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Estudo da função tireoidiana em recém-nascidos com doença de membrana hialina

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Academic year: 2021

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i UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO FACULDADE DE MEDICINA

MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE MATERNO-INFANTIL

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

CAMILA DA SILVEIRA LOPES GÓES

Estudo da Função Tireoidiana em Recém-Nascidos com

Doença de Membrana Hialina

NITERÓI

2014

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ii

CAMILA DA SILVEIRA LOPES GÓES

Estudo da Função Tireoidiana em

Recém-Nascidos com

Doença de Membrana Hialina

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Saúde Materno-Infantil, como requisito para obtenção do grau de Mestre em Medicina. Área de Concentração: Saúde da Criança e do Adolescente

Orientador: Prof. Dr. Adauto Dutra Moraes Barbosa

Niterói 2014

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G598 Góes, Camila Lopes Estudo da função tireoidiana em recém-nascidos com doença de membrana hialina / Camila Lopes Góes.- Niterói, 2015.

32 f.

Orientador: Adauto Dutra Moraes Barbosa Dissertação (Mestrado em Saúde Materno Infantil)– Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Medicina, 2015.

1. Hormônio Tireóideo. 2. Doença da Membrana Hialina. 3. Recém-Nascidos. I. Título.

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iv

CAMILA DA SILVEIRA LOPES GÓES

Estudo da Função Tireoidiana em

Recém-Nascidos com

Doença de Membrana Hialina

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Saúde Materno-Infantil, como requisito para obtenção do grau de Mestre em Medicina. Área de Concentração: Saúde da Criança e do Adolescente Aprovada em / / Comissão Examinadora: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Niterói 2014

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v Dedicatória

À minha família e ao querido Hospital Universitário Antônio Pedro, para onde sempre retorno.

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Agradecimentos

Meu grande agradecimento a toda a equipe da UTI neonatal do Hospital Universitário Antônio Pedro. Em especial a doutora Sayonnara Drummond, ao doutor Allan Vieira e a doutora Camilla Morcelli Tovar por toda ajuda e apoio durante a realização do trabalho.

Obrigada ao meu orientador, doutor Adauto Dutra Moraes Barbosa por toda paciência e cumplicidade.

À doutora Valéria Schincariol e ao doutor Alan Praxedes, endocrinologistas pediátricos que muito contribuíram com o presente trabalho.

Um agradecimento especial ao amigo e colega de profissão e especialidade, doutor Daniel Hilário Santos Genu, pela compreensão e pelas idéias produtivas dadas para o texto da dissertação.

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“Não é fácil despir-se dessas ideias preconcebidas, mas os artistas que mais êxito logram nessa empreitada tendem a ser os que produzem as obras mais instigantes. São aqueles que nos ensinam a enxergar na natureza novas belezas com cuja existência sequer sonhávamos.”

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Estudo da função tireoidiana em recém-nascidos com doença de

membrana hialina

Resumo: O hipotireoidismo neonatal não tratado está relacionado causalmente a um prognóstico neurológico desfavorável, incluindo grave retardo mental e atraso do crescimento. Em prematuros que apresentam doença de membrana hialina, sepse ou desnutrição, entre outras, a interpretação do estado da tireoide pode ser ainda mais complicada. Ainda é controversaa relação entre essas doenças e alterações na concentração de TSH e T4 livre. Objetivo: investigar se a função tireoidiana encontra-se alterada em recém-nascidos com doença de membrana hialina. Método: estudo prospectivo, longitudinal, tipo coorte, onde foram incluídos todos os recém-nascidos prematuros com necessidade de cuidados em UTI e UI neonatal no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) por mais de 48 horas e permaneceram internados por mais de 10 dias, no período entre maio de 2013 e abril de 2014. Foram coletados TSH e T4 livre no terceiro e no décimo dia de vida junto com os exames de rotina da unidade e levantados seus dados demográficos dos prontuários. Para o diagnóstico da doença de membrana hialina foram considerados radiografia de tórax e avaliação clínica e individual do paciente quanto à necessidade de oxigênio suplementar e desconforto respiratório. Conclui-se que existe elevada probabilidade de que os valores plasmáticos de TSH e T4 livre estejam alterados em recém-nascidos com doença de membrana hialina no décimo dia de vida eque a estratégia de triagem neonatal para hipotireoidismo atualmente utilizada para prematuros gravemente enfermos provavelmente seja ineficaz e falhe sobretudo no diagnóstico da hipotiroxinemia transitória da prematuridade. Assim, recomenda-se a adoção de uma nova estratégia, com coleta semanal de TSH e T4 livre em recém-nascidos prematuros com doença de membrana hialina.

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ix

Abstract: untreated neonatal hypothyroidism is related causally to a very poor neurological prognosis, including severe mental retardation and growth retardation. In premature infants who have hyaline membrane disease, sepsis or malnutrition, among others, the interpretation of thyroid status may be even more complicated. It is controversial if there is relationship between these diseases and changes in TSH and free T4. Objective: to investigate the thyroid function in newborns infants with hyaline membrane disease. Method: A prospective, longitudinal, cohort study, which included all preterm infants requiring care in the neonatal ICU and neonatal intermediary unit at Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) for more than 48 hours and remained hospitalized for more than 10 days, between May 2013 and April 2014.TSH and free T4 were collected in the third and tenth day of life along with unit routine screening tests and their demographic data were raised from medical records. For diagnosis of hyaline membrane disease chest radiography and clinical and individual evaluation of the patient as the need for supplemental oxygen and respiratory distress were considered. It concludes there is a high chance that the plasma levels of TSH and free T4 levels are altered in infants with hyaline membrane disease in the tenth day of life, and that the strategy of neonatal screening for hypothyroidism currently used for seriously sick premature is probably ineffective and gives failures especially in the diagnosis of transient hypothyroxinemia of prematurity. We therefore recommend the adoption of a new strategy, with blood tests for TSH and free T4 collected every week in premature infants who have hyaline membrane disease.

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ABREVIATURAS E SIGLAS

DMH – doença de membrana hialina DIT – diiodotirosina

HC – hipotireoidismo congênito

HUAP – Hospital Universitário Antônio Pedro MIT – monoiodotirosina

RN – recém-nascido

TRH – hormônio liberador de tireotrofina T3 – triiodotirosina

T3r – triiodotirosina reversa T4 – tiroxina

UI – unidade intermediária

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xi SUMÁRIO 01. INTRODUÇÃO... 10 02. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 12 03. JUSTIFICATIVA... 17 04. OBJETIVOS... 18 05. MATERIAL E MÉTODO... 19 06. RESULTADOS... 22 07. DISCUSSÃO... 25 08. CONCLUSÃO... 27 09. LIMITAÇÕES DO ESTUDO... 28 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 29

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10 1. INTRODUÇÃO

A triagem sistemática em recém-nascidos para detecção de erros inatos do metabolismoteve início em 1961. No final da década de 1950, nos Estados Unidos, o biólogo Robert Guthrie (1916-1995) passou a dirigir seus estudos para a prevenção da doença mental e, com este objetivo, adaptou o método de inibição bacteriana em que vinha trabalhando para a realização de identificação de erros inatos do metabolismo. Assim, ele desenvolveu a primeira metodologia para dosagem de fenilalanina em amostras de sangue seco colhido em papel-filtro para a pesquisa de fenilcetonúria (Carvalho & Cardoso, 2006).

Mais tarde, outras doenças puderam ser detectadas através da triagem neonatal, entre elas: aminoacidopatias, além da fenilcetonúria, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, e o hipotireoidismo congênito.

Em 1974, o canadense Dussault desenvolveu a primeira metodologia para a dosagem de tiroxina (T4) em amostras de sangue seco coletado em cartões de papel-filtro. O primeiro programa piloto de Triagem Neonatal para hipotireoidismo neonatal nos Estados Unidos se iniciou em 1976 (Carvalho & Cardoso, 2006).

No passado, antes do advento dos programas de triagem neonatal na década de 1970, já eram bem conhecidos os efeitos deletérios, graves e irreversíveis do hipotireoidismo neonatal sobre o desenvolvimento físico e intelectual. A passagem do hormônio da mãe para o feto pode não ser adequada para provocar desenvolvimento ósseo e cerebral normal, mas é suficiente para mascarar os sinais clínicos de hipotireoidismo no neonato. Eles costumam ter peso e altura normais (Madeira, 2011).

No sistema nervoso, quando a reposição hormonal não é precoce, há prejuízo no crescimento dos neurônios corticais e na mielinização neuronal, eredução da vascularização, de forma irreversível, com comprometimento do desenvolvimento neuropsicomotor. Estas crianças podem evoluir com retardo mental, espasticidade, ataxia, estrabismo, tremores e problemas na fala, como

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afasia e apraxia. No caso da deficiência endêmica grave de iodo, levando ao cretinismo, pode haver perda permanente da audição (Madeira, 2011).

No Brasil, a triagem neonatal se iniciou em 1976 como projeto pioneiro para a triagem da fenilcetonúria pela APAE de São Paulo. Na década de 1980, a APAE do Rio de Janeiro iniciou a triagem para fenilcetonúria e hipotitreoidismo (Carvalho & Cardoso, 2006).

Como as manifestações clínicas da doença são, na maioria dos casos, tardias, o diagnóstico passou a ser realizado através de triagem neonatal, conforme a portaria GM/MS nº 822, de 6 de junho de 2001, por meio de medida do TSH em amostra de sangue colhida em papel filtro (Madeira, 2011).

O hipotireoidismo congênito é o distúrbio endócrino congênito mais frequente, com incidência variando de 1:3.000 a 1:4.000 crianças nascidas vivas(Waller et al., 2000; Corbetta et al., 2009). No Brasil, a prevalência do hipotireoidismo congênito se aproxima desses valores (Ramos, Nesi-França & Maciel, 2008). A prevalência do HC é variável entre os grupos étnicos, sendo consideravelmente menos prevalente entre negros americanos (1:10.000)do que entre hispânicos (1:2.700). Acriança com síndrome de Down tem um risco 35 vezes maior para apresentar o hipotireoidismo congênito do que a população geral (Roberts, 1997).

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A função da tireoide é a de produzir hormônios que aceleram o metabolismo celular (Guyton & Hall, 2002). Os hormônios da tireoide apresentam efeito biológico no controle do crescimento, diferenciação celular e estímulo energético. No feto e no recém-nascido, o hormônio tireoidiano promove a diferenciação das células neuronais e gliais do sistema nervoso central e estimula a formação de sinapses (Moura et al., 1996). É também importante para a maturação pulmonar, por estimular a produção de surfactante, em conjunto com os glicocorticoides (Uhrmann et al., 1978),e tem papel essencial no desenvolvimento renal (Tsau, Teng & Chen, 1998).

O TSH hipofisário estimula a síntese dos hormônios tireoidianos. No processo de iodação, o iodo elementar liga-se aos resíduos tirosil da tireoglobulina. Ocorre a formação da monoiodotirosina (MIT) e da diiodotirosina (DIT). A triiodotironina (T3) forma-se da junção de uma molécula de MIT com uma molécula de DIT. A tetraiodotironina ou tiroxina (T4) forma-se da junção de

duas moléculas de DIT. A proporção entre a formação de T3 e T4 depende da quantidade de iodo disponível. Em condições normais, a tireoide forma mais T4 do que T3, geralmente na proporção de 10 a 20:1 (Trotta, 1991).

A avaliação apropriada dos testes de função tireoidiana no recém-nascido requer o conhecimento da interação entre a mãe e o feto e do desenvolvimento do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. A tireoide fetal torna-se capaz de concentrar o iodo a partir de 12 semanas(Carvalho & Cardoso, 2006).

Os níveis de tiroxina (T4) se mantêm baixos no começo da gestação, pois a placenta é rica na enzima deiodinase tipo II, que transforma T4 em tri-iodotironina reversa (T3r). O controle da função tireoidiana pelo eixo hipotálamo-hipófise somente acontece a partir da segunda metade da gestação. Ocorre elevação dos níveis de T4 pelo aumento da secreção tireoidiana desse hormônio, que se segue à elevação do hormônio estimulante da tireoide(Carvalho & Cardoso, 2006).

Imediatamente após o parto a termo, ocorre um pico nos níveis de TSH que se mantém durante as primeiras 24 a 48 horas, presumivelmente em função da exposição a temperaturas mais baixas. Consequentemente, nos recém-nascidos a termo, ocorre elevação nos níveis de T4 nas primeiras 48

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horas, que podem chegar a ser duas a três vezes maiores do que os valores encontrados no adulto, os quais se estabilizam e retornam aos valores do cordão umbilical, em cinco a seis dias(Carvalho & Cardoso, 2006). No prematuro, essa elevação do T4 não é tão significativa e está relacionada à imaturidade (Forghani & Aye, 2008., Fisher et al., 2000., Carvalho & Cardoso, 2006).

O RN prematuro apresenta uma probabilidade significativa de complicações médicas que reduzem as concentrações séricas de TSH e T4. A síndrome do doente eutireoideano reflete a supressão da resposta da glândula pituitária ao hormônio liberador de tireotrofina (TRH)(Forghani & Aye, 2008). Ocorre diminuição da triiodotironina (T3), aumento da T3 reversa (T3r), uma forma metabolicamente inativa do hormônio tireoidiano, com ou sem redução de T4, TSH normal ou baixo em pacientes criticamente enfermos(Vasa & Molitch, 2001, Umpierrez, 2002, Burman & Wartofsky (2001). As concentrações de T4 livre podem ser normais ou até elevadas numa fase inicial. De acordo com o aumento da gravidade da doença podem apresentar-se baixas (Duntas et al., 1999).

Em prematuros, que podem apresentar doença de membrana hialina, sepse, desnutrição e outras complicações comuns, a síndrome do doente eutiroidiano complica ainda mais a interpretação do estado da tireoide (Forghani & Aye, 2008).

No caso da síndrome do doente eutireoideano, as alterações encontradas podem ser uma maneira de o organismo se defender metabolicamente, reduzindo o gasto energético. Outra explicação é que a síndrome poderia decorrer de alterações fisiológicas causadas pelo distúrbio básico e, portanto, não tem uma conotação de defesa, mas passa a ser uma deficiência real que deve ser tratada (Bayrri et al., 2001).

Além da síndrome do doente eutireoideano, em recém-nascidos prematuros, com pesos menores de 1500 gramas, e nos recém-nascidos de baixo peso pode haver uma associação positiva entre hipotiroxinemia transitória e aumento da mortalidade (Paul et al., 1998). Nesses casos, baixos níveis de T4 são muito frequentes nas primeiras semanas de vida, sendo as concentrações de tiroxina inversamente proporcionais à idade gestacional e ao peso de nascimento. A concentração sanguínea de T4 atingeomenor valor

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entre o sétimo e o 10º dia de vida. As causas concorrentes para a hipotiroxinemia da prematuridade são: a maturação incompleta do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, a relativa imaturidade do sistema enzimático, a interrupção da transferência materna de T4 e TRH para o feto, a deficiência de iodo durante a gravidez e período neonatal, a presença de anticorpos maternos que impedem a produção de hormônios tireoidianos pelo prematuro, a exposição intraparto ou pós-natal a produtos iodados, a ocorrência de doenças sistêmicas no prematuro, a exposição do recém-nascido a fármacos que interferem na função da tireoide, e a desnutrição (Costeira, 2003).

Houve a demonstração da associação entre os baixos níveis deT3 e T4 destes prematuros, no período neonatal, com redução do desenvolvimento neuropsicomotor e ocorrência de paralisia cerebral a longo prazo(Paul et al., 1998).

O hipotireoidismo neonatalnão tratadoestá relacionadocausalmentea um prognóstico neurológico desfavorável, incluindo graveretardo mental eatraso do crescimento (Forghani & Aye, 2008).

No desconforto respiratório precoce grave têm sido demonstrados menores níveis de T4 total (Uhrmann et al., 1978). Acredita-se que a tiroxina tenha função indutora na produção de surfactante junto aos pneumócitos tipo 2 (Uhrmann et al., 1978). Estudos com culturas de células de pulmão fetal mostraram que a síntese de surfactante é estimulada tanto pelo corticoide quanto pelo T3, atuando em sinergismo (Gonzales et al., 1986).

A doença de membrana hialina (DMH), também denominada síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido, pode ser conceituada como uma síndrome clínica, laboratorial e radiológica associada à imaturidade pulmonar e da caixa torácica e à deficiência de surfactante (Pinto, 2006). O evento básico que inicia as alterações fisiopatológicas da DMH é a tendência generalizada ao colapso alveolar durante a expiração resultante do aumento da tensão superficial com a diminuição dos volumes pulmonares em razão da deficiência do surfactante. Essas alterações provocam aumento do trabalho respiratório em decorrência da necessidade de gerar uma pressão intrapleural mais negativa, a fim de conseguir uma ventilação eficaz dos pulmões anormalmente rígidos. A DHM parece também produzir um estado de inflamação. A expansão inspiratória associada ao colapso expiratório do alvéolo deficiente do prematuro

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com DMH é um fator que pode estar relacionado à lesão epitelial encontrada nas fases precoces da doença (Pinto, 2006).Soma-se a todos esses efeitos o fator hipóxia. O efeito da hipóxia sobre os hormônios tireoideos tem sido reconhecido há muito tempo. Em animais, a hipóxia diminui a função tireoidiana e o metabolismo extratireoideo do T4 (Pereira & Procianoy, 2001).

Para a detecção de alterações da função da tireoide nesse período, recomenda-se que a triagem neonatal deve ser realizada entre o terceiro e o sexto dias de vida (CTFPHC, 2014) e que crianças prematuras ou doentes, após uso de dopamina (agente supressor do TSH) repitam o teste em sete ou 14 dias (SBEM, 2005). Além disso, na hipotiroxinemia da prematuridade, o T4 atinge um valor mínimo pelos sete a 10 dias de vida (Costeira, 2003).

O IEDE (Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione), no Rio de Janeiro, recomenda a coleta de exames entre o terceiro e o quinto dia de vida. No caso de prematuros com peso de nascimento inferior a 1.500 gramas, uma segunda amostra deve ser coletada após os 21 dias de vida, segundo o instituto (Barone et al.,2013).

Duas estratégias para a detecção do hipotireoidismo neonatal têm sido utilizadas em diferentes países: dosagem inicial de TSH seguida da dosagem de T4 e dosagem inicial de T4 seguida de dosagem de TSH (Maciel et al., 2011). Dosar o T4 livre é importante para identificar os casos de hipotireoidismo central (Maciel et al., 2011). Dosagens normais de T4 livre e baixas de T4 total indicam uma deficiência transitória de tireoglobulina, não estando preconizado qualquer tratamento (Costeira, 2003).

Os valores de referência adotados são bem variáveis. Os valores de normalidade para o TSH sugeridos durante a segunda até a quarta semanas de vida pela American Academy of Pediatrics, pela American Thyroid Association e pela Lawson Wilkins Pediatric Endocrine Society situam-se entre 1,7 e 9,1 microUI/mL (AAP, ATA & LWPES, 2006). Valores de TSH acima de 20 microUI/mL não decorrem da hipotiroxinemia transitória, sendo o resultado compatível com hipotireoidismo congênito transitório ou permanente (Kok, Briet & Van Wassenaer, 2001). No Brasil, os resultados de TSH do Programa de Triagem Neonatal (através de amostra de sangue seco no papel filtro) situados entre 10 e 20 microUI/mL indicam a repetição do exame. Quando os resultados são superiores a 20 microUI/mL, a criança deve ser reconvocada para consulta

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médica (Maciel et al., 2011). Estudo realizado em Minas Gerais e publicado nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia considerou critério para hipotireoidismo congênito transitório Teste de Triagem Neonatal apresentando TSH acima de 10 microUI/mL e exame sérico confirmatório com TSH acima de 5 microUI/mL (Silva et al., 2005). Em 1995, uma publicação estabeleceu padrões referenciais de T4 livre para recém-nascidos prematuros saudáveis entre 25 e 36 semanas de idade gestacional. São eles: 0,6 a 2,2 ng/dl entre 25 e 27 semanas, 0,6 a 3,4 ng/dl entre 28 a 30 semanas, 1,0 a 3,8 ng/dl entre 31 e 33 semanas e 1,2 a 4,4 ng/dl entre 34 e 36 semanas (Adams et al., 1995). O mesmo estudo realizado em Minas Gerais anteriormente citado, considerou como referência para T4 livre baixo valores inferiores a 0,75 mg/dl, equivalente ao limite inferior da normalidade do kit laboratorial utilizado no estudo (Silva et al., 2005).

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17 3. JUSTIFICATIVA

Durante o ano de 2011, a equipe da UTI neonatal do Hospital Universitário Antônio Pedro, observou que alguns recém-nascidos demoravam mais do que os demais a evoluírem clinicamente, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento neuromotor (principalmente durante período de estímulo de sucção e coordenação de reflexos). Alguns desses recém-nascidos apresentavam alterações tardias na concentração de TSH e T4 livre, mesmo tendo resultados da coleta na primeira semana de vida normais, o que estimulou uma investigação sobre o assunto.

A doença de membrana hialina foi escolhida para o trabalho, pois dentre os problemas respiratórios que afetam o RN, ela é a mais grave e frequente. Apesar dos avanços conseguidos na profilaxia da doença e na redução de sua gravidade, a doença ainda é responsável por um gasto significativo dos recursos destinados à saúde, sendo o problema clínico mais frequentemente encontrado em prematuros, ocorrendo em 64% dos recém-nascidos com menos de 1.500 gramas, além de ser uma importante causa de morbimortalidade neonatal (Pinto, 2006).

Estima-se que a incidência da DMH esteja em torno de 1% de todos os nascidos vivos (Pinto, 2006).

A elaboração deste estudo prende-se à necessidade de se contribuir na investigação de controvérsias relacionadas à função tireoidiana no prematuro, pois a estratégia de triagem neonatal para hipotireoidismo recomendada para recém-nascidos a termo não é tão eficaz para prematuros e recém-nascidos gravemente enfermos.

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18 4. OBJETIVOS

4.1 Geral

Investigar a função tireoidiana de recém-nascidos comquadro de doença de membrana hialina.

4.2 Específicos

Avaliar a concentração sérica dos hormônios tireoidianos na presença do quadro de doença de membrana hialina, no terceiro e 10º dia de vida.

Avaliar se são necessárias outras coletas de TSH e T4 livre em momentos distintos da internação hospitalar, sugerindo a melhor estratégia a ser empregada na triagem neonatal do hipotireoidismo.

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19 5. MATERIAL E MÉTODO

5.1 Características do estudo e critérios de inclusão

Trata-se de um estudo prospectivo, longitudinal, tipo coorte, onde foram incluídos todos os recém-nascidos prematuros com necessidade de cuidados em UTI e UI neonatal no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) por mais de 48 horas e que permaneceram internados por 10 ou mais dias, no período entre maio de 2013 e abril de 2014.

5.2 Amostragem

Foi realizada uma seleção sistemática simples, consecutiva, dos recém-nascidos que formaram uma amostra por julgamento. A amostragem por julgamento é uma forma em que os elementos da população são selecionados deliberadamente com base no julgamento do pesquisador. Quando usada nos estágios iniciais de um estudo exploratório, uma amostra por julgamento é apropriada (Cooper & Schindler, 2011).

5.3 Critérios de exclusão

Foram excluídos todos os pacientes com malformações congênitas, aqueles cujos responsáveis não assinaram o termo de consentimento informado e aqueles que obtiveram alta hospitalar ou foram a óbito antes de completar 10 dias de vida.

5.4 Dados demográficos

Foram selecionados dos prontuários dos RN, a idade (em dias), a idade gestacional (em semanas), o peso de nascimento (em gramas) e o escore de Apgar no primeiro e quinto minutos de vida.

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20 5.5 Divisão de grupos

Os recém-nascidos aceitos no estudo foram divididos em dois grupos: 1. Com doença de membrana hialina e, 2. Sem doença de membrana hialina.

5.5.1 Critérios diagnósticos

5.5.1.1Idade gestacional

A idade gestacional foi avaliada pelo método New Ballard e, na sua impossibilidade, baseada na data da última menstruação ou em dado fornecido pela última ultrassonografia obstétrica apresentada.

5.5.1.2 Doença de membrana hialina

Para o diagnóstico da doença de membrana hialina foram consideradas a radiografia de tórax e a avaliação clínica e individual do paciente quanto à necessidade de oxigênio suplementar e desconforto respiratório.

5.6 Coleta de material

5.6.1 Dosagem sérica de TSH, T4

A coleta de sangue para avaliação laboratorial do perfil tireoidiano foi efetuada junto à retirada do material para procedimentos de rotina comuns aos casos de internação de recém-nascidos prematuros para evitar mais expoliação sanguínea e dor aos pacientes. Foram coletados TSH e T4 livre no terceiro e no 10º dia de vida, junto com os exames de rotina da unidade.

5.6.1.1 Método utilizado e valores de referência adotados no estudo

O método laboratorial utilizado para dosagem sérica de T4 livre e TSH foi o de quimioluminescência processado pelo equipamento immulite 2000 systems, considerando-se como valores alterados a concentração sanguinea de TSH acima de 4,0 microUI/mL e T4 livre baixo valores inferiores a 0,89 ng/dL.

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21 5.7 Desfechos

Os desfechos considerados foram: níveis séricos de TSH e/ou T4 livre alterados ou não no terceiro dia de vida e TSH e/ou T4 livre alterados ou não no 10o dia de vida.

5.8 Processamento e análise dos dados

Como variáveis independentes foram consideradas: idade gestacional (semanas), peso ao nascer (gramas), doença de membrana hialina (presença ou ausência) e sepse neonatal (presença ou ausência).

Foi utilizado o teste de Mann-Whitney pelo fato da amostra ser pequena e não ter uma distribuição normal, o que foi determinada pelo teste de Shapiro-Wilker.

A probabilidade de TSH e T4 livre alterados na primeira e segunda avaliação em função da Idade gestacional, do peso, da presença de DMH e da presença de sepse precoce foi estimada por modelos de regressão logística simples para cada variável independente.

As relações foram consideradas estatisticamente significativas se p<0,05.

Para análise estatística dos dados utilizou-se o software SPSS v15.0.

5.9Aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa

O presente estudo foi aprovado pelo CEP-UFF sob o nº CAAE: 05650612.7.0000.5243.

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22 6. RESULTADOS

Foram incluídos no trabalho um total de 47 recém-nascidos. Destes pacientes, 25 foram admitidos na unidade neonatal com diagnóstico de doença de membrana hialina e 22 não possuíam critério para a doença.

As características demográficas extraídas dos prontuários estão relacionadas na tabela 1.

Tabela 1 – Perfil da amostra (n=47)

Variável Média (Val. Max e Val. Mín)

Idade gestacional (semanas) 31(26-36)

Peso ao nascer (g) 1400(695-2050) Apgar 1º min 6(2-9) Apgar 5º min 9(3-10) Frequência DMH 25(53%) Sepse precoce 24(51%)

Na tabela 2, pode-se observar as médias e os valores mínimo e máximo ou as frequências dos dados coletados dos prontuários.

Os RN com DMH nasceram com idade gestacional, peso de nascimento e valores de Apgar significativamente menores, e com uma frequência significativamente maior de sepse (tabela 2). O que demonstra que as populações (com membrana hialina e sem membrana hialina são diferentes entre si).

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Tabela 2 – Comparação entre os dados demográficos entre RN sem e com DMH. Variável DMH Não (n=22) Sim(n=25) P* Idade gestacional 34(30-36) 30(26-35) <0,001 Peso 1537(930-1855) 1080(695-2050) 0,004 Apgar 1ºmin 8(5-9) 6(2-8) <0,001 Apgar 5º min 9(3-10) 8(3-9) <0,001 Sepse 37% 72% 0,002 *Mann-Whitney

Também foi calculada a razão de probabilidades de haver alteração das concentrações séricas de TSH e T4 livre no terceiro dia de vida com relação às variáveis: idade gestacional, peso ao nascer, presença de doença de membrana hialina e sepse (tabela 3).

Tabela 3 – Probabilidade de concentração sanguínea de TSH e/ou T4 livre alteradas na primeira avaliação (com três dias de vida)

Variável β ep Wald p OR IC95%

Idade gestacional -0,141 0,106 1,754 0,185 0,86 0,70 1,07 Peso -0,001 0,001 2,211 0,137 0,99 0,99 1,00 DMH -0,095 0,578 0,027 0,869 0,90 0,29 2,82 Sepse precoce -2,079 0,661 9,884 0,002 0,12 0,03 0,45

A tabela 3 parece mostrar que não houve relação com significância estatística entre a incidência de membrana hialina e alterações na concentração sanguínea de TSH e/ou T4 livre no terceiro dia de vida.

Entretanto, a OR de 0,12 para sepse neonatal sugere um papel protetor para a variável. Sendo assim, a maior incidência de sepse nos recém-nascidos com doença de membrana hialina poderia ter relação com a ausência

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de diferença entre os pacientes com e sem membrana hialina no terceiro dia de vida.

Tabela 4 – Probabilidade de concentração sanguínea de TSH e/ou T4 livre alterados na segunda avaliação (com 10 dias de vida)

Variável β ep Wald p OR IC95%

Idade gestacional -0,43 0,15 8,68 0,003 0,65 0,49 0,87 Peso 0,00 0,00 3,03 0,082 1,00 1,00 1,00 DMH 1,99 0,68 8,48 0,004 7,35 1,92 28,14 Sepse precoce -0,42 0,60 0,49 0,484 0,66 0,20 2,12

A tabela 4 demonstra que a probabilidade de TSH e/ou T4 livre alterados na segunda avaliação caiu com o aumento da idade gestacional (OR=0,65;IC95%(0,49-0,87);p=0,003) e foi 7,35 vezes maior entre RN com DMH (OR=7,35;IC95%(1,92-28,14);p=0,004) TSH e/ou T4 livre alterados.

Tabela 5 – Comparação entre RN sem e com DMH em relação aos níveis de TSH (em microUI/mL) e T4(em ng/dL)

Variável DMH Não (n=22) Sim (n=25) p TSH 1º momento 6,2(0,8-14,6) 3,1(0,6-9,4) 0,017 T4L 1º momento 1,6(1,0-2,6) 1,3(0,4-1,8) 0,002 TSH 2º momento 3,8(0,9-6,2) 5,3(1,1-11,2) 0,012 T4L 2º momento 1,4(0,8-2,6) 1,1(0,5-1,8) 0,060

A concentração sanguínea de TSH no primeiro momento não se alterou nos RN com DMH, que apresentaram valores mais baixos. Já, no segundo momento da avaliação sanguinea da concentração de TSH, esses valores mostram-se mais elevados entre os RN com DMH (tabela 5).

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25 7. DISCUSSÃO

Os resultados encontrados mostraram que as populações estudadas apresentavam diferenças entre si. Ou seja, a amostra de recém-nascidos com doença de membrana hialina possuía idade gestacional, peso, índice de Apgar menores e incidência de sepse neonatal precoce significativamente maior do que a população sem doença de membrana hialina.

No prematuro, a função tireoideana está imatura ao nascimento no que diz respeito ao eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. Por isso, no período imediatamente após o nascimento do RN pré-termo, o pico precoce de TSH e o aumento de T4 e T3 (esperados no recém-nascido a termo) parecem estar bloqueados (Costeira, 2003). Além disso, na tabela 3, a OR de 0,12 para sepse neonatal sugere um papel protetor para a variável. Sendo assim, a maior incidência de sepse nos recém-nascidos com doença de membrana hialina poderia ter relação com a ausência de diferença entre os pacientes com e sem membrana hialina no terceiro dia de vida.

O grupo com membrana hialina possuía pesos e idades gestacionais menores, segundo o presente trabalho (tabela 5). De acordo com a literatura, nos recém-nascidos com menos de 30 semanas de idade gestacional ou naqueles cujo peso de nascimento seja inferior a1500 gramas, o T4 livre e total diminuem progressivamente durante os primeiros dias de vida (Costeira, 2003). Em todos eles, o TSH não se encontrava elevado, podendo estar até discretamente diminuído, o que reflete a imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide (Costeira, 2003).

Esse resultado pode significar que a coleta de TSH e T4 livre com três dias de vida pode ter sido bastante precoce. Entretanto, essa coleta precoce pode ter ajudado a comprovar a imaturidade do eixo sobretudo em prematuros com menos de 30 semanas de idade gestacional ao nascimento.

A partir da segunda avaliação (coleta com 10 dias de vida), é provável que o eixo hipotálamo-hipófise-tireoide esteja mais amadurecido e seja possível identificar e relacionar os efeitos da DMH a alterações de TSH e/ou T4 livre. Neste momento do estudo, encontramos 7,35 vezes maior probabilidade de se ter alterações de TSH e/ou T4 livre em crianças com doença de membrana hialina.

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Em nenhum dos pacientes encontramos resultados de TSH acima de 20 microUI/mL, o que pode refletir um perfil de hipotireoidismo neonatal transitório para as alterações encontradas em nossos pacientes.

Através do estudo realizado, vimos que a estratégia de triagem neonatal para hipotireoidismo atualmente utilizada para prematuros gravemente enfermos provavelmente seja ineficaz e dificulte sobretudo o diagnóstico da hipotiroxinemia transitória da prematuridade. Assim, recomendamos a adoção de uma nova estratégia, com coleta semanal de TSH e T4 livre em recém-nascidos prematuros com doença de membrana hialina.

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27 8. CONCLUSÃO

Conclui-se que existe elevada probabilidade de que os valores plasmáticos de TSH e T4 livre estejam alterados em recém-nascidos com doença de membrana hialina no décimo dia de vida.

Não encontramos relação entre valores plasmáticos de TSH e T4 livre alterados e a presença de doença de membrana hialina no paciente com três dias de vida. Entretanto, no mesmo período, a sepse neonatal parece se comportar como fator de proteção e pode estar ajudando a manter esses níveis dentro da normalidade. Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos que tornariam a sepse neonatal fator para alterações tireoideanas nesse período.

Atualmente, o IEDE (Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione), no Rio de Janeiro, recomenda a coleta de exames entre o terceiro e o quinto dia de vida. No caso de prematuros com peso de nascimento inferior a 1.500 gramas, uma segunda amostra deve ser coletada após os 21 dias de vida, segundo o instituto (Barone et al., 2013). Com os resultados encontrados, recomenda-se a adoção de uma nova estratégia, com coleta semanal de TSH e T4 livre em recém-nascidos prematuros com doença de membrana hialina, a fim de se evitar o subdiagnóstico dos casos de hipotiroxinemia transitória nesse espaço de tempo.

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28 9. LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O presente trabalho foi realizado em uma UTI neonatal de pequeno porte e poucos leitos de um hospital universitário. Hospital este que funciona como referência para gestantes de alto risco da região e municípios vizinhos.

A pouca rotatividade de pacientes, a gravidade, a quantidade de pacientes crônicos e a incidência de recém-nascidos malformados dificultaram a execução do trabalho no que se refere a amostra. Assim, o projeto foi realizado em cima de uma amostra pequena.

A coleta de exames provoca dor, incômodo e espolia nossos pacientes. Para que não houvesse prejuízo a eles, procuramos não acrescentar novas coletas àquelas já realizadas rotineiramente. O que traz mais uma limitação.

O laboratório do Hospital Universitário Antônio Pedro apenas realiza dosagens séricas de TSH e T4 livre, não sendo possível a determinação de T4 total e T3, por exemplo, o que poderia esclarecer mais acerca do estado da tireoide do recém-nascido prematuro.

Outro problema encontrado foi a dificuldade de relacionar os resultados encontrados no trabalho com os resultados dos testes de Triagem Neonatal. A Triagem Neonatal é encaminhada diretamente ao responsável do RN e, além disso, há a demora para que o resultado final seja liberado.

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29 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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