• Nenhum resultado encontrado

IMPLANTE SEQUENCIAL DE ANÉIS INTRACORNEANOS E LENTE INTRA-OCULAR FÁQUICA NO QUERATOCONE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "IMPLANTE SEQUENCIAL DE ANÉIS INTRACORNEANOS E LENTE INTRA-OCULAR FÁQUICA NO QUERATOCONE"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

IMPLANTE SEQUENCIAL DE ANÉIS INTRACORNEANOS E LENTE

INTRA-OCULAR FÁQUICA NO QUERATOCONE

Filipe Isidro

1

; André Marques

1

; Joana Portelinha

1

; Maria Picoto

1

; Tiago

Ferreira

2

1- Interno de Formação Específica em Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE

2- Assistente Hospitalar de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE

Contacto

Filipe Isidro

Avenida do Colégio Militar, nº 23, 3º Dto, 1500-179 Lisboa

Portugal

fisidro86@gmail.com

Os autores não têm quaisquer interesses comerciais nos produtos.

Os autores declaram que este trabalho nunca foi publicado, cedendo os seus direitos de autor à Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

(2)

Resumo

Objectivos: avaliar a terapêutica do queratocone com o implante sequencial de

segmento de anel intra-corneano (SAIC) e lente intra-ocular fáquica (LIOf).

Desenho: estudo prospectivo

Participantes: 18 olhos de 18 doentes, com idade média de 35.67 ± 8.24 anos e

equivalente esférico médio de -8.12 ± 5.90 D.

Métodos: Foram avaliadas a acuidade visual, com e sem correcção (AVCC, AVSC,

respectivamente), esfera, cilindro e equivalente esférico (EE) pré e pós operatoriamente e calculados os indíces de segurança e eficácia. Foram utilizados o anel de Ferrara, a LIOf Implantable Collamer Lens (ICL) e a Artiflex, ambas nas versões esférica e tórica.

Resultados: O follow-up médio após implante de SAIC + LIOf foi de 23.94 ± 9.59

meses e o tempo médio entre o implante de SAIC e o de LIOf de 13.05 ± 8.55 meses. Verificou-se uma melhoria na AVSC de 0.05 ± 0.08 para 0.45 ± 0.22 (P<.03) e na AVCC de 0.31 ± 0.15 para 0.64 ± 0.12 (P<.03). Observou-se também uma melhoria no valor de esfera de -7.97 ± 5.54 para +0.60 ± 1.01 D (P<.01), de cilindro de -3.55 ± 2.54 para -0.80 ± 0.65 D (P=.03) e de EE de -8.12 ± 5.90 para -0.14 ± 1.40 D (P<.01). O índice de eficácia foi de 1.45 e o índice de segurança de 2.06.

Conclusões: O implante de SAIC seguido de LIOf representa uma combinação eficaz

e segura para a melhoria da acuidade visual em doentes com queratocone

.

Palavras-chave

Queratocone, anel intra-estromal, lente intra-ocular fáquica.

Abstract

Objective: To evaluate the therapy of keratoconus with sequential implantation of

intracorneal ring segments (ICRS) and phakic intracocular lens(pIOL).

Design: Prospective study

Participants: 18 eyes of 18 patients, with a mean age of 35.67 years  8.24 and a mean spherical equivalent of -8.12 D  5.90.

Methods: Preoperative and postoperative examinations included distance visual acuity,

corrected and uncorrected (CDVA/UDVA), sphere, cylinder and spherical equivalent (SE). The safety and efficay indexes were calculated. Ferrara segment rings, phakic intraocular Implantable Collamer Lens (ICL) and Artiflex, both in spherical and toric versions, were used in this study.

Results: the mean follow-up after ICRS + pIOL implantation was 23.94 months ± 9.59

and the mean time between ICRS and pIOL 13.05 months ± 8.55. There was an improvement in UDVA from a mean of 0.05 ± 0.08 to 0.45 ± 0.22 (P<.03) and in CDVA from a mean of 0.31 ± 0.15 to 0.64 ± 0.12 (P<.03) as well as in sphere from

(3)

-7.97 ± 5.54 to +0.60 ± 1.01 D (P<.01), in cylinder from -3.55 ± 2.54 to -0.80 ± 0.65 D (P=.03) and in SE from -8.12 ± 5.90 to -0.14 ± 1.40 D (P<.01). The efficacy index was 1.45 e the safety index 2.06.

Conclusions: The sequential implantation of ICRS represents a safe and effective

treatment for patients with keratoconus.

Key-words

Keratoconus, Intracorneal segment rings, phakic intraocular lens

Introdução

O queratocone é uma ectasia não inflamatória da córnea que se manifesta geralmente no adulto jovem, podendo progredir até cerca dos 35 anos de idade, acompanhada de astigmatismo miópico irregular, que nos casos mais avançados, não é corrigível com óculos nem lentes de contacto (LC)1-2. Na eventualidade de intolerância às últimas, a cirurgia é a terapêutica indicada e várias opções têm sido utilizadas, designadamente o implante de segmentos de anel intra-estromais corneanos, (SAIC)3-4 o crosslinking do colagénio (CC)5 e o transplante de córnea6, que se deve protelar, dado o risco de rejeição do enxerto, o elevado astigmatismo irregular, de díficil correcção, bem como as complicações inerentes à aplicação prolongada de corticóides tópicos, nomeadamente o glaucoma, a catarata e fragilidade epitelial.

Os SAIC apresentam bons resultados topográficos3-4, com diminuição importante da irregularidade da superfície corneana através da aplanação da superfície querática,

podendo retardar ou mesmo evitar o transplante de córnea e permitindo nalguns casos tolerar lente de contacto. Não obstante, após o implante destes, não é raro permanecer algum grau de erro refractivo, que sendo menos irregular, é passível de correcção através do implante de lente intra-ocular fáquica (LIOf)7-8-9-10.

Com o avanço que a terapêutica desta patologia tem sofrido, torna-se assim possível em determinados casos, não apenas parar ou abrandar a progressão desta ectasia, mas ainda proporcionar uma melhor qualidade óptica. Assim, pretende-se com este estudo avaliar a eficácia do implante de SAIC de Ferrara (Ferrara e Filhos, Boecillo, Espanha) num primeiro tempo cirúrgico e lente LIOf num segundo, tanto de câmara posterior Implantable Collamer Lens (ICL), Staar Surgical, Monrovia, Califórnia, EUA ), como anterior (Artiflex, Ophtec BV, Groningen, Holanda), nas versões esférica e/ou tórica.

(4)

Material e métodos

Neste estudo prospectivo foram incluídos uma série consecutiva de olhos de doentes do Hospital de Egas Moniz, Lisboa, Portugal, com

queratocone, tratados

sequencialmente com SAIC e LIOf. O estudo foi conduzido sob os princípios da Declaração de Helsínquia e após explicação dos riscos e benefícios desta abordagem cirúrgica combinada, todos os pacientes aceitaram e assinaram consentimento informado.

Os critérios de inclusão para implante de SAIC englobaram queratocone com intolerância ao uso de LC e transparência corneana, ao passo que os critérios de exclusão eliminaram doentes com queratometria máxima superior a 75 D, atopia importante, infecção local ou sistémica significativa, distrofia de córnea, gravidez ou aleitamento, alterações do filme lacrimal e/ou anexos oculares, glaucoma, antecedentes de inflamação ocular, anomalias pupilares,

retinopatia, doença

neuroftalmológica ou

complicações intra-operatórias. Já para o implante de LIOf, foi

necessária comprovada

estabilidade refractiva, profundidade de câmara anterior (PCA) > 3.00 mm e contagem endotelial central (CEC) > 2 000 céls/mm2.

O SAIC utilizado foi o Ferrara. Apresenta uma secção triangular e é construído com base em acrílico

CQ Perspex de

polimetilmetacrilato (PMMA) em dois diâmetros, 5.0 e 6.0 mm, com espessuras que variam entre os 0.15 mm e 0.3 mm, e comprimento de arco de 160º- 210º.

As LIOf introduzidas foram a Artiflex e a ICL ambas nas versões esférica e tórica. A Artiflex apresenta uma zona óptica em polisiloxano de 6.0 mm, com hápticos em PMMA, perfil convexo-côncavo, face anterior esférica e posterior tórica (no caso da versão tórica), e potências esféricas entre 1 dioptria (D) e -13.5 D e de cilindro entre -1.0 D e -5.0 D. A ICL é constituída por uma combinação de colagénio porcino hidrofílico e um polímero de hidroxietilmetacrilato (HEMA) que permite a formação de uma camada de fibronectina, que por sua vez, impede a ligação das proteínas do humor aquoso à LIOf. A zona óptica varia entre 4.9 mm e

(5)

5.8 mm, consoante a potência dióptrica, e o diâmetro total entre 12.7 mm e 13.1 mm.

Todos os doentes foram submetidos a exame oftalmológico completo pré operatório, que incluiu história clínica, acuidade visual sem correcção (AVSC), com correcção (AVCC), refracção manifesta, tonometria por

aplanação (Goldmann),

observação do fundo ocular através de midríase farmacológica, queratometria, paquimetria e PCA medidas pelo Pentacam HR (Oculus, Wetzlar, Alemanha) contagem endotelial central (Topcon SP 3000, Tóquio, Japão) e medição sulco-sulco com UBM (Optos, Escócia, Reino Unido) nos olhos para ICL. No pós operatório, os exames foram repetidos, à excepção da contagem endotelial, programada aos 6 meses e anualmente.

O implante dos SAIC foi planeado de acordo com os nomogramas do fabricante e efectuado sob anestesia tópica pelo mesmo cirurgião (T.F.). A medicação pré-operatória admnistrada foi oxibuprocaína 0.2% e ofloxacina 3 mg/ml Após marcação do centro pupilar com metileno de violeta, foi feita incisão temporal distante na zona óptica dos 5 mm, no eixo mais curvo, a 80% da

profundidade do estroma com faca de diamante calibrada. Os túneis foram iniciados com o dissector de Suarez e continuados num percurso semi-circular com o dissector de córnea, introduzindo-se o(s) SAIC de introduzindo-seguida com o gancho Sinskey( BD, Franlin Lakes, Nova Jérsia). Pós-operatoriamente, os doentes foram medicados com combinação fixa de dexametasona e tobramicina (Tobradex, Alcon, Texas, EUA) Na cirurgia de LIOf, nos olhos aos quais estava destinada LIOf tórica, foi marcado o eixo dos 0º-180º utilizando o marcador associado a pêndulo de Elies (Janach, Como, Itália) com o doente sentado para prevenir o desalinhamento da LIOf

por ciclorotação e

intraoperatoriamente, o eixo de implantação utilizando o anel de Mendez (Duckworth and Kent, Hitchin, Reino Unido) Para a Artiflex, foram efectuadas duas paracenteses laterais e uma incisão superior de 3.2 mm, preenchida a câmara anterior (CA) com dispositivo viscocirúrgico coesivo (DVC) (Healon GV, Abbott, Illinois, EUA) , implantada a LIOf com injector e espátula, e rodada para a posição alvo, encravados os hápticos à íris, executada iridectomia superior com tesoura e pinça de íris e

(6)

lavada a CA. Na cirurgia de ICL, foi construída paracentese às seis e às doze horas, preenchida a CA com DVC, incisão temporal de 3.0 mm e implante da LIOf para a posição correcta no plano posterior à íris com o auxílio de espátula, realizada iridectomia superior (no caso do modelo V4B) e lavagem da CA. No final de cada cirurgia foi injectado Cefuroxime 1 mg/0.1 ml na CA e hidratados os bordos estromais. Pré e pós-operatoriamente, foi prescrita aos doentes combinação fixa de dexametasona e tobramicina (Tobradex).

A avaliação pós-operatória para cada cirurgia foi efectuada ao dia

1, semana 1, meses 1, 3, 6 e anualmente a partir daí.

Foi elaborada uma base de dados em Excel (Microsoft Office 2010, Microsoft Corp.) e a análise estatística foi efectuada em software SPSS para Windows (versão 16.0, SPSS Inc.) através do teste t-student após confirmação da normalidade da amostra com o teste de Kolmogorov-Smirnov. Não se verificando esta condição, foi utilizado o teste U de Mann Whitney. Valores de P<.05 foram admitidos como tendo significado estatístico.

Resultados

Nenhum doente foi excluído por

complicações intra ou pós-operatórias e foram analisados 18 olhos de 18 doentes com idade média de 35.67  8.24 anos, com 9 doentes (50%) do sexo masculino e 12 (66%) de olhos direitos. A tabela 1 evidencia os dados demográficos, clínicos e refractivos dos doentes.

Em 13 olhos foi implantada a Artiflex tórica, em 2 a Artiflex esférica, em 2 a ICL tórica e num olho, a ICL esférica.

O follow-up médio após implante de SAIC + LIOf foi de 23.94  9.59 meses, e o tempo médio entre as duas cirurgias foi de 13.05  8.55 meses. No geral verificou-se uma evolução positiva de todos os parâmetros avaliados com uma melhoria estatisticamente significativa no final do período de seguimento na AVSC de 0.05  0.08 para 0.45  0.22 (P=.03) assim como da AVCC de 0.31  0.31 para 0.64  0.12 (P=.03) sem que em nenhum doente tenha

(7)

havido perda de linhas na AV( gráfico 1). Houve também uma melhoria estatisticamente significativa nos valores de esfera, de -7.97  5.54 para +0.60  1.01 D (P=.01), de ciliindro de -3.35 2.54 para -0.80  0.65 D (P=.03)

e no equivalente esférico (EE) de -8.12  5.90 para -0.14  1.40 D (P=.01) (gráfico 2).

No final do período de seguimento, o índice de eficácia foi 1.45 e o de segurança 2.06.

Discussão

O queratocone continua a ser um

desafio, particularmente no âmbito refractivo, em que as altas ametropias, se por um lado impedem a tolerância de óculos pela aniseiconia que é gerada, por outro, incapacitam o uso de LC pela asfericidade alta e irregular, produto da ectasia progressiva, geralmente para-central inferior 1. Os SAIC contribuem para a regularização da superfície querática, melhorando quer a topografia, quer a qualidade óptica como foi demonstrado em vários estudos3-4-11, acrescentando além disso, a possibilidade de atrasar a progressão da ectasia12, revelando-se inclusivamente mais eficientes na correcção óptica e refractiva em ectasias do que em erros miópicos simples13, com segurança comprovada para as células endoteliais14.

Porém, são frequentes os erros refractivos residuais elevados e assim surgiu o conceito de bióptica com o implante secundário de LIOf15. Estas podem ser de encravamento à íris ou de câmara posterior e estão descritas na literatura várias séries com bons resultados na correcção do astigmatismo residual e consequente melhoria da AVCC e AVSC16-17-18-19-20 sem perda endotelial estatisticamente significativa21. Em casos mais complexos, é possível associar à combinação SAIC e LIOf as incisões relaxantes límbicas como foi demonstrado por José F Alfonso et al22 num estudo com um

período de follow-up de seis meses com resultados visuais e refractivos previsíveis, que poderão todavia, estar sujeitos a um grau indeterminável de regressão, consequência da

(8)

variabilidade no processo de cicatrização corneana23.

Vários autores advogam terapêutica tripla, associando o CC pelo seu efeito estabilizador das fibras corneanas e ligeira aplanação querática24-25-26 que contribui para a diminuição da miopia ao longo do tempo. Com estes dados, parece haver uma sinergia no conjunto destes tratamentos sendo possível suspender a progressão da ectasia e melhorar os parâmetros visuais e refractivos27, não obstante, no nosso estudo não efectuámos CC uma vez que a idade média dos nossos doentes rondava os trinta e cinco anos e sem evidência de progressão do queratocone. Caporossi28 sugere que o CC terá maior interesse em doentes com idade inferior a vinte e seis anos, visto ser nestes doentes que se verifica o maior risco de progressão.

Nos casos em que se verifique ser necessário realizar CC, e dado que este causa um endurecimento estromal, este deve ser efectuado após o implante dos SAIC com o objectivo de não aumentar a energia necessária para a construção dos túneis e diminuir a

formação de haze pós-operatório como foi demonstrado num estudo em que se utilizou o femtosegundo29 e ainda noutro em que se verificou que os resultados visuais e refractivos eram melhores respeitando essa sequência30. Na eventualidade de ser necessário proceder ao CC após o implante de LIOf, foi constatado num estudo com ICL que o desempenho desta lente não sofre alterações, sendo portanto um tratamento seguro se houver progressão após implante combinado de SAIC e LIOf31. Nesta pequena série não se registaram complicações intra ou pós operatórias e a reabilitação visual proporcionada a estes doentes, sobreponível a outros estudos semelhantes, demonstra a validade deste procedimento sequencial nos olhos com estabilidade refractiva comprovada, embora sejam necessários mais estudos randomizados com maior período de follow-up e amostras de maiores dimensões para aferir a sua eficácia e segurança.

(9)

Referências:

1- Rabinowitz Ys, Keratoconus. Surv Ophthalmol 1998; 42: 297-319

2- Krachmer JH, Feder RS, Bellin MW. Keratoconus and related noninflammatory corneal thinning disorders. Surv Ophthalmol 1984; 28: 293- 322

3- Guel Jl. Are intracorneal rings still useful in refractive surgery? Curr Opin Ophthalmol 2005; 16(4):260-5

4- Ertan A, Colin J. Intracorneal rings for Keratoconus and Keratectasia J Cataract Refract Surg 2007; 33(7): 1303-14

5- Wollensak G. Crosslinking treatment of progressive keratoconus: new hope Curr Opin Ophthalmol 2006; 17(4): 356-360

6- Oh BL, Kim MK, Wee WR. Comparison of clinical outcomes of same-size grafting between deep anterior lamellar keratoplasty and penetrating keratoplasty for keratoconus. Korean J Ophthalmol 2013; 27(5): 322-330 7- Budo C, Bartels MC, van Rij G. Implantation of Artisan toric phakic intraocular

lenses for the correction of astigmatism and spherical errors in patients with keratoconus. J Refract Surg 2005; 21: 218-21

8- Kamborough G, Ertan A, Bahadir M. Implantation of Artisan Toric Phakic Intraocular Lens Following Intacs in a Patient with Keratoconus. J Cataract Refract Surg 2007; 33(3): 528-530

9- Coskunseven E, Onder M, Kymionis GD, Diakonis VF, Arslan E, Tsiklis N, Bouzoukis DI, Pallikaris I. Combined Intacs and Posterior Chamber Toric Implantable Collamer Lens Implantation for Keratoconic Patients with Extreme Myopia. Am J Ophthalmol 2007; 144(3): 387-9

10- El Raggal TM, Abdal Fattah AA. Sequencial Intacs and Verisyse Phakic Intraocular Lens for Refractive Improvement in Keratoconic Eyes. J Cataract Refract Surg 2007; 33: 966-970

11- Aylin Ertan, Joseph Colin. Intracorneal rings for Keratoconus and Keratectasia. J Cataract Refract Surg 2007; 33: 1303-14

12- Alió, JL, Shabayek MH, Artola A. Intracorneal ring segments for Keratoconus correction: long term follow-up. J Cataract Refract Surg 2006; 32: 978-85 13- Colin J, Cochener B, Savary G, Malet F. Correcting Keratoconus with

(10)

14- D´Hermis F, Hartmann C, von Ey F, Holzkamper C, Renard G, Poulingen Y. Biocompatibility of a refractive intracorneal PMMA ring. Fortchr Ophthalmol 1991; 83(8): 790-3

15- Colin J, Velou S. Current Surgical Options for Keratoconus. J Cataract Refract Surg 2003; 29(2): 379-86

16- Kamborough G, Ertan A, Bahadir M. Implantation of Artisan Toric Phakic Intraocular Lens Following Intacs in a Patient with Keratoconus. J Cataract Refract Surg 2007; 33(3): 528-30

17- Coskunseven E, Onder M, Kymionis GD, Diakonis VF, Arslan E, Tsiklis N, Bouzoukis DI, Pallikaris I. Combined Intacs and Posterior Chamber Toric Implantable Collamer Lens Implantation for Keratoconic Patients with Extreme Myopia. Am J Ophthalmol 2007; 144(3): 387-9

18- Budo C, Bartels MC, von Rij G. Implantation of Artisan Toric Phakic Intraocular lenses for the correction of astigmatism and spherical errors in patients with keratoconus. J Cataract Refract Surg 2005; 21: 218-21

19- El Raggal TM, Abdel Fattah AA. Sequencial Intacs and Verisyze phackic intraocular lens for refractive improvement in keratoconic eyes. J Cataract Refract Surg 2007; 33: 966-70

20- Cakir H, Utine CA. Combined Kerarings and Artisan/Artiflex IOLs in Keratectasia. J Refract Surg 2010; 28: 1-8

21- Pop M, Payette Y. Initial results of endothelial cell counts after Artisan lens for phakic eyes: an evaluation of the United States Food and Drug Admnistration Ophtec Study. Ophthalmology 2004; 111(2): 309-317

22- José F Alfonso, Carlos Lisa, Luís Fernández-Vega, David Madrid-Costa, Arancha Poo-López, Robert Montés-Picó. Intrastromal corneal ring segments and posterior chamber phakic intraocular lens implantation for keratoconus correction. J Cataract Refract Surg 2011; 37: 706-13

23- Saragoussi JJ. Preexisting astigmatism correction combined with cataract surgery: corneal relaxing incisions or toric intraocular lenses? J Fr Ophthalmol 2012; 35(7): 539-45

24- Wollensak G. Crosslinking treatment of progressive keratoconus: new hope. Curr Opin Ophthalmol 2006; 17(4): 356: 60

25- Spoerl E, Huhle M, Seiler T. Induction of cross-links in corneal tissue. Esxp Eye Res 1998; 86: 97-103

26- Caporossi A, Baiocchi S, Mazzutta C, Travessi C, Caporossi T. Parasurgical therapy for keratoconus by riboflavin-ultraviolet type A rays induced

(11)

crosslinking of corneal collagen: preliminary refractive results in an italian study. J Cataract Refract Surg 2006; 32: 827-845

27- Efekan Coskunseven, Daya Papalkar Sharma, FRANZCO, Mirko R Jnakov II, George D Kymionis, Olivier Richoz, Farhad Hafezi. Collagen copolymer toric phakic intraocular lens for residual myopic astigmatism after intrastromal corneal ring segment implantation and corneal collagen crosslinking in a 3-stage procedure for keratoconus. J Cataract Refract Surg 2013; 1-8

28- Caporossi A, Mazzotta C, Baiocchi S, Caporossi T. Long-term results of riboflavin ultraviolet A corneal collagen cross-linking for keratoconus in Italy: the Siena Eye Study. Am J Ophthalmol 2010; 149: 585-593

29- El-Raggal TM. Effect of corneal collagen crosslinking on femtosecond laser channel creation for intrastromal corneal ring segment implantation in keratoconus. J Cataract Refract Surg 2011; 37: 701-5

30- Coskunseven E, Jankov MR II, Hafezi F, Atun S, Assian E, Kymionis GD. Effect of treatment sequence in combined intrastromal corneal rings and corneal collagen crosslinks for keratoconus. J Cataract Refract Surg 2009; 35: 2084-91

31- Hafezi F, Majo F, El Danasoury AM. Effect of the direct application of riboflavin and UVA on the Visian Implantable Collamer Lens. J Refract Surg 2010; 26: 762- 5

(12)

Tabela 1

Dados demográficos e informação clínica

Olhos (n)

18

Doentes (n)

18

Idade (anos)

35.67  8.24

Sexo masculino, n (%)

9 (50)

Olhos direitos, n (%)

12 (66)

AVSC (decimal)

0.05  0.08

AVCC (decimal)

0.31  0.15

Esfera (D)

-7.98

5.53

Cilindro (D)

-3.55

2.64

Equivalente esférico (D)

-8.13

5.91

Gráfico 1

(13)

Referências

Documentos relacionados

Neste contexto, pretende-se com este artigo contribuir para a avaliação da qualidade de destinos, desenvolvendo uma metodologia de avaliação da qualidade de destinos

A recent advance in cataract surgery was the introduction of toric intraocular lenses (IOL) for the correction of pre existing corneal astigmatism (40,46).. The use of toric IOL

Objective : To compare refractive and vectorial outcomes of limbal relaxing incisions (LRI) versus toric intraocular lenses (IOL) in the treatment of preexisting corneal astigmatism

We present a case of a young patient with advanced keratoconus in both eyes, who received an off-center intrastromal ring segment in the OD, followed by the implantation of a phakic

Change in best spectacle-corrected near visual acuity (BCNVA) 6 months after refractive lens exchange with ReSTOR ® SN6AD3 intraocular lens implantation in myopic.. and

1. Alió JL, Agdeppa MC, Pongo VC, El Kady B. Microincision cataract surgery with toric intraocular lens implantation for correcting moderate and high astigmatism: pilot

Purpose : To compare visual outcomes, corneal astigmatism, and keratometric readings in patients with keratoconus who underwent intrastromal corneal ring implantation (ICRSI)