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Gestão temporal na construção civil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MANUELLA BERTIZZOLO

THAÍSSA CINTRA DE MATTOS

GESTÃO TEMPORAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Palhoça-SC 2019

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MANUELLA BERTIZZOLO THAÍSSA CINTRA DE MATTOS

GESTÃO TEMPORAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. José Humberto Dias de Tolêdo, Msc.

Palhoça-SC 2019

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Dedicamos este trabalho aos nossos pais, em especial a Roberto Bertizzolo (in memoriam) que fará falta em todos os dias restantes dessa vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente à Deus pela oportunidade de alcançar mais um objetivo.

Aos nossos pais, Roberto Bertizzolo (in memoriam), pelo apoio e compreensão em todas as minhas decisões, a Vanilda Luiza da Silva Bertizzolo, pelo amor incondicional e incentivo constante em continuar esta nova graduação mesmo após a maior perda das nossas vidas, a Edésio Carlos Fonseca de Mattos e Tania Maria Cintra de Mattos pelo amor, apoio, orientação e incentivo em todas as fases e decisões da minha vida.

Aos amigos pela compreensão da ausência.

Ao nosso orientador e professor José Humberto Dias de Tolêdo, pela excelência na orientação, paciência e carinho.

Aos profissionais de Engenharia Civil, em especial ao Engenheiro Israel Floriano de Souza, pela ajuda no seu tempo tão disputado.

E a todos que contribuíram de alguma forma com a realização deste trabalho, seja com a ajuda ou com o silêncio.

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“As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo” (ARTHUR SCHOPENHAUER).

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar os fatores influenciadores na gestão do tempo na construção civil e como eles afetam o planejamento empresarial. A metodologia utilizada foi a pesquisa descritiva e exploratória através de estudo de campo, no qual foi elaborado um questionário destinado aos gestores e equipes envoltas na gestão de construtoras atuantes entre os anos de 2013 a 2018 nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz. A base teórica utilizada foi a do planejamento aliado à gestão do tempo em obras da construção civil. E após análise dos resultados, dentre as observações percebeu-se a existência conflitos por grande parte dos gestores na classificação dos fatores, porém foi evidenciada a importância deles para um controle mais preciso de prazos de execução de obras aliando ferramentas já existentes com foco positivo no retorno financeiro.

Palavras-chave: Fatores influenciadores. Gestão. Tempo. Financeiro. Construção Civil

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Modelo de Rede PERT/CPM ... 25 Figura 2 - Exemplo de rede PERT/CPM – Método Americano ... 28 Figura 3 - Exemplo de rede PERT (Edifício com múltiplos pavimentos) – Método Frances ... 29 Figura 4 - Diagrama de Gantt ... 31

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Quantidade de Funcionários ... 36

Gráfico 2 - Itens mais citados como 1º grau de importância ... 46

Gráfico 3 - Itens mais citados como 2º grau de importância ... 46

Gráfico 4 - Itens mais citados como 3º grau de importância ... 47

Gráfico 5 - Classificação das empresas quanto aos influenciadores externos e internos ... 49

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Definição de elementos do PERT/CPM (continuação)... 25

Quadro 1- Definição de elementos do PERT/CPM (conclusão) ... 26

Quadro 2 - Nomenclatura incógnitas ... 27

Quadro 3 - Localização das sedes das empresas ... 35

Quadro 4 - Caracterização das empresas ... 36

Quadro 5 - Pergunta 1 ... 38

Quadro 6 - Pergunta 2 ... 39

Quadro 7 - Pergunta 3 ... 40

Quadro 8 - Classificação quanto ao tipo de obra ... 40

Quadro 9 - Pergunta 4 ... 41 Quadro 10 - Pergunta 5 ... 42 Quadro 11 - Pergunta 6 ... 43 Quadro 12 - Pergunta 7 ... 44 Quadro 13 - Pergunta 8 ... 45 Quadro 14 - Pergunta 9 ... 48 Quadro 15 - Pergunta 10 ... 49 Quadro 16 - Pergunta 11 ... 50 Quadro 17 - Pergunta 12 ... 51 Quadro 18 - Pergunta 13 ... 51 Quadro 19 - Pergunta 14 ... 52 Quadro 20 - Pergunta 15 ... 53

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção

CPM Critical Path Method

CUB Custo Unitário Básico

PAC Programa de Aceleração do Crescimento PERT Program Evaluation and Review Technique

PIB Produto Interno Bruto

NBR Norma Brasileira

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO ... 14 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ... 14 1.3 JUSTIFICATIVA... 14 1.4 OBJETIVOS ... 15 1.4.1 Objetivo Geral ... 15 1.4.2 Objetivos Específicos ... 15 1.5 METODOLOGIA ... 15 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

2.1 IMPORTANCIA ECONÔMICA E SOCIAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 17

2.2 ETAPAS DO PROCESSO CONSTRUTIVO ... 18

2.2.1 Planejamento ... 19

2.2.2 Planejamento dos projetos ... 20

2.2.3 Planejamento da obra ... 22

2.3 GESTÃO DE TEMPO NO PROCESSO CONSTRUTIVO ... 23

2.4 GESTÃO DE TEMPO X FINANCEIRO ... 31

2.5 TRABALHO CORRELATO ... 34 3 ESTUDO DE CASO ... 35 3.1 CAMPO DE PESQUISA ... 35 3.2 MÉTODO DE PESQUISA ... 37 3.3 RESULTADOS E ANÁLISES ... 38 3.4 SUGESTÕES ... 53 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 55

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1 INTRODUÇÃO

O mercado da construção civil no que diz respeito à escala mundial, já demonstra há algum tempo, observando cronologicamente, um ritmo de crescimento e desenvolvimento acelerado, tanto em termos de volume de construções quanto no quesito tecnológico. Já o Brasil, começa a apresentar significativo movimento nesse mercado, próximo à década de 60, com a construção da obra que hoje é sede da capital do Brasil, Brasília, obra integrante do Plano de Metas implantado pelo então presidente, Juscelino Kubitschek. (RAMOS JEM, 2018)

O Brasil cresceu rapidamente. O lema do governo de JK, de trazer o crescimento de “50 anos em 5” movimentou muito o mercado da construção civil. Mas, juntamente com inúmeros outros planos econômicos com resultados desastrosos, como o de fornecimento de crédito imobiliário, apresentado no governo Dilma, e citado pelo site “defendaseudinheiro” (BRO, 2016) ajudou na retração do mercado após o seu insucesso. A crise sem precedentes, como foi chamada a crise imobiliária no mercado nacional segundo a Revista Exame (Amorim, 2015), apresentou números alarmantes de queda no mercado da construção civil em relação ao ano anterior, e mesmo com a perspectiva de melhora até o ano de 2018, como previa o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a CBIC, José Carlos Martins, (PLANALTO, 2018), o mercado ainda apresenta retração, ou seja, o Brasil ainda está em um momento delicado financeiramente.

Atualmente quando se fala em processos relacionados as engenharias, vem à mente métodos e inúmeros fatores que quando relacionado entre si podem alterar o rumo de todo um processo. Fatores estes que infelizmente nem sempre são pontuados, ou até mesmo cogitados, como por exemplo a influência do mercado econômico, haja vista que inconscientemente a Engenharia Civil trata somente questões de desenvolvimento técnico e financeiro quando relacionadas à prazos de execução de obras e desenvolvimento de cronogramas temporais. (MOURA, 2008)

Todavia, para tais cronogramas serem fiéis, além de serem considerados os critérios que até então são a base para sua concepção, deve-se considerar as demais influências relacionadas a estes prazos, independentemente de serem internas ou externas. (MOURA, 2018)

Com base nessa premissa, este estudo tem como objetivo realizar o levantamento desses pontos interferentes de forma a, além de torná-los conhecíveis,

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classificá-los quanto aos seus graus de influência, para que o processo de gestão temporal seja mais preciso, com retorno financeiro melhor e coerente, incentivando maiores investimentos e auxiliando na recuperação do setor.

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

Gestão temporal na Construção Civil aplicada a empresas com execução de obras nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz, entre os anos de 2013 e 2018.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Atualmente as empresas do ramo da construção civil priorizam o planejamento tradicional, focado no cronograma físico e financeiro para o desenvolvimento de um novo projeto. (MOURA, 2008)

No entanto, existem aspectos adicionais que também influenciam nos prazos reais desse plano, sendo de extrema importância a identificação, o estudo e a aplicação desses fatores de forma igualitária para que haja um resultado mais eficaz. Baseado no planejamento executado atualmente nas obras do ramo da construção civil da região da grande Florianópolis, em que basicamente são trabalhados cronogramas físicos e financeiros no planejamento de novos projetos, surge a questão; quais fatores adicionais, internos e externos, podem ser influenciadores no cumprimento dos prazos delimitados incialmente? E, até que ponto a inclusão desses fatores no planejamento empresarial reflete no retorno financeiro para a construtora?

1.3 JUSTIFICATIVA

As Engenharias, ainda no seu planejamento, utilizam-se de ferramentas e métodos para aprimorar, facilitar e acelerar a produção como um todo. Mas, por mais conhecimento técnico que uma equipe de profissionais possua, ainda existe uma lacuna a ser preenchida com informações referentes à consciência integral das interferências que possam ocorrer, talvez não por falta de conhecimento, mas pela falta de acompanhamento. “O planejamento é fácil de ser implantado, o difícil é o

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controle. É necessário ter disciplina para tal, acompanhando indicadores específicos de cada área” explica Ulhôa (2018).

Essa necessidade é vivenciada constantemente ao aparecimento de qualquer problema não considerado no plano inicial, acarretando em atrasos de processos e perdas financeiras.

Para tal, entendemos a importância de estudar este tema que será abordado de forma a identificar e investigar como a inclusão desses fatores influenciadores no processo do planejamento podem tornar mais coerentes os prazos apresentados para execução de obras.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Analisar os fatores que influenciam na gestão temporal na construção civil, quais as influências desses fatores no planejamento empresarial e o reflexo que os mesmos têm no retorno financeiro para a empresa.

1.4.2 Objetivos Específicos

a) Delimitar o campo de atuação dos fatores internos e externos capazes de alterar os prazos definidos de entrega de obras;

b) Analisar a possibilidade de criação de uma ferramenta que agregue as informações temporais dos itens de interferência nos prazos de execução das obras; c) Verificar se o controle mais preciso de prazos é relevante financeiramente para o construtor.

1.5 METODOLOGIA

O presente trabalho caracteriza-se quanto aos objetivos como uma pesquisa descritiva e exploratória. As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, então, o estabelecimento de relação entre variáveis. Já as pesquisas exploratórias têm como seu objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. (GIL, 2002).

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Já quanto a abordagem do problema, o método utilizado é o qualitativo, apoiando-se em técnicas de coleta de dados. Giddens (2012) destaca que “a pesquisa pode ser feita pelo método misto quantitativo e qualitativo de modo a obter uma compreensão e explicação mais ampla do tema estudado”.

Por fim, quanto aos procedimentos, o estudo será feito por intermédio de um estudo de caso, o qual segundo Gil (2002) “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”.

Para o desenvolvimento da pesquisa, com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos será criado um questionário com questões fechadas e abertas, de natureza exploratória, destinadas aos gestores e equipes envoltas na gestão das construtoras atuantes em Florianópolis e região que tenham executado obras nos últimos 5 anos.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi estruturado em quatro diferentes capítulos. No primeiro capítulo apresentou-se a introdução, tema e delimitação, problema de pesquisa, justificativa, os objetivos a serem alcançados com este trabalho e metodologia adotada.

No segundo capítulo é trabalhado o referencial teórico, no qual são dispostas as etapas do processo construtivo incluindo o planejamento e sua relação com a gestão do tempo de execução das obras, por meio das palavras de renomados autores do ramo, além da apresentação de um trabalho correlato.

No terceiro capítulo foram apresentadas as pesquisas com seus resultados, análises e sugestões.

E no quarto e último capítulo, são esboçadas as conclusões alcançadas por meio desse estudo.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo foram reunidos tópicos referenciados, de forma a subsidiar teoricamente o tema abordado. Em que a contextualização parte do cenário econômico nacional nos últimos anos até os conceitos de planejamento e gestão de obras específicos da Construção Civil.

2.1 IMPORTANCIA ECONÔMICA E SOCIAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo Oliveira (2012), a construção civil demonstrou ser de vital influência para a economia brasileira em vários períodos, notadamente no ciclo de crescimentos iniciado a partir da década de 50, no qual evidenciou-se pelo Plano de Metas, formulado e implementado no governo de Juscelino Kubitschek, no qual a execução de amplos projetos estatais de infraestrutura viabilizados pela articulação de investimentos privados de origem externa e interna fortaleceu as atividades do ramo. Os Planos Nacionais de Desenvolvimento, nas décadas de 60 e 70, também foram de grande relevância.

Após uma estagnação na década de 80, a construção civil pode deslumbrar uma mudança no cenário com a promulgação da Lei 9.514, no final da década de 90, que criou o Sistema Financeiro Imobiliário até obter sua grande ascensão a partir de 2006, com a inserção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e posteriormente o lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida.” (CUNHA, 2012)

Em suma, a comparação de diferentes contextos históricos, como o período de crescimento a partir do Plano de Metas, e o de retração iniciada nos anos de 1980, ou o período das mudanças dos anos 1990 à primeira década do século XXI, evidencia o quanto o desempenho das atividades do setor de construção está estreitamente relacionado ao ambiente e às políticas econômicas dos governos. (OLIVEIRA, 2012)

A importância da construção civil é facilmente evidenciada pelo peso dos indicadores em relação à participação do produto interno bruto, na produção e no emprego. (KURESKI et al., 2008)

De acordo com Cunha (2012) o PIB da construção civil na primeira década do século XXI, cresceu, em termos reais, a uma taxa de 12,68% ao ano e gerou um acréscimo anual de 209 mil empregos. Nos últimos 4 anos, devido às diversas crises enfrentadas pelo país, o setor vem sofrendo uma retração, em 2017 registrou uma

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queda de 6,6% do PIB anual e uma baixa de 35% no número de vagas de emprego. (ALVARENGA, 2017)

Segundo Dutra (2018), essa retração do mercado pode ser listada em uma série de fatores, que atuando de forma concomitante, acabaram por enfraquecer e desacelerar o mercado da construção civil, são eles:

a) Queda do PIB;

b) Demissão em massa do setor; c) Interrupção das obras do PAC;

d) Operação “Lava Jato”, envolvendo as maiores empreiteiras do país; e) Crise imobiliária, ocasionada pela alta de juros e inflação; e,

f) Queda nos empréstimos fornecidos pelo BNDES.

Diante dessa situação, o Sebrae realizou o estudo “Cenários Prospectivos: o setor de construção no Brasil de 2016 a 2018”, com três cenários possíveis. São eles:

a) Cenário 1: Expectativa de retomada da governabilidade com potencial estabilidade econômica;

b) Cenário 2: Política e economia em sintonia, gerando crescimento; e, c) Cenário 3: Recessão econômica em meio à instabilidade política

Mas, mesmo que as projeções otimistas se concretizem o setor terá um grande desafio pela frente, com provável retomada da economia lenta e gradual, aumentando a concorrência mercadológica. Assim, as empresas que conseguirem investir em qualidade e produtividade, nesse intervalo de tempo, sairão com vantagem. (Dutra, 201)

No próximo tópico daremos destaque as etapas no processo construtivo.

2.2 ETAPAS DO PROCESSO CONSTRUTIVO

Segundo Paulo Dias (2018), é necessário ter parâmetros para a elaboração de um projeto, no qual todos os fatores ligados à complexidade, como por exemplo da planimetria e a altimetria de uma área a ser edificada, devem ser consideradas, utilizando todas as ferramentas de controle e execução. Considerando essa afirmação, é evidente a necessidade de conhecimento e aplicação das etapas

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pertinentes para a elaboração correta de um novo projeto, de forma a preencher todas as lacunas questionáveis, que por ventura, possam surgir.

O autor também afirma que a definição da finalidade da obra deve ser determinada incialmente, e seus limitadores esclarecidos e adaptados às necessidades do cliente, sendo de reponsabilidade do profissional de Engenharia a correta orientação, caso o cliente não tenha os devidos conhecimentos técnicos.

Paulo Dias (2018), ainda pontua os elementos mínimos necessários de inclusão nas etapas de elaboração de um projeto de planejamento, de forma a dar a correta fluência ao processo construtivo, são eles:

a) Projeto;

b) Estudo preliminar;

c) Desenvolvimentos dos projetos;

d) Definição das especificações técnicas pertinentes; e) Elaboração de memorial descritivo;

f) Elaboração do caderno de encargos; g) Atribuições finas como o projeto "as built".

Já outros autores, como Mattos (2010), tratam a nomenclatura das etapas do processo construtivo de forma distinta, de forma a sub categorizar os demais itens citados, separando-os entre:

a) Planejamento;

b) Planejamento dos projetos; c) Planejamento da obra.

E, será nesse último formato que abordaremos esses tópicos.

2.2.1 Planejamento

De acordo com López (2018, slide 8.), planejamento se resume ao “Processo de estabelecer objetivos e as linhas de ação adequadas para alcançá-los”. Em que a determinação dos objetivos é primordial, sendo responsável por pelo menos quatro razões:

1) Proporcionar um senso de direção; 2) Focalizar esforços;

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3) Guiar planos e decisões; e, 4) Ajudar a avaliação do progresso.

Tendo essa afirmativa como correta, principalmente quando ligada aos dias atuais, a afirmação de Mattos (2010) ainda é considerada válida e reafirmada, na qual, segundo ele, a indústria da construção tem sido um dos ramos produtivos que mais vem sofrendo alterações nos últimos anos, com a intensificação da competitividade, principalmente no que se refere à demanda por bens mais modernos, tornando o grau de exigência dos clientes ainda mais elevado com a contrapartida da redução de disponibilidade de recursos oferecidos. Tornando indispensável investimentos, antes considerados desnecessários, como gestão e controle de processos.

Paulo Dias (2018, apud NBR 13531 e NBR 13532, 1995), além de concordar, acrescenta na sua descrição de planejamento, a palavra concepção, e a descreve como sendo:

A etapa preliminar quando se devem reunir todas as informações essenciais à concepção da construção pretendida pelo cliente inclui o levantamento de dados iniciais, a definição do programa de necessidades (ação que consiste na definição/captura dos requisitos do cliente/usuário e em geral é desenvolvido em contatos diretos do projetista com o cliente) e, a análise de viabilidade emitida pelo órgão municipal que determina as condicionantes para o projeto.

2.2.2 Planejamento dos projetos

O termo projeto, vem do latim projectu e significa “lançado adiante”, ou seja, é uma ideia formada para executar algo no futuro. (NÔCERA, 2016)

Xavier (2005, p.5), acrescenta ainda, que projeto é: “Um processo único, constituído de um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para o alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos”.

Mas, quando se trata de projetos de engenharia, Mattos (2010), salienta que no mundo da construção civil o termo projeto vem associado ao plano geral de uma edificação ou de outro objeto qualquer, compreendendo o conjunto de plantas, cortes e cotas necessários à construção.

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E concordando, Paulo Dias (2018) ainda acrescenta a importância de tamanha necessidade de utilização:

Projeto é um conjunto de documentos que apresenta as características objeto da realização de uma construção. Pela sua complexidade e diversidade de informação, sua apresentação é feita em documentos gráficos em forma de desenhos (plantas arquitetônicas, estruturais, hidrossanitárias, elétricas e outras) e textos, orçamento, memoriais, especificações técnicas, cronograma, contratos e outros). A correta organização e utilização dos documentos em obras são fundamentais para o sucesso na construção civil, pois com a grande quantidade de informações, a qualidade final da obra não será alcançada sem o controle rígido destas informações. (DIAS P, 2018, pg 26.)

E, ainda cita a sequência mínima necessária de composição do desenvolvimento do projeto, após a elaboração do estudo preliminar, que nada mais é do que “um esboço do que deverá ser construído para se verificar se todas as necessidades foram corretamente identificadas e se a construção as atenderá satisfatoriamente”. (DIAS P, 2018, pg 26.)

Segundo Paulo Dias (2018, pg 27), todos os elementos responsáveis pela composição do projeto devem ser respeitados para que haja coerência do projeto geral, podendo trazer prejuízos e atrasos caso haja a exclusão de alguma etapa, são eles:

a) Anteprojeto: apresentação gráfica simplificada em escala de construção, com o intuito de confirmar ou corrigir o estudo preliminar em relação a definição inicial do projeto;

b) Projeto Indicativo: versão simplificada do projeto definitivo, servindo para demonstração;

c) Projeto Legal: é a versão do projeto indicativo com as informações legais pertinentes à aprovação e registro nos órgãos públicos de fiscalização e nas concessionárias de serviços públicos competentes. Consiste na documentação legal para o processo de reconhecimento da Prefeitura onde será edificada a construção, conhecido popularmente como “planta”, em que se requerem os alvarás de construção e “habite-se”.

d) Projeto Executivo: é o projeto completo, com todas as informações necessárias à execução da obra. O projeto executivo prevê todas as interferências dos projetos complementares;

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e) Detalhamento do Projeto: é a definição exata de todos os elementos construtivos que serão utilizados na construção;

f) Detalhamento Construtivo: são informações gráficas adicionais acrescentadas para melhor definição ou esclarecimento de elementos construtivos que deverão ser executados; e,

g) Projetos Complementares: são os projetos que complementam o projeto executivo, como o projeto de fundação, o projeto estrutural, projeto elétrico, projeto hidráulico, e todos os demais projetos pertinentes à obra em questão.

Paulo Dias (2018, pg 27), ainda faz uma observação em relação à compatibilização entre os projetos, salientando que “o setor que envolve as atividades de arquitetura, engenharia e construção é multidisciplinar e por isso a interdependência entre os participantes é de fundamental importância”. Com a realização da compatibilização dos projetos, são minimizadas as interferências entre os diversos agentes envolvidos na obra, evitando atrasos e elevados custos quando da sua execução.

2.2.3 Planejamento da obra

O planejamento da obra, mesmo envolvendo muitos elementos que serão usados somente durante a execução, segue basicamente um roteiro, de acordo com Mattos (2010). Em cada etapa, coletam-se elementos dos passos anteriores e a eles se agrega algo. O trabalho de elaboração crescente é bastante lógico independente do porte da obra. Convergindo assim, com os itens citados e de necessidade de inclusão para o desenvolvimento da obra, citados anteriormente por Paulo Dias (2018). São eles:

a) Especificações técnicas: são aquelas que definem métodos e técnicas para a execução de serviços de construção com a indicação correta de locais de aplicação de cada um dos tipos de serviços, normas para verificação específica de materiais, elementos, instalações, equipamentos;

b) Memorial descritivo: contém a relação dos materiais e equipamentos que irão constituir cada parte da obra, devendo constar todos os

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detalhes que possam interessar à gestão eficiente do empreendimento, nos casos de execuções específicas, as mesmas devem ser acrescentadas detalhadamente;

c) Caderno de encargos: é o conjunto de informações com o objetivo de complementar os projetos, ele define como deve ser procedida a execução, e cita os métodos de execução, as discriminações técnicas, os critérios, as condições e procedimentos que devem ser utilizados.

No próximo tópico daremos destaque a gestão de tempo no processo construtivo.

2.3 GESTÃO DE TEMPO NO PROCESSO CONSTRUTIVO

Para Carvalho e Azevedo (2013), a construção civil representa um dos setores mais importantes para a economia brasileira devido a sua movimentação financeira e sua contribuição para o desenvolvimento econômico do país.

Devido à expansão do mercado, nos últimos anos houve surgimento de novas empresas, aumentando assim a competitividade. Esse fato, faz com que exista a necessidade de se implementar técnicas que possibilitarão essas empresas planejar e controlar os processos e as etapas construtivas de modo mais eficiente para assim atender às exigências do mercado e garantir atuação competitiva em um setor econômico forte. (CARVALHO e AZEVEDO, 2013)

Segundo Silva (2015), de todos os recursos disponíveis em um projeto, o único recurso impossível de ser recuperado é o tempo, e o mesmo, se não for administrado de forma correta, poderá interferir no desempenho global do projeto, abrindo a possibilidade para frustação de prazo e sobrecusto no orçamento.

Diante disso, verifica-se a importância da utilização de uma metodologia como ferramenta de gerenciamento para a mensuração do mesmo, levando em consideração que quanto maior for o tempo gasto com planejamento em todas as etapas do ciclo de vida do projeto, maiores as possibilidades de se obter sucesso do mesmo. (BRANDALISE, 2017)

Duas técnicas conhecidas para esse planejamento são o PERT (Program Evaluation and Review Technique) e o CPM (Critical Path Method), as quais segundo Schuster et. al (2017):

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Tem como característica fundamental a indicação, dentre as várias sequencias operacionais, daquelas que possuem duração máxima, além de permitir a indicação de graus de prioridade relativos, demonstrando distribuição de recursos e interdependência entre as várias ações necessárias ao desenvolvimento do projeto.

Para Ávila (2012), o método do PERT/CPM foi desenvolvido com os seguintes objetivos:

1. Minimizar problemas localizados de projetos como atrasos, estrangulamentos de produção e interrupções de serviços;

2. Conhecer, antecipadamente, atividades críticas cujo cumprimento possa influenciar a duração total do programa;

3. Manter a administração informada quanto ao desenvolvimento, favorável ou desfavorável, de cada etapa e atividade do projeto, permitindo assim a constatação antecipada de qualquer fator crítico que possa atrapalhar o desempenho e permitir uma adequada e corretiva tomada de decisão;

4. Estabelecer o “quando” cada envolvido deverá iniciar ou concluir suas atribuições;

5. Ser um forte instrumento de planejamento, coordenação e controle.

O método procura representar a execução do projeto de forma gráfica, utilizando diagrama de redes como pode ser observado na Figura 1:

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Figura 1 - Modelo de Rede PERT/CPM

Fonte: Autores, 2018.

A partir da criação da rede é possível estabelecer as seguintes definições relacionadas no Quadro 1:

Quadro 1- Definição de elementos do PERT/CPM (continuação) Atividade: denominação pela qual se caracteriza uma tarefa, serviço ou projeto a ser realizado e que consome tempo e recursos.

Evento: representa um marco temporal.

Evento Inicial: representa a data de início do programa. Evento Final: representa a data final do programa.

Atributo: exprime a medida (unidade) da atividade. São considerados o tempo de duração, o custo e os recursos envolvidos.

Tempo Mais Cedo de Início (TCI): definido como o tempo mais cedo possível de se iniciar uma atividade. Equivale à data mais cedo possível de se iniciar uma atividade sem ocorrer atraso na data mais cedo de término previsto para o evento final da rede.

Tempo Mais Tarde de Início (TTI): corresponde ao tempo mais tarde possível de se iniciar uma atividade sem causar atraso no início da(s) atividade(s) subsequente(s).

Tempo Mais Cedo de Fim (TCF): é definido como o tempo mais cedo possível de se concluir uma atividade. Equivale à data mais cedo possível de se concluir uma atividade sem ocorrer atraso na data mais cedo de término previsto para o evento final da rede.

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Quadro 2- Definição de elementos do PERT/CPM (conclusão) Tempo Mais Tarde de Fim (TTF): corresponde ao tempo mais tarde possível para ser concluída uma atividade sem causar atraso no início da(s) atividade(s) subsequente(s).

Folga de Evento: é a disponibilidade de tempo medida pela diferença entre a data mais tarde e a data mais cedo de ocorrência de um evento.

Caminho Crítico: é o caminho da rede em que todos os eventos que o constituam apresentem folga zero. Ou, caso ocorra folga nos eventos iniciais e finais da rede, o caminho crítico corresponde àquele que apresentar a menor folga total.

Dependência: é definida como a relação entre duas atividades contíguas, de modo que uma atividade, denominada dependente, somente possa ser iniciada quando a imediatamente precedente estiver conclusa, data a tecnologia adotada.

Fonte: Autores, com base em Ávila (2012), 2018.

Ávila (2012) propõe que a metodologia para o planejamento de obras e serviços, utilizando redes PERT/CPM siga os seguintes procedimentos:

1. Definir a natureza do projeto e seus objetivos;

2. Propor possíveis alternativas para a execução do projeto; 3. Estabelecer a tecnologia a ser utilizada;

4. Montar a estrutura analítica do projeto (EAP);

5. Estabelecer as relações de dependência entre as atividades; 6. Definir o nível de controle;

7. Definir e quantificar os atributos das atividades: tempo e custo; 8. Montar a rede PERT/COM;

9. Calcular os tempos mais cedo e mais tarde de cada evento e a duração total da rede (contratual) - os quais, conhecidos o tempo de início e de duração de qualquer atividade, podem ser obtidos através das formulas:

𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇(𝐴𝐴𝑘𝑘) = 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇(𝐴𝐴𝑘𝑘) + 𝑑𝑑(𝐴𝐴𝑘𝑘)

𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇(𝐴𝐴𝑘𝑘) = 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇(𝐴𝐴𝑘𝑘) + 𝑑𝑑(𝐴𝐴𝑘𝑘)

10. Calcular as folgas do evento - onde a folga FE(i) pode ser definida como sendo a diferença entre os tempos mais tarde de início e o mais cedo de início de um evento, ou a diferença entre os tempos mais tarde de fim e mais cedo de fim do evento conexo ao final de qualquer atividade:

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11. Calcular as folgas de atividade definidas como a disponibilidade de tempo que uma atividade pode ser executada além da sua duração prevista, sem afetar a duração pré-estabelecida para o projeto, matematicamente expressa por:

𝑇𝑇(𝐴𝐴𝑘𝑘) = 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇(𝐴𝐴𝑘𝑘) − 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇(𝐴𝐴𝑘𝑘) − 𝑑𝑑(𝐴𝐴𝑘𝑘)

12. Estabelecer o caminho crítico: Barra et al. (2013) definem o caminho critico como “aquele que leva maior tempo para ser concluído e, portanto, determina o tempo que o projeto inteiro leva”.

13. Alocar recursos para cada atividade.

14. Ajustar a rede segundo as restrições de tempo e recursos exigidos para cada alternativa proposta.

15. Efetuar a programação definitiva da melhor alternativa estudada. A seguir é mostrado o quadro de nomenclaturas e incógnitas das redes PERT/CPM:

Quadro 3 - Nomenclatura incógnitas

Ak: denominação genérica das atividades.

TCIA: corresponde ao evento ou data mais cedo de início de uma atividade “Ak”.

TTIA: corresponde ao evento ou data mais tarde de início de uma atividade “Ak”.

TCFA: corresponde ao evento ou data mais cedo de fim de uma atividade “Ak”.

TTFA: corresponde ao evento ou data mais tarde de fim de uma atividade “Ak”.

dA: representa a duração da atividade “Ak”

Fonte: Autores, com base em Ávila (2012), 2018.

Para a caracterização das redes PERT/CPM pode-se adotar dois métodos, o método Americano, exemplificado na Figura 2, recomendado quando se elabora manualmente uma rede de planejamento, e o método Frances, observado na Figura 3, o qual permite uma visualização mais expedida e é recomendada a sua utilização quando se divulga o resultado das redes, pois sua interpretação é mais fácil para o leigo (ÁVILA, 2012).

(28)

Figura 2 - Exemplo de rede PERT/CPM – Método Americano

(29)

Figura 3 - Exemplo de rede PERT (Edifício com múltiplos pavimentos) – Método Frances

Fonte: Ávila, 2012.

Outra metodologia mais simples, porém, muito utilizada para o planejamento do tempo na construção civil é o método de Gantt no qual segundo Junqueira et al. (2015):

O tempo é representado por uma barra no gráfico, podendo ser demarcado os momentos de início e fim de atividades como também seu progresso real e grau de acabamento. Trata-se de um gráfico ao qual se fará a distribuição de trabalhos programados com a intenção de elucidar as operações facilitando a programação e o controle da carga de trabalho.

Segundo Ávila (2012), o Diagrama de Gantt permite completamente a exibição de várias informações como os recursos associados ao trabalho, o responsável por cada tarefa, o custo da atividade singular e a quantidade de serviço expressa em porcentagem a ser realizada no determinado tempo.

(30)

a) Instrumento de acompanhamento e controle buscando orientar a cronologia dos serviços especificamente ao nível operacional;

b) Na elaboração de cronogramas físico-financeiros, quando as barras, em cada unidade de tempo, são substituídas pela porcentagem do serviço a ser realizado ou de custo a ser despendido;

c) Como documento de contrato, ao detalhar e indicar a relação do objeto a ser cumprido, dos custos a serem incorridos por atividade e por unidade de tempo, a quantidade de serviço associada a cada atividade e a duração das mesmas;

d) A elaboração do fluxo de caixa.

Por fim, Ávila (2012) estabelece que a elaboração do diagrama, exemplificado pela Figura 4, cumpre a seguinte metodologia:

1. Definir os níveis de controle;

2. Definir a estrutura analítica do projeto;

3. Estabelecer a quantidade total de cada atividade a ser executada para cada projeto;

4. Calcular o tempo total de cada serviço ou atividade e a duração total do projeto;

5. Estabelecer as quantidades de cada atividade a serem executadas em cada período;

6. Calcular o número de equipes a serem mobilizadas;

7. Orçar o custo total e por período a ser aplicada na execução de cada atividade.

(31)

Figura 4 - Diagrama de Gantt

Fonte: Silva, 2006.

Pode-se observar na Figura 4 que as tarefas são simplesmente relacionadas e as barras indicam a duração, o tempo de início e o de fim previsto para cada uma delas, a partir da concepção deste diagrama é possível elaborar o cronograma físico financeiro, cujo objetivo é demonstrar a previsão da quantidade de produção e dos desembolsos a ocorrer a cada período de execução de um projeto (ÁVILA, 2012).

2.4 GESTÃO DE TEMPO X FINANCEIRO

O setor da construção civil tende a sofrer muitos atrasos, os quais aumentam significativamente os custos dos projetos, mapear e minimizar essas interferências se torna uma necessidade de sobrevivência das empresas desse setor. O tempo e o custo quando não gerenciados, tornam o projeto inviável e comprometem o desenvolvimento das atividades envolvidas. (DIAS T e BARICHELLO, 2016)

Mas, a gestão do tempo tem um impacto significativo nos custos dos projetos, principalmente, no setor da construção civil. A grande interferência dos fatores externos, como por exemplo, climáticos, provoca atrasos, muitas vezes superiores aos previstos no escopo do projeto. Conseguir prever e mensurar esses

(32)

fatores pode minimizar os atrasos na execução dos projetos e consequentemente diminuir os custos dos mesmos. (DIAS T e BARICHELLO, 2016)

Observa-se que o gerenciamento de tempo ocorre conjuntamente com o gerenciamento de custo, em função de que possui influência direta no prazo podendo culminar até com a inviabilização do projeto. (NEVES, 2009)

Segundo Juliana Ramos (2018), esta interface é a relação mais importante entre esses dois fatores de projeto, mas quando estes são desenvolvidos em um tempo reduzido, o custo torna-se elevado em função direta da quantidade de horas extras e da elevada alocação de mão de obra. Assim, considerando que, quando o tempo destinado ao projeto é adequado, esse alcança o seu custo ótimo para execução.

Nesse contexto, Vargas (2016, p.24) descreve que:

Uma pessoa ao construir uma casa de alvenaria em dois meses, o custo do projeto será elevado devido à grande quantidade de pessoas trabalhando em horários alternativos (horas-extras) e devido ao aumento nos custos das matérias-primas da obra, uma vez que não se dispõe de tempo para aguardar a entrega normal desses materiais (pedidos de urgência). Se a pessoa dispõe de dez a doze meses de construção, encontrará um valor mínimo de custo (ideal). Porém se demorar vários anos para construir a casa, seu custo voltará a aumentar devido a perdas de material e retrabalho (ineficiência).

Para Silva (2015), os custos do projeto em relação ao tempo vão decaindo até chegarem ao valor mínimo de custo, no qual a alocação de todos os recursos é realizada de forma adequada às necessidades do projeto. Assim, as estimativas de tempo e recursos, por conseguinte, são essenciais para se obter uma melhor relação custo-duração de um projeto, possibilitando que a execução seja eficiente durante o decorrer do tempo. A deficiência no gerenciamento do tempo de um empreendimento pode trazer consequências desastrosas para uma obra e por extensão para a empresa que a executa. A insuficiência nesta gestão pode acarretar frustrações no prazo, sobrecusto no orçamento, atrasos injustificados, levando a uma indisposição do construtor com o seu cliente, e até mesmo processos judiciais contra perdas e danos.

Em outras palavras, o autor citado anteriormente, diz que, o equilíbrio entre os prazos listados incialmente deve coincidir com a real velocidade de produção, de forma a tornar o investimento economicamente viável ou evitar prejuízos. Por exemplo, nas empreitadas por administração ou administração direta (OLIVEIRA,

(33)

2012, p.46), cujo formato de execução em que o proprietário gerencia os recursos e contrata profissionais para a gerência técnica e administrativa da obra, geralmente em grandes obras, a administração direta é feita por empresas especializadas que recebem um valor contratado para gerenciar a obra, e todos os recursos independente do tempo que esta demorar para ser concluída. Ou seja, caso a empresa responsável pelo gerenciamento da obra não atenda as expectativas de prazos, deverá continuar a desembolsar dinheiro para o pagamento da equipe técnica até a conclusão da obra. Esse desembolso baseia-se em todos os custos citados no contrato inicial, e muitas vezes acarreta também em despesas atreladas à encargos sociais de funcionários e até mesmo multas.

Outra modalidade aplicada, segundo Oliveira (2012), que permite talvez uma melhor mobilidade de tempo para a empresa responsável pela execução, é a empreitada com cobrança por cronograma financeiro, em que existe maior flexibilidade de prazo, haja vista que a empresa contratada recebe de acordo com sua produção, mas, em contrapartida “a contratação de obras por empreitada com faturamento a cada medição exige da construtora a manutenção de recursos para aplicação na obra”, ou seja, maior responsabilidade e comprometimento com os recursos disponibilizados.

Independente da modalidade definida, a importância do tempo de execução fica mais evidente quando se trata da atualização do CUB (Custo Unitário Básico), um indicador monetário que define custos básicos a serem aplicados na Construção Civil. O CUB é atualizado mensalmente e deve ser divulgado até o dia 05 de cada mês, conforme disposto na Lei 4.591/64 Art. 54, e utilizado com indexador de muitos contratos de compra e venda de imóveis. (SINDUSCON, 2018)

O site do SINDUSCON, ainda explica que foi em 1964 que o Banco Nacional da Habitação firmou convênio com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para a elaboração de Norma que estabelecesse critérios para: definir, qualificar, quantificar e precificar as unidades residenciais, dando origem a NB – 140 em 1965, denominada “Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação de edifício em condomínio”. Desde então, em palavras mais simples, foi definido um custo mínimo a ser cobrado por metro quadrado atualizado mensalmente.

De forma resumida, o orçado inicialmente quando executado fora do prazo fora previsto, irá sofrer acréscimos não computados no início do projeto, haja vista que

(34)

os prazos estabelecidos e oficializados foram outros, e consequentemente o responsável pela execução deverá arcar financeiramente com o atraso.

No próximo tópico apresentaremos um trabalho correlato ao estudo de gestão de tempo na construção civil.

2.5 TRABALHO CORRELATO

Dentre os trabalhos envoltos na pesquisa bibliográfica, chamou-se a atenção para um específico, relacionado à aplicação do tempo na área de Engenharia Civil, com o título “PLANEJAMENTO DO TEMPO DE UM PROJETO TÍPICO DA ENGENHARIA CIVIL E A SUA APLICABILIDADE AO SOFTWARE MICROSOFT PROJECT” de Jonatha Luis Cavalli (2014).

O presente estudo busca apresentar de maneira didática e intuitiva as metodologias aplicadas, passo a passo, para o planejamento do tempo de um projeto típico de engenharia civil, com base na teoria de gestão de projetos e auxiliado pelo uso do software Microsoft Project 2013. Ficando o trabalho limitado apenas a fase de planejamento. O estudo e a metodologia apresentado nesse trabalho não se restringe apenas aos exemplos de obras apresentadas, mas sim, a qualquer projeto típico, tanto na área de engenharia civil quanto como em outras áreas da gestão de projetos, ficando como legado o conhecimento prático e teórico do processo de planejamento do tempo assim como dos resultados apresentados como ferramentas de controle e acompanhamento das atividades, tornando o gerenciamento de um projeto muito mais simples e eficiente.

De acordo com Cavalli (2014), após a identificação das atividades que integraram o cronograma do projeto, o planejador deve determinar a duração de cada uma delas e o autor aponta que “entre as etapas do cronograma talvez essa seja a mais rodeada de incertezas, pois por mais criteriosa e analítica que seja a determinação das durações, esse processo sempre será só uma estimativa”, mas acrescenta que “para que a atividade de definição das durações não sejam produto de mera adivinhação, o planejador tem de se basear em algum parâmetro existente para poder estimar a duração possível das atividades”.

Em resumo, mesmo partindo de estimativas, o autor anteriormente mencionado defende a ideia de que é possível, mesmo sem total precisão, definir parâmetros para que os prazos possam ser previamente determinados e dessa forma realizar um planejamento mais eficiente e adequado à realidade.

(35)

3 ESTUDO DE CASO

Neste capítulo objetivou-se trabalhar os conceitos anteriormente mencionados e pontuados bibliograficamente de forma prática, no qual foi necessário realizar uma investigação por meio de pesquisa para a aquisição de conteúdo que subsidiasse as análises seguintes de maneira assertiva e conivente com a realidade atual do mercado da construção civil da região de Florianópolis.

3.1 CAMPO DE PESQUISA

Delimitou-se a aplicação da pesquisa nas empresas atuantes em Florianópolis e região, entre os anos de 2013 a 2018.

Considerou-se obras da construção civil de diferentes portes nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz.

Dentre as 9 (nove) pesquisas respondidas, aproveitou-se no total de 7 (sete), tendo em vista que as descartadas não cumpriram o requisito de tempo mínimo de atuação de 5 (cinco) anos no mercado.

As pesquisas válidas estão distribuídas de acordo com o quadro 3 a seguir:

Quadro 4 - Localização das sedes das empresas

Localização das sedes das empresas:

Cidade

Número de empresas

participantes da pesquisa

Florianópolis

3

São José

1

Palhoça

1

Biguaçú

1

Santo Amaro da Imperatriz

1

Total

7

Fonte: Autores, 2019.

Para caracterização inicial das empresas, com o objetivo de identificação do porte, elas também foram pontuadas de acordo com a quantidade de funcionários próprios e terceirizados além da função do responsável pelas respostas contidas nas pesquisas.

(36)

Quadro 5 - Caracterização das empresas

Fonte: Autores, 2019.

Gráfico 1 - Quantidade de Funcionários

Fonte: Autores, 2019.

Quando catalogados os números de funcionários próprios e terceirizados por empresa (quadro 4 e gráfico 1), observou-se que não existe uma relação padrão quanto a esses números, podendo uma empresa mesmo com um número inferior a 10 (dez) funcionários próprios, empregar indiretamente mais de 350 (trezentos e cinquenta) funcionários por meio de terceirizados. Ou seja, não existe nenhuma relação de dependência ou limite de contratações terceirizadas baseado na quantidade de funcionários próprios. Segundo os entrevistados essa condição é possível graças à contratação de empresas responsáveis também pela gestão direta dos projetos em execução e das obras.

Empresa Quantidade de funcionários próprios

Quantidade de funcionários terceirizados

Tempo de atuação no mercado

igual ou superior a 5 anos Função do pesquisado 1 1 a 10 aprox. 350 Sim Engenheiro Civil (Gerente) 2 1 a 10 aprox. 150 Sim Engenheiro Civil (Diretor)

3 1 a 10 0 Sim Engenheiro Civil (Diretor)

4 80 aprox. 200 Sim Auxiliar Técnico de Engenharia 5 1 a 10 de 11 a 20 Sim Engenheiro Eletromecânico (Diretor)

6 1 a 10 0 Sim Gestor

7 1 a 10 de 1 a 10 Sim Engenheiro Civil

(37)

3.2 MÉTODO DE PESQUISA

Para a realização desse trabalho foi necessária a utilização de dados referentes ao ramo da construção civil, tanto teóricos quanto práticos. Sendo os dados teóricos obtidos a partir do referencial bibliográfico e os dados práticos obtidos por meio da aplicação de um questionário com questões fechadas e abertas.

Sendo a pesquisa aplicada em caráter exploratório, ressalta-se que os resultados obtidos podem contribuir no sentido de identificar relações existentes entre variáveis analisadas de determinada população, no qual o pesquisador informa sobre situações, fatos, opiniões ou comportamentos que têm lugar na população analisada. (RAUPP; BEUREN, 2006, p. 81).

Tendo também como objetivo da pesquisa, analisar os dados recolhidos juntamente com a ajuda da base teórica, e não quantificar, a mesma foi aplicada presencialmente com a abordagem qualitativa, que segundo Richadson (1999, p. 80 apud RAUPP; BEUREN, 2006, p. 91) é abordada da seguinte forma:

Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processo dinâmicos vividos por grupos sociais [...] contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.

Richardson (1999, p. 90), ainda caracteriza a pesquisa qualitativa como uma “tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados”.

Após a identificação da localização da empresa, quantidade de funcionários próprios e terceirizados, tempo de atuação no mercado, e função exercidas pelos entrevistados, foram aplicadas as questões, sendo a sua formatação original apresentada no Apêndice A deste estudo.

A aplicação da pesquisa compreendeu o período entre os meses de abril e maio de 2019 e foi realizada de forma presencial nas empresas, onde os entrevistados além de responderem os itens constantes na pesquisa puderam fazer comentários abrangentes em relação ao tema tratado, contribuindo assim com a análise das respostas apresentadas.

(38)

3.3 RESULTADOS E ANÁLISES

Seguindo os procedimentos e as questões supracitadas no questionário, a presente pesquisa foi desenvolvida e os dados coletados e analisados pontualmente a seguir.

As empresas participantes foram identificadas de forma numérica, de maneira a preservar a identidade das mesmas e não causar nenhum tipo de influência no momento da análise de seus dados.

• Questão 1

A seguir, por meio do quadro 5, mostra-se a primeira questão:

Quadro 6 - Pergunta 1

Fonte: Autores, 2019.

Segundo Mattos (2010), a intensificação da competitividade, principalmente no que se refere à demanda por bens mais modernos, torna o grau de exigência dos clientes ainda mais elevado. O que torna o setor de planejamento indispensável ao corpo da empresa nos dias de hoje.

Mas mesmo sendo um setor chave, das 7 (sete) empresas, somente uma pontuou não possuir um setor ou profissional responsável pelo planejamento das obras, ou seja, mais de 85% das empresas entrevistadas consideram importante esse quesito primordial para o início de um projeto.

1. Possui um profissional e/ou equipe responsável pelo planejamento das obras?

6 7 Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim Empresa 1 2 3 4 5

(39)

• Questão 2

A seguir, por meio do quadro 6, mostra-se a segunda questão:

Quadro 7 - Pergunta 2

Fonte: Autores, 2019.

Em questões relacionadas ao prazo, os tempos variaram em 3 categorias: menos de 2 meses; de 2 a 6 meses e; de 6 meses a 1 ano. Sendo que duas empresas apresentaram duas opções de prazo de planejamento, que variavam de acordo com o tipo e porte da obra, tendo a necessidade de prazos maiores quando a complexidade do empreendimento é aumentada ou a finalidade alterada. E, quanto maior a complexidade, maior se torna a necessidade de respeitar todas as etapas, para que haja coerência do projeto geral, segundo Dias (2018, p.27).

Mas casos de obras residenciais, independentemente do tipo de layout escolhido, as soluções no geral não fogem muito ao padrão conhecido, salvo algumas exceções, ou seja, o planejamento já segue uma linha, em que após definição do arquitetônico os projetos complementares seguem uma sequência natural. Já, quando se fala de planejamento de obras comerciais, no geral o projeto parte do zero, e as soluções existentes nem sempre se adaptam a necessidade do cliente, tendo que muitas vezes serem criadas, e isso obviamente demanda mais tempo do setor de planejamento. de 1 a 2 meses / de 4 a 6 meses de 6 meses à 1 ano de 6 meses à 1 ano de 2 meses a 6 meses menos de 2 meses de 2 meses a 6 meses

de 6 meses à 1 ano / de 2 meses a 6

2. Com qual antecedência as obras são planejadas antes de iniciar a execução?

Empresa 1 2 3 4 5 6 7

(40)

• Questão 3

A seguir, por meio do quadro 7 e 8, mostra-se a terceira questão:

Quadro 8 - Pergunta 3

Fonte: Autores, 2019.

Fonte: Autores, 2019.

Nesse quesito foi observado que as empresas que afirmaram não necessitar de mais tempo para que o planejamento seja feito, são a empresas que possuem um número menor de funcionários, ou seja, empresas que atendem uma demanda menor, além de serem empresas que, pontuaram trabalhar com obras residenciais, que, segundo Mattos (2010), o planejamento dessas obras, segue basicamente um roteiro. Corroborando com o mencionado na questão anterior, em que as obras comerciais necessitam de mais tempo devido ao tipo de solução que deverá ser empregada, não podendo usufruir desse caminho já pré-estabelecido e aplicado em outros planejamentos.

Sim Não Não Não Sim Não Sim

3. O tempo de planejamento é considerado suficiente para um bom andamento da execução da obra? Empresa 1 2 3 4 5 6 7 2 Obras comerciais 3 Obras comerciais 4 Obras residenciais 5 Obras comerciais 6 Obras residenciais 7 Obras residenciais Empresa 1 Obras comerciais

Tipos de empreendimentos realizados pelas construtoras

(41)

• Questão 4

A seguir, por meio do quadro 9, mostra-se a quarta questão:

Quadro 10 - Pergunta 4

Fonte: Autores, 2019.

Além do prazo necessário à execução da compatibilização dos projetos, os itens que foram mais mencionados pelos entrevistados como pontos decisivos para a determinação do prazo de obra foram a aquisição de matérias (setor de compras) e a mão de obra (empreiteiras).

Como essa questão foi aberta, permitiu total liberdade às respostas, mas no geral pode-se verificar que existem dois pontos que se destacam como ponto fraco, exigindo uma atenção maior por parte do planejamento, seja na escolha dos insumos, suas disponibilidades, bem como a mão de obra com a especialidade necessária para a execução e com a quantidade adequada.

Outros itens também citados, mas não repetidos, foram: a liberação de financiamento, o clima e o levantamento do quantitativo.

Caso a metodologia escolhida para o planejamento seja o PERT/CPM, Ávila (2012) propõe ainda outros itens/procedimentos para serem considerados no cálculo do tempo necessário para execução da obra, com o cálculo de duração de cada evento. Sim Não Não -1- Fator metereológico; 2- Demanda de mercado. Sim 6 7 1- Fornecedores (empreiteira); 2- Levantamento quantitativo; 3- Fechamento de compras antecipadas. Sim

1- Disponibilidade de mão de obra; 2- Disponibilidade de materiais; 3- Disponibilidade de recursos Sim -Sim 1- Lições aprendidas; 2- Duração x Financiamento;

3- Tipo de mão de obra.

Empresa

5 3 4 2

1 1- Compras (aquisição de materiais).

4. Durante o planejamento do tempo necessário à execução da obra, além de questões pertinentes à projetos como compatibilização são levados outros

(42)

• Questão 5

A seguir, por meio do quadro 10, mostra-se a quinta questão:

Quadro 11 - Pergunta 5

Fonte: Autores, 2019.

Complementando a questão anterior, esse item foi adicionado com o intuito de reforçar os fatores influenciadores, mas com o foco de separar os fatores internos dos externos, bem como dar graus de importância.

Nesse item, da mesma forma que na questão anterior, os resultados não foram tão divergentes. No geral as empresas se preocupam com a aquisição de

3- Divergências na compatibilização de projetos.

Sim

2- Cronograma definido e compatível com o tempo e andamento da obra;

3- Memorial definido. Sim

1- Tipo de mão de obra;

2- Formação da equipe de engenharia; 3- Vendas do produto.

Sim:

4

1- Eficiência do cronograma físico-Sim 1- Empreiteiros; 2- Novos fornecedores; 3- Projetos complementares. Sim 1- Chuvas;

2- Produtividade da Mão de obra; 3- Disponibilidade de materiais e

equipamentos. Sim

1- Projetos concluídos e revisados;

5

6

7

2- Melhorar a contratação de mão de obra terceirizada.

1- Recursos financeiros; 2- Mão de obra;

3- Quantidade de Funcionários. Sim

1- Seguir o cronogrma de aquisição de insumos;

2- Assiduidade da equipe do escritório;

1

2

3

Empresa

5. Existe uma preocupação com fatores internos que possam influenciar no tempo de duração da obra? Se “SIM”, quais? (cite pelo menos 3):

(43)

matérias e mão de obra, mas fatores como recursos financeiros e projetos compatibilizados também tiveram um grau alto de destaque.

Em nenhum momento foi citado um tipo de ferramenta de gerenciamento como um fator influenciador, sendo que a definição da ferramenta correta ou metodologia, de acordo com BRANDALISE (2017), destaca a importância do aumento do tempo gasto em todas as etapas do ciclo de vida do projeto, podendo otimizar a execução posterior da obra.

• Questão 6

A seguir, por meio do quadro 11, mostra-se a sexta questão:

Quadro 12 - Pergunta 6

Fonte: Autores, 2019.

Seguindo a mesma pergunta, mas com o foco nos fatores externos, os entrevistados citaram de forma redundante a aquisição de materiais e a disponibilidade de mão de obra especializada e acrescentaram itens relacionados às

Sim

Não

3- Projetistas comprometidos. Sim

1- Clima;

2- Fornecedores de mão de obra; 3- Fornecedores de material. 4 Sim -6 Sim 1- Órgãos Públicos; 2- Política; 3- Clima. 1- Aprovação de projetos; 2- Licenças; 3- Vistorias de Habite-se. Sim

1- Disponibilidade de recursos financeiros. 1- Contratação de empreiteiro; 2- Cadastro de fornecedores; 5 7 1- Comprometimento de fornecedores; 2- Intempéries;

3- Liberação de Habite-se e ligações (órgãos públicos).

Sim

6. Existe uma preocupação com fatores externos que possam influenciar no tempo de duração da obra? Se “SIM”, quais? (cite pelo menos 3):

1 2 3

(44)

questões burocráticas de liberação das obras, como licenças, vistorias, habite-se e aprovação de projetos.

Também pode-se constatar que existe uma preocupação com a influência das intempéries (clima) e novamente foi citado à questão da disponibilidade financeira. Deve-se levar em consideração que, quando autores como Ávila (2012), citam os itens a serem considerados para a elaboração de um diagrama de Gantt, por exemplo, não são considerados fatores externos que podem influenciar no tempo de duração de cada serviço, como a disponibilidade do insumo no prazo necessário para que o serviço seja concluído com êxito.

• Questão 7

A seguir, por meio do quadro 12, mostra-se a sétima questão:

Quadro 13 - Pergunta 7

Fonte: Autores, 2019.

A questão 7 teve a intenção de verificar os fatores mais preocupantes no momento da definição dos prazos de execução das obras, sem a distinção entre fatores internos e externos.

Já a questão 8, pontuada a seguir, pediu a classificação desses itens.

1 2 3 4 5 6 7 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Mão de obra especializada

Insumos (matéria-prima) Quantidade de funcionários

Clima

Órgãos públicos - Burocracia documental Contratos

Fatores Empresa

7. Assinale os fatores que são considerados no momento da definição do prazo de execução da obra:

Recursos financeiros Gestão

(45)

• Questão 8

A seguir, por meio do quadro 13, mostra-se a oitava questão:

Quadro 14 - Pergunta 8

Fonte: Autores, 2019.

O gráfico 2, 3 e 4, mencionam os itens mais citados em primeiro, segundo e terceiro lugar:

1- mão de obra especializada; 2- gestão; 3- insumos (matéria- prima); 4- quantidade de funcionários; 5- clima;

6- órgãos públicos -burocracia documental

7

Empresa 4

1- recursos financeiros; 2-mão de obra especializada; 3-insumos (matéria- prima); 4- quantidade de funcionários; 5- clima; 6- órgãos públicos -burocracia documental;

7-contratos; 8- gestão

5

1- recursos financeiros; 2- mão de obra especializada; 3-insumos (matéria- prima); 4- órgãos públicos -burocracia

documental; 5- política; 6- clima

6

1- mão de obra especializada; 2- insumos (matéria- prima); 3- órgãos públicos -burocracia documental; 4-

recursos financeiros; 5- quantidade de funcionários

1

1- recursos financeiros; 2- quantidade de funcionários; 3insumos (matéria prima); 4 clima; 5 órgãos públicos

-burocracia documental

2

1- órgãos públicos -burocracia documental; 2- recursos financeiros; 3- mão de obra especializada; 4- quantidade

de funcionários; 5- insumos (matéria- prima)

3

1- recursos financeiros; 2- gestão; 3- quantidade de funcionários; 4- mão de obra especializada; 5- insumos

(matéria- prima); 6- clima

8. Assinale de forma gradual a importância dada a cada item abaixo (onde 1 significa mais importante que 10). Caso o mesmo não seja considerado na

(46)

Gráfico 2 - Itens mais citados como 1º grau de importância

Fonte: Autores, 2019.

Gráfico 3 - Itens mais citados como 2º grau de importância

(47)

Gráfico 4 - Itens mais citados como 3º grau de importância

Fonte: Autores, 2019.

O fator “recurso financeiro” foi o mais citado, seguido da “gestão” e “mão de obra especializada” em segundo lugar e “insumos (matéria prima)” em terceiro.

Nessa questão veio à tona a importância que é dada ao formato de gerenciamento e gestão das obras, que até então não havido sido mencionado.

Durante as entrevistas para a realização das pesquisas, quando questionados sobre esse item, os entrevistados citaram a subordinação juntamente com o respeito pela hierarquia como fator decisivo para o cumprimento de prazos, pois quando não respeitados, podem ocasionar confronto de informações e atraso considerável.

(48)

• Questão 9

A seguir, por meio do quadro 14, mostra-se a nona questão:

Quadro 15 - Pergunta 9

Fonte: Autores, 2019.

O gráfico 5 mostra a classificação das empresas quanto aos influenciadores internos e externos:

quantidade de funcionários; clima.

órgãos públicos -burocracia documental; contratos; recursos financeiros; gestão; política. 7 Empresa gestão.

insumos (matéria- prima); clima;

órgãos públicos -burocracia documental; política.

6

mão de obra especializada; insumos (matéria- prima); mão de obra especializada;

insumos (matéria- prima); quantidade de funcionários;

contratos; gestão.

clima;

órgãos públicos -burocracia documental; recursos financeiros; política. Internos Externos quantidade de funcionários; contratos; recursos financeiros; gestão.

mão de obra especializada; insumos (matéria- prima);

clima;

órgãos públicos -burocracia documental; política.

mão de obra especializada; quantidade de funcionários; contratos; recursos financeiros; contratos; recursos financeiros; gestão.

mão de obra especializada; insumos (matéria- prima); quantidade de funcionários;

clima;

órgãos públicos -burocracia documental; política.

9. Assinale com “I” os fatores que você considera influenciadores internos e com “E”, os fatores externos. 2 1 3 4 5 política.

mão de obra especializada; insumos (matéria- prima) quantidade de funcionários;

contratos; gestão;

clima;

órgãos públicos -burocracia documental; recursos financeiros;

política. mão de obra especializada;

insumos (matéria- prima); quantidade de funcionários;

contratos; gestão.

clima;

órgãos públicos -burocracia documental; recursos financeiros;

(49)

Fonte: Autores, 2019.

Prevendo a incompatibilidade de conceitos que os fatores tratados até então poderiam gerar no quesito definição entre internos e externos, foi acrescentado um item para que os entrevistados segmentassem todos os fatores mencionados.

No geral, as respostas foram coerentes, porém houve algumas respostas inconsistentes, por exemplo, a burocracia documental de órgão públicos e a política foram considerados fatores internos da empresa.

• Questão 10

A seguir, por meio do quadro 15, mostra-se a décima questão:

Quadro 16 - Pergunta 10

Fonte: Autores, 2019.

10. Existe a necessidade de passar prazos mais curtos para as diferentes equipes hierárquicas de forma a prever eventualidades que acarretem em atraso de

execução? Empresa 1 Sim 2 Sim 3 Não 4 Não 5 Não 6 Sim 7 Sim

(50)

A questão de repasse de prazos diferentes ficou praticamente empatada, remetendo essa decisão ao tipo de gestão praticada.

Tendo em vista que, quando existe a decisão de repasse de prazos diferentes, planilhas que expõem esses prazos, como um Diagrama de Gantt ou uma Rede de PERT, não devem estar acessíveis à todas as hierarquias, de forma a não causar transtorno com informações controversas.

• Questão 11

A seguir, por meio do quadro 16, mostra-se a décima primeira questão:

Quadro 17 - Pergunta 11

Fonte: Autores, 2019.

No geral não são tolerados atrasos, houve a sugestão de plano de recuperação com aumento de equipe, reprogramação de serviços e ajuste de cronograma para adaptação ao novo prazo. Mas as empresas que aceitam essa situação, tem a preocupação de informar ao cliente.

Elabora-se um novo cronograma informando os motivos e otempo de atraso. Apresentando no cronograma nova

data de finalização dos serviços.

7 Empresa

Em nossa empresa não é aceito atraso de prazo.

4

Recalcular o prazo "novo" e informar ao cliente.

5

Revisão das atividades, possível aumento da quantidade de funcionários empregados.

6

11. No caso de necessidade de alteração de prazos de execução, qual o procedimento adotado?

No caso não reprogramo o prazo, tratamos o atraso com plano de recuperação. Exemplo: reforçar a equipe, horas

extras, etc. Afim de não atrasar o cronograma.

1

Reprogramação dos serviços analisando a procedência dos serviços afetados.

2

Ajuste de cronograma e comunicado á equipe de produção, se atingir o prazo final da entrega, deve

comunicar-se as administradores.

(51)

• Questão 12

A seguir, por meio do quadro 17, mostra-se a décima segunda questão:

Quadro 18 - Pergunta 12

Fonte: Autores, 2019.

Com exceção de uma empresa, todas as demais utilizam-se de ferramentas que auxiliem na alteração e recálculo de prazos, caso seja necessário. Sendo a Linha de Balanço e o software MS Project as ferramentas mais citadas.

• Questão 13

A seguir, por meio do quadro 18, mostra-se a décima terceira questão:

Quadro 19 - Pergunta 13

Fonte: Autores, 2019.

As opiniões em relação à necessidade de uma ferramenta global que recalcule os prazos dividiram opiniões, mas a maioria das empresas teria interesse.

7 Sim. SIENGE / MS Project.

Não

4 Sim. Prevision.

5 Sim. Project.

6 Não.

12. Existe alguma ferramenta que auxilie na alteração de prazos de forma a prever tempo de duração acrescido?

Empresa

1 Sim. Linha de balanço.

2 Sim. Linha de balanço.

3

7 Não

4 Sim

5 Não

6 Sim

13. Existe a necessidade de uma ferramenta global, que recalcule os prazos de acordo com as interferências cotidianas, sejam elas internas ou externas.

Empresa

1 Sim

2 Sim

Referências

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