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Como Importar da China

Como Importar da China

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A China GateChina Gate

Somos uma empresa especializada em ajudar importadores brasileiros a fazer negócios Somos uma empresa especializada em ajudar importadores brasileiros a fazer negócios com o mundo inteiro. Temos escritório no Brasil e na China e estamos prontos para te com o mundo inteiro. Temos escritório no Brasil e na China e estamos prontos para te atender de ponta a ponta.

atender de ponta a ponta.

Desde 2003 trabalhamos com isso.

Desde 2003 trabalhamos com isso. Com importação, especialmente importação da China.Com importação, especialmente importação da China. Atendemos outros tipos de importação também, como Estados Unidos, Canadá, Panamá, Atendemos outros tipos de importação também, como Estados Unidos, Canadá, Panamá, Argentina, Chile, França, alguns outros países da Ásia, mas o nosso melhor mesmo é Argentina, Chile, França, alguns outros países da Ásia, mas o nosso melhor mesmo é China. Daí nosso nome. É bastante experiência acumulada para compartilhar com você. China. Daí nosso nome. É bastante experiência acumulada para compartilhar com você. Já negociamos com mais de 200 fornecedores chineses em mais de 40 cidades e Já negociamos com mais de 200 fornecedores chineses em mais de 40 cidades e sabemos atender empresas iniciantes em

sabemos atender empresas iniciantes em importação.importação.

Trabalhamos para simplificar o processo de importação de nossos clientes e para ensinar Trabalhamos para simplificar o processo de importação de nossos clientes e para ensinar esse processo aos interessados em cursos. O Brasil ocupa a 106

esse processo aos interessados em cursos. O Brasil ocupa a 106aa posição no ranking de posição no ranking de países mais burocráticos para se fazer importações. Então isso toma muito tempo das países mais burocráticos para se fazer importações. Então isso toma muito tempo das empresas envolvidas com importação. Por isso é importante ter alguém envolvido com a empresas envolvidas com importação. Por isso é importante ter alguém envolvido com a “parte chata” da coisa, a parte burocrática da importação para que os tomadores de “parte chata” da coisa, a parte burocrática da importação para que os tomadores de decisão estejam liberados para fazer negócios, negócios que agregam valor. Mas quer decisão estejam liberados para fazer negócios, negócios que agregam valor. Mas quer saber uma coisa interessante? ADORAMOS fazer isso. Adoramos importar produto e saber uma coisa interessante? ADORAMOS fazer isso. Adoramos importar produto e cuidar dos processos. Adoramos ensinar as pessoas a fazerem importações.

cuidar dos processos. Adoramos ensinar as pessoas a fazerem importações. É um casamento perfeito.

É um casamento perfeito. Um forte abraço e boa leitura. Um forte abraço e boa leitura.

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Ebook “Como Importar da China”

O ebook “Como Importar da China” surgiu a partir da junção de várias respostas a inúmeras perguntas que pessoas interessadas em importação faziam e ainda fazem, durante os atendimentos na China Gatei Consultoria. Muitas dessas respostas também estão descritas no blog do China Gate, mas aqui escrito de forma mais agradável.

O programa do ebook está estruturado na forma de respostas às perguntas mais frequentes referente ao tema de importação da China.

O objetivo do ebook é tratar aspectos de negociação com o gigante asiático em uma

temática formatada para pequenas e medias empresas, importadoras ou não. Este ebook não tem o objetivo de detalhar instruções técnicas do processo de importação, cálculo de tributos e desembaraço aduaneiro.

Por quê você decidiu fazer comprar esse ebook?

O Brasil vive um momento econômico muito favorável para desenvolvimento de negócios. De fato o futuro chegou para os brasileiros que ditavam nas décadas de 70 e 80 que “o Brasil é o país do futuro”.

Informação é poder! Com informação fácil e rápida como um clique, os clientes estão cada vez mais exigentes. Essa exigência pressiona os fornecedores de qualquer tipo de produto a prestar melhores serviços, entregar mercadorias de boa qualidade a preços cada vez mais baixos.

É importante notar que a percepção de custo benefício mudou nos últimos anos. O ciclo de vida dos produtos está cada vez menor, abrindo mercado para produtos com valores mais baixo e duração mais curta. Esse fenômeno é percebido claramente no setor de moda, onde qualidade do produto é muito importante, mas não se espera usar alguns determinados modelos de roupas por mais de uma estação. Então neste caso, o cliente não tem interesse em investir muito dinheiro em um produto que não precisa durar muito tempo.

Economicamente o país passa por seu melhor momento. As taxas de juros estão baixas, existe crédito no mercado bancário, a taxa de câmbio encontra-se em situações

consideradas ideais para o comércio internacional, especialmente se comparado com o período de 2001 a 2005 onde a taxa de cambio permaneceu muito tempo na taxa de 3,70 reais por 1 dólar americano.

Destaca-se também a maturidade dos empresários brasileiros, especialmente os de pequenas e médias empresas, que tem buscado alternativas mais rentáveis para

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verdadeiros malabarismos para conseguir lucro frente aos pesados custos de produção, principalmente a carga tributária e os encargos sobre a folha de pagamento.

Esses fatores mostram a evolução dos negócios no Brasil que juntados às facilidades propostas pela internet e a um número maior de pessoas que conseguem se comunicar na língua inglesa, formam um robusto conjunto de condições que favorecem homens e mulheres de negócios a pensar em importar produtos.

Por outro lado, a invasão de produtos de fabricação chinesa tem chamado cada vez mais atenção dos consumidores e empresários. As informações sobre a China estão em

evidência nos noticiários e pensando no contexto geopolítico, esse grande país tem

ocupado lugares cada vez mais destacados. A China impressiona sob diversos aspectos, mas sobretudo pela grandiosidade. O número da população, capacidade de produção em escala, tamanho do seu território e sua cultura milenar leva a China a ser líder em

diversos segmentos.

Efeito Colateral

Antigamente empresas importadoras eram grandes organizações especializadas em seus segmentos de atuação, onde havia um volume muito grande de movimentação de

mercadorias, pois para compensar os altos custos da importação, era necessário obter ganhos em escala.

Nos dias de hoje o cenário é bem diferente. Muitos serviços referente ao processo de importação estão disponíveis para pequenas e médias empresas, de forma que até mesmo importações de pequena monta podem ser viáveis. Naturalmente os ganhos em escala através da importação em grandes quantidades são muito importantes, e as vezes determinantes para se obter um baixo custo unitário, contudo é notório que as facilidades da importação estão cada vez mais acessíveis aos pequenos e médios empresários.

Em mercados maduros, onde existem muitos concorrentes, é natural que as margens de lucro sejam pressionadas e diminuídas. Essa pressão leva o varejista a pensar em

importar produtos para poder retomar seus lucros ora perdidos, por outro lado, os

importadores estão cada vez mais orientados a atender mercados de varejo para assim conseguir aumentar seus lucros vendendo em quantidades menores, mas a preços maiores.

Tipos de Importadores

Sem o objetivo de classificar todos os tipos de importadores, dois deles são facilmente identificados com objetivo de importar da China.

De um lado existem os “investidores”. Esse tem o objetivo de maximizar seu patrimônio através de importações da China. Geralmente não tem foco bem definido em relação ao tipo de mercadoria que deseja importar, pois sua experiência é de investir e operar no mercado fazendo com que seu capital aumente de valor. A intenção desse grupo é de escolher pelo produto de maior giro quando sua necessidade é de retorno rápido sobre o investimento ou de maior lucro, quando sua intenção é de altas taxas de retorno sobre o investimento. Naturalmente se encontrar um produto com altas margem e alto giro é o

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melhor dos mundos, mas para não entrar na seara de quantificar “alto” e “baixo” nesse capítulo, deixemos para a imaginação do leitor essas definições.

Do outro lado existem os “tradicionais”, são atacadistas, varejistas, fábricas, indústrias e demais pessoas que já tem um foco bem definido sobre o precisam importar, e neste caso outro tipo de produto que não seja aquele com o qual trabalha não serve. Ou seja, um fabricante de móveis para escritório tende a ter interesse em produtos relacionados com essa indústria. O objetivo desse grupo pode ser redução de custos produtivos para

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A China é o

A China é o país do futuro?

país do futuro?

A China é um país

A China é um país fascinante. Tem uma cultura milenar e mistura fascinante. Tem uma cultura milenar e mistura de tradição ede tradição e modernidade em um mesmo local. Não é um país

modernidade em um mesmo local. Não é um país perfeito. Nem a China nem qualquerperfeito. Nem a China nem qualquer outro país é perfeito. Creio que a

outro país é perfeito. Creio que a melhor definição para um brasileiro pensar da melhor definição para um brasileiro pensar da China éChina é “diferente”. Diferente na maioria dos aspectos, contudo em algumas vezes é possível “diferente”. Diferente na maioria dos aspectos, contudo em algumas vezes é possível encontrar similaridade como na forma hospitaleira de receber estrangeiros, na

encontrar similaridade como na forma hospitaleira de receber estrangeiros, na formaforma prestativa de atender os clientes. Contudo em um país

prestativa de atender os clientes. Contudo em um país com quase 1,4 bilhões decom quase 1,4 bilhões de pessoas, é leviandade pura tentar pregar algum adjetivo para o

pessoas, é leviandade pura tentar pregar algum adjetivo para o povo como um todo.povo como um todo. A grandiosidade da China além dos números da sua população, também está

A grandiosidade da China além dos números da sua população, também está em seuem seu território. Tem dimensões continentais como as do Brasil

território. Tem dimensões continentais como as do Brasil e só para termos uma e só para termos uma noção, umnoção, um vôo direto entre Harbin e Guangzhou leva aproximadamente quatro horas e meia.

vôo direto entre Harbin e Guangzhou leva aproximadamente quatro horas e meia.

Uma outra verdade sobre a China é que é

Uma outra verdade sobre a China é que é muito longe do Brazil. Não existem vôos direto,muito longe do Brazil. Não existem vôos direto, então para viajar até a

então para viajar até a China é necessário ter uma (ou mais) China é necessário ter uma (ou mais) parada(s). Geralmente aparada(s). Geralmente a parada é feita no país

parada é feita no país de origem da companhia aérea que se está voando. Existem váriasde origem da companhia aérea que se está voando. Existem várias rotas possíveis, as mais

rotas possíveis, as mais conhecidas, considerandconhecidas, considerando Guarulhos como partida, passam por:o Guarulhos como partida, passam por: Toronto (Air Canadá), Chicago (United), Nova York (Delta/American), Amsterdã (KLM), Toronto (Air Canadá), Chicago (United), Nova York (Delta/American), Amsterdã (KLM), Paris (Air France), Londres (British), Doha (Qatar), Istambul (Turkish), Dubai (Emirates), Paris (Air France), Londres (British), Doha (Qatar), Istambul (Turkish), Dubai (Emirates), Joanesburgo (Sou

Joanesburgo (South African), Madri th African), Madri (Air China). Outras rotas (Air China). Outras rotas são possíveis, para viajarsão possíveis, para viajar para a China consulte seu agente de viagens. Na maioria

para a China consulte seu agente de viagens. Na maioria das vezes o tempo de vôo é das vezes o tempo de vôo é dede 22 até 25 horas, como dito

22 até 25 horas, como dito no parágrafo anterior, esse tempo está dividido em no parágrafo anterior, esse tempo está dividido em dois vôos.dois vôos. Então o tempo de viagem, entre a

Então o tempo de viagem, entre a saída do da sua residência no Brsaída do da sua residência no Brasil até a chegada noasil até a chegada no hotel na China pode, em alguns casos, passar

hotel na China pode, em alguns casos, passar de 50 horas.de 50 horas. A China é um país

A China é um país comunista e sua abertura de mercado aconteceu através de zonascomunista e sua abertura de mercado aconteceu através de zonas especiais, ou seja, o comércio internacional foi liberado em

especiais, ou seja, o comércio internacional foi liberado em todo território chinês aotodo território chinês ao mesmo tempo, essa abertura

mesmo tempo, essa abertura foi acontecendo gradualmente, e acontece até hoje. foi acontecendo gradualmente, e acontece até hoje. DessaDessa forma as regiões que se abriram

forma as regiões que se abriram inicialmente, aquelas mais próximas do litoral, inicialmente, aquelas mais próximas do litoral, tiveramtiveram uma concentração natural de fábricas exportadoras. Esse fato mostra as

uma concentração natural de fábricas exportadoras. Esse fato mostra as regiões dasregiões das cidades de Guangzhou, Ningbo, Shanghai e Beijing (ou

cidades de Guangzhou, Ningbo, Shanghai e Beijing (ou Pequim), como centros quePequim), como centros que concentram um grande número de fornecedores dispostos e

concentram um grande número de fornecedores dispostos e autorizados a exportar.autorizados a exportar. Um outro fato interessante sobre a

Um outro fato interessante sobre a China é que seu território congrega também as tChina é que seu território congrega também as terraserras de Hong Kong, Macau e Taiwan. Contudo é um regime

de Hong Kong, Macau e Taiwan. Contudo é um regime especial, chamado “Um País, doisespecial, chamado “Um País, dois sistemas”. Onde a China continental conserva o regime comunista originado na Russia e sistemas”. Onde a China continental conserva o regime comunista originado na Russia e os outros territórios, antes independentes, tiveram uma evolução capitalista. Com o

os outros territórios, antes independentes, tiveram uma evolução capitalista. Com o passar to tempo a China retomou esses territórios mas não foi mais possível unificar os passar to tempo a China retomou esses territórios mas não foi mais possível unificar os regimes, então apesar de ser território

regimes, então apesar de ser território chinês, somente as forças armadas e chinês, somente as forças armadas e a diplomaciaa diplomacia são unificadas, todos os demais fatores são

são unificadas, todos os demais fatores são independentesindependentes. Isso afeta . Isso afeta os brasileiros emos brasileiros em trânsito pela China no pedido e obtenção de vistos,

trânsito pela China no pedido e obtenção de vistos, pois o consulado chinês muitas vezespois o consulado chinês muitas vezes emite um visto de “uma entrada”,

emite um visto de “uma entrada”, de forma que ao sair de forma que ao sair da China o visto torna-se expiradoda China o visto torna-se expirado e portanto inválido para retornar ao país. Ou seja, se estiver na China continental e for e portanto inválido para retornar ao país. Ou seja, se estiver na China continental e for para Hong Kong, oficialmente o visto de

para Hong Kong, oficialmente o visto de uma entrada torna-se nulo e o passageiro nãouma entrada torna-se nulo e o passageiro não pode retornar sem um novo pedido de visto.

pode retornar sem um novo pedido de visto.

Quanto ganha um trabalhador na China? Quanto ganha um trabalhador na China?

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A China tem um estoque muito grande de tr

A China tem um estoque muito grande de trabalhadores. Como já foi citado antes, a abalhadores. Como já foi citado antes, a ChinaChina é muito grande e com isso

é muito grande e com isso o salário não segue um padrão único no país o salário não segue um padrão único no país inteiro. Como nointeiro. Como no Brasil, em regiões mais

Brasil, em regiões mais industrializadas, onde existe mais gente morando, o custo de vidaindustrializadas, onde existe mais gente morando, o custo de vida tende a subir e assim

tende a subir e assim os salários são maiores. Em os salários são maiores. Em regiões onde as cidades são menosregiões onde as cidades são menos industrializadas, os salários podem ser menores. Contudo o salário médio de

industrializadas, os salários podem ser menores. Contudo o salário médio de umum

trabalhador de fábrica chinesa, recebe o equivalente a duzentos dólares americanos por trabalhador de fábrica chinesa, recebe o equivalente a duzentos dólares americanos por mês de trabalho. Esse valor já

mês de trabalho. Esse valor já é contabilizado livre de moradia, alimentação e uniforme.é contabilizado livre de moradia, alimentação e uniforme.

O fato é que a

O fato é que a China tem quase 1,4 bilhões de pessoas, dessas somente 50% China tem quase 1,4 bilhões de pessoas, dessas somente 50% estão nasestão nas cidades, ou seja, tem mais de

cidades, ou seja, tem mais de 700 milhões de pessoas no campo vivendo através de700 milhões de pessoas no campo vivendo através de cultura de subsistência. Considerando que 50% dessas pessoas não estão aptas a cultura de subsistência. Considerando que 50% dessas pessoas não estão aptas a trabalhar (crianças e idosos), ainda temos

trabalhar (crianças e idosos), ainda temos mais de 300 milhões de pessoas sem mais de 300 milhões de pessoas sem emprego,emprego, ansiosas para ganhar aqueles duzentos dólares, que para os padrões internacionais é ansiosas para ganhar aqueles duzentos dólares, que para os padrões internacionais é muito baixo. Contudo acredite, o governo Chinês está mais preocupado em prover muito baixo. Contudo acredite, o governo Chinês está mais preocupado em prover dignidade e alimentação para sua

dignidade e alimentação para sua população que cumprir orientações internacionais depopulação que cumprir orientações internacionais de salários.

salários.

Além da mão de obra de

Além da mão de obra de baixo custo, os custos dos encargos trabalhistas na baixo custo, os custos dos encargos trabalhistas na ChinaChina também são menores em relação ao Brasil,

também são menores em relação ao Brasil, fixados em patamares inferiores a 50% fixados em patamares inferiores a 50% dodo valor da folha de pagamento. Soma-se a este fator

valor da folha de pagamento. Soma-se a este fator uma carga tributária também inferioruma carga tributária também inferior na China em comparação com o Brasil

na China em comparação com o Brasil e por fim e por fim o custo de captação de recursos (juros),o custo de captação de recursos (juros), onde no Brasil, apesar de quedas sucessivas, ainda é

onde no Brasil, apesar de quedas sucessivas, ainda é alta em relação aos padrõesalta em relação aos padrões asiáticos.

asiáticos.

Tudo isso contribui para que o custo de produção na China seja

Tudo isso contribui para que o custo de produção na China seja bem inferior ao custo debem inferior ao custo de produção Brasileiro. Engana-se quem pensa que a China é mais competitiva que o

produção Brasileiro. Engana-se quem pensa que a China é mais competitiva que o Brasil.Brasil. É claro que em algum ou outro setor

É claro que em algum ou outro setor deve ser, contudo a indústria brasileira tem deve ser, contudo a indústria brasileira tem feito seufeito seu papel em ser competitiva para manter

papel em ser competitiva para manter seus lucros, mesmo com custos produtivosseus lucros, mesmo com custos produtivos exorbitantes, mas ainda assim é insuficiente para

exorbitantes, mas ainda assim é insuficiente para competir com o grande dragão asiático.competir com o grande dragão asiático. Na verdade, poucos países conseguem ter

Na verdade, poucos países conseguem ter custos menores que os chineses.custos menores que os chineses. Mas e a qualidade dos produtos chineses?

Mas e a qualidade dos produtos chineses?

O que está acontecendo com a china, em relação a

O que está acontecendo com a china, em relação a qualidade de seus produtos, não équalidade de seus produtos, não é nada inédito. Para quem é mais experiente e tem mais de 40 anos, já viu essa história no nada inédito. Para quem é mais experiente e tem mais de 40 anos, já viu essa história no mínimo duas vezes.

mínimo duas vezes.

A primeira pode ter si

A primeira pode ter sido com o Japão dos anos 70, do com o Japão dos anos 70, onde os produtos eram de baixaonde os produtos eram de baixa qualidade e as vezes motivos de chacota, como os relógios digitais

qualidade e as vezes motivos de chacota, como os relógios digitais que no Brasilque no Brasil chegavam pelo Paraguai, e nos Estados Unidos os carros japoneses sofreram forte chegavam pelo Paraguai, e nos Estados Unidos os carros japoneses sofreram forte resistência quando chegaram naquele país.

resistência quando chegaram naquele país.

A segunda provavelmente foi sobre os produtos coreanos que chegaram ao Brasil nos A segunda provavelmente foi sobre os produtos coreanos que chegaram ao Brasil nos anos noventa. Marcas como Samsung e

anos noventa. Marcas como Samsung e LG eram totalmente desconhecidas e nãoLG eram totalmente desconhecidas e não tiveram crédito perante ao consumidor logo no início de suas

tiveram crédito perante ao consumidor logo no início de suas operações. Contudo hojeoperações. Contudo hoje esses produtos são vistos como sinônimo de qualidade.

esses produtos são vistos como sinônimo de qualidade. Em menor escala, os EUA f

Em menor escala, os EUA fazem com o Mexico o sistema de azem com o Mexico o sistema de maquila, onde muitosmaquila, onde muitos eletrônicos e carros, além de diversos outros produtos, são

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revenda no país norte americano. Esse mesmo sistema também

revenda no país norte americano. Esse mesmo sistema também é disponibilizado peloé disponibilizado pelo Paraguai aos seus vizinhos, contudo essa prática não é muito utilizada

Paraguai aos seus vizinhos, contudo essa prática não é muito utilizada na América do Sul.na América do Sul. Os chineses estão investindo muito em engenharia e seus produtos tem qualidade

Os chineses estão investindo muito em engenharia e seus produtos tem qualidade aceitável no mundo inteiro. A grande questão é que também existem produtos de

aceitável no mundo inteiro. A grande questão é que também existem produtos de baixabaixa qualidade, cabe ao importador encontrar o fabricante que atende suas exigências e ainda qualidade, cabe ao importador encontrar o fabricante que atende suas exigências e ainda assim forneça tal qualidade a preços competitivos.

assim forneça tal qualidade a preços competitivos.

A vocação das empresas chinesas é fabricar produtos para

A vocação das empresas chinesas é fabricar produtos para o mundo inteiro, por contao mundo inteiro, por conta disso é muito comum a prática

disso é muito comum a prática do sistema de OEM (Original do sistema de OEM (Original Equipment Manufacturer), ouEquipment Manufacturer), ou seja, produzem com sua própria marca. Por outro

seja, produzem com sua própria marca. Por outro lado, existem algumas marcas chinesaslado, existem algumas marcas chinesas se estruturando para explorar mercados internacionais. Esse movimento já é percebido no se estruturando para explorar mercados internacionais. Esse movimento já é percebido no Brasil através do setor automotivo e de

Brasil através do setor automotivo e de máquinas pesadas, brevemente esse movimentomáquinas pesadas, brevemente esse movimento terá eco no setor de eletrônicos.

terá eco no setor de eletrônicos.

Os produtos chineses oferecem o melhor custo benefício. Considerando que o ciclo de Os produtos chineses oferecem o melhor custo benefício. Considerando que o ciclo de vida dos produtos está cada vez menor, os

vida dos produtos está cada vez menor, os consumidores buscam produtos da moda,consumidores buscam produtos da moda, mesmo que com duração mais curta, desde que tenha um preço acessível.

mesmo que com duração mais curta, desde que tenha um preço acessível.

É fácil negociar com chineses? É fácil negociar com chineses? Bem, por um lado é

Bem, por um lado é importante considerar que um brasileiro importador na china é, importante considerar que um brasileiro importador na china é, sobresobre tudo, um cliente. Então é mais

tudo, um cliente. Então é mais que a obrigação dos chineses atender bem essa demandaque a obrigação dos chineses atender bem essa demanda de brasileiros (e de gente do

de brasileiros (e de gente do mundo inteiro). Então conforme a experiência de diversosmundo inteiro). Então conforme a experiência de diversos importadores, em seus relatos, confirmam que o povo chinês é

importadores, em seus relatos, confirmam que o povo chinês é sim de fácil negociação.sim de fácil negociação. Naturalmente a cultura é totalmente diferente, e isso

Naturalmente a cultura é totalmente diferente, e isso pode colocar alguns obstáculos napode colocar alguns obstáculos na negociação, ou seja, o que é óbvio para um brasileiro,

negociação, ou seja, o que é óbvio para um brasileiro, pode não ser para um chinês e pode não ser para um chinês e oo contrário é verdadeiro.

contrário é verdadeiro.

Uma coisa que os chineses sabem dizer é

Uma coisa que os chineses sabem dizer é a palavra “não”. O a palavra “não”. O brasileiro tem comobrasileiro tem como característica rodear e não ir

característica rodear e não ir direto ao ponto quando o assunto exige uma negativa. Nissodireto ao ponto quando o assunto exige uma negativa. Nisso os chineses podem chocar um pouco os brasileiros, pois a

os chineses podem chocar um pouco os brasileiros, pois a relação de preço e quantidaderelação de preço e quantidade é bem estabelecida para

é bem estabelecida para um negociador chinês experiente. Descontos muitas vezes sóum negociador chinês experiente. Descontos muitas vezes só são obtidos com aumento de quantidade de compra. Por outro lado essa não

são obtidos com aumento de quantidade de compra. Por outro lado essa não é umaé uma constante... é muito comum os chineses diminuírem os seus preços

constante... é muito comum os chineses diminuírem os seus preços de venda a medidade venda a medida que a empresa importadora vai tendo tradição e f

que a empresa importadora vai tendo tradição e frequência em seus pedidos. Com járequência em seus pedidos. Com já mencionado anteriormente, não há uma padrão único. Cada empresa, região ou tipo de mencionado anteriormente, não há uma padrão único. Cada empresa, região ou tipo de produto exigem diferentes tipos de

produto exigem diferentes tipos de negociadores.negociadores.

Uma negociação com chineses não é um processo rápido, exige certa tradição e Uma negociação com chineses não é um processo rápido, exige certa tradição e

estabelecimento da confiança. A confiança é algo muito importante em qualquer tipo de estabelecimento da confiança. A confiança é algo muito importante em qualquer tipo de negócio e relação comercial, com os chineses não são diferentes. Em

negócio e relação comercial, com os chineses não são diferentes. Em comprascompras internacionais, ambos lados estão cientes que os contratos e papelório são internacionais, ambos lados estão cientes que os contratos e papelório são umauma formalidade exigida pelos governos, mas que os lucros acontecerão de fato para os formalidade exigida pelos governos, mas que os lucros acontecerão de fato para os doisdois lados, quando os mesmos cumprirem seus acordos.

lados, quando os mesmos cumprirem seus acordos.

Essa regra pode não ser aplicável para

Essa regra pode não ser aplicável para pessoas interessadas em exportar para a China,pessoas interessadas em exportar para a China, pois neste caso o brasileiro não

pois neste caso o brasileiro não será um comprador, mas sim será um comprador, mas sim um vendedor, e esse fatorum vendedor, e esse fator muda tudo.

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Que produto compensa importar?

Essa é a pergunta principal do curso e da vida do importador. A escolha do produto pode ser a decisão mais importante do processo de importação e negociação do projeto que o importador está disposto a investir. E para essa pergunta a resposta é muito simples.

O melhor produto para se importar da China é aquele que você saiba vender no Brasil.

É importante haver o entendimento que, apesar de parecer, importar não é a tarefa mais complicada. Complicado mesmo é vender os produtos no Brasil.

O Brasil é um país maduro do ponto de vista empresarial e o produto inovador, exclusivo, com altas margens de lucros não permanecem nessa situação por muito tempo. Pois quanto mais lucrativo o produto, em poucos meses vários outros importadores também irão importar o produto e a concorrência fará com que as margens de lucro seja

reduzidas.

Então vender com lucro para um público maduro com o brasileiro, é tarefa cada vez mais difícil e tarefa para profissional.

A China tem todo tipo de produto, pois uma nação com quase 1,4 bilhões de pessoas tem muito mais necessidades de consumo que um país como o Brasil, ou seja, olhe ao seu redor e veja que tudo que possa enxergar, provavelmente também tem na China.

Naturalmente nem todos os produtos são viáveis tecnicamente ou financeiramente para importação, mas tentar saber o que tem de bom na China para importar para o Brasil não é a pergunta certa. E não há resposta correta para a pergunta errada.

Existem inúmeros produtos que são importados da China, como por exemplo: eletrônicos, aço, ferro, bolsas, óculos, vidro, alumínio, máquinas leves, máquinas pesadas, cartucho de tinta, utilidades domésticas, bijuterias, ferramentas, peças para carro, peças para moto, esquadrias de pvc, torneiras, fechaduras, entre muitos outros.

Posso comprar marcas famosas na China?

Depende da marca! No conceito de gerenciamento de marca não importa muito onde o produto é fabricado, mas sim se o fabricante tem autorização para produzir e se o

comprador tem a licença para encomendar aquele determinado tipo de material.

Exemplo: para importar roupas de marca famosa, como a Calvin Klein, ou o importador compra direto da proprietária da marca (Calvin Klein) ou obtém dela uma licença para produzir produtos utilizando a referida marca.

É muito comum encontrar fábricas na China que produzem cópias dos produtos, muitas vezes as fábricas são homologadas por grande marcas famosas para produzir, o que leva a uma falsa sensação de que o produto é original. Contudo o que caracteriza um produto ser original ou não não é o local onde o mesmo é fabricado, mas sim a autorização de utilização da marca.

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Por outro lado, o importador pode ter a intenção de importar produtos prontos, já

acabados, de marcas famosas. Essa questão é muito recorrente nos eletrônicos. Quem nunca pensou em comprar produtos de marcas como Sony, Apple, Samsung, HP ou qualquer outra grande marca? Esse é um outro problema, pois esses produtos podem facilmente se comprados nos mercados varejistas e atacadistas fora do Brasil, não só na China, mas em qualquer lugar do mundo, até mesmo no Paraguai. Trata-se de produtos originais. A questão é: Como um pequeno importador terá mais eficiência em custos e logística que a própria dona da marca? Ou seja, todas as grandes marcas já estão

instaladas oficialmente no Brasil. Então como um pequeno importador teria mais eficiência que a HP, para importar e revender os produtos dessa marca no mercado doméstico? Além dos custos de importação serem maiores para escalas reduzidas de compra, o preço de venda também seria diferente, haja vista que a quantidade vendida pelas

grandes marcas são absurdamente grandes, tendo escalas nacionais de fornecimento e negociação.

Quer um conselho? Fuja das grandes marcas!

Quais produtos a China é mais competitiva?

Conforme vimos nos capítulos anteriores, a China tem um baixo custos de produção especialmente por conta da sua força de trabalho em demasiada oferta e baixo custo de manutenção de cada funcionário. Então os produtos mais competitivos são aqueles que dependem de manufatura manual, ou seja, precisa de gente trabalhando em grande número. Esse tipo de produto, seja lá qual for ele, tem um grande potencial de ter custos reduzidos na China.

Naturalmente produtos industrializados mecanicamente também tem potencial de ser competitivo na China, haja vista que o custo de capital lá é menor que em muitos países, especialmente o Brasil, contudo o diferencial gira em torno da mão-de-obra.

Então eles fazem com minha marca?

Sim, os chineses são muito hábeis em produzir ou copiar produtos em série. Então considerando que o produto a ser importado não seja patenteado por outra empresa ou então tenha design registrado por outra empresa, vc pode sim produzir com sua própria marca.

Na verdade essa é uma excelente estratégia, pois como visto anteriormente, o mais difícil é manter o mercado, ou seja, garantir a venda no ponto de venda, perto do cliente e do consumidor. Então faz muito mais sentido criar uma estratégia de marca própria no Brasil e não depender de um ou outro fornecedor Chinês. Com a marca e o mercado na mão, é muito fácil trocar de fábrica ou conseguir outras fábrica para produzir na China. Talvez vc esteja se perguntando porquê seria interessante mudar de fábrica na China. O que é preciso ter em mente é não ficar dependendo de um fornecedor somente, pois se este tem uma relação firme de parceria com sua empresa, ótimo, não há com quê se

preocupar, mas se sua empresa estiver expandindo em vendas e o fornecedor não conseguir suprir o seu aumento de demanda, ou a qualidade cair por conta desse aumento de demanda, a produção pode ser dividida entre duas ou mais fábricas.

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Um efeito interessante de se pensar é que para o caso de brasileiros que desenvolvem produtos exclusivos, os Chineses não são um exemplo de sigilo e fidelidade. Apesar de haver uma sensível redução na produção de cópias e produtos não autorizados, ainda não dá para confiar na maioria das empresas chinesas quanto à manutenção do sigilo comercial.

Como encontrar fornecedores?

Nos dias de hoje é impossível ignorar a internet para pesquisar produtos e fornecedores na China em em qualquer lugar do mundo. Essa ferramenta mudou a forma de se fazer negócios nos quatro cantos do mundo. Antigamente, sem internet, era comum o

intercâmbio de catálogos telefônicos, listas de fornecedores em feiras e demais artifícios que hoje parecem sobremaneira arcaicos.

Alguns sites são interessantes para fazer a pesquisa inicial de produtos e fornecedores. Além do famoso buscador Google, existem alguns sites especializados em oferecer produtos chineses, alguns deles:

• www.globalsources.com • www.alibaba.com

• www.madeinchina.com

É importantíssimo lembrar que a internet é somente uma fonte de pesquisa e referência. Não mande dinheiro para qualquer fornecedor somente através de contato por internet. Na verdade após estreitar o contato, mesmo que por email ou comunicadores

instantâneos como skype e messenger, não é recomendado enviar grandes quantias em dinheiro para um fornecedor fora do Brasil, sob pena de perder esse valor e não ter

embasamento legal para reaver o dinheiro.

Considerando portanto a internet como um motor inicial para pesquisa de produtos e fornecedores na China, o importante é saber quais produtos se quer pesquisar. Produtos manufaturados são facilmente encontrados pela internet, já produtos mais elaborados ou técnicos, ou então feitos sob encomendas, esses a internet não ajuda muito.

Tendo o ponto de vista exposto nos parágrafos anteriores, e fazendo uma ligação com os tipos de importadores, podemos identificar dois grupos distintos de importadores de

acordo com seus interesses. Um grupo sabe bem o que quer importar, e para esses as melhores formas de encontrar fornecedores seria visita em feiras específicas do seu setor de atuação e visitas técnicas à fábricas chinesas, anteriormente contatadas pela internet. Já para o segundo grupo, composto por importadores potenciais, que não sabem bem que tipo de produto querem importar, as melhores opções passam por visitas à feiras multi-setoriais, como a Canton Fair, e visitas a centros de compras atacadistas, para que com essas visitas a observação de diversos produtos possa gerar mais ideias que ajudem na definição e escolha de um produto que se quer importar.

A escolha de visitar a China depende muito do valor que se deseja investir no projeto de importação, em linhas gerais, considerando o ano de 2012 como base, gasta-se a partir de 7 ou 8 mil reais para fazer uma visita de 7 dias à China, tendo o Brasil como país de origem. Esse valor pode aumentar muito de acordo com a categoria de passagem aérea, hotel e tipo de alimentação que se deseja ter na China. Um visita a China geralmente tem

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efeito nos negócios dos importadores por vários meses, as vezes anos, ou seja, esse custo deve se diluído considerando a grande quantidade de produtos que será importado com base nas negociações originadas da mesma visita, pois se consideramos um

investimento relativamente alto para um dado mês do ano, a conta fica inviável. Por outro lado não é raro os importadores relatarem que alguns poucos detalhes que acertaram durante as viagens a China já pagam o custo de viagem com grandes sobras.

Feiras na China

A vantagem de visitar feiras é que se encontra um grande número de fornecedores no mesmo lugar. Visitando feiras pode se aproveitar bem o tempo na China, que geralmente não é muito longo. As feiras também apresentam um ambiente seguro para os brasileiros e de fácil acesso. Uma desvantagem é que as feiras são públicas e os seus concorrentes podem estar no mesmo local procurando alternativas de fornecimento.

Existem muitas feiras na China, cidades como Shanghai, Guangzhou, Hong Kong, Beijing tem feiras todos os dias. As feiras podem ser escolhidas por segmento de atuação, como automobilístico, maquinas pesadas, construção, tecnologia, agricultura, jóias e assim por diante.

Uma boa fonte de informações para buscar e pesquisar sobre feiras na China também é a internet. Aqui vão dois links úteis:

• www.aboutchinafair.com • www.gladtur.com.br

A mais famosa feira chinesa é a Canton Fair. Essa grandiosa feira acontece duas vezes por ano, geralmente em Abril e Outubro e é dividida em 3 fases. Cada fase dura cinco dias e tem um conjunto de expositores organizados por tipo de produtos. Entre uma fase e outra há um intervalo de 3 ou quatro dias. Maiores informações podem ser obtidas

diretamente no site da feira através do seguinte endereço virtual: www.cantonfair.org.cn

Sobre a Canton Fair, devido ao seu tamanho, requer um planejamento para que haja melhor aproveitamento do tempo. Não é incomum visitantes não conseguirem ver todos os expositores que lhes interessa antes que a feira termine. São muitos expositores e para não haver frustrações é preciso se planejar.

Visitas Técnicas

Essa é o tipo de visita diretamente ao fornecedor ou fabricante dos produtos, geralmente após agendamento feito a partir dos contatos originados na internet. A maioria dos

importadores já agendam as visitas a partir do Brasil e vão com alguns fornecedores certos para visita, com alguma folga na agenda para adequações e imprevistos. A

recomendação neste caso é ir com agendamento suficiente para que tenha todo o tempo na China preenchido, pois um dia na China custa caro e é muito desconfortável estar à trabalho neste país sem nada o quê fazer.

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Alguns viajantes mais experientes agendam as visitas quando estão na China, isso pode ser uma boa estratégia também, contudo é preciso investir um tempo em pesquisa e telefonemas na China, onde o tempo poderia ser melhor aproveitado.

As visitas técnicas são a melhor forma de prospecção, pois visitando o fornecedor é

possível atestar sua qualidade e fazer a negociação de forma exclusiva, diferente em um ambiente de feira. Os chineses são muito receptivos para atendimento em suas fábricas e escritórios. As visitas técnicas também geram segurança para o importador, pois ver

como é fabricado os produto e aspectos simples como limpeza, formas de trabalho, tipo de maquinário e demais aspectos que somente em uma visita presencial é possível identificar.

Visita a Centros de Compras

Os centros de compras na China são aglomerados de lojas onde se pode efetuar compras no atacado, na verdade em qualquer quantidade, para posterior envio para o Brasil. Essa modalidade é interessante para o tipo de importador que precisa comprar quantidades reduzidas e um grande número de itens. No Brasil temos o hábito de nominar esses locais como centros atacadistas.

Os centros de compras são conhecidos por fornecer quantidades relativamente pequenas e um grande número de itens diferenciados. Geralmente os fornecedores desses locais não tem habilitação para exportar da China, mas muitos deles tem essas licenças. Dessa forma se faz necessário a contratação de uma empresa chamada Trading Company, que tem o objetivo de realizar as compras e pagamentos das mercadorias compradas pelos importadores, armazenamento e remessa do embarque para o Brasil. Para isso acontecer da forma legal, o pagamento das mercadorias a partir do Brasil deve ser feito diretamente para a Trading Company e esta por sua vez repassa os pagamentos aos fornecedores Chineses.

Essa modalidade pode ser bem útil também para importadores potenciais que ainda não tem uma noção exata daquilo que se deve importar.

Para visitar os centros de compra recomenda-se ter a presença de uma pessoa que saiba falar no idioma chinês, pois nesse ambiente a comunicação não é feita em inglês.

O quê tem em Yiwu?

Yiwu é uma cidade localizada na região de Shanghai, onde acontece a famosa feira

permanente de Yiwu, ou o mercadão de Yiwu. Esse local concentra mais de 30 mil lojas, de todos os tamanhos e tipos de produtos.

Esse é o local ideal para lojistas e distribuidores visitar e efetuar suas compras. Neste caso o recomendado é efetuar os pedidos, contratar uma trading, solicitar que a Trading faça os trâmites burocráticos na China e embarque os produtos em segurança com destino ao Brasil.

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Quanto gasta para viajar para a China?

Uma visita a China é algo que engrandece qualquer homem ou mulher de negócio. Não pelos aspectos turístico, mas sim de negócios.

O custo para viajar até a China pode variar muito de acordo com o padrão e estilo de viagem. O relato apresentado neste material tem o objetivo de orientar em linhas gerais as pessoas interessadas em viajar para a China. É recomendável buscar apoio de um profissional de viagens para maiores detalhamentos.

A passagem aérea, em classe econômica tem um custo que gira em torno de dois mil dólares americanos. É recomendável comprar com mais de 45 dias de antecedência. Sempre verifique os preços em intervalos dois dias antes e dois dias depois daquele

escolhido para viajar, pode ser que haja descontos para voar em dias específicos, onde a lotação do vôo está baixa. Em classe executiva os valores podem ser superiores a 5 ou 6 mil dólares americanos e na primeira classe o dobro desse valor.

É recomendável escolher uma companhia aerea que pontue no seu programa de milhas, se ainda não tem um programa de milhas, faça seu cadastro antes de fazer o check in na companhia aérea e peça para creditar as milhas. Cada 5 ou 6 vezes indo para a China, pode render uma viagem sem custo para o mesmo trecho. As milhas também podem ser muito úteis para realizar upgrades (trocas) de categorias nos vôos.

O visto

A China exige visto de entrada para brasileiros. Tal visto pode ser obtido no Consulado Chinês em São Paulo e não é necessária a presença do requerente para obter o visto. O custo de obtenção é aproximadamente 300 reais e o tempo para emissão é de 7 dias. O visto chinês apresenta uma característica diferente da maioria dos países. Apesar de ter um prazo de validade (geralmente 6 meses), o visto chinês é emitido para uma, duas ou múltiplas entradas. Isso significa que independente do prazo de validade do visto, no caso dele ser de uma entrada, não importa o tempo que se fica na China, ao sair do

território chinês, o visto expira (perde a validade). Então se a pessoa entrar em um dia na China e sair no outro, não pode mais retornar sem a obtenção de outro visto. Isso é

particularmente importante quando se visita Hong Kong ou Macau. Essas cidades, apesar de serem território chinês, são considerados outro país para efeitos de imigração.

O website do consulado chinês no Brasil pode ser acessado através do seguinte endereço eletrônico:

http://br.china-embassy.org

Hotéis

Existem muitos tipos de hotéis na China, similar ao Brasil, é possível se hospedar

pagando diárias a partir de 4 dólares. O padrão de hotel recomendado, considerando a distância do Brasil e que essa distância pede um certo conforto, seria um hotel com custo de 70 dólares americanos. Na cidade de Guangzhou, os preços de hotéis tem custo

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A recomendação em relação aos hotéis é sempre reservar aqueles que tenham serviço em Inglês. Uma maneira fácil de identificar isso é se há a indicação na reserva do hotel com “western breakfast”. Existem muitos hotéis na China que não tem serviço de

atendimento em língua inglesa, neste caso o viajante que não fala chinês pode ter sérios desconfortos.

Alimentação e transporte

Os valores com alimentação e transporte tem baixo custo na China, se comparados com os mesmos serviços no Brasil. Só para se ter uma base de comparação, 30 minutos de taxi em uma cidade como Guangzhou pode custar o equivalente a 7 reais. Com o

equivalente a 10 reais é possível fazer uma alimentação no Mc Donald’s.

Apesar da China ser conhecida pelas comidas exóticas, é possível comer bem, digamos sem ser exótico, em muitos restaurantes. E para aqueles que gostam de aventuras

gastronômicas... sim, é possível comer insetos e outras comidas diferentes. Língua

Em ambientes como aeroporto, feiras e hotéis, é possível manter a comunicação em Inglês. Isso também é bem fácil na maioria das fábricas que se visita na China, pois qualquer fábrica disposta a exportar seus produtos, tem alguém no setor comercial que fala a língua inglesa. Contudo se sair desses ambientes, a comunicação em inglês não é suficiente. Os taxistas não falam inglês e a maioria das pessoas na rua também não. Para fazer passeios perto dos hotéis onde se está hospedado, o viajante pode se arriscar, mas fora isso é melhor contratar um intérprete.

Quando preciso ir para a China?

Não é obrigatório ir para a China antes de começar a importar produtos de lá.

Especialmente quando o importador já tem a ideia bem definida sobre aquilo que se quer importar. Por outro lado, para aquelas pessoas que precisam ver os produtos para alinhar seus objetivos, então a viajem torna-se necessária.

Também é quase uma obrigação viajar para a China aqueles importadores ou compradores que precisam escolher os produtos relacionados com moda ou com

qualidade tão personalizada, que seja de difícil transmissão para um terceiro fazer. Casos como roupas, utilidades domésticas, bijuterias e vários outros ramos de atividade, requer que alguém que tenha capacidade de escolha e decisão daquilo que se deve comprar.

Seleção de fornecedores

Os critérios de seleção de fornecedores chineses são similares aos critérios de qualquer outro país, inclusive no Brasil. É muito relevante saber informações como capacidade produtiva, número de funcionários, número de países que a empresa exporta, quais são esses países, sistemas de controle da qualidade, tipos de garantias oferecidas,

indicadores de defeitos, possibilidade de fornecimento de peças de reposição, capacidade de personalização do produto e embalagem, se a empresa já exporta para o Brasil e

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O fato é que para verificar esses fatores, a melhor das possibilidades é estar presente fisicamente no fornecedor, através de uma visita.

Quando o valor de investimento na importação justifique o gasto com uma viagem para a China, então é recomendado que o importador visite pessoalmente o fornecedor, assim poderá verificar “in loco” todas essas características, tendo uma segurança suficiente para confirmar os pedidos de compra ou rejeitar o fornecedor, buscando um outro.

Se o valor do investimento na importação não justificar o custo de uma viajem inicial à China, o importador tem a opção de contratar empresas de auditoria na China, para que estas visitem o fornecedor e possa representar o importador, fazendo todas as

verificações, filmando e tirando fotos para que o importador possa de forma remota, no Brasil, tomar a decisão de aprovação ou não do fornecedor chinês.

Existem inúmeras empresas que fazem esse tipo de serviço, algumas delas com

acreditação internacional. A escolha da empresa de inspeção é muito importante, pois a decisão de importação ou não de cada fornecedor estará ancorada na avaliação dessa equipe.

Um fator importantíssimo em verificação presencial do fornecedor, é a observação se o mesmo é de fato fabricante ou revendedor dos produtos. Pois na internet existem muitas empresas que se passam como fabricantes e no entanto são revendedores de produtos. O fato de comprar direto do fabricante permite, além de obtenção de menores preços, a possibilidade de melhor controle da qualidade da produção.

Ciladas

Existem muitas empresas falsas se propondo a revender produtos a preços muito atrativos e na verdade os importadores podem ser vítimas de golpes. O fornecedor

padrão tem interesse em conhecer os detalhes dos produtos que se quer importar, deve emitir um documento chamando Proforma Invoice e considerando o modelo de

importação formal, o pagamento deve ser efetuado através de canal bancário e não por cartão de crédito.

Tenha atenção máxima em empresas que apresentam website muito atrativo, que já querem receber o dinheiro inicialmente, antes mesmo de entender quais são as

características do pedido de compra e dos detalhes dos produtos que o importador deseja comprar.

Risco

O risco de selecionar o fornecedor deve ser proporcional ao total do investimento a ser feito no pedido de compras.

O valor que se deve arriscar varia de acordo com a pré disposição que o importador tem a assumir riscos .

Geralmente para pedidos pequenos, de até 5 mil dólares, o importador assume o risco de pedir os produtos com base em conversar por email e comunicadores instantâneos.

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Acima desse valor, faz-se necessário uma visita de inspeção de fábrica e inspeção de embarque, ou seja, somente se manda o dinheiro após a fábrica ser visitada por um representante da empresa.

Por outro lado, pedidos acima de 40 ou 50 mil dólares, já justificam a visita na China do próprio importador ou seu representante, assim o mesmo pode verificar por si só todos os fatores relevantes para confirmar o pedido.

Embalagens

As embalagens dos produtos podem ser feitas todas em língua portuguesa e na arte final que o importador brasileiro precisa e deseja.

Assim como a produção no Brasil acontece, é possível personalizar caixas, embalagens, código de barras e formas de acondicionamento para que haja o menor trabalho possível no Brasil. Considerando que a mão de obra na china é mais barata que no Brasil,

transferir os custos de embalagem para o fornecedor, por mais que ele cobre pelo serviço, provavelmente terá um custo menor que fazer o mesmo trabalho no Brasil.

Outro fator muito importante em relação às embalagens é que elas mudam a relação de peso e volume do embarque, especialmente para produtos de consumo final, que vem com embalagens especiais como blister ou caixas personalizadas. Considerando que o valor do frete é base para tributação, o tipo de embalagem pode ter peso relevante na composição de custo dos produtos.

Alguns importadores fazem a opção de importar produtos fora de suas embalagens

originais, trazendo as mesmas desmontadas, justamente para melhor aproveitamento de espaço dentro do container, assim baixando o custo unitário de cada peça. Neste caso, se as embalagens estiverem separadas dos produtos, configura importação de embalagens como um item avulso, ou seja, a tributação incidente sobre as embalagens não tem

relação com a tributação do produto em si, mas sim de acordo com seu material

constitutivo. Exemplo: importar aparelhos de GPS fora de suas caixas de plástico. Deve ser feito neste caso pagamento separado dos tributos dos aparelhos de GPS e

pagamento separado dos tributos do produto “caixas de plástico”.

Para importadores que utilizam a modalidade de frete aéreo, o peso da embalagem é

muito importante, especialmente se considerarmos que o custo do frete aéreo pode ser de 12 dólares americanos ou mais. Para o caso de caixas que estão organizadas em paletes, considere que se pagará frete também sobre o peso dos paletes. Então muito cuidado ao organizar as embalagens dos materiais importados.

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Como vou trazer os produtos para o Brasil?

Considerando que já foi escolhido o produto e o fornecedor, é primordial pensar nos meios de transporte para trazer os produtos da China até o Brasil.

O custo de frete é de grande importância na matriz de custo do importador, pois o frete forma a base de cálculo para tributação, ou seja, o governo brasileiro tributa o produto considerando o valor dele no Brasil, e não na China. Se um produto custa 1 dólar na China e tem frete de 50 dólares para chegar até o Brasil. A base para tributação será de 51 dólares. Na verdade a base de tributação é composta de mais elementos além do frete, mas isso veremos mais adiante.

No caso, dois meios de transporte são possíveis da China para o Brasil: aéreo e marítimo.

Transporte Marítimo

É o modo mais comum e econômico de se transportar os produtos. Nesse meio as mercadorias são acondicionadas em containers e transportadas em navios entre os portos da China e Brasil.

Existem vários tipos de containers para se transportar mercadorias, cada um com objetivos e cargas específicas. Os mais comuns são os containers do tipo DRY (seco), sendo que este tipo de container existem três tamanhos. Os tamanhos são 20 pés, 40, pés e 40 pés high cube.

Além dos containers tipo Dry, existem containers refrigerados para transporte de

perecíveis, do tipo flat para transportes de máquinas e equipamentos, do tipo graneleiro para transporte de grãos, do tipo tanque para transporte de líquidos e do tipo plataforma, utilizado para transportes diversos.

O tempo de trânsito de um navio da China para o Brasil gira em torno de 45 dias. Esse tempo pode variar para mais ou para menos de acordo com a companhia marítima e principalmente de acordo com as condições climáticas nos mares ao redor do mundo. Ao contratar fretes marítimos, questione o agente de cargas sobre a rota do navio e sempre peça rotas diretas porto a porto, sem escalas. Naturalmente não há rotas diretas entre todos os portos do mundo mas para os principais portos chineses como Shanghai, Ningbo, Shenzhen e Hong Kong, até os principais portos Brasileiros como Itajaí,

Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro e Vitória, muitas companhias oferecem rotas diretas com frequência semanal.

Pra se contratar o frete marítimo o importador deve buscar um agente de cargas

brasileiro. O agente de cargas é o representante de várias companhias marítimas e ele tem um mapa de reservas e disponibilidades de espaço nos navios para acondicionar sua carga no tempo e rota desejado. É similar a comprar uma passagem aérea. É preciso encontrar o assento disponível, na rota e data desejada.

Apesar de muito comum, não é recomendado contratar fretes fora do Brasil, a menos que se tenha escritório físico no exterior. A contratação de um agente de cargas brasileiro, ou estabelecido no Brasil é importante por conta do atendimento presencial ou próximo

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diretamente no Brasil, que é o local onde as cargas estão chegando. É preciso entender que um agente de cargas estrangeiro tem pouca flexibilidade para lidar com situações dentro dos portos brasileiros, como falta de documento ou registro no sistema. Os portos brasileiros são grandes e estão com muito movimento, então se qualquer imprevisto

acontecer com o container que está chegando, como avarias por exemplo, será de grande valia ter um agente de cargas brasileiro para poder ajudar nestas situações.

O tempo de trânsito (transit time ) entre a China e o Brasil gira em torno de 45 dias, mas

esse tempo pode variar para mais ou para menos, de acordo com o tipo de navio, rotas marítimas, condições climáticas e diversos outros fatores.

Deve-se considerar, ao contratar fretes marítimos, o tempo de movimentação nos portos, tanto no porto de carregamento (origem) quanto no porto de descarregamento (destino), pois, considerando o movimento dos portos, esse tempo é de, no mínimo, 5 dias tanto na origem quanto no destino. Sendo conservador é prudente considerar 15 dias de entrega antecipada antes do navio zarpar do porto de origem e mais 15 dias no porto de destino no Brasil.

Consolidação de Cargas

Para importadores onde o volume da carga é pequeno, é possível solicitar ao agente de cargas um embarque “consolidado”. Essa modalidade, tecnicamente chamada de LCL -Low Container Load, permite o transporte de qualquer volume, até mesmo poucas caixas, em um container. Nestes casos, os armadores juntam (ou consolidam) as cargas de

diversos importadores em um mesmo container.

Alguns importadores se preocupam se a carga de outras pessoas podem atrapalhar ou prejudicar seu processo de desembaraço aduaneiro. A verdade é que NÃO! Pois quando se faz a opção por carga consolidada, nem se sabe o quê e quem está dividindo o espaço no mesmo container. Quando os containers consolidados são descarregados do navio, a carga é retirada de dentro do container (desovado) e somente depois é liberado para fiscalização. Os armadores fazem a seleção das cargas que podem viajar juntas, para não ter nenhum prejuízo e avaria em cargas consolidadas. Por exemplo, produtos químicos e tóxicos não podem viajar com produtos de alimentação, essa separação é feita antes do embarque para que as cargas não seja transportadas juntas.

O custo por quilo ou metro cúbico do transporte consolidado é maior que o transporte “cheio”, chamado FCL - Full Container Load. Estima-se que a carga tendo volume para ocupar 60% de um container, é mais compensador do ponto de vista de preço utilizar um container inteiro.

O tempo de trânsito dos containers consolidados também, na maioria das vezes, é maior, pois é provável que a companhia marítima tenha que adicionar um porto de transbordo entre a origem e o destino, ao passo que a maioria dos containers FCL tem

disponibilidade de rotas diretas entre a China e o Brasil.

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O transporte aéreo é o mais rápido e que tem custo mais alto de todos os modais, por isso é geralmente utilizado em mercadorias de alto valor agregado ou em operações onde a rapidez do transporte é muito importante ou urgente.

O transporte aéreo, por questões de segurança, apresenta diversas restrições em seus embarques. Alguns exemplos são as dimensões das caixas e da carga, que para ser embarcadas em aviões, devem obviamente passar pelas portas da aeronave.

Existem ainda companhias aéreas que operam cargas em aviões de passageiros, nestes casos, as restrições são ainda maiores, pois as portas dos bagageiros inferiores das aeronaves são menores que aquelas dos aviões exclusivamente cargueiros.

Nem todos os aeroportos brasileiros estão autorizados a receber aviões vindos do

exterior, então é preciso fazer um bom planejamento logístico para que a rapidez do avião em vôo se torne um imbróglio atrasando a retirada da carga no Brasil.

O custo aproximado de transporte aéreo, entre a Ásia e o Brasil, para um quilo de mercadoria, é de 12 dólares.

Em um comparativo simples, 400 quilos de carga transportadas via aérea, entre Brasil e China, equivale em termos de custo de frete, a 36 toneladas de transporte via Marítimo.

Quem é quem no transporte internacional?

Uma dúvida muito comum entre os importadores iniciantes é como se faz a contratação dos meios de transporte para sua carga.

Naturalmente tudo depende do projeto de importação, vários fatores podem interferir nessa decisão, contudo para aqueles que não conhecem muito bem todos os trâmites e detalhes de logística, é recomendável contatar um agente de cargas. Esse é o profissional que vai entender as necessidades do importador e oferecer um conjunto de soluções para transporte das mercadorias.

AGENTE DE CARGAS: é a empresa responsável por entender as necessidades do

importador e oferecer solução para transporte das cargas. Pode concentrar nessa mesma empresa o oferecimento de vários tipos de transporte e serviços adicionais como

armazenagem.

ARMADOR: É a empresa que se encarrega de operar as embarcações e efetuar o transporte propriamente dito. Pode operar navios próprios ou navios de terceiros.

COMPANHIAS MARÍTIMAS: São empresas que possuem as embarcações e containers para fazer o transporte das cargas. Podem ser os próprios armadores ou ainda locar suas embarcações e containers para terceiros.

Incoterms - International Commercial Terms

As Incoterms são termos comerciais que definem de forma prática os direitos e

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vendedor e começa a responsabilidade do comprador. Essas condições devem contar no contrato de compra e venda, faturas comerciais ou quaisquer outros documentos que formalize a negociação.

As Incoterms são publicadas oficialmente a cada 10 anos pela CCI, Camara de Comercio Internacional, conforme consta na publicação 715 – Incoterms 2010 que são os termos utilizados no momento.

A utilização das Incoterms não são obrigatórias entre comprador e vendedor, tendo estes liberdade para formar seus próprios acordos comerciais.

São 11 termos atualmente aprovados pela CCI, sendo que cada um deles tem uma sigla de 3 dígitos. Quando formalizada no contrato ou fatura negociada entre comprador e vendedor internacionais, a utilização dos referidos termos simplificam e dão validade  jurídica aos envolvidos na negociação.

Os objetivos dos termos são:

• Identificar a divisão de custos da operação; • Definir local de entrega da carga;

• Determinar o momento em que se dá a transferência da responsabilidade sobre a

carga;

• Quais documentos a serem apresentados pelo vendedor como prova de cumprimento

da entrega.

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Os termos estão classificados em 4 grupos representados pelas letras: E, F, C e D

• Grupo E: significa EXPORTER, contendo somente um termo, é quando o exportador

coloca as mercadorias à disposição do importador em seu recinto ou domínio;

• Grupo F: significa FREE, quando o exportador entrega as mercadorias em um meio de

transporte escolhido pelo comprador. Três termos estão presentes neste grupo;

• Grupo C: significa COST, o exportador contrata o transporte principal, mas sem

assumir os riscos de perdas e danos da carga nem os custos adicionais das mercadorias forem carregadas. Existem quatro termos neste grupo;

• Grupo D: significa DELIVERY, o exportador arca com todos os custos e riscos da

carga até o ponto de entrega acordado com o importador.

EXW – Ex Works (Na Origem):

Nesse acordo praticamente toda a responsabilidade do transporte fica por conta do importador. O produto e a fatura comercial devem estar à disposição do comprador na própria fábrica do vendedor.

As despesas e quaisquer perdas e danos a partir da entrega da mercadoria, incluindo o despacho exterior, são de responsabilidade do comprador. O exportador deve oferecer apoio para obtenção da documentação referente despacho da mercadoria.

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FCA – Free Carrier (Disponível no Transportador)

Compete ao vendedor entregar a mercadoria à custodia do transportador, indicado pelo comprador, no local determinado. A partir desse momento, todas as despesas, bem como a responsabilidade por perdas e danos que a mercadoria possa vir a sofrer, correm por conta do comprador.

O ponto diferencial desse termo é o desembaraço da mercadoria que nesse caso deve ser realizada pelo exportador. A mercadoria deve estar presente no local indicado pelo importador, encerrando aí a responsabilidade do exportador.

Pode ser aplicado a qualquer modal de transporte

FAS – Free Along Ship (Disponível ao lado do navio)

Fica a cardo do vendedor todas as despesas até a colocação da mercadoria no cais do porto de embarque, ao lado do costado do navio, no seu ponto de atracação, cabendo-lhe, também, a responsabilidade por quaisquer perdas ou danos sofridos pela mercadoria até a sua chegada ao costado do navio. Compete-lhe, inclusive, fornecer ao comprador, a seu pedido e conta, assistência na obtenção de documentos no país de origem ou de embarque, como certificados de origem, licenças de exportação, etc.

Pode ser utilizado para transportes marítimos, fluviais e lacustres.

FOB – Free on Board (entregue livre a bordo)

Um dos termos mais utilizados no comércio internacional. Nesse caso a responsabilidade do exportador vai um pouco mais além do termo FAS, já que sua responsabilidade só cessa quando a mercadoria estiver totalmente embarcada no navio que fará o transporte. Devido ao conhecimento do exportador quanto ao custos e demais procedimentos em seu território esse termo ganhou grande popularidade nas transações internacionais.

O importador que busca fornecedores em diferentes mercados, em termos gerais evita ter responsabilidades em territórios desconhecidos. O exportador por sua vez já possui uma noção dos custos para sua mercadoria chegar até os portos nacionais o que lhe facilita no momento de oferecer cotações para diferentes mercados.

Esse termo pode somente ser utilizado em modais de transporte aquíferos.

CFR – Cost and Freight (Custo e Frete)

O exportador é responsável por pagar os custos de desembaraço na exportação, frete até o porto de destino, porém seus riscos terminam quando as mercadorias passam a murada do navio. O pagamento do seguro pode ser combinado entre as partes de deve constar no contrato ou fatura negociada.

Utilizado somente para modais aquíferos.

CIF – Cost, Insurance and Freight (Custo, Seguro e Frete)

O Incorterm CIF aparece logo em seguida do termo FOB como um dos mais populares no comércio internacional. No contrato internacional CIF, a obrigatoriedade do exportador encerra-se na transposição da mercadoria da murada do navio ao descarregar

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no porto de destino. O seguro marítimo também será por conta do vendedor, a obrigatoriedade contudo se limita a aquisição de um seguro mínimo.

Modalidade utilizável somente em modais aquíferos.

CPT – Carriage Paid To (Transporte pago até)

Similar ao CFR, esta condição estipula que o vendedor é o responsável pelas despesas de embarque e frete internacional da mercadoria até o local de destino designado.

Esse acordo transfere a responsabilidade quanto ao risco de perda ou dos bens e possíveis aumentos de custos diretamente ao importador, a partir do momento que os produtos estiverem em sua custódia. Ao utilizar o CPT o vendedor deve proceder com os desembaraços no processo de exportação.

Esse termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

CIP – Carriage and Insurance Paid To (Transporte e seguro pago até)

Condições semelhantes ao CPT. Assim como no termo anterior é de responsabilidade do vendedor o desembaraço no processo de exportação. Além das despesas de embarque e do frete até o local de destino designado, o exportador também é responsável pelos

gastos com o seguro de transporte da mercadoria até o destino. Modalidade pode ser utilizada em qualquer tipo de transporte.

DAT – Delivery at Terminal (Entregue no Terminal)

O novo termo DAT chega para substituir o DEQ, termo já praticamente inutilizado no cotidiano do comércio internacional. Considerando as condições desse novo termo a mercadoria pode ser entregue em um terminal portuário ou em um terminal fora do porto. A responsabilidade do exportador consiste em colocar a mercadoria à disposição do comprador, pronta para ser descarregada no terminal de destino, assume-se os riscos e custos até o local.

Pode ser utilizado em qualquer tipo de transporte DAP – Delivery at (Entrega no local determinado)

Com a criação do DAP se extinguiu os termos DAF, DES e DDU. Apesar da semelhança com o DAT existe uma diferença sutil quanto a extensão da responsabilidade e o local de destino.

No caso do DAP a responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria a disposição do comprador no porto designado, a diferença é que outro local também pode ser designado como a empresa do importador. Assim como no DAT as formalidades da importação ficam por conta do comprador.

Pode ser utilizado em qualquer tipo de transporte.

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No termo em questão o exportador assume grande parte dos encargos. Como

responsabilidades existem o compromisso de entrega da mercadoria já desembaraçada para importação e assumir as despesas com impostos.

Deve-se também arcar com o frete interno desde o local de desembarque até o local

designado pelo importador. Caso as partes desejarem excluir das obrigações do vendedor custos referentes ao processo de importação, tal ação deverá ser exposta no contrato de venda.

Por se tratar de um dos termos com maior teor de responsabilidades ao vendedor, somente deve ser utilizado caso esse seja capaz de obter a licença de importação. De acordo com as regras brasileiras, essa modalidade não pode ser utilizada, uma vez que a responsabilidade da importação, pagamentos de impostos e outras medidas administrativas, é sempre do importador.

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