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Sintonia do controle de configuração de robôs móveis multiarticulados via algoritmo genético

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Academic year: 2021

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(1)´ UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO ´ CENTRO TECNOLOGICO ´ ˜ EM ENGENHARIA ELETRICA ´ PROGRAMA DE POS-GRADUAC ¸ AO. DIEGO NUNES BERTOLANI. ˜ DE SINTONIA DO CONTROLE DE CONFIGURAC ¸ AO ˆ MOVEIS ´ ROBOS MULTIARTICULADOS VIA ALGORITMO ´ GENETICO. ´ VITORIA - ES 2013.

(2) DIEGO NUNES BERTOLANI. ˜ DE SINTONIA DO CONTROLE DE CONFIGURAC ¸ AO ˆ MOVEIS ´ ROBOS MULTIARTICULADOS VIA ALGORITMO ´ GENETICO. Dissertac¸a˜ o apresentada ao Programa de P´os-Graduac¸a˜ o em Engenharia El´etrica do Centro Tecnol´ogico da Universidade Federal do Esp´ırito Santo, como requisito parcial para obtenc¸a˜ o do Grau de Mestre em Engenharia El´etrica com eˆ nfase em Rob´otica e Automac¸a˜ o. Orientador: Prof. Dr. Ing. Edson de Paula Ferreira Co-orientador: Prof. Dr. Anselmo Frizera Neto. ´ VITORIA - ES 2013.

(3) DIEGO NUNES BERTOLANI ˜ DE SINTONIA DO CONTROLE DE CONFIGURAC ¸ AO ˆ MOVEIS ´ ROBOS MULTIARTICULADOS VIA ALGORITMO ´ GENETICO. Dissertac¸a˜ o submetida ao programa de P´os-Graduac¸a˜ o em Engenharia El´etrica do Centro Tecnol´ogico da Universidade Federal do Esp´ırito Santo, como requisito parcial para a obtenc¸a˜ o do Grau de Mestre em Engenharia El´etrica.. Aprovada em 30 de outubro de 2013.. ˜ EXAMINADORA COMISSAO.

(4) ˜ ˜ (CIP) Dados Internacionais de Catalogac¸ao-na-publicac ¸ ao ´ (Biblioteca Setorial Tecnologica, Universidade Federal do Esp´ırito Santo, ES, Brasil). Bertolani, Diego Nunes, 1987B546s. ˜ de robos ˆ moveis ´ Sintonia do controle de configurac¸ao ´ multiarticulados via algoritmo genetico / Diego Nunes Bertolani. - 2013. 134 f. : il. Orientador: Edson de Paula Ferreira. Coorientador: Anselmo Frizera Neto. ˜ (Mestrado em Engenharia Eletrica) ´ Dissertac¸ao - Universidade ´ Federal do Esp´ırito Santo, Centro Tecnologico. ´ ˆ moveis. ´ ˆ - Sistemas 1. Algoritmos geneticos. 2. Robos 3. Robos de controle. 4. Sistemas inteligentes de controle. I. Ferreira, Edson de Paula. II. Frizera Neto, Anselmo. III. Universidade Federal do ´ Esp´ırito Santo. Centro Tecnologico. IV. T´ıtulo. CDU: 621.3.

(5) ”E´ preciso amar as pessoas como se n˜ao houvesse amanh˜a, porque se vocˆe parar para pensar, na verdade n˜ao h´a.”. (Renato Russo)..

(6) Agradecimentos Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por tornar poss´ıvel este momento t˜ao especial, sem ele nada disso faria sentido, nas horas mais dif´ıceis ele me iluminou e me deu forc¸as para continuar firme e forte na batalha.. N˜ao menos importantes s˜ao meus amados pais, Sebasti˜ao e Jacen´eia que sempre apoiaram as minhas decis˜oes, confiaram e acreditaram em mim. Serei eternamente grato pela educac¸a˜ o e compreens˜ao em todos os momentos. Sou muito honrado por ser filho destas duas pessoas incr´ıveis. Meu respeito por vocˆes e´ enorme. Agradec¸o tamb´em aos meus irm˜aos, Rodrigo e Alynne, por dividirem comigo grandes experiˆencias de vida.. Agradec¸o a minha namorada, Mayara Paes Santos, que nos momentos onde tudo parecia dar errado sempre me estimulou e confiou na minha capacidade, e tamb´em pelo amor e carinho de todos os dias. Agradec¸o tamb´em ao meu sogro Carlos, e a minha sogra M´arcia, pela experiˆencia e pelos conselhos.. Ao meu orientador, Edson de Paula Ferreira, pela paciˆencia, sabedoria, pelos conselhos e ensinamentos, aprendi muito com vocˆe, professor. E ao meu coorientador, Anselmo Frizera Neto, por estar, na hora que mais precisei, apto e disposto a ajudar.. Aos meus amigos do Mestrado, principalmente ao incompar´avel Jo˜ao Coelho, por sempre estarem junto comigo, nos trabalhos, exerc´ıcios, brincadeiras, churrascos, festas, enfim, por toda convivˆencia e amizade. Mesmo que a vida nos leve para caminhos diferentes, espero nunca deixar de ser amigo de todos que fizeram esta fase da minha vida valer tanto a pena.. Aos professores da P´os-Graduac¸a˜ o que me ensinaram muita coisa, passo por esta etapa mais s´abio e forte e aos professores da banca, que aceitaram o convite de participar da avaliac¸a˜ o desta dissertac¸a˜ o. ` CAPES pelo apoio financeiro concedido, sem o qual esta pesquisa n˜ao teria sido A poss´ıvel. Diego Nunes Bertolani.

(7) Resumo. Este trabalho prop˜oe uma estrat´egia para a sintonia de controladores lineares, via Algoritmos Gen´eticos, no espac¸o de configurac¸o˜ es de Robˆos M´oveis Multiarticulados, para o problema do controle de movimentos a` r´e. Como em todo sistema n˜ao linear e complexo, o controle linear em malha fechada e´ necess´ario para prover robustez ao sistema com controladores n˜ao lineares ou inversas aproximadas a` esquerda da planta, em malha aberta. Para o problema em quest˜ao, os controladores n˜ao lineares propostos na literatura tem os ganhos dos controladores lineares ajustados empiricamente em valores constantes, para movimentos que percorrem uma ampla gama de valores dos aˆ ngulos de configurac¸a˜ o, sempre objetivando evitar a situac¸a˜ o de engavetamento ou jacknife da composic¸a˜ o. Esta abordagem tem conduzido a resultados em regime transit´orio ou estacion´ario pouco satisfat´orios. Assim, neste trabalho e´ feito um estudo sistem´atico da sintonia de ganhos no entorno de partic¸o˜ es adequadas do espac¸o de configurac¸o˜ es, visando identificar a variabilidade dos ganhos em func¸a˜ o do melhor desempenho obtido em cada partic¸a˜ o. O estudo e´ sistematizado tendo como base experimental dois controladores n˜ao lineares propostos para um robˆo ou ve´ıculo multiarticulado em escala, composto de um elemento trator e dois trailers passivos ou sem motorizac¸a˜ o. A estrat´egia proposta tem como ferramenta b´asica de implementac¸a˜ o uma interface desenvolvida para possibilitar versatilidade na an´alise de diversas estruturas lineares a` m´ultiplos ganhos ajust´aveis, diversas estruturas de controle n˜ao linear e diversas possibilidades de plantas realizadas via modelo anal´ıtico ou aproximac¸o˜ es num´ericas, por exemplo, neurais e fuzzy. Al´em do escopo deste trabalho, a identificac¸a˜ o do vetor de ganhos para os estornos das diversas partic¸o˜ es do espac¸o de configurac¸o˜ es deve conduzir a` s´ıntese de mais um elemento em cascata na estrutura global de controle, sob a forma de um interpolador de ganhos, possivelmente fuzzy, que dever´a proporcionar um desempenho satisfat´orio na execuc¸a˜ o de manobras mais complexas, que demandam movimentos mais amplos, r´apidos e precisos. Palavras - chave: Algoritmos Gen´eticos, Robˆos M´oveis Multiarticulados, Sintonia..

(8) Abstract. This work proposes a strategy for tuning linear controllers via genetic algorithms in the space of configurations of Multiarticulated Mobile Robots to the problem of backward motion control. As in any nonlinear system and complex, the linear closed-loop control is necessary to provide robustness to the system nonlinear controllers or approximate left inverse of the plant in open loop. For this problem, the nonlinear controllers proposed in the literature have gains of linear controllers empirically adjusted how constant values for movements that cover a wide range of values of the angle configuration, always aiming to avoid the situation of pileup or jacknife composition. This approach has led to results in transitional or stationary unsatisfactory. Thus, this work is done a systematic study of tuning gains in around appropriate partitions of the configuration space, to identify the variability of earnings due to the best performance obtained in each partition. The study is based on systematic experimental two nonlinear controllers proposed for a robot or multiarticulated vehicle scale, consisting of one element tractor and two trailers liabilities or without motorization. The proposed strategy has how the basic tool for implementing an developed interface to allow versatility in the analysis of various linear structures with multiple adjustable gains, various control structures, and various nonlinear plants made possible through the analytical model or numerical approximations, for example, neural, and fuzzy. Beyond the scope of this study, the identification of vector gains for several reversals of partitions configuration space should result in the synthesis of a further cascade element in the overall control in the form of an interpolation of gains, possibly fuzzy which should provide a satisfactory performance in the execution of more complex maneuvers that require larger movements, fast and accurate. Keywords: Genetic Algorithms, Multiarticulated Mobile Robots, Tuning..

(9) Lista de Figuras 1.1. Exemplos de Ve´ıculos Multiarticulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 23. 1.2. Cadeia cinem´atica gen´erica de um RMMA. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 24. 1.3. Sistema Completo de Navegac¸a˜ o de um RMMA. . . . . . . . . . . . . . .. 27. 1.4. Representac¸a˜ o do Algoritmo Gen´etico na sintonia de controlador linear. . .. 30. 2.1. Truck-Trailer-Trailer antes do processo de instrumentac¸a˜ o. . . . . . . . . .. 32. 2.2. Automodelo Globe Liner, elemento trator. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 34. 2.3. VMA montado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35. 2.4. Placa devidamente montada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 36. 2.5. Representac¸a˜ o do sistema embarcado e dos subsistemas do prot´otipo. . . .. 37. 2.6. Local de instalac¸a˜ o do encoder, destaque para o fototransistor e o amplificador operacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 39. 2.7. Controlador Eletrˆonico de Velocidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 40. 2.8. (a) Resposta inicial do sistema de direc¸a˜ o (b) Primeira correc¸a˜ o (c) Segunda correc¸a˜ o (d) Resposta final do sistema corrigido. . . . . . . . . . . . . . . .. 42. Potenciˆometro instalado na junta articulada. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 43. 2.10 Fluxograma das principais rotinas do firmware. . . . . . . . . . . . . . . .. 45. 2.11 Arquitetura de processamento e comunicac¸a˜ o. . . . . . . . . . . . . . . . .. 47. 2.12 (a) Transceptor TRF 2.4Ghz (b) Layout da placa de circuito (c) M´odulo de comunicac¸a˜ o montado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 48. 2.13 Datagrama de comunicac¸a˜ o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 48. 2.9. ix.

(10) 2.14 Placa USB conectada ao computador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 50. 3.1. Representac¸a˜ o do ve´ıculo de testes - configurac¸a˜ o convexa. . . . . . . . . .. 54. 3.2. Representac¸a˜ o do ve´ıculo de testes - configurac¸a˜ o n˜ao convexa. . . . . . . .. 54. 3.3. Controlador Feedback. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 56. 3.4. Controlador Feedforward. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 57. 3.5. Parˆametros de desempenho utilizados neste trabalho. . . . . . . . . . . . .. 59. 3.6. Representac¸a˜ o de um PID b´asico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 60. 4.1. Bloco Uniform Random Number. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 65. 4.2. (a) ∆θ1 sem ru´ıdo de medic¸a˜ o expresso em radianos (b) ∆θ1 com ru´ıdo de medic¸a˜ o expresso em radianos - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [11.57◦ , 18◦ ] → [13◦ ]. .. 66. (a) ∆θ2 sem ru´ıdo de medic¸a˜ o expresso em radianos (b) ∆θ2 com ru´ıdo de medic¸a˜ o expresso em radianos - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [11.57◦ , 18◦ ] → [13◦ ]. .. 67. 4.4. Bloco Band-Limited White Noise. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 67. 4.5. Bloco Backlash. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 68. 4.6. An´alise da influˆencia das folgas em: (a) Comportamento real (b) Simulac¸a˜ o com a inclus˜ao da folga (c) Simulac¸a˜ o sem a inclus˜ao da folga - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [0◦ , 0◦ ] → [−5◦ ]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 69. 4.7. Bloco Transport Delay. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71. 4.8. An´alise da influˆencia do atraso de comunicac¸a˜ o em n´umero de iterac¸o˜ es: (a) Comportamento real do prot´otipo (b) Modelo com atraso = 0 (c) Modelo com atraso = 2 (d) Modelo com atraso = 4 (e) Modelo com atraso = 6. Manobra: [θ1 , θ2 ] = [0◦ , 0◦ ] → [−5◦ ]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 72. Medic¸a˜ o do atraso de configurac¸a˜ o existente entre θ1 e θ2 para as seguintes situac¸o˜ es: (a) Caso real (b) Caso simulado - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [0◦ , 0◦ ] → [−5◦ ]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 73. 4.10 Estimac¸a˜ o do atraso de configurac¸a˜ o: (a) Dependente de θ2 inicial (b) Dependente de θ1 inicial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 74. 4.11 Bloco Variable Time Delay. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 75. 4.3. 4.9.

(11) 4.12 Bloco Saturation. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 75. 4.13 Modelo cinem´atico: (a) C´alculo de θ1 (b) C´alculo de θ2 . . . . . . . . . . .. 76. 4.14 Modelo completo com inclus˜ao de efeitos dinˆamicos. . . . . . . . . . . . .. 77. 4.15 (a) Modelo cinem´atico (b) Comportamento real do prot´otipo (c) Modelo adequado utilizado para simulac¸a˜ o - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [3.9◦ , 6◦ ] → [1◦ ]. . . .. 78. 4.16 (a) Modelo Cinem´atico (b) Comportamento real do prot´otipo (c) Modelo Adequado Utilizado para Simulac¸a˜ o - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [7.77◦ , 12◦ ] → [7◦ ]. 79 4.17 (a) Modelo cinem´atico (b) Comportamento real do prot´otipo (c) Modelo adequado utilizado para simulac¸a˜ o - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [11.57◦ , 18◦ ] → [13◦ ].. 80. 4.18 (a) Modelo Cinem´atico (b) Comportamento real do prot´otipo (c) Modelo adequado utilizado para simulac¸a˜ o - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [15.28◦ , 24◦ ] → [19◦ ]. 81 4.19 (a) Modelo cinem´atico (b) Comportamento real do prot´otipo (c) Modelo adequado utilizado para simulac¸a˜ o - Manobra: [θ1 , θ2 ] = [11.57◦ , 18◦ ] → [23◦ ].. 82. 5.1. Fluxograma de funcionamento b´asico dos Algoritmos Gen´eticos. . . . . . .. 86. 5.2. Exemplo de implementac¸a˜ o da roleta como m´etodo de selec¸a˜ o. . . . . . . .. 88. 5.3. Exemplo de implementac¸a˜ o do torneio como m´etodo de selec¸a˜ o. . . . . . .. 88. 5.4. Distribuic¸a˜ o dos indiv´ıduos antes e depois do m´etodo de classificac¸a˜ o. . . .. 89. 5.5. Crossover entre dois cromossomos (indiv´ıduos). . . . . . . . . . . . . . . .. 90. 5.6. Processo biol´ogico de mutac¸a˜ o em um cromossomo. . . . . . . . . . . . .. 91. 5.7. Tela inicial do software A4G. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 92. 5.8. Identificac¸a˜ o de regi˜oes na tela inicial do Software A4G. . . . . . . . . . .. 93. 5.9. Exemplo de funcionamento do software A4G. . . . . . . . . . . . . . . . .. 101. 6.1. Particionamento do espac¸o de configurac¸a˜ o na realizac¸a˜ o dos testes. . . . .. 103. 6.2. Manobra de fechamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 103. 6.3. Manobra de abertura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 104.

(12) 6.4. 6.5. 6.6. 6.7. (a) Teste real do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais (b) Comportamento simulado do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais Manobra de abertura: [θ1 , θ2 ] = [0, 00◦ , 0◦ ] → [36◦ ]. . . . . . . . . . . . . .. 119. (a) Teste real do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais (b) Comportamento simulado do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais Primeira manobra de abertura: [θ1 , θ2 ] = [0, 00◦ , 0◦ ] → [48◦ ]. . . . . . . . .. 120. (a) Teste real do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais (b) Comportamento simulado do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais Segunda manobra de abertura: [θ1 , θ2 ] = [0, 00◦ , 0◦ ] → [48◦ ]. . . . . . . . .. 121. (a) Primeiro teste real do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais (b) Segundo teste real do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais (c) Comportamento simulado do sistema com comutac¸a˜ o de ganhos proporcionais - Manobra de fechamento: [θ1 , θ2 ] = [22, 30◦ , 36◦ ] → [0◦ ]. . . . . .. 122.

(13) Lista de Tabelas 2.1. Caracter´ısticas do m´odulo de comunicac¸a˜ o. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 49. 6.1. Respostas do sistema na sintonia adhoc para controlador Feedforward N˜ao Linear em simulac¸a˜ o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 106. Respostas do sistema na sintonia adhoc para controlador Feedback N˜ao Linear em simulac¸a˜ o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 107. 6.3. Bateria de testes para sintonia do controlador Feedforward. . . . . . . . . .. 112. 6.4. Bateria de testes para sintonia do controlador Feedback. . . . . . . . . . . .. 115. 6.2. xiii.

(14) Lista de S´ımbolos ξ - Coeficiente de amortecimento do sistema ∆θi - Variac¸a˜ o do i-´esimo aˆ ngulo de configurac¸a˜ o do robˆo [◦ ] ˆ γ - Angulo de configurac¸a˜ o respons´avel pelo direcionamento das rodas do elemento truck do robˆo [◦ ] ϑ - Termo referente ao deslocamento do robˆo a cada iterac¸a˜ o [m] ˆ θ1 - Angulo de configurac¸a˜ o entre o primeiro elemento passivo e o elemento truck do ◦ robˆo [ ] ˆ θ2 - Angulo de configurac¸a˜ o entre o segundo e o primeiro elemento passivo do robˆo [◦ ] ˆ θi - Angulo de configurac¸a˜ o entre o i-´esimo elemento e o elemento imediatamente anterior de uma cadeia articulada [◦ ] Ai - Distˆancia entre eixos do i-´esimo elemento da cadeia articulada [m] Bi - Distˆancia entre o eixo do i-´esimo elemento e o ponto de engate do pr´oximo elemento em uma cadeia articulada [m] bps - Bits por segundo d - Distˆancia [m] end - ´Indice do u´ ltimo elemento de um vetor Ghz - Gigahertz kbps - Kilobits por segundo Kd - Ganho derivativo Ki - Ganho integral K p - Ganho proporcional xiv.

(15) K p1 - Ganho proporcional aplicado ao controle do aˆ ngulo de configurac¸a˜ o θ1 maxkd - Valor m´aximo do ganho Kd maxki - Valor m´aximo do ganho Ki maxkp - Valor m´aximo do ganho K p maxkp1 - Valor m´aximo do ganho K p1 Mbps - Megabits por segundo M p - Sobrelevac¸a˜ o ou Overshoot [%] minkd - Valor m´ınimo do ganho Kd minki - Valor m´ınimo do ganho Ki minkp - Valor m´ınimo do ganho K p minkp1 - Valor m´ınimo do ganho K p1 mod() - Resto inteiro da divis˜ao entre dois n´umeros N - N´umero de indiv´ıduos de uma populac¸a˜ o new f emale - Novo elemento fˆemea de uma populac¸a˜ o newmale - Novo elemento macho de uma populac¸a˜ o p - Peso associado ao esforc¸o de controle dos aˆ ngulos θ1 e θ2 rand() - Func¸a˜ o que gera n´umeros aleat´orios REF θ2 - Referˆencia para o aˆ ngulo θ2 [◦ ] round() - Func¸a˜ o de aproximac¸a˜ o a` um n´umero inteiro R pot - Resistˆencia nominal do potenciˆometro [Ω] Rx - Resistˆencia associada ao aˆ ngulo que se deseja medir [Ω] sgn - Sinal sum - Somat´orio T - Per´ıodo de amostragem [s] t - Tempo [s].

(16) td - Tempo de delay [s] tp - Tempo de pico [s] tr - Tempo de subida ou Rise Time [s] txmut - Taxa de mutac¸a˜ o escolhida pelo usu´ario do software A4G [%] v - Velocidade [m/s] Vin - Tens˜ao de entrada ou alimentac¸a˜ o [V ] Vout - Tens˜ao de sa´ıda [V ] wn - Frequˆencia natural de oscilac¸a˜ o do sistema [rad/s].

(17) Gloss´ario A4G - Nome do software baseado em Algoritmos Gen´eticos desenvolvido nesta dissertac¸a˜ o A/D - Anal´ogico-Digital ASCII - American Standard Code for Information Interchange - C´odigo Padr˜ao Americano para o Intercˆambio de Informac¸a˜ o CC - Corrente Cont´ınua ´ CMOS - Complementary Metal-Oxide-Semiconductor - Semicondutor Metal-Oxido Complementar ESC - Eletronic Speed Controller - Controle de Velocidade Eletrˆonico ISMB - Industrial Scientific and Medical Band - Banda M´edica e Cient´ıfica Industrial LAI - Laborat´orio de Automac¸a˜ o Inteligente NiMh - N´ıquel-Hidreto Met´alico PI - Proporcional-Integral PID - Proporcional-Integral-Derivativo PW M - Pulse Width Modulation - Modulac¸a˜ o por Largura de Pulso RMA - Robˆo M´ovel Articulado RMMA - Robˆo M´ovel Multiarticulado SMD - Surface Mount Device - Componentes de Montagem em Superf´ıcie T RC - Transporte Rodovi´ario de Cargas UFES - Universidade Federal do Esp´ırito Santo USB - Universal Serial Bus - Barramento S´erie Universal V MA - Ve´ıculo Multiarticulado xvii.

(18) Sum´ario. 1. 2. Introduc¸a˜ o. 20. 1.1. Motivac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 22. 1.2. Descric¸a˜ o do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 23. 1.3. Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 29. 1.4. Estrutura da Dissertac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 30. Plataforma Experimental. 32. 2.1. Introduc¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 32. 2.2. O Automodelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 34. 2.3. Hardware Embarcado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35. 2.3.1. Subsistema de Odometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 37. 2.3.2. Subsistema de Acionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 39. 2.3.3. Subsistema de Acionamento - Controle de Direc¸a˜ o . . . . . . . . .. 40. 2.3.4. Subsistema de Medic¸a˜ o Angular . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 42. 2.3.5. Firmware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 44. 2.4. Subsistema de Comunicac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 46. 2.5. MATLAB e Aplicativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 49. 2.6. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 50. xviii.

(19) 3. 4. 5. Modelo Cinem´atico, Condic¸o˜ es de Giro, Controladores N˜ao Lineares, Medidas de Desempenho e Controle PID 52 3.1. Modelo Cinem´atico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 53. 3.2. Condic¸o˜ es Singulares de Giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 55. 3.3. Controlador Feedback N˜ao Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 55. 3.4. Controlador Feedforward N˜ao Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 56. 3.5. Medidas de Desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 58. 3.6. Controle PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 59. 3.7. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 61. Adequac¸a˜ o do Modelo Cinem´atico. 63. 4.1. An´alise de Velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 64. 4.2. An´alise da Leitura dos Potenciˆometros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 65. 4.3. An´alise das Folgas Mecˆanicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 68. 4.4. Derrapagem das Rodas e Zona Morta do Motor . . . . . . . . . . . . . . .. 70. 4.5. An´alise do Atraso de Comunicac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 70. 4.6. An´alise do Atraso de Configurac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 72. 4.7. An´alise da Saturac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 75. 4.8. Modelo Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 76. 4.9. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 83. Algoritomos Gen´eticos e Software A4G. 84. 5.1. Algoritmos Gen´eticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 84. 5.2. Software A4G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 92. 5.2.1. Descric¸a˜ o do Layout . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 92. 5.2.2. Descric¸a˜ o do Funcionamento Interno . . . . . . . . . . . . . . . .. 95. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 100. 5.3.

(20) 6. 7. Resultados e Discuss˜oes. 102. 6.1. Sintonia Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 106. 6.2. Sintonia via A4G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 110. 6.3. Controle por Comutac¸a˜ o de Ganhos Proporcionais . . . . . . . . . . . . . .. 118. 6.4. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 123. Conclus˜oes e Trabalhos Futuros. 124. 7.1. Conclus˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 124. 7.2. Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 125. Referˆencias. 127.

(21) Cap´ıtulo 1 Introduc¸a˜ o N˜ao e´ uma tarefa simples pensar como seria o mundo atual sem a presenc¸a dos robˆos. Estas estruturas mecˆanicas se fazem mais presentes na vida das pessoas a cada dia, e sua contribuic¸a˜ o para o desenvolvimento global e para o bem-estar social e´ ineg´avel. A busca incessante do homem, em melhorar os processos produtivos, proporcionou, a partir da segunda metade do s´eculo XX, o desenvolvimento da automatizac¸a˜ o destes processos. Esta caracter´ıstica, capaz de transformar m´aquinas em ferramentas que desenvolvem alguma atividade de forma autom´atica, ou seja, com pouca, ou nenhuma contribuic¸a˜ o humana, foi imprescind´ıvel para que se chegasse ao cen´ario atual de desenvolvimento tecnol´ogico vivido por boa parcela da populac¸a˜ o ao redor do globo. Este cen´ario tecnol´ogico atual se baseia na utilizac¸a˜ o de robˆos em diversas a´ reas e func¸o˜ es, como, por exemplo: na ind´ustria, no uso dom´estico, na ajuda m´edica em hospitais, no uso em zonas que apresentem algum tipo de risco a vida humana e em tarefas, cuja realizac¸a˜ o, seja at´e mesmo imposs´ıvel ao homem, como a explorac¸a˜ o no fundo do mar e no espac¸o. Esta crescente demanda por automac¸a˜ o fomenta pesquisas cujos objetivos s˜ao a criac¸a˜ o e/ou aperfeic¸oamento de dispositivos, tecnologias e teorias a fim de que se consiga criar m´aquinas dotadas de inteligˆencia para que, desta forma, elas possam melhor auxiliar o homem. Os robˆos e m´aquinas inteligentes, al´em de auxiliarem o homem em trabalhos di´arios, destacam-se tamb´em por apresentarem algumas caracter´ısticas que justificam sua empregabilidade em diversos setores produtivos, dentre as quais podem ser destacadas: per´ıodo integral de trabalho, sem pausas; melhor qualidade; menor probabilidade de apresentarem algum tipo de erro; maior velocidade e eficiˆencia que o homem; execuc¸a˜ o de trabalhos repetitivos e exaustivos, dentre outras vantagens facilmente observ´aveis..

(22) ˜ 1. Introduc¸ao. 21. A perspectiva de automac¸a˜ o na ciˆencia tamb´em traz uma s´erie de quest˜oes que precisam ser consideradas a medida que estas tecnologias forem disponibilizadas e adotadas em larga escala, ou seja, como determinar o que se deve automatizar, o que deve ser deixado para o homem, e como esta nova pesquisa automatizada ir´a afetar os resultados e o processo cient´ıfico. De qualquer forma e´ incontest´avel a importˆancia da pesquisa nesta a´ rea do conhecimento, principalmente quando as inovac¸o˜ es visam a melhoria da qualidade de vida dos humanos. N˜ao existe, na literatura, uma classificac¸a˜ o padronizada e unicamente considerada para os diversos tipos de robˆos existentes. As classes podem ser definidas segundo v´arios crit´erios, tais como: autonomia do sistema de controle, mobilidade da base, estrutura cinem´atica, forma de acionamento, graus de liberdade, geometria do espac¸o de trabalho, tamanho, pelo material de que s˜ao constitu´ıdos, pela forma como s˜ao montados, pelos atuadores que usam, pelos tipos de sensores que possuem, pela forma de locomoc¸a˜ o, pelo ambiente em que atuam, pelo sistema de processamento que utilizam, pela func¸a˜ o que exercem e outros. Nesta dissertac¸a˜ o, visando abordar de forma resumida esta problem´atica de classificac¸a˜ o, aceita-se, de acordo com (Est´evez, 1989), que os robˆos podem ser divididos em trˆes grandes classes: robˆos industriais, m´edicos e m´oveis. O foco deste trabalho est´a no estudo dos robˆos m´oveis. Segundo (Secchi, 2008), robˆos m´oveis podem ser definidos como plataformas mecˆanicas automatizadas munidas de um sistema de locomoc¸a˜ o capazes de navegar atrav´es de um determinado ambiente de trabalho, dotados de um certo n´ıvel de autonomia para sua navegac¸a˜ o. Esta pesquisa trabalhou com robˆos m´oveis terrestres a rodas de uma estrutura espec´ıfica, composta por trˆes elementos sequencialmente conectados, sendo um deles ativo e os demais passivos. Esta estrutura, na literatura, e´ denominada Truck-Trailer-Trailer e, e´ geralmente, composta por um robˆo do tipo carro ao qual s˜ao conectados dois trailers em sequˆencia. Tal composic¸a˜ o e´ tamb´em chamada Robˆo M´ovel Articulado (RMA), quando usa apenas um trailer ou Robˆo M´ovel MultiArticulado (RMMA), quando usa dois ou mais trailers (Pandolfi, 2012). Vale ressaltar que os RMMAs possuem in´umeras caracter´ısticas semelhantes as dos Ve´ıculos Multiarticulados (VMAs), sobretudo no que tange a cinem´atica, e que, por esta raz˜ao, embora grande parte das pesquisas encontradas na literatura fac¸am referˆencia apenas a` robˆos, a maioria destes resultados s˜ao facilmente adapt´aveis para uso em ve´ıculos. A utilizac¸a˜ o de cadeias de elementos passivos cria um problema complexo no que diz respeito a manobras em movimentos a` r´e da composic¸a˜ o. Diversos trabalhos j´a foram elaborados, com foco na obtenc¸a˜ o de controladores capazes de resolver os principais problemas associados a cinem´atica e dinˆamica de tal estrutura, mas ainda existem muitas quest˜oes a serem exploradas e estudadas..

(23) ˜ 1. Introduc¸ao. 22. Este trabalho visa, tamb´em, contribuir para que a navegac¸a˜ o de VMAs e RMMAs se torne uma tarefa mais simples, fazendo parte de uma pesquisa ampla, cujo escopo, e´ a obtenc¸a˜ o de um sistema completo de navegac¸a˜ o para execuc¸a˜ o de manobras autom´aticas ou assistidas, em a´ reas restritas.. 1.1. Motivac¸a˜ o. A principal motivac¸a˜ o deste trabalho est´a em poder contribuir para o desenvolvimento de ferramentas que auxiliem o homem em tarefas complexas, como neste caso, em particular, na navegac¸a˜ o rob´otica, mais precisamente em RMMAs ou VMAs em movimentos a` r´e. Progressos neste campo poderiam contribuir para reduc¸a˜ o de custos e melhoria de eficiˆencia no setor industrial e na cadeia log´ıstica brasileira. Os VMAs tem grande aplicabilidade, principalmente no Brasil, cujo transporte rodovi´ario de cargas (TRC) e´ respons´avel por mais de 60% do volume de mercadorias movimentadas no Brasil, com o seu custo representando cerca de 6% do Produto Interno Bruto do pa´ıs. Para as empresas, o deslocamento de carga pelas estradas nacionais equivale a mais da metade da sua receita l´ıquida, chegando a mais de 60% da receita na agroind´ustria (62%) e entre as ind´ustrias de alimentos (65, 5%). Nada mais natural, portanto, que o crescente interesse das companhias por novas soluc¸o˜ es log´ısticas e por um estudo mais aprofundado do setor no Brasil (Ara´ujo, 2011). Observa-se que objetivando a reduc¸a˜ o de custo por tonelada transportada, e´ comum o carregamento de caminh˜oes al´em da sua capacidade normal de carga. Esta pr´atica ilegal, em m´edio prazo aumenta os custos com manutenc¸a˜ o do ve´ıculo, al´em de provocar o desgaste prematuro das rodovias, prejudicando o transporte terrestre em geral. Como soluc¸a˜ o para este problema, o uso de VMAs, ou seja, caminh˜oes com um ou mais semirreboques, e´ cada vez mais frequente no transporte de cargas. A utilizac¸a˜ o desse tipo de ve´ıculo reduz o peso por eixo transportado, diminuindo a degradac¸a˜ o das estradas e os custos com manutenc¸a˜ o e, dessa forma, aumentando a rentabilidade por tonelada transportada (Pinheiro, 2004). A Figura 1.1 mostra exemplos de VMAs executando func¸o˜ es de transporte rodovi´ario de cargas, mas existem aplicac¸o˜ es destas m´aquinas em diferentes setores, como por exemplo na agricultura, no p´atio de aeroportos e portos, em hospitais e em grandes armaz´ens. Diante da vasta aplicabilidade destes ve´ıculos, se faz necess´aria uma reflex˜ao sobre a complexidade de realizar manobras com estas estruturas, principalmente em movimentos a` r´e. Este trabalho tem como objetivo principal, propˆor algumas melhorias de soluc¸o˜ es de controle j´a existentes na literatura, para o problema de manobrar a` r´e uma cadeia articulada.

(24) 23. ˜ 1. Introduc¸ao. (a) Ve´ıculo com 2 trailers. (b) Ve´ıculo com 4 trailers. Figura 1.1: Exemplos de Ve´ıculos Multiarticulados com dois trailers passivos reais, sendo esta uma das configurac¸o˜ es multiarticuladas mais utilizadas em transporte de cargas nas rodovias.. 1.2. Descric¸a˜ o do Problema. Um RMMA e´ caracterizado por sua cadeia mecˆanica articulada, em geral, com o primeiro elemento motorizado (truck ou trator), cuja direc¸a˜ o e´ controlada pelas rodas dianteiras, e a trac¸a˜ o podendo ser pelas rodas traseiras ou dianteiras, acoplado a elementos passivos articulados (trailers), sem motorizac¸a˜ o ou controle local, com ligac¸a˜ o (hitching) on-axle1 ou off-axle2 . A Figura 1.2 mostra uma cadeia articulada gen´erica, ilustrando o aˆ ngulo da direc¸a˜ o (γ) e os de configurac¸a˜ o (θ1 ,...,θn ), bem como os parˆametros geom´etricos da cadeia mecˆanica articulada, Ai e Bi , onde para Bi 6= 0, temos uma ligac¸a˜ o off-axle. A complexidade maior do controle de manobras e navegac¸a˜ o de RMMAs est´a ligada aos movimentos a` r´e. Nesta situac¸a˜ o, o sistema comporta-se como um pˆendulo invertido m´ultiplo horizontal. Uma vez que os engates permitem a livre rotac¸a˜ o, os aˆ ngulos entre os trailers (em um ou mais engates da composic¸a˜ o) podem aumentar para valores inadequados evoluindo para uma situac¸a˜ o de jackknife (engavetamento). Na representac¸a˜ o de um RMMA, o vetor de configurac¸a˜ o tem como componentes os sucessivos aˆ ngulos, θi , entre os respectivos elementos da cadeia mecˆanica articulada. A direc¸a˜ o das rodas dianteiras e´ caracterizada pelo aˆ ngulo γ. Com o objetivo de tornar o problema menos complexo, muitos trabalhos abordam somente o caso em que a cadeia articulada possui apenas 1 trailer, conforme verifica-se em (Michalek, 2009), (Ichihashi, 1993), (Petrov, 2010) e (Yang e Yu, 2006). 1 Engate 2 Engate. entre dois trailers feito sobre o eixo das rodas entre dois trailers feito fora do eixo das rodas.

(25) 24. ˜ 1. Introduc¸ao. Figura 1.2: Cadeia cinem´atica gen´erica de um RMMA.. Outro fator determinante para tornar a problem´atica mais simples e´ realizar a navegac¸a˜ o somente via simulac¸a˜ o, mesmo com uma estrutura composta por mais reboques, como em (Michalek, 2011) e (Matsushita, 2006). Alguns trabalhos n˜ao seguem este padr˜ao de simplificac¸a˜ o do problema e optam por considerar estruturas mais complexas de cadeia articulada, com dois ou mais reboques, e utilizando robˆos reais, como em (Park et al., 2004) e em (Stahn e Stopp, 2007). O controle da cadeia articulada em movimentos a` frente tamb´em e´ alvo de muitos estudos, pois esta estrutura possui uma dinˆamica complexa e v´arias caracter´ısticas do comportamento em navegac¸a˜ o ainda n˜ao s˜ao bem conhecidas. Em (Mart´ınez et al., 2008) e (Morales et al., 2009) estuda-se o efeito da limitac¸a˜ o do aˆ ngulo do volante na manobrabilidade do ve´ıculo, e em (Martini, 2003) prop˜oe-se um controle lateral da estrutura, considerando os deslizamentos laterais da cadeia em manobras curvas, bem como em (Weyand e Zobel, 2011) que tamb´em estuda o ve´ıculo nestas configurac¸o˜ es. Outra grande dificuldade encontrada no estudo destes ve´ıculos e´ a definic¸a˜ o de um modelo cinem´atico gen´erico e representativo para configurac¸o˜ es com in´umeros trailers, haja vista que existem muitas vari´aveis associadas a` s caracter´ısticas destes robˆos, como o tamanho dos reboques, a distˆancia entre eixos, a forma de engate, n´umero de rodas que possuem trac¸a˜ o, se o truck possui trac¸a˜ o traseira, dianteira ou integral, entre outros parˆametros intr´ınsecos de cada plataforma utilizada. Um modelo cinem´atico completo gen´erico para RMMAs foi desenvolvido em (Pandolfi, 2012) e um resumo deste modelo com algumas aplicac¸o˜ es em controle podem ser visualizadas em (Ferreira e Pandolfi, 2011). Diante da complexidade associada ao problema, muitos trabalhos utilizam t´ecnicas de controle moderno, como as baseadas em redes neurais e na l´ogica fuzzy, para realizar o controle da cadeia articulada em movimentos a` r´e. A utilizac¸a˜ o destas t´ecnicas se justifica pelo.

(26) ˜ 1. Introduc¸ao. 25. fato da planta de controle, o RMMA, possuir comportamento n˜ao-linear, inviabilizando assim o uso isolado de t´ecnicas comumente utilizadas em controle linear. Em (Gem e Willshire, 1992) prop˜oe-se o uso de apenas um neurˆonio para controle de posicionamento do ve´ıculo, j´a em (Nguyen, 1989) faz-se uso de redes neurais tanto para realizac¸a˜ o do controle, quanto para simulac¸a˜ o da cinem´atica do ve´ıculo (preditor). Em (Kong, 1992) as redes neurais funcionam de forma adaptativa, alterando as regras fuzzy do sistema, evidenciando uma interac¸a˜ o neuro-fuzzy para realizac¸a˜ o do controle do RMMA. Outros estudos s˜ao feitos aplicando-se as t´ecnicas fuzzy no controle da cadeia, como em (Tanaka, 1994), (Chen, 1997), (Tsourdos et al., 2003) e (Ren et al., 2012). Uma abordagem muito interessante e´ feita em (Riid e R¨ustern, 2007) e (Riid e R¨ustern, 2006), no qual utilizam-se regras fuzzy para realizar o controle de cada junta da cadeia de forma independente, portanto, existem um conjunto de regras diferente para cada articulac¸a˜ o do robˆo, realizando um controle em cascata, assim como proposto em (Kulitz, 2003) e implementado em (Oliveira, 2010). Para que seja poss´ıvel a utilizac¸a˜ o de t´ecnicas lineares de controle validadas na literatura, e´ amplamente utilizado o artif´ıcio de linearizac¸a˜ o do sistema em uma determinada faixa de operac¸a˜ o, como ocorre em (Altafini, 2001) e (Altafini e Wahlberh, 2001). Outra estrat´egia muito utilizada e´ o controle por imagem, geralmente combinada com outras t´ecnicas de controle, como em (Tanaka, 1997), utilizando fuzzy, e em (Koga e Yamakawa, 2006) considerando tamb´em a heur´ıstica evolutiva. Alguns trabalhos se baseiam somente nas informac¸o˜ es visuais para realizac¸a˜ o do controle, como em (Rampinelli, 2008), (Tanaka e Wang, 2002) e (Tanaka et al., 2009). Apesar de n˜ao ser foco deste trabalho, e´ not´orio, a aplicabilidade de t´ecnicas de controle para RMMAs com o objetivo de fazer a cadeia realizar o seguimento de trajet´orias previamente definidas (Pradalier, 2007), (Astolfi e Locatelli, 2004), (Divelbiss, 1994), (Bolzern et al., 1998), (Mendoza e Bricaire, 2011) e (Nakamura et al., 2000). Ainda mais refinado se mostra o controle da cadeia articulada ao realizar desvios de obst´aculos em movimentos a` r´e, como em (Woodley, 2004), (Lamiraux, 1998) e em movimentos a` frente, como em (Ren et al., 2010). N˜ao e´ dif´ıcil perceber que este trabalho est´a inserido em uma a´ rea de pesquisa amplamente explorada, mas que ainda carece de uma soluc¸a˜ o definitiva para o problema de manobrar estruturas articuladas gen´ericas. Diante disto, deve-se entender melhor como se caracteriza todo o sistema de navegac¸a˜ o global, respons´avel por prover ao ve´ıculo total capacidade de monitoramento e controle na execuc¸a˜ o dos movimentos, para que seja poss´ıvel mensurar a contribuic¸a˜ o desta pesquisa no sentido de se obter tal sistema..

(27) ˜ 1. Introduc¸ao. 26. Em navegac¸a˜ o rob´otica, a caracterizac¸a˜ o das tarefas pode incluir restric¸o˜ es, obst´aculos ou incertezas diversas. Todos estes aspectos podem ser levados em conta na formulac¸a˜ o do problema de navegac¸a˜ o no espac¸o de tarefas. Este espac¸o compreende todo o ambiente externo ao robˆo, considerando a movimentac¸a˜ o e o posicionamento da cadeia articulada como um todo. Na automac¸a˜ o flex´ıvel, visando uma maior generalidade das soluc¸o˜ es, processos complexos ou servic¸os demandam que as ac¸o˜ es de controle ou de predic¸a˜ o sejam implementadas no espac¸o de configurac¸a˜ o de cada m´aquina ou subsistema, de modo desacoplado das ac¸o˜ es definidas no espac¸o de tarefas. Portanto, define-se o espac¸o de configurac¸a˜ o como sendo o espac¸o restrito somente a movimentac¸a˜ o dos aˆ ngulos internos do robˆo. Deste modo, no n´ıvel de configurac¸a˜ o, os problemas de controle ou predic¸a˜ o teriam referˆencias, crit´erios e soluc¸o˜ es caracterizadas neste u´ nico espac¸o, evitando que o controlador opere impl´ıcitas invers˜oes geom´etricas, o que pode conter singularidades. Estas premissas s˜ao v´alidas para robˆos manipuladores e tamb´em para RMMAs. Esta transposic¸a˜ o entre os espac¸os de tarefas e de configurac¸o˜ es e´ denominada “Coordenac¸a˜ o de Movimentos”. A coordenac¸a˜ o de movimentos e´ estabelecida, juntamente com outras ac¸o˜ es necess´arias, em um “Sistema Completo de Navegac¸a˜ o”. Assim, no n´ıvel de coordenac¸a˜ o, as tarefas seriam transformadas em ac¸o˜ es de referˆencia para um n´ıvel inferior de controle ou predic¸a˜ o no espac¸o de configurac¸o˜ es. O n´ıvel de coordenac¸a˜ o seria implementado atrav´es de modelos inversos geom´etricos e/ou cinem´aticos, obtidos na presenc¸a de restric¸o˜ es, segundo crit´erios pr´e-definidos. Alguns autores prop˜oem soluc¸o˜ es diretamente no espac¸o de tarefas, por´em carecem de generalidade, por exemplo, (Yoo, 2010). Contudo ela e´ muito restrita, pois e´ desenvolvida para uma configurac¸a˜ o em que o elemento trator encontra-se em posic¸a˜ o inversa a` comumente utilizada, isto visando facilitar o controle da cadeia articulada e em (Morales et al., 2013) em que se utiliza o artif´ıcio de virtualizar o aˆ ngulo de direc¸a˜ o para o u´ ltimo trailer, assumindo assim que a composic¸a˜ o em movimentos a` r´e se comporte como em movimentos a` frente. Observa-se que no sistema completo de navegac¸a˜ o, a coordenac¸a˜ o de movimentos via modelos e´ necess´aria para o caso de manobras autom´aticas, onde as referˆencias no espac¸o de tarefas s˜ao caracterizadas por um operador humano, como em (Morales et al., 2012). De fato, o sistema supervis´orio pode ser constru´ıdo segundo duas abordagens distintas: manobras assistidas e manobras autom´aticas. Na primeira delas, o sistema auxilia o usu´ario prevendo o movimento para tr´as, isto permite ao usu´ario saber qual ser´a o comportamento dos aˆ ngulos das articulac¸o˜ es, caso a composic¸a˜ o se movimente para tr´as, a partir da configurac¸a˜ o atual e de certa orientac¸a˜ o das rodas dianteiras do truck. Este sistema tem a funcionalidade de um preditor. Sob o ponto de vista te´orico, um preditor e´ um modelo direto do robˆo articulado. Os.

(28) 27. ˜ 1. Introduc¸ao. preditores s˜ao necess´arios n˜ao s´o para operac¸a˜ o assistida, mas tamb´em para servir de n´ucleo em simuladores na an´alise e s´ıntese de estrat´egias de navegac¸a˜ o e na gerac¸a˜ o e validac¸a˜ o de controladores. Na outra abordagem, ou seja, em manobras autom´aticas, o sistema e´ respons´avel pela realizac¸a˜ o da manobra. Neste caso, o usu´ario informa a trajet´oria no espac¸o de tarefas e o sistema supervis´orio fornece para o controlador de configurac¸a˜ o as referˆencias adequadas neste n´ıvel. Ressalta-se que praticamente toda tecnologia desenvolvida para RMMAs pode ser adaptada para a navegac¸a˜ o ou controle, na execuc¸a˜ o otimizada de manobras autom´aticas ou assistidas de ve´ıculos articulados, contribuindo assim para a melhoria na qualidade de vida das pessoas que realizam manobras em caminh˜oes de grande porte, por exemplo. O desenvolvimento de preditores ou controladores geralmente e´ feito atrav´es de abordagens model free, sendo que a partir de dados de movimentos pode-se desenvolver soluc¸o˜ es neurais (redes est´aticas), a horizonte fixo, para preditores ou controladores no espac¸o de configurac¸o˜ es, como em (Miranda, 2011) ou fuzzy, como em (Kulitz, 2003). Toda a estrat´egia de monitoramento e controle de manobras de um RMMA est´a resumida e representada na Figura 1.3.. Figura 1.3: Sistema Completo de Navegac¸a˜ o de um RMMA.. Uma grande vertente dos trabalhos com RMMAs e´ a obtenc¸a˜ o de um sistema de assistˆencia ao motorista do ve´ıculo, que possibilite atrav´es de diversos sensores acoplados ao robˆo, a percepc¸a˜ o ambiental e com isso facilite o processo de manobra de toda a cadeia, principalmente objetivando o estacionamento do robˆo em um espac¸o pr´e-determinado. Alguns trabalhos merecem destaque nesta a´ rea, dentre eles, podem ser citados (Sklyarenko e Schumacher, 2013) que utilizam ve´ıculos reais e articulados para fins de navegac¸a˜ o, e (Chiu e Liu, 2005) que fazem uso de um robˆo n˜ao articulado e de t´ecnicas fuzzy com o objetivo.

(29) ˜ 1. Introduc¸ao. 28. principal de realizar manobras de estacionamento do ve´ıculo, bem como (Lee et al., 1999), um dos pioneiros nesta a´ rea de pesquisa. Alguns autores ainda consideram o problema de assistˆencia ao motorista apenas em ambientes de simulac¸a˜ o, que apesar de serem representativos, ainda necessitam de aplicac¸a˜ o pr´atica, haja vista que o objetivo principal destes sistemas e´ a utilizac¸a˜ o em ve´ıculos reais. Dentre estes trabalhos podem ser citados (Sharafi e Nikpoor, 2010) que utiliza regras fuzzy para controlar o robˆo n˜ao articulado em movimentos a` r´e em ambientes com obst´aculos fixos e m´oveis, e o robˆo com um reboque acoplado na presenc¸a de obst´aculos fixos. J´a (Khoshnejad, 2005) utiliza a interac¸a˜ o neuro-fuzzy para realizar o controle de um ve´ıculo sem reboques. Mais recente e´ o trabalho de (Zhang e Geimer, 2011), que em movimentos a` frente controla um sistema com forte restric¸a˜ o f´ısica, dificultando a realizac¸a˜ o de manobras do ve´ıculo. Vale ressaltar que quase toda bibliografia estudada neste trabalho apresenta poucas manobras que exemplifiquem o funcionamento do sistema, e na maioria das pesquisas os testes apresentados s˜ao simplesmente de colocar a cadeia articulada em posic¸a˜ o retil´ınea ou de executar movimentos que n˜ao exigem muito esforc¸o de controle. Tamb´em verifica-se, que v´arias vezes, s˜ao feitas considerac¸o˜ es errˆoneas sobre os limites dos aˆ ngulos, haja vista que a maioria dos testes s˜ao realizados em ambientes de simulac¸a˜ o, desprendendo-se assim de todas as n˜ao linearidades e restric¸o˜ es f´ısicas presentes em plataformas reais. Diante disto, percebe-se que muitos autores utilizam a estrutura particular de cadeia articulada, simplesmente para desenvolver e testar estruturas de controle e de predic¸a˜ o sem a devida preocupac¸a˜ o sobre o comportamento real do sistema, como exemplo, pode-se citar a definic¸a˜ o de jacknife, que quando raramente apresentada, aparece como a situac¸a˜ o em que o aˆ ngulo entre dois elementos da composic¸a˜ o e´ de 90◦ . Isto e´ errado, j´a que n˜ao se leva em conta restric¸o˜ es reais dependentes dos formatos dos trailers da composic¸a˜ o, nem as restric¸o˜ es de manobrabilidade impostas pelo aˆ ngulo limite de direc¸a˜ o. Este tamb´em, quase sempre considerado, como de excurs˜ao livre, facilitando imensamente a realizac¸a˜ o de manobras simplesmente imposs´ıveis de serem realizadas em ve´ıculos reais. Esta pesquisa, devido a` diversos trabalhos j´a realizados com esta plataforma, como em (Rampinelli e Oliveira, 2008), (Oliveira e Ferreira, 2008), (Oliveira e Pandolfi, 2009), (Ferreira e Oliveira, 2009), (Ferreira e Oliveira, 2010) e (Ferreira, 2011), apresenta uma vis˜ao muito mais realista do comportamento de um RMMA. Este trabalho e´ baseado em um t´ecnica consolidada de otimizac¸a˜ o (Algoritmo Gen´etico) para realizar a sintonia de ganhos lineares presentes em estruturas de controle n˜ao lineares previamente testadas. Todas as restric¸o˜ es f´ısicas foram respeitadas, haja vista que os experimentos foram realizados em plataforma real, aproximando muito mais esta pesquisa de uma poss´ıvel aplicac¸a˜ o pr´atica em ve´ıculos..

(30) ˜ 1. Introduc¸ao. 29. Assim, atrav´es de uma boa sintonia de ganhos, este trabalho busca contribuir de forma significativa, na consolidac¸a˜ o de uma estrat´egia capaz de prover ao ve´ıculo o melhor controle poss´ıvel de configurac¸a˜ o da cadeia articulada em movimentos a` r´e.. 1.3. Objetivos. Diante deste cen´ario de pesquisa com RMMAs, este trabalho se enquadra basicamente no espac¸o de configurac¸a˜ o da cadeia articulada, ou seja, restringe-se ao controle dos aˆ ngulos internos do ve´ıculo. As duas estruturas de controle que s˜ao alvo de estudo neste projeto s˜ao as propostas por (Ferraz, 2013), denominada Controlador Feedforward N˜ao Linear, e a proposta pelo pr´oprio autor, em (Bertolani, 2011), denominada Controlador Feedback N˜ao Linear. Ambas estruturas de controle baseiam-se nas condic¸o˜ es de giro do ve´ıculo, sendo que no controlador Feedforward, a informac¸a˜ o destes aˆ ngulos e´ obtida atrav´es do valor de referˆencia, e o controlador Feedback obt´em tais informac¸o˜ es de giro considerando os aˆ ngulos correntes apresentados pelo ve´ıculo no decorrer da manobra. Nestes controladores existem ganhos lineares que carecem de sintonia, esta tarefa se mostra muito complexa, por n˜ao existir na literatura, sistem´atica bem definida para resoluc¸a˜ o deste problema em plantas n˜ao lineares. Visando minimizar o esforc¸o humano em testes repetitivos para obtenc¸a˜ o dos melhores ganhos, optou-se por tentar utilizar uma teoria capaz de realizar a otimizac¸a˜ o de ganhos destes controladores. Assim, adotou-se a teoria dos Algoritmos Gen´eticos como ferramenta de otimizac¸a˜ o de ganhos, esta mesma teoria e´ utilizada em (Kinjo e Yamamoto, 2000), (Ho et al., 2003) e (Kiyuna et al., 2003) para realizar adaptac¸a˜ o dos pesos de redes neurais respons´aveis pelo controle do robˆo. Tamb´em e´ comum na literatura o uso de Algoritmos Gen´eticos para adaptac¸a˜ o de regras em controladores PID fuzzy, como em (Meza e Arriaga, 2009), (Chakraborty e Patranabis, 2001), (Kermiche, 2008), (Ko et al., 2006), (Wang, 1992), (Wong, 2000), (Nahapetian e Analoui, 2009) e (Homaifar, 1995). Neste trabalho, conforme mencionado, a ferramenta de otimizac¸a˜ o foi utilizada na sintonia dos ganhos lineares presentes em controladores j´a consolidados na literatura. Pode-se resumir a ideia principal deste trabalho atrav´es da an´alise da representac¸a˜ o da malha de controle, conforme Figura 1.4. Portanto, considera-se que, o principal objetivo deste trabalho e´ o desenvolvimento de um software baseado na teoria de Algoritmo Gen´etico, capaz de prover uma sistem´atica.

(31) 30. ˜ 1. Introduc¸ao. Figura 1.4: Representac¸a˜ o do Algoritmo Gen´etico na sintonia de controlador linear.. confi´avel de ajuste de ganhos, de controladores lineares presentes em estruturas de controle n˜ao lineares, j´a consolidadas na literatura. Este software visa minimizar o esforc¸o com testes diretamente na plataforma experimental e refinar o processo de sintonia dos controladores, bem como proporcionar um melhor entendimento de todo o funcionamento do sistema. Para alcanc¸ar tal objetivo, necessitou-se um grande esforc¸o na criac¸a˜ o de um ambiente de simulac¸a˜ o, capaz de reproduzir o real comportamento da plataforma de testes utilizada nesta pesquisa, haja vista que os ganhos obtidos pelo processo de otimizac¸a˜ o do programa, deveriam ser testados na pr´atica com o robˆo. Este processo se mostrou complexo, pois somente as equac¸o˜ es cinem´aticas diferiam muito do comportamento real do ve´ıculo. Portanto, diante de tal esforc¸o, esta adequac¸a˜ o do modelo cinem´atico se tornou um objetivo espec´ıfico desta pesquisa, pois possibilitou a criac¸a˜ o de modelos bem representativos do funcionamento do RMMA de testes do LAI3 da UFES4 . Outros objetivos espec´ıficos podem ser destacados, como um melhor entendimento do comportamento do sistema para diversas sintonias consideradas, bem como a obtenc¸a˜ o de um padr˜ao de ajuste de ganhos capaz de prover ao ve´ıculo capacidade de realizar manobras de forma satisfat´oria para diversas configurac¸o˜ es desejadas.. 1.4. Estrutura da Dissertac¸a˜ o. Para melhor organizac¸a˜ o das teorias utilizadas, os diferentes estudos de caso, resultados e conclus˜oes este documento foi dividido em 7 cap´ıtulos. Uma breve descric¸a˜ o do tema abordado em cada um dos cap´ıtulos e´ apresentada abaixo. • Cap´ıtulo 2: Plataforma Experimental 3 Laborat´ orio. de Automac¸a˜ o Inteligente Federal do Esp´ırito Santo. 4 Universidade.

(32) ˜ 1. Introduc¸ao. 31. Este cap´ıtulo apresenta uma descric¸a˜ o detalhada de como funciona o prot´otipo, especificando as ferramentas computacionais e eletrˆonicas utilizadas no projeto. Um resumo do hardware mostra as principais particularidades desta plataforma de testes, com o objetivo de proporcionar um melhor entendimento das funcionalidades do robˆo. • Cap´ıtulo 3: Modelo Cinem´atico, Condic¸o˜ es de Giro, Controladores N˜ao Lineares, Medidas de Desempenho e Controle PID Apresenta-se, neste cap´ıtulo, o modelo cinem´atico gen´erico e as condic¸o˜ es de giro para RMMAs, estas u´ ltimas s˜ao a base dos controladores n˜ao lineares que ser˜ao utilizados no processo de otimizac¸a˜ o de ganhos. As medidas de desempenho associadas a resposta do sistema, servir˜ao para quantificar o comportamento do sistema com os ganhos obtidos pelo software que implementa os Algoritmos Gen´eticos. • Cap´ıtulo 4: Adequac¸a˜ o do Modelo Cinem´atico Este cap´ıtulo apresenta de forma detalhada, todo o processo de adequac¸a˜ o do modelo cinem´atico gen´erico a` s condic¸o˜ es de funcionamento real da plataforma experimental. Este processo foi realizado por inspec¸a˜ o do comportamento do robˆo em determinadas manobras e condic¸o˜ es de uso. Um modelo bem representativo do ve´ıculo real e´ obtido ao fim do processo de adequac¸a˜ o. • Cap´ıtulo 5: Algoritmos Gen´eticos e Software A4G Uma breve teoria dos Algoritmos Gen´eticos e´ mostrada, bem como sua implementac¸a˜ o no programa desenvolvido. Este software e´ detalhadamente descrito, suas principais func¸o˜ es e particularidades s˜ao explicitadas. A metodologia de utilizac¸a˜ o do programa e´ discutida e uma descric¸a˜ o do layout ilustra todo o ambiente de testes utilizado no processo de otimizac¸a˜ o dos ganhos dos controladores lineares. • Cap´ıtulo 6: Resultados e Discuss˜oes Apresenta alguns testes que justificam o emprego do software como ferramenta u´ til para otimizac¸a˜ o dos ganhos dos controladores lineares. Faz-se uma comparac¸a˜ o com o trabalho desenvolvido por (Ferraz, 2013), que realizou a sintonia dos ganhos do controlador de forma adhoc, ou por tentativa e erro. Uma nova abordagem do controle com comutac¸a˜ o de ganhos, de acordo com a faixa de operac¸a˜ o do sistema e´ proposto. • Cap´ıtulo 7: Conclus˜oes e Trabalhos Futuros Finaliza a dissertac¸a˜ o com uma discuss˜ao geral do trabalho realizado, as principais contribuic¸o˜ es, considerac¸o˜ es finais e, al´em disso, traz uma s´erie de sugest˜oes para futuras pesquisas..

(33) Cap´ıtulo 2 Plataforma Experimental 2.1. Introduc¸a˜ o. Este cap´ıtulo do projeto e´ destinado a` descric¸a˜ o do processo de instrumentac¸a˜ o da plataforma experimental de testes. A estrutura b´asica de hardware, denominada Truck-TrailerTrailer, antes do processo de modificac¸a˜ o pode ser visualizado na Figura 2.1.. Figura 2.1: Truck-Trailer-Trailer antes do processo de instrumentac¸a˜ o.. Todo processo de instrumentac¸a˜ o foi realizado por Tiago Reinan Barreto de Oliveira. O prot´otipo foi mais precisamente descrito pelo autor em (Oliveira, 2010). Assim, esta dissertac¸a˜ o n˜ao contribui com nenhuma melhoria ou alterac¸a˜ o estrutural no robˆo, faz-se necess´aria a inclus˜ao deste cap´ıtulo a fim de mostrar algumas particularidades da plataforma de testes. No estudo dos movimentos, sobretudo a` r´e, de VMAs ou RMMAs, a existˆencia de uma plataforma experimental e´ de grande importˆancia. Isto facilita o entendimento da.

(34) 2. Plataforma Experimental. 33. dinˆamica do sistema proporcionando a gerac¸a˜ o do conhecimento especialista necess´ario para a implementac¸a˜ o de algumas t´ecnicas de controle, como as baseadas na teoria fuzzy. Al´em disto, uma plataforma permite o desenvolvimento, a validac¸a˜ o e a an´alise de desempenho de soluc¸o˜ es de controle, que podem ser obtidas por diferentes m´etodos e estrat´egias. Uma caracter´ıstica u´ til de experimentos com prot´otipos reais e´ que eles incorporam ao teste interferˆencias e dist´urbios externos, como por exemplo, ru´ıdos, atritos, deslizamentos e imperfeic¸o˜ es mecˆanicas, que nem sempre s˜ao considerados em modelos te´oricos. Isto faz dos experimentos em prot´otipos reais uma ferramenta muito importante na avaliac¸a˜ o de aspectos relacionados a` robustez e desempenho das soluc¸o˜ es propostas antes da sua implementac¸a˜ o em escala real ou aplicac¸a˜ o final. Em trabalho anterior (Silva, 2003), algumas tentativas de construc¸a˜ o de um suporte experimental foram realizadas. Contudo, tais tentativas n˜ao obtiveram eˆ xito, principalmente devido a` s dificuldades relacionadas ao projeto mecˆanico e pela cr´ıtica tarefa de fabricac¸a˜ o de pec¸as. Uma soluc¸a˜ o encontrada para estes problemas foi a de utilizar um automodelo industrializado como base para a plataforma experimental. Desta forma, a plataforma foi desenvolvida em um automodelo do tipo Truck-TrailerTrailer, que possui uma configurac¸a˜ o t´ıpica de ve´ıculos multiarticulados utilizados no transporte de cargas (Widmer, 2002). Ao mesmo tempo, esta configurac¸a˜ o contendo trˆes elementos e´ suficiente para manter a generalidade do problema de manobras. Al´em disto, um maior n´umero de elementos passivos poderia inviabilizar testes em ambientes espacialmente restritos, como acontece em experimentos baseados em vis˜ao computacional, onde o alcance da cˆamera e´ o limitador da a´ rea de movimentac¸a˜ o do ve´ıculo, conforme descrito em (Rampinelli, 2008). Uma vez que o automodelo adquirido era desprovido de func¸o˜ es de acionamento, sensoriamento e comunicac¸a˜ o de dados, iniciou-se o planejamento e o desenvolvimento dos mecanismos e circuitos eletrˆonicos necess´arios para dotar o ve´ıculo de tais func¸o˜ es. Na Sec¸a˜ o 2.2 ser˜ao detalhadas as especificac¸o˜ es do automodelo utilizado. Na Sec¸a˜ o 2.3 s˜ao descritas as principais caracter´ısticas da eletrˆonica embarcada, como atuadores e sensores proprioceptivos, e finalmente na Sec¸a˜ o 2.4 e´ apresentado o subsistema de comunicac¸a˜ o sem fio desenvolvido, respons´avel pela comunicac¸a˜ o de dados entre o computador remoto e a plataforma experimental. O modo como o hardware est´a desenvolvido e´ de fundamental importˆancia para entender melhor o funcionamento do sistema, mostrando assim as particularidades do prot´otipo. Este serviu de grande contribuic¸a˜ o para diversos trabalhos desenvolvidos no LAI, e durante sua utilizac¸a˜ o permitiu aquisic¸a˜ o de conhecimento em diversas a´ reas, podendo citar eletrˆonica, programac¸a˜ o, rob´otica, entre outras..

(35) 2. Plataforma Experimental. 2.2. 34. O Automodelo. Conforme dito anteriormente, o automodelo multiarticulado e´ constitu´ıdo pelo elemento trator e por dois semi-reboques, medindo no total 1, 73 m quando alinhado. Fabricado pela R empresa Tamiya , o automodelo e´ uma r´eplica na escala de 1 : 14 do caminh˜ao Globe Liner. O elemento trator e´ dotado de um sistema de transferˆencia de trac¸a˜ o do tipo diferencial traseira e de suspens˜ao independente com feixe de molas e amortecedores, o que facilita o transporte extra de peso sem prejudicar sua movimentac¸a˜ o, sobretudo em pisos irregulares. A Figura 2.2 mostra o elemento trator do automodelo utilizado.. Figura 2.2: Automodelo Globe Liner, elemento trator.. A trac¸a˜ o do ve´ıculo e´ do tipo 6X4, ou seja, quatro das seis rodas s˜ao tracionadas e e´ suprida por um motor el´etrico CC (Corrente Cont´ınua) da s´erie 540. Acoplado ao motor, existe uma caixa de reduc¸a˜ o, ou cˆambio, que possibilita a escolha da relac¸a˜ o de engrenagens entre os valores de 1 : 32, 4, 1 : 17, 7 e 1 : 10, 6, representando a primeira, segunda e terceira marchas, respectivamente. Para maior praticidade no manuseio e melhor acomodac¸a˜ o do hardware embarcado, a carenagem do elemento trator foi removida. A Figura 2.3 mostra o ve´ıculo completamente montado..

(36) 35. 2. Plataforma Experimental. Figura 2.3: VMA montado.. 2.3. Hardware Embarcado. Para o acionamento do mecanismo de direc¸a˜ o, controle de velocidade, selec¸a˜ o de marcha do cˆambio, convers˜ao de sinais anal´ogicos em digitais, comunicac¸a˜ o, temporizac¸a˜ o de eventos e armazenamento de dados, foi desenvolvido um circuito eletrˆonico microcontrolado. Neste ponto e´ importante ressaltar que o hardware embarcado desenvolvido n˜ao possui a finalidade de comportar algoritmos de controle de manobras do ve´ıculo. Desta forma, as poss´ıveis soluc¸o˜ es de controle n˜ao estariam restringidas a` capacidade de mem´oria, precis˜ao e velocidade de processamento desse hardware embarcado. O controle de alto n´ıvel e´ realizado de modo off-board, ou seja, todo o processamento mais complexo destinado ao controle de manobras e determinac¸a˜ o de trajet´orias pode ser convenientemente executado por um computador de maior desempenho e melhores recursos, que ao final, transmite a ac¸a˜ o de controle ao circuito de acionamento no ve´ıculo. Esta abordagem apresenta um problema b´asico em rob´otica que e´ a falta de eficiˆencia da comunicac¸a˜ o entre robˆo e plataforma de processamento, haja vista que podem ocorrer falhas, atraso e at´e a perca de comunicac¸a˜ o, comprometendo assim o desempenho do sistema. O fato do processamento ser off-board cria um gargalo de desempenho do sistema, haja vista que se for considerado o tempo m´edio de uma iterac¸a˜ o do sistema em malha fechada e´ poss´ıvel perceber que o tempo gasto na comunicac¸a˜ o representa mais de 50% do tempo total da iterac¸a˜ o. R O microcontrolador utilizado no projeto foi o Atmega32 do fabricante Atmel (Atmel, 2011). De modo geral, os crit´erios de escolha dos componentes eletrˆonicos foram baseados no desempenho, baixo consumo, baixo custo e facilidade de obtenc¸a˜ o, sendo consequentemente, de f´acil reposic¸a˜ o.. O processamento e a armazenagem on-board dos dados, al´em de ser mais r´apida, permitindo a obtenc¸a˜ o de uma taxa de amostragem maior, e´ mais segura, pois evita a necessidade da transferˆencia dos dados coletados para o computador remoto durante o experimento..

(37) 2. Plataforma Experimental. 36. A Figura 2.4 exibe a vers˜ao montada da placa de controle do RMMA com a indicac¸a˜ o dos principais componentes.. Figura 2.4: Placa devidamente montada. Toda a energia el´etrica do sistema e´ provida por uma bateria recarreg´avel de NiMh (N´ıquel-Hidreto Met´alico) com tens˜ao nominal de 7, 2volts e capacidade de 2.500mAh, conferindo uma autonomia m´edia de 25 minutos de operac¸a˜ o ao ve´ıculo. Esta particularidade do robˆo representa um problema, pois existe um comprometimento do desempenho do sistema em relac¸a˜ o ao n´ıvel de carga da bateria. Para se fazer uso dos benef´ıcios deste esquema de alimentac¸a˜ o, algumas precauc¸o˜ es foram tomadas, como a instalac¸a˜ o de filtros capacitivos e isoladores o´ pticos. Sem estas medidas, os ru´ıdos el´etricos gerados pelo funcionamento e acionamento do motor, que e´ realizado por PWM (Pulse Width Modulation), poderiam comprometer o correto funcionamento de todo o circuito eletrˆonico. Pode-se definir ent˜ao, de forma resumida, que o robˆo possui um sistema embarcado ou on-board de captac¸a˜ o de sinais e atuac¸a˜ o e um sistema off-board de processamento. O subsistema de comunicac¸a˜ o interliga estas duas partes principais de funcionamento do prot´otipo. Alguns subsistemas tamb´em podem ser definidos de forma a simplificar o entendimento.

(38) 2. Plataforma Experimental. 37. sobre o funcionamento da plataforma, tais como o subsistema de odometria, respons´avel pela leitura do encoder e posic¸a˜ o global do robˆo, o subsistema de medic¸a˜ o angular, respons´avel pela leitura dos potenciˆometros que definem o aˆ ngulo de posicionamento dos trailers do ve´ıculo, o subsistema de acionamento, respons´avel pelo controle de velocidade e movimentac¸a˜ o do robˆo e o subsistema central, que acopla todas estas funcionalidades ao microcontrolador embarcado, bem como o subsistema de comunicac¸a˜ o. A Figura 2.5 mostra um esquema geral do sistema embarcado e dos subsistemas do prot´otipo.. Figura 2.5: Representac¸a˜ o do sistema embarcado e dos subsistemas do prot´otipo.. 2.3.1. Subsistema de Odometria. A odometria e´ muito utilizada na rob´otica m´ovel para a estimac¸a˜ o da posic¸a˜ o do robˆo (Borenstein e Feng, 1996). Seu princ´ıpio de funcionamento baseia-se na aquisic¸a˜ o e processamento de pulsos el´etricos gerados por encoders. Estes por sua vez, s˜ao elementos eletromecˆanicos, capazes de detectar movimentos no eixos de rotac¸a˜ o onde est˜ao instalados, convertendo-os em pulsos el´etricos. Uma das grandezas que caracterizam o encoder e´ a relac¸a˜ o pulsos/volta, quanto maior a relac¸a˜ o, melhor e´ a resoluc¸a˜ o do encoder. Atrav´es do encoder e´ poss´ıvel se determinar a relac¸a˜ o entre pulsos el´etricos e voltas no eixo de rotac¸a˜ o, e assim, pode-se obter a distˆancia percorrida pelo robˆo m´ovel e conse-.

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