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Sistema Mineiro de Inovação - Simi. inove em Minas

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inove em

Minas

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Índice

Minas Gerais em Números

Introdução

Governador do Estado de Minas Gerais

Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Secretário de Desenvolvimento Econômico

Por que Inovar em Minas Gerais?

Instituições de Ensino e Pesquisa

Profissionais Qualificados

O Ambiente de Inovação em Minas Gerais

O Sistema Mineiro de Inovação

Fapemig

Propriedade Intelectual Parques Tecnológicos

Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica Padrão de Inovação das Empresas Mineiras A Economia Mineira

Qualidade de Vida

Setores Estratégicos: Oportunidades de

Investimentos em Inovação

Agronegócio Automotivo Biotecnologia Econegócios Eletroeletrônico Energia Mínero-metalúrgico Tecnologia da Informação

O Governo de Minas Gerais:

Estado para Resultados

Inove em Minas: Programa de Instalação

de Centros de P&D em Minas Gerais

Como Entrar em Contato com o Estado

Glossário de Siglas e Abreviaturas

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inove em Minas

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Minas Gerais em números

Economia

PIB R$237 bilhões1

PIB per capita R$11.0281

Crescimento do PIB (termos

reais) 5,8%

1

Importações US$10,5 bilhões2

Exportações US$24,4 bilhões2

População economicamente ativa3

10.696.0004 População economicamente

ativa (Região Metropolitana de Belo Horizonte)

2.523.0005

Fontes:

1. 2007 - Resultados preliminares – Fundação João Pi-nheiro

2. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) - 2008

3. Pessoas com 10 anos ou mais de idade

4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Pesquisa Mensal de Emprego (PME) Maio/2009 5. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2007

Composição da atividade econômica (2007)

Serviços 60%

Indústria 32%

Agropecuária 8,4%

Fonte:

Fundação João Pinheiro

Universidade Federais 11 Universidades Estaduais 2 Institutos Tecnológicos 9 Fonte: Ministério da Educação Área territorial 586.648,7 km2

Capital Belo Horizonte

Brasília

Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo

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inove em Minas

Introdução

A chamada econo-mia do conhecimen-to, que se estrutura progressivamente no mundo contem-porâneo, está deslo-cando o eixo do de-senvolvimento e da geração de riqueza dos segmentos produtivos tradicionais — in-tensivos em matéria-prima, capital e trabalho — para aqueles que geram produtos e serviços com alto conteúdo tecnológico e conhecimen-to, em geral com muito mais valor agregado. Nesse processo, a inovação, que cada vez mais é o grande desafio, conquistou todas as agen-das e tornou-se uma questão de sobrevivência no nosso tempo.

E este desafio é ainda maior e mais decisivo porque, ao avançarmos da sociedade industrial para a pós-industrial, vivemos um momento de mudanças de paradigmas, na qual o conheci-mento é o fator decisivo, e a inovação o pro-cesso mais importante. Como todo momento de mudanças profundas, há risco e oportunidade. O risco é representado pela velocidade que ca-racteriza as transformações que vêm ocorren-do, podendo aumentar de maneira inédita o fosso que separa os países líderes dos países emergentes, como o Brasil. Por outro lado,

am-pliam-se as oportunidades com as novas regras e com a participação crescente dos novos fato-res de produção.

O Estado de Minas Gerais — sintonizado com as exigências da globalização, inclusive com a velocidade possível para não perder o “timing” — está conduzindo esse novo momento com ações concretas para a sociedade. A meta é criar as condições necessárias para transformar o conhecimento, uma riqueza potencial, em benefícios representados por mais produtivida-de, qualidade e competitividaprodutivida-de, resultando em mais emprego e melhores salários, mais renda e mais divisas.

Tomamos algumas decisões estratégicas para acelerar a inovação e fazê-la acontecer em nosso estado, entre elas duas consideradas fun-damentais: a expansão da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a determinação de repassar, de forma inédita na nossa história, o que prevê a Constituição Mi-neira - 1% da receita corrente líquida do Esta-do - à Fundação de Amparo à Pesquisa Esta-do Es-tado de Minas Gerais (Fapemig). Com isso, não só ampliamos muito o nosso apoio à pesquisa mineira, mas investimos também em projetos e programas de inovação com parcerias muito vigorosas, tanto no segmento público, quanto no privado.

Com uma política avançada de apoio à ciên-cia, tecnologia e inovação, e de fortalecimen-to da nossa pós-graduação, estamos convicfortalecimen-tos de estar trilhando o caminho certo para Minas Gerais contribuir ainda mais para o desenvol-vimento do Brasil.

“A meta é criar as condições necessárias para transformar o conhecimento, uma riqueza poten-cial, em benefícios representados por mais produ-tividade, qualidade e competitividade”

Governador Aécio Neves

Foto: Omar Freire/Imprensa MG

Introdução

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Introdução

inove em Minas

As experiências bem-sucedidas de países e regiões ao longo da história nos ensinam que, para evoluir na direção de uma re-alidade mais rica e menos desigual, é ne-cessário encontrar um equilíbrio entre o cres-cimento econômico, a distribuição de renda e a preservação ambiental. Atingir esse equilíbrio, também chamado de desenvolvimento sustentável, é o maior desafio para todos os Estados modernos, que através do planejamento e da gestão pública procuram estabelecer uma harmonia entre forças aparentemente conflitantes. A experiência histórica nos diz que a força propulsora do desenvolvimento

sustentável é a inovação. Desenvolvimento e

ino-vação são dois fenômenos interdependentes, que se influenciam mutuamente e criam as condições para os países atingirem sua maturidade social. Minas Gerais é um Estado cujas vocações produtivas são fortemente conectadas com as principais trajetórias de inovação tecnológica mundiais. As empresas de agronegócio, softwares e metal-mecânica pertencem a setores econômicos extremamente propícios às inovações tecnológicas advindas da biotecnologia, tecnologias da informação e a nanotecnologia. Com a visão de que o sucesso da inovação exige a ar-ticulação de diferentes competências, as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e de De-senvolvimento Econômico vem realizando projetos conjuntos com o objetivo de fortalecer o ambiente de inovação do Estado de Minas Gerais. O principal foco da política pública e da atuação do Estado é a construção de uma “ponte entre ciência e mercado”, que se constitui em elemento decisivo para um siste-ma de inovação orgânico e interativo.

Um desafio constante do governo de Minas Gerais é a consolidação do seu sistema de inovação, que promove a integração entre instituições, pesquisa-dores e as empresas inovadoras que se instalam em

nosso Estado. Instituído com a missão estratégica de proporcionar um ambiente propício à inovação no Estado de Minas Gerais, o Programa Simi (Sistema Mineiro de Inovação) cria uma nova dinâmica entre os atores de inovação locais, aumentando substan-cialmente sua interação. O Simi promove interações entre pesquisadores, empresas e governo, alinhando demandas, ofertas tecnológicas e recursos de fomen-to à inovação. O Programa tem foco no desenvol-vimento regional e setorial, com a estruturação de Arranjos Produtivos Locais, Polos de Excelência e Polos de Inovação, na formação profissional, com atuação nas instituições de ensino, e na ampliação da capacidade de inovação das empresas mineiras. Entre as ações do Simi, os Encontros de Inovação promovem reuniões presenciais entre empresários e pesquisadores de setores específicos, com o objetivo de fazer o encontro entre demandas técnicas e solu-ções tecnológicas. Tudo isso suportado por um portal em web 2.0, que já possui mais de 1.000 participan-tes em sua rede de inovação.

Uma das iniciativas mais relevantes que compõe o Simi é o Programa “Inove em Minas”. Esse programa visa consolidar as pontes entre ciência e mercado em nosso Estado, ressaltando as diversas vantagens competitivas que o sistema de inovação mineiro pos-sui para empresas intensivas em inovação que se in-teressem em instalar seu centro de P&D no Estado. O programa foi estruturado a partir de um estudo de práticas mundiais, cujo principal objetivo era levan-tar as características mais relevantes de um ambiente propício à inovação para as empresas, consolidá-los e aplicá-los na forma de uma política pública. Essas características do sistema de inovação mineiro, associadas às políticas de integração universidade-empresa promovidas especialmente pela Fapemig, potencializam a eficiência e o retorno de investi-mentos privados em pesquisa e desenvolvimento. Esse documento possui o objetivo de apresentar de forma estruturada e objetiva as características e polí-ticas públicas que tornam Minas Gerais atrativo para esses investimentos fundamentais para o desenvol-vimento econômico sustentável para orientar a to-mada de decisão das empresas e centros de pesquisa.

Alberto Duque Portugal

Foto: Lucia Sebe/Secom-MG

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inove em Minas

Introdução

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) está firmemente em-penhada em atuar na atração de investi-mentos que realmente venham agregar valor e conteúdo tecnológi-co ao parque indus-trial mineiro. Nossa orientação ao Institu-to de DesenvolvimenInstitu-to Integrado (INDI), que é a porta de entrada do investidor em Minas Gerais, é trabalhar para buscar investimentos em tecnologia de ponta, no país e no exterior, e nesse sentido já estamos colhendo resultados bastante significati-vos.

A conclusão do Aeroporto Indústria, cujas obras estão em ritmo acelerado, no Aeroporto Interna-cional Tancredo Neves (AITN), o primeiro no Bra-sil a obter credenciamento da Receita Federal para operar como aeroporto industrial, vai possibilitar a inserção de Minas Gerais em um novo contexto no comércio exterior. O Estado passará a contribuir para a expansão das exportações e das importações por via aérea, modal de transporte responsável por mais de 40% do comércio mundial em valor, e as-sim poderá ingressar na chamada Nova Economia. No Aeroporto Industrial, cujos lotes serão licitados pela Infraero em parceria com o Governo de Mi-nas, serão instaladas empresas com atuação na área de tecnologia de ponta, que fabricarão produtos de alto valor agregado para diferentes mercados mun-diais (“global supply chain”), desfrutando de regime especial de tributação. Além dessa iniciativa, que integra o Projeto Estruturador “Inserção das Empre-sas Mineiras no Mercado Internacional”, estamos apoiando também a expansão de vários Arranjos Produtivos Locais, bem como a Zona de Proces-samento da Exportação (ZPE) de Teófilo Otoni, no

Vale do Mucuri.

O programa “Inove em Minas”, sob a responsabili-dade da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), terá, portanto, apoio irrestrito do Sistema Operacional de Desenvolvi-mento Econômico na disponibilização de toda a in-fra-estrutura que estiver ao nosso alcance para que possa abrigar iniciativas que visem o cumprimento de suas metas, entre elas a instalação de centros de Pesquisa e Desenvolvimento visando a busca per-manente da inovação na cadeia produtiva.

Vale lembrar que a SECTES e a SEDE, além da Se-cretaria de Estado de Educação (SEE) e da Secre-taria de Desenvolvimento Social (SEDESE), estão atuando em conjunto na implementação do Pólo de Aviação Civil na Região Metropolitana de Belo Horizonte, programa que conta ainda com a par-ticipação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na formação de profissionais de nível supe-rior e médio para o setor aeronáutico e criação de um Centro de Capacitação Aeroespacial na cidade de Lagoa Santa.

Inúmeras outras iniciativas em curso colocarão Mi-nas em outro patamar de tecnologia, no planeja-mento da expansão ordenada em termos urbanís-ticos e ambientais do Vetor Norte da RMBH, com repercussão em todo o Estado, na produção de bens e serviços, no processamento de alimentos, contri-buindo para o aumento do PIB estadual, geração de empregos qualificados e melhoria das condições de vida dos mineiros.

Sérgio Barroso

Foto: W

ellington P

edro

Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico

“A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econô-mico (SEDE) está firmemente empenhada em atuar na atração de investimentos que realmente venham agregar valor e conteúdo tecnológico ao parque in-dustrial mineiro.”

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Por que

Inovar em

Minas Gerais?

Grupos de pesquisa Linhas de pesquisa Pesquisadores* Doutores* Patentes de Universidades

Minas Gerais 2.135 8.509 15.842 7.405 462

Brasil 22.797 86.075 159.948 76.936 2.664

MG/BR 9% 10% 10% 10% 17%

Minas Gerais é referência nacional em Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), que são representadas por universidades e institutos tecnológicos. O Estado conta com 11 universidades federais, 2 universidades esta-duais e 9 institutos tecnológicos. A excelência na qua-lificação de pesquisadores e da atividade de pesquisa torna algumas dessas instituições referência para as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de seu entorno produtivo.

A formação de um ambiente competitivo para a ino-vação tecnológica depende de recursos humanos e infra-estrutura diferenciados. A inovação no século XXI requer a existência de instituições locais com forte capacidade de se conectar aos desenvolvimentos tecnológicos e científicos existentes em todo o mun-do, e que consigam transbordar essas conexões para as empresas inovadoras que constituem seu entorno produtivo.

O ambiente de inovação em Minas Gerais se destaca nacionalmente devido à qualidade de suas instituições de ensino e pesquisa, de seus institutos tecnológicos e

dos profissionais formados no Estado. Entre as 10 me-lhores instituições de ensino superior do Brasil, 4 são mineiras. Estas instituições obtiveram conceito máxi-mo na avaliação de qualidade realizada pelo Minis-tério da Educação. Minas é o terceiro Estado em nú-mero de pesquisadores doutores, representando 9,6% do total do país e responde, ainda, por 10% das linhas e 9,4% dos grupos de pesquisa, posicionando-se em quarto lugar no cenário nacional nestes quesitos. A presença de ICTs de excelência em Minas Gerais possibilita a realização de diversas formas de intera-ções entre estas instituiintera-ções e o setor produtivo. Um indicador desse potencial é a elevada representativi-dade nacional das patentes de universirepresentativi-dades minei-ras, que correspondem a 17% do total de patentes de universidades brasileiras no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A qualidade da produ-ção científica e dos profissionais mineiros revela um elevado potencial de criação de novos produtos ou melhoria das técnicas produtivas em diversas áreas, o que pode gerar benefícios para as empresas, institui-ções, pesquisadores e para a sociedade como um todo.

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As universidades em Minas Gerais

A qualidade das universidades mineiras, em relação à pesquisa e à formação de profissionais, é um fator capaz de potencializar o retorno dos investimentos em P&D realizados no Estado. Essas instituições se destacam pela realização de conexões com o setor produtivo local para cooperação no desenvolvimento de novos produtos ou para transfe-rência tecnológica. As patentes de universidades mineiras representam 17% do total nacional, o que indica o potencial de transbordamento do conhecimento científico gerado no Estado para o setor empresarial.

A seguir, são apresentadas quatro das universidades de maior destaque em Minas Gerais, de acordo com o número de depósitos e patentes e segundo o ranking das melhores universidades do Brasil realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, para o ano de 2008.

UFMG

Localizada na cidade de Belo Horizonte, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a segunda maior universidade federal do país e a terceira melhor instituição brasileira de ensino superior. Na área de biotecnologia a UFMG é reconhecida como um dos mais promissores polos de pesquisa em emergência no mundo. A universidade está lo-calizada a aproximadamente 600 km da cidade de São Paulo e a 450 km do Rio de Janeiro.

Instituições de Ensino e

Pesquisa

inove em Minas

Por que inovar em Minas Gerais?

Pesquisadores 3.417 Pesquisadores Doutores 2.610 Grupos de pesquisa 630 Linhas de pesquisa 2.559 Principais áreas tecnológicas Aeroespacial Ambiental

Ciências Biológicas e da Saúde Ciências Exatas e Computação Ciências Agrárias

Engenharias: Civil, de Controle e Automação, de Mi-nas, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica e Química.

Universidades Mineiras Posição no ranking nacional - 2008* Instituição de Ensino Superior IGC (por faixas)** 3 UFMG 5 4 Ufla 5 6 UFTM 5 7 UFV 5 13 Unifal-MG 4 16 Unifei 4 18 UFU 4 20 UFJF 4 24 Ufop 4 26 UFVJM 4 28 UFSJ 4 44 Unimontes 4 75 Uemg 3

* No total de 178 instituições de ensino superior.

** O Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade de instituições de educação superior calculado a partir dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), para a graduação, e da nota Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para a pós-graduação. As faixas do IGC vão de 0 a 5.

UFMG Ufla UFV UFTM Unifal Unifei Uemg UFU UFJF Ufop UFVJM UFSJ Unimontes

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Por que Inovar em Minas Gerais?

inove em Minas

UFV

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) é reconhe-cida principalmente pela excelência nas áreas de ciências agrárias e exatas, constituindo-se em uma das instituições mais importantes para as atividades de P&D do agronegócio no Estado e no Brasil. Em 2008, a instituição obteve o 7° lugar entre as me-lhores universidades brasileiras, e o terceiro em Mi-nas Gerais. A universidade está localizada a aproxi-madamente 230 km de Belo Horizonte, 650 km da cidade de São Paulo e a 340 km do Rio de Janeiro

UFLA

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) é referên-cia em ciênreferên-cias agrárias no Estado de Minas Gerais. Posicionada em 4° lugar entre as melhores insti-tuições de ensino superior brasileiras, a Ufla tem uma produção científica de aproximadamente 3000 publicações por ano. A universidade está localiza-da a aproximalocaliza-damente 250 km de Belo Horizonte, 380 km da cidade de São Paulo e 415 km do Rio de Janeiro.

UFU

Posicionada entre as 20 melhores instituições de en-sino do Brasil, a Universidade Federal de Uberlân-dia (UFU) possui excelência na área de Biomédicas e é a terceira Universidade em Minas em depósitos de patentes. A universidade está localizada a apro-ximadamente 540 km de Belo Horizonte, 590 km da cidade de São Paulo e 940 km do Rio de Janeiro.

Pesquisadores 1.218 Pesquisadores Doutores 1.016 Grupos de pesquisa 232 Linhas de pesquisa 1.100 Principais áreas tecnológicas Ciências Agrárias

Ciências Biológicas e da Saúde Ciências Exatas Ciências Tecnológicas Pesquisadores 976 Pesquisadores Doutores 700 Grupos de pesquisa 190 Linhas de pesquisa 749 Principais áreas tecnológicas Biologia Ciências Biomédicas Física Química Ciências Agrárias Genética Bioquímica Universidades mineiras com depósitos de

patentes

Universidade Número de depósitos de patentes* UFMG 278 UFV 63 UFU 37 Ufop 34 Ufla 21 UFJF 17 Unifei 7 Unifal-MG 3 UFSJ 2

* Depósitos de patente no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual – INPI. Período: 1992-2009

Patentes com as universidades em questão como depositantes.

Pesquisadores 495 Pesquisadores Doutores 452 Grupos de pesquisa 69 Linhas de pesquisa 393 Principais áreas tecnológicas Ciências Agrárias Ciências Biológicas Medicina Animal

Engenharias: Agrícola, Florestal e de Alimentos

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Por que Inovar em Minas Gerais? inove em Minas

Outras universidades públicas mineiras

Universidades Localização Pesquisa-dores Linhas de pesquisa Principais áreas tecnológicas Distância das princi-pais capitais

Universidade Federal de Juiz de Fora

(UFJF)

Juiz de Fora 798 647 Bioquímica, Engenha-rias Computacional e Elétrica BH: 280 km RJ: 180 km SP: 460 km Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Uberaba 495 393 Biomedicina, Ciências

Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas, Enge-nharias Mecânica, Civil, Ambiental, de Alimen-tos, Elétrica e Química

BH: 300 km RJ: 720 km SP: 850 km Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

Ouro Preto 311 270 Ciência da Computação, Engenharia de Minas e Metalúrgica

BH: 115 km RJ: 400 km SP: 610 km

Universidade Federal de São João Del-Rey

(UFSJ)

São João Del-Rey 261 215 Engenharias Elétrica, Telecomunicações e de Alimentos BH: 200 km RJ: 330 km SP: 470 km Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg)

Belo Horizonte 260 185 Design RJ: 450 km

SP: 600 km

Universidade Estadual de Montes Claros

(Unimontes)

Montes Claros 238 99 Ciências Biológicas e da Saúde Ciências Agrárias Ciências Exatas BH: 430 km RJ: 850 km SP: 980 km Universidade Federal de Itajubá (Unifei)

Itajubá 214 251 Ciências Exatas,

Engenharia Mecânica, Engenharia de Siste-mas e Tecnologia da Informação, Sistemas Elétricos e Energia BH: 450 km RJ: 300 km SP: 260 km

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

(UFVJM)

Diamantina 200 217 Engenharias Ambiental, Florestal e Hídrica BH: 300 km RJ: 720 km SP: 850 km Universidade Federal de Alfenas (Unifal)

Alfenas 176 124 Engenharias Ambiental

e Química

BH: 350 km RJ: 460 km SP: 310 km

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Por que Inovar em Minas Gerais?

inove em Minas

Institutos e Centros Tecnológicos

Os institutos tecnológicos localizados em Minas Gerais reforçam a conexão entre a pesquisa e a realidade empresarial, com foco em diversas áreas voltadas para o setor produtivo estadual e nacio-nal. A realização de pesquisas aplicadas possibilita redução dos custos de desenvolvimento de novos produtos das empresas instaladas no Estado parcei-ras dessas instituições.

EMBRAPA

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem um importante papel no desen-volvimento sustentável do agronegócio brasileiro, gerando, adaptando e transferindo conhecimen-to e tecnologias a diversas regiões. A instituição possui duas unidades em Minas Gerais, a Embrapa Gado de Leite e a Embrapa Milho e Sorgo. Além de possuir excelência no desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à agropecuária, a Embrapa se destaca pela capacidade de estabelecimento de par-cerias com o setor privado em projetos conjuntos de inovação e transferência tecnológica. A Embra-pa Milho e Sorgo está localizada na cidade de Sete Lagoas, a aproximadamente 60 km de Belo Hori-zonte. A Embrapa Gado de Leite está localizada na cidade de Juiz de Fora, a 280 km da capital mineira.

EPAMIG

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Ge-rais (Epamig) é a principal instituição de execução de pesquisa agropecuária de Minas. Tem a função de apresentar soluções para o complexo agrícola, gerando capacitação técnica, serviços especializa-dos, alternativas tecnológicas e insumos qualifi-cados compatíveis com a demanda do mercado. A empresa está localizada na cidade de Belo Horizon-te, e possui 5 unidades regionais, nas cidades de La-vras, Uberaba, Prudente de Moraes, Viçosa e Nova Porteirinha. Além das unidades, a Epamig possui 25 fazendas experimentais, 2 núcleos de ensino, 4 núcleos tecnológicos e 2 estações experimentais.

FIOCRUZ

O Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR), uma Unidade Regional da Fiocruz, tem como objetivo dar apoio estratégico às atividades do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de atividades integradas de pesquisa na área de saúde, formação de recursos hu-manos e prestação de serviços à população. A insti-tuição está localizada na cidade de Belo Horizonte.

Pesquisadores 215 Pesquisadores Doutores 147 Grupos de pesquisa 15 Linhas de pesquisa 108 Pesquisadores 203 Pesquisadores Doutores 155 Grupos de pesquisa 15 Linhas de pesquisa 106 Principais áreas tecnológicas

Sistemas de produção de milho e sorgo, Produção Animal, Recur-sos Forrageiros e Meio Ambien-te, Agronegócio do LeiAmbien-te, Saúde Animal e Qualidade do Leite.

Pesquisadores 185 Pesquisadores Doutores 114 Grupos de pesquisa 18 Linhas de pesquisa 126 Principais áreas tecnológicas

Agroenergia, Aquicultura, Cafei-cultura, FloriCafei-cultura, FrutiCafei-cultura, Grandes Culturas, Oleicultura, Pes-quisa em Bovinos, Processamento Agroindustrial, Silvicultura e Meio Ambiente. Fiocruz CDTN Embrapa (Gado de Leite) Embrapa

(Milho e Sorgo) Epamig

Funed Cefet Cetec

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Por que Inovar em Minas Gerais? inove em Minas

INATEL

O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) é o pioneiro na pesquisa nas áreas de Engenharia Elétrica e Telecomunicações no Brasil. A insti-tuição possui parcerias com empresas privadas, realizadas a partir da Lei da Informática. Está lo-calizada na cidade de Santa Rita do Sapucaí, a 410 km de Belo Horizonte.

CETEC-MG

O Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec-MG), uma fundação vinculada à Sectes, possui pesqui-sas nas áreas de tecnologia mineral, metalúrgica e materiais, alimentos, ambiental, metrologia e ensaios, e informação tecnológica. A instituição está localizada na cidade de Belo Horizonte.

CDTN

O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nucle-ar (CDTN) está localizado na UFMG, em Belo Ho-rizonte. Desenvolve diversas atividades e projetos relativos à aplicação de técnicas nucleares, como o recebimento, tratamento e armazenamento de rejei-tos radioativos, gerenciamento de envelhecimento e extensão de vida de instalações nucleares e de-senvolvimento de novas tecnologias para recupera-ção de minerais metálicos e não-metálicos. O CDTN pertence à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia federal diretamente ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Pesquisadores 161 Pesquisadores Doutores 89 Grupos de pesquisa 52 Linhas de pesquisa 199 Principais áreas tecnológicas

Biologia Celular e Molecular, Do-enças Infecciosas e Parasitárias, e Saúde Coletiva.

Principais áreas tecnológicas

Eletrônica, Controle e Automa-ção, Comunicação Digital, Rádio Freqüência e Microondas, Física e Química, Telefonia, Redes de Computadores, Transmissão Digital, Sistemas Celulares e Desenvolvi-mento de Software. Pesquisadores 105 Pesquisadores Doutores 51 Grupos de pesquisa 13 Linhas de pesquisa 62 Pesquisadores 142 Pesquisadores Doutores 14 Grupos de pesquisa 40 Linhas de pesquisa 13 Principais áreas tecnológicas

Tecnologia Mineral, Tecnologia Metalúrgica e de Materiais, Bio-tecnologia, Tecnologia Ambiental, Metrologia e Ensaios e Informação Tecnológica.

Principais áreas tecnológicas

Segurança Nuclear e Radiológica, Meio Ambiente, Materiais, Saúde e Tecnologia Nuclear.

Os Ifets foram criados em 2008 a partir da união entre os centros federais de educação tecnológica, escolas agrotécnicas federais e es-colas técnicas vinculadas a universidades. São instituições de educação superior, básica e pro-fissional, pluricurriculares e multicampi, espe-cializados na oferta de educação profissional e tecnológica. O Estado possui cinco institutos,

sendo eles: o Instituto Federal de Minas Gerais; Instituto Federal Norte de Minas Gerais; Insti-tuto Federal Sudeste de Minas Gerais; InstiInsti-tuto Federal Sul de Minas Gerais e o Instituto Fede-ral Triângulo Mineiro.

Fonte: Diário Oficial da União, Dezembro de 2008; Site do Instituto Federal Minas Gerais.

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Por que Inovar em Minas Gerais?

inove em Minas

CEFET-MG

O Centro Federal de Educação Tecnológica de Mi-nas Gerais (Cefet-MG), apesar de ser considerado um instituto tecnológico, também oferece ensino técnico e superior voltados para a formação tecno-lógica. A instituição, localizada na cidade de Belo Horizonte, é o segundo Cefet brasileiro em número de pesquisadores e grupos de pesquisa, e o terceiro em número de linhas de pesquisa.

FUNED

A Fundação Ezequiel Dias (Funed), localizada em Belo Horizonte, é referência entre as instituições públicas de saúde, ciência e tecnologia do Brasil. A instituição é voltada para a produção de medi-camentos essenciais e imunobiológicos, realização de pesquisas no campo da saúde pública, monitora-mento das ações da Vigilância Sanitária, Epidemio-lógica e Ambiental e para a formação e capacitação de recursos humanos para o SUS.

Pesquisadores 48 Pesquisadores Doutores 28 Grupos de pesquisa 9 Linhas de pesquisa 41 Principais áreas tecnológicas

Bioquímica, Química de Proteínas, Farmacologia, Imunologia, Virolo-gia, Biologia Celular, MicrobioloVirolo-gia, Morfologia, Zootecnia e Biotecno-logia

O número e a diversidade de grupos e linhas de pesquisa são indicadores do potencial de geração de conhecimento científico e do trans-bordamento deste para o setor produtivo. A formação de grupos de pesquisa garante a pro-dutividade e a qualidade do desenvolvimento

científico e tecnológico, enquanto a diversi-dade de linhas de pesquisa amplia o leque de oportunidades de geração de novas tecnolo-gias.

Minas Gerais se destaca nacionalmente em núme-ro de grupos e linhas de pesquisa. O Estado possui mais de 9% dos grupos de pesquisa do Brasil, a maior parte relacionada à área de Ciências da Saú-de, seguida pelas Ciências Agrárias e Engenharias. Número de grupos e linhas de pesquisa em Minas Gerais - 2008

Grande área Grupos Linhas de pesquisa

MG %BR MG %BR

Ciências da Saúde 320 8% 1.253 9%

Ciências Agrárias 307 14% 1.582 15%

Engenharias 280 9% 1.236 9%

Ciências Biológicas 234 9% 1.083 9%

Ciências Exatas e da Terra 232 9% 1.119 10%

Fontes: Censo dos grupos de pesquisa – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – 2008; Portais das instituições; INEP: IGC – 2008.

Fontes: CNPq – Diretório dos grupos de pesquisa

Grupos e Linhas de Pesquisa em Minas Gerais

Minas Gerais se destaca nacionalmente em números de grupos e linhas de pesquisa.

Pesquisadores 284 Pesquisadores Doutores 148 Grupos de pesquisa 38 Linhas de pesquisa 121 Principais áreas tecnológicas

Engenharias de Produção Ci-vil, de Automação Industrial, de Computação,de Controle e Automa-ção, de Materiais, Elétrica, Mecâ-nica, MecatrôMecâ-nica, Tecnologia em Radiologia e Química Tecnológica.

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A qualificação dos profissionais de ciência e tecnologia em Minas Ge-rais é beneficiada pela excelência das Instituições de Ensino e Pes-quisa presentes no Estado, e pelas ações governamentais voltadas para o incentivo ao empreendedorismo e formação profissional articulada com o setor produtivo.

Por que inovar em Minas? inove em Minas

Profissionais Qualificados

Minas Gerais é destaque no cenário brasileiro em relação ao número e à qualificação de profissionais de ciência e tecnologia. Existem no Estado aproximadamente 52,1 mil mestres e doutores, além de cerca de 1,2 milhões de profissionais graduados, segundo pesquisa de 2008 realizada pelo IBGE. Cerca de 3,3 mil mestres e mais de 900 doutores foram titula-dos em universidades mineiras em 2008, segundo datitula-dos da Capes, e este número tem sido crescente a cada ano. De 2000 a 2008, o número de mestres titulados em MG cresceu a uma taxa média de 10% ao ano, en-quanto o número de doutores cresceu a uma taxa média de 14% ao ano.

Minas Gerais também recebe montantes consideráveis de recursos dos órgãos brasileiros de fomento à pesquisa para a formação de mestres e doutores. No ano de 2008, foram concedidos mais de R$160 milhões* em bolsas de ensino e pesquisa para a formação destes profissionais no Estado.

O Governo de Minas vem aumentando também o volume de investi-mentos para a qualificação profissional, tanto no ensino profissionali-zante quanto no ensino superior.

Investimentos realizados em educação no Estado de Minas Gerais, por subfunção do setor de ensino - 2005 e 2007 (R$ milhões)

13 Profissionalizante Superior 2007 2005 17 4 9 *Recursos do CNPq e Capes

Evolução do número de mestres e doutores titulados por ano em Minas Gerais - 2000 a 2008 928 Mestrado 2001 Doutorado 2000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 3291

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Por que Inovar em Minas Gerais?

inove em Minas

O número de pesquisadores por milhão de habitan-tes em Minas Gerais é superior à média do Brasil, e o total representou, em 2008, cerca de 10% do país. A presença de pesquisadores altamente qualifica-dos nos grupos de pesquisa, com a atuação de um

elevado número de mestres e doutores nas diver-sas áreas do conhecimento, é um fator que garante qualidade ao desenvolvimento científico e tecnoló-gico de Minas Gerais.

Seminários vivenciais que trabalham as carac-terísticas do empreendedor no processo de ino-vação serão oferecidos para alunos de diversos cursos de pós-graduação de todas as universi-dades públicas de Minas Gerais. Será realizado também um torneio de planos de inovação, uma competição em que serão escolhidos os melho-res projetos de cada curso participante, de cada universidade e, finalmente, o melhor projeto do

Estado de Minas Gerais. Participarão em média 60 alunos de pós-graduação por universidade, e espera-se que cada instituição apresente em tor-no de 15 projetos de itor-novação. O Programa Mi-neiro de Empreendedorismo na Pós-Graduação tem como objetivo estimular a cultura empre-endedora, concretizando o transbordamento da pesquisa acadêmica para o mercado através do estímulo ao comportamento empreendedor dos alunos de pós-graduação. Nesse contexto, espe-ra-se ampliar a visão de oportunidades de ne-gócio dos mestrandos e doutorandos de Minas Gerais, para que, a partir dos trabalhos de seus grupos de pesquisa, possam aumentar a intera-ção com as empresas e a realidade do mercado. O Programa tem como objetivo estimular a

cultura empreendedora dos estudantes de pós-graduação.

Fonte: CNPQ

Número de pesquisadores por nível de formação

em Minas Gerais - 2008 Número de pesquisadores por área de atuação em Minas Gerais – 2008

Graduação Especialização Mestrado Doutores

362 430 2527 8449 Ciências Agrárias 1793 Ciências Biológicas 1318 Saúde 1935 Ciências Exatas 1058 Ciências Sociais 1381 Ciências Humanas 2090 Engenharias 1453 Artes e Linguagens 825

Programa Mineiro de Empreendedorismo

na Pós-Graduação

Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-graduação

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O Ambiente de

Inovação em

Minas Gerais

O sucesso da inovação tecnológica depende da existência de empresas inovadoras e instituições de ciência e tecnologia e, principalmente, de ini-ciativas que possam promover a aplicação do co-nhecimento científico em novos produtos e pro-cessos de produção. O fortalecimento de redes de cooperação que possam viabilizar parcerias entre instituições de pesquisa e empresas é um elemen-to fundamental na estratégia de desenvolvimenelemen-to científico e tecnológico do Estado de Minas Ge-rais.

Nesse sentido, o governo possui um conjunto de ações consistentes para a prospecção constante das demandas e oportunidades tecnológicas. Res-paldado pela Lei Mineira de Inovação, viabiliza projetos conjuntos entre empresas e universidades focados para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o mercado nacional e mundial.

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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais

inove em Minas

O Governo de Minas Gerais estimula a interação entre os agentes de inovação, com o objetivo de atender as necessidades tecnológicas do mercado.

O Sistema Mineiro de Inovação

O Sistema Mineiro de Inovação (Simi), iniciativa do

Governo de Minas Gerais, tem como missão criar um ambiente propício à inovação no Estado, por meio da promoção de interações entre pesquisadores, empre-sas e governo, alinhando demandas, ofertas tecnoló-gicas e recursos de fomento à inovação.

Plataforma Operacional

O Simi conta com uma plataforma operacional res-ponsável por elaborar e aprovar as políticas e estraté-gias de promoção da inovação, propagar a cultura de inovação nos setores econômicos e sociais, divulgar novos conhecimentos e fornecer oportunidade de in-teratividade entre os atores de inovação no Estado. Uma das estratégias é o Portal web 2.0 do Simi (www. simi.org.br), que permite que, de forma simples e in-terativa, pesquisadores, empresários e membros do governo possam se conhecer, trocar informações, criar temas de discussão e construir propostas de projetos ou políticas públicas para o Estado. O Foco do Portal Simi é a geração de negócios inovadores entre os participantes do sistema, permitindo um acesso prático e facilitado que favorece a velocidade, atributo fundamental para as empresas que querem inovar.

Outra ferramenta é o Observatório de Ciência, Tecno-logia, Inovação e Ensino Superior, que disponibiliza dados e informações para a prospecção, avaliação e monitoramento das políticas públicas e da competi-tividade de Minas Gerais com base nos avanços da Ciência, da Tecnologia, da Inovação e do Ensino Su-perior.

Projetos Estruturadores

O Simi é constituído por Projetos Estruturadores que focam no desenvolvimento regional e setorial, na

formação profissional orientada para o mercado e na ampliação da capacidade de inovação das empresas mineiras.

O desenvolvimento regional e setorial é estimulado através da estruturação de APLs, Polos de Excelência e Polos de Inovação. Esses tem como objetivo am-pliar e melhorar a capacidade competitiva de seg-mentos econômicos de elevado conteúdo tecnológico e promover o desenvolvimento regional e setorial. Os APLs aumentam a competitividade e a sustentabili-dade de negócios de elevado conteúdo tecnológico pelo estímulo à interação com o conjunto de atores econômicos, políticos e sociais locais. Os Polos de Ex-celência integram competências institucionais para induzir o processo de desenvolvimento sustentável de setores estratégicos. Os Polos de Inovação tem o objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento de regiões economicamente menos desenvolvidas. O foco do governo mineiro na formação profissional orientada para o mercado é representada pela im-plantação, em parceria com o governo federal, de 84 Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e 487 Telecentros. Esses conferem a Minas Gerais uma in-fraestrutura de informática e telecomunicações, sen-do este considerasen-do o maior programa de inclusão digital do Brasil.

A Rede de Inovação Tecnológica (RIT), atua em ações que implementam um ambiente favorável à inova-ção no Estado, permitem a articulainova-ção entre empre-sas e instituições de ciência e tecnologia e estimulam a cultura de inovação na sociedade. Entre as ações da RIT, descritas neste documento, estão incluídos os Parques Tecnológicos, as Incubadoras de Empresas existentes no Estado, a Lei Estadual de Inovação, o Programa Inove em Minas para atração de centros de pesquisa e desenvolvimento, o Programa de Incenti-vo à Inovação (PII), os Núcleos de Inovação Tecno-lógica (NITs), editais induzidos da Fapemig, além de: • Parque Industrial Tecnológico (PIT): localizado pró-ximo ao Aeroporto Internacional de Confins, visa à atração de indústrias de alto conteúdo tecnológico, com foco na produção. Funcionará como transbor-damento natural do BH-TEC.

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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais

inove em Minas

• Tecnologia Industrial Básica (TIB): aprimora e certi-fica laboratórios e escritórios para ofertarem serviços de TIB ao setor empresarial/industrial. A ação é de-senvolvida em parceria com o IPEM, Cetec, IEL/Fie-mg, Rede Metrológica de Minas Gerais e Sebrae. • Centro Minas Design (CMD): principal iniciativa em Minas destinada a inserir efetivamente o design na in-dústria como recurso estratégico para incremento da competitividade e da agregação de valor aos produtos e serviços. Operando em rede de cooperação, aglutina parceiros e estruturas afins. Contempla ainda ações de ensino, pesquisa e desenvolvimento.

• Cultura Empreendedora: estimula o surgimento e o desenvolvimento do perfil empreendedor nos cida-dãos. Focado nos potenciais empresários e em jovens alunos do ensino fundamental, com a realização de três ações básicas: Curso de Empreendedorismo e Pla-no de Negócios; Projeto Jovens Empreendedores; e os Núcleos de Apoio ao Empreendedor (NAEs), presentes em todas as regiões do Estado.

• Projeto Tecnologia Empreendedorismo e Inovação Aplicados (Teia): capacita prestadores de serviços que atuarão no desenvolvimento de novos negócios e criação de oportunidades de interação por meio de ferramentas de Web 2.0 e redes sociais. Focado em empresas, autarquias, órgãos públicos, instituições

de ensino, sindicatos e associações, tem como meta abranger todos os municípios mineiros.

• Projeto C5: Centro de Competência em Comuni-dades de Cooperação e Conhecimento, formado por uma equipe multidisciplinar da UFMG (Ciências da Computação, Ciências Econômicas e Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas). O Projeto C5 analisa, de forma quantitativa e qualitativa, a evolução e os resultados do Projeto Teia e o impacto da economia digital na sociedade.

Entre as ações mais relevantes do Simi, os Encontros de Inovação promovem reuniões presenciais entre empresários e pesquisadores, com o objetivo de efe-tivar transferências de tecnologias ou a realização de parcerias para a solução de problemas do setor pro-dutivo. A equipe responsável pelos Encontros procura conhecer as necessidades das empresas instaladas no Estado e alinhá-las com os trabalhos de pesquisado-res ou institutos de pesquisa que tenham competência técnica ou tecnologias já desenvolvidas para atendê-las.

Por meio de ações presenciais ou em ambiente virtu-al, o Simi configura-se como um verdadeiro sistema onde seus participantes possuem autonomia de ação, mas podem criar relações de interdependência para o desenvolvimento e fortalecimento de suas estratégias. O PII é um instrumento para transformação de

projetos de pesquisa aplicada em inovações tec-nológicas, melhoria da cultura da inovação nas universidades e ampliação da rede de relacio-namento destas com a sociedade e o mercado. Foi criado pelo Governo de Minas, por meio da Sectes, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG), instituições de ensino e pesquisa e

gover-nos municipais. Tem o objetivo de gerar paten-tes e contratos de transferência de tecnologia, investimentos em capacitação de profissionais e empresas de base tecnológica (EBTs) em Mi-nas. Os projetos de pesquisa viáveis são trans-formados em inovações tecnológicas por meio das atividades de chamada pública para seleção dos projetos de pesquisa da instituição, estudo de viabilidade técnica, econômica e comercial, desenvolvimento dos protótipos comerciais dos produtos gerados e apresentação dos projetos para investidores. O projeto contemplou as uni-versidades federais das cidades de Lavras (Ufla), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF) e a Belo Horizonte (UFMG).

Programa de Incentivo à Inovação em Minas Gerais (PII)

Um dos principais objetivos do PII é aumentar a interação entre as instituições de pesquisa e o mercado, com a promoção de transferência de tecnologias.

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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas

A Fapemig é uma agência de fomento à pesquisa científica e tecnológica em Minas Gerais, respon-sável pelo intenso apoio às interações entre insti-tuições de pesquisa e empresas.

Fapemig

A existência de recursos para o financiamento dos

projetos inovadores é um elemento importante na

estratégia de viabilização das redes de inovação. A Fapemig é a agência mineira de fomento à pesqui-sa, que opera com recursos advindos diretamente do orçamento do governo estadual, corresponden-tes a 1% da arrecadação de Imposto sobre Circula-ção CirculaCircula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado. Ela é a principal agente indutora do desen-volvimento científico, tecnológico e de inovação em Minas e possui autonomia para a gestão de seus recursos, sempre em concordância com a política governamental de Ciência e Tecnologia.

Como é mostrado a seguir, entre 2005 e 2008, o montante de recursos da Fapemig aumentou mais de três vezes em relação ao valor inicial.

A Fapemig se destaca no cenário nacional pelo intenso apoio e fomento à interação entre univer-sidades e empresas, especialmente através de Pro-gramas como “Mestres e Doutores na Empresa” e

o “Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas – Pappe”. Além desses programas, a Fapemig também financia pesquisa e desenvolvimento de empresas mediante a apresentação de projetos que possuam forte conteúdo inovador. Além disso, a Fapemig possui um programa de apoio a inventores inde-pendentes, que não possuem vínculo com insti-tuições de pesquisa, e possuem idéias criativas e inovadoras para solucionar problemas tecnológicos das empresas.

A Gerência de Propriedade Intelectual da Fape-mig é responsável pela promoção e fortalecimento dos NITs de universidades e institutos de pesquisa, que são os agentes responsáveis pela execução da política de propriedade intelectual e transferência tecnológica dessas instituições. Entre 2004 e 2008, os recursos investidos pela Fapemig na área de propriedade intelectual passaram de R$50 mil para mais de R$3 milhões.

Fapemig – Evolução Financeira: Recursos do Tesouro Estadual (R$ milhões) - 2005-2008

61 85

172 208

2005 2006 2007 2008 A política de propriedade intelectual no Estado é

beneficiada pelas ações e recursos da Fapemig, que apóiam NITs e inventores independentes, estimu-lando a transferência de tecnologias para o setor empresarial.

A Inovatec é uma feira anual, considerada o maior evento brasileiro de divulgação e incenti-vo às inovações tecnológicas. O objetiincenti-vo é pro-mover a interação, a troca de experiências e a transferência de tecnologia entre pesquisadores, inventores, órgãos públicos, instituições de en-sino e pesquisa e empresas, garantindo assim o avanço tecnológico e produtivo nos vários seg-mentos da economia brasileira. Após a realiza-ção da Inovatec 2009, mais de 90% dos

empre-sários participantes dos Encontros de Inovação apresentaram interesse em firmar parceria com pesquisadores. O resultado demonstra o suces-so das 181 reuniões promovidas pelo Simi com o intuito de integrar mercado e academia para impulsionar a inovação no Estado. Em três dias da Inovatec foram realizados 11 Encontros dos setores automotivo, eletroeletrônico, mineral e metalúrgico, de leite e derivados, de biotecno-logia e de café.

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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais

inove em Minas

Exemplos de programas e projetos especiais da Fapemig

Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe)

Programa executado em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do MCT, e a Fiemg. Através do Pappe são disponibilizados recursos para apoiar a inovação em EBTs que possam melhorar a competitividade dos produtos fabricados no Estado. Em 2008, contemplou projetos que somaram R$ 20 milhões e atenderam 71 empresas.

Edital Mestres e Doutores

na Empresa Financia propostas conjuntas entre empresas e ICTs para o desenvolvimento de projetos de inovação, com a contratação de mestres e doutores. Estimula a trans-ferência de tecnologia e a consequente fixação de pesquisadores no setor empresa-rial.

Editais Induzidos São elaborados em consonância com as políticas do Estado. Eles abrangem áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento de Minas Gerais, como Recursos Hídricos, Agronegócios, Biotecnologia, Eletroeletrônica, entre outros.

Programa de Redes de

Pesquisa Incentivo à criação de redes de pesquisa formadas por universidades e centros de pesquisa, que se unem para estudar um tema específico. O programa é pautado na articulação entre pesquisadores e instituições, na otimização do uso de recursos e na formação de parcerias com órgãos federais que vêem nas redes uma oportunida-de oportunida-de financiamento articulado. Por meio oportunida-desse edital, foram disponibilizados R$10 milhões em 2008.

Programa de Implantação de Pólos de Excelência e Pólos de Inovação

A Fapemig é responsável pelo apoio financeiro ao projeto da Sectes de implanta-ção de Polos de Excelência e Polos de Inovaimplanta-ção em Minas Gerais. Foram criados Polos de Excelência em cinco áreas – Café, Leite, Mínero- metalúrgico, Florestas e Recursos Hídricos – e Polos de Inovação em regiões mineiras que possuem mais dificuldade de desenvolvimento.

Case Fiat Powertrain

Uma parceria entre a Fapemig e a FPT foi reali-zada por meio do edital “Mestres e Doutores na Empresa”, destinou, em 2009. Foram destinados R$ 1,1 milhão em recursos para financiar projetos inovadores de mestres e doutores na área de efici-ência energética em produtos e processos (metade proveniente da Fapemig e a outra parte da em-presa). Os principais objetivos são proporcionar o desenvolvimento de novos produtos e processos inovadores, estruturar o processo de pesquisa e desenvolvimento em parceria com ICTs ou Insti-tuições Privadas de Inovação Tecnológica (IPITs) localizadas no Estado de Minas Gerais, e, princi-palmente, estimular a contratação de mestres e doutores como agentes do processo de inovação nas empresas.

Case Whirlpool

A Fapemig lançou em 2009, em parceria com a empresa Whirlpool S.A, um edital “Mestres e Doutores na Empresa” voltado para o financia-mento de projetos inovadores em produtos de linha branca (refrigeradores, freezeres, fogões, la-vadoras, secadoras, fornos, coifas, climatizadores, condicionadores e depuradores de ar), nos quais a empresa é especializada. O montante de recursos destinado às propostas aprovadas é de R$2 mi-lhões, sendo R$1 milhão proveniente da Fapemig e R$1 milhão da Whirlpool. O termo de coopera-ção assinado entre a Fundacoopera-ção e a empresa prevê um investimento total de R$10 milhões, realizado por meio de editais a serem lançados nos próxi-mos cinco anos.

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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais inove em Minas

Exemplos de mecanismos nacionais de fomento para a inovação

Finep Inova Brasil

Constitui-se em financiamento com encargos reduzidos para a realização de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas empresas brasileiras.Esse programa permite a utilização, em um mesmo contrato de financiamento, de outros instrumentos da Finep, como a subvenção econômica (aporte de recursos não reembolsáveis, inclusive para a contratação de mestres e doutores). A Finep participa com até 90% do valor total do projeto.

Subvenção Econômica para Inovação

Aplicação de recursos públicos não-reembolsáveis diretamente em empresas que desenvolvam pro-jetos de inovação estratégicos para o País. Pode ser aplicada no custeio de atividades de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico e de inovação. A concessão da subvenção econômica é operacionalizada pela Finep através dos instrumentos de convocação de empresas . Por meio deste instrumento, foram disponibilizados R$ 510 milhões de 2006 a 2008.

Projeto Inovar

A Finep apóia e estimula a criação de fundos especializados em pequenas e médias empresas de base tecnológica brasileiras, especialmente de capital de risco, que tem como exemplo o Programa Finep Inovar Semente. Neste sentido a Finep se dispõe a participar com 40% do capital, que deve estar entre R$ 10 e R$ 12 milhões.

Banco Nacional do Desenvolvi-mento (BNDES)

Linha Capital Inovador (Foco na empresa)

Apoio a empresas no desenvolvimento de capacidade para empreender atividades inovativas em caráter sistemático, por meio de investimentos tanto nos capitais intangíveis quanto nos tangíveis, incluindo a implementação de centros de pesquisa e desenvolvimento. O valor mínimo para financiamento é de R$ 1 milhão, e o máximo, de R$ 200 milhões por grupo econômico.

Linha Inovação Tecnológica (Foco no projeto)

Apoio a projetos de inovação de natureza tecnológica que busquem o desenvolvimento de produtos e/ ou processos novos ou significativamente aprimorados (pelo menos para o mercado nacional) e que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado. O valor mínimo para financiamento é de R$ 1 milhão e o nível de participação pode chegar até 100% dos itens financiáveis.

Linha Inovação Produção

Apoio a pesquisa e desenvolvimento ou inovação que apresentem oportunidade comprovada de mer-cado ou a projetos de investimentos que visem à modernização da capacidade produtiva necessária à absorção dos resultados do processo de pesquisa e desenvolvimento ou inovação. O valor mínimo para financiamento é de R$ 3 milhões.

Fundo Tecnológico (Funtec)

Destina-se a apoiar financeiramente projetos de estímulo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação de interesse estratégico para o País, em conformidade com os programas e políticas públicas do governo federal. Os clientes do Funtec são as instituições tecnológicas e as instituições de apoio, para o desen-volvimento de projetos de pesquisa, desendesen-volvimento tecnológico e inovação, com a interveniência de empresas participantes da pesquisa.

CNPq Programa Rhae Pesquisador na Empresa

São concedidas a empresas ou instituições que executam atividades de desenvolvimento científico e/ou tecnológico bolsas para empregar especialistas – pesquisadores ou gestores de projetos e programas de pesquisa e desenvolvimento. As bolsas são de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI), em diver-sos níveis, aprovadas pela Finep e operadas pelo CNPq. O Programa Rhae Inovação é acionado por meio de editais e chamadas públicas divulgadas na página do CNPq (www.cnpq.br).

MCT Fundos Setoriais

Criados pelo MCT e operados pela Finep e pelo CNPq, apóiam o desenvolvimento e a consolidação de parcerias entre Universidades e Centros de P&D, públicos e privados, sem fins lucrativos. Visa induzir o aumento dos investimentos das empresas em ciência e tecnologia e impulsionar o desenvolvimento tecnológico dos setores considerados, além de incentivar a geração de conhecimento e inovações que contribuam para a solução dos grandes problemas nacionais. São 16 Fundos Setoriais, 14 relativos a setores específicos¹ e dois transversais².

¹ Setores específicos: Aeronáutico, Agronegócio, Aquaviário, Biotecnologia, Energia,Tecnologia Espacial, Recursos Hídricos, Tecnologia da Informação, Mineral, Petróleo, Saúde, Transportes e Telecomunicações e Fundo Setorial para o desenvolvimento da Amazônia. ² Setores transversais: um voltado à interação universidade-empresa (FVA - Fundo Verde-Amarelo), e outro destinado a apoiar a melhoria da infra-estrutura dos ICTs.

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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais

inove em Minas

Propriedade Intelectual

A proteção conferida no Brasil à propriedade intelec-tual decorre da Constituição Federal, bem como de di-versas leis federais e tratados internacionais assinados pelo país. Trata-se, portanto, de legislação adequada aos padrões de proteção à propriedade intelectual es-tipulados no Trips – Trade Related Aspects of Intelec-tual Property Rights (Acordo Relativo aos Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio), tratado internacional celebrado pe-los membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), incorporado ao ordenamento jurídico brasilei-ro. Além do Trips, o Brasil assinou os principais tra-tados internacionais relativos à tutela dos direitos de propriedade intelectual, como o Tratado de Coopera-ção de Patentes (PCT), as Convenções de Berna, sobre Direitos Autorais, e de Paris, sobre Propriedade Indus-trial. O INPI é o órgão governamental encarregado da regulamentação e da execução das normas relativas aos direitos de propriedade industrial e do exame for-mal dos pedidos de registro de marca, de indicações geográficas e da concessão de patentes.

A propriedade intelectual sempre foi uma questão delicada entre empresas e instituições de ciência e tecnologia. Pensando nisso, o governo do Estado de Minas Gerais promove iniciativas que facilitam o di-álogo relacionado à propriedade intelectual entre es-sas instituições, como a Lei Mineira de Inovação e a constituição dos NITs, e a criação da Rede de

Proprie-dade Intelectual (RMPI). Tais ações visam, através do

suporte à proteção intelectual, estimular as inovações tecnológicas, garantindo a participação dos pesquisa-dores e instituições inventoras nos ganhos relativos aos produtos inovadores que desenvolveram.

Lei Mineira de Inovação

A Lei Mineira de Inovação foi sancionada em janeiro de 2008, fazendo com que Minas Gerais entrasse na pequena lista dos Estados que já aprovaram uma Lei estadual para fomento à inovação. A versão mineira da lei reafirma para as ICTs de Minas Gerais o que está na Lei Federal, com adaptações e agregação de instrumentos que agilizam os processos de inovação. Alguns pontos importantes da Lei Mineira de Inova-ção são:

• Estímulo de parcerias entre instituições de

pes-quisa e empresas para o desenvolvimento de

tec-nologias.

• Incentivo aos ICTs na utilização mais eficiente da

legislação de Propriedade Intelectual, registrando

patentes e gerando recursos para novas pesquisas. • Fortalecimento dos NITs, que têm como objetivo

principal fazer com que tecnologias que estão sen-do desenvolvidas nos laboratórios possam se trans-formar em um produto ou serviço e ser patenteado, gerando riqueza para a sociedade.

• Criação do FIIT, que permite o financiamento de projetos de pesquisa e inovação diretamente para empresas.

• Determinação de aspectos relacionados aos

pesqui-sadores: inclusão do índice de geração de patentes

na avaliação de desempenho, criação de condições para participação nos ganhos com a comercializa-ção de seus inventos e de condições de uso de labo-ratórios de grandes centros de pesquisa.

Núcleos de Inovação Tecnológica e

Prote-ção ao Conhecimento (NITs)

Os NITs são órgãos vinculados às universidades, res-ponsáveis por intermediar as negociações

relaciona-das à transferência de tecnologia entre estas ins-tituições e empresas. Objetivam induzir e fomentar

a inovação e garantir a proteção intelectual dentro das ICTs. Nas universidades mineiras existem 22 NITs, que são fundamentais na capacitação de profissionais para assessorar, apoiar e gerir atividades direcionadas à inovação, proteção à atividade intelectual e incen-tivo à comercialização dos resultados das pesquisas desenvolvidas.

Rede de propriedade intelectual (RMPI)

Na busca de uma nova interface de relacionamento entre empresas e instituições de pesquisa, a RMPI é uma associação sem fins lucrativos que atua agregan-do uma visão comercial às discussões sobre Proprie-dade Intelectual, facilitando o diálogo entre pesqui-sadores, universidades e empresas. A Rede auxilia as ICTs mineiras na definição de políticas de proteção intelectual, na implantação dos NITs, na capacitação de recursos humanos para atuarem na gestão da pro-teção do conhecimento e na transferência de tecnolo-gia. Além disso, busca potencializar e difundir o papel das universidades e dos centros de pesquisa nas ativi-dades de cooperação com o setor empresarial.

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O ambiente de inovação em Minas Gerais inove em Minas

Parques Tecnológicos

Parques tecnológicos são complexos organizacionais de caráter científico e tecnológico, estruturados de forma planejada, concentrada e cooperativa, que agregam EBTs e instituições de P&D. São adminis-trados por profissionais especializados, cujo objetivo principal é proporcionar o aumento de riqueza de sua comunidade por meio da promoção da cultura da inovação e da competitividade nas empresas e instituições de pesquisa a ela associadas.

No intuito de atingir seus objetivos, um parque tec-nológico estimula e gerencia o fluxo de conheci-mento e tecnologia entre universidades, instituições P&D, empresas e mercados, facilita a criação e o de-senvolvimento de firmas inovadoras por meio da in-cubação e de processos de spin-offs e fornece outros serviços de valor agregado e instalações físicas de alta qualidade.

Os Parques agregam condições fundamentais para empreendimentos de base tecnológica:

• Oferta de edificações para a instalação de empre-sas.

• Vínculo com centros de ensino e P&D. • Oferta de serviços de suporte, como:

- apoio à transferência de tecnologia e gestão tec-nológica;

- laboratórios de testes compartilhados; - auxílio para a captação de capital de risco; - presença de incubadoras de empresas e centros

de pesquisa.

A Sectes busca articular, fomentar, apoiar e acele-rar as iniciativas de criação, implementação e de-senvolvimento dos parques tecnológicos, de forma a promover a transferência de tecnologia, a interação universidade-empresa e fomentar a cooperação e a complementaridade entre os parques.

O FIIT, principal instrumento da Lei Mineira de Inovação, permite o financiamento de projetos de pesquisa e inovação diretamente para as em-presas, com recursos do orçamento do Estado. O FIIT não possui vínculo com nenhum edital, possibilitando a obtenção do financiamento sem a necessidade de aprovação de crédito ou inter-venientes. Além disso, as empresas beneficiadas podem aplicar os recursos de forma flexível, in-vestindo, por exemplo, na construção e reforma de instalações e compra de equipamentos. O FIIT

se propõe a financiar até 90% de um projeto de inovação aprovado, com o restante em contrapar-tida financeira da empresa beneficiária. O finan-ciamento é concedido após aprovação da proposta pelo Estado e realizado através de recursos não reembolsáveis. São beneficiadas empresas de to-dos os tipos e tamanhos, principalmente aquelas de base tecnológica (EBTs), que têm sua atividade produtiva direcionada para o desenvolvimento de novos produtos ou processos.

Fundo de Incentivo à Inovação Tecnológica (FIIT)

Dos 32 parques tecnológicos em diversas fases de implantação no Brasil, 11 estão localizados em Minas Gerais.

Será instalada uma unidade do CPqRR/Fiocruz Minas no BH-Tec. A construção das novas ins-talações do CPqRR, com conclusão prevista para 2013, vão ampliar as possibilidades de interação das empresas e instituições científicas da região metropolitana de Belo Horizonte com a Fiocruz, entidade de referência para o desenvolvimento do setor de produtos biológicos, ensaios pré-clínicos

e clínicos e biofarmacêutica em todo o Brasil. Com área construída de 18 mil metros quadrados, o es-paço vai abrigar todas as atividades da instituição: pesquisa científica, ensino, administração, cole-ções de vetores, serviços, entre outras.

Fonte: UFMG (outubro de 2009)

Centro de Pesquisas Renè Rachou será instalado no BH-TEC

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O Ambiente de Inovação em Minas Gerais

inove em Minas

Os parques de Belo Horizonte, Viçosa e Itajubá são considerados pilotos para a estruturação da rede de cooperação, que, futuramente, será difundida para outros parques em Minas Gerais, como os de Juiz de Fora e Lavras, que estão em fase de projeto.

Parque Tecnológico de Belo Horizonte

(BH–TEC)

Localizado ao lado da UFMG, o BH-TEC é um parque tecnológico generalista, com foco nas áreas de exce-lência já desenvolvidas:

• Tecnologias da informação e comunicação • Biotecnologia

• Saúde humana e animal • Farmacêutica • Tecnologia médico-hospitalar • Novos materiais • Tecnologia de processos • Tecnologia ambiental • Tecnologias em energia • “Indústrias criativas” • Serviços tecnológicos O BH-TEC em números:

• Área externa (comércio e serviços): 21.086 m² • Área para empresas de base tecnológica: 41.325 m² • Área institucional: 30.866m²

• Área de proteção ambiental: 370.989 m² • Recursos: R$ 28,3 milhões

Fonte: Secretaria BH-TEC

Parque Tecnológico de Viçosa

Com foco no setor de agronegócios, o projeto do PTV alia um alto padrão de urbanização, com espaços des-tinados a outras atividades que tem o objetivo de au-mentar sua interação com a cidade.

Além da estrutura empresarial, o PTV contará com: • Sistema viário interno que permitirá várias

cone-xões com as vias de acesso atuais

• Centro de Estudos Ambientais para gerenciar as ati-vidades de lazer

• Museu Interativo de Ciência e Tecnologia • Desenvolvimento de projetos sociais

O Parque Tecnológico de Viçosa em números:

• Área total : 2.140.000m² • Área urbanizada: 400.000m² • Área de preservação: 1.740.000m² • 81 lotes com área média de 2.000m² • 42 salas para empresas

Fonte: Secretaria Parque Tecnológico de Viçosa

Parque Científico e Tecnológico de

Itajubá

Localizado dentro do campus da Unifei, o parque terá foco nos setores de energia e engenharia.

• Centros de Estudos de Investigação e Inovação em Eficiência Energética e de Biomateriais

• Centro de Qualidade de Energia e Compatibilidade Elétrica (C-QCE)

• Condomínio de Empresas incubadas e graduadas • Parceria com empresas como: Companhia

Energé-tica de Minas Gerais (Cemig), Eletrobras, Siemens, Schweitzer, Phillips e Grupo Ultra

O Parque Científico e Tecnológico de Itajubá em nú-meros:

• Área total: 372.903 m2 • Área construída: 40.474 m2 • R$ 22,5 milhões em investimentos

Referências

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