- o Modelo Reduzido: ver anexo n.º 10, da Portaria anteriormente referida, e;
- o Modelo Reduzido para as Microentidades: ver P n.º 104/2011, de 14/03(21) – Anexo para Microentidades.
2 MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
2-1 Obrigatoriedade, dispensa e exclusão de Consolidação de Contas Recorde-se que os modelos de demonstrações financeiras podem ser apresentados quer como uma demonstração financeira individual, quer como uma demonstração financeira consolidada, ou seja, demonstração financeira de um grupo apresentada como a de uma única entidade eco-nómica.
A obrigatoriedade da elaboração de contas consolidadas aplica-se a várias entidades, de acordo com o art.º 6.º do DL n.º 158/2009, de 13/07(22).
Assim, de acordo com referido artigo, tem-se: «Qualquer empresa mãe sujeita ao direito nacional é obrigada a elaborar demonstrações financeiras consolidadas do grupo constituído por ela própria e por todas as subsidi-árias, sobre as quais:
a) Independentemente da titularidade do capital, se verifi que que em alternativa:
– possa exercer, ou exerça efetivamente infl uência dominante ou controlo(23);
– exerça a gestão como se as duas constituíssem uma única entidade
(21) Ref. JusNet 412/2011 (22) Ref. JusNet 1393/2009
(23) Controlo: é o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade ou
de uma atividade económica, a fim de obter benefícios da mesma. Para avaliar se uma entidade tem o controlo, analisar o parágrafo 9 da NCRF 14- concentrações de atividades empresariais.
b) Sendo titular de capital, quando ocorra uma das seguintes situa-ções:
– tenha a maioria dos direitos de voto exceto se for demonstra-do que esses direitos não conferem o controlo;
– tenha o direito de designar ou de destituir a maioria dos titu-lares dos órgãos de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas fi nanceiras e operacionais dessa entidade; - exerça uma infl uência dominante sobre uma entidade, por
força de um contrato celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato social desta;
- detenha pelo menos 20% dos direitos de voto e a maioria dos titulares dos órgãos de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas fi nanceiras e operacionais dessa entida-de, que tenham estado em funções durante o exercício a que se reportam as demonstrações fi nanceiras consolidadas, bem como no exercício precedente e até ao momento em que estas sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente desig-nados como consequência do exercício dos seus direitos de voto;
– disponha, por si só ou por força de um acordo com outros titulares do capital desta entidade, de maioria dos direitos de voto dos titulares do capital da mesma.»
Para maior desenvolvimento ver n.os 2, 3 e 4 do art.º 6.º, do diploma
O que anteriormente foi dito pode esquematizar-se do modo seguinte:
Consolidada É titular de capital?
Consolidada Tem a maioria dos direitos de voto?
Exerce influência dominante de controlo?
Pode designar ou destituir o órgão de gestão?
Tem influência dominante?
Tem 20% dos direitos de voto e maioria dos titulares dos órgãos
de gestão?
Tem maioria dos votos (acordo com outros titulares?)
Exerce a gestão nas duas entidades como se de uma se tratasse? Não Consolida não não não não não não não sim não sim sim sim sim sim sim sim Empresa-mãe
Quanto à dispensa de elaboração de contas consolidadas, uma empresa mãe (entidade que detém uma ou mais subsidiárias(24), de acordo com o
art.º 7.º do Decreto-Lei anteriormente referido), fica dispensada de elaborar as demonstrações financeiras consolidadas quando, na data do seu balan-ço, o conjunto de entidades a consolidar, com base nas últimas contas anuais aprovadas, não ultrapasse dois dos três limites a seguir indicados:
a) Total do balanço: 7.500.000 €;
b) Total das vendas líquidas e outros rendimentos: 15.000.000 €;
(24) Para uma entidade ser considerada como subsidiária é necessário que a empresa mãe
c) Número de trabalhadores empregados em média durante o exer-cício: 250.
O n.º 2 do art.º 7.º acrescenta que a dispensa da obrigação de elaborar contas consolidadas só ocorre quando dois dos limites definidos no núme-ro anterior se verifiquem durante dois exercícios consecutivos.
Também o n.º 3 refere, não obstante o disposto nos n.os 1 e 2 (todos do
art.º 7 do DL n.º 158/2009, de 13/07), que é ainda dispensada da obri-gação de elaborar contas consolidadas qualquer empresa mãe que seja também uma subsidiária, quando a empresa mãe esteja subordinada à legislação de um Estado membro da União Europeia e;
a) Seja titular de todas as partes de capital da entidade dispensada, não sendo tidas em consideração as partes de capital desta entidade detidas por membro dos seus órgãos de administração, de direção, de gerência ou de fi scalização, por força de uma obrigação legal ou de cláusulas do contrato da sociedade; ou
b) Detenha 90%, ou mais, das partes de capital da entidade dispensa-da dispensa-da obrigação e os restantes titulares de capital desta entidispensa-dade tenham aprovado a dispensa.
Para concluirmos as questões relacionadas com a consolidação de con-tas, refira-se que o art.º 8.º do Decreto-Lei em análise refere o seguinte:
«1 - Uma entidade pode ser excluída da consolidação quando não seja materialmente relevante para a realização do objetivo de as demonstrações financeiras darem uma imagem verdadeira e apropriada da posição finan-ceira do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa do conjunto das entidades compreendidas na consolidação;
2 - Quando duas ou mais entidades estejam nas circunstâncias referidas no número anterior, mas sejam, no seu conjunto, materialmente relevantes para o mesmo objetivo devem ser incluídas na consolidação;
3 - Uma entidade pode também ser excluída da consolidação sempre que:
a) Restrições severas e duradouras prejudiquem substancial-mente o exercício pela empresa mãe dos seus direitos sobre o património ou a gestão dessa entidade;
b) As partes do capital desta entidade tenham sido adquiri-das exclusivamente tendo em vista a sua cessão posterior, e enquanto se mantenham classifi cadas como detidas para ven-da.
4 - Uma subsidiária não é excluída da consolidação pelo simples facto de as suas atividades empresariais serem dissemelhantes antes das ativida-des das outras entidaativida-des do grupo;
5 - O disposto nos números anteriores não se aplica quando as demons-trações financeiras consolidadas sejam preparadas, de acordo com as nor-mas internacionais de contabilidade adotadas pela UE.»
2-2 Métodos de Consolidação de Contas
No que respeita aos métodos a utilizar na consolidação de contas, temos, consoante as diferentes situações, os seguintes:
- método da consolidação integral (ou da consolidação global); - método da consolidação proporcional;
- método da equivalência patrimonial.
Método da consolidação integral (ou da consolidação global): de acordo com este método, as contas das empresas subsidiárias (filiais) são consideradas como sendo uma extensão das da empresa mãe. A participa-ção da empresa mãe nas subsidiárias é substituída, rubrica a rubrica, nas demonstrações financeiras (no balanço e na demonstração dos resultados) pelos ativos, passivos, rendimentos e ganhos e gastos e perdas. Os interes-ses minoritários são apresentados em rubricas próprias.
Método da consolidação proporcional: é um processo de contabiliza-ção em que a parte de um empreendedor em cada um dos ativos, passivos,