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Demonstrações Contábeis de 31 de dezembro de 2009 US GAAP

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Demonstrações Contábeis de

31 de

dezembro de 2009

US GAAP

Arquivada na CVM e na SEC em 10/02/10

(2)

Vale S.A.

ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS

Nr. Relatório da firma independente registrada de contadores públicos... 2

Relatório da Administração sobre os Controles Internos das Demonstrações Contábeis... 5

Balanços Patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2009 e 2008... 6

Demonstrações consolidadas dos resultados para os períodos de três meses findos em 31 de dezembro de 2009, 30 de setembro de 2009 e 31 de dezembro de 2008 e para os anos

findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008... 8 Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa para os períodos de três meses findos 31

de dezembro de 2009, 30 de setembro de 2009 e 31 de dezembro de 2008 e para os anos

findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008... 9 Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido para períodos de três

meses findos em 31 de dezembro de 2009, 30 de setembro de 2009 e 31 de dezembro de

2008 e para os anos findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008... 10 Demonstrações consolidadas dos lucros (prejuízos) abrangentes para períodos de três

meses findos em 31 de dezembro de 2009, 30 de setembro de 2009 e 31 de dezembro de

2008 e para os anos findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008... 11 Notas explicativas às demonstrações contábeis consolidadas... 12 Informações financeiras suplementares (não auditada)... 59

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(4)
(5)
(6)

Relatório da administração sobre controles internos relacionados às

demonstrações financeiras consolidadas

A administração da Vale S.A (Vale) é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados relacionados às demonstrações financeiras consolidadas.

Os controles internos relacionados às demonstrações financeiras consolidadas são processos desenvolvidos para fornecer conforto razoável em relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e à elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, divulgadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos relacionados às demonstrações financeiras consolidadas incluem as políticas e os procedimentos que: (i) dizem respeito à manutenção de registros que, em detalhes razoáveis, refletem precisa e adequadamente as transações e destinação dos ativos da companhia; (ii) proporcionam conforto razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que os recebimentos e pagamentos da companhia são efetuados somente de acordo com autorizações da administração e dos diretores da companhia; e (iii) fornecem conforto razoável em relação à prevenção ou detecção tempestiva de aquisição, utilização ou destinação não autorizadas dos ativos da companhia que poderiam ter um efeito relevante sobre as demonstrações financeiras consolidadas.

Em razão de suas limitações inerentes, os controles internos relacionados às demonstrações financeiras consolidadas podem não impedir ou não detectar erros. Da mesma forma, as futuras avaliações da efetividade dos controles internos estão sujeitas ao risco de que estes venham a se tornar inadequados por causa de mudanças nas condições, ou que o grau de adequação às políticas e aos procedimentos venha a se deteriorar.

A administração da Vale avaliou a eficácia dos controles internos da Companhia relacionados às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2009, de acordo com os critérios estabelecidos na norma Internal Control – Integrated Framework (Controles Internos - Um Modelo Integrado), emitida pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission - COSO. Baseado nas avaliações e nos critérios aplicados, a administração da Vale concluiu que, em 31 de dezembro de 2009, os controles internos da Companhia relacionados às demonstrações financeiras consolidadas são efetivos.

A efetividade dos controles internos da Companhia relacionados às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2009 foi auditada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, firma registrada de auditoria independente, cujo parecer consta em seu relatório anexo.

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2010

Roger Agnelli Diretor-Presidente

Fábio de Oliveira Barbosa

(7)

Balanços Patrimoniais Consolidados

Em milhões de dólares norte americanos

Em 31 de dezembro de 2009 2008 Ativo Corrente Caixa e equivalentes 7.293 10.331 Caixa e bancos 3.747 2.308 Contas a receber Partes relacionadas 79 137 Outros 3.041 3.067

Empréstimos e Adiantamentos - Partes Relacionadas 107 53

Estoques 3.196 3.896

Imposto de Renda Diferido 852 583

Ganhos não realizados com instrumentos Derivativos 105 -

Adiantamento para fornecedores 498 405

Impostos a Recuperar 1.511 1.993 Outros 865 465 21.294 23.238 Não Corrente Imobilizado líquido 67.637 48.454 Intangíveis 1.173 875

Investimentos em coligas em joint-ventures e outros

investimentos 4.585 2.408

Outros Ativos

Ágio na aquisição de subsidiárias 2.313 1.898

Empréstimos e adiantamentos

Partes relacionadas 36 -

Outros 158 77

Custos com plano de pensão pagos antecipadamente 1.335 622

Despesas Antecipadas 235 223

Déposito Judicial 1.143 1.141

Adiantamento para fornecedores - Energia 511 408

Impostos a Recuperar 817 394

Ganhos não realizados com instrumentos Derivativos 865 93

Outros 177 161

7.590 5.017

(8)

Balanços Patrimoniais Consolidados

Em milhões de dólares norte americanos (Exceto em número de ações)

(Continuação)

Em 31 de dezembro de

2009 2008

Passivo e Patrimônio líquido

Corrente

Fornecedores 2.309 2.261

Salários e encargos sociais 864 591

Parcela circulante dos empréstimos e financiamentos de longo prazo 2.933 633

Empréstimos e financiamentos de curto prazo 30 -

Empréstimos de partes relacionadas 19 77

Provisão para imposto de renda 173 502

Tributos a pagar 124 55

Benefícios para empregados pós-aposentadoria 144 102

Subconcessão ferroviária à pagar 285 400

Perdas não realizadas com instrumentos derivativos 129 -

Provisões para obrigações com desmobilização de ativos 89 48

Dividendo mínimo obrigatório à pagar 1.464 2.068

Outros 618 500

9.181 7.237

Não corrente

Benefícios para empregados pós-aposentadoria 1.970 1.485

Empréstimos e financiamentos de longo prazo 19.898 17.535

Provisões para contingências (nota explicativa 20 (b)) 1.763 1.685

Perdas não realizadas com instrumentos derivativos 9 634

Imposto de renda diferido 5.755 4.005

Provisões para obrigações com desmobilização de ativos 1.027 839

Debêntures participativas 752 379

Outros 1.427 1.146

32.601 27.708

Participação dos acionistas não controladores (nota explicativa 4(b)) 731 599

Compromissos e contingências (nota explicativa 20)

Patrimônio líquido

Ações preferenciais classe A - 7.200.000.000 ações autorizadas,

sem valor nominal e 2.108.579.618 (2008 - 2.108.579.618) emitidas 9.727 9.727

Ações ordinárias - 3.600.000.000 ações autorizadas,

sem valor nominal e 3.256.724.482 (2008 - 3.256.724.482) emitidas 15.262 15.262

Ações em tesouraria - 77.581.904 (2008 - 76.854.304) ações

preferenciais e 74.997.899 (2008 - 74.937.899) ações ordinárias (1.150) (1.141)

Capital integralizado adicional 411 393

Títulos mandatoriamente conversíveis em ações ordinárias 1.578 1.288

Títulos mandatoriamente conversíveis em ações preferenciais 1.225 581

Outras perdas abrangentes acumuladas (1.808) (11.510)

Reservas de lucros não apropriados 28.508 18.340

Lucros acumulados não apropriados 3.182 9.616

Total do patrimônio líquido da Companhia 56.935 42.556

Participação dos acionistas não controladores 2.831 1.892

Total do patrimônio líquido 59.766 44.448

TOTAL 102.279 79.992

(9)

Demonstrações Consolidadas do Resultado

Em milhões de dólares norte americanos

(Exceto em número de ações e valores por ação)

Período de três meses findos em (não auditado) Exercícios findos em 31 de dezembro

31 de dezembro de 2009 30 de setembro de 2009 31 de dezembro de 2008 2009 2008 2007

Receitas operacionais, líquidas de descontos, devoluções e

abatimentos

Vendas de minerais e metais 5.366 5.824 6.052 19.915 32.779 28.441

Produtos de alumínio 611 529 779 2.050 3.042 2.722

Receitas de serviços de logística 307 317 310 1.104 1.607 1.525

Outros produtos e serviços 257 223 301 870 1.081 427

6.541 6.893 7.442 23.939 38.509 33.115

Impostos sobre vendas e serviços (208) (187) (187) (628) (1.083) (873)

Receitas operacionais líquidas 6.333 6.706 7.255 23.311 37.426 32.242

Despesas e custos operacionais

Custo de minerais e metais vendidos (2.899) (2.663) (2.730) (10.026) (14.055) (13.628)

Custo de produtos de alumínio (571) (535) (529) (2.087) (2.267) (1.705)

Custo de serviços de logística (235) (201) (190) (779) (930) (853)

Outros (290) (192) (71) (729) (389) (277)

(3.995) (3.591) (3.520) (13.621) (17.641) (16.463)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (378) (289) (708) (1.130) (1.748) (1.245)

Pesquisa e desenvolvimento (296) (231) (295) (981) (1.085) (733)

Redução do valor recuperável de ativos intangíveis - - (950) - (950) -

Outros (561) (302) (719) (1.522) (1.254) (607)

(5.230) (4.413) (6.192) (17.254) (22.678) (19.048)

Resultado operacional 1.103 2.293 1.063 6.057 14.748 13.194

Receitas (despesas) não-operacionais

Receitas financeiras 65 98 247 381 602 295

Despesas financeiras (548) (430) (399) (1.558) (1.765) (2.517)

Ganhos (perdas) com derivativos, líquido 296 341 (586) 1.528 (812) 931

Variações monetárias e cambiais ganhos (perdas), líquidas 17 119 (241) 675 364 2.553

Ganho (perda) na venda de investimentos (190) 73 - 40 80 777

(360) 201 (979) 1.066 (1.531) 2.039

Lucro antes do imposto de renda, do resultado de equivalência 743 2.494 84 7.123 13.217 15.233

Imposto de renda

Corrente 583 (696) 966 (2.084) (1.338) (3.901)

Diferido 173 (230) 219 (16) 803 700

756 (926) 1.185 (2.100) (535) (3.201)

Equivalência patrimonial em coligadas, joint ventures e outros

investimentos 71 155 125 433 794 595

Lucro líquido 1.570 1.723 1.394 5.456 13.476 12.627

Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores 51 46 27 107 258 802

Lucro líquido atribuido aos acionistas da Companhia 1.519 1.677 1.367 5.349 13.218 11.825

Ganho básico e diluído por ação atribuído aos acionistas da Companhia

Ganhos por ação prefencial 0,28 0,31 0,25 0,97 2,58 2,41

Ganhos por ação ordinária 0,28 0,31 0,25 0,97 2,58 2,41

Ganhos por ações prefenciais vinculados a títulos obrigatoriamente

conversíveis (*) 0,52 0,50 0,76 1,71 4,09 3,30

Ganhos por ações ordinárias vinculados a títulos obrigatoriamente

conversíveis (*) 0,59 0,59 0,81 2,21 4,29 3,51

(*) Lucro básico por ação assumindo a diluição pela conversão.

(10)

Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa

Em milhões de dólares norte americanos

Período de três meses findos em (não

auditado) Exercícios findos em 31 de dezembro Fluxos de caixa das atividades operacionais:

31 de dezembro de 2009 30 de setembro de 2009 31 de dezembro de 2008 2009 2008 2007 Lucro líquido 1.570 1.723 1.394 5.456 13.476 12.627

Ajustes para reconciliar o lucro líquido com recursos provenientes das

atividades operacionais:

Depreciação, exaustão e amortização 799 721 568 2.722 2.807 2.186

Dividendos recebidos 243 - 116 386 513 394

Equivalência patrimonial em coligadas, joint ventures e outros investimentos (71) (155) (125) (433) (794) (595)

Imposto de renda diferido (173) 230 (219) 16 (803) (700)

Redução da recuperação de ativos e ágio - - 950 - 950 -

Perda na baixa do ativo imobilizado 113 93 10 293 376 168

(Ganhos)/Perdas na venda de investimentos 190 (73) - (40) (80) (777)

Perdas (ganhos) cambiais e monetários, líquidos (37) (184) 740 (1.095) 451 (2.827)

Perdas (ganhos) líquidos não realizados com instrumentos derivativos (248) (329) 649 (1.382) 809 (917)

Despesas (receitas) de juros não realizadas, líquidas 2 24 (3) (25) 116 102

Outros (5) 59 17 20 (3) 115

Redução (aumento) em ativos:

Contas a receber 327 (373) 1.615 616 (466) 235

Estoques (128) 441 (43) 530 (467) (343)

Tributos a recuperar (791) (272) (144) 108 (263) -

Outros (277) (93) (27) (455) 21 (292)

Aumento (redução) no passivo:

Fornecedores 559 (108) 200 121 703 998

Salários e encargos sociais 108 128 (25) 159 1 170

Impostos a pagar (696) 522 119 (234) (140) 393

Outros (74) 140 501 373 (93) 75

Recursos provenientes das atividades operacionais 1.411 2.494 6.293 7.136 17.114 11.012

Fluxos de caixa provenientes das atividades de investimento:

Investimento de curto prazo 815 (1.562) (1.674) (1.439) (2.308) -

Empréstimos e adiantamentos a receber

Partes relacionadas Adições (14) (106) (3) (181) (37) (33) Pagamentos - - 18 7 58 10 Outros (4) (11) 24 (25) (15) 1 Depósitos judiciais (55) (24) (71) (132) (133) (125) Investimentos (806) (712) (19) (1.947) (128) (324) Adições ao imobilizado (2.755) (1.645) (3.689) (8.096) (8.972) (6.651)

Recursos provenientes da venda de investimentos/bens do imobilizado 158 171 - 606 134 1.042

Aquisição de subsidiárias, líquida de caixa adquirido - (802) - (1.952) - (2.926)

Recursos utilizados nas atividades de investimentos, líquidos (2.661) (4.691) (5.414) (13.159) (11.401) (9.006)

Fluxo de caixa proveniente de atividade de financiamento:

Empréstimos e financiamentos de curto prazo, adições 323 508 1 1.285 1.076 4.483

Empréstimos e financiamentos de curto prazo, pagamentos (379) (459) (125) (1.254) (1.311) (5.040)

Empréstimos

Partes relacionadas

Adições 16 - 33 16 54 259

Pagamentos (15) (135) - (373) (20) (273)

Empréstimos e financiamento de longo prazo

Terceiros 1.537 1.086 253 3.104 1.890 7.212

Pagamentos de empréstimos e financiamento de longo prazo

Terceiros (48) (97) (65) (307) (1.130) (11.130)

Ação em tesouraria - 1 (752) (9) (752) -

Títulos mandatoriamente conversíveis - 934 - 934 - 1.869

Aumento de capital - - - - 12.190 -

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos a acionistas (1.469) - (1.600) (2.724) (2.850) (1.875) Dividendos e juros sobre capital próprio pagos a acionistas não controladores (47) - (56) (47) (143) (714)

Recursos provenientes das (utilizados nas) atividades de financiamento (82) 1.838 (2.311) 625 9.004 (5.209)

Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes (1.332) (359) (1.432) (5.398) 14.717 (3.203)

Efeito de variações de taxa de câmbio no caixa e equivalentes 167 625 (2.863) 2.360 (5.432) (199)

Caixa e equivalentes no início do período 8.458 8.192 14.626 10.331 1.046 4.448

Caixa e equivalentes no final do período 7.293 8.458 10.331 7.293 10.331 1.046

Pagamentos efetuados durante o período:

Juros sobre empréstimos e financiamentos de curto prazo - (1) - (1) (11) (49)

Juros sobre empréstimos e financiamentos de longo prazo (289) (236) (314) (1.113) (1.255) (1.289)

Imposto de renda (973) (130) (149) (1.331) (2.867) (3.284)

Transações que não envolveram caixa

Juros capitalizados 77 74 185 266 230 78

(11)

Demonstrações Consolidadas das Mutações do Patrimônio Líquido

Em milhões de dólares norte americanos

(Exceto em número de ações)

Período de três meses findos em (não auditado) Exercícios findos em 31 de dezembro

31 de dezembro de 2009 30 de setembro de 2009 31 de dezembro de 2008 2009 2008 2007

Ações preferenciais classe A (incluindo doze ações de classe especial)

Saldo inicial 9.727 9.727 9.727 9.727 4.953 4.702

Aumento de capital - - - - 4.774 -

Transferência de reserva de lucros - - - - - 251 Saldo final 9.727 9.727 9.727 9.727 9.727 4.953

Ações ordinárias

Saldo inicial 15.262 15.262 15.262 15.262 7.742 3.806

Aumento de capital - - - - 7.520 -

Transferência de reserva de lucros - - - - - 3.936 Saldo final 15.262 15.262 15.262 15.262 15.262 7.742

Ações em tesouraria

Saldo inicial (1.150) (1.151) (389) (1.141) (389) (389)

Vendas (Aquisições) - 1 (752) (9) (752) -

Saldo final (1.150) (1.150) (1.141) (1.150) (1.141) (389)

Capital integralizado adicional

Saldo inicial 411 393 393 393 498 498

Variação no período - 18 - 18 (105) -

Saldo final 411 411 393 411 393 498

Títulos mandatóriamente conversíveis em ações ordinárias

Saldo inicial 1.578 1.288 1.288 1.288 1.288 1.288

Variação no período - 290 - 290 - -

Saldo final 1.578 1.578 1.288 1.578 1.288 1.288

Títulos mandatóriamente conversíveis em ações preferenciais

Saldo inicial 1.225 581 581 581 581 581

Variação no período - 644 - 644 - -

Saldo final 1.225 1.225 581 1.225 581 581

Outros lucros (prejuízos) abrangentes acumulados Ajustes acumulados de conversão

Saldo inicial (2.542) (6.385) (3.993) (11.493) 1.340 (1.628) Variação no período 770 3.843 (7.500) 9.721 (12.833) 2.968 Saldo final (1.772) (2.542) (11.493) (1.772) (11.493) 1.340

Ganho (perdas) não realizado em investimentos disponíveis para venda, líquido de

impostos

Saldo inicial (1) 49 (79) 17 211 271

Variação no período 1 (50) 96 (17) (194) (60)

Saldo final - (1) 17 - 17 211

Superavit (deficit) devido a provisão para plano de pensão

Saldo inicial 346 75 (304) (34) 75 353 Variação no período (384) 271 270 (4) (109) (278)

Saldo final (38) 346 (34) (38) (34) 75

Hedge de fluxo de caixa

Saldo inicial 13 1 28 - 29 -

Variação no período (11) 12 (28) 2 (29) 29

Saldo final 2 13 - 2 - 29

Total de outros lucros (prejuízos) abrangentes acumulados (1.808) (2.184) (11.510) (1.808) (11.510) 1.655

Reservas de lucros

Saldo inicial 24.053 21.930 14.183 18.340 15.317 9.555 Transferência de lucros acumulados não apropriados 4.455 2.123 4.157 10.168 3.023 9.949

Juros capitalizados - - - - - (4.187)

Saldo final 28.508 24.053 18.340 28.508 18.340 15.317

Lucros acumulados não apropriados

Saldo inicial 7.624 8.107 14.521 9.616 1.631 2.505 Lucro líquido atribuido aos acionistas da Companhia 1.519 1.677 1.367 5.349 13.218 11.825 Juros atribuídos aos títulos mandatoriamente conversíveis

Ações preferenciais classe A (19) (16) (15) (58) (46) (22) Ações ordinárias (23) (21) (32) (93) (96) (45) Dividendos e juros sobre capital próprio atribuídos aos acionistas

Ações preferenciais classe A (570) - (806) (570) (806) (1.049) Ações ordinárias (894) - (1.262) (894) (1.262) (1.634) Apropriações para reservas de lucros (4.455) (2.123) (4.157) (10.168) (3.023) (9.949) Saldo final 3.182 7.624 9.616 3.182 9.616 1.631

Total do patrimônio líquido da Companhia 56.935 56.546 42.556 56.935 42.556 33.276

Participação dos acionistas não controladores

Saldo inicial 2.798 2.477 2.211 1.892 2.180 2.465 Alienação e (aquisição) de participação de acionistas não controladores (15) 69 - 83 - (817) Ajustes acumulados de conversão 79 209 (343) 823 (445) 333 Hedge de fluxo de caixa (30) 12 (26) (18) (21) 21 Lucro líquido atribuido aos acionistas não controladores 51 46 27 107 258 802 Dividendos e juros sobre capital próprio atribuídos aos acionistas não controladores (52) (3) (1) (56) (137) (700) Capitalização de adiantamento para futuro aumento de capital - (12) 24 - 57 76 Saldo final 2.831 2.798 1.892 2.831 1.892 2.180

Total do patrimônio líquido 59.766 59.344 44.448 59.766 44.448 35.456

Número de ações:

Ações preferenciais classe A (incluindo doze ações de classe especial) 2.108.579.618 2.108.579.618 2.108.579.618 2.108.579.618 2.108.579.618 1.919.516.400 Ações ordinárias 3.256.724.482 3.256.724.482 3.256.724.482 3.256.724.482 3.256.724.482 2.999.797.716 Recompra de ações Saldo inicial (152.579.803) (152.623.603) (86.922.944) (151.792.203) (86.923.184) (86.927.072) Aquisições - - (64.869.259) (831.400) (64.869.259) - Vendas - 43.800 - 43.800 240 3.888 Saldo final (152.579.803) (152.579.803) (151.792.203) (152.579.803) (151.792.203) (86.923.184) 5.212.724.297 5.212.724.297 5.213.511.897 5.212.724.297 5.213.511.897 4.832.390.932 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

(12)

Demonstrações Consolidadas dos lucros (prejuízos) abrangentes

Em milhões de dólares norte americanos

Período de três meses findos em (não

auditado) Exercícios findos em 31 de dezembro

dezembro 31 de de 2009 30 de setembro de 2009 31 de dezembro de 2008 2009 2008 2007

Lucros (prejuízos) abrangentes estão representados abaixo:

Acionistas da Companhia:

Lucro líquido atribuído aos acionistas da Companhia 1.519 1.677 1.367 5.349 13.218 11.825

Ajustes acumulados de conversão 770 3.843 (7.500) 9.721 (12.833) 2.968

Ganho (perdas) não realizado em investimentos disponíveis para venda

Saldo bruto no final do período / ano 1 (68) 147 (47) (230) (123)

Benefício (despesa) de imposto de renda - 18 (51) 30 36 63

1 (50) 96 (17) (194) (60)

Superávit (déficit) devido a provisão para plano de pensão

Saldo bruto no final do período / ano (578) 377 350 10 (194) (410)

Benefício (despesa) de imposto de renda 194 (106) (80) (14) 85 132

(384) 271 270 (4) (109) (278)

Hedge de fluxo de caixa

Saldo bruto no final do período / ano (2) 12 (28) 11 (29) 29

Benefício (despesa) de imposto de renda (9) - - (9) - -

(11) 12 (28) 2 (29) 29

Total do Lucro (prejuízo) abrangente atribuído aos acionistas da

Companhia 1.895 5.753 (5.795) 15.051 53 14.484

Participação de acionistas não controladores:

Lucro líquido atribuído aos acionistas da Companhia 51 46 27 107 258 802

Ajustes acumulados de conversão 79 209 (343) 823 (445) 333

Hedge de fluxo de caixa (30) 12 (26) (18) (21) 21

Total do lucro (prejuízo) abrangente atribuído à participação dos acionistas

não controladores 100 267 (342) 912 (208) 1.156

O lucro total abrangente total (prejuízo) 1.995 6.020 (6.137) 15.963 (155) 15.640

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Consolidadas

Em milhões de dólares norte americanos, exceto quando informado diferentemente 1 A Companhia e suas operações

A Vale S.A, anteriormente Companhia Vale do Rio Doce, (“Vale”, a “Companhia” ou “Nós”) é uma sociedade anônima devidamente organizada sob as leis da República Federativa do Brasil. As operações são executadas pela Vale e suas subsidiárias, joint ventures e coligadas, e consistem principalmente de mineração, produção de metais não ferrosos e logística, bem como atividades de aço.

Em 31 de dezembro de 2009, as principais subsidiárias operacionais que consolidamos são:

Controladora % participação

% capital votante

Localização da

sede Atividade principal

Alumina do Norte do Brasil S.A. - Alunorte 57,03 59,02 Brasil Alumina Alumínio Brasileiro S.A. - Albras 51,00 51,00 Brasil Alumínio

CADAM S.A 61,48 100,00 Brasil Caulim

CVRD Overseas Ltd 100,00 100,00 Ilhas Cayman Trading

Vale Colombia Ltd 100,00 100,00 Colômbia Carvão

Ferrovia Centro-Atlântica S. A 99,99 99,99 Brasil Logística

Ferrovia Norte Sul S.A 100,00 100,00 Brasil Logística

Mineração Corumbá Reunidas S.A. 100,00 100,00 Brasil Minério de ferro

Pará Pigmentos S.A. 86,17 85,57 Brasil Caulim

PT International Nickel Indonesia Tbk 59,09 59,09 Indonésia Níquel

Vale Manganése Norway 100,00 100,00 Noruega Ferroalloys

Vale Manganês S.A. 100,00 100,00 Brasil Manganês e Ferroligas

Vale Manganèse France 100,00 100,00 França Ferroalloys

Vale Australia Pty Ltd. 100,00 100,00 Austrália Carvão

Vale Inco Limited 100,00 100,00 Canadá Níquel

Vale International S.A 100,00 100,00 Suíça Trading

2 Base de consolidação

As demonstrações contábeis das empresas nas quais possuímos controle sobre suas ações e administração são consolidadas. Todos os principais saldos e transações entre companhias são eliminados. As entidades com participação variável, nas quais somos os beneficiários principais, estão consolidadas. Os investimentos em coligadas e joint ventures não consolidados estão demonstrados pelo método de equivalência patrimonial (Nota 13).

Avaliamos nossos investimentos listados com base em cotações de mercado quando disponíveis. Se a cotação de mercado estiver abaixo do valor registrado em nosso balanço e tal desvalorização não for considerada temporária, baixamos o valor de nossos investimentos até o limite calculado pela cotação de mercado.

Definimos joint ventures como negócios, nos quais nós e um pequeno grupo de outros sócios participam cada um ativamente na administração da entidade, baseado em acordo de acionistas. Definimos coligadas como negócios nos quais participamos como acionista não controlador, mas com influência significativa nas políticas operacional e financeira da empresa investida.

Nossa participação em projetos hidroelétricos é feita via contratos de consórcios nos quais detemos participações não divisíveis em ativos e respondemos proporcionalmente a nossa participação nos passivos e despesas, as quais são baseadas em nossa participação proporcional na energia gerada. Não possuímos responsabilidade solidária por nenhuma obrigação. A legislação brasileira estabelece, claramente, que não existe entidade jurídica separada resultante de um contrato de consórcio. Dessa forma, reconhecemos nossa participação proporcional dos custos e das participações não divisíveis nos ativos relacionados aos projetos hidrelétricos (Nota 12).

(14)

3 Resumo das principais práticas contábeis

A preparação das demonstrações contábeis requer que a administração utilize estimativas e premissas que afetam os valores reportados de ativos e passivos e a divulgação de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações contábeis e os valores reportados de receitas e despesas durante o período. As estimativas são utilizadas para, mas não se limitam, a seleção da vida útil de ativos imobilizados, provisões para contingências, valores de mercado atribuídos a ativos e passivos em transações de aquisição de empresas, provisão para perdas de créditos de imposto de renda, benefícios pós-aposentadoria para empregados e outras avaliações semelhantes. Os resultados atuais podem ser diferentes dessas estimativas.

a) Bases da apresentação

Preparamos nossas informações contábeis consolidadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (“US GAAP”), que diferem em alguns aspectos, das práticas contábeis adotadas no Brasil (“BR GAAP”), que são a base de nossas demonstrações contábeis oficiais. Estas demonstrações financeiras refletem a adoção retrospectiva das participações dos acionistas não controladores nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2008 e os três anos encerrados. O padrão de participações dos acionistas não controladores esclarece que uma participação de acionista não controlador em uma subsidiária é uma participação acionária na entidade consolidada, que deve ser registrada como patrimônio liquido nas demonstrações financeiras consolidadas, como demonstrado nas demonstrações das mutações do patrimônio líquido e na demonstração de outros lucros ou prejuízos abrangentes. As participações dos acionistas não controladores que poderia ser resgatada após a ocorrência de certos eventos fora do controle da Companhia foram classificadas como participações de acionistas não controladores resgatáveis, com a apresentação no balanço, entre o passivo e patrimônio líquido, com efeitos retroativos a todos os períodos apresentados.

Desde dezembro de 2007, alterações significativas foram feitas para os princípios contábeis brasileiros como parte de um projeto de convergência com as normas International Financial Reporting Standards (IFRS) e a partir de 2010, ano da conclusão plena da convergência das demonstrações financeiras e, portanto, o IFRS será a prática contábil adotada no Brasil. A Companhia não espera interromper a divulgação em USGAAP durante 2010.

Nossas demonstrações contábeis consolidadas condensadas para os períodos de três meses findos em 31 de dezembro de 2009, 30 de setembro de 2009 e 31 de dezembro de 2008 aqui apresentadas, não foram auditadas. Contudo, em nossa opinião tais informações contábeis consolidadas condensadas contemplam os ajustes decorrentes das atividades usuais, necessários para refletir a adequada apresentação do resultado do período mencionado.

O real brasileiro é a moeda funcional da controladora. Escolhemos o dólar americano como nossa moeda de reporte.

Todos os ativos e passivos foram convertidos para dólares americanos pela taxa de fechamento na data das demonstrações contábeis (ou, se não disponível, a taxa do primeiro dia útil do mês subseqüente). A demonstração do resultado foi convertida para Dólares Americanos à taxa média de cada período correspondente. As rubricas de Capital Social, são registradas à taxas históricas. Ganhos e perdas na tradução são registrados sob a rubrica Efeitos de Conversão de Moeda Estrangeira (CTA – Cumulative

Translation Adjustments), no patrimônio líquido.

Os resultados das operações e posições financeiras das entidades que possuem moeda funcional diferente da moeda US dólar e os ajustes de tradução dessas demonstrações para US dólar são reconhecidos no CTA no patrimônio líquido.

As taxas usadas para converter os ativos e passivos das operações brasileiras em 31 de dezembro de 2009 e 2008 foram R$1,7412 e R$ 2,3370, respectivamente.

Os ganhos e (perdas) líquidos registrados em nossas demonstrações 31 de dezembro de 2009, 2008 e 2007 foram US$665, US$ (1.011) e US$ 1.639, respectivamente.

A Companhia realizou uma avaliação dos eventos subseqüentes até 10 de fevereiro de 2010, data da divulgação das demonstrações financeiras.

(15)

b) Caixa e equivalentes de caixa e investimentos de curto prazo

Os fluxos de caixa dos financiamentos e investimentos de curto prazo são demonstrados pelos valores líquidos. As aplicações a curto prazo que possuem liquidez imediata e vencimento original em até 90 dias são consideradas caixa e equivalentes. Os investimentos remanescentes, com uma duração entre 91 dias e 360 dias são reconhecidos a valor justo e registrados em investimentos de curto prazo.

c) Longo prazo

Ativos e passivos que realizáveis ou devidos por mais de 12 meses após a data do balanço são classificados como longo prazo.

d) Estoques

Os estoques são registrados pelo custo de aquisição ou produção, reduzidos a valor de mercado (realização líquida menos margem razoável) dos dois o menor. As pilhas minerais são contabilizadas como estoque quando são removidas da mina. O custo de produtos acabados compreende a depreciação e todos os custos diretos necessários para transformar os estoques em produtos acabados.

Classificamos as reservas provadas e prováveis atribuídas a pilhas de estoque como estoque. Essas quantidades não estão incluídas no total de reservas provadas e prováveis usadas no cálculo da depreciação, amortização e exaustão por unidade de produção.

Periodicamente revisamos nossos estoques a fim de identificar obsolescência ou baixo giro, e caso necessário reconhecer as respectivas perdas.

e) Remoção de estéril para acessar depósitos minerais

Durante a fase de desenvolvimento de uma mina, antes do início da produção, os gastos de remoção de estéril (isto é, os custos associados com remoção de estéril e outros materiais residuais) são contabilizados como parte dos custos depreciáveis de desenvolvimento. Subsequentemente, estes custos são amortizados durante o período de vida útil da mina com base nas reservas prováveis e provadas. Após o início da fase produtiva da mina, os gastos com remoção de minério são tratados como custo de produção.

f) Imobilizado

Os bens do imobilizado estão demonstrados ao custo, incluindo-se os juros incorridos durante a construção das principais novas instalações. Calculamos a depreciação pelo método linear, a taxas anuais que levam em consideração a vida útil dos bens, tais como: 3,73% para ferrovias, 1,5% para construções, 4,23% para instalações e 7,73% para outros equipamentos. As despesas de manutenção e reparos são debitadas aos custos e às despesas operacionais quando incorridas.

Capitalizamos os custos para o desenvolvimento de novas jazidas de minério, ou para a expansão da capacidade das minas em operação, e amortizamos estas operações pelo método de unidades produzidas (extraídas) com base nas quantidades prováveis e provadas de minério. Gastos com exploração são despesas até se estabelecer a viabilidade da atividade de mineração; após esse período os custos subsequentes de desenvolvimento são capitalizados. Capitalizamos o custo de desenvolvimento de minas a partir do momento que efetivamente iniciamos a fase de desenvolvimento.

Adicionalmente ativos intangíveis são demonstrados pelo custo histórico. Ativos intangíveis adquiridos através de combinação de negócios são reconhecidos pelo valor justo na data de aquisição. Todos nossos ativos intangíveis possuem vida útil definida e são registrados pelo custo menos amortização acumulada, o qual é calculada pelo método linear

g) Combinação de negócios

Adotamos o “Business Combinations” para contabilizar as aquisições de outras companhias. Este “método de compra” requer que determinemos razoavelmente o valor justo de ativos e passivos tangíveis ou intangíveis identificáveis nas companhias adquiridas e que segreguemos o ágio como ativo intangível.

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Atribuímos ágio a cada segmento de negócio e testamos esse ágio pelo menos uma vez ao ano, e quando identificamos alguma circunstância que indique que o ágio registrado não será recuperado integralmente. Efetuamos o teste de recuperação no último trimestre do ano.

A análise do valor recuperável ocorre em duas fases. Na primeira fase comparamos o valor recuperável com o valor residual contábil do ágio a fim de identificar uma possível redução do valor recuperação. Se o valor residual contábil exceder seu valor recuperável, baseado na analise do fluxo de caixa descontado, passamos para a fase dois do teste que consiste em reconhecer a redução do valor desse ativo como perda.

h) Redução para valor recuperável de ativos de longa duração

Todos os ativos de longa duração são testados a fim de determinar se seus valores contábeis são recuperáveis com base em um fluxo de caixa não descontado, sempre ocorram eventos ou mudanças de circunstâncias que indiquem que o valor de um ativo pode não ser recuperado.

Quando determinamos que o valor residual de ativos de longa duração e ativos intangíveis de vida definida podem não ser recuperáveis, mensuramos a perda por impairment baseado num fluxo de caixa descontado projetado, com base em uma taxa de risco inerente ao nosso modelo atual de negócios.

i) Títulos disponíveis para venda

Os títulos de participações acionárias classificados como “disponíveis para venda” são contabilizados de acordo com o “Accounting for Certain Investments in Debt and Equity Securities”. Com isso, classificamos os ganhos e perdas não realizados líquidos de impostos e em conta destacada no “patrimônio líquido” até que este se realize.

j) Provisão para férias

Provisionamos integralmente a obrigação de remuneração a empregados pelo direito às férias adquiridas durante o ano.

k) Derivativos e operações do Hedge

Adotamos o “Accounting for Derivative Financial Instruments and Hedging Activities”, e suas respectivas emendas. Este pronunciamento requer que reconheçamos todos os instrumentos financeiros derivativos como ativo ou passivo no nosso balanço patrimonial e que os mesmos sejam mensurados a valor de mercado. Mudanças no valor de mercado dos derivativos são registradas em cada período como ganhos no resultado ou em lucros abrangentes, dependendo da transação ser caracterizada como um hedge efetivo, e tenha sido efetivo durante o exercício.

l) Obrigações com desmobilização de ativos

As obrigações para desmobilização de ativos são registradas em conformidade com o “Accounting for asset retirement obligation”. Nossas obrigações para desmobilização consistem principalmente de custos associados com encerramento de atividades, cuja mensuração inicial está reconhecida como obrigação com variações nos resultados. O custo de desmobilização de ativos equivalente à obrigação está capitalizado como parte do valor contábil do ativo e subseqüentemente depreciado pelo período de vida útil do ativo.

m) Receitas e despesas

As receitas são reconhecidas quando da transferência da titularidade do produto ou quando os serviços são prestados. A receita de exportação é reconhecida quando os produtos são embarcados no navio. As receitas dos produtos vendidos no mercado interno são reconhecidas quando a entrega é feita ao cliente. As receitas de serviços de transporte são reconhecidas quando o serviço é executado. As despesas e custos são reconhecidos pelo regime de competência.

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n) Imposto de renda

Os efeitos fiscais diferidos dos prejuízos fiscais a compensar e das diferenças temporárias foram reconhecidos nas demonstrações contábeis consolidadas de acordo com o “Accounting for Income Taxes”. A provisão para perdas é constituída quando estimamos que existem evidências da não utilização integral dos créditos fiscais constituídos.

o) Lucro por ação

O lucro por ação é calculado dividindo-se o lucro líquido pela média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais em circulação durante o período.

p) Juros sobre o capital próprio atribuídos aos acionistas

As empresas brasileiras podem distribuir juros sobre capital próprio. O cálculo desses juros é baseado nos valores do patrimônio líquido como apresentado nos registros contábeis elaborados pela legislação societária e a taxa de juros aplicada não pode exceder a Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP determinada pelo Banco Central do Brasil. Além disso, tais juros não podem exceder ao maior valor entre 50% do lucro líquido do exercício ou 50% dos lucros acumulados, mais as reservas de lucros, determinados pela legislação brasileira.

O montante dos juros atribuídos aos acionistas é dedutível para fins de apuração do imposto de renda. Por esta razão, o benefício, em contraposição ao pagamento do dividendo, é a redução em nosso encargo de imposto de renda. Sobre os juros pagos há a retenção de 15% a título de imposto de renda. De acordo com a legislação brasileira, o benefício atribuído para os acionistas é considerado como parte do dividendo mínimo anual (Nota 17). Desta maneira as distribuições são tratadas como dividendos para fins contábeis.

q) Fundo de pensão e outros benefícios pós aposentadoria

Patrocinamos fundo de pensão e outros benefícios pós-aposentadoria aos nossos empregados que são determinados com base em cálculo atuarial e reconhecidos no ativo ou passivo ou ambos dependendo da posição coberta ou à descoberto de cada plano em conformidade com o “Employees’ Accounting for Defined Benefit Pension and Other Post-retirement Plans”. O custo de nosso benefício definido e custos ou créditos de serviço anteriores surgidos no período e que não são componentes do custo de benefício líquido periódico, estão registrados como déficit em outros lucros (prejuízos) abrangentes acumulados.

4 Pronunciamentos contábeis

a) Novos pronunciamentos contábeis

Accounting Standards Update (ASU) número 2010-06 Mensuração do Valor Justo e Divulgações (Topic

820): Melhoria na divulgação e mensuração do valor justo. Esta atualização fornece alterações no subtópico 820-10 e espera-se proporcionar divulgações mais relevantes sobre (1) as diferentes classes de ativos e passivos avaliados a valor justo, (2) as técnicas de avaliação e insumos utilizados, (3) a atividade em nível 3 mensuração do valor justo, e (4) as transferências entre os níveis 1, 2 e 3. A Companhia adotará esta atualização em 2010 e não espera impactos relevantes sobre as informações hoje divulgadas a valor justo.

Em junho de 2009, o Financial Accounting Standards Board ( "FASB") emitiu uma alteração dos requisitos Interpretação No. 46 (R) sobre a contabilização e divulgação para a consolidação de entidades de interesse variável ( "VIEs"). Posteriormente, em Dezembro de 2009, o Accounting Standards Update (ASU) número 2009-17 Alterações ao FASB Interpretação No. 46 (R) foi emitido. As alterações substituem os riscos quantitativos baseados no cálculo e recompensas, para determinar que a entidade participante tenha uma participação no controle financeiro da VIE, com uma análise qualitativa para determinar se deve ou não consolidar uma VIE. A abordagem recentemente exigida é focada em identificar qual a entidade participante, tem o poder de dirigir as atividades de uma entidade de interesse variável com maior impacto significativo sobre o desempenho econômico da entidade e (1) a obrigação de absorver as perdas da entidade ou (2) o direito de receber benefícios da entidade. As alterações também requerem que a empresa constantemente reavalie se deve consolidar a VIE. Além disso, as alterações removem a exceção no âmbito de qualificação de entidades para fins especiais (Qualifying Special-purpose entities – QSPE) e exigir divulgações completas sobre: envolvimento com VIES, mudanças significativas na exposição ao

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risco, os impactos sobre as demonstrações financeiras e, das decisões significativas e os pressupostos utilizados para determinar ou não a consolidação da VIE. A Companhia adotará estas alterações em 2010. Estamos neste momento avaliando os potenciais impactos deste pronunciamento e não esperamos grandes alterações nas informações financeiras divulgadas.

Em junho de 2009, o "FASB" emitiu uma alteração para a contabilização e divulgação de requisitos para as transferências de ativos financeiros. Posteriormente, em Dezembro de 2009, o Accounting Standards Update (ASU) número 2009-16 Contabilização de Transferências de Ativos Financeiros – emitiu uma alteração ao SFAS No. 140. As alterações melhoram os relatórios financeiros que necessitam de uma maior transparência e divulgação de informações suplementares para as transferências de ativos financeiros e o envolvimento continuo da entidade com eles, e também alterar os requisitos para baixa de ativos financeiros. Adicionalmente, as alterações eliminam as exceções da QSPE, para a orientação na consolidação e a exceção na contabilidade da venda permitida de determinadas securitização quando o cedente não tenha devolvido os ativos financeiros transferidos. A Companhia adotará as alterações em 2010 e não espera grandes efeitos nas demonstrações financeiras.

Accounting Standards Update (ASU) número 2009-08 O lucro por ação emitida pelo FASB fornece

orientações adicionais relativas ao cálculo do lucro por ação. Esta orientação altera ASC 260.

A Companhia entende que os outros pronunciamentos contábeis recentemente emitidos, que não são efetivos a partir de e para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2009, não deverão ser relevantes para suas demonstrações financeiras consolidadas.

b) Pronunciamentos contábeis adotados em 2009

Accounting Standards Update (ASU) número 2009-05 mensuração do valor justo e divulgações emitidas pelo FASB fornece orientações adicionais relacionados para enfrentar a falta de informação de mercado observáveis para mensurar o valor justo de um passivo. Esta orientação altera ASC 820. Esse pronunciamento é efetivo e a Companhia vem adotando.

Em junho de 2009, o FASB emitiu o FASB “Accounting Standards codification”. A codificação se tornou a única fonte para todos os GAAP autoridade reconhecida pelo FASB a ser aplicado para as demonstrações financeiras emitidas para os períodos findos após 15 de setembro de 2009. A codificação não muda GAAP e não tem qualquer efeito sobre nossa posição financeira, resultados das operações ou de liquidez.

Em junho de 2009, adotamos o “Subsequent Events”, pronunciamento que estabelece normas gerais de contabilização e divulgação de eventos que ocorram após a data do balanço, mas antes que as demonstrações financeiras são emitidas ou estão disponíveis para serem emitidas. Em particular, este pronunciamento estabelece (1), o período após a data do balanço no qual a administração da entidade deverá avaliar acontecimentos ou transações que possam ocorrer, devido a potencial reconhecimento ou divulgação nas demonstrações financeiras; (2) as circunstâncias em que uma entidade deve reconhecer acontecimentos ou transações que ocorram após a data do balanço nas suas demonstrações financeiras, e (3) as divulgações que uma entidade deve fazer sobre os eventos ou transações que ocorreram após a data do balanço. Esse pronunciamento deverá ser aplicado para períodos anuais ou interinos que se encerram após 15 de junho de 2009. A Companhia já esta adotando este pronunciamento.

Em junho de 2009 adotamos o “Interim Disclosures about Fair Value of Financial Instruments” que requer a divulgação do valor justo dos instrumentos financeiros para os períodos interinos reportados para as companhias listadas assim como nas demonstrações financeiras anuais. Esse pronunciamento também requer essas divulgações nas informações financeiras sumarizadas para os períodos interinos reportados. Esse pronunciamento deverá ser efetivo para os períodos interinos encerrados após 15 de junho de 2009, não aplicamos antecipadamente essa regra para os 3 meses findos em 31 de março de 2009. A aplicação do pronunciamento irá ampliar a divulgação do uso do valor justo para os períodos interinos. Essa informação requerida está divulgada na nota 22 (d).

Em janeiro de 2009 adotamos o pronunciamento “Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities”, de maneira que as empresas a partir de agora devem prover divulgações qualitativas sobre os objetivos e estratégias para o uso de derivativos, divulgações quantitativas sobre os montantes de valor justo de ganhos e perdas com instrumentos financeiros derivativos e divulgação com bases trimestrais sobre riscos de crédito envolvidos relacionando como e porque a empresa usa derivativos, como os derivativos e itens protegidos correlacionados são contabilizados sobre a ótica do pronunciamento e como

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os derivativos e itens protegidos relacionados afetam a posição financeira de empresa, sua performance e fluxo de caixa. Essa informação requerida está divulgada na nota 25. Além disso, os ganhos ou perdas não realizados com derivativos, anteriormente divulgados líquidos no balanço, estão apresentados com os valores de ativos e passivos brutos. As informações comparativas para 2008 foram reclassificadas.

Em janeiro de 2009 adotamos o pronunciamento “Noncontolling interests”, especifica que a participação dos acionistas não controladores de uma entidade consolidada deve ser reportada como patrimônio líquido nas demonstrações contábeis consolidadas e na demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido. Participação dos acionistas não controladores que é resgatável após a ocorrência de certos eventos fora do controle da empresa foi classificada como participação resgatável de acionistas não controladores, apresentado no balanço entre o passivo e o patrimônio líquido, retroativamente, aos períodos apresentados.

Em janeiro de 2009 adotamos um pronunciamento que se aplica prospectivamente a todas as combinações de negócios cujas data de aquisição ocorra após o início do primeiro período anual iniciado após 15 de dezembro de 2008.

5 Principais aquisições e alienações ocorridas a) Mineração Corumbá Reunidas S.A.

Em Setembro de 2009, adquirimos da Rio Tinto Plc, a Corumbá Mineração Reunidas S.A. (MCR). MCR é a proprietária de uma mina de minério de ferro, operações com alto teor de ferro e uma importância estratégica para o nosso portfólio de produtos, adicionando um volume substancial de minério granulado as nossas reservas.

O preço de compra da Mineração Corumbá Reunidas S.A. é como segue:

Avaliação

Total do desembolso (*) 814

Caixa adquirido (12)

Valor da aquisição 802

Valor dos ativos adquiridos e passivos assumidos, líquidos do caixa adquirido (240)

Ajuste ao valor justo do estoque (84)

Ajuste ao valor justo do imobilizado (754)

Ajuste ao valor justo dos ativos intangíveis (14)

Imposto de renda diferido sobre os ajustes acima 290

Total ajustado do valor justo (562)

(*) Inclui o pagamento relativo ao ajuste do capital circulante líquido

Esse negócio adquirido contribuiu para as receitas líquidas no montante de US$24 e prejuízo líquido de US$16 para o período de 1 de outubro de 2009 até 31 de dezembro de 2009. Se a aquisição tivesse ocorrido em 1 de janeiro de 2009, nossa receita seria de US$52 e o prejuízo antes de imposto seria US$88. Esses valores foram calculados de acordo com as praticas contábeis da empresa, ajustado esses resultados para refletir a depreciação e amortização adicional que seriam devidas, levando em consideração que os ajustes do imobilizado e do intangível tivesses sido feito em 1 de janeiro de 2009.

b) Diamond Coal Ltd

Em março de 2009, adquirimos da Cement Argos a empresa Diamond Coal Ltd que é proprietária de ativos térmicos de carvão na Colômbia, por US$300. O pagamento foi realizado no trimestre finalizado em 30 de junho de 2009.

A principal razão para essa aquisição é que os ativos de carvão são uma parte importante da nossa estratégia de crescimento. A Vale está visando, em conexão com essa aquisição, a construção de uma plataforma de carvão na Colômbia, uma vez que esta é o terceiro maior exportador de carvão térmico de alta qualidade no mundo, em função de seu baixo teor de enxofre e alto poder calorífico.

(20)

O preço de compra da Diamond Coal Ltd. é como segue.

Avaliação

Total do desembolso 300

Ajuste ao valor justo de imobilizado (280)

Imposto de renda diferido sobre os ajustes acima 92

Total do ajuste (188)

c) Green Mineral Resources

Em fevereiro de 2009, adquiriu a Green Mineral Resource que é proprietária do projeto Regina (Canadá) e do projeto Colorado (Argentina) que estão em fase de desenvolvimento, da Rio Tinto Plc, pelo montante de US$850.

A aquisição dos ativos de potássio está alinhada com a estratégia da Vale de se tornar um grande produtor de fertilizantes para se beneficiar da exposição à expansão do consumo global.

O preço de compra da Green Mineral Resources é como segue:

Avaliação

Total do desembolso 857

Caixa adquirido (7)

Valor da aquisição 850

Valor dos ativos adquiridos e passivos assumidos, líquido do caixa adquirido (97)

Ajuste ao valor justo do imobilizado (1.159)

Imposto de renda diferido sobre os ajustes acima 406

Total do ajuste (753)

d) Outras transações

Em setembro de 2009, celebramos um contrato com a ThyssenKrupp Steel AG, assinado em julho, com aumento de nossa participação na ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico Ltda. (CSA) para 26,87%, através de uma subscrição de capital de US$1.424.

Em abril de 2009, concluímos a venda da totalidade das nossas ações ordinárias da Usiminas Siderurgia de Minas Gerais S.A. – Usiminas, por US$273, gerando um ganho de US$153.

Em março de 2009, adquirimos 50% da joint venture Teal Minerals Incorporated da African Rainbow Minerals Limited, por US$60.

Em fevereiro de 2008, vendemos nossa participação na empresa Jubilee Mines N.L. (detida através da Vale Inco), representando 4,83% de ações ordinárias a US$134, gerando um ganho de US$80.

6 Imposto de renda

O imposto de renda no Brasil compreende o imposto sobre a renda e a contribuição social sobre o lucro, a qual consiste em um adicional de imposto sobre a renda. A alíquota efetiva estatutária aplicável nos períodos apresentados é de 34%. Em outros países onde temos operações, a tributação aplicável varia entre 1,67% e 40%.

Analisamos o potencial impacto fiscal associado aos lucros não distribuídos por cada uma das nossas subsidiárias. Para aqueles em que os ganhos não distribuídos seriam tributáveis quando transferidos para a controladora, mas que preenchem os critérios no parágrafo 12 do APB 23, sem impostos diferidos reconhecido.

(21)

O total demonstrado como despesa de imposto de renda em nossas demonstrações contábeis consolidadas está reconciliado com as alíquotas estabelecidas pela legislação, como segue:

Período de três meses findos em (não auditado)

31 de dezembro de 2009 30 de setembro de 2009 31 de dezembro de 2008

Brasil Exterior Total Brasil Exterior Total Brasil Exterior Total

Lucro antes do imposto de renda, do resultado de equivalência patrimonial e de participação dos acionistas

não controladores 419 324 743 2.894 (400) 2.494 (2.489) 2.573 84 Efeitos da variação (não tributável) não dedutível - 446 446 - 929 929 - (1.962) (1.962) 419 770 1.189 2.894 529 3.423 (2.489) 611 (1.878)

Imposto a alíquota combinada brasileira (142) (262) (404) (984) (180) (1.164) 846 (208) 638 Ajustes que resultaram na alíquota efetiva: Benefício fiscal sobre juros sobre capital próprio 502 - 502 - - - 238 - 238 Diferença de alíquota sobre resultados no exterior - 418 418 - 169 169 - 347 347 Incentivos fiscais 66 - 66 6 - 6 (48) - (48) Outros ganhos (perdas) não tributáveis 17 157 174 (20) 83 63 (68) 78 10 Imposto de renda nas demonstrações contábeis consolidadas 443 313 756 (998) 72 (926) 968 217 1.185

Exercícios findos em 31 de dezembro

2009 2008 2007

Brasil Exterior Total Brasil Exterior Total Brasil Exterior Total

Lucro antes do imposto de renda, do resultado de equivalência patrimonial e de participação dos acionistas não

controladores 10.024 (2.901) 7.123 2.434 10.783 13.217 7.769 7.464 15.233 Efeitos da variação (não tributável) não dedutível - 5.162 5.162 - (2.887) (2.887) - 853 853 10.024 2.261 12.285 2.434 7.896 10.330 7.769 8.317 16.086

Imposto a alíquota combinada brasileira (3.408) (769) (4.177) (828) (2.685) (3.513) (2.641) (2.828) (5.469) Ajustes que resultaram na alíquota efetiva: Benefício fiscal sobre juros sobre capital próprio 502 - 502 692 - 692 474 - 474 Diferença de alíquota sobre resultados no exterior - 1.079 1.079 - 1.728 1.728 - 1.729 1.729 Incentivos fiscais 148 - 148 53 - 53 173 - 173 Outros ganhos (perdas) não tributáveis 100 248 348 287 218 505 80 (188) (108) Imposto de renda nas demonstrações contábeis

consolidadas (2.658) 558 (2.100) 204 (739) (535) (1.914) (1.287) (3.201)

A Vale e algumas Companhias relacionadas no Brasil possuem incentivo fiscal de redução parcial do imposto de renda devido, pelo valor equivalente à parcela atribuída pela legislação fiscal às operações nas regiões norte e nordeste com ferro, ferrovia, manganês, cobre, bauxita, alumina, alumínio, caulim e potássio. O incentivo é calculado com base no lucro fiscal da atividade (chamado lucro da exploração), leva em conta a alocação do lucro operacional pelos níveis da produção incentivada durante os períodos definidos como beneficiados para cada produto, e, no geral, expiram até 2018. Parte das operações com ferrovia e ferro na região norte foi reconhecida como incentivada por 10 anos a partir de 2009. Um montante igual ao obtido com a economia fiscal deve ser apropriado em uma conta de reserva de lucros, no patrimônio líquido, e não pode ser distribuído como dividendos aos acionistas.

A Vale pode se beneficiar com a destinação de parte do imposto de renda devido para ser reinvestida na aquisição de equipamentos na operação incentivada, sujeita a aprovação posterior pela agência reguladora da área incentivada Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM e Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE. Quando aprovado o reinvestimento, o beneficio fiscal é também apropriado em uma reserva de lucros, com impedimento a distribuição como dividendos aos acionistas.

A Vale tem também incentivos de impostos relacionados ao projeto Goro na Nova Caledônia (Goro). Estes incentivos fiscais incluem isenções temporárias totais do imposto de renda durante a fase de construção do projeto, e, também por um período de 15 anos iniciando-se no primeiro ano da produção comercial, conforme definido pela legislação aplicável, seguido por 5 anos com 50% de incentivos fiscais temporários. Além disto, Goro está qualificado para determinadas isenções de impostos indiretos tais como taxa de importação durante a fase de construção e durante toda a vida comercial do projeto. Alguns destes benefícios fiscais, incluindo incentivos fiscais temporários, estão sujeitos a uma interrupção antecipada, caso o projeto alcance uma taxa acumulada específica de retorno. Goro está sujeito a tributação de uma parte do lucro começando no primeiro ano em que a produção comercial for atingida, conforme definido pela legislação aplicável. Até o momento, não foi realizado nenhum lucro tributável na Nova Caledônia. Os benefícios desta legislação são esperados para quaisquer impostos então aplicáveis quando o projeto Goro estiver em operação. A Vale obteve incentivo fiscal para os projetos em Moçambique, Oman e

(22)

Malásia, que terá efeito quando os projetos iniciarem sua operação comercial.

A Vale está sujeita a revisão do imposto de renda pelas autoridades fiscais locais, por até cinco anos nas Companhias que operam no Brasil, dez anos para operações na Indonésia e até sete anos para Companhias com operações no Canadá.

No Brasil a compensação do prejuízo fiscal apurado não prescreve, sendo que sua utilização é restrita a 30% do lucro tributável na apuração anual e trimestral de imposto de renda.

A partir de 1º de janeiro de 2007, adotamos o ”Accounting for uncertainty in Income Taxes”.

A reconciliação dos montantes iniciais e finais de benefícios fiscais não reconhecidos está apresentada abaixo: (veja nota 20(b) – ações tributárias)

Período de três meses findos em (não auditado) Exercícios findos em 31 de dezembro

31 de dezembro de 2009 30 de setembro de 2009 31 de dezembro de 2008 2009 2008 2007 Saldo inicial 812 761 1.004 657 1.046 663 Adições efetuadas 6 20 (269) 47 103 264 Exclusões efetuadas (439) (34) 91 (474) (261) (47) Mudança na legislação tributária - - - - 2 29 Ajustes acumulados de conversão 17 65 (169) 166 (233) 137 Saldo final 396 812 657 396 657 1.046

Foi realizada a baixa dos valores provisionados referentes a discussão sobre a compensação de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social acima de 30%, devido a desistência da ação e consequentemente extinção do processo com liberação dos recursos depositados judicialmente em favor da União.

Os principais componentes das contas do imposto de renda diferido no balanço patrimonial são:

Em 31 de dezembro de

2009 2008

Imposto de renda diferido - ativo circulante

Despesas provisionadas dedutíveis somente quando pagas 852 583

Imposto de renda diferido ativo e passivo - longo prazo

Ativo

Provisão para benefícios a empregados pós-aposentadoria 384 171

Prejuízos fiscais a compensar 324 119

Outras diferenças temporárias 842 548

Obrigação com desmobilização de ativos 259 207

1.809 1.045

Passivo

Efeitos de ajustes inflacionários (154) (108)

Imobilizado (79) (47)

Benefício de aposentadoria pago antecipadamente (435) (199)

Ajuste a valor justo em combinação de negócio (5.929) (4.446)

Contribuição Social (758) -

Outras diferenças temporárias (103) (128)

(7.458) (4.928)

Provisão para perda

Saldo inicial (122) (104)

Ajuste de conversão (25) 18

Variação líquida de provisão 41 (36)

Saldo final (106) (122)

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