i^^'-í*S.«7-*l? tfW-_i__ •;
I
•*_.-<*. »a. . -"/mniiamumiiLiberdade de imprensa
* Telegrammas de Porto Alegre annunciam que uma das idéas que o sr. Maurício Cardoso traz para o Gover-no Provisório é a suspensão irnmediata da censura á im-prensa. Alimentamos a espe-rança de que o sr. Oswaldo Aranha não troque, definiti-vãmente, o Monroe pela rua do Sacramento, sem tomar essa salutar providencia, tãoprópria do seu espirito
li-beral.
A liberdade de imprensa é, hoje, uma noção incorpo-rada á essência da civiliza-ção, mais ainda do que um
requisito indispensável
á existência das democracias. Nos paizes de uma certa cul-tura politica só se compreen-dem as restricções da liber-dade de imprensa na omer-gencia de commoções intea-tinas ou de guerra estrangei-ra. A idéa da censura é, pois, inherente ao estado de sitio,
á suspensão das garantias
constitucionaes e directamen-le ligada aos imperativos da defesa da ordem material e legal.
Ora, o regime
revolucio-nario attingiu um gráo de es-tabilidade politica que fati-gou e desilludiu as offensi-vas dos boateiros. Do que se vae cuidar, neste instante, é da preparação do ambiente moral para resurgir a vida politica da nação. O momen-to parece pois azado para experimentarmos a restaura-ção de todas as liberdades, sobretudo as que tocam ao
movimento de idéas e aos
embates de opinião,
indis-pensaveis á actividadè par-tidaria.
Um largo sector da ideo-logia revolucionaria ainda não foi sequer ligeiramente cuidado pelo Governo Pro-visorio; referimo-nos á for-mação e educação do meio moral do paiz, propicio ao seu aperfeiçoamento politico.
Precisamos estabelecer u m
nivel intellectual na vida
pu-blica nacional, em que se
dos cidadãos e os deveres dos governos.
A censura é um systema
de irresponsabilidade que,
se forra os governos de ou-virem as verdades necessa-rias, livra os cidadãos dos riscos de dizel-as, aos deten-tores do poder.
Do que carecemos é da dupla educação para ouvir e dizer a. verdade. Se as de-mocracias vivem da publici-dadè dos factos e idéas con-cernentes aos destinos colle-ctivos, os governos não mor-rem senão das criticas que merecem. No julgamento dn opinião separa-se o joio c'o trigo, o verídico do falso, o
sincero do tendencioso, o
desinteressado do gariancio
so. As aggressões pessoaes,
que são geralmente uma for-ma inferior de agitar a opi-nião, são apreciadas pelo que realmente valem, no conjun-to da acção politica.
A educação do homem
que aspira a vida publica co-meça por espevitar o
senti-mento da responsabilidade,
o qual só se affirma inte-gralmente em plena publici-dade. O homem publico que se escuda nos melindres pes-soaes para fugir, á quotidia-na prestação de contas dos seus actos, não tem. os ner-vos preparados para o com-plexo exercido de funeções políticas e sociaes.
O restabelecimento da li-berdade de imprensa é o pri-meiro testemunho da solidez e estima publica dos regimes revolucionários. Na
Revolu-ção brasileira, a conquista
dessa liberdade foi um dos seus principaes objectivos, o capitulo essencial do seu pro-gramma, que não pôde ser, propositadamente, esquecido pelos seus responsáveis.
O Governo ProA-isorio
de-ve estar convencido dessas
Anno IV — Numero 1.064
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Director : J. E. DE MACEDO SOARES
Rio cle Janeiro, Sabbado, 12 cle Dezembro cle 1931
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_'raça Tiradentes n.° 77
0 sr. Mauricio Cardoso tomará: posse terça-feira—Vae
reunir-se o Partido Democrata da
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! . —--¦ - ¦-j mr_nwm______nr--»n_______rr_»«MMM « »¦*»» ¦¦¦«¦ii w m »_m___aa_gròro-w-_-Jawr_ _ Sr. Assis BrasUO sr. Mauricio Cardoso, que chegará ao Rio depois de ama-nhã, tomará posse na terça-feira. Ao que se affirma nas rodas bem
informadas, um dos primeiros
actos do novo titular da pasta politica será o levantamento da censura á imprensa, para que se estabeleça, em todo o Brasil, o regime da opinião. Facilitando o funecionamento dessa válvula da consciência nacional que é a imprensa, o novo ministro presta-rá, sem duvida, um grande servi-ço, em que pese o desespero de certos interventores que se vêm distinguindo na imitação dos pro-cessos dos mandarinatos estadu-aes pela Revolução derrubados.
O sr. Mauricio Cardoso vem do Rio Grande, onde os jornaes dis-cutem, livremente, não só todos os assumptos de interesse geral co-mo. também, os actos e as attitu-des dos dirigentes. Ainda ha pou-co, uma folha recem-fundada em Porto Alegre investiu, com ve-emencia, contra o sr. Flores da
! Ardoroso e de uma bravura indo-i indo-inindo-ita nos "entreveros", o sr. Pindo-io- Pio-res da Cunha'; que é um general de eleição, cujos bordados foram ganhos nas batalhas campaes que illustram a historia dos pampas, prima, no governo, pela sua men-talidade juridica, pelo seu bom senso civil.
E' de um ambiente assim que vem o sr. Mauricio Cardoso.
Nós acreditamos, portanto, que se confirmem as noticias que cor-rem sobre a suspensão da censu-ra.
Ao encontro do sr. Assis
Brasil
Ao que nos mandam de Port-Alegre, os srs. Flores da Cunha
e Raul Pilla, irão, hoje, de avião, á cidade cle Pelotas, onde se avis-tarão com o sr. Assis Brasil.
Na boa terra
Deve reunir-se, hoje, na Bahia, a Commissão Executiva do Parti-do Democrata} afim de organizar0 voto do major Juarez Tavora
Sr.
Cunha. O general interventor,
longe de molestar o jornalista, fez simples verdades. O sr. Os- questão cle que elle se sentisse
waldo Aranha não precisava M' ::"';i,iiil,° ík"lUí'il,IM- K
esperar pelo sr. Maurício
Cardoso, para tomar, ainda que tarde, unia. providencia dignificadora da Revolução
que no modo de ver dos gaúchos, povo que tem maioridade civica, a Revolução não foi feita para copiai* o modo de agir do regi-me que ella derrubou. No Sul, os homens que estão no poder res-peitam a opinião. Só se sentem
J* *, i c rvc* uApmn cAADrc peitam a opinião, ho se sentem
commumquem o s direitos J. L. DL MACLDO SOAKhb fortes quando a têm a seu lado.
_MH_-_NH__V-HMM><0Í__V-r>4-_»IMM->- ____K--H»04H_HM--_KVè__Í <"_•_ ¦¦_-;¦-.--¦ > .i_»r.;..w;;, .;-,-.¦ ¦ .-.,r n-r-w. ¦ ¦---;.¦(./¦•_¦-¦•-:-.).:. ¦ -. -. - -:i /*7_^ o'»•_>! )¦___.<) _^c.)-_i>n -.__».>-*¦*_•.. i -ae»o_*__».n •OP» ti ¦¦_> » _i
DESVENDANDO OS MYSTEfUOS DO FUTURO
Oünnrnldi* ®ü cm am itc^c&cr n-tio nno
yOylsi UlCll úu CHI
um _.U_i*_#ll pClliC SIUO
O PROBLEMA DA CONSTITUINTE — A SÜCCESSÃO
PRESIDEN-CIAL — UMA NOVA REVOLUCÃ O — UM POLÍTICO QUE
EMPOL-GARA' AS MULTIDÕES
i.;
:. <MmÊ0M^m'- m+y....
Flores da Cunha o programmâ da recepção do sr J. J. Seabra e tratar dos assum
ptos politicos em foco.
íl-mente, o caso
flu-miiieiise
Sr. Raul Pilla
Do sr. Elyseu D. SanfAnna,
Grão Mestre da Ordem Mystica do Pensamento, recebemos as se-guintes previsões, confeccionadas em dezembro do anno passado, pa-ra o triennio de 1931-1933, addicio-nando-se annualmente o
resulta-cio vibratório do entrechoque ou
disassimilação astro-magnetica
dos planetas em litígio.
O que vae acontecer, segundo a Astrologia Kabalistica de Hermes Thot, em nosso paiz, nos dois an-nos vindouros, será sob a
iníluen-cia dos planetas Venus e
Mer-curi0* _¦ ,-,,
Eis as previsões do sr. Elyseu D. SanfAnna:
Grande será o futuro do
Bra-sil; porém, é preciso estar alerta
com os paizes "amigos". A plebe
será beneficiada com o problema
das habitações e dos gêneros de
primeira necessidade. Momentos
Mticos para o Brasil, perigando a sua politica interna e externa. Al-guris Estados encontrarão difficul-dades em resgatar as suas divi-cias. O governo fará uma seria devassa nas repartições publicas e nos politicos causadores da
situa-ção actual; o povo assim o
exl-2 — No decorrer do anno de 193exl-2, a questão governamental será so-lucionada. Não faltará boa von-tade do Dictador Civil, porem, os
politicos profissionaes, com a
ca-na de revolucionários, tentarão
nbumbi*?** a sua obra. Nao obstan-te, a politica ainda desta vez nao será possivel entrar em seus ei-\os. Dois nomes surgirão para o cargo de presidente da Republica, rendo um civil e outro militar; es-te será apoiado pelo povo nordes-tino e a maioria das classes ar-madas a aquelle pelo povo sulino
e politicos de tres Estados, os
seus nomes populares variarão
en-tre doze a en-treze letras.
Minas indecisa...
levantai-se-á ?
Um principio de levante
militar
, ^g||i||||§^
Sr. Elyseu SanfAnna pleto afastamento de dois politi-cos da evidencia passada, accusa-dos como nefastas. Etsa attitude trará ao paiz um principio de le-vante militar. Tudo será resol-vido de accordo com a vontade do povo que anoiará as classes arma-das, salvo se os poderes dominan-tes resolverem ao contrario.
4. Tres grandes incêndios,
sendo dois em estabelecimentos commerciaes e um em estabeleci-mento militar, causando uma ex-plofão, além de vários incêndios de pequena monta. Principio de incêndio em um cinema. Uma fa-brica incendiada e outra
apsdre-iada Pavoroso incêndio em uma
fabrica de artefactos. Um incen-dio porá em cheque um quartel-rão de casas.
Conflictos e tumultos
populares
5 — Conflictos em Recife, São '
.íTccS: _3$#Sp DisS
'Sai? mãdas, as quaes exigirão
Greves de pequena monta que se-rão resolvidas pelas autoridaes. Morte ou assassinio de um conhe-eido político.
— Um chauffeur praticará um monstruoso crime. Alguns crimes cle sadismo. Dois bárbaros e mys-teriosos crimes abalarão a cidade: a policia perderá a pista de um desses crimes. Os desastres de au-tomoveis assustarão o povo; a
po-licia tomará sérias precauções.
Tres tragédias na sociedade cario-ca enlutarão, distinetas familias.
Quem será ?
— Levantar-se-á um homem no Brasil que fará tremer os po-liticos e os governadores de Es-tado. Sua influencia será maior de que a de Mussolini na Itália, èlle tornar-se-á o idolo do povo brasileiro.— O cambio soffrerá uriiã
pe-quena alta, lá para os fins de
1931. O anno de 1932 será um pe-riodo oscillatorio, porém, tenden-do sempre a subir.
— Morte de um exilado.
Tramóias e controvérsias provo-cadas por politicos que deveriam ter sido exilados. "Os deporta-dos, por intermédio da politica, tentarão regressar ao paiz..."
A Constituinte
10 —- A reformada-Constitui-ção (ou a Constituinte) trará
grandes surpresas e alguns des-gostos. A. questão religioa agita-rá o elemento espiritualista. O
clero agirá assustadoramente
para fazer imperar o seu poder
temporal e espiritual.
Prevale-cera a soberania das conscien-cias christãs. A Maçonaria fará prevalecer as suas antigas tra-dições em prol da liberdade re-ligiosa, a qual continuará a ser um facto, senão...
11 — O apparecimento de dois
jornaes cariocas.
Reappareci-mento de um jornal incendiado nos últimos arrancos de outubro
de 1930. Dois jornaes fecharão
(Continua na 2" pagina).
PELA
MS80LU-MENTO
Graves
acontecimen-tos desenrolados na
capital chilena
NOVA YORK, 11 (Havas) — Telegramma de Santiago an-nuncia que as immediações do Congresso chileno conti-miam patrulhadas por con-tingentes de Ianceiros, afim de evitar a reproduecão das desordens hontem provocadas ali pela campanha em prol da dissolução tio Parlamento.Calculava-se em quarenta o numero de feridos nos
re-centes incH»'.t<*<-. Segundo
certas versões, teria havido
O sr. Ary Parreiras
escolhido para
substi-tuir o coronel
Panta-leão Pessoa
O coronel Pantaleão Pessoa,
interventor fsderal n0 Estado do
Rio, resebeu, hontem, á noite,
uma carta do chefe do Governo Provisório, communicando-lhe a resolução de nomear oara seu substituto, n0 governo
fluminen-se, o commandante Ary
Pai*-reiras.
Após ter recebido a missiva do r-r. Getulio Vargas, o coronel Pan-táleãq Pessoa mandou o secreta-rio da . Viação e Obras Publicas levar o facto ao conhecimento do cr. Ary Parreiras e informar-lhe também que desejava transmittir o poder ainda hoje.
O commanclande Parreiras
res-pondeu ao interventor dizendo
que somente hoje poderia resol-ver sobre a data da sua posse na interventoria do Estado do Rio.
Pica, assim, solucionado o ca-so fluminense, que, desde a re-tirada do general Menna Barre-to, vinha preoecupando, vivamen-te, a opinião publica.
GUERRA NO EX
|| um morto.
-Hn_Q^H________|_B-l_-_BI
A DESOCGUPAQÃO
NA FRANÇA
O numero dos sem
tra-balho continua a
au-gmentar de dez por
cento
PARIS, 11 (Havas) — A Cama-ra, que já consagrou varias ses-soes aos debates em tomo da de-licada questão dos sem
traba-lho, ouviu, na manhã de hoje,
dois deputados socialistas, os
quaes procuraram mostrar como tem sido rápido o aggravamento da crise na França. Respondeu-lhes o sr. Landry, ministro do Trabalho, que fez uma exposição pratica dos males e dos remédios, adiantando que as estatísticas
of-ficiaes indicam a existência
actual de 104.000 desempregados,
aos quaes devem ser reunidos
mais 1.600 marinheiros. Isso
quanto á região de Paris. O sr. Landry acerescentou que ha mais de dois milhões de operários que já perdem em média um dia por semana e que, embora a situação não seja tão grave quanto no estrangeiro, o certo é que o nume-ro dos sem trabalho continua a augmentar de dez por cento.
Na segunda parte do seu dis-curso, o ministro Landry expoz as providencias que estão sendo pos-tas em pratica para remediar es-sa situação.
Como foi acolhida, no
Japão, a resolução da
Sociedade das Nações
TOKIO, 11 (Havas) —O mi-nistro de Estrangeiros manifes-tou publicamente a satisfação com que foi acolhida no Japão a re-solução da Sociedade das Nações. Conta-se que esse documento será dado á publicidade logo que o governo estiver de posse do re-latorio official.CINCO DYNAMITES TOKIO, 11 (Havas) — Infor-mações de fonte chineza referem que aviões j-aponezes, num vôo de reconhecimento ao longo da linha de Ying-Keú a Koüpang-tsé; ati-raram cinco, bombas próximo de Pan-chan, matando uma mulher. Os observadores estrangeiros es-tão a caminho de Ying-Keú.
SERÊNÕMOS
Adolf Hitler está
amea-cado cle ser expulso da
Allemanha !
BERLIM, 11 (Havas) — O che-fe racista Adolf Hitler, de regres-so, esta manhã, á capital, segundo se affirma, trazia o propósito de responder, em declarações feitas á imprensa, ao ultimo discurso do chanceller Bruening. •
A' tarde, foi noticiado que
Adolf Hitler em vez de falar á
imprensa dirigiria uma carta
aberta ao chanceller.
Certos meios dizem que, na rea-lidade, Hitler, na qualidade de es-trangeiro nato, seria expulso do território allemão, se renovasse os excessos de que foi protagonista na semana passada.
Estas informações não estão na-turalmente confirmadas official-mente. E' corrente mesmo que o governo não se oppoz á transmis-são radiotelegraphica para os Es-tados Unidos dos últimos discur-sos de Hitler.
A opinião predominante é que da situação interna e que só lhe o governe do Reich é ainda senhor falta recorrer aos meios de que dispõe para o affirmar.
A campanha que encetamos
contra, a vergonhosa e vexatória caçada de multas já está produ-zindo os seus effeitos benéficos. Nas altas espheras
administrati-vas ha demonstrações positivas
de que os caçadores já andam á caça, não das multas, mas da con-fiança que uelles depositavam os illustres membros da Commissão de Correição.
O voto do sr. Juarez Tavora, embora, revelando ainda suas pre-canções contra a imprensa, é a prova flagrante de que a falta de resposta ás informações que daqui lemos pedido, reiteradas vezes, aos agentes do fisco e ao director da Recebedoria, sobre factos concre-tos, tem collocado em péssima si-tuação os que, até ha pouco, abu-savam da boa fé dos íntegros cor-regedores.
Já o sr. Juarez Tavora quer "a abertura de um inquérito adml-nistrativo para apurar a veraci-dade das aceusações publicamen-te, formuladas pelas companhias multadas, contra os funecionarios fiscaes que as multaram".
Estamos pelo inquérito adminis-trativo, mas quer-nos parecer que não seria preciso burocratizar a
verdade, despendendo tempo e
trabalho par* deslindar casos que precisam, segundo o critério re-volucionario, ser julgados perante a opinião publica do paiz. Nós, destas columnas, temos apontado e precisado factos contra a con-dueta de agentes do fisco e
fim-ccionarios envolvidos nesse
es-candaloso processo de multas por infracção da lei do sello. A nos-sp ver, applaudindo como applau-dimos a iniciativa do sr. Juarez, se afigura que não seria preciso abrir-se um inquérito para
apu-rar os factos. E isso porque
a própria Commissão de Cor-reição poderia examinar a
fun-do a questão, indagando das
origens de certas campanhas do fisco e apurando — para ficar edlf içada—o montante das percen-tagens de multas pagas a fiscaes e denunciantes nos últimos dez an-nos transcorridos. Isso, sim, poria termo a certas explorações, annl-quilando, de uma vez, a vergo-nhosa industria das multas. Pro-ceda, assim a Commissão de Cor-reição e acabará com esse pesa-dello horrível que estão sentindo, de norte a sul do paiz, todas as organizações commerciaes e
in-dustriaes. Porque a verdade, é
que, se houver um denunciante
para cada empreza commercial
ou industrial, apoiado por dois ou tres fiscaes sequiosos de enrique-cer com facilidade, do dia para a noite, não escapará nenhuma dellas. E não tardarão as "notas officiaes" em que se omittem mui-tas imposmui-tas, porque
impressio-nariam mal, e "portarias"
in-flammadas, com tiradas bajula-torias, como vem suecedendo no caso de que estamos tratando,
do-cumentadamente, demonstrando
a existência, já agora indisfarça-vel, de um verdadeiro "complot", para extorquir milhares de con-tos de réis a companhias que ca-nalizam annualmente, para os co-fres da União e da
Municipall-dade, quantia nunoa inferior a
300.000:000$000 de impostos e ta-xas. Nós não estamos movendo
campanha tendenciosa contra
funecionarios do fisco em nome de companhias estrangeiras de
in-flammavels, como tão
injusta-mente deixa entrever o sr. Juarez Tavora em sua declaração. Não
estamos tratando de interesses só-mente das empresas de gazolina que ora estão sob a ameaça de vul-tosa extorsão. Se particularisa-mos o caso dessas emprezas, o foi porque o assalto começou por el-las. Porque a verdade é que pesa sobre o commercio e a industria em geral, a mesmo ameaça, de vez que estão no mesmo caso. Se é o arbítrio quem domina, nin-guem poderá traçar limites á sua
acção deletéria.
Se a consciência de juiz do sr. Juarez Tavora ainda não se con-venceu das inverdades de quan-to lhe têm diquan-to — e que nós ain-da sentimos através ain-das palavras da sua declaração —. sobre as"poderosas companhias estran-geiras e os seus processos de
cor-rupção", nós lhe pediríamos,
apenas, que, de animo sereno, lesse os pareceres dos emérito.',
jurisconsultos hontem
publica-dos, nos quaes, como tanto que-ria o sr. procurador especial, à
questão "de meritis" se
apre-senta brilhantemente exposta.
Nesses trabalhos luminosos
encontrará s. s. elementos que
lhe hão de facilitar um
julga-mento melhor,, uma opinião
mais favorável — não ao direito das companhias que é incon-cusso — mas a respeito da noss;i
attitude nesse escandaloso caso,
a qual resultou, justamente, da
certeza em que estamos do que
somos ouvidos por pessoas de
bem, que não podem admittir
que os factos aqui denunciados
— e até hoje não contestados --sejam torcidos conforme as cou-veniencías de meia dúzia de in-dividuos gananciosos.
Outro fosse o juizo que fizesse-mos dos srs. corregedores e por certo não nos abalançariamos a offerecer argumentos irrefutáveis contra pessoas que se haviam abroquelado em alto conceito de probidade administrativa na Com-missão de Correição á custa de "trues" e expedientes de toda a sorte.
Só os insubmissos da moralidade
administrativa podem temer a'
publicidade em torno dos sem,
actos. Por que, pois, não respon-dem os funecionarios visados pela critica, com uma contestação sé-ria, factos contra factos, ponto por ponto, anniquilando os seu;-•aceusadores
perante a opinião pu-blica, por intermédio da imprensa,
que é o patibuulo dos calumnia dores e dos deshonestos ? Ou será que elles não têm interesse em readquirir a confiança dos que o? consideravam, preferindo entrin-cheirar-se por trás do tabique de um inquérito administrativo em vez de virem para o campo raso defender honra e direitos á luz da publicidade ?
Um telegramma do sr.
E. Benes ao sr. Mello
Franco
O dr. Afranio de Mello Franco ministro das Relações Exteriores recebeu do sr. E. Benes, ministro
dos Negócios Estrangeiros da
Tchecoslovaquia, o seguinte tele-gramma, agradecendo o que s. ex lhe enviou, por oceasião de ser as-signado o accordo entre os dois paizes:
"Sensibilizado
pela amável lem-branca; e feliz de ver desenvolve-rem-se as relações entre os nos-sos paizes, apresento-lhe os voto*-mais cordiaes pela prosperidade flo Brasil e rogo-lhe aceitar meus agradecimentos e a expressão do?, meus melhores sentimentos. (a'i E. Benes".
m~^"+9"^-^^'m>~-^ ¦— — -¦¦ r il— »-_- r<-iTijn_--*_rx_r_>jrr_i _i a j.r f .
yy".. *y~
Continua,
Constituinte. intensa, a campanha
pró-(Dos jornaes) Por mais que o bacharel João Neves pinte, Nos seus bellos discursos transcendentes,
O ínal de uma Nação sem Constituinte, Sou partidário franco dos tenentes...
FRA DIAVOLO
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SERVIÇOS TELtiGRAPHICOS
Diano Carioca — Sabbado, 12 dc Dezembro de 1931
DIÁRIO
CARIOCA
Redacçao. administração c pfílcinns: PRAÇA TIRADENTES, 77
Dircctor-Thcsourclro J. B. MAKT1NS GUIMARÃES
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Par», o Brasil: Para o exterior: Anno . 40S00O Anno . . 7lbO0U Kstro, S53000 I uemostro. 40?ojo
que uma parte apenas bastaria — das somma. colossaes maltarata-das em "defesas" que são, afinal, unicamente, "defesas" dos ami-gos tio governo, escolhidos para dirigi 1-as.
ando ©s mysiterios do futuro 11MUNDO DO BOX
Capital,
VENDA AVULSA
100 réis - interior, 200 réis São cobradores autorizados os srs. Lourenço Amaral e J. T. de oar-Vtl 10'
CORRESPONDÊNCIA: Toda a correspondência com va-lorcs ou sobro assumptos que en-tendam com assignaturas rsmes*M do Jornal, publicidade rctrlbu da e outros de Interesso da admln stra-Cão deve ser dirigida ao .crente do "DIÁRIO CARIOCA"
A partir de 1" de jullio fica-ram sem valor os tW*Ç«^«i'-ífi signaturas de cor AMARELLA série C. Só terão valor os ta-lõcs dc côr ROSA série D.
AOS SRS. ASSIGNANTES Afim dc não ser interrompida a remessa de nossa folha, l£™ mandar reformar as suas asslgnatu-ras vencidas.
AVISO
Declaramos que não são mais nossos viajantes os srs. Sefias.-tião Jullo Verno c Augusto Fei-nandes. A GERENCIA. <s__ki ¦— tm-KxaBUxqx*1
Tópicos do
"Diário"
/-«URIOSO APÓSTOLO DA ^ DEMOCRACIANada mais fácil do que se fazer alarde, como nos paizes latinos tanto se vê, de sentimentos ae-mocraticos.
A proporção de pessoas que realmente os nutrem, é sempre muito fraca.
Observe-se, por exemplo, a nossa actualidade, no tocante a isso.
Liberalismo e democracia lo-ram os lemmas por que se bate-ram os revolucionários de 1930.
Não obstante, muitos delles, in-vestidos hoje de autoridade, nao hesitam em adoptar normas e processos que reflectem o seu formidável deslumbramento inte-ríor, deante do que imaginam ser e valer. .,.,_.
Haja vista o caso do official que exerce, agora, o cargo de prefeito de policia em Campinas.
Como já todo o Brasil sabe esse militar considerou-se liumi-lhad. pelo facto de um juiz da-quella cidade haver, de accorcio com um chavão da processoahs-tica, determinado que certos au-tos "baixassem" a repartição que esse militar chefia.
E' o cumulo da susceptibilidade e da... innocencia. E', ao mes-mo tempo, signal de que á verti-gem das alturas não escapam os pretensos democratas radicaes de nossa época, e um indicio de quan-to exerce no mundo a
bem-aven-turada prole dc Calmo.
TTM CAMPEÃO IMPREVISTO U
DO PACIFISMO
Para breve está a concessão do Prêmio Nobel da Paz. E de Oslo informam que na lista dos can-didatos figuram, entre outros, o senhor Herbcrt Hoover e o senhor Mac Donald. '.--.._
A eaflea nomes acaba de juntai-se por iniciativa de um jornal berlinense, ultra - nacionalista, o do ex-imperador da Allemanha, Guilherme II. „f,,„mn A gaveta em questão affiima nun logicamente nquelle monarcha dcsthronado cabe tão cobiçada laureai o, suppondo proval-o es-ma .adoramente, recorda que ao actual exilado de Doorn se devem tres retardamentos da conflagra-o&O curopéa - os que se registra-ram cm 1000, 1904 e 1911.
Não ousamos sorrir de tal pa-recer. Quem sabe que revisões profundas não soffrcrá futura-mente a historia da nossa época ? Dizia Schopenauer que a ironia c o cs.ylo da historia em geral. Ora esse humorismo-nunca se ma-ni festa melhor do que nas mu-danças das altitudes dos historio-graphos para com os suppostos responsáveis pelas grandes colh-soes de povos.
Não terá, é claro, o Prêmio No-bel deste anno, para o principal paladino da paz, quem foi aceusa-do dc haver provocaaceusa-do o conflicto de 1914.
Mas, se tiver a envergadura de um philosopho, aguardará, ate morrer, uma dessas vertiginosas reviravoltas do sentimento huma-no, sempre possiveis...
~~Õ
TEMPO
Previsões para o periodo de- 11 horas de hontem ás 18 horas de
hoje
Districto Federa! e Nictheroy — Tempo : bom, com nebulosidade. Trovoadas locaes. Temperatura: estável á noite e em ascensão de dia Ventos :¦• variáveis frescos.
Estado do Rio de Janeiro — Tempo : bom, com nebulosidade. Trovoadas locaes. A leste passa-rá de instável a bom com nebulo-sidade. Temperatura : estável a noite r em ascensão de dia.
SERVIÇO ESPECIAL PARA O TRAJECTO RODOVIÁRIO
RIO-S.PAULO
Previsões para o periwlo das 18. horas de hontem ás 18 horas dc
hoje
Tempo : bom nublado. Tempe-ratura : estável á noite e em as-censão de dia. Ventos : variáveis frescos.
ACTOS & FACTOS
No Cattete, estiveram hontem, em conferência com o cheíe do Governo Provisório, os srs. José Américo, ministro da Viação, que despachou com s. ex.; Lindo Uo Collor, titular da pas„a do Tia-balho; almirante Protogenes .GUi-marãés, ministro da Marinha; Francisco Campos, ministro da Kducacão, e commandante Ary ¦¦\HLJ-
Também esteve em con-ferencia com o chefe do Gover-no Provisório o sr. Pedro
Emes-yENDER MUITO
Quando se libertará o Brasil econômico, de erros cuja obstina-da pratica reveste, já, o caracter de monomania ?
Vivem os nossos lavradores soo o domínio da seguinte obsessão: vender caro. E, a despeito de ver-dadeiras calamidades produzidas pelos ensaios de valorização ar-tificial, como a suecedida com o café, tem-se a impressão de que os nossos estadistas acabam ado-ptando, em toda a linha, os mo-dos dc ver e as direçtrizes mo-dos produetores.
Um anno decorreu apenas so-bre a implantação de novo regi-me, e, no entanto, bastou para ficar evidenciado que, a tal res-peito, nenhuma transformação real se operou no paiz.
Em verdade, o Governo Provi-sorio, apesar de muitas vezes ter condemnado os erros da política do café, não somente se mostra disposto' a seguil-a, como eviclen-cia o propósito de applieal-a a ou-tros artigos ,o que imprime a essa incoerência o feitio de um formi-davel escândalo.
Vender caro: eis o lemma, o "leit-motif", a preoecupação
ab-sorvénté. , ,
Entretanto, de vender barato para vender muito é que se de-vera unicamente cogitar.
Presente-se, adivinha-se logo a objecção dos íetichistas do ídolo que cm definitivo, se fundiu na cidade de Taubaté, em data lu-tuosa para a economia nacional. Como se hão de vender barato — perguntarão elles — utilidades, cujo custo de produeção e ele-vado ?
Mas, a elevação desse cus.o corre por conta, pura e simples mente, da organização' defeituosa. rotineira, claudicante, das diver-sas industrias agrárias, entre nos. Modifique-se, meihore-sc, de ac-cordo com os assombrosos pro-grossos da agronomia moderna. Issa organização, e duplo resulta-, do auspicioso immediatamente se registrará, passando-se a produ-zií mais barato e melhor, isto e, préerichendò-se os dois ptíaoipaes requisitos para a conquista aos
_yip_ l __tX_4 .
Dir-se-á e com acerto, que isso depende cm parte do Estado. Nao h_ discutil-o, e para isso foi que se teve a idéa de criar um de-parlamento do serviço publico at Slidade circumscr pta ac -paro e protecçao do traoaino ^ícórrcspoiidc o Ministério
to, interventor no Districto Fe-c]era1,
o sr. Bishlro Nuida, en-carregado dos negoctos do Japão, .teve hontem no palácio do oai-'¦"etc
onda foi deixar as suas des-ídida. ao chefe do Gov«no provisório, por estar de pai tida pa___°Nolpalldó do Cattete fo-ram, hontem, recebidos em au-Sia pelo chefe do Governo Provisório os srs. Serafim Vai-fandro Hernani Coelho Duarte Raul de Araújo Maia. ^Pinhel ro da Fonseca e William Maz-soco directores da Associação Commercial do Rio de janeiro, aue fizeram enrega ¦&&£$*
(Continuação clã 1" pagina). as suas portas por falta dc re-cursos monetários".
Fallecimcntos
12 — "Luto na Armada, no Exercito e no clero. Morrerá uma figura proeminente da jus-tica e outra da polijus-tica com bas-tanto desprazer c saudades para o povo. Morrerá tombem um nrande espirita. Morte de ura ministro e de dois presidentes de Estado, tres generaes e dois ai-mirantes", sendo um destes re-pentinamente.
Furiosas resacas
13 — Furiosas resacas causa-rão elevados prejuízos. O mar retomará parte das suas torras óecupadas pela ganância e peia imprudência do homem.
14 — Chuvas intensas no Dis-tricto Federal e no norte, cau--ando inundações, mortes e de-sastres; além de outras pessoas, nella perecerão tres crianças. O frio será intenso prejudicando a lavoura; o calor será forte e ex-temporaneo, havendo vários ca-sos de insolação. Chuvas de pe-dra. muita geada no Paraná, S Paulo e Rio Grande do Sul. a. chuvas no norte occaslona-rão o transbordamento dos rios Amazonas, Vasa Barris, S. Fran-cisco, Cotingulba e o Parahyba, em Minas Geraes.
15 _ Forte campanha aa po-licia contra o falso espiritismo e as cartomantes. Guerra con-tra os jogos do azar. Tentativa de campanha contra o álcool.
Püpatos e escândalos
16..i- pugilato entre uma fe-minista e um advogado; esçan-dalos nas repartições publicas entre funecionarios e funeciona-"dÒÍs
grandes desastres na E _ c do Brasil, havendo muitos
mortos e feridos Desastre na estrada de ferro de um dos
Es-^i?0--
as fallencias e concorda-tas diminuirão. Os suicídios multiplicar-se-ão causando pa vor á população. Suicídio de uma artista e de um medico por causa de amores...
Um militar
18 — Um militar causará grandes desgostos não só no seio de sua classe, como também no da po-litica. O nome de um antigo re-volucionario será causa de grandes commentarios. Um asceta íaia convergir para si os olhos do po-vo brasileiro. .. 19 _ "O nosso stock de café augmentará". Este anno haverá uma excellente exportação. Uma grande invenção brasileira assom-brará o mundo.
20 — "Ligeiro abalroamento de uma das barcas da Cantareira"; Só de naufrágio. Dois navios da navegação brasileira soffrerão-ligeiros accidentes.
Desastres cie aviação
21 _ Vários desastres na nossa aviação, entre os quaes muitos se-rão lutuosos. Morrese-rão dois avia.-dores em evidencia, tendo cada um como inicial em seus nomes aTletras D ou M. Desastre em um avião de passageiros havenao mortes. Além das letras indica-das, soffrerão desastres vários aviadores, cujos nomes terão as seguintes iniciaes: G, u e y, <u Kims perecerão. Grande activida-I na aviação, quer militar^ q^ civil. Tentativa e fracasso de um claid mundial. A aviação nacional será reorganizada, tomando um grande impulso, no emtanto, se
samento brilhará por toda parte, recebendo adhesões de grande va-lor social e espiritualista. Tenta-rão nublar a sua obra, mas, nada conseguirão. Os traidores serão desmascarados
CQRRÈgPpNDENMl ESPECIAES
lif
Uma victoria de Lou
Bronillard
NOVA YORK, 11 (Havas) — ... n«?0i«.,_ „ ._•! _nP _ em ai- Communicam de Cleveland que o .,.:-Desfalque e pi isoesem ai icampefio mundial scml-médio, Lou Brouillard, venceu, ali, Pitt Pirone, desqualificado no sétimo rcund. O match, no qual não estava em disputa o titulo era em 10 rounds.
POR KNOCK-OUT TECHNICO | O peso pesado Ernie Scahrf batera, por sua vez, no terceiro gumas repartições publicas; sup- ^mp™°
fosta íallcncia de dois bancos. Chantage do um jornal. A feitl-çarla no Brasil movimenta-se. Chuvas dc pedras e principio de tremor de terra; noticia, lnfunda-da do apparecimento de um vul-cão. Um menino dc 8 a 13 annos fará prodígios.
iá Fazenda l.Éj.1
Dois pesos e duas medidas
33 — A imprensa modificará a sua attitude em
hodierna... Alguns jornalistas soffrerão acções vexatórias. Em-materialmente, ou incêndio de um jornal. Uma religião e seus reli-giosos desmascarados, devido a sua acção aproveitadista.
ia moctinca a knock-out technico, o face
£__S_ seu antagonista seu antagonista Francis Sum-mers.
CARDUNS CARDO
TÔNICO DO CORAÇÃO
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E' NECESSÁRIA A REVOGAÇÃO DO
DECRE-TO QUE ESTABELECEU O SYSTEMA DE
TA-RIFAS MÍNIMAS PARA OS SEGUROS
Como todos devem estar lem-brados, foi entregue, em novembro do anno passado, r.o ministro da fazenda, um memorial assignado por mil e duzentos commerciante.., Industriaes e proprietários, solicl-tando a revogação do absurdo de-creto 5-470, de 6 de junho de 1928, que estabeleceu o systema de tari-fas minimas para os seguros.
Como fartamente demonstrou o DIÁRIO CARIOCA, tal decreto, para beneficiar meia dúzia de po-liticos do regimen deposto, coilo-cou fora de concurroncia as com-panhias honestas, triplicando a .;arifa anteriormente cobrada.
Estabeleceu-se, dessa maneira, um odioso monopólio para alguns protegidos, com prejuízo incaleu-lavei "para os nossos commercian-tes e industriaes, já asphyxlados pelos impostos.
Decorridos já treze mezes e n&o tendo sido despachado aqueile memorial, para elle chamamos a attenção do illustre titular da pasta da Fazenda, sr. Oswaldo Aranha, que, certamente, exami-nará o assumpto com o carinho que merace, procurando, como sempre, fazer justiça.
Eis o memorial a que nos refe-rimos:
"Exmo. sr. ministro da Fazen-da.
Os advogados Trajano de Ml-renda Valverde, Ignacio Veríssimo de Mello e Domingos Teixeira da Oünlia Louzada, por indicação de, numerosos proprietários, commer-oiaritbb o,ÍhLlusti'i"ggS73.bai-to assl-'
vocadas por factores diversos, en-toe os quaes prima a concur-rencia commercial (Vivante, II Cod. Di Comm. Oommentado, Vol. VII).
A immobilldade das tarifas, portanto, é um attentado contra a conectividade, que assume par-ticular gravidade no caso, por haver a lei prohibido qualquer transacção aquém das taxas mi-nimas, saindo do mesmo em ita-lico, no "Diário Official", de 0 de agosto de 1929, que publicou as tarifas approvadas, o seguin-te passo, entre as "Disposições Goraes", para bem chamar a attenção do publico:
"A concessão ao segurado de descontos não previstos na Tarifa, bônus, commissão, ou qualquer outra vantagem so-bre o prêmio total ou soso-bre a taxa, quer directa, quer in-directamente, não será per-mittido, eqüivalendo a mes-ma a umes-ma reducção de taxa e constituindo quebra de Ta-rifa."
Essas taxas reunidas são, por outro lado, de tal modo eleva-das, que, apesar de tão impera-itiva ordem, algumas companhias tentaram facilitar o pagamento de prêmios inferiores aos das ta-rifas, o que motivou, da parte do sr. inspector de seguros, a se-guinte circular, publicada no "Diário Official" do 13 de íeve-reiro deste anno:
»Tendo
.chegado;ao. conter;
Mais um acto censurável da parte do director da Fazenda, logo nos primeiros dias da administra-ção do dr. Pedro Ernesto: — a transferencia do chefe de secção da Directoria da Fazenda, dr. Taciano Accioli Monteiro, para a blbliothcca Municipal — facto que teve inicio em 7 de outubro o ter-minou em 14 cio mesmo mez, com o devido protesto do funecionario prejudicado.
O dr. Taciano Accioli é fim-ccionario publico com mais de 38 annos de serviços, varias commis-sões importantes e sem observa-ção alguma ou nota que o des-abone e com a sua transferencia forçada — e ameaçada até do de-missão summaria pelo sr. Ma-néco — o homem que applaudia o applaude o decaído governo do sr. Washington Luis — fica pre-judlcado em suas aspirações jus-tas e merecidas de sub-director da Directoria da Fazenda, cargo que não existe na bibliotheca.
O dr. Accioli, já foi preterido duas vezes em sua promoção a sub-director da Directoria da Fa-zendn, e dessas injustiças recla-mou perante o executivo e legisla-tivo da. cidade, onde dorme um projecto de lei reconhecendo-lhe o direito que lhe assiste o que, o director que tem nas suas mãos os destinos da Fazenda Munici-pai, pela terceira vez ainda quer burlar com transferencias e pro-postas de promoções in justifica-veis.
Na tal longa proposta de pro-moções de 24 de outubro
proxi-mo passado, o "competente dl-rector Manéco, declarou que nao poderia encaixar na Directoria da Fazenda um funecionario em dis-ponibilidade, posteriormente ad-dido, poi-que não tinha o treina-mento necessário para os serviços especializados da Fazenda, e, en-tretanto, transferiu para a biblio-theca o dr. Accioli, cujos serviços na Directoria da Fazenda eram valiosos e que nada entendia cie bibliotheca. i - . o Não satisfeito em ter fechado a vaca existente na bibliotheca mu-nicipal, o sr. Manéco ainda amea-aa de fazer o mesmo nas demais Directorias, pois, conforme vimos acima na famosa proposta de promoções na Directoria de Fa-zenda, o sr. Manéco declara que só preencherá a vaga deixada pelo dr Taciano Accioli depois de aproveitado o sr. Olegario Chagas que é o chefe de secção que se acha addido.
A justiça usada pelo já "ceio-bre director de Fazenda" e de dois ilesos o de tlua» mcrtídns, porquanto os íunecionarios de ou-trás Directorias não se adaptam á Fazenda, mas os da Fazenda servem para tapar as vagas nas
demais. .
Será, por acaso, privilegio dos f, :- .rj0S da Fazenda as pro-moções aos cargas superiores ?
Este é um dos casos que o dr. Pedro Ernesto precisa conhecer de perto, ao tempo em que co-nhecerá também a justiça caolha do "precioso" director de Fa-zenda.
CLUBS & FOLIÕES
O CARNAVAL DE 1932 E A NOSSA SYIWP""""^ PELAS TB/JÜR GLORIOSAS
SOCIE-DADES: DEMOCRATI-COS, FENIANOS E TENENTES
O DIÁRIO CARIOCA sempre olhou com a maior e mais jus-ta sympathia os tres grandes clubs desta capital: Democráticos, Fenianos e Tenentes do Diabo, cuj3.s existências constituem um verdadeiro patrimônio da alma carioca e aos quaes o nosso povo deve as alegrias mais fortes dos folguedos carnavalescos. Seria in-justiça negar-lhes o nosso apoio, porque seria negar também nosso
.esttaulo-á-_.imifestoçãa----de.-e£_-nano
inte
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morial referente ao problema do c. fé contendo as questões dis-cutidas e approvadas em.diversas Sés daquella associação e concernentes ao assumpto.
PEQUENAS
NOTICIAS
DO EXTERIOR
(SERVIÇO DA AGENCIA H VAS E CORR -ONDENCIAESPECIAL)
Foi apresentado ao Parlamento da Rumanla, um projecto referen-te & emissão fie dois bilhões de "lei" em obrigações industriaes.
O sr. Alcalá Zamora to-mou posse do cargo de presidente da Hespanha. .
Falleceu, em Antuérpia, o conhecido poeta belga Max Eis-]™!XE:
Demittiu-se, collectiva-mente, o gabinete japonez.
. continua inalterada a si-tuação criada em Saragoça, na Hespanha, pela parede geral dos trabalhadores. .,•,.,-..-.. . Na sua mensagem dirigida ao Congresso, o presidente Her-bert Hooyer desapprovou, mais uma vez, a annullação das dividas de guerra. ¦¦ . -'
'.-. Realizar-se-ao, em abril do a_no vindouro, as eleições geraes á Câmara dos Deputados e ao Se-nado da Grécia.
Fo ilançado ao mar o novo submarino italiano "Medusa,".
Num match realizado em Cleveland, o pugilista Lou Bro-nillard venceu o seu adversário Pitt Pirone.
CLINICA UROLOGICA
Membro da Sociedade de Urolo-gia da Allemanha, ex-assistentr dos professores Lichtcmberg. LeWin Joseph, de Berlim, c Has-linitrr, dc Vienna, Especialista cm doenças dos Rins, Bexiga, Pros^a-ta Urethra, Vias Urinarias, Docn-c"a's de Senhoras, Micções frequen-Diathermia. Ultra -.«n.fSo. v tes e dolorosas
da Agricultura a essas IntençoHk f,o___ _ fle Modificassem-no, enllo,.^canaojsob^ ^ .. ,_
não houver medidas salutares a sua administração technica sof-frerá um grande golpe no ensino technico e na pratica peio^aíasr tamento dos seus melhores pio-fessores... , .
Suicídios ongmaes
22 — Originalidade em suici-dios. Os roubos triplicar-se-ao em virtude da grande quantidade dos «sem trabalho". Um falsário ori-gl_f1'_ «Teremos o reappareci-mento de uma febre que ceifará muitas vidas". A varíola em act -vldade. Brilhante acção da Saude publica e do Corpo de Bombei-102_
_ Surgirão algumas reíor-mas progressivas nas classes ar-madas. A classe dos pequenos servidores do Exercito será hgei-ramente beneficiada. Crise lecti-va simulando economia Novos typos de aviões para o Exeicito e. para a Armada. Progresso do correio aéreo e infelicidade de ai-guns pilotos... Um Zeppelin. m-cendiado. O Brasil muito sentirá.
O communismo uo
cartaz
25 — O communismo fará os governos movimentarem-se, o aual se transformará mais tarde no local dos povos vindouros. Varias prisões de communistas brasileiros. Um homem tentara a sua restauração no Brasil.
26 — Nova revolução brasileira, para restaurar o regime da antiga politica, sem o qual o Brasil _ a-mais pagará as suas dividas. Esta revolução será apoiada pelas classes armadas. Tentativa de se-paratividade de alguns Estados, que, serão auxiliados por paizes fronteiriços. Contra elles levan-tar-se-á uma forte opposiçao.
27 — Um ministro demissionário provocará aborrecimentos, em conseqüência da politica do seu Estado. O governo da União es-tara para normalizar a situação politica de alguns Estados, levan-tando-se uma forte opposiçao contra a sua gestão.
28 Uma senhora da alta so-ciedade ultrajada em sua honra assassinará o esposo. Outra se-nhora tentará matar a amante do seu marido.
Um idolo do povo
29 — Dentro em breve assisti-remos o triumpho na politica, de um moço moreno. O seu nome, para o futuro, será o idolo do po-vo brasileiro.
30 — O Brasil será victorioso no 1
campeonato internacional de foot-bali; a nossa diplomacia tor-nal-o-á mais operoso entre as
gnados com grandes interesses ra dicados no Distiíicto Federal, vêem apresentar a v. ex., tendo em vis-ba o que dispõem os arts. 1", 4o e 7U, do decr. 19.298, de 11 de novembro de 1930, do Governo Provisório, reclamação contra a persistência do decr. 5.470, de 6 de junho de 1928, que inaugurou o regimen das taxa. minimas para os seguros contra cs riscos de fo-íío a conseqüente acto do ministro da Fazenda, de 26 de junho de 1929, que approvou as tarifas pa-ra a applicação do referido decre-to no "Districdecre-to Federal" e nas -idades de "Nictheroy" e "Petro-oolis", por contravirem ambos "ao interesse publico e á moralidade ámittlstrative.,' (decr. cit. 19.398, art. 7o).
. E' o que, facilmente, se demons-trará.
A intervenção do Estado nos ne-gccios de seguro, terrestres e
ma-cimento desta Inspectoria que algumas companhias de se-guros têm concedido, em va-rios casos, commissões su-periores ao limite permittido pela tarifa em vigor, fazendo lançameaito de taes despesas em verbas outras que não a própria, devo advertir qus t a 1 procedimento constitue uma transgressão do que estabelece o decreto 5.470, de 1928, e que esta Inspectoria logo que seja presente qual-quer denuncia ver-se-á con-strangida a proceder ao ne-.ce-sario processo administra-tivo..."
Mas, exmo. sr. ministro, nesse mesmo numero do "Districto Fe-deral", verificará v. ex. o.
ex-cepção odiosa que se criou para Sao.poi meia dúzia de propriedades si- —1"1^-tuadas neste Districto Federal,
pois o sr. inspector de seguros
L.. í__i i.__._._ ____*__. ____f
ritimos, ainda hoje se justifica de attendsndo ás reclamações dos modo unilateral, isto é, pela
ne-cessidade de proteger os interesses o direitos dos segurados. Essa idea directrlz, universal, jamais, des-mentida, atravez de nossa legis-lação, repetidamente lembrada em vários dispositivas do decreto 14.593, de 31 de dezembro de 1920, em vigor, sossobrou com o espe-ciúSÓ decreto 5.470, de 6 de junho de 1928, que, para amparar com-panhias seguradoras, fora de concurrencla no mercado , esta-beleceu o systema de "tarifas le-p-aes minimas". E, para afastar qualquer desvio, que, em beneficio dos segurados, e aquém das taxas minimas, pudessem as empresas mais fortes, e superiormente orga
respectivo, proprietários, resolveu suavisar as tarifas de seguro con-tra fogo, com relação aos seguin-tes immoveis: edificio de A Noite", á praça Mauá; edifício "Guinle", á avenida Rio Bran-co, 137; "Itajubá Hotel", á rua Álvaro Alvim; edificio "Brasil , á rua Álvaro Alvim; edifício "Caetano Segreto", á praça Ti-radentes; "Palácio Hotel" e an-nexos, á rua Visconde do Rio Branco; "Hotel Gloria", á praia do Russell; "Copacabana Palace Hotel", á avenida Atlântica; e, bem assim, todos os edifícios no-vos do chamado "Quarteirão
Ser-rador".
Não se discute a equidade da
thusiasmo da população desta ei-dade, que sempre applaudiu os tres referidos clubs com legitimo orculho, pelo admirável senso ar-tistico e pelo requintado luxo com que elles tenham sabido se apre-sentar á admiração publica, hon-rando as gloriosas tradições do nosso carnaval externo.
Por isso mesmo, o DIÁRIO CA-RIOCA não pode concordar com os termos e as expressões do seu chronista carnavalesco, que se as-signa com o pseudonymo de "Va-galume" e sob o titulo "O Mendi-go Moral", a respeito do auxilio official que os três grandes clubs pleiteairi imito aos poderes publi-cos. Aqueile chronista é muito relacionado nos meios cariw/ales-cos desta capital e assim muito co-nhecido por aqueile pseudonymo. de sua pessoal respon-.àbilidade os conceitos emittidos i-i a edição de 5 deste mez, sobre as tradicionaes e gloriosas socie-dedes que são a alma e a vida do carnaval carioca.
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A Commissão Commemoradora do 4° centenário de São Vicen-te, está em grande actividade, ul-timando os preparativos para a grandiosa commemoração nacio-nal, que terá logar a 22 de janei-ro, nx histórica praia de São
Vi-CGlltG.
Já foram iniciados os trabalhos de adaptação do recinto dos fes-tejos, que compreende uma su-perficie de 20.000 metros qua-drado3 de terreno, junto á praia, defronto ás águas outr'ora singra-d,r. pelos audazes navegadores Américo Vespucci e o almirante lusitano Martinr
Affonso-^de-Seu--za, fundador de São Vicente. No recinto dos festejos haverá um completo serviço de bars, res-taurantes, jogos, um grandioso parque de diversões com carrous-seis, etc, ets.
O Commissariado da Exposição em São Vicente, cuj,% propagan- . da se extende aos principaes pon-tos do paiz, já tem installadas as seguintes agencias: em São Vi-cente, á rua Martim Affonso es-ouina da rua Jacob Emmerick; em Santos, á rua d. Pedro II, 54, sa-Ia 110; e, em São Paulo, á rua São Bento, 36, 2o andar phone 2-1927.
No recinto da exposição pro-moverão também os expositores, directamente ou por intermédio do Commissariado, a venda de seus nroduetos.
A Empresa Brasll-Turismo, está organizando um plano de serviço
touristico.
^gre
na dâatasRo~e efficiencia dos seus soo.. « "e_3_Òs
uma parte - am, por-1 l-W>-.
16 horas. Phone : j grandes e pequenas potências.
tuir a pena ..
ao dobro na reincidência, para "qualquer companhia que mfrin-glr as tarifas propostas pela m:.iorla das companhias e devida-mente apnrovadas", cassando-lhes a carta patente no caso de tercei-ra inftercei-racção, mas, foi além fui-minando çom a nullidade, "para Iodos os effeitos, "a apólice emit-tida com o prêmio inferior a ta-rifa legal" (artigos 3o a 4o).
Eis, exmo, sr. ministro, o pro-prio Estado a organizar o trust
dos seguros, a união das compa-nhias seguradoras "para evitar a concurrencia", afim de tornai mais rendosa a industria, em de-trimento da conectividade.
Não se adoptou o regimen da "tarifa máxima", que, nos servi-ços públicos explorados por meio de concessões a empresas parto-culares, "serve para tutelar os interesses collectivos" (A._ l->e Valdes, Trat. di Dir. Amnistra-tivi lt., direcção Orlando, vol. VI, parte 1", pag. 615), mas, e em não se tratando como nao se tra-ta de serviço publico, o que aggra-va sobremaneira o critério seguido nelo decreto, a "tarifa minima?, que "unicamente visa a protecçao de interesses particulares".
Ora, a industria dos seguros ainda é haje disciplinada pelas regras de direito privado, nao intervindo o Estado senão para determinar o modo de organiza-cão das empresas, que a expio-ram, fiscalizar o seu funeciona-mento dentro das normas que procuram garantir cs direitos dos terceiros, com os quaes elles vao contratar. Todas as medidas le-gaes não têm por objectivo im-mediato das empresas partícula-res n.guradoras, e, sim, os mte-resses do publico.
As tarifas dos prêmios das _ompánliias, mormente nos segu-ros contra os riscos de fogo,
sof-nizadas, offerecer ao publico, nao, --- --.-.__, . desigualdade ne contentou o
^.^
de 5.0005,000, eievaaa
^ __ qu_ estiverem em ldenti cas condições dos exceptuados.
Ella vem, porém, patantear a necessidade, absolutamente de or-dem publica, de se revogar o de-creto 5.470, de 6 de junho dc 1928, que fere interesses da col-lectividade,
Os peticionarios esperam, exmo. sr. ministro, que v. ex., conside-rando os argumentos synthetica-mente adduzidos, para não tomar grando tempo a v. ex., e conven-cido da sua procedência, se di-gne de levar ao conhecimento do muito nobre e illustre chefe do Governo Provisório, a necessida-de da medida lembrada, cuja salicção obedecerá aos reclamos da mais rigorosa
JUSTIÇA."
o a
cadeira na
rua de São Pedro
O Jornalista Paulo Demasthfins, velu-nos declarar, quo, a raper-cussão do facto alludldo, a _ue a Imprensa, tem noticiado, em rela-ção a aggressão que soílreu, o quo a "A Pátria", dl^so ser do calxeiro ao botequim, onde se verificou o mel-dente íi rua Súo Pedro n. 305, nao 6 real' pois o facto decorreu em vir-tude de se achar ali, um conhecido do jornalista Paulo Penosthons, que em completo estado de embriague!* lançou mfio de uma cadeira, ferindo o jornallBta.A policia do 4° districto, represen. tada na pessoa do commissario PI-nhclro tomou, acto -continuo, co-nheclmento do íacto, abrindo querlto.
A constntcção do porto
de Torres
O chefe do Governo Provisório recebeu telegramrna do intendeu-te do municipio de Torres, sr. Krase Borges, congratulando _e com s. ex. pelo motivo da publi-ção do edital de concurrencia pa-ra a. abertupa-ra do porto daquelle municipio riograndense do sul.
ln-RUA DA
AMARGURA
• r*A Exposição
mercial de
Prazer selvagem
31 — A Ordem Mystica do Pen- irem frutuações constantes,
pro-A's autoridades poiiciaes do 20° districto, d. Eudoxia Parreiras Guimarães, residente á rua Lati-rindo Filho, 197, queixou-se hon-tem contra o seu esposo, Walde-mar Moreira GuiWalde-marães.
D. Eudoxia, que apresentava um ferimento contuso no frontal, declarou que seu esposo, ao le-vantar-se, discutiu com ella por um motivo futil. passando a ag-gredil-a a socos e ponta-pés e por ultimo, produzindolhe aqueile fe-rimento na testa, com uma es-cova.
Um seu cunhado, o menor Whilney, indo soccorrel-a, teve como resultado, um braço parti-do por Waldemar.
O commissario ali de serviço, após ouvir a infeliz senhora e re-gistrar a queixa apresentada, pe-diu os soecorros da Assistência para as duas victimas de Walde-mar. A respeito encontra-se ins-taurado o competente inquérito.
A secção brasileira
obteve grande êxito
Obteve o maior êxito a secção brasileira na Exposição Commer-ciai de Cardiff, na qual foi fei-ta especial propaganda do café e mate, que eram offerecidos, em chicaras, aos visitantes. Graças ¦aos esforços do sr. E. P. Bordi-ni, nosso cônsul nessa cidade britannica, a secção brasileira conseguiu reunir numerosas amostras de productos nacionaes, particularmente de frutas. Foi installada ali uma machina de café expresso, que permittia não só preparar a bebida para o con-sumo dos visitantes, bem assim indicar a estes o meio de usal-o. Durante a exposião, a bandeira nacional foi hasteada no mastro da City Hall de Cardiff. Houve também uma noite brasileira, na estação de Meadcasting dessa ei-dade.
Conseguiu ainda o cônsul Bor-dini que a lingua portugueza Tosse incluída ,desde setembro ul-timo, nos cui.os do "Techleal College", de Cardiff, encarre-gando-se de lecionai-a o sr Acacio Ferreira des Santos. Na secção brasileira de exposição.! havia um grande cartaz, onde sei dizia que 56 milhões de pessoas-falam portuguez e aconselhava j que para negociar com elles de-veriam fazer o curso da nossa I lingua no "Technical College".!
Eu vinha hontem pela Avenida, com o ??ieit velho camarada Eus-tergio Wanãeriey, poeta e autor theatral, quando fui abordado vio-lentamente pelo Mario Nunes, cri-tico.
Terra ãe Senna, você é um cretino!
Cahi das nuvens! Mario Nunes, um bello espírito, meu amigo, in-sullar-me, assim, cm plena via publica!
Cretino, sim, insistiu o Ma-rio.
Pois, então, nós estamos lá no Theatro Margarida Max, com um grande SlíòdflSSOJ o maior suecesso verificado na Piedade e uocê nâo nos deu a honra ainda de uma vi-sita! E' inqualificável, "seu"
Ter-ra, inqualificável. E mudando ãe tôm:
Tem paciência, Terra amigo, mas você tem que ir lá na
proxi-ma quinta-feira.
Temos um bonde especial...
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1
*MÍ
Despéãiu-se, afinal, o Mario Nunes. E quando o brilhante cri-tico theatral âo "Jornal ão Bra-sil", jà ia pela altura ãa rua da Assembléa, o Eustorgio tomou a palavra:
Terra, você pretende Ir mes-mo á Piedade?
Pretendo, sim. Porque, afi-nal, eu gosto ão Mário e elle tem sido tão gentil...
Então, aceite um conselho de amigo: não pause dc quinta-feira.
Ora, essa! E ?•¦>• que? Porque, para a primeira visi-ta cIIms offcrcteih automóveis á imprensa. Depois, auto-omnibus, ¦ agora é bonde.,.
Se voce demorar muito, acalia-rá indo.,, de carrinho de mão
TERRA DE SENNA