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Couto, Aires Pereira do Universidade Católica Portuguesa, Departamento de Letras. URI:

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Academic year: 2021

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O nosso director

Autor(es):

Couto, Aires Pereira do

Publicado por:

Universidade Católica Portuguesa, Departamento de Letras

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/23644

Accessed :

3-May-2021 15:37:02

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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MÁTHESIS 13 2004 XIII-XV

O NOSSO DIRECTOR

Nihil est annis uelocius (“nada é mais veloz que os anos”) diz

Ovídio nas Metamorfoses (10. 520). E é verdade. Acabo, mais uma vez, de comprovar a veracidade destas palavras. De facto, parece-me que foi há tão pouco tempo que tive o privilégio de ter o Professor Manuel de Oliveira Pulquério como mestre nas cadeiras de Literatura Grega e de Grego III. Mas a verdade é que já passaram vinte anos! E hoje – quem diria?! – eis-me a participar, na qualidade de Director da Faculdade de Letras, na merecida homenagem ao Professor Manuel de Oliveira Pulquério, para sempre o nosso Director.

O Professor Manuel de Oliveira Pulquério é um dos vultos mais marcantes que passaram por esta Faculdade e de quem tive a honra de ter sido não só seu aluno, mas também, anos mais tarde, e durante sete anos, seu Adjunto na Direcção da Faculdade de Letras. Agora incumbiram-me da ingente e difícil tarefa de o substituir no cargo de Director da Faculdade de Letras, cargo que ele teve de deixar por uma única razão: ter atingido o limite de idade imposto pela UCP para poder desempenhar cargos de direcção. O tempo é mesmo inexorável, por muito que lhe supliquemos para que não o seja!

Mas a vida é mesmo assim, por isso gostaria de confessar que me é particularmente grato ter a oportunidade de poder manifestar publicamente os meus sentimentos de gratidão, de admiração sincera e de profundo apreço pelo Professor Manuel de Oliveira Pulquério, uma figura que marcou, de forma indelével, esta casa ao longo de vinte anos, não só como distinto mestre, mas também pela singular elevação, dedicação e humanidade com que exerceu os diferentes cargos académicos que lhe foram confiados, dos quais destaco os de Director e Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Letras. A estes sentimentos – que, tenho a certeza, são também partilhados por todos aqueles que tiveram a fortuna de com ele contactar e sentir a

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AIRES DO COUTO

XIV

sua afabilidade e humanidade – gostaria de acrescentar um outro, mais pessoal: o da amizade. É, de facto, para mim motivo de grande orgulho poder contar com a amizade do Doutor Pulquério, uma amizade verdadeira, como aquela que Cícero define no seu tratado Da

Amizade (8. 26): aquela que “nada tem de fingido, de simulado, que é

verdadeira e espontânea”, e especial – acrescentaria eu – porque, como diz Oscar Wilde, “toda a gente é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo, mas ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada”. O Doutor Pulquério, meu caríssimo Amigo, é, indubitavelmente, possuidor dessa natureza muito delicada a que se refere o escritor irlandês.

O Professor Manuel Pulquério deixou, oficialmente, de ser o nosso Director e deixará, infelizmente, de ser – mais uma vez pelo implacável limite de idade administrativamente imposto – professor da Faculdade de Letras no final deste ano lectivo. Mas há algo que perdurará ad aeternum: o seu nome ficará indissoluvelmente ligado à criação da Faculdade de Letras, como seu fundador e primeiro Director, e não se regatearão esforços para que, seguindo o seu exemplo, e dando continuidade à obra que ele iniciou, ela possa continuar a granjear do prestígio alcançado, de tal modo que, quando dela se quiser falar, seja possível fazer uso das palavras de Horácio, dizendo orgulhosamente que ela é:

(...) monumentum aere perennius regalique situ pyramidum altius,

quod non imber edax, non Aquilo impotens possit diruere aut innumerabilis

annorum series et fuga temporum. (Ode 3. 30. 1-5) (“um monumento mais duradouro do que o bronze, mais alto do que a real construção das pirâmides, que nem a chuva voraz, nem o Aquilão, impotente, nem a série inumerável dos anos e a fuga dos tempos poderão destruir.”)

São palavras hiperbólicas, dirão. Talvez sejam. Talvez não passem de um sonho. Mas, como diz Sebastião da Gama:

Pelo Sonho é que vamos, Comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, Pelo Sonho é que vamos.

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O NOSSO DIRECTOR XV

Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo Que talvez não teremos, Basta que a alma demos, Com a mesma alegria,

Ao que desconhecemos e ao que é do dia-a-dia. Chegamos? Não chegamos?

– Partimos. Vamos. Somos!

Referências

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