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Jacques Delors (1998)

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“À educação cabe fornecer, de algum modo, os

mapas de um mundo complexo e

constante-mente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola

que permite navegar através dele”.

Jacques Delors (1998)

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CAPÍTULO 1

A VIAGEM

A euforia havia tomado conta daquela pequena escola. Em plena quinta-feira, uma classe inteira do terceiro ano do Ensino Médio estava indo viajar. Está certo que a Escola Construindo tinha apenas uma classe de terceiro ano, e com apenas quinze alunos na turma. Mas o fato era que, de um concurso reali-zado em todo o estado de São Paulo, com a presença de todas as escolas, esta pequena classe havia alcançado o primeiro lugar e o prêmio: um mini-cruzeiro de quatro dias.

O barco saía às 11horas da manhã de quinta-feira do porto de Santos. Mesmo assim, faltando 15 minutos para as 10 horas, já estavam todos os alunos por lá. Muitos familiares também foram prestigiar aquele momento histórico. O tempo não estava exatamente uma maravilha, mas quem se importava?

Era só curtição. Depois de uma longa e trabalhosa jornada de estudos e de árduo trabalho, eles haviam conquistado o direito de estar ali.

O barco saiu às 11horas em ponto. Na tripulação estavam apenas os alunos, o professor Frederico, de Física, e Jonas, um oficial da marinha, que seria o capitão e o responsável pela condução do barco. Era um barco simples. Não existia aquele luxo dos cruzeiros turísticos, mas era perfeito! O percurso era bem conhecido: Santos, Búzios, Angra dos Reis, Santos.

Os deuses do tempo é que resolveram não cooperar aquele dia. Tudo es-tava azul, menos o céu. Eses-tava cinzento e carregado. Poderia chover a qualquer momento.

O início da viagem foi bem tranqüilo. A maré estava mansa, apesar dos ventos e da ameaça de chuva. Mas esta tranqüilidade toda tinha hora para termi-nar.

Até começar a chover!

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assim tão maravilhosa. A tripulação não acreditava no que estava por vir. Até que a primeira noite passou de maneira agradável. O barco teve lá seus momentos de dificuldade, principalmente quando ventava muito forte. Mas ele suportou bem.

Na sexta-feira, porém, quando começou uma verdadeira tempestade, com uma correnteza enorme e a visibilidade a quase zero, o barco se perdeu. Todos começaram a ficar com medo. O que parecia apenas uma pequena infeli-cidade começou a se tornar um terrível pesadelo. Jonas tentava de tudo, mas em vão.

Percebendo que as dificuldades só aumentavam, ele gritou para todos: -- Chequem imediatamente os seus coletes salva-vidas!

O barco não obedecia. Pior! O rádio parou de funcionar. Após horas tentando retomar o caminho, Jonas resolveu pegar o bote e voltar ao porto para buscar ajuda. O professor Frederico assumiria o posto de capitão do barco.

Neste momento, a embarcação já estava cheia de água. O professor até que estava conseguindo se virar; mas, quando uma onda gigante apareceu bem na frente do barco, foi fatal. O naufrágio foi inevitável!

Tudo foi por água abaixo, literalmente. O professor e os alunos tiveram que nadar até uma ilha próxima. A sorte deles foi que a ilha estava realmente próxima.

A preocupação de todos era que ninguém se perdesse ou se afogasse. Após várias braçadas, enfim chegaram. Estavam todos em terra firme! A turma toda chorava muito. Estava em estado de agonia total. De repente, um grito altís-simo assustou a todos:

-- Ai!

-- O que foi Mônica? -- perguntou o professor.

-- Um siri, que mais parece uma aranha gigante -- ela respondeu.

A turma toda caiu na risada e, por incrível que possa parecer, aquele grito de susto acabou amenizando o sofrimento do grupo.

A noite já estava chegando e o professor, sem saber o que fazer, reuniu os alunos e perguntou:

-- Alguém tem alguma idéia?

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-- Temos que sobreviver hoje. Esta noite! Amanhã veremos o que fazer para ir pra casa. Possivelmente, já deve haver algumas pessoas tentando nos encontrar.

-- Ok! Mas o que faremos? -- perguntou o professor.

-- Tenho uma idéia! -- exclamou Jorge. Vamos nos dividir em grupos. Um grupo vai procurar alguma coisa para comermos. Outro grupo vai procurar um lugar seguro para passarmos a noite. Enquanto isso, o terceiro grupo vai pegar madeira e folhas para fazermos uma fogueira e, quem sabe, construirmos um barco para voltarmos para casa! -- ele completou.

-- Vamos lá! -- disse o professor Fred.

A divisão aconteceu naturalmente. Cada aluno escolhia em qual grupo ficaria. Afinidades com este ou aquele, com o trabalho que estaria por vir, com experiências e conhecimentos foram os motivos que determinaram os agrupa-mentos.

O professor Frederico, que estava no terceiro grupo, ordenou que vol-tassem àquele mesmo ponto duas horas depois. Assim, eles partiram para suas tarefas.

O primeiro grupo trouxe bananas e cocos. O segundo, encontrou uma espécie de cabana, formada por pedras e árvores, e que diminuía a ação do vento, que ainda era muito forte.

O terceiro grupo trouxe muita madeira, folhas e cipós. Pela quantidade trazida, ficava evidente que os atletas da turma haviam escolhido este grupo.

Quando se reencontraram, duas horas depois, a alegria era tanta que eles nem pareciam estar perdidos.

Naquele momento, não havia mais hierarquia ou qualquer tipo de desi-gualdades sociais e intelectuais. Todos estavam despidos dessas ilusões e sepa-rações. Estavam “no mesmo barco”. Todos na mesma situação. Você e eu sabemos que o barco não existia mais. Todo conhecimento, fosse ele de ordem técnica, contribuindo para a sobrevivência de todos, ou de ordem afetiva, com o objetivo de confortar o coração daqueles que lá estavam, era bem vindo e valorizado.

Só havia alguns probleminhas! Como iriam acender a fogueira? Como iriam abrir os cocos para tomar água e comer?

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A turma toda sabia que ali havia só uma pessoa capaz de ajudá-los neste momento. Era o Juliano. O apelido dele era Mcgyver. Ele tinha solução para tudo. Além disso, se você estivesse precisando de algo, ele tinha.

Quase como se tivessem combinado, todos olharam para ele, esperando que se pronunciasse a respeito. Ele começou a tatear os bolsos e as meias, e não decepcionou. Nas meias estavam um isqueiro Zipo e um canivete suíço.

A turma toda aplaudiu o amigo.

-- Esse é o nosso Mcgyver! -- gritou Rubinho.

A fogueira foi feita na entrada da “cabana”. O combinado era que, a cada duas horas, uma dupla ficaria de guarda ao lado da fogueira, para acenar a al-gum resgate que pudesse aparecer.

Todos comeram e tomaram água de côco. Ninguém estava com muita fome. Minutos depois, eles foram se deitando. Um a um. O cansaço era enorme. Amanheceu e nenhum sinal de resgate.

-- Vamos começar a construir um barco. -- disse Rubinho. -- Vamos lá! -- disse o professor.

-- Que barco iremos construir? -- perguntou Aninha. -- Uma jangada. -- respondeu Frederico.

-- Eu li, na internet, que a jangada é um dos barcos que melhor navega contra o vento. Sua vela triangular e o formato parabólico de seu corpo fazem com que ela se mantenha estável, mesmo com grandes pressões.

-- É o mesmo princípio que mantém os aviões no ar. -- disse João. Um enorme silêncio de admiração tomou conta de todos, sendo queb-rado apenas quando o professor Frederico sorriu para ele e disse:

-- Parabéns! Grande garoto! E continuou:

-- Tragam os materiais. Vamos por mão à obra.

Madeiras, cipós, folhas e o canivete suíço do Mcgyver eram o que eles tin-ham. Era quase impossível construir uma jangada com apenas isso. Impossível? Não para uma classe que venceu um concurso de ciências, onde todas as escolas estavam presentes. Além disso, sobrava entusiasmo naquele grupo. Eles sabiam que podiam! Cada um sabia o valor que tinha para o grupo, principalmente naquela situação.

Muitas horas depois, como num milagre, a embarcação estava pronta. Era hora de partir. Empurrar a jangada ficou por conta dos atletas. Dois deles, o Vice-nte e o Mário, tinham morado um ano no Canadá e lá tiveram oportunidade de competir em corridas de trenó. Eles se ofereceram para lançar a jangada ao mar. Havia muitas ondas e o vento parecia não ter fim. Por sorte não chovia.

A alegria foi enorme, quando, todos em cima da jangada, esta conseguiu atravessar a arrebentação. Maior ainda quando, horas depois, navegando, eles avistaram um navio a uma certa distância.

Foi uma mistura de risos, gritos e lágrimas. Todos deram as mãos e, como se estivessem em prece, agradeceram unidos o acontecimento.

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CAPÍTULO 2

A DESCOBERTA

Toc! Toc!

Um barulho interrompeu um longo período de silêncio. -- Pois não, Dona Elza! -- disse o professor Sérgio.

-- Haverá reunião, às 16h30min, na minha sala. -- disse a diretora. -- Ok! -- respondeu o professor, olhando no relógio.

-- Conte o final da história! Por favor! -- suplicaram os alunos.

A classe retomou o silêncio absoluto. A diretora Elza, antes de se retirar da sala, fez questão de perguntar:

-- Será que entrei na sala errada? Esta nãi é a classe do terceiro ano? -- Sim! -- respondeu o professor.

-- Nossa! Como foi que você conseguiu fazer com que eles ficassem em tamanho silêncio? -- perguntou estupefata a diretora.

-- Nada de especial! Eu apenas estou lhes contando uma história. --re-spondeu Sérgio.

-- Quero ouvi-la também. -- disse a diretora, fechando a porta e saindo da sala.

-- Professor, por favor! Conte-nos o final. -- implorou Clarinha. -- Então, vamos lá! -- disse o professor Sérgio.

Naquele instante, para tristeza geral, o sinal do fim da aula soou bem alto, iniciando um enorme alarido dentro da sala:

-- Aaaaaaaaaaah! -- resmungaram os alunos.

Ninguém saía da sala, esperando que o professor “tirasse de sua cartola” uma solução para aquela situação. Assim ele o fez.

-- Pessoal, cada um de vocês, vai escrever um final para a nossa história e, na próxima aula, iremos ler. O que acham? -- perguntou o professor.

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--Tudo bem. Dividam-se em quatro grupos. Até a semana que vem. -- despediu-se o professor com um enorme sorriso.

Os alunos começaram a deixar a sala. Clarinha aproximou-se do professor e perguntou:

-- Sérgio, esta história não tem nome?

-- Ainda não. Que nome você daria? -- perguntou ele.

-- UM TESOURO A DESCOBRIR NO BARCO QUE NAUFRAGOU. – disse ela. -- Um título bem interessante! Boa semana, Clarinha! – despediu-se o professor.

CAPÍTULO 3

A REUNIÃO

O professor Sérgio pegou suas coisas e rapidamente dirigiu-se à sala da diretora Elza. A reunião com os professores e técnicos começaria em instantes. Mal ele entrou na sala e Dona Elza disse:

-- Parem de reclamar! O Sérgio conseguiu. Perguntem para ele.

-- As classes do ensino médio estão cada vez piores. -- reclamou a profes-sora Luiza.

-- Isso é verdade. Eles são muito bagunceiros e agitados. Não param quietos, não prestam atenção em nada do que estamos dizendo. -- completou o professor Gilberto.

-- Ah! Não! Não é verdade. – discordou Sérgio e continuou:

-- Eu sempre imagino a seguinte situação: hoje tenho 35 anos, e meus alunos têm em média 13 anos. No próximo ano, terei 36 e eles 13 anos. Pretendo continuar lecionando por toda a minha vida e, quando eu tiver 45, eles continu-arão a ter 13 anos. Eles são jovens. Isto é normal nesta fase da vida. Nossas aulas deveriam ser mais interessantes. Para isso deveríamos saber quem são eles, de onde vêm e como eles vêm. As informações hoje em dia estão muito mais rápi-das do que em nossas épocas. O mundo está menor, então o alcance dos nossos braços é maior. Esta é a realidade deles. A internet, por exemplo, pode ter toda a teoria que estamos propondo em nossas aulas.

A diferença vai estar em como vamos passar esses conteúdos e em como vamos construir esse conhecimento junto com eles. Eles são partes do processo e não o fim.

Uma informação virtual, ou de qualquer outra natureza, nunca irá sub-stituir o vínculo e a importância que o professor tem com os alunos. Eu ainda acredito que este vínculo é milagroso. Mas é milagroso para ambos e não só para os alunos.

A pergunta é: “Como vamos entreter este novo aluno que entrou em

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nossa sala?”

E a resposta é simples: Se eu conhecer o universo deles, posso orientá-los e fazê-los pensar e investigar, o que é muito significativo. Eu apenas tenho que ser mais criativo.

Os professores ficaram em silêncio, pensando no que Sérgio havia dito. Dona Elza, então, disse:

-- Este é o caminho, Sérgio.! Professores! Acabo de voltar de um Con-gresso no Piauí, trazendo bastante material para estudarmos, debatermos e repensarmos como vamos fazer para multiplicar esta nova visão de Educação. Tenho certeza de que tenho uma equipe de profissionais com o perfil certo para colocar em prática estas abordagens. Segundo Edgar Morin, em “Os sete saberes necessários à Educação do Futuro”, é preciso restaurar o que chamamos de Edu-cação. As disciplinas têm tornado a Educação desintegrada, o que torna impos-sível trabalhar um aluno como um ser humano completo. Temos que recriar esse elo Educação-Indivíduo. Não iremos acabar com as disciplinas, mas temos que estabelecer um norte, para que cada disciplina se encaixe com as necessidades, interesses e aspirações de cada indivíduo e para que ela se encaixe também com o que o mundo está nos mostrando.

-- Mas isso não vai nos trazer muitas incertezas? -- perguntou a professora Regina.

-- O livro desenvolvido por Edgar Morin, fala exatamente sobre isso. É pre-ciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos de certezas. Temos que assumir riscos, para que nosso aluno torne-se alguém capaz de enfrentar com coragem, ética e competência, os imprevistos que a vida irá lhe trazer. -- respondeu a diretora.

-- Eu tenho este livro. Ele realmente nos desafia e nos mostra o quanto podemos ser mais eficazes na construção de uma pessoa mais íntegra. -- acres-centou o professor Gonçalo e continuou:

-- Howard Gardner diz que a teoria das Inteligências Múltiplas, desenvolv-ida no início da década de 1980, ainda que não tenha modificado os tradicionais conceitos de definição de inteligência, alteram, de forma extremamente sensível, a compreensão sobre como aprendemos e não aprendemos, mas principal-mente substitui a concepção de que possuímos apenas uma inteligência.

Derru-ba-se o mito de que a transmissão de informações pode tornar pessoas recepto-ras mais inteligentes e descobre-se que somos repletos de diversas e diferentes inteligências, cada uma das mesmas sensíveis a estímulos, o que pode realmente alterar a concepção que o ser humano faz de si mesmo e do mundo.

-- Você tem estudado, não é mesmo? Isto é muito bom, professor! --ex-clamou Dona Elza.

Ele apenas esboçou um sorriso, abaixando o rosto, que já estava ver-melho como um tomate. Obviamente todos os outros professores e instrutores, presentes na reunião, caíram na risada.

-- Onde você estudou isso? -- perguntou o professor Gilberto.

-- Está em um dos fascículos da coleção do Celso Antunes, intitulada “Na sala de Aula”. Se eu não me engano, é o fascículo três, cujo título é “Como desen-volver conteúdos explorando as inteligências múltiplas”.

-- Nesta mesma obra, Celso Antunes fala sobre os quatro pilares da Edu-cação. Alguém já leu ou ouviu a respeito? -- perguntou a Diretora Elza.

-- Já sim, claro! -- respondeu o professor Sérgio.

O professor Gonçalo, querendo evitar que seu rosto voltasse a ficar ver-melho, apenas balançou a cabeça afirmativamente.

A diretora Elza retirou alguns textos de sua pasta e distribuiu para os pro-fessores na sala. Olhando para o relógio, que já marcava 17h35min, rapidamente começou:

-- O primeiro pilar da educação no século XXI é “Aprender a conhecer”. Este pilar diz em poucas palavras que quem aprende a conhecer aprende a aprender, e isso é essencial para as relações interpessoais e os fundamentos de uma vida digna. É necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que este não seja efêmero, para que se mantenha ao longo do tempo e para que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar. Professores, eu sei que o nosso horário já está esgotado faz tempo, mas só queria terminar de falar sobre estes quatro pilares. Depois, deixo alguns livros e textos para quem quiser estudar mais a fundo e dispenso vocês.

-- Ok! -- foi a resposta dos professores e instrutores presentes.

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-- Bom! O segundo pilar é “Aprender a Fazer”. Não basta preparar-se com cuidado para inserir-se no setor do trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo espírito cooperativo e de hu-mildade na reelaboração conceitual e nas trocas, valores necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de certa dose de risco, saber comunicar-se e resolver conflitos.

O terceiro é “Aprender a Conviver”. Este pilar fala sobre a interdependên-cia e em como é indispensável, no mundo atual, aprender a viver com os out-ros, compreendê-los, administrar conflitos, participar de projetos comuns e ter prazer no esforço comum.

O último é “Aprender a Ser”. Aqui, Celso Antunes destaca a importân-cia de se desenvolver sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade, iniciativa e crescimento integral da pessoa em relação à inteligência. A aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando nenhuma das potencialidades de cada indivíduo.

Para terminar, Celso Antunes diz que o professor deve atuar como um facilitador, explicando, propondo habilidades diferentes e, desse modo, levando o aluno a construir como agente de sua própria aprendizagem. Tudo bem, pes-soal? – perguntou, ao final, a Diretora.

-- E quanto aquele Douglas, do terceiro ano? O cara é muito chato. Ele contesta tudo, sabe tudo, fica o tempo todo nos perturbando. -- perguntou a professora Magali.

-- Então, o que vamos fazer com ele? Ele está sob nossa responsabilidade. Somos ou não educadores? Vamos valorizar o que ele nos traz. Não devemos ver isso como algo ruim. Ele não quer nos desafiar ou ser contra nós. Não está pensando que somos umas porcarias de professores. Está nos indicando um caminho. Ele é um investigador. Um cara inteligente e interessado, que quer que a gente exija algo mais dele. Quer que a gente dê algo para ele pesquisar, para que se aprofunde em determinados assuntos. Isso é ótimo. -- disse o professor Sérgio.

-- Pessoal! Vocês são ótimos. Não tenho dúvidas disso. Apenas vamos refletir em como vamos trazer os alunos para atuarem conosco, e como vamos entretê-los. Reclamar disso ou daquilo nunca vai ser uma solução inteligente. Boa tarde a todos! -- finalizou a diretora Elza.

Os professores deixaram a sala da direção, mas o assunto continuou cam-inhando com eles pelos corredores do colégio.

-- A essa altura da vida, vou ter que rever os meus planejamentos. Sou professora há vinte anos e querem me ensinar a dar aulas? -- desabafou Regina, descendo as escadas.

-- Calma, querida! Não é nada disso. Apenas considere que os alunos hoje são outros, portanto, as necessidades deles também são outras. Seja criativa. -- disse o professor Gonçalo.

-- Está bem! Vou pensar nisso! Você pode me emprestar aquele livro do Edgar Morin? -- perguntou Regina.

-- Qual? Os sete saberes necessários à Educação do Futuro? -- perguntou Gonçalo.

-- Sim. Este mesmo! – disse ela.

-- Claro que sim. Hoje mesmo vou deixá-lo na portaria do seu prédio. -- Obrigada, Gonçalo! Até logo.

-- Até! -- despediu-se Gonçalo, com um enorme sorriso.

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CAPÍTULO 4

A AULA DA SEMANA QUE VEM

ENFIM CHEGOU

Foi uma daquelas semanas bem longas. A aula do professor Sérgio insis-tia em não chegar. Os alunos só falavam disso. Nos intervalos, em casa, na inter-net ou até por telefone, o assunto eram os finais daquela fascinante história.

Eles tiveram uma semana para elaborar um final à altura da emoção que sentiram na aula anterior. Foram formados quatro grupos e, por várias e várias vezes, seus integrantes se reuniram para escrever.

Enfim, após uma longa espera, a aula da semana que vem havia chegado. Estava frio naquele dia. Chovia e parava, chovia e parava. Nada que impedisse alguém de ir para o colégio, ou de não chegar no horário. Ao contrário! O sinal tocou e todos os alunos do terceiro ano já estavam na sala, esperando pelo pro-fessor.

-- Boa tarde, pessoal! -- disse Sérgio, ao entrar na sala. -- Boa tarde, professor! – a classe respondeu.

-- Fizeram a tarefa? – Sérgio perguntou.

-- Fizemos! -- novamente se ouviu o som da classe toda respondendo. -- Antes que os grupos leiam o trabalho, vou dar um rápido aviso: a sessão de cinema com debate ficou para daqui a quinze dias, no auditório do segundo andar. Anotem, por favor! -- disse Sérgio, que, seguida perguntou:

-- Bom, então vamos lá. Qual dos grupos quer ser o primeiro a ler o final da história?

-- Pode ser o nosso? -- Clarinha perguntou, erguendo o seu braço. -- Pode, sim. Venham aqui na frente. -- respondeu o professor.

Clarinha, Washington, Nenê, Sofia e Juliana levantaram-se e dirigiram-se para a frente da sala. Mas foi Clarinha quem se prontificou a ler o trabalho.

-- Estou um pouco nervosa, “Pssor”. -- disse ela.

-- Não se preocupe! Pode começar. -- disse Sérgio.

Com voz um pouco tremida no início, mas, depois, com voz firme ela começou:

Todos estavam muito emocionados. Aquele navio estava vindo para resgatá-los.

Eles estavam salvos!

Mesmo sabendo disso, todos na jangada, inclusive o professor Frederico, gritaram e sacudiram os braços com todas as forças que ainda lhes restavam. Pulavam tanto, que a jangada não virou por puro milagre.

Quem podia dizer que lo que estava acontecendo não era um milagre? Então, a jangada não ter virado não era nenhuma surpresa. Ela estava intacta!

A felicidade deles era tanta, que parecia não haver espaço para mais nada. Mas ainda havia!

Quando o navio chegou bem próximo, Rubinho soltou um enorme grito: -- Nossos pais estão lá!

-- O quê? – perguntou Mônica.

De repente, todos que estavam naquela jangada silenciaram. Pareciam ter visto fantasmas. Talvez isso se devesse ao fato de que, horas atrás, aquilo parecia tão distante, que eles custavam a acreditar.

Agora, eram os integrantes do navio que se encarregavam de fazer barulho. Gritavam e gritavam sem parar.

Os marinheiros desceram ao mar com botes salva-vidas para resgatar a turma. Três botes foram suficientes. Os alunos e o professor começaram a subir no navio. Um a um, entravam a bordo. Eram recebidos com palmas e milhões de abraços

-- Vocês vieram... -- disse Rubinho à sua família.

-- Tivemos tanto medo de te perder! -- responderam seus pais. Eles não se cansavam de se abraçar.

-- Pai, você não acredita no que a gente fez para sobreviver! -- exclamou Rubinho muito feliz.

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-- Imagino! Amo você, meu filho. -- disse o pai.

-- Eu também amo vocês Queria muito vê-los. -- disse o garoto com lágri-mas nos olhos.

Após alguns minutos de longos e calorosos abraços, beijos e conversas, Mônica, acompanhada de seu irmão mais novo e seus pais, resolveu caminhar e conhecer a cabine de comando. Lá, encontrou Jonas guiando o navio. Correu ao seu encontro e deu-lhe um forte abraço.

-- Obrigada! -- agradeceu ela.

-- Não há o que agradecer. Este é o meu trabalho. -- disse o marinheiro. -- Mas você poderia ter morrido! O mar estava muito bravo. Você arriscou sua vida por nós.

-- O importante é que estamos todos salvos. -- respondeu Jonas. -- Para onde estamos indo? -- perguntou Mônica.

-- Para casa. -- respondeu o marinheiro.

Naquele instante, eles olharam pela janela da cabine e notaram que, na direção que o navio seguia, o sol brilhava de maneira encantadora.

-- Estamos indo pra lá. -- disse o marinheiro, apontando o dedo na di-reção daquele sol maravilhoso.

Aquela cena repetiu-se por todo o navio. Todos que lá estavam viraram-se para contemplar aquele lindo momento.

Eles pareciam estar navegando em direção ao sol.

Quando o navio aportou em Santos, a alegria foi geral, tanto no navio quanto no porto. Havia muitos amigos e familiares esperando-os por ali. En-quanto todos comemoravam, Jonas ligou o microfone do navio e disse:

-- A nossa família está finalmente chegando em casa -- Terminou professor. -- disse Clarinha.

Muitas pessoas na sala estavam chorando. Outros batiam palmas e asso-viavam.

-- Muito bem! Parabéns para este grupo. Vocês fizeram um ótimo trabal-ho! Próximo grupo! -- chamou o professor.

Elias, Soares, Cícero, Viviane e Maria de Lourdes dirigiram-se para frente da sala. -- É a gente. --disse Viviane.

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-- Podem começar. -- falou Sérgio.

Elias pegou o trabalho em suas mãos e começou.

-- Vamos fazer barulho! Precisamos chamar a atenção daquele navio. --disse o professor Frederico.

Todos começaram a gritar. Alguns até pularam na água, para que o pes-soal do navio os notassem. O que, de fato, aconteceu.

Que sorte!

O navio tocou a sirene duas vezes, para avisar que tinha notado a jangada em dificuldades. Minutos depois, o barco já havia mudado sua trajetória, demon-strando que estava indo buscá-los.

Os tripulantes do navio jogaram cordas ao mar para que eles pudessem subir. Rapidamente, eles estavam a bordo.

-- Estamos salvos! – gritou Juliano.

Depois que todos subiram, a jangada foi se perdendo em meio às ondas e se afastando do navio.

Mônica olhou para ela e seus olhos se encheram de lágrimas.

João lhe deu um forte abraço. Nada precisava ser dito. A jangada foi a responsável por eles estarem ali.

No navio havia cinco pessoas. Um senhor de barbas brancas, chamado Dionísio, e quatro irmãos, que trabalhavam carregando cargas nos portos bra-sileiros.

-- Vocês estão com fome? -- perguntou um dos carregadores. -- Estamos. -- responderam todos ao mesmo tempo.

-- Vou esquentar uma sopa pra vocês.

-- Para onde vocês estão indo? -- perguntou Vicente. -- Para Recife. E vocês? -- perguntou Dionísio.

-- Para o porto de Santos. -- respondeu Rubens.

-- Nós não podemos levar vocês lá. Estamos com um dia de atraso e nossa mercadoria tem um prazo de validade muito pequeno. -- disse o senhor de bar-bas brancas.

-- Algum de vocês tem um celular? -- perguntou Juliano. -- Não, por quê?-- perguntou Dionísio.

-- Computador? -- perguntou o professor Frederico. Todos olharam para o professor.

-- Sim. Lá embaixo tem um computador. Podem ir lá se quiserem. -- re-spondeu Dionísio.

-- O que você tem em mente? -- perguntou João.

-- Podemos acessar o site da Polícia ou do Corpo de Bombeiros e pedir para que eles nos resgatem. -- respondeu Juliano, antecipando a resposta do professor.

-- Eles vão achar que é trote. -- disse Mônica. -- Vamos ver. -- disse o professor.

Desceram até a cabine, o professor, o Juliano “Mcgyver”, João e Dionísio. O restante foi comer. A sopa estava pronta e todos estavam famintos.

O professor assumiu o computador. Ele tentou entrar no site da polícia, mas, para navegar na internet, o computador pedia para digitar uma senha de segurança. Ninguém da tripulação sabia a senha.

Houve uns minutos de desânimo, até que Mcgyver disse: -- Qual o nome do dono deste navio?

-- Quê? -- perguntou Dionísio.

-- O nome do seu patrão. -- pediu Mcgyver.

-- Gomez. -- respondeu o senhor coçando a barba. O professor digitou GOMEZ para a senha. Nada! -- Tenta Gomes com “S”. -- disse João.

Ele tentou e conseguiu. Eles estavam conectados à internet. Para surpre-sa deles, a internet abriu na página do MSN. Eles se olharam sorrindo, como se já soubessem o que fazer.

Mcgyver disse ao professor:

-- Fred, posso me sentar aí? Meu pai trabalha com o MSN conectado. Eu falo com ele.

-- Ok! -- disse o professor, desocupando a cadeira.

Pouco tempo depois, três helicópteros da polícia estavam sobrevoando o local. Eles foram resgatados.

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-- Uhuuu! -- gritaram os alunos da sala. -- Parabéns! -- disse o professor.

-- Podemos ir, agora? -- perguntou Marina ao professor. -- Claro! -- respondeu Sérgio.

A sala ainda permanecia em silêncio e em plena atenção.

Marina, Sebastião, Cléber, Bruno, Yasuko e Gisele dirigiram-se para frente. Yasuko, que nos finais de semana cantava clássicos de Elis Regina e Janis Joplin em barzinhos da cidade e cuja voz era realmente encantadora, foi a escol-hida pelo grupo para fazer a leitura.

Para a surpresa de todos, o navio prosseguiu em seu caminho e não foi ao encontro da jangada. O silêncio permaneceu por lá durante alguns minutos. Infelizmente era um silêncio de desânimo e tristeza.

Eles teriam que continuar a viagem de volta na jangada mesmo. Para a sorte deles, o tempo estava ótimo. O sol brilhava de forma suave e as ondas pareciam estar se amansando.

O professor Frederico continuava a orientar e motivar a turma a continuar re-mando.

Ao contornarem uma montanha, algo foi visto próximo a uma rocha. -- O que é aquilo? -- perguntou Mário.

-- Não sei. Vamos nos aproximar. -- disse Rubens. -- É o Jonas! – falou espantado o professor Frederico.

A jangada aproximou-se do marinheiro, que se encontrava caído entre as rochas. Estava com vários ferimentos, com febre, mas estava vivo. Todos ajudar-am a carregá-lo para a jangada.

Mônica, que sonhava se tornar médica, se prontificou a cuidar do mar-inheiro. Não havia suprimentos nem remédios. Foi tudo embora com o naufrá-gio. Porém sua dedicação e carinho fizeram com que Jonas fosse melhorando. Após isto, a jangada ainda navegou durante quase um dia inteiro, para avistar o porto de Santos. Jonas, que já estava melhor, foi quem comandou o restante da viagem, auxiliado por Vicente e Mário.

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viagem. -- disse o marinheiro.

Os alunos, abraçados e amontoados dentro da jangada, puseram-se a dormir. Estavam exaustos.

Quando estava prestes a amanhecer, a jangada chegou ao porto. Não havia quase ninguém, exceto quem lá trabalhava.

João, com um leve carinho nos cabelos de Mônica, a fez acordar. -- Querida, chegamos. -- sussurrou o jovem.

Mônica, por sua vez, não teve a mesma sutileza. -- Chegamos! Chegamos! -- berrava.

Nem é preciso dizer que isto fez a jangada inteira acordar. Mas o impor-tante era que a alegria e o alívio estavam de volta ao coração de cada um deles.

Jonas, ao pisar no porto, foi recebido por um companheiro da marinha. -- Telefone para a central. Diga-lhes que é urgente e que precisamos de um ônibus.

Pouco depois, o ônibus estava de prontidão. Todos estavam, enfim, a caminho de casa.

Ao chegar a escola, na manhã seguinte, o Diretor Silvio, já informado sobre o ocorrido, foi receber o professor.

-- Obrigado por tudo! -- disse o Diretor. -- Não foi nada. – respondeu Frederico.

-- Conseguiu trazer alguma coisa desta viagem? -- perguntou o Diretor. -- Grandes e incontáveis descobertas. -- disse o professor Frederico, rece-bendo um abraço do Diretor.

-- Terminou, professor. -- disse Yasuko, olhando para a classe. Foi saudada com palmas.

Antes mesmo que o professor falasse algo, Cristina levantou-se da cadei-ra, chamou seus colegas de grupo e disse:

-- Vamos, pessoal. Só falta a gente. O professor esboçou um sorriso.

Carlinhos, Rodrigo, Guilherme, Mariana e Luana levantaram-se e foram ficar ao lado de Cristina, que já estava junto ao professor com o trabalho em mãos.

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-- Posso começar? -- perguntou ao professor.

Ele apenas balançou a cabeça. Foi o suficiente para que ela começasse a ler.

O navio mudou seu percurso e dirigiu-se para a jangada. Todos comemo-raram muito. Mas, ao contrário do que muitos estavam pensando, aquele navio não era de nenhum resgate. Mais do que isso: ele não estava preparado para resgatá-los.

Aquele navio levava uma carga altamente perigosa e radiativa. Mesmo assim, o Senhor Douglas, responsável pelo navio, parou o mesmo ao lado da jangada.

-- Vocês querem ajuda?-- perguntou Douglas.

-- Sim. Queremos uma carona para o porto de Santos. -- respondeu o professor Frederico.

-- Estamos indo pra lá também. Acontece que nosso navio não permite exceder muito a carga estabelecida por lei. Pode ser perigoso, porque levamos uma carga com radiação. -- disse Douglas.

-- Quantos cabem? -- perguntou João. -- Uns dez de vocês. -- ele respondeu.

-- Mas e quanto aos outros?-- perguntou o professor. -- Você tem uma corda de aço? -- perguntou Mcgyver. -- Sim, claro! -- disse Douglas.

-- Então, nos amarre e iremos sendo rebocados. O que acham? -- com-pletou Mcgyver.

-- Nossa! Irado! – entusiasmou-se Rubens.

-- Não, não! Isso é muito perigoso. – alarmou-se Mônica. -- Então, vai no navio. -- disse Rubens, caindo no riso. Assim, foi feito.

O professor e mais nove alunos subiram a bordo do navio. Os outros ficaram na jangada. A velocidade era grande. A jangada cortava o mar, deixando rastros enormes na água. João e Rubens foram os primeiros a ficar em pé. Logo depois, os outros se juntaram a eles.

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Para completar aquele divertido resgate, dois golfinhos começaram a saltar ao lado da jangada.

Houve uma mistura de espanto e emoção. Os golfinhos acompanharam a jangada até ela chegar ao porto. Foram quase duas horas de surfe e saltos.

Foi a primeira e única vez que golfinhos apareceram nestas águas. Quem viu, viu. Quem viveu, viveu.

Há aqueles que não acreditam e pensam que esta é mais uma história contada por pescadores.

Vocês acreditam?

A classe toda bateu palmas. Todos sabiam que a história havia terminado. O professor levantou-se da cadeira e parabenizou os alunos pelo trabalho e pela dedicação.

-- Sabem o que eu acho mais incrível? -- perguntou ele à turma. O silêncio tomava conta da sala.

-- Vocês nem sequer perguntaram se isto valeria nota. Fizeram o trabalho porque acharam que realmente valeria a pena.

Não demorou muito, e bem no meio do discurso do professor, o sinal , indicando o final da aula, também soou bem forte.

Os alunos começaram a sair da sala. Ainda comentavam sobre os finais lidos naquela tarde.

Clarinha esperou que todos saíssem da sala e aproximou-se do professor. -- Professor, qual o verdadeiro final desta história? -- perguntou.

-- São esses que vocês acabaram de ler. -- ele respondeu. -- Não. Conta qual é o verdadeiro. -- suplicou a jovem.

-- Não há outro final, a não ser os quatro que vocês escreveram. Acredite! -- exclamou Sérgio.

Clarinha deu um grande sorriso e disse:

-- Meu sonho é ser professora. Eu gosto do modo como você ensina. Você nos provoca e nos leva a pensar.

-- Obrigado, querida! Mas lembre-se que eu venho aqui apenas para lembrá-los que vocês sabem tanto quanto qualquer outro. E eu sei que você en-tende este pequeno recado. Sua motivação e interesse em ler e pesquisar é uma

chama que você carrega dentro de você e que eu espero que se espalhe rapi-damente pelo mundo a fora. O mundo muda a cada minuto. Na verdade, com a aceleração e o crescimento das comunicações, o mundo está cada vez menor e, simultaneamente, o futuro está cada vez mais incerto. Mas, para a nossa sorte, ele está cada vez mais nas mãos de pessoas como você. Vá em frente! Veja quais são nossas necessidades e interesses mais vitais, e contribua para um futuro mais ético, mais verdadeiro e justo.

-- Até semana que vem, Clarinha. -- despediu-se o professor Sérgio. -- Até mais, professor. --respondeu a jovem, saindo da sala.

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CAPÍTULO 5

SUGESTÃO DE LEITURAS

ANTES DO CAPITULO FINAL

DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-102. (UNESCO, MEC, Cortez Editora, São Paulo, 1999).

ANTUNES, Celso. Colecao na Sala de aula – 12 fasciculos, Petropilis – Rio de Ja-neiro: Editora Vozes 2002

FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Ja-neiro: Paz e Terra, 1985.

CIMINO, Valdir; O Papel do educador na era da interdependencia. Sao Paulo: Cultrix 2007

PASSARINI, Sueli; O fio de Ariadne

MORIN, Edgar; Os sete Saberes Necessarios a Educacao do Futuro. Sao Paulo/Ed Cortez 2002

CAPÍTULO 6

O FINAL

Meu caro leitor, as páginas a seguir são suas. Você terá a oportunidade de escrever o seu final para a nossa história. Dar a sua pincelada em nossa tela. É o seu toque em nossa orquestra. É o seu tijolo em nossa construção.

Boa sorte e bom trabalho. Um abraço, dos amigos Valdir e Ricardo.

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Referências

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