de forma diferente das expectativas do Inter, a classificação dos ativos financeiros remanescentes mantidos nesse modelo de negócios não é alterada.

Quando o ativo financeiro é mantido nos modelos de negócios “i” e “ii”, acima, é necessária a aplicação do SPPI Test.

SPPI Test: avaliação dos fluxos de caixa gerados pelo instrumento financeiro com o

objetivo de verificar se constituem apenas pagamento de principal e juros. Para atender esse conceito, os fluxos de caixa devem incluir apenas contraprestação pelo valor do dinheiro no tempo e o risco de crédito.

Se os termos contratuais introduzirem exposição a riscos ou volatilidade nos fluxos de caixa, tais como exposição a alterações nos preços de instrumentos de patrimônio, o ativo

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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

financeiro é classificado como ao valor justo por meio do resultado. Contratos híbridos devem ser avaliados como um todo, incluindo todas as características embutidas. A contabilização de um contrato híbrido que contenha derivativo embutido é efetuada de forma conjunta, ou seja, todo o instrumento é mensurado ao valor justo por meio do resultado.

Taxa de Juros Efetiva

A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta os recebimentos ou pagamentos futuros estimados ao longo da vida esperada do ativo ou passivo financeiro.

Para o cálculo da taxa de juros efetiva, o Inter estima os fluxos de caixa considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, mas não considera perda de crédito futura. O cálculo inclui todas as comissões pagas ou recebidas entre as partes do contrato, os custos de transação e todos os outros prêmios ou descontos.

A receita de juros é calculada aplicando-se a taxa de juros efetiva ao valor contábil bruto do ativo financeiro.

Valor justo

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação ordenada entre participantes do mercado na data de mensuração.

O detalhamento sobre o valor justo dos instrumentos financeiros, incluindo Derivativos, bem como sobre a hierarquia de valor justo estão detalhados na Nota explicativa nº 8.

Classificação

Baseado nestes fatores, o Inter aplica os seguintes critérios para cada categoria de classificação:

- Custo Amortizado

- Ativos administrados para obter fluxos de caixas constituídos apenas de pagamentos de principal e juros (SPPI Test);

- Inicialmente reconhecidos a valor justo mais custos de transação;

- Subsequentemente mensurados ao custo amortizado, utilizando-se a taxa de juros

efetiva;

- Os juros, inclusive a amortização de prêmios e descontos, são reconhecidos na Demonstração do Resultado na rubrica Receita de Juros.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

- Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes

- Ativos administrados tanto para obter fluxos de caixa constituídos apenas de pagamentos de principal e juros (SPPI Test), quanto para a venda;

- Inicial e subsequentemente reconhecidos a valor justo mais custos de transação; - Os ganhos e perdas não realizados (exceto perda de crédito esperada, diferenças cambiais, dividendos e receita de juros) são reconhecidos, líquidos dos impostos aplicáveis, na rubrica Outros Resultados Abrangentes no patrimônio líquido..

- Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado

- Ativos que não atendem os critérios de classificação das categorias anteriores; ou ativos designados no reconhecimento inicial como ao valor justo por meio do resultado para reduzir “descasamentos contábeis”;

- Inicial e subsequentemente reconhecidos a valor justo;

- Os custos de transação são registrados diretamente na demonstração do resultado;

- Os ganhos e perdas decorrentes de alterações no valor justo são reconhecidos na rubrica Resultado de instrumentos financeiros derivativos.

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas e baixadas, respectivamente, na data de negociação.

Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber os fluxos de caixa se expiram ou quando o Inter transfere substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade e tal transferência se qualifica para baixa de acordo com os requerimentos da IFRS 9.

Caso contrário, deve-se avaliar o controle para determinar se o envolvimento contínuo relacionado com qualquer controle retido não impede a baixa.

Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no Balanço Patrimonial exclusivamente quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

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Instrumentos patrimoniais

Um instrumento de patrimônio é qualquer contrato que comprova uma participação residual nos ativos de uma entidade, após a dedução de todos os seus passivos, tais como Ações e Cotas.

O Inter e suas controladas mensuram subsequentemente todos os seus instrumentos de patrimônio ao valor justo por meio do resultado. Ganhos e perdas em instrumentos patrimoniais mensurados ao valor justo por meio do resultado são contabilizados na Demonstração do Resultado.

Perda de crédito esperada

O Inter e suas controladas avaliam em bases prospectivas a perda de crédito esperada associada aos ativos financeiros mensurados ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. O reconhecimento da provisão para perda de crédito esperada é feito a cada data de emissão das demonstrações financeiras em contrapartida à demonstração do resultado.

No caso de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, o Inter reconhece a provisão para perdas na demonstração do resultado em contrapartida ao patrimônio líquido em outros resultados abrangentes.

Mensuração de perda de crédito esperada

Ativos financeiros: a perda é mensurada pelo valor presente da diferença entre os fluxos

de caixa contratuais e os fluxos de caixa que o Inter espera receber descontados pela taxa efetivamente cobrada;

Compromissos de empréstimos: a perda é mensurada pelo valor presente da diferença

entre os fluxos de caixa contratuais que seriam devidos se o compromisso fosse contratado e os fluxos de caixa que o Inter espera recebe;

Garantias financeiras: a perda é mensurada pela diferença entre os pagamentos esperados

para reembolsar a contraparte e os valores que o Inter espera recupera.

A cada período reportado, o Inter avalia a perda esperada de sua carteira de crédito ativa.

O cálculo da perda esperada se dá através do seguintes termos: a probabilidade de default (PD), a perda dado o default (LGD) e a exposição caso aconteça o default (EAD).

Para a formulação dos termos da perda esperada a carteira de crédito é dividida em produtos com característica similares, por exemplo, operações com garantia imobiliária formam um grupo para fins de modelagem estatística. Outras divisões entre produtos são por exemplo: cartões de crédito; créditos consignados; créditos empresa e etc. O período utilizado para o cálculo da PD foi definido como de até 24 meses. Esta janela temporal foi determinada por ser suficiente para a construção de modelos estatisticamente

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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

significantes ainda se mantendo próxima do cenário mais recente. Para a estimativa do LGD considera-se um período de workout - recuperação de ativos - de até 60 meses, dado a natureza das operações, como por exemplo, crédito imobiliário, em que a consolidação e venda de um ativo pode se estender por um intervalo de tempo maior. O valor recuperado, é, entretanto, considerado a partir da dedução do seu valor no tempo, visando ponderar a perda econômica do período.

Dada a estimação dos termos da perda esperada, cada contrato é classificado em três estágios de risco. O primeiro contempla as operações com o menor risco de crédito, sendo, para estes, calculada a perda esperada nos próximos doze meses. O segundo grupo abrange os contratos com risco significativo de crédito, sendo os contratos que apresentam atraso superior a 30 dias, renegociação, acordo ou que estejam em quarentena. Para este grupo calcula-se a perda esperada para o restante do prazo do contrato. O terceiro e último estágio contempla os contratos que estão com mais de 90 dias de atraso e/ou evidencias significativa de risco de crédito deterioração do crédito, ou seja, em default

Por fim, de forma a incorporar as perspectivas macroeconômicas que possam afetar a saúde financeira da carteira, é utilizado um fator de correção baseado em um modelo macroeconômico que considera os principais indicadores de mercado: CDI, IPCA, PIB e salário mínimo.

A probabilidade de default de cada grupo de produtos é calibrada utilizando um multiplicador que contempla as previsões para as variáveis supracitadas nos próximos doze meses, com variações que representam um cenário base e um cenário de estresse de mercado. As previsões das variáveis macroeconômicas utilizadas são obtidas através de estudo da área de Research do próprio Inter, além da avaliação de projeções externas.

Finalmente, a PD calibrada pelo modelo macroeconômico é multiplicada ao LGD e ao EAD de cada operação, o que resulta na perda esperada final da carteira de crédito do Inter.

Modificação de fluxos de caixa contratuais

Quando os fluxos de caixa contratuais de um ativo financeiro são renegociados ou de outro modo modificados e isto não altera substancialmente seus termos e condições, o Inter não efetua sua baixa. Contudo, o valor contábil bruto desse ativo financeiro é recalculado como o valor presente dos fluxos de caixa contratuais renegociados ou modificados, descontados pela taxa de juros efetiva original. Quaisquer custos ou taxas incorridas ajustam o valor contábil modificado e são amortizados ao longo do prazo restante do ativo financeiro.

Se, por outro lado, a renegociação ou modificação alterar substancialmente os termos e condições do ativo financeiro, o Inter baixa o ativo original e reconhece um novo. A data da renegociação é, consequentemente, considerada a data de reconhecimento inicial do novo ativo para fins de cálculo de perda de crédito esperada, inclusive para determinar aumentos significativos no risco de crédito.

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De qualquer maneira, o Inter também avalia se o novo ativo financeiro pode ser considerado como originado ou comprado com problemas de recuperação de crédito, especialmente quando a renegociação foi motivada por dificuldades financeiras do devedor.

Diferenças entre o valor contábil do ativo original e o valor justo do novo ativo são reconhecidas imediatamente na Demonstração do Resultado.

Baixa de ativos financeiros

Quando não houver expectativas razoáveis de recuperação de um ativo financeiro, considerando curvas históricas, sua baixa total ou parcial é realizada simultaneamente com a reversão da provisão para perda de crédito esperada relacionada, sem efeitos na Demonstração do Resultado do Inter. As recuperações subsequentes dos valores anteriormente baixados são contabilizados como receita na Demonstração do Resultado.

(ii) Classificação e mensuração de passivos financeiros

Os passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao valor justo e subsequentemente mensurados ao custo amortizado, exceto por:

Passivos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado: classificação aplicada a

derivativos e outros passivos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado para reduzir “descasamentos contábeis”. O Inter designa passivos financeiros, irrevogavelmente, ao valor justo por meio do resultado no reconhecimento inicial (opção de valor justo), quando a opção reduz ou elimina significativamente inconsistências de mensuração ou de reconhecimento.

(iii) Baixa e modificação de passivos financeiros

O Inter remove um passivo financeiro do Balanço Patrimonial quando ele for extinto, ou seja, quando a obrigação especificada no contrato for liberada, cancelada ou vencida. Uma troca de instrumento de dívida ou modificação substancial dos termos de um passivo financeiro é contabilizada como extinção do passivo financeiro original e um novo é reconhecido.

(iv) Derivativos

Todos os derivativos são contabilizados como ativos financeiros quando o valor justo for positivo, e como passivos financeiros quando o valor justo for negativo.

O Inter continuará aplicando os requerimentos de hedge contábil previstos na IAS 39, contudo, poderá vir a adotar os requerimentos da IFRS 9 conforme decisão da Administração.

Segundo esta norma, os derivativos podem ser designados e qualificados como instrumento de hedge para fins contábeis e, dependendo da natureza do item protegido,

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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

o método de reconhecer os ganhos ou as perdas de valor justo será diferente.

Para qualificar-se como hedge contábil todas as seguintes condições devem ser atendidas: No início do hedge, existe designação e documentação formal da relação de hedge e do objetivo e estratégia da gestão de risco da entidade;

É esperado que o hedge seja altamente efetivo ao conseguir alterações de compensação no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco originalmente documentada para essa relação de hedge em particular;

Quanto ao hedge de fluxo de caixa, uma transação prevista que seja objeto de hedge deve ser altamente provável e deve apresentar exposição a variações nos fluxos de caixa que poderiam, em última análise, afetar o resultado;

A efetividade do hedge pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo do instrumento de hedge podem ser confiavelmente medidos; e

O hedge é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido altamente efetivo durante todos os períodos das Demonstrações Financeiras para o qual foi designado.

A IAS 39 apresenta três estratégias de hedge: hedge de valor justo, hedge de fluxo de caixa e hedge de investimento líquido em operação no exterior. O Inter utiliza apenas derivativos como instrumento de hedge de valor justo.

Para os derivativos que são designados e se qualificam como instrumentos de hedge de valor justo, as seguintes práticas são aplicadas:

a) O ganho ou a perda resultante da nova mensuração do instrumento de hedge pelo valor justo deve ser reconhecido no resultado; e

b) O ganho ou a perda resultante do item coberto atribuível a parcela efetiva do risco designado deve ajustar o valor contábil do item coberto a ser reconhecido no resultado. Quando o derivativo expirar ou for vendido e os critérios de hedge contábil não forem mais atendidos ou a entidade revogar a designação, a entidade deve descontinuar prospectivamente o hedge contábil. Além disso, qualquer ajuste no valor contábil do item coberto deve ser amortizado no resultado.

O Inter e suas controladas, conforme descrito na nota explicativa nº 6, de acordo com suas políticas de gestão de riscos, faz uso de instrumentos financeiros derivativos, principalmente contratos de swap registrados na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), classificados como Hedge de risco de mercado, tendo como objeto empréstimos e adiantamentos a

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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2020

clientes classificados na categoria “empréstimos e recebíveis”.

Para apuração do valor justo dos instrumentos financeiros são utilizadas as taxas referenciais médias, praticadas para operações com prazo similar na data do balanço, divulgadas pela B3.

A efetividade da proteção (hedge) é mensurada desde a concepção e ao longo do prazo das operações.

A composição dos valores registrados em instrumentos financeiros derivativos, tanto em contas patrimoniais quanto em contas de compensação, está apresentada na nota explicativa nº 09.

(v) Empréstimos e adiantamentos a clientes

O Inter classifica uma operação de crédito como não performando se o pagamento do principal ou dos juros apresentar atraso de 60 dias ou mais.

A área de risco de crédito e área de inteligência de dados são responsáveis por definir as metodologias e modelagens utilizadas para mensurar a perda esperada em operações de crédito e avaliar recorrentemente a evolução dos montantes de provisão.

Estas áreas monitoram as tendências observadas na provisão para perda de crédito esperada por segmento, além de estabelecerem um entendimento inicial das variáveis que podem desencadear em mudanças na provisão, na PD (probability of default) ou na LGD (loss given default).

(vi) Compromissos de empréstimos e garantias financeiras

Após a emissão, com base na melhor estimativa, se o Inter concluir que a perda de crédito esperada em relação à garantia emitida é maior que o valor justo inicial menos amortização acumulada, este valor é substituído por uma provisão para perda.

e. Ativos não circulantes mantidos para venda

Os ativos não circulantes mantidos para venda, são incluídos os imóveis retomados em dação de dividas. Estes são classificados como destinados à venda se seu valor contábil for recuperado principalmente por meio de venda em vez do uso contínuo. Essa condição é atendida somente quando a venda é altamente provável e o ativo não circulante estiver disponível para venda imediata em sua condição atual. A Administração deve estar comprometida com a venda, a qual se espera que, no reconhecimento, possa ser considerada concluída dentro de um ano da data de classificação. A reclassificação de ativos para esta linha de balanço, quando atendida a referida condição é efetuada pelo menor valor entre o seu valor contábil e o valor justo dos bens.

O valor justo dos imóveis é registrado seguindo o histórico de vendas do estoque do ano anterior, em conjunto com a avaliação do situação da ocupação (ocupado ou desocupado) do imóvel. A administração trabalha com a segregação em imóveis ocupados e imóveis desocupados. Para os imóveis desocupados, espara-se recuperar a maior parte do valor

Referências

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