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Lógica Para Computação

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Academic year: 2021

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(1)

LÓGICA PARA

COMPUTAÇÃO

Professora Me. Edvania Gimenes de Oliveira Godoy

GRADUAÇÃO

(2)

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; GODOY, Edvania Gimenes de Oliveira.

Lógica para Computação. Edvania Gimenes de Oliveira Godoy.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016. 183 p.

“Graduação - EaD”.

1. Lógica 2. Computação . 3. Matemática 4. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-0245-4

CDD - 22 ed. 511.3 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário

João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828

Reitor

Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor

Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração

Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de EAD

Willian Victor Kendrick de Matos Silva

Presidente da Mantenedora

Cláudio Ferdinandi

NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino

Kátia Coelho

Direção de Planejamento de Ensino

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Direção de Operações

Chrystiano Mincoff

Direção de Mercado

Hilton Pereira

Direção de Polos Próprios

James Prestes

Direção de Desenvolvimento

Dayane Almeida

Direção de Relacionamento

Alessandra Baron

Gerência de Produção de Conteúdo

Juliano de Souza

Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais

Nádila de Almeida Toledo

Coordenador de conteúdo

Fabiana de Lima

DesignEducacional

Paulo Victor Souza e Silva

Iconografia

Amanda Peçanha dos Santos Ana Carolina Martins Prado

Projeto Gráfico

Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho

Arte Capa

André Morais de Freitas

Editoração

Bruna Marconato Daniel Fuverki Hey

Revisão Textual

(3)

Viver e trabalhar em uma sociedade global é um

grande desafio para todos os cidadãos. A busca

por tecnologia, informação, conhecimento de

qualidade, novas habilidades para liderança e

so-lução de problemas com eficiência tornou-se uma

questão de sobrevivência no mundo do trabalho.

Cada um de nós tem uma grande

responsabilida-de: as escolhas que fizermos por nós e pelos

nos-sos farão grande diferença no futuro.

Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar

assume o compromisso de democratizar o

conhe-cimento por meio de alta tecnologia e contribuir

para o futuro dos brasileiros.

No cumprimento de sua missão – “promover a

educação de qualidade nas diferentes áreas do

conhecimento, formando profissionais cidadãos

que contribuam para o desenvolvimento de uma

sociedade justa e solidária” –, o Centro

Universi-tário Cesumar busca a integração do

ensino-pes-quisa-extensão com as demandas institucionais

e sociais; a realização de uma prática acadêmica

que contribua para o desenvolvimento da

consci-ência social e política e, por fim, a democratização

do conhecimento acadêmico com a articulação e

a integração com a sociedade.

Diante disso, o Centro Universitário Cesumar

al-meja ser reconhecido como uma instituição

uni-versitária de referência regional e nacional pela

qualidade e compromisso do corpo docente;

aquisição de competências institucionais para

o desenvolvimento de linhas de pesquisa;

con-solidação da extensão universitária; qualidade

da oferta dos ensinos presencial e a distância;

bem-estar e satisfação da comunidade interna;

qualidade da gestão acadêmica e

administrati-va; compromisso social de inclusão; processos de

cooperação e parceria com o mundo do trabalho,

como também pelo compromisso e

relaciona-mento permanente com os egressos,

incentivan-do a educação continuada.

(4)
(5)

Diretoria Operacional de Ensino

Diretoria de

Planejamento de Ensino

Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está

iniciando um processo de transformação, pois

quan-do investimos em nossa formação, seja ela pessoal

ou profissional, nos transformamos e,

consequente-mente, transformamos também a sociedade na qual

estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando

oportunidades e/ou estabelecendo mudanças

capa-zes de alcançar um nível de desenvolvimento

compa-tível com os desafios que surgem no mundo

contem-porâneo.

O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de

Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo

este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens

se educam juntos, na transformação do mundo”.

Os materiais produzidos oferecem linguagem

dialó-gica e encontram-se integrados à proposta

pedagó-gica, contribuindo no processo educacional,

comple-mentando sua formação profissional, desenvolvendo

competências e habilidades, e aplicando conceitos

teóricos em situação de realidade, de maneira a

inse-ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais

têm como principal objetivo “provocar uma

aproxi-mação entre você e o conteúdo”, desta forma

possi-bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos

conhecimentos necessários para a sua formação

pes-soal e profissional.

Portanto, nossa distância nesse processo de

cres-cimento e construção do conhecres-cimento deve ser

apenas geográfica. Utilize os diversos recursos

peda-gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe

possi-bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente

Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e

en-quetes, assista às aulas ao vivo e participe das

discus-sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de

professores e tutores que se encontra disponível para

sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de

aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com

tranqui-lidade e segurança sua trajetória acadêmica.

(6)

Professora Me. Edvania Gimenes de Oliveira Godoy

Possui mestrado em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2001). Atualmente é professora assistente da Fundação Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari.

A

UT

OR

(7)

SEJA BEM-VINDO(A)!

APRESENTAÇÃO

LÓGICA PARA COMPUTAÇÃO

APRESENTAC¸ ˜AO

L ´

OGICA PARA COMPUTAC

¸ ˜

AO

Prezados acadˆemicos, ´e com satisfa¸c˜ao que apresento a vocˆes o livro para a disciplina L´ogica para Computa¸c˜ao. Esta disciplina est´a baseada no que chamamos de Matem´atica Discreta, que ´e uma parte da Matem´atica que trata de situa¸c˜oes em que as estruturas matem´aticas s˜ao baseadas em conjuntos cont´aveis, finitos ou infinitos. Dessa forma, os conte´udos abordados na Matem´atica Discreta aplicam-se perfeitamente ao ambiente computacional, visto que a maioria dos conceitos computacionais pertencem ao dom´ınio discreto.

Os objetivos principais da disciplina s˜ao desenvolver o racioc´ınio l´ogico-matem´atico e oferecer instrumentos para que vocˆes desenvolvam um vocabul´ario preciso, com recursos para nota¸c˜ao matem´atica e abstra¸c˜oes. Assim, ser´a poss´ıvel aplicar os conceitos de Matem´atica discreta como uma ferramenta para investiga¸c˜oes e aplica¸c˜oes na ´area de Computa¸c˜ao.

Este livro est´a dividido em cinco unidades. A primeira trata de no¸c˜oes de L´ogica Matem´atica, que ´e b´asica para qualquer estudo em computa¸c˜ao e inform´atica. O principal objetivo dessa unidade ser´a introduzir, resumidamente, os principais conceitos e a terminologia de l´ogica matem´atica. Veremos como utilizar a nota¸c˜ao simb´olica para as l´ogicas proposicional e de predicados para simbolizar argumentos, bem como determinar sua validade por meio das re-gras de inferˆencia.

A segunda unidade ´e dedicada ao estudo da Teoria dos Conjuntos. O conceito de conjunto ´e fundamental, pois praticamente todos os conceitos desenvolvidos em computa¸c˜ao s˜ao baseados em conjuntos ou constru¸c˜oes sobre conjuntos. Com as no¸c˜oes primitivas de conjunto e per-tinˆencia, que s˜ao aceitas sem defini¸c˜ao, iniciaremos o estudo de conjuntos definindo elementos, subconjuntos e tipos de conjuntos, bem como suas representa¸c˜oes por descri¸c˜ao, propriedade ou diagrama. Em seguida, estudaremos as opera¸c˜oes sobre conjuntos, que s˜ao agrupadas em n˜ao revers´ıveis (uni˜ao e interse¸c˜ao) e revers´ıveis (complemento, conjunto das partes e produto cartesiano). Ser´a estabelecida tamb´em a rela¸c˜ao entre ´algebra de conjuntos e l´ogica.

As unidades III e IV s˜ao dedicadas ao estudo de rela¸c˜oes e fun¸c˜oes, respectivamente. Rela¸c˜oes s˜ao muito usadas em todas as ´areas te´oricas e pr´aticas da computa¸c˜ao. Al´em do conceito formal de rela¸c˜ao, diversos conceitos correlatos ser˜ao estudados: rela¸c˜ao dual, composi¸c˜ao de rela¸c˜oes e tipos de rela¸c˜oes. Veremos como representar rela¸c˜oes por meio de diagramas, matrizes ou grafos, e para o caso de uma ordem parcial de tarefas relacionadas por pr´e-requisitos, discu-tiremos sobre a representa¸c˜ao em diagrama PERT.

(8)

Uma fun¸c˜ao ´e um caso particular de rela¸c˜ao bin´aria e, assim como as rela¸c˜oes, descreve diversas situa¸c˜oes reais. Abordaremos o conceito de fun¸c˜ao, destacando seu dom´ınio, imagem e repre-senta¸c˜ao gr´afica, bem como as propriedades de fun¸c˜oes e as defini¸c˜oes de fun¸c˜oes compostas e inversas.

Por fim, na unidade V, faremos uma retomada das unidades anteriores apresentando aplica¸c˜oes na ´area de Computa¸c˜ao. Sobre l´ogica proposicional e teoria dos conjuntos, veremos aplica¸c˜oes em linguagens de programa¸c˜ao conhecidas como procedurais (no caso, linguagem Pascal). Sobre l´ogica de predicados, apresentaremos uma linguagem de programa¸c˜ao conhecida como declar-ativa (Prolog), em que os programas re´unem uma s´erie de dados e regras e as usam para gerar conclus˜oes. O item Rela¸c˜oes ser´a retomado no estudo de caminho cr´ıtico em um diagrama Pert, para determinar o tempo m´ınimo de conclus˜ao de uma sequˆencia de atividades ordenadas em uma tarefa a ser realizada. Tamb´em em bancos de dados relacional, que ´e um banco de dados cujos dados s˜ao conjuntos (representados como tabelas) que s˜ao relacionados com outros conjuntos (tabelas), veremos a aplica¸c˜ao dos conceitos de conjuntos e rela¸c˜oes. E, finalmente, ser´a destacada a aplica¸c˜ao dos conceitos de rela¸c˜oes e fun¸c˜oes em autˆomatos finitos.

Gostaria de destacar que n˜ao pretendemos realizar estudo detalhado de conceitos espec´ıficos de computa¸c˜ao, mas apenas dar uma no¸c˜ao sobre a forte rela¸c˜ao entre a matem´atica estudada com outras disciplinas do curso.

Em cada unidade, s˜ao propostas atividades sobre o conte´udo estudado. A realiza¸c˜ao dessas atividades ´e muito importante para a fixa¸c˜ao dos conceitos e verifica¸c˜ao de aprendizagem.

Desejo a todos um bom estudo!

2

(9)

SUMÁRIO

09

UNIDADE I

LÓGICA MATEMÁTICA

15 Introdução

16 Lógica Proposicional

16 Proposições e Valores Lógicos

17 Conectivos Lógicos

25 Tabela-Verdade

26 Tautologias e Contradições

28 Equivalência Lógicas

31 Implicações Lógicas

32 Método Dedutivo

35 Quantificadores e Predicados

38 Negação de Sentenças Quantificadas

39 Considerações Finais

(10)

SUMÁRIO

UNIDADE II

TEORIA DOS CONJUNTOS

47 Introdução

47 Conceitos Primitivos

48 Descricão de Conjuntos

50 Igualdade de Conjuntos

50 Tipos de Conjuntos

51 Subconjuntos

53 Conjunto das Partes

54 Diagramas de Venn-Euler

58 Produto Cartesiano

59 Relação Entre Lógica e Álgebra dos Conjuntos

60 Princípio da Inclusão e Exclusão

64 Considerações Finais

UNIDADE III

RELAÇÕES

73 Introdução

73 Relação Binária

76 Tipos de Relações Binárias

77 Propriedades das Relações

78 Representação das Relações

(11)

SUMÁRIO

11

82 Relação de Ordem

85 Diagrama de Hasse

87 Diagrama PERT

89 Relações Duais

89 Composição de Relações

91 Consideração Finais

UNIDADE IV

FUNÇÕES

101 Introdução

101 Funções

103 Domínio, Contradomínio e Imagem de uma Função

105 Igualdade de Funções

105 Gráfico de Funções

108 Função Piso e Função Teto

109 Propriedades de Funções

112 Função Composta

114 Funções Inversas

115 Técnicas para Obtenção da Inversa de uma Função

117 Considerações Finais

(12)

SUMÁRIO

UNIDADE V

APLICAÇÕES À COMPUTAÇÃO

125 Introdução

125 Álgebra dos Conjuntos nas Linguagens de Programação

132 PROLOG

139 Caminho Crítico no Diagrama PERT

144 Autômatos Finitos

150 Relações e Banco de Dados

159 Considerações Finais

165 Conclusão

167 Referências

169 Gabarito

(13)

UNID

ADE

I

Professora Me. Edvania Gimenes de Oliveira Godoy

LÓGICA MATEMÁTICA

Objetivos de Aprendizagem

■ Desenvolver o raciocínio lógico matemático.

■ Usar os símbolos formais da lógica proposicional.

■ Encontrar o valor-verdade de expressões em lógica proposicional.

■ Reconhecer tautologias e contradições.

■ Usar a lógica proposicional para provar a validade de um argumento

na língua portuguesa.

■ Identificar/reconhecer símbolos quantificados.

■ Determinar o valor-verdade de uma proposição predicativa em uma

dada interpretação.

■ Representar sentenças da língua portuguesa usando a lógica de

predicativos.

■ Determinar a negação de sentenças quantificadas.

Plano de Estudo

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

■ Lógica Proposicional.

■ Conectivos Lógicos

■ Tabelas- Verdade

■ Tautologias e Contradições

■ Equivalências Lógicas

■ Implicações Lógicas

(14)

■ Método Dedutivo

■ Quantificadores e Predicados

■ Negação de Sentenças Quantificadas

(15)

INTRODUÇÃO

Introdu¸c˜

ao

A l´ogica formal fornece base para o modo de pensar organizado e cuidadoso que caracteri-za qualquer atividade racional. Ela ´e considerada base de todo racioc´ınio matem´atico e do racioc´ınio automatizado, tendo aplica¸c˜oes diretas em Ciˆencia da Computa¸c˜ao, em grau variado de complexidade. Considera-se que o estudo da L´ogica teve in´ıcio na Gr´ecia Antiga, sendo sistematizado por Arist´oteles (384a.C.-322a.C.), com a formula¸c˜ao de leis gerais de encadea-mentos de conceitos e ju´ızos que levariam `a descoberta de novas verdades (L´ogica Cl´assica). Entretanto, os argumentos formulados em linguagem natural como em portuguˆes, por exemplo, s˜ao muitas vezes de dif´ıcil avalia¸c˜ao, devido a ambiguidades nas frases e constru¸c˜oes confusas. Os matem´aticos da atualidade entenderam ent˜ao que, para uma mat´eria ser estudada com o car´ater cient´ıfico necess´ario, era preciso introduzir-se uma linguagem simb´olica.

A L´ogica Simb´olica ou L´ogica Matem´atica utiliza s´ımbolos de origem matem´atica para for-mular os argumentos. Nessa l´ogica, as v´arias rela¸c˜oes entre proposi¸c˜oes s˜ao representadas por f´ormulas cujos significados est˜ao livres de ambiguidades t˜ao comuns `a linguagem corrente, e essas f´ormulas podem ser “operadas” segundo um conjunto de regras de transforma¸c˜ao for-mal. Outra vantagem de seu uso refere-se `a facilidade de entendimento e brevidade para obter resultados.

O moderno desenvolvimento da L´ogica iniciou-se com a obra de George Boole (1815-1864)-“ ´Algebra Booleana”- e de Augustus De Morgan (1806-1871), e foi consolidado pelo fil´osofo e matem´atico alem˜ao Gottlob Frege (1848-1895) - “Regras de Demonstra¸c˜ao Matem´atica.” Como a L´ogica Simb´olica tem sua pr´opria linguagem t´ecnica, ´e um instrumento poderoso para a an´alise e a dedu¸c˜ao dos argumentos, especialmente com o uso do computador. Na computa¸c˜ao, ela ´e utilizada para representar problemas e para obter suas solu¸c˜oes. O algoritmo, que seria o conjunto finito de instru¸c˜oes a serem executadas para obter a solu¸c˜ao de um problema, ´e constru´ıdo com base na l´ogica matem´atica.

Nessa unidade vamos estudar os principais conceitos e a terminologia da l´ogica matem´atica, que envolve proposi¸c˜oes, conectivos, tabelas-verdade e tautologias para chegar a conclus˜oes a partir de proposi¸c˜oes dadas, bem como o estudo dos quantificadores e predicados. Os conte´udos estudados ser˜ao utilizados em disciplinas futuras e fornecer˜ao ferramentas para investiga¸c˜oes e aplica¸c˜oes precisas em sua ´area de atua¸c˜ao.

2 15 Introdução Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

(16)

LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

ogica Proposicional

Proposi¸c˜oes e Valores L´ogicos

Proposi¸c˜ao ´e uma senten¸ca declarativa que ´e verdadeira ou falsa, mas n˜ao ambas. Dito de outra maneira, proposi¸c˜ao ´e toda express˜ao que encerra um pensamento de sentido completo e pode ser classificada como V (verdadeira) ou F (falsa).

Exemplos:

1. 17 ´e um n´umero par. 2. O gato ´e um mam´ıfero.

3. O 136d´ıgito da expans˜ao decimal de11 ´e 2.

4. Est´a chovendo agora.

5. Todo quadrado ´e um retˆangulo. 6. 100 + 100 = 300

Observamos que todas essas senten¸cas s˜ao proposi¸c˜oes, pois: (2) e (5) s˜ao verdadeiras e (1) ´e falsa; a veracidade ou falsidade de (4) depende do momento em que a proposi¸c˜ao ´e feita; e apesar de n˜ao sabermos o valor do d´ıgito solicitado na afirma¸c˜ao (3), ele ser´a igual a 2 ou n˜ao ser´a 2, ou seja, a senten¸ca ser´a verdadeira ou falsa.

3

(17)

17 Conectivos Lógicos Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

Como exemplos de frases que n˜ao s˜ao proposi¸c˜oes, podemos citar: 1. Feliz anivers´ario!!! (Senten¸ca exclamativa)

2. Onde est´a a chave? (Senten¸ca interrogativa) 3. Vire `a esquerda. (Senten¸ca imperativa)

4. x+y = 6. (senten¸ca aberta; pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos valores de x e y) O valor l´ogico de uma proposic˜a¸ o se refere a um dos dois poss´ıveis ju´ızos que atribuiremos a uma proposi¸c˜ao: verdadeiro, denotado por V (ou 1), ou falso, denotado por F (ou 0).

Princ´ıpios B´asicos das Proposi¸c˜oes:

I) Princ´ıpio da n˜ao contradi¸c˜ao: Uma proposi¸c˜ao n˜ao pode ser verdadeira e falsa simultane-amente.

II) Princ´ıpio do terceiro exclu´ıdo: Toda proposi¸c˜ao ou ´e verdadeira ou ´e falsa; n˜ao existe um terceiro valor l´ogico.

Classifica¸c˜ao das Proposi¸c˜oes:

As proposi¸c˜oes podem ser classificadas em simples e compostas:

Proposi¸c˜oes simples: aquelas que vˆem sozinhas, desacompanhadas de outras proposi¸c˜oes.

Exemplos:

* A impressora est´a ligada. * O novo papa ´e argentino.

Proposi¸c˜oes compostas: aquelas formadas pela combina¸c˜ao de proposi¸c˜oes simples.

Exemplos:

* Jo˜ao ´e m´edico e Pedro ´e dentista. * Se fizer sol, ent˜ao irei ao clube.

Conectivos L´

ogicos

Proposi¸c˜oes simples podem ser combinadas para for-mar proposi¸c˜oes mais complexas: as proposi¸c˜oes com-postas. As palavras ou s´ımbolos usados para formar novas proposi¸c˜oes a partir de proposi¸c˜oes dadas s˜ao chamados de conectivos.

(18)

Os conectivos fundamentais da L´ogica Matem´atica s˜ao:

Conectivo S´ımbolo

1) n˜ao; n˜ao ´e verdade que Nega¸c˜ao ou modificador

2) e Conjun¸c˜ao

3) ou Disjun¸c˜ao

4) se ... ent˜ao Condicional

5) se, e somente se Bicondicional

Dadas as proposi¸c˜oes simples p e q, podemos com o uso de conectivos formar novas proposi¸c˜oes a partir de p e q. Assim temos:

1) A nega¸c˜ao de p ∼ p n˜ao p

2) A conjun¸c˜ao de p e q p∧ q p e q 3) A disjun¸c˜ao de p e q p∨ q p ou q 4) A condicional de p e q p→ q se p, ent˜ao q 5) A bicondicional de p e q p↔ q p se, e somente se, q

Exemplo:

Dadas as proposi¸c˜oes p: 2 ´e um n´umero par e q: 6 ´e m´ultiplo de 3, fa¸ca as tradu¸c˜oes para

a linguagem corrente para as seguintes proposi¸c˜oes:

a)∼ p 2 n˜ao ´e um n´umero par. (ou: 2 ´e um n´umero ´ımpar.)

b)∼ p ∨ q 2 n˜ao ´e par ou 6 ´e m´ultiplo de 3.

c)∼ q → p Se 6 n˜ao ´e m´ultiplo de 3, ent˜ao 2 ´e par.

d)∼ p ↔ q 2 ´e ´ımpar se, e somente se, 6 ´e m´ultiplo de 3.

e)∼ (p ∧ ∼ q) N˜ao ´e verdade que 2 ´e par e 6 n˜ao ´e um m´ultiplo de 3.

# SAIBA MAIS #:

Alguns dos conectivos apresentados podem ser denotados por outros s´ımbolos ou express˜oes. Consideremos p, q proposi¸c˜oes:

Conectivo l´ogico S´ımbolo

Nega¸c˜ao ¬p; p

Conjun¸c˜ao p.q

Disjun¸c˜ao p + q

5 Os conectivos fundamentais da L´ogica Matem´atica s˜ao:

Conectivo S´ımbolo

1) n˜ao; n˜ao ´e verdade que Nega¸c˜ao ou modificador

2) e Conjun¸c˜ao

3) ou Disjun¸c˜ao

4) se ... ent˜ao Condicional

5) se, e somente se Bicondicional

Dadas as proposi¸c˜oes simples p e q, podemos com o uso de conectivos formar novas proposi¸c˜oes a partir de p e q. Assim temos:

1) A nega¸c˜ao de p ∼ p n˜ao p

2) A conjun¸c˜ao de p e q p∧ q p e q 3) A disjun¸c˜ao de p e q p∨ q p ou q 4) A condicional de p e q p→ q se p, ent˜ao q 5) A bicondicional de p e q p↔ q p se, e somente se, q

Exemplo:

Dadas as proposi¸c˜oes p: 2 ´e um n´umero par e q: 6 ´e m´ultiplo de 3, fa¸ca as tradu¸c˜oes para

a linguagem corrente para as seguintes proposi¸c˜oes:

a)∼ p 2 n˜ao ´e um n´umero par. (ou: 2 ´e um n´umero ´ımpar.)

b)∼ p ∨ q 2 n˜ao ´e par ou 6 ´e m´ultiplo de 3.

c)∼ q → p Se 6 n˜ao ´e m´ultiplo de 3, ent˜ao 2 ´e par.

d)∼ p ↔ q 2 ´e ´ımpar se, e somente se, 6 ´e m´ultiplo de 3.

e)∼ (p ∧ ∼ q) N˜ao ´e verdade que 2 ´e par e 6 n˜ao ´e um m´ultiplo de 3.

# SAIBA MAIS #:

Alguns dos conectivos apresentados podem ser denotados por outros s´ımbolos ou express˜oes. Consideremos p, q proposi¸c˜oes:

Conectivo l´ogico S´ımbolo

Nega¸c˜ao ¬p; p Conjun¸c˜ao p.q Disjun¸c˜ao p + q 5 LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

(19)

A linguagem Pascal (assim como a maioria das linguagens de programa¸c˜ao) possui os seguintes conectivos l´ogicos:

not Nega¸c˜ao and Conjun¸c˜ao or Disjun¸c˜ao <= Condicional = Bicondicional Fonte: Menezes (2013).

# FIM SAIBA MAIS#

O valor l´ogico de uma proposi¸c˜ao composta (verdadeiro ou falso) depende do valor l´ogico das proposi¸c˜oes simples que a comp˜oem e da maneira como elas s˜ao combinadas pelos conectivos. Conhecendo-se os valores l´ogicos de duas proposi¸c˜oes p e q, vamos definir os valores l´ogicos das proposi¸c˜oes:∼ p; p ∧ q; p ∨ q; p → q e p ↔ q.

1. Nega¸c˜ao (∼)

Dada uma proposi¸c˜ao p, a nega¸c˜ao de p ser´a indicada por∼ p (Lˆe-se ”n˜ao p”). O valor verdade da proposi¸c˜ao∼ p ser´a o oposto do valor verdade de p.

Em resumo:

Nega¸c˜ao: se V(p) = V ent˜ao V(∼ p) = F e se V(p) = F ent˜ao V(∼ p).

Essas possibilidades para os valores l´ogicos podem ser colocadas em uma tabela, denomi-nada tabela-verdade. Uma tabela verdade ´e uma tabela que cont´em as proposi¸c˜oes nas colunas e as possibilidades de valores-verdade nas linhas. ´E comum expressar os resultados de uma proposi¸c˜ao composta por meio de tabelas- verdade, que permitem analisar seus valores-verdade.

Tabela-verdade para a nega¸c˜ao de p:

p ∼ p

V F

F V

6

A linguagem Pascal (assim como a maioria das linguagens de programa¸c˜ao) possui os seguintes conectivos l´ogicos:

not Nega¸c˜ao and Conjun¸c˜ao or Disjun¸c˜ao <= Condicional = Bicondicional Fonte: Menezes (2013).

# FIM SAIBA MAIS#

O valor l´ogico de uma proposi¸c˜ao composta (verdadeiro ou falso) depende do valor l´ogico das proposi¸c˜oes simples que a comp˜oem e da maneira como elas s˜ao combinadas pelos conectivos. Conhecendo-se os valores l´ogicos de duas proposi¸c˜oes p e q, vamos definir os valores l´ogicos das proposi¸c˜oes:∼ p; p ∧ q; p ∨ q; p → q e p ↔ q.

1. Nega¸c˜ao (∼)

Dada uma proposi¸c˜ao p, a nega¸c˜ao de p ser´a indicada por∼ p (Lˆe-se ”n˜ao p”). O valor verdade da proposi¸c˜ao∼ p ser´a o oposto do valor verdade de p.

Em resumo:

Nega¸c˜ao: se V(p) = V ent˜ao V(∼ p) = F e se V(p) = F ent˜ao V(∼ p).

Essas possibilidades para os valores l´ogicos podem ser colocadas em uma tabela, denomi-nada tabela-verdade. Uma tabela verdade ´e uma tabela que cont´em as proposi¸c˜oes nas colunas e as possibilidades de valores-verdade nas linhas. ´E comum expressar os resultados de uma proposi¸c˜ao composta por meio de tabelas- verdade, que permitem analisar seus valores-verdade.

Tabela-verdade para a nega¸c˜ao de p:

p ∼ p

V F

F V

6

19

Proposições e Valores Lógicos

Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

(20)

2. Conjun¸c˜ao (∧)

O operador conjun¸c˜ao “∧” representa intuitivamente o papel an´alogo ao conectivo “e” da

L´ıngua Portuguesa. Por exemplo, se p: “7 < 0” e q: “11 ´e ´ımpar”, ent˜ao p∧ q ´e a proposi¸c˜ao

“7 < 0 e 11 ´e ´ımpar”. Neste caso, sabemos que (p∧ q) ´e falsa, pois falha a proposi¸c˜ao q. Dadas duas proposi¸c˜oes p e q, chama-se “conjun¸c˜ao de p e q” a proposi¸c˜ao “p∧ q” (lˆe-se p e q). A conjun¸c˜ao p∧ q ser´a verdadeira quando p e q forem ambas verdadeiras e ser´a falsa nos outros casos.

Em resumo: V(p∧ q) = V somente quando V(p) = V(q) = V.

Tabela-verdade para a conjun¸c˜ao p∧ q

p q p∧ q V V V V F F F V F F F F 3) Disjun¸c˜ao (∨)

Dadas duas proposi¸c˜oes p e q, chama-se “disjun¸c˜ao de p e q” a proposi¸c˜ao “p∨ q” (lˆe-se

p ou q). A disjun¸c˜ao p∨ q ser´a verdadeira se pelo menos uma das proposi¸c˜oes (p ou q) for verdadeira e ser´a falsa apenas no caso em que as duas (p e q) forem falsas.

Em resumo: V(p∨ q) = F somente quando V(p) = V(q) = F. Exemplos:

a) Se p: 3 + 4 > 5 e q: 3 + 1 = 2, a composta P(p, q) formada ao usar o conectivo “∨” ´e

P:p∨ q, que se lˆe P: 3 + 4 > 5 ou 3 + 1 = 2.

b) A frase: “O aluno tem celular ou notebook” ´e uma disjun¸c˜ao de duas proposi¸c˜oes simples: [O aluno tem celular]∨ [O aluno tem notebook].

O concetivo ∨ tamb´em ´e chamado de “ou inclusivo”, pois ele admite as duas frases

ver-dadeiras. A frase do exemplo acima ´e verdadeira se o aluno tiver somente celular, somente notebook, ou celular e notebook.

Em resumo: V(p∨ q) = F somente quando V(p) = V(q) = F.

7 LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

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Tabela-verdade para a disjun¸c˜ao p∨ q. p q p∨ q V V V V F V F V V F F F 3.1) Disjun¸c˜ao Exclusiva: (∨)

Chama-se disjun¸c˜ao exclusiva de duas proposi¸c˜oes p e q a proposi¸c˜ao representada por “p q” ou p⊕q, que se lˆe: “ou p ou q” ou “p ou q, mas n˜ao ambos”, cujo valor l´ogico ´e a verdade (V) somente quando p ´e verdadeira ou q ´e verdadeira, mas n˜ao quando p e q s˜ao ambas verdadeiras, e a falsidade (F) quando p e q s˜ao ambas verdadeiras ou ambas falsas.

Em resumo: V( p∨q ) = F quando V(p) = V(q).

Na disjun¸c˜ao exclusiva, as duas proposi¸c˜oes n˜ao podem ocorrer ao mesmo tempo. Exemplos:

a) p: x ´e par ; q: x ´e ´ımpar. x pode ser par ou ´ımpar, mas x n˜ao pode ser par e ´ımpar ao mesmo tempo. A composta “p ou q” ´e simbolizada por P(p, q) = (p∨q).

b) Arnaldo ´e alagoano ou pernambucano.

c) O documento foi enviado por malote ou pelo correio.

Tabela-verdade da disjun¸c˜ao exclusiva p∨q.

p q p∨q V V F V F V F V V F F F 4. Condicional (−→)

Sejam p e q proposi¸c˜oes. A proposi¸c˜ao “se p, ent˜ao q” , que ser´a denotada por p → q, ´e chamada de condicional ou implica¸c˜ao. A proposi¸c˜ao p→ q assume o valor falso somente

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21

Proposições e Valores Lógicos

Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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quando p for verdadeira e q for falsa.

Resumindo: V(p→ q) = F somente quando V(p) = V e V(q) = F.

Ilustremos inicialmente uma interpreta¸c˜ao do conectivo→ atrav´es da senten¸ca: “Se Ana conseguir o emprego, ent˜ao far´a uma festa.”

Definindo-se:

p: “Ana consegue o emprego” e q: “ Ana faz uma festa”, ent˜ao (p → q) representa a

promessa de Ana.

Vamos analisar quando a promessa ser´a cumprida:

1) Digamos que ela consiga a vaga de emprego (p ´e V). Pode acontecer que ela fa¸ca a festa (q ´e V), cumprindo a promessa (p → q ´e V). Por outro lado, Ana pode n˜ao fazer a festa,

descumprindo a promessa (p→ q ´e F).

2) Digamos que Ana n˜ao consiga o emprego (p ´e F). Neste caso, independente de fazer ou n˜ao uma festa (q ´e V ou F), a promessa n˜ao ser´a descumprida (p→ q ´e V).

Observamos que a ´unica possibilidade de p→ q ser falsa ´e quando p ´e V e q ´e F.

Tabela-verdade da condicional p→ q. p q p→ q V V V V F F F V V F F V

Na condicional p → q, a proposi¸c˜ao p ´e chamada de hip´otese, premissa ou antecedente, enquanto a proposi¸c˜ao q ´e denominada tese, conclus˜ao ou consequente.

Em Portuguˆes, o uso do condicional estabelece uma rela¸c˜ao de causa e efeito entre a hip´otese e a conclus˜ao. Entretanto, na condicional l´ogica p→ q, n˜ao ´e necess´ario existir uma rela¸c˜ao causal entre a hip´otese p e a tese q.

Por exemplo, a condicional:

“Se laranjas s˜ao azuis ent˜ao 2 ´e par”

´e destitu´ıda de “sentido” na l´ıngua portuguesa, mas como a hip´otese ´e falsa, temos que a condicional ´e verdadeira, mesmo n˜ao existindo rela¸c˜ao de causa e efeito entre as proposi¸c˜oes envolvidas. 9 LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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Proposi¸c˜oes Associadas a uma Condicional: Consideremos as proposi¸c˜oes:

p: O quadril´atero Q ´e um quadrado. q: O quadril´atero Q ´e um retˆangulo.

e a condicional

p→ q : “Se o quadril´atero Q ´e um quadrado, ent˜ao ´e um retˆangulo.”

Temos as seguintes proposi¸c˜oes associadas `a condicional p→ q :

• Contrapositiva ∼ q →∼ p : “Se o quadril´atero Q n˜ao ´e um retˆangulo, ent˜ao Q n˜ao ´e um

quadrado.”

• Rec´ıproca q → p : “Se o quadril´atero Q ´e um retˆangulo, ent˜ao ´e um quadrado.”

• Inversa ∼ p →∼ q : “Se o quadril´atero Q n˜ao ´e um quadrado, ent˜ao Q n˜ao ´e um

retˆangulo.”

5. Bicondicional (↔)

Se p e q s˜ao duas proposi¸c˜oes, a proposi¸c˜ao “p, se e somente se q”, que ser´a indicada por

“p↔ q” ´e chamada de bicondicional. A proposi¸c˜ao bicondicional ser´a verdadeira quando p e q

forem ambas verdadeiras ou ambas falsas, e ser´a falsa nos demais casos. Resumindo: V (p↔ q) = V quando V(p) = V(q). Tabela-verdade da bicondicional p↔ q. p q p↔ q V V V V F F F V F F F V

A bicondicional p↔ q tamb´em se lˆe de uma das seguintes maneiras:

• p ´e condi¸c˜ao necess´aria e suficiente para q. • q ´e condi¸c˜ao necess´aria e suficiente para p.

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23

Proposições e Valores Lógicos

Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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Exemplo:

“Respiro se, e somente se, estou vivo”.

Percebemos pelo exemplo que respirar ´e condi¸c˜ao necess´aria e suficiente para estar vivo, assim como estar vivo ´e condi¸c˜ao necess´aria e suficiente para respirar.

Prioridades de Opera¸c˜oes L´ogicas

Em uma opera¸c˜ao que usa dois ou mais operadores l´ogicos, como p∧ r ∨ q → r, a ordem em que eles aparecem ´e muito importante. Em geral, usam-se parˆenteses para indicar a ordem e agrupamento das opera¸c˜oes l´ogicas. Mas assim como na ´Algebra, existe uma conven¸c˜ao sobre a ordem de precedˆencia para os conectivos, que estabelecem uma ordem de aplica¸c˜ao, mesmo na ausˆencia de parˆenteses. OPERADOR PRIORIDADE 1 2 3 4 5 Exemplo:

Seja a senten¸ca em linguagem natural:

“Vocˆe n˜ao pode andar de montanha russa se vocˆe tiver menos do que 1,20 metros de altura, a menos que vocˆe tenha 16 anos de idade.”

Podemos fazer a tradu¸c˜ao dessa senten¸ca em proposi¸c˜oes compostas da seguinte maneira. Consideremos as primitivas:

• q: Vocˆe pode andar de montanha russa. • r: Vocˆe tem menos do que 1,20 m de altura. • s: Vocˆe tem mais de 16 anos de idade.

Ent˜ao, a senten¸ca em linguagem natural pode ser traduzida em proposi¸c˜oes l´ogicas como:

r∧ ∼ s →∼ q, ou ainda ∼ r ∨ s → q, que devem ser consideradas como [(r ∧ (∼ s)) → (∼ q)],

ou ainda ((∼ r) ∨ s) → q. 11 LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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25 Tabela-Verdade Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

Tabelas-Verdade

Dadas v´arias proposi¸c˜oes simples p, q, r, s, ..., podemos combin´a-las para formar novas proposi¸c˜oes compostas. O valor-verdade dessas novas proposi¸c˜oes fica completamente determinado pelos valores das proposi¸c˜oes componentes e pela natureza dos conectivos envolvidos. Uma maneira de determinar o valor l´ogico de proposi¸c˜oes compostas ´e pela constru¸c˜ao de tabelas-verdade.

Exemplos:

1) Construir a tabela-verdade da proposi¸c˜ao∼ (p ∧ q).

Observemos que como existem duas proposi¸c˜oes simples envolvidas, p e q, ent˜ao existem 4 possibilidades de combinar os valores-verdade de p e q: VV; VF; FV e FF. Dessa forma, a tabela-verdade ter´a 22= 4 linhas.

p q p∧ q ∼ (p ∧ q) V V V F V F F V F V F V F F F V 1 1 2 3

2) Construir a tabela-verdade da proposi¸c˜ao (p∨ ∼ q) → q.

p q ∼ q p∨ ∼ q (p∨ ∼ q) → q V V F V V V F V V F F V F F V F F V V F 12

Tabela-Verdade

©shutterstock

(26)

# REFLITA#

N´umero de linhas de uma tabela-verdade

“A tabela-verdade de uma proposi¸c˜ao composta com

n proposi¸c˜oes simples componentes cont´em 2nlinhas”.

Fonte: a autora. #FIM REFLITA#

Um outro modo de se construir a tabela-verdade de uma proposi¸c˜ao composta ´e dada a seguir, onde colocamos todos os elementos envolvidos na proposi¸c˜ao composta e numeramos as etapas; a solu¸c˜ao ser´a a ´ultima etapa:

3) Encontrar a tabela-verdade da proposi¸c˜ao composta S = (p∨ ∼ q) → (p ∧ q ↔ r).

p q r (p ∨ ∼ q) → (p ∧ q ↔ r) V V V V V F V V V V V V V V F V V F F V V V F F V F V V V V F V F F F V V F F V V V V V F F V F F V V F F F V F F V F V F V F F F F V F F V V F F F V F V V F F F F F V F F F F V V V F F F V F 1 1 1 1 3 2 6 1 4 1 5 1 4) Construir a tabela-verdade de (p∧ q)∨ ∼ (p → q). (p ∧ q) ∨ ∼ (p → q) V V V V F V V V V F F V V V F F F F V F F F V V F F F F F F V F 1 2 1 5 4 1 3 1

Tautologias e Contradi¸c˜

oes

Uma tautologia ´e uma proposi¸c˜ao composta que ´e sempre verdadeira, quaisquer que sejam os valores l´ogicos das proposi¸c˜oes simples que a comp˜oem, ou seja, a coluna de resultado de sua

13 # REFLITA#

N´umero de linhas de uma tabela-verdade

“A tabela-verdade de uma proposi¸c˜ao composta com

n proposi¸c˜oes simples componentes cont´em 2nlinhas”.

Fonte: a autora. #FIM REFLITA#

Um outro modo de se construir a tabela-verdade de uma proposi¸c˜ao composta ´e dada a seguir, onde colocamos todos os elementos envolvidos na proposi¸c˜ao composta e numeramos as etapas; a solu¸c˜ao ser´a a ´ultima etapa:

3) Encontrar a tabela-verdade da proposi¸c˜ao composta S = (p∨ ∼ q) → (p ∧ q ↔ r).

p q r (p ∨ ∼ q) → (p ∧ q ↔ r) V V V V V F V V V V V V V V F V V F F V V V F F V F V V V V F V F F F V V F F V V V V V F F V F F V V F F F V F F V F V F V F F F F V F F V V F F F V F V V F F F F F V F F F F V V V F F F V F 1 1 1 1 3 2 6 1 4 1 5 1 4) Construir a tabela-verdade de (p∧ q)∨ ∼ (p → q). (p ∧ q) ∨ ∼ (p → q) V V V V F V V V V F F V V V F F F F V F F F V V F F F F F F V F 1 2 1 5 4 1 3 1

Tautologias e Contradi¸c˜

oes

Uma tautologia ´e uma proposi¸c˜ao composta que ´e sempre verdadeira, quaisquer que sejam os valores l´ogicos das proposi¸c˜oes simples que a comp˜oem, ou seja, a coluna de resultado de sua

13 LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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tabela-verdade cont´em somente valores l´ogicos verdadeiros (V). Por outro lado, uma proposi¸c˜ao composta que ´e sempre falsa ´e chamada de contradi¸c˜ao. Uma proposi¸c˜ao composta que n˜ao ´e uma tautologia nem uma contradi¸c˜ao ´e denominada contingˆencia.

Exemplos:

1) A proposi¸c˜ao composta p∧ q → q ´e uma tautologia.

p ∧ q → q V V V V V V F F V F F F V V V F F F V F 1 2 1 3 1

2) A proposi¸c˜ao composta (p∧ q)∧ ∼ (p ∨ q) ´e uma contradi¸c˜ao.

(p ∧ q) ∧ ∼ (p ∨ q) V V V F F V V V V F F F V V V F F F V F V F V V F F F F V F F F 1 2 1 5 4 1 3 1

3) A proposi¸c˜ao composta q→∼ q ´e uma contingˆencia.

q → ∼ q

V F F

F V V

As tautologias e contradi¸c˜oes tˆem fundamental importˆancia em m´etodos de prova, e ´e atrav´es das tautologias que podemos simplificar express˜oes l´ogicas.

# REFLITA #

A L´ogica ´e a anatomia do pensamento. (John Locke)

# FIM REFLITA #

14

tabela-verdade cont´em somente valores l´ogicos verdadeiros (V). Por outro lado, uma proposi¸c˜ao composta que ´e sempre falsa ´e chamada de contradi¸c˜ao. Uma proposi¸c˜ao composta que n˜ao ´e uma tautologia nem uma contradi¸c˜ao ´e denominada contingˆencia.

Exemplos:

1) A proposi¸c˜ao composta p∧ q → q ´e uma tautologia.

p ∧ q → q V V V V V V F F V F F F V V V F F F V F 1 2 1 3 1

2) A proposi¸c˜ao composta (p∧ q)∧ ∼ (p ∨ q) ´e uma contradi¸c˜ao.

(p ∧ q) ∧ ∼ (p ∨ q) V V V F F V V V V F F F V V V F F F V F V F V V F F F F V F F F 1 2 1 5 4 1 3 1

3) A proposi¸c˜ao composta q→∼ q ´e uma contingˆencia.

q → ∼ q

V F F

F V V

As tautologias e contradi¸c˜oes tˆem fundamental importˆancia em m´etodos de prova, e ´e atrav´es das tautologias que podemos simplificar express˜oes l´ogicas.

# REFLITA #

A L´ogica ´e a anatomia do pensamento. (John Locke)

# FIM REFLITA # 14 27 Tautologias e Contradições Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

(28)

Equivalˆ

encias L´

ogicas

Duas proposi¸c˜oes compostas P e Q s˜ao chamadas logicamente equivalentes se suas tabelas -verdade s˜ao idˆenticas, ou melhor, se, e somente se, P ↔ Q for tautologia.

Nota¸c˜oes: P≡ Q ou P ⇔ Q.

Podemos verificar que duas proposi¸c˜oes s˜ao logicamente equivalentes por meio da constru¸c˜ao de suas tabelas-verdade. Exemplos: 1) Verificar que p≡∼ (∼ p). p ∼ p ∼ (∼ p) p↔∼ (∼ p) V F V V F V F V 1 2 3 4 2) Verificar que p→ q ⇔∼ p ∨ q. p q ∼ p p → q ∼ p ∨ q p → q ↔∼ p ∨ q V V F V V V V F F F F V F V V V V V F F V V V V 1 1 2 3 4 5 15

Equivalência Lógicas

©shutterstock LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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Equivalˆencias L´ogicas Importantes

p, q, r proposi¸c˜oes Nota¸c˜oes V: tautologia

F: contradi¸c˜ao

Propriedade Equivalˆencia L´ogica

p∧ V ≡ p p ∨ F ≡ p Identidades p↔ V ≡ p p∨F ≡ p Domina¸c˜ao p∨ V ≡ V p∧ F ≡ F Leis da idempotˆencia p∨ p ≡ p p∧ p ≡ p Dupla nega¸c˜ao ∼ (∼ p) ≡ p p∨ q ≡ q ∨ p Comutativa p∧ q ≡ q ∧ p p↔ q ≡ q ↔ p (p∨ q) ∨ r ≡ p ∨ (q ∨ r) Associativa (p∧ q) ∧ r ≡ p ∧ (q ∧ r) (p↔ q) ↔ r ≡ p ↔ (q ↔ r) Nega¸c˜ao ou Inversa p∨ ∼ p ≡ V p∧ ∼ p ≡ F Leis da implica¸c˜ao (p→ q) ≡ (∼ p ∨ q) ≡∼ (p∧ ∼ q) ∼ (p → q) ≡ (p∧ ∼ q) Leis da equivalˆencia (p↔ q) ≡ (p → q) ∧ (q → p) ∼ (p ↔ q) ≡ (p ↔∼ q) ≡ (∼ p ↔ q) Distributiva p∨ (q ∧ r) ≡ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) p∧ (q ∨ r) ≡ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) Leis de De Morgan ∼ (p ∨ q) ≡∼ p∧ ∼ q ∼ (p ∧ q) ≡∼ p∨ ∼ q Absor¸c˜ao p∨ (p ∧ q) ≡ p p∧ (p ∨ q) ≡ p Lei da contrapositiva (p→ q) ≡ (∼ q) → (∼ p)

Lei da redu¸c˜ao ao absurdo p→ q ≡ (p∧ ∼ q) → F

Para estudos desenvolvidos em t´ecnicas digitais, as diversas portas l´ogicas s˜ao expressas em termos de∼ e ∧. ´E importante ent˜ao expressar qualquer um dos conectivos usando somente ∼

e∧. 16 29 Equivalência Lógicas Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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Exerc´ıcio: Prove, usando tabela-verdade, a equivalˆencia dos conectivos estudados com as express˜oes que envolvem somente∼ e ∧:

a) Disjun¸c˜ao: p∨ q ≡∼ (∼ p∧ ∼ q).

b) Condicional: p→ q ≡∼ (p∧ ∼ q)

c) Bicondicional: p↔ q ≡∼ (∼ (p ∧ q)∧ ∼ (∼ p∧ ∼ q)) Conectivos L´ogicos e Programa¸c˜ao

De acordo com Gersting (2004, p.9), podemos exemplificar uma aplica¸c˜ao da L´ogica Matem´atica na computa¸c˜ao:

Os conectivos l´ogicos E (AND), OU (OR) e N ˜AO (NOT)(correspondendo, respectivamente, a ∧, ∨ e ∼) est˜ao dispon´ıveis em muitas linguagens de

programa¸c˜ao, assim como em calculadoras gr´aficas program´aveis. Esses conectivos, de acordo com as tabelas-verdade que definimos, agem em combina¸c˜oes de express˜oes verdadeiras ou falsas para produzir um valor l´ogico final. Tais valores l´ogicos fornecem a capacidade de tomada de decis˜ao fundamental ao fluxo de controle em programas de computadores. Assim, em uma ramifica¸c˜ao condicional de um programa, se o valor l´ogico da express˜ao condicional for verdadeiro, o programa executar´a a seguir um trecho de seu c´odigo; se o valor for falso, o programa executar´a um trecho diferente de seu c´odigo. Se a express˜ao condicional for substitu´ıda por outra express˜ao equivalente mais simples, o valor l´ogico da express˜ao, e portanto, o fluxo de controle do programa, n˜ao ser´a afetado, mas o novo c´odigo ser´a mais f´acil de ser entendido e poder´a ser executado mais rapidamente.

Exemplo: Vejamos o seguinte comando na linguagem de programa¸c˜ao Pascal: if(( x > y) and not ((x > y) and (z < 1000)))

then Fa¸ca isso (um procedimento) else Fa¸ca aquilo (outro procedimento).

Aqui a express˜ao condicional tem a forma A∧ ∼ (A ∧ B), em que A: x > y e B: z < 1000. Essa express˜ao pode ser simplificada utilizando uma condicional simplificada:

A∧ ∼ (A ∧ B) ≡ A ∧ (∼ A∨ ∼ B) (Leis de De Morgan)

≡ (A∧ ∼ A) ∨ (A∧ ∼ B) (distribuitividade)

≡ F ∨ (A∧ ∼ B) (F denota contradi¸c˜ao)

≡ (A∧ ∼ B) ∨ F (comutatividade) ≡ (A∧ ∼ B) (identidade) 17 LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

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31 Implicações Lógicas Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

O comando pode ent˜ao ser reescrito como: if ((x > y) and not (z < 1000)) then Fa¸ca isso (um procedimento) else Fa¸ca aquilo (outro procedimento).

Implica¸c˜

oes L´

ogicas

Sejam p e q duas proposi¸c˜oes. Dizemos que p implica logicamente q se p→ q ´e uma tautologia. Denotaremos que p implica logicamente em q por “p⇒ q”.

As implica¸c˜oes l´ogicas tamb´em podem ser chamadas de “inferˆencias l´ogicas”. As regras de inferˆencia s˜ao, na verdade, formas v´alidas de racioc´ınio, isto ´e, s˜ao formas que nos permitem concluir o consequente, uma vez que consideremos o antecedente verdadeiro; em termos textu-ais, costumamos utilizar o termo “logo” (ou seus sinˆonimos: portanto, em consequˆencia, etc.) para caracterizar as Regras de Inferˆencia; a express˜ao p⇒ q pode ent˜ao ser lida: “p; logo, q”.

Listamos a seguir algumas regras de inferˆencia importantes, sendo p, q e r proposi¸c˜oes quais-quer:

Regras de Inferˆencia

1. p⇒ p ∨ q Lei de adi¸c˜ao 2. p∧ q ⇒ p Leis de simplifica¸c˜ao p∧ q ⇒ q 3. (p→ q) ∧ p ⇒ q Modus Ponens 4. (p→ q)∧ ∼ q ⇒∼ p Modus Tollens 5. (p∨ q)∧ ∼ p ⇒ q Silogismo disjuntivo 6. (p→ q) ∧ (q → r) ⇒ (p → r) Silogismo hipot´etico

7. p→ F ⇒∼ p Demonstra¸c˜ao por absurdo

18

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erst

(32)

LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

Exemplo:

“Se ´e gato, ent˜ao mia. ´E gato, portanto mia.”

Essa frase exemplifica a regra de inferˆencia Modus Ponens (p→ q) ∧ p ⇒ q. Provemos sua veracidade:

p q p→ q (p → q) ∧ p [(p → q) ∧ p] → q

V V V V V

V F F F V

F V V F V

F F V F V

Exerc´ıcio: Verificar cada uma das inferˆencias acima usando tabela-verdade.

etodo Dedutivo

Argumentos

Um argumento ´e uma sequˆencia de proposi¸c˜oes na qual uma delas deriva das demais. Usualmente, a proposi¸c˜ao derivada ´e chamada conclus˜ao, e as demais, premissas. Dito de outra maneira, chama-se argumento a afirma¸c˜ao de que de um dado conjunto de proposi¸c˜oes

P1, P2, ...Pn, chamadas premissas, decorre uma proposi¸c˜ao Q, chamada conclus˜ao.

Exemplo:

19

(33)

Exemplo:

“Se ´e gato, ent˜ao mia. ´E gato, portanto mia.”

Essa frase exemplifica a regra de inferˆencia Modus Ponens (p→ q) ∧ p ⇒ q.

Provemos sua veracidade:

p q p→ q (p → q) ∧ p [(p → q) ∧ p] → q

V V V V V

V F F F V

F V V F V

F F V F V

Exerc´ıcio: Verificar cada uma das inferˆencias acima usando tabela-verdade.

etodo Dedutivo

Argumentos

Um argumento ´e uma sequˆencia de proposi¸c˜oes na qual uma delas deriva das demais. Usualmente, a proposi¸c˜ao derivada ´e chamada conclus˜ao, e as demais, premissas. Dito de outra maneira, chama-se argumento a afirma¸c˜ao de que de um dado conjunto de proposi¸c˜oes

P1, P2, ...Pn, chamadas premissas, decorre uma proposi¸c˜ao Q, chamada conclus˜ao.

Exemplo:

19

Todo aluno de Engenharia de Software precisa estudar L´ogica. (premissa)

Leonardo ´e aluno de Engenharia de Software. (premissa)

Logo, Leonardo precisa estudar L´ogica. (conclus˜ao)

Um argumento ´e considerado v´alido se a conjun¸c˜ao das hip´oteses implica na tese. As pre-missas s˜ao consideradas provas evidentes da verdade da conclus˜ao.

Exemplos:

1) Se ´e mam´ıfero, ent˜ao ´e vertebrado. A baleia ´e um mam´ıfero.

Logo, a baleia ´e um vertebrado.

Argumento v´alido, em que as premissas e a conclus˜ao s˜ao verdadeiras.

2) Fernando Collor foi presidente do Brasil.

Se ´e presidente do Brasil, ent˜ao sofre impeachemnt.

Logo, Collor sofreu impeachment no mandato como presidente.

Argumento v´alido, com uma das premissas falsa, mas conclus˜ao verdadeira.

3) Se ´e cobra, tem asas. A sucuri ´e uma cobra. Logo, a sucuri tem asas.

Argumento v´alido com uma das premissas falsa, e conclus˜ao falsa.

Se a conclus˜ao n˜ao decorre das premissas, dizemos que o argumento ´e inv´alido ou sofisma. Exemplos:

1) Se o n´umero ´e m´ultiplo de 4, ent˜ao ´e m´ultiplo de 2. O n´umero ´e m´ultiplo de 2. Logo, tamb´em ´e m´ultiplo de 4.

2) Se ´e p´assaro, ´e mortal.

Eu sou mortal. Portanto, eu sou um p´assaro.

A validade do argumento depende exclusivamente do relacionamento l´ogico entre as premissas e a conclus˜ao. A L´ogica n˜ao se ocupa de verificar se as premissas s˜ao verdadeiras; o objetivo da L´ogica ´e verificar se o argumento ´e estruturado de forma tal que, independentemente dos valores l´ogicos das proposi¸c˜oes simples envolvidas, a veracidade das premissas implica na veracidade da conclus˜ao. 20 33 Método Dedutivo Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

(34)

Para provar que um argumento ´e v´alido, devemos verificar que P1∧ P2∧ ... ∧ Pn → Q ´e

uma tautologia. Isso pode ser feito por meio das tabelas-verdade, mas o processo ficaria de-masiadamente longo se um grande n´umero de proposi¸c˜oes simples estiver envolvido. Podemos ent˜ao recorrer ao m´etodo dedutivo, que consiste em obter a conclus˜ao a partir das premissas e de uma cadeia de equivalˆencias e inferˆencias que atuam sobre as hip´oteses, criando novas proposi¸c˜oes at´e que se obtenha a tese, provando o resultado.

Exemplos: Verificar se os seguintes argumentos s˜ao v´alidos, usando o m´etodo dedutivo. a) Se n˜ao terminar o trabalho, ent˜ao durmo mais cedo. Se dormir mais cedo, descansarei. N˜ao descansei. Logo, terminei o trabalho.

Podemos reescrever o argumento acima na forma da l´ogica proposicional da seguinte forma:

∼ p → q (hip´otese 1) q→ r (hip´otese 2) ∼ r (hip´otese 3) p (Tese) Onde: p : Termino o trabalho. q : Durmo mais cedo. r : Descanso.

Devemos provar que (∼ p → q) ∧ (q → r)∧ ∼ r ⇒ p

1. ∼ p → q (hip´otese) 2. q→ r (hip´otese) 3. ∼ r (hip´otese) 4. ∼ q (2, 3, Modus Tollens) 5. ∼ (∼ p) (1, 4, Modus Tollens) 6. p (5, Dupla nega¸c˜ao)

b) [Gersting, 2004, p.26] Se o programa ´e eficiente, ele executar´a rapidamente. Ou o pro-grama ´e eficiente ou ele tem um erro. No entanto, o propro-grama n˜ao executa rapidamente. Portanto o programa tem um erro.

E: o programa ´e eficiente.

R: o programa executa rapidamente. B: o programa tem um erro.

(E→ R) ∧ (E ∨ B)∧ ∼ R ⇒ B 21 LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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35 Quantificadores e Predicados Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. 1. E→ R (hip´otese) 2. E∨ B (hip´otese) 3. ∼ R (hip´otese) 4. ∼ E (1, 3, Modus Tollens) 5. B (2, 4, tautologia E∨ B∧ ∼ E ⇒ B )

c) [Gersting, 2004, p.26] R´ussia tinha um poder superior e, a Fran¸ca n˜ao era forte ou Napole˜ao cometeu um erro. Napole˜ao n˜ao cometeu um erro, mas se o ex´ercito n˜ao tivesse falhado, a Fran¸ca seria forte. Portanto, o ex´ercito falhou e a R´ussia tinha um poder superior. R: A R´ussia tinha um poder superior.

F: A Fran¸ca era forte. N: Napole˜ao cometeu um erro. E: O ex´ercito falhou.

O argumento ´e portanto: [R∧ (∼ F ∨ N)]∧ ∼ N ∧ (∼ E → F ) ⇒ E ∧ R.

1. R∧ (∼ F ∨ N) (hip´otese) 2. ∼ N (hip´otese) 3. ∼ E → F (hip´otese) 4. R (1, Lei de simplifica¸c˜ao ) 5. ∼ F ∨ N (1, Lei de simplifica¸c˜ao) 6. ∼ F (5, 2, silogismo disjuntivo) 7. ∼ (∼ E) (3, 6, Modus Tollens) 8. E (7, dupla nega¸c˜ao) 9. E∧ R (8, 4, conjun¸c˜ao)

Quantificadores e Predicados

A L´ogica proposicional n˜ao ´e suficiente para simbolizar qualquer tipo de senten¸ca, pois tem uma possibilidade limitada de express˜oes.

Por exemplo:

• “Para todo x, y, x + y > 3”

• “Existem crian¸cas que n˜ao gostam de chocolate.” • “Todo computador do Laborat´orio 2 est´a com v´ırus.”

(36)

N˜ao ´e poss´ıvel simbolizar tais senten¸cas adequadamente usando apenas vari´aveis proposi-cionais, parˆenteses e conectivos l´ogicos, pois elas contˆem elementos novos (“para todo”, “para cada”, “para algum”) que s˜ao ligados ao conceito de predicados e quantificadores, que definire-mos posteriormente.

Uma senten¸ca aberta ´e uma express˜ao que depende de uma ou mais vari´aveis. O valor verdade dessas senten¸cas s´o fica determinado quando os valores das vari´aveis forem identifica-dos. (Logo, senten¸cas abertas n˜ao s˜ao proposi¸c˜oes).

Uma senten¸ca aberta tamb´em pode ser denominada proposi¸c˜ao aberta ou fun¸c˜ao

proposi-cional.

Exemplos:

a) y + 2 ´e maior que 5. b) x ´e um n´umero ´ımpar.

c) O computador x do Laborat´orio 1 est´a funcionando adequadamente. d) O quadrado de y ´e 81.

Observamos que a senten¸ca do exemplo (a) ser´a verdadeira se y for um n´umero maior que 3, mas ser´a falsa se y≤ 3.

Chamamos conjunto universo (U) ou dom´ınio de interpreta¸c˜ao o conjunto de objetos dos quais a vari´avel pode ser escolhida. Para os exemplos acima, o conjunto universo do item (c) s˜ao os computadores do Laborat´orio 1, e o conjunto universo para o item (d) s˜ao n´umeros

23 ©shutterstock LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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inteiros.

Numa senten¸ca aberta, a propriedade ou relacionamento entre objetos (ou vari´aveis) ´e chamada predicado. Denotaremos um predicado qualquer associado a uma vari´avel x por

P (x).

Por exemplo, na senten¸ca “P (x) = x ´e n´umero primo”, a propriedade da vari´avel x ´e “ser primo”. Temos que P(7) ´e verdadeira e P(18) ´e falsa, pois 7 ´e um n´umero primo e 18 n˜ao.

Chama-se Conjunto-Verdade (VP) de uma senten¸ca P (x) o conjunto de valores da vari´avel

no Universo para os quais a senten¸ca ´e verdadeira, ou seja,

VP ={a ∈ U | V [P (a)] = V }

Por exemplo, seja U ={0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e a express˜ao “x ´e par” representada por P(x).

Temos ent˜ao VP={0, 2, 4, 6}.

Para predicados que envolvem mais vari´aveis, a ordem em que as vari´aveis aparecem ´e im-portante. Por exemplo, se P(x,y) indica que x ´e predador de y, n˜ao podemos dizer que y ´e predador de x (ou seja, que vale P(y,x)).

Uma outra maneira de transformar senten¸cas abertas em proposi¸c˜oes ´e por meio da uti-liza¸c˜ao de quantificadores. Quantificadores s˜ao frases do tipo “para todo”, “para cada” ou “para algum”, isto ´e, frases que dizem “quantos objetos” apresentam determinada propriedade. A ´area da L´ogica que estuda predicados e quantificadores ´e denominada de c´alculo de predicados.

Quantificador Universal: ´e simbolizado por “∀” e lˆe-se “para todo”, “para qualquer” ou “para cada”. Uma proposi¸c˜ao do tipo “Para todo x, P (x) ” ´e simbolicamente representada por

(∀x)(P (x)).

Quantificador Existencial: simbolizado por “∃”, ´e lido como “existe um”; “h´a pelo menos

um”; “para ao menos um”; “para algum”. Uma proposi¸c˜ao do tipo “Existe um x tal que P (x)” pode ser escrita simbolicamente como (∃x)(P (x)).

Exemplos:

Simbolizar as proposi¸c˜oes:

a) Para todo x, existe um y tal que x + y < 0:

(∀x)(∃y)(x + y < 0) 24 37 Quantificadores e Predicados Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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LÓGICA MATEMÁTICA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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b) Existe um x e existe um y tal que x.y ´e racional: (onde x.y indica o produto de x por y)

(∃x)(∃y)[(x.y) ∈ Q]

c) Para todo x, se x ´e negativo, ent˜ao existe y positivo tal que x + y = 0:

(∀x)[x < 0 → (∃y)(y > 0 ∧ x + y = 0)]

d) Somente os m´edicos podem solicitar exames.

Indicando por M(x): x ´e m´edico e E(x): x pode solicitar exames, a senten¸ca pode ser reescrita como:

Para todo x, se x pode solicitar exames, ent˜ao x ´e m´edico: (∀x)(E(x) → M(x)). e) Todo dia que ´e ensolarado n˜ao ´e chuvoso.

Considerando os s´ımbolos predicados D(x): x ´e um dia; E(x): x ´e ensolarado e C(x): x ´e chuvoso, ent˜ao podemos reescrever a proposi¸c˜ao como:

(∀x)[D(x) ∧ E(x) →∼ C(x)]

Nega¸c˜

ao de Senten¸cas Quantificadas

Consideremos a seguinte senten¸ca: “Todos os insetos tˆem asas”. Sua nega¸c˜ao ser´a “N˜ao ´e verdade que todos os insetos tˆem asas”, ou “Alguns insetos n˜ao tˆem asas”, ou ainda, “Existem insetos que n˜ao tˆem asas”.

A nega¸c˜ao de “Existem crian¸cas obesas” ´e “Nenhuma crian¸ca ´e obesa”, ou “Toda crian¸ca n˜ao ´e obesa”, ou “Qualquer crian¸ca n˜ao ´e obesa.”

Resumindo:

∼ [(∀x)(P (x))] ≡ (∃x)(∼ P (x))

e

∼ [(∃x)(P (x))] ≡ (∀x)(∼ P (x))

Exemplo: Considere a senten¸ca “Dados x, y∈ R, se x < y, ent˜ao x2< y2.”

(39)

39 Considerações Finais Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

a) Com o uso de s´ımbolos predicados e quantificadores apropriados, escrever simbolicamente a senten¸ca:

(∀x)(∀y)(x < y → x2< y2).

b) Escrever, simbolicamente e em linguagem usual, a nega¸c˜ao da senten¸ca dada.

(∀x)(∀y)(x < y → x2< y2) ≡ (∃x) ∼(∀y)(x < y → x2< y2) ≡ (∃x)(∃y) ∼(x < y→ x2< y2) ≡ (∃x)(∃y)x < y∧ ∼ (x2< y2) ≡ (∃x)(∃y)x < y∧ (x2 ≥ y2). “Existem x e y, com x < y e (x2≥ y2)”.

Considera¸c˜

oes Finais

O desenvolvimento de software ´e uma atividade de crescente importˆancia na sociedade atual, e a necessidade de solu¸c˜oes computadorizadas surgem nas mais diversas ´areas do conhecimento humano.

Ao iniciar o curso, o aluno ´e preparado para resolver pequenos problemas por meio da programa¸c˜ao e da estrutura de dados, para posteriormente tratar de problemas mais complexos, o que exigir´a maiores conhecimentos e habilidades. Para isso, o racioc´ınio l´ogico deve ser desenvolvido, pois facilita a busca por uma solu¸c˜ao que seja coerente, efetiva e eficaz, o que geralmente n˜ao ´e t˜ao simples.

Sendo a L´ogica o estudo dos mecanismos do pensamento, ´e natural que ela ocupe um papel de destaque na Computa¸c˜ao, tendo aplica¸c˜ao em diversas ´areas tais como banco de dados; circuitos integrados; inteligˆencia artificial; sistemas computacionais (hardware e software) e sistemas distribu´ıdos. Como a L´ogica possui uma linguagem simb´olica pr´opria, torna-se poss´ıvel a utiliza¸c˜ao de recursos computacionais no tratamento de enunciados e argumentos, visto que os computadores digitais se mostram bastante adequados `a manipula¸c˜ao de s´ımbolos, enquanto apresentam extrema dificuldade no tratamento de linguagem natural. Nesta unidade fizemos estudo dos conectivos l´ogicos “e”, “ou” e “n˜ao”, oferecidos pela maioria das linguagens de programa¸c˜ao, e observamos que os valores-verdade de proposi¸c˜oes compostas dependem dos valores de seus componentes e dos conectivos usados. Tamb´em foi exemplificado como as implica¸c˜oes e equivalˆencias l´ogicas auxiliam na simplifica¸c˜ao de express˜oes mais complexas, permitindo que um c´odigo se torne mais simples de ser entendido e executado em menor tempo. As linguagens de programa¸c˜ao s˜ao constitu´ıdas em fun¸c˜ao da l´ogica de predicados, e a l´ogica formal ´e essencial para o curso, da´ı a importˆancia do estudo dos t´opicos dessa unidade.

(40)

Atividades de Autoestudo

1) Sabendo que p ´e uma proposi¸c˜ao verdadeira, determine se as afirma¸c˜oes abaixo s˜ao ver-dadeiras (V) ou falsas (F):

a) p∧ q ´e verdadeira, qualquer que seja q;

b) p∨ q ´e verdadeira, qualquer que seja q.

c) p∧ q ´e verdadeira s´o se q for verdadeira.

d) p→ q ´e falsa, qualquer que seja q.

e) p→ q ´e verdadeira, quaisquer que sejam p e q.

f) p↔ q ´e verdadeira s´o se q for verdadeira.

2) Sabendo que os valores l´ogicos das proposi¸c˜oes p, q, r e s s˜ao respectivamente F, V, V e F, determinar o valor l´ogico (V ou F) das seguintes proposi¸c˜oes compostas:

a) (p∧ (∼ q → q))∨ ∼ ((r ↔∼ q) → (q∧ ∼ r)).

b) (p∧ q)∨ ∼ s →∼ (q ↔∼ r).

c) (p∧ q −→ r) ∨ (∼ p ↔ q∨ ∼ r).

d)∼ (r → (∼ r → s)).

3) Determine o valor l´ogico (V ou F) de cada uma das seguintes proposi¸c˜oes, justificando a resposta:

a) (p↔ q)∧ ∼ r ; sabendo que V (p) = V e V (r) = V .

b) p∧ q → p ∨ r ; sabendo que V (p) = V e V (r) = F .

c) (p→∼ q) ∧ (∼ p∧ ∼ r) ; sabendo que V (q) = F e V (r) = V .

4) Um conectivo muito muito importante para projetos de circuitos l´ogicos ´e o operador n˜ao

-e ou nand, que denotaremos por, definido por p  q = ∼ (p ∧ q). De maneira an´aloga,

temos o operador n˜ao-ou ou nor, que denotaremos por, definido por p  q = ∼ (p ∨ q). Construa as tabelas-verdade dos operadores e .

5) Dˆe a nega¸c˜ao das seguintes proposi¸c˜oes:

a) Linux ´e um software livre e Pascal ´e uma linguagem de programac¸c˜ao. b) Todos os homens s˜ao bons motoristas.

c) Se T ´e um trap´ezio, ent˜ao T ´e um quadril´atero. d) O processador ´e r´apido, mas a impressora ´e lenta. e) Se o processador ´e r´apido, ent˜ao a impressora ´e lenta. f) Existem n´umeros pares que n˜ao s˜ao m´ultiplos de 2.

(41)

g) ´E suficiente cantar para estar vivo. h) Toda solu¸c˜ao de x2

− 6 = 0 ´e positiva.

i) Alguns inteiros s˜ao pares ou divis´ıveis por 5.

j) Windows ´e um editor de textos e Pascal ´e uma planilha eletrˆonica.

6) Determine o valor-verdade (V) ou (F) de cada uma das seguintes proposi¸c˜oes, con-siderandoR como conjunto universo:

a) (∀x)(∀y)(x + 6 < y + 10).

b) (∀x)(∃y)(x.y n˜ao ´e par).

c) (∃x)(∀y)(x2> y).

d) (∀x)(∃y)(x2> y).

7) Use l´ogica proposicional para provar a validade dos seguintes argumentos, indicando as proposi¸c˜oes envolvidas:

a) (Gersting, 2004 p.23) “Se seguran¸ca ´e um problema, ent˜ao o controle ser´a aumentado. Se seguran¸ca n˜ao ´e um problema, ent˜ao os neg´ocios na Internet ir˜ao aumentar. Portanto, se o controle n˜ao for aumentado, os neg´ocios na Internet crescer˜ao.”

b) “Se o produto ´e bom, ganha o concurso. Se o produto n˜ao ´e bom, o l´ıder do grupo ´e culpado. Se o produto ganha o concurso, a equipe fica contente. A equipe n˜ao est´a contente. Logo, o l´ıder ´e culpado.”

Leitura Complementar

O que ´e L´ogica? Arist´oteles, na Gr´ecia Antiga, foi um dos pioneiros da chamada l´ogica

for-mal, apresentando regras para que um racioc´ınio esteja encadeado corretamente, chegando a conclus˜oes verdadeiras a partir de premissas verdadeiras.

No entanto, no s´eculo XIX, alguns matem´aticos e fil´osofos - dentre eles George Boole (1815-1864), Augustus De Morgan (1806-1871), Gottlob Frege (1848-1925), Bertrand Russell (1872-1970) e Alfred North Whitehead (1861-1947) - come¸caram a perceber que a l´ogica formal era insuficiente para alcan¸car o rigor necess´ario no estudo da matem´atica, pois essa se apoiava na linguagem natural - aquela que utilizamos no cotidiano, como a l´ıngua portuguesa -, que ´e bastante imprecisa e tornaria a l´ogica vulner´avel a erros de dedu¸c˜oes. Come¸caram, ent˜ao, a criar a l´ogica simb´olica, formada por uma linguagem estrita e universal, constitu´ıda por s´ımbolos espec´ıficos.

Entendemos por linguagem um conjunto de s´ımbolos (geralmente visuais ou sonoros) que, dependendo da maneira como s˜ao dispostos em sequˆencia, apresentam signicados distintos.

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