RS/
DELrMrraçÃo Dos
psnÍvrETRos
DE
PRorucçÃo
DAs
cAprAçÕEs
DE
ABASTECIMENTo
rúrurco
Do
CoNCELHO
DE
MONTIJO
PatÍcia
C1áudía
dos Santos
Aires
(Licenciada)
Dissertação
para
aobtenção do Grau de Mestre em Engenharia dos
RecursosHídricos
{fi
u
w
/v
t]
Orientador:
Professor
Doutor António Alberto
Chambel
GonçalvesPedro
Co-Orientador:
Professor
Doutor
Luís
Filipe
Tavares Ribeíro
{(60§t
Évora,2010
rrl t-#*'
"'':il'
-.:c-a
\)
Dlelirnitrao don Perímetros de Proteacão das C-aptacões de Abastecímmto Público do Concelho de NbÍrüio
A
realização destetrabalho
não teria sido
possÍvel sem
o
apoio
de
algumas
pesso.§ eentidades a quem exPresso o meu agradecimento:
Ao
Prof.António Chambel
meu orientador, pelias sugestões,apoiq
pronta disponibilidade eamizade.
Ao
Prof. Luís RibeiÍo, co-orientador deste trabalho pelas sugestões, apoio e amizade.Ao
foão, pela ajuda técnic4
realizaçãode a§umas
imagens,rcvisão
de
texto,
sugestões,apoio em todos os momentos e pelo optimismo e força que me transmite.
Aos
SMAlMontijo
pela
disponibilização
da
informação
necessáriaà
realização
desteestudo.
Ao
Eng.oVictor
Rodrigues, meu chefe, pela fornra como me apoiou efacilitou
a
rcalizaçáodeste
etudo.
Ao
Prof. Costa Alnneida pela disponibilidade no escl,arecimento de algumas dúvidas.À
mintra amiga Alice Fialho pelas boas sugestões e esclarecimento de algumas questões.Ao
]orge Duque pela ajuda no esclarecimento de algumas questÔes.Ao
Ruí Santos, colega de trabalho,peh
paciência e prontadisponibüdade
na realização dealgumas imagens.
Aos
colegasdo
setor
de telegestão dosSMASMontijO
epecialmente
aoNuno
Freitas, Sr.Femando e Rui pela pronta disponibilidade que sempre demonstraram, na ajuda nas visitas
de campo para recolha de dados, e qualquer
quetão
ao seu alcance.Aos
meus colegasdo
gabinete técnicodos
SIvtAS,pela boa
disposiçãoe bom
ambiente,esserrciais
nos
momeÍrtosde
stress.Um
especial agradecimentoà
mirüa
arrrigaMaria
doCarmo pelo apoio nas visitas de campo.
À
mintrairmã
pela ajuda na revisãodo
texto e àminha
mãepor
seruma
avó presente nosmomentos de mais azâÍantp^.
Delimitacao dos PeríÍnetros deProteocão dasc-apttrões de AbagtecimeÍüo Riblico doc-oncelho de Montiio
DELTMTTAÇÃO DOS PERÍMETROS
DE
PROTECçÃO DAS CAPTAçÕES DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO DO CONCELHO
DE
MONTIIO
Resumo
Neste trabalho
foram definidas as
zonas
de
protecção
das
captações subterrâneas deabastecimento
público
do Concelho deMontijo,
de acordo com o estipuladono
Decreto-Lei382 /
9,
de ?2 de Setembro.As
captações estudadas locatizam-seno
sistemaaquÍfero
da
Baciado
Tejo-Sado (margemesquerda) e captam exclusivamenteno aquífero confínado.
Um
levantamento exaustivojunto
da
entidade gestora,SIúA$MontijO permitiu
obter
um
conhecimento
aprofundado
das caracterfuticasdos
Sistemas de AbastecimentoPúblico
doConcelho.
Para o cálculo dos
principais
parâmetros hidráulicos nas captações uülizaram-se oo modelosanalÍticos
de
Theis,Cooper facob
e
Theis-Recuperação,na
interpretaçãodos
ensaios decaudal disponíveis.
Foi
efectuadauma
caracterizaçãoda
qualidadeda
águana
origem,com
baseem
análiseslsalizaf,vs pela enüdade gestora.
O método
anútico
de Bear e Iacobs revelou+e o mais adequado na delimitação das zonas deprotecção
intermédia
e
alargadano
ambiente hiclrogeológrco em análise, após comparaçãocom os resultados obtidos pelos métodos de Wyssling e Raio Fixo Calculado.
PalawarChave;
Zonas
de
protecção,
captaçitespúblicas de
água subErrânea,
SistemaElelimitcao dos PeríÍnetros de Proteccão das CaÉrões de Abastecimento Pírblico do C-oncelho de túoÍttiio
DELINEATION
OFWELLHEAD PROTECTION AREAS
FOR
PI,JBLICWATER
SUPPLY OF
MONTTJO DISTRICT
Abstract
This
study
proposesthe delineaüon
of
the wellhead protection
areasfor
Monüjo district,
accordingto the
Portugueselaw
(Decree-Law 382/99,oi
?2 September). Thesewells
aresettled
on the
Tejo-Sado Basinaquifer system
(eft
bank)
puÍnPing exclusively
from
theconfined. aquifer.
An
exhaustive surveyinvolving
the water supply services,SMAS-Montijo
allowed a deep knowledge about the ctraracteristics of
this
PublicSupply
Systent Themain
hydraulic
parameters
were
estimaH
using
Ttrers,Cooper
Jacoband
Theis-Recovery analytical models on available results of previouspumping
tests.Groundwater quality
wasassessed using
water
analysiscontolled by
the watersupply
serviceson
the samewells.
A
comparision
betweenthe Wyssling and
fixed
radius
calculus methods,and
the
Bear andJacobs analyücal method, revealed
that the
last oneis
the most suitablefor
delimitaüon
of
intermediate and extended wellhead protection .rÍeas on this hydrogeological envíronment.
Key-words:
Wellhead protecüon
areas,groundwater
public
abstractionwells,
Tejo-Sadot.
2. 2.1L2-23.
3. 4. 5. 6. 7. 7.1 7.2.Íunrcn
GERAL
Modelos analíticos utilizados na interprttação dos msaios de
caudal...
...12Métodos analíticos utilizados na delimitação dos perímetros de
protecção
...15ENQUADRAMENTO LEGISIá.TIVO
6n,r1
GEOLOGIA
HIDROGEOLOGIA
2Â8.
SISTEMAS
DE
ABASTECIMENTO
PÚBIICO
DE
ÁGUA
NO CONCELHO
DE
MONTIJO
...
...4r18.1.
ConsidençõeeGelafu
...---.gl8.2.
C-ancteÍísticas Técnicas dasC-aptaçõe8...
...49Enquadramento
83.
Regime de Exploração actualÍNorcu
DE SUSCEPTIBILIDADE
...o...o...&4Piezometria e §entido do
Fluxo....
...38rd-l ,Z
PERÍMETROS DE
PROTECçÃO...93
8.4.
ParánetmsHidníulicos
-...52 9. 10.lL
11.1.ttJ,.
11.ÍL ODecreto-I*i§zpg
deZ2ileAgosto...
...94Delimitação dar zonas de protecção às captações de abastecimento público do Concelho de
Delimitaao doe PerÍmetÍ,os de Proteacão das C-aptacões de Abastecimento Púbüco do C-oncelho de À1ÍoÍrüio
Zona de Protecçâo Imediata
Zonasde Prote@o Intennédia e
Alargada
...12011.4.
Cancterizqão da situação actúal face às condicíonantua e interdiões associ,adaE àimplemmtação das Zonas de
Prrotecção
...12211.3.2. 11.3.3. 11..3.4. a Íi1 4na
IL
13.BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
......
...
ô..
...130
ANEXO [ - Decreto-l-ei382/W de22de
Setembro...
...'...131ANEXO tr
-
FotogpaÍias das captações estudadas e respectiva Zorade Protec@o Imediata(ZPi)
actual
....737ANEXO Itr - Proiecção espacial das Zonas de Protecção Intennédia e Alargada (ZPle
Delimitacão dos PeríÍnehos de Proteacão das Captrcõee de Abastecirnento Público do Concelho de NÍ,ontiio
Írqorcs
DE
FTGLJRASFígura 1
-
Esquemaização do perÍmetro de protecção calculado pelo método do raiofixo
calculado..
...16Frgura 2
-
Esquema do cálculo das isócronas pelo método de Wyssling... 18Figura 3
-
Enquadramento geográÍico do Concelho deMontiio
...23Figura
4-
Temperatura do Figura5-
Frequência (%) e ar - Estação meteorológica deMontijo-
8.4...
...26velocidade
m&ia
dos ventos (%) - Estação meêorológica deMonüjo-
B.A. Figura6-
Humidade relaüva - Estação meEorológica de Monüjo-8.A...
...27Figura
7 -Prxípítação
média mensal e sua concentação - Estação meteorológica deMontijo-8.A...
...28Figura 8 - Balanço
hidrológico
no Cenozóico da maÍgem esquerda do Tejo. Figura 9 - Enquadramento geológico.. Figura 10-
Enquadramento hidrogeológico do Concelho deMontijo
Figura11-
Validação cruzada do resultado da inErpolação... 30 32 37 39 FiguraL2-Piezometria
e senüdo dofluxo
sub,terrâneo nas captações emestudo...4L Figura 13 -Localização geográfica dos sistemas de abastecimento público a Oeste do Concelho deMontijo
e principaisinfraestruturas
de água 43 Figura L4 - Localização geográfica dos sistemas de abastecimento público a Este do Concelho deMontijo
e principais infra-estruturas de águaM
Figura 15-
Principais infra-estruturas de saneamento (zonaOeste).
...45Frgura 16 - Principais infra-estruturas de saneamento (zona
Este)...
...46Figura L7
-
Contributo dos sistemas de abastecimento público de água na cobertura de rede àpopulação...
..-...--47Figura 18
-
Contributo
dos sistemas de abastecimento público de água na totalidade dos volumescaptados.
...----.--...47Figura 19
-
Projecção espacial doslog's
desondaçm
das captações de abastecimento público do Concelho de Monüjo... Figura 20-
Gráfico de ensaio de caudal PaÍa caPtação F19 Figura 2L-
GrâÍico de ensaio de caudal para captaçãoF26 5L Figura 22-
Grâhco de ensaio de caudal PaÍa a captação F21 Figura 23-
GrâÍico de ensaio de caudal para captaçãoF2... 57Frgura 24
-
Grâhco de ensaio de caudal paracaptaçãoE22...
...-.57Figura
?5-
GrâÍico de ensaio de caudal para captaçãoFí)...
..-...58Figura 26
-
GrâÍíco de ensaio de caudal para captaçãoF27...
... 59Frgura ZZ
-
GrâÍíco de ensaio de caudal para captação F3, refurente ao 1o ensaio... 60Figura 28- GráÍico de ensaio de caudal para captação F3, refurente ao
T
ensaio... 60accnz'iaáac rccmiláac ,... 55
... 56
Figura 29
-
GráÍico de ensaio de caudal para captaçáo F23...Frgura 30
-
Gráfico de ensaio de caudal para captaçãoF24...Figura 31
-
Gráfico de ensaio de caudal para captação F11...Figura 32
-
GráÍico de ensaio de caudal para captação F25...Figura 33
-
Gráfico de ensaio de caudal Para captaçãoF12...Figura 34- GráÍico de ensaio de caudal para captação F17...
Figura 35
-
Gráfico de ensaio de caudal para captação F28...Figura 36
-
Gráfico de ensaio de caudal para captação F29...Figura 37- Evolução da
Conduüüdade
eléctrica nas captações subErrâneas deabastecimento público do Concelho de
Montijo
(ZonaOe§te)...Figura 38
-
Evolução daCondutividade
eléctrica rras captações subterrâneas de6l
6L 62 63 63&
65 65 70Delimitacão dos Perímetroe de Proteccão das C-aetrões de Abastecimento Público do CoÍrcelho de l!í,ontiio
Figura 39
-
Evolução dopH
nas captações subterÍâneas de abastecimento público doConcelho de
Montiio
(ZonaOeste)...
...71Figura40
-
Evolução dopH
nas captações subterrâneas de abastrcimento público do Concelho deMonüio
(Zona Este). 72Figura4l
-
Evolução da Dureza Totalnas captações subterrâneas de abasbcimentopúblico
do Concelho deMonüjo
(ZonaOeste)... ...73Figura rl2
-
Evolução da Dureza Total nas captações subterrâneas de abastecimentopúblico
do Concelho deMontijo
(ZonaEste).
...73Figura 43
-
Evolução da Alcalinidade Total nas captações subterrâneas de abasEcimento público do Concelho deMontijo
(ZonaOeste)...
...74Figura r14
-
Evolução da Alcalinidade Total nas captações subterrâneas de abastecimento público do Concelho de Monüjo (Zona Este). 75 Figura 45-
Evolução do catião Cálcio nas captações subterrâneas de abasEcimentopúblico
do Concelho deMontijo
(ZonaOeste)...
...75Figura 46
-
Evolução do catião Cálcio nas captações subterrâneas de abastecimentopúblico
do Concelho deMontijo
(Zona Este). Figura 47-
Evolução do caüão Magnésio nas captações subterrâneas de abastecimento público do Concelho deMontijo
(ZonaOeste).
...76Figura 48
-
Evolução do catião Magnésio nas captações subterrâneas de abastecimento público do Concelho deMontijo
(ZonaEste).
...n
Figura 49-
Evolução do catião Sódio nas captações subterrâneas de abastecimentopúblico
do Concelho deMontijo
(ZonaOeste)...
...78Figura 50
-
Evolução do catião Sódio nas captações subterrâneas de abasEcimentopúblico
78 Figura 51-
Evolução do Anião Cloreto nas captações subterrâneas de abastecimento público do Concelho deMontijo
(ZonaOeste)...
...79Figura 52
-
Evolução do Anião Cloreto nas captações subterrâneas de abastecimentopúblico
do Concelho deMontijo
(ZonaEste).
...79Figura 53 - Projecção do diagrama de Piper para a água captada na Zona Oeste do Concelho 81 Figura 54 - Projecção do díagrama de Piper para a água captada na Zona Este do Concelho de
Montijo
...81Figura 55
-
Projecção de diagramas de Stiff referentes à fácies hidroquÍmica da água subterrânea captada para abastecimento público no Concelho de Monüjo...82Figura 56
-
Projecção espacial das classes da varíável D no Concelho de Monüjo...86Figura 57 -Pro1ução espacial dos valores correspondentes às classes da variável D...87
Figura 58
-
Projecção espacial das classes da variável R no Concelho de Montijo...87Figura 59
-
P§ecção
espacial dos valores correspondentes às classes da variável R... 88Figura 60 -
P§ecção
espacial das classes da variávelA
no Concelho de Montijo...88Figura 61
-
P§ecção
espacial dos valores correspondentes às classes davariável4...89
Figura 62 - Projecção espacial das classes da variável T no Concelho de Montijo... 89
Figura 63
-
Proj,ecção espacial dos valores correspondentes às classes da variável T...90Figura ó4 - Projecção espacial das classes da variável OS no Concelho de Montijo...90
Figura 65
-
Projecçãoepacial
dos valores correspondentes às classes da variável OS...9L Figura 66-Mapado
Índice de Susceptibilidade (IS) para o Concelho deMontijo.
...91Figura 67
-
Siínçíces que poderão colocar em risco a qualidade da âgaanum
aquíferoconfinado.
...94Figura 68
-
Implantação da ZPídacaptação F19 (Sistema de Abastecimento Público deMontijo)
...105Figura 69 - Implantação
daZPida
captaçãoE26 (Sistema de Abastecimento Público de LO6 ...76do Concelho de
Monüjo
(Zona Este).de
Montijo
Figura 70 - Implantação da ZPidacaptação F21(Sistema de Abastecimento Público de
Monüio).
...1U7Figura 71 - Implantação da ZPídacaptação F2 (SisEma de AbasEcimento Público de
1ffi
Figura 72 - Implantação da ZPidacaptação FL5 (Sistema de Abastecimento Público de
Montijo).
Figura 73 - Implantação da ZPídacaptação F22 (Sistema de Abastecimento Público de
Pau-Queimado)...
... 1L0Figura 74 - Implantação da ZPídacaptação F30 (Sistema de Abastecimento Público de
Pau-Queimado)...
...--11LFigura 75 - Implantação da ZPídacaptação F27 (Sistema de Abastecimento Público de
Pau-Queimado)...
..---.-.1!2Figura 76
-
Implantação da ZPidacaptação F3 (Sistema de Abastecimento Público deSarilhos
Grandes)..
...-.-...--113Figura
7
-
tmplantação da ZPidacaptação F23 (Sistema de Abastecimento Público deMontijo).
Figura 78
-
Implantação da ZPidacaptação F24 (Sistema de Abastecimento Público deLL'
Figura 79
-
Implantação da ZPi das captações F1L e F25 (Sistema de AbasEcimento Públicode
Afonsos)...
...---...--.-.116Figura 80
-
tmptantação da ZPi das captações F1ZeFL7 (Sistema de Abastecimento Públicode Santo Isídro de
Pegões)
...LL7Figura 81
-
Implantação da ZPídacaptação F28 (Sistema de Abastecimento Público deTaipadas).
...118Figura 82
-
Implantação da ZPidacaptação F29 (Sistema de Abastecimento Público deDelimiteao dos PeríÍnehos de Proteacão das C-aptacõee de Abastecimmto Público do Crncelho de Montiio
ÍNorcg
DE TABELAS
Tabela 1
-
Evapotranspiração real (EVR) e Potencial (EVP) PaÍa o Cenozóico da Margemesquerda do rio Tejo
(mm/mês)...
...-29Tabela
i
-
nahnço hidrológico no Cgrozóico da margem esquerda do Tejo (mm/mês)... 30Tabela 3
-
NÍvel piezométrico com base na campanha de medição do nÍvel hidrostático nascaptações.. 38
Tabela 4
-
Gradientehidráulico
e direcçãodo fluxo nas captações de abastecimentopúblico
do Concelho.
N
Tabela 5
-
Principais caracterÍsticas dos sisEmas de abastecimento de água no Concelho deMontiio...
.-.-...418Tabela 6 - C-aracterÍsticas técnicas das
captações
...- 50Tabela 7
-
Resumo dos dados referentes ao regime de exploraçãoactual..
...---...52Tabela 8
-
Vatores de caudal especÍfico e Transmissividade obtidos ahavés da interpretaçãodos ensaios de caudal. ...66
Tabela 9
-
Qualidade da água nas captações de abastecimento público da zona Oeste doConcelho de Monüjo 68
Tabela
l}Quatidade
da água nas captações de abastecimento público da zona EsE doConcelho de
Montijo.
Tabela LL
-
Parâmetos e ponderações do Índice de Susceptibilidade ... 84Tabeta 12
-
Ctasses definidas Para os ParâmetrosD&A
e T e valoresatribuídos a cada cl,asse.... 85
Tabela 1.3
-
Classificação da ocupação do solo com base na carüa CORINE Land Cover e69
85
interditas ou condicionadas nas zanas de protecção
definidas no Decreto-l-ei382/99 de 22 de Seternbro.. 96
Tabela 15
-
Raio múrimo a considerar na delimitação das zonas de protecção segundo otípo
de
aquífero
...""""97
Tabela 16
-
Parâmetros hidrogeológicos uülizados na aplicação dos métodos analíücos. ----.99Tabela L7
-
Caractedzação actual das captações a nÍvel sanitário e da existêncía/condições daZona de Protecção Imediata...
Tabela 18 - Custos associados às obras de
melhorartento
da Zona de Protecção Imediata..103
LU
Tabela 19
-
Resultados obtidos para a determinação daZHlplaaplicação
dos três métodosanalíticos
utilizados.
...""""'
L20Tabela 20 - Resultados obüdos para a determínação da
ZP[pelaaplicação
dos três métodosanalÍücos
utitizados.
...""""""'
121Tabela 21
-
lnventário
de actÍvidades e instalações interditas ou passíveis de serinterditas
oucondicionadas no
in6rior
das Zonas de Protecção Intermédia e Alargada das captaçõesem estudo.
rz3
respectivos valores atribuídos....
Dlelimitacão doe Perímetros de Proteacão das C-aptaco'es de Abast€cimento Público do Crncelho de Montiio
1.
Introdução
e
Obiectivos
As
águas subErrâneas
são
um
Íecurso natural
ímprescindível
para
a
vida
e
para
aintegridade dos
ecossistemas representandomais de 95 %
das
reservasde
água
doceexploráveis do globo. Constituem urna componente fundamental no abastecimento público e
dos sectores agrÍcola e
industrial.
Segundo
o
Plano Nacional
da
Água ([NAG,
zff,/l'),
mr
Portugal Contínental, as
águassubterrâneas
serviam
nessaaltura
37%da
populaçãoe forneciam
cercade
40%da
âgua consumida pelos sistemas de abastecimento público.Os recursos
lúdricos
subterrâneosforam
durantemuito
EmPo, prefuridos comoorigem
deágua,
por
apresentarem
urna
suposta garantía
de
qualidade,
devido
à
sua
meÍrorvulnerabilidade
à poluição. Hoje emdia
sabe-se que tal não corresponde à realidade e que oaumento
da
população,o
desenvolvimento dos países,a
industrializaçáoe
o
consequenteaumento
do
consumo,
associadospoÍ
vezes,a
actiüdades
antropogénicasmal
geridas,contrÍbuem paÍa a contaminação destas águas.
Dadas
as
caracterÍsticasde
contaminaçãodos
aquÍÍeros
e
a sua
difÍcil
regeneração, asmedidas de protecção devem ser preferencialmente preventivas, regulando, ordenando ou
proibindo
determinadas actividadesem
deErminadas zonas, ou estabelecendo medidas deseguÍança sobre actividades potencialmente nocívas. Este
tipo de
aütude é
especialmente importante para aquíferos e captações que servem para abastecimento público.lJtra
eÍicaz gestÍioem tomo
da
captaçáo,que previna
eventual contaminação
pemútepreservar
a
qualidade
da
água
e
poupar
avultadas verbas
a
aplicar em medidas
dedescontaminação
ou
atémesmo
de
abandonoda
captação.A
reabilitaçãode uma
águasubterrânea contaminada pode ser várias veze§ mais cata que a prevenção.
A
delimitação de perímetros de protecção com o objecüvo de proteger a qualidade das águassubterrâneas adquire uma crucial
importilncia peranb
a crescente necessídade deste recur§oe
o
risco potencialderivado da
actividade antrópíca emredor
das captações-O
Decreto-lei g12/gg,de22de
Seternbro, vem cliarificar e legislar afigura
dos perímetros de protecção nascaptações subterrâneas de abastecímento público e obrigar à sua delimitação e implantação.
A
utilização de perÍmetros de proEcção é actualmente aftrramenta
mais usada emtodo
omundo para protecção das origens subterrâneas.
O
objectivo deste
estudo
é a
delimitação
dos
perímetros
de
protecção
das
captaçõesdo
Concelho. Nestesentido,
será eÍectuadauma
caracterizaçãoda
áreaem
estudoe
dascaptações
envolvidas,
a
análise
da
qualídade
da
água
nas
origens,
a
determinação deparâmetros hidráulicos
na
captaçãoe a
aplicaçãode
métodos
analÍticosque
permitem
determinar as zonas de protecção às captações.Após
análise dos resultados, serãodelimitadas
as zonasde
protecção às captaçõesque
sepretende virern
a
constituír
a
proposta
de
delimitação
de
perímetros
de
protecção
aapresentar
peta entidade gestora
(ServiçosMunicipalizados
de Água
e
Saneamentodo
Concelho
de Montijo) à
enüdade
com
competênciapara
a
sua
apreciação, neste caso aAdministÍação de Região
Hidrográfica
do Tejo (ARH-Tejo).Delimitacao doe PerÍrnetros de Protecão das C-apttrões de Abast€ciÍnento Público do C-oncelho de À/Íontiio
2
Metodologias
LL
lntrodução
Este
estudo tem como
objectivoprincipal
a delimitação dos
perímetrosde
protecção dascaptações
de
abaste.cimentopúblico
no
Concelho
de
Monüjo. De modo
a
atingir
esteobjectivo, foram efectuados vários estudos prévios que pÍopoÍcionaram os dados necessários
para posterior aplicação, mediante a informação disponÍvel, dos métodos mais indicados.
A
compilaçãode
ínformaçãoe
tratamentode
dados pÍlssaram pelas fasesque a
seguir seidentificam:
- recolha,
junto
da entídade gestor4 da informação existente relatíva às captações em estudo,nomeadamente
relatórios de
sondagem, ensaiosde
caudal, boletins analÍticos referentes aanálises
ffsicoquímicas
e
bacteriológicasnas origens,
situaçãoactual
de
abastecimento edados de exploração das captações;
-
visitas de campo como
objectivode
cancteriz,ar o estado actual da captação eenvolvenE
bem como
efectuar mediações piezómetricaspara
determinaçãodo
gradiente
hidráulico,sentido do
fluxo
e sua direcção;-
interpretação dos ensaios de caudal com recurso a modelos analíticos, como
objectivo dedeterminar parâmetros hidráulícos a nível
locÚ
- tratamento estaüsüco dos dados de qualidade da água na origenu nomeadamente evolução
temporal
de
alguns parâmeüos analÍüco+
determinaçãodas
fácieshidroquímicas
e
suadistribuição espacial através da elaboração de diagramas de Piper e Stiff;
-
estudoda
vulnerabilidade
do
aquÍferona
áreado
Concelho deMontijo
aplicando comométodo o Índice de Susceptibilidade desenvolvido
por
Ribeiro (2m5);-
delimitação
dos
perímetros
de
protecçãodas
captaçõesutilizando
métodos
anúticos,
nomeadamente o raio
fixo calculadq
previstono
Decreto-l-ei382/9
de22 de Setembro (veranexo I), método de Wyssling e Método de Bear elacobs.
2.2-
Modelos analíticos utilizados
na inteqpretação
dosensaios de
caudal
A
interpretação dos ensaios de caudal disponíveís tevepor
base os modelos analÍticos de Theis,Cooper
Jacobe Theis
-
Recuperaçãqpor
se adequarema
aquÍÍeros confinados. Omodelo analÍtico de Theis (1935) representa
um
aquÍÍero confinado, ou seja onde não existermaÍga superior nem
inferior,
emrqlme
üansitórío e nas seguintes condições:- aquÍfero como um meio poroso homogéneo e isótropo;
-
âgaacom densídade e viscosidade constantes;- espessura do aquífero constante e a base do mesmo
horizontat
- o poço de bombagem possui
um
raioinfinítesimal
quando comparado com a extensão doaquífero, ou sej4 é
nulo
o ÍrÍnazenamento na captação;- o
fluxo
é radial ehorizontal;
- a captação é totalmente penetrante e de raio constante em toda a espessura drenanE;
- o aquÍfero tem extensão
infinita
e no mesmo não existem outras captações de água ot.t, casoexistant
encontam-se paradas;- não existem perdas de carga na admissão de água ao poço;
-
o
nível
piezométrico observado auma
distÍtnciaradial
infinita,
relaüvamente ao eixo dopoço de bombagenç é
igual
ao nÍvel hidrostático.Nesta situação
hipotétic4
Theis (1935) apresentauma
solução analÍtica (equação 1) para asequações do
fluxo
subterrâneo em regime variável e aquíferos confinados:Equação 1
s(r,t)-
Rebaixammto de um ponto situado a uma disulncíar
do furo de bombagem,observadonumtmrpo
Í.
Q-Çaúalextraído
7-
Transmissiúdade do aquÍferos(r,f)
=h
r'S
z - Funeâo auxiliar cuio valor éu
=
4tT
T*,
-u
Em que: Equação 2 Sendo: § - Coeficiente de arnuzenamentol-
Tempo decorrido desde o inÍcio da bombagemO
termo
TZ:*
é a funçãodo furo,
representada simplificadamentepor W(u).
A
equaçãoJu
Equa@o 3
O
modelo de
Cooper-Jacob (L946)é uma
simplificação
do
modelo de Theis,
válido
para grandes valores deEmpo
e decréscimo da distáncia do poço em extracção,ou
seja, valoresmuito
pequenosde
u
(u<0,0L).Os
autoresveríficaram
que
os
dois
primeíros
ternros daequação
de
Theiseram
suficientespara
representarum valor fiável da
função
W(u) e
aequação de Theis poderia ser aproximada para:
s(r,Í)
=ff*ç1
s(r,t)=
frVo,s77z-lnul
Equação 4Obtendo-se por simplifícação:
.
2.25Ttlog
tts
s(r,r)
=fflrt"s#+bgÍ)
0,183Qs(r,t)
=
Equa@o5No
cálculoda Transmissiüdade
utiliza-sea
equação da recta (y=alogx+b) formada
pelospontos projectados no gráfico semí-logaritmico do rebaixamento oersus tempo. Reescrevendo
a equaçãg tal como uma equação da recta, obtém-se:
T
EqtaçÃo6
Quando termina a bombagem após o ensaio de caudal, o nÍvel da água tanto no
furo
onde serealizou a bombagem, como no
furo
onde se observaram oe níveis tende a subir eaproximar-se
do
nÍvel
estáticoinicial.
Este aumentono nível da
âgaaê corúecido
por
rebaixamentoresidual.
Theis (L935) apresenta uma solução para a recupeÍação dos nÍveis após a paragem da bomba
(modelo
de
Theis
Recuperação),que se obtém
aplicando
o
princípio
da
sobreposição,,'
-
Q'
^t
+t'
4trT
t'
F4uaão7
onde t é a duração da bombagem e
í
o tempo decorrido após a paÍagem da bomba.Trata-se da equação de uma recta cujo pendor permite estimar o valor da
Transmissiüdade
(r).
Os níveis
observadosno
ensaiode
recuperaçãopermitem
calculiar a Transmissividade do aquÍÍero, de forma independente dos resultados do ensaio de bombagernOs
rebaíxamentosresiduais,
tanto no furo
de
bombagem,como
no
furo
de
observação,tendem
a
ser mais
realistas,
uma
vez que
estes
rebaixamentosdurante
o
ensaio
derecuperação ocorrem a
um
rácio constante.2.3.
Métodos analíticos
urilizlflse
na
delimiaçao
dos
perímetros
de
potecção
Raio Fixo Calculado
O
método
do raio fixo
calculado,em função
do tempo de
propagação, estáprevisto
no Decreto-lei 382/99, de ?2 de Setembro, e pode seruülizado,
mediante parecerfavorável
da Administração de RegiãoHidrográfica
(ARH) com competências no Concelho, em condiçõesespeciais, nomeadamente situações
que
nãoexistam
estudos hidrogeológicosou
não
sejapossível realizâ-los. Foi
utilizado
neste trabalho apenas aútulo
comparaüvo com os restantesmétodos aplicados, e sem qualquer
inHrção
de proposta da sua aplicação na delimitação dosperímetros de protecção das captações em causa.
Com
estemétodq
o perÍmetro
de protecção édefinido
mediante uma equaçãovolumétrica
que calcula o
volume
de
ágaa que chega à captaçãonum
tempodAerminado
e consideradonecessário para
diminuir
a contaminação aumnÍvel
admissÍvel anEs de alcançar a captação.Com
este métodoé
definido o raio da
âreade
protecção, através daqual
os poluentes sepÍopagam durante
um
perÍodo de
tempo. Supõe-seque a
captação estudadaé
a única
adrenar o
aquífero e que não existern direcçõesprivilegiadas
defluxo,
convergindo todas asÉ
um
método de simptes aplicação em que o único parâmetro hidrogeológíco necessário é aporosidade eÍir,az.
Segundo EPA (19%), o
raio fixo
calculado em funçãodo
tempo de propagação é adequadopara
aquíferos verdadeiramente confinados
sem
drenância
vertical
a
partir
do
estratoconfinante superior e em situações d€ gradiente
hidráulico muito
reduzido.A
equaçãoutilizada
é a seguinte:Q.t=n.tHr'er=
Q.t EquaçãoI
n.H.r
Sendo:
Q
-
caudal de exploracão da capta@o (ms/dia)t
- tempo de propaga@o (dias)n
- porosidade eÍicaz do aquÍferoH
-
espessura saturada da captação (m)r
-
raio do perÍnetro de protec@o (m)Zon.r de Prokr.ç,tu
dà.,.
o
Superficie cjo Solo
:rxarrada ce EPA ?993a)
lsôcronas
Linhm de Fluxo
(PerÍil Longitudinal)
Figura 1
-
Esquematiz@o do períntetro de protec@o calculado pelo método do raio fixo calorlado(adaptado de Moinante, 2003). 'I H I Furo em Êxtracção :PeÍÍl TIans'rersal)
Método
deWlesling
Wyssling
definiu
um
método de dímensionamentodo perírretro
de protecção que consisteno
cálculo
da
zona
de
chamada
de
uma
captaçãoe
procura posErior
do
tempo
depropagação desejado.
É
um
método simples,aplicável a
aquíferos porosos homogéneo§,no
entanto apresenta oinconveniente de não ter em conta as heterogeneidades do aquífero
A
utilização deste método pressupõe o conhecimento do gradientehidráulico
(i), do caudal extraído (Q), dacondutiúdade hidráulica
(K) ou Transmissividade(f),
da porosidade eÍicaz(n) e da espessura do aquífuro (b).
Em
primeiro
lugar,
é calculada a z.ona de chamada, que se define comoa
par@da
área de alimentaçãona qual
pode apreciar-seuma
descida donÍvel
piezométrico, consequência daextracção, e em que as linhas de
fluxo
sedirigem
paÍa a captação.Se,
num
aquÍferoliwe,
B for a altura dafrenE
dechamada teremos:Equa@o 9
Podendo o raio de chamada (X") obter-se pela seguinte expressão:
Q=K.B.b.içB-
K.b.i
Oxo
o
Equação 10Z.tr.K.bi
A
largura da frente de chamada à altura da captação (B') calculada pela equação:B'
B
o
Equação 112
z.K.bi
Definida
azona de chamada, deErmina-se, na direcção dofluxo,
a distáncia correspondenteao tempo de propagação pretendido. Para isso são usadas as seguintes equações:
Ki
F4na4ão72
v"
n+
I
+
l.(l
+8.X.)
Equa@o 14 2-l+
l.(l
+8.X")
Equação 15 2 Sendo: t-
tempo de propaga@o V"-
velocidade eÍicazS"
-
distáncia correspondente ao tempo t, no sentido do fluxo (montante da captação)S"
-
distáÍxda correspondente ao tmrpo t, no sentido contrário ao do fluxo (iusante dacaptaço)A
Figura
2 esquematiza, asprincipais
variáveisenvolüdas na
delimitaçãodo perímetro
deprotecção pelo método de Wyssling.
So S, Px a§ ,s ^§u
T-t. l llr Ê __ l\) trJ E (u = o, õl J Co DrrecÇ.rrj'J,:i Fluxo g oJ Furo x Xo Zora de CliarnadaFigura 2 - Esquema do cálculo das isócronas pelo método de Wyssling
(adaptado de ITGE, 799lin Moinante 2003).
Método
de Bear e JacobsO método de Bear e |acobs é baseado na definição da zona de captura induzida pela captação
a ProEger.
De modo a
simplificar
o modelo analÍtico, admitern-se uÍna série de hipóteses simpltficativas. Destemodo,
o
método
de
Beare
Jacobs (1965) aplica-seem
caso6de uma só
captaçãoimplantada num
aquÍfero
homogéneo,isótropo
e
de
extensãoinfinita,
subnretida
a
um
gradiente regional uniforme.
t
o
Este
tipo
de métodos, queutilizam
ábacos nadebrminação
de isócronas, permitem calcular com alguma eficiência as zonas de protecção de uma captação. Neste caso, as isócronas sãodefinidas pela
expresão abaixq
em função de variáveis reduzidas:Equação 16 XR
-
20.Y.b-.*
o
\rago77
20.v.bo
,y Equação 18 2.72t'
.a.t tR n.Q.b Equa@o 19 Sendo: V-
velocidade de Darcy(m/d)
Q - caudal de extracção contÍnuo ÍictÍcío
(rf /d)
n - porosidade eficaz (adimensional)
b - espessura do aquífero(m)
T - Transmissividade (m2/d)
i
-
gradimte hidráulico (adimensional)Yn Xn tc - variáveis reduzidas
x e y
-
distâncias reais (m)Bear e facobs
construíram
um
ábaco, apartir
da
fórmula
das isócronͧ, que consistenum
conjunto
de curvas semelhantes a urna parábola, cujo eixo de simetria coincide com ofluxo
daágaasubterrânea e as assíntonasimítam
umfluxo de
âgoa igual ao caudalextraÍdo. Cadacurva
representaum
tempo de trânsito
parao qual
se r€solveram as equações anteriores(rrGE
1ee7).t
*
=
L-
-
ln<*r
r*.
f
*"
"
Y-u;YR
3.
Enquadramento Legislativo
A primeira
abordagem em Portugal relativa à definíção de perÍmetros de protecção de águassubterrâneas
foi
ftita
através daNorma
Portuguesadefiniüva
NP 836 de L97L. Estanorm4
de aplicação voluntária, previa a existência de zonas de protecção sanitária para as captações,
com o objectivo de
reduzir
os riscos de contaminação da água captada.Posteríonnente foram publicados vários diplomas com interesse no âmbito da protecção das
origens de ágUa dos quais se destacarru
a
Decreto-lei
84/90,
de
16
de
Março,
aplicável
ao
aproveitamento
das
águas
de nascente.No
artigo
4o, referenteao
processode
licenciamento, estáprevisto
um
estudo hidrogeológico
com vista
à definiçãode
uma
ârea de protecção.O
artigo
5oprevê a definição de
um
perÍmetro
de protecção, sempre que a adequada protecçãodo aquÍfero assim o
exija definido
nos tennos do disposto no artigoL2do
Decreto-lein/90
de 16 de Março.Decreto-lei
86/90,
deL6 de Março, aplicávela
âgaas minerais naturais.No
artigo27
é referida a fixação de
um
perÍmetro de protecção de acordo com oprevisto
no no 4do artigo
12do
Decreto-lein'90/90
de16 de Março.Decreto-lei
fi/90,
de
t6
de
Março, aplicável
a
recursos geológicos.No
artigo
12o,onde se
Íaz
reÍerência à protecção dos recursos e condicionamentos às actividades, éestabelecido,
no
casode
exploraçãode
recursoshídrominerais,
a
fixação
de um
perímetro
de
protecção
com
fundamento hidrogeológicO
que
garanta
adisponibilidade
e
caracterÍsticasda
âgaa,bem como
condições
para uma
boa exploração.Decreto-lei 45/94,
de
22
de
Fevereiro,que
regula
o
pÍocessode
planeamento deÍecursos hÍdricos e elaboração e apÍovação dos planos de recursos hÍdricos. O
artigo
3o
refere
que
podem
ser
classificadas
de
protecção determinadas
zonas,nomeadamente bacias
ou
partesde
bacias,aquÍêros ou
massasde
água que pelassuas
caracterÍsticasnaturais
e
valor
ambiental, económico
ou
social
a§srilnaminteresse público.
Decreto-lei 46/94,
de 22 de
Fevereiro,que
estabeleceo
regime
ds
utilização
dodomÍnio hÍdrico,
sobjurisdição do Insütuto
daÁgua. No
seuartigo
22o estabelece adefin(ão de
áreasde
protecçãoà
captaçáo para emissãodo ütulo
de
captação dea
o
a
No
âmbito da
protecção das orígensde
ágaa,*m
fazcr
referênciadirecta à definição
dezonas de protecção, existem diversos diplomas com relevância:
a
o
a
r]
Delimitacao dos PeríÍnetÍog de Proteccão das Captacões de Abastecimento Público do CrÍrcelho de lúontiio
Decreto-l.ei
382/9,
de
22 de
Setembro (anexo[),
que
estabeleceas norÍnas
e
oscritérios paÍa
a
delimitação
dos
perírnetrosde
protecçãode
captaçõesde
águassubterrâneas destinadas ao abastecimento
público.
A
redacçãodo
no Ldo artigo
40,rel,ativo
à
aprovaçãoda
delimitação
do
perímetro
de
protecçáo,Íoí
alterada
peloDecreto-lei
»6-A/2ú7,
de3'L de lMaio, no seu artigo 88P.Decreto-lei 152/97,
de 19 de
Junho, alterado pelos
Decretos-leíW/9Í3
de
9
deNovembro
,
261/I
de 7 defulho,
t72/
2Cf,1' de 26 de Maio, L49 /2W
de 22 de Junho,19í3/2W de
I
de Outubro, que
transpôs
para
o
direito intemo
a
Direcüva
no9L/27L/CEE
do Conselho de 21 deMaio,
reliaüva ao tratamento das águas residuais urbanas.Decreto-lei 235/97, de 3 de Setembro, alterado pelo Decreto-leí68/99 de 11 de Março,
que
transpôspara
o
direito intemo a Directiva
9L/676/CEE do
Conselhode
12 deDezembro, reliativa à protecção das águas, contra a poluição causada
por nitratos
deorigem
agÉcola.Decreto-lei 236/9í3,
de
1 de Agosto, que estabelece normas, critériose
objectivos dequalidade com a
finalidade
de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade daságuas em função dos seus principais usos.
Decreto-lei
L33/2W5, de
16de Agosto,
que
apÍova
o
regime
de
licencíamento daacüvidade das entidades que operam no sector da
pequisa,
captação e montagem de equipanrentos de extracção e áglais zubterrâneas.Decreto-lei
§6/20f,f,
de27
de Agosto, que estabelece o regime da qualidade da águadestinada ao consumo humano, procedendo à revisão
do
Decreto-leiza3/?fiL
de 5de Setembro.
Decreto,lei
!73/2W,
de26Agostg
que etabelece o regime de prevenção e controlointegrado
da
poluição proveniente
de
certas
actividadese
medidas
destinadas aevitar
ou, quandotal
nãofor
possÍvel,Í€duzir
as emissões dessasactiüdades
PaÍa oat,
a
ágaae o solo, a prevenção e controlodo ruÍdo
e a produção de resÍduos,bndo
em vista alcançar um nível elevado de protecção do ambíente no seu todo.A
Directiva
zC/|f,,/ffi/CE de 23 deOutubro
(DirecüvaQuadro
daÁgua-@A)
foi
transpostana Lei
fi/m5
de
29
de
Dezerrbro
(I-ei da
Água), que
estabeleceas
basese
o
quadro
insütucional
para a gestÍio sustentável das águas eum
enquadramento PaÍa a proêcção daságuas
de
superfície interiores,
das
águasde transiçãq das
águas costeirase das
águ.re subErrâneas.A
aprovação daIci
daÁgo"
e das direcüvas resultantes daDQA,
deuorigent
à publicaçãode
uma
série de diplomas com interesseno
domÍnio da protecção das origens deágua
dosquais se destacam os seguintes:
Decreto-lei
n/2CíJf,,
de 30 de
Março, que
estabelecenormas
de
naturez-a tÉ ,nicareliativas
à
caracteftzaçãodas
águasdas
regiõeshídrográficas,
aosprogramas
de monitorização e demedida+
aos poluentes, aos valoreslimite
de emissãq normas dequalidade ambiental e às substllncias
prioritárias.
Decreto-lei 226-A/2Cf,/7,
de
3Lde Maio,
quedefine o novo regime de
uülização deÍecrúsos hÍdrícos, que completa as regÍas base da [-ei da
Ágo".
Portaria
1450/2ú7, de
12
de
Novembro, que
regulamenta asPectosdo
regime
de utilização dos recursos hídricos.Decreto-lei
3LL/2N7, de
L7 de Setembro, que estabeleceo regime
de constituição egestão
dos
ertpreendimentos
de
fins
múltiplos, bem
como
o
respectivo
regimeeconómico e financeiro.
Decreto-lei
3§/2W7,
de
19de Outubro, que
aProvao
regime a que fica
supito
oreconhecimento das associações de utilizadores do domÍnio público hÍdrico.
Decreto-leí 2Cf./zCÍJf,,
de
2Í3 deOutubro,
que estabeleceo regime de
protecção daságuas subterrâneas contra a poluição e deErioração.
a a a o a a
4.
Enquadramento
Geo grâúico
O
Concelho
de
Montijo
pertence
à
Área
Metropolitana
de
Lisboa (A.M.L.),
mais concretamenteao
subconjunto
A.M.L.
-
Sul.
Com uma
população residente,
segundoprevÍsões do
tNE para2ü8,
de
4L432 habitantes, possuiuma
áreatotal
de 348 Km2, o que otoma num
dos Concelhos mais extensos deste subconjunto.A
Figura 3 refere-se ao enquadramento geográfico do Concelho de Montijo.Bragtnça Viana d o o Lts s Porto a Guarda o CoImbra o .Castelo Branco Leirla a o Castelo BrSsa santarém Portalegrc a
"u"
o ALGOCHETE a ilo E 0 5000 10000m oFiggra 3 - Enquadramento geográfico do Concelho de Montiio.
Com
a
particularidade
de
ser
territorialmente descontínuo,
o
Concelho
de
Montijo,
éconstituído
por
duas áreas:a
Este, maisinterior,
comporta três freguesias (SantoIsidro
dePegões, Pegões e Canha), e a Oeste abrange cinco freguesias (Montijo,
Afonsoeiro,
Atalaia,Alto
Estanqueiro/Jardia e Sarilhos Grandes).A
zona Oeste,de
características urbanase
onde
habita
867oda
população, compreende apenas 17oÁda
área
total
do
Concelho. Esteterritório
confronta
com os
Concelhos
deSantolddro dePegões
a a
Topograficamenê,
no
território
Oestedominam
as baixas altitudes,
atingindo+e
a
cotamáxima (67 m) na freguesia da Atalaia.
Os
declives sãopouco
acentuadot
apenascom alguns
casospontuais
a
atingir
valoressuperiores a 8%.
A
redehidrográfica
é dominada pelo Rio Tejo, Vala das Nascentes, Valado PauQueimado,
Vala Real
eVala
da Broega.A
zona Este, com caracterÍsticas essencialmente ruraís, compreende ceÍca de 83%da
ârea doConcelho e
confina com
os Concelhosde
Benavente, Coruche, Monternor-o-Novo, VendasNovas e Palmela.
Sendo habitada
poÍ
apeÍras L4% dapopulação do Concelho, apresenta uma baixa densidadepopulacional.
A
orografia é nesta zonamais
acidentadA comurna alütude
médiasuperior a
í)
metros,atingindo
a cota máxima de 136 metrosjunto
a Pegões. Os declives atingem em alguns caso§os?5%.
As
linhas de
águaprincipais
sãoa
Ribeira de
Canhae
Lavre,existindo
no
entanto
umagrande
densidadede
pequenaslinhas de
águaque
apresemtammaioritariamente
regimesintermitentes que se
interrompem
durante a época esüval.Delimitacão doe Perímetroe de Proteccão das Captacões de Abastecimento Público do Crncelho de Iúontiio
5.
Clima
Os estudos climatológicos são
de
grandeimportância no
conhecimentohidrogeológico
de uma região.A
quantificação das componeÍrtes principais do ciclo hidrológrco é essencial naestimativa das disponibitidades lúdricas
de uma
dada
área.O clima
é
condicionadopor
factores
locais tais como
a
proximidade
do
mar,
a
orografia,
a
hidrografia,
altitude
urbanismo, áreas de floresta e Írurss.ts de ágaa interiores.
A
caracterização climática aqui efectuada é apenas uma breve descrição do comportamentoclimátíco no Concelho de
Montijo,
tendo como base as nonnais climatológicas Para o perÍododel96L-L990
(nstituto
de Meteorologia, Lisboa) da estação meteorológica deMontijo
-
B.A.Peta classificação de Trewartha (1943), o Concelho de
Montijo
aPresenta-se sobre a influênciade
um
clima subtropical
secoou
meüterrânico,
cujas caracterÍsticas sãoum
Verão seco equente e
um
lnvemohúmido
eilneno.
A
proximidade
do
mar
é
um
dos
factoresque
atenua
as
caracterÍsücas anteriormentercÍeidas,
arnavezque
as Ínassas de ar húmidas têm Ínenoramplitude
térmica e resguardama região de situações extremas que por vezes ocorrem em climas mediterrâneos.
Acaracterlzação climática a seguir apresentada é baseada na discrição efectuada no
relatório
de
reüsão do
PtanoDirector
Municipal
(PDM) deMontijo
(2008),e
refere-se à análise doselementos climáticos observados na
etação
meteorológica acima referida.Temperatura do ar
A
temperatura
do
ar
tem
grande importância
na
dinâmica
do
ciclo hidrológrco.
É'condicionada
por
factores como o relevo, naturezado
solo e seurevestimentq proximidade
de grandes zuperfÍcies
deáguae
regime dos ventos.No Concelho de
Montito,
a temperatura média ao longo do ano é aproximadamenE de16"Ç
variando as temperaturas médias mensais entre os
1fC
em Janeiro e os 22,5T. em Agoeto. Os valores médios das temperaturas máximasvariam
entre os 14oC em Janeiro e os 28,8oCem
Agostq
enquanto que os valores médios das temperaturas mÍnimas variam entre os 6qCem ]aneiro e os
16t
em Agosto.É no entanto
importanE
referir que estes valores são registados na estaçãoBase Aérea no 6, com influêncía directa do rio Teio.
A
Figura 4 refere-se à variação das temperaturas do ar ao longo do ano, registadasMeteorológica de
Montijo
(8.4.).Delimitacão dos Perímetros de Proteccão das Captacõês de Abastecimento Público do Concelho de Montiio or 45 N 35 30 25 20 l5 r0 5 0 C -c. -fsp"1
poluro móxim o Absoluto
-D lv1éd i s Tenr perol urO l,;['ni n: o -
lr.lédio Tem peroturo lvloxirno
Tem perolurc lilÍriim o Absolulo
' : I ) o .C tr o C Z
I
-o = p -c õ õ ./t p .Jt o o) C .C C -l o 'õ <-à.:
_o o LF c j l: I l o 'o C C -lFigura 4- Temperatura do ar - Estaçâo meteorológica de Montijo- B.A.
(Nornrais climatológicas entre 1969-1990, tnstituto de Meteorolop,ra, Lisboa, inrelatÍrjode revisão
PDM Montijo, 2008).
Vento
Os ventos predominantes registados
na
estação meteorológicada
Base Aérea noÇ
são deNorte e de Nordeste, com especial predominância de vento Norte durante o Verão, o que se
explica pelo facto de ocorrer um maior gradiente térmico ao longo da costa (Figura 5).
Os valores registados de velocidade
do
vento são predominantemente abaixo dos 20km/t,
ocorrendo cerca de
22
dias de ventoscom
velocidade superior a 36km/h
edois
dias comDelimitacão dos Perímetros de Proteccão das Captacões de Abastecimento Público do Concelho de Montiio
NW HE
It,
S ir,J SE
Figura 5- Frequência (7,) e velocidade média dos ventos (7") - EstaÇão meteorológica de Montiio- B.A.
(Nonnais climatológicas entre 1*i9-1990, lnstituto de Meteorologia, Lisboa, íz relatório de revisão
PDM Monüio,2m8).
Humidade Relativa
A
humidade relativa depende, entre outros factores, da temperatura. O Concelho deMontijo
apresenta uma humidade relativa
médi4
àsth,
na ordem dos 80% e de 63% às 15h
(Figura6).
A
locaLizaçãoda
estação meteorológicade
referênci4
junto ao
estuário,
tem
grandeinfluência nos valores de
humidade
do ar registados, pelo que as características não serão asmesmas noutros locais do Concelho, nomeadamente na região Este.
4C 50 50 70 r00 E
.
FrequÉr{ia nÉdia-+
.,'elccid#e nrdia S \ov er-'bro Seternb'o fulho Msio Moço Joneip '0 wE I'lcros E I§ Hcros
Figura ó- Humidade rel,ativa - Estação meteorológica de Montiio- B.A.
(Norrtais climaÚotógicas entre 1!)69-1990,Instituto de Meteorologra, Lisboa, in relatÓrio de revisão
PDM Montiio,2008).
)
-t
Precipitação
O
vapor de
água
contido
na
atmosferadá origem à
precipitaçãoquando
se verificam
variações das condições meteorológicas. As
primeiras
quedaspluüométricas
destinam-se àsatisfação das exigências
resultanbs
da capacidade de campo e da evapotranspiÍação, após oque se origina o escoarnento superficial
e/ou
infiltração.A
precipitaçãoé uma
das componentesprimárias
do
ciclo hidrológico e constitui a
fonte fundamental de recarga dos aquíferos.Como é
característicodo clima
mediterrâneo,no
Concelhode Montijo a maior
parte
da precipitação ocorre nos mesesde Invemo,
apresentandoum
mínimo
nos meses de Verão,com os meses de Julho e Agosto em regÍa extremamente secos. O total anual de precipitação
no Monüjo é de 577 mm. As situações de chuva intensa ocorrem em cerca de 20 dias por ano,
o que corresponde à passagem de superfícies frontais ou de depressões activas.
A
Figura 7
refere-seà
precipitaçãomédia
mensal e sua concentração registadana
estaçãometeorológica tomada como referência.
No de Dios '0 0 I 6 4 2 mrn t7J r00 80
fi
40n
90gEoAa9900 L;gJ)'ú-C.E.trL-L,É ?L Ltr õEã-) ú.',ro z r Precipiloçôo > l0 mm : PrecipiÍoçôo > I mm + PÍeclpitoçôo lotol (mm)Figura 7 - Precipitação média mensal e sua concentra@o - EstaÇão meteorológica de Montijo- B.A.
(Nornrais climatológicas entre 1969-19D0,Instituto de meteorolop,ra, Lisboa, in relatúrio de revisão
PDM Montijo,2008). o -o É d) N C) ô
Evapotranspiração
Ao
calcular-sea
água perdida numa região revestida
por
vegetação,é
praticamente impossível separar a transpiração da evaporaçãodo
solo, lagos e rios. Assim,em
termos debalanço
hidrológico,
os
dois
processosdevem
ser
considerados
em
conjunto,
sob
adesignação de evapotranspiração.
Designa-se
por
evapotranspiraçãoo
fenómenocomplexo resultante
da
transpiração
dasplantas e da evaporação do meio circundante, nomeadamente superfície do terreno, água de
valas, rios, pequenos lagos, etc. (l.encastre e Franco,lg84).
Chama-se evapotranspiração potencial (EVP) ao valor da evapotranspiração que ocorreria se
não houvesse deficiência de alimentação em água paÍa o referido processo.
A
evapotranspiração abrange grande parte da água retirada de uma bacia hidrográfica, peloque é importante a sua consideração do ponto de vista do balanço hidrológico.
Simões
(1998) apresentavalores
de
EvapotranspiÍaçãoreal
(EVR)
e
potencial para
oCenozóico da margem esquerda do rio Tejo (Tabela 1).
Tabela 1
-
Evapotranspiração real (EVR) e.Potencial @VP) para o Cenozóico da Margem esquerda dorio Teio (mm/mês).
de 7
Ian Fev. MaÍ. Abr. Mai. Iuru IuI. Ago S€t. Out. Nov. Dez. Anual
EVR n 24 47 67 O 15 5 5 31 63 M 22 486
EVP n 24 47 6t 99 128 161 153 L10 72 M 22 941,
Balanço
hídrico
O
balançohídrico
consistena
contabilizaçãodos
volumes
de
ágaaenvolvidos
no
ciclohidrotógico para determinado intervalo
de
tempO nurna dada área
sendo
um
factoressencial na avaliação das disponibilidades hídricas nessa mesma área.
Segundo Simões (1998) a expressão que o materializa:
Precipitação = Evapotranspiração + Escoamento +
Infiltração
+Humidade
dosolo
só
por
si
pode determinar se rüna
região
tem
possibilidades
de
ocorrência
de
águassubterrâneas e assim
permitir
encontrar altemativas de abastecimento.A
precipitação e a evapotranspiração constituem os factores quantitativos mais importantesJun Iul. A6o. Anual
SeL Out Nov Drz,. Jan Fw. Mar. Abr. Md,
22 5 5 ffiz P 31 63 m 100 97 88 88 57 46 22
n
24 47 6l 99 r28 161 1B qL7 ET? 110 72 4 & 4 53 43 dR % 0 0 0 CC 0 0 % 1m 100 100 1m 96 43 22n
24 47 67 99 65 5 5 86 E-TR 31 63 4 196 EXC 14 77 & 47 63 t% 148 455 DEF D 9A
mesma autora apresenta o balançohidrológico
para o Cenozóico da margem esquerda doTejo (Tabela 2 e Figura 8), tendo obtido excedentes de196
mm/ano.
Tabela 2
-
Balanço hidrológico no Cenozóico da margem esquerda do Tejo (mm/mês)de Simões, 1
P - precipitação; EVP - evapotranspiração potencia| dR - variação da reserva de água utilizável no solo; CC - capacidade de campo (1ü) mm); ETR - evapotranspiração rea! D(C - excedetrtee; DEF - défices.
Figura 8 - Balanço hidrológico no Cenozóico da margmr esquerda do Teio.
P - precipitação; EVP - evapotranspiração potencia| dR - variação da reserva de água utilizável no solo;
CC - capacidade de campo (100 mm); ETR - evapotranspiração rea} D(C - excedentee; DEF - défices.
vt <(u É E É, 180 160 7N 120 100 80 60 40 20 I
-+P
+ETP
dR cc*ETR
+-EXC
--t-
DEF I I 0Set. Out. Nov. Dez Jan. Fev. Illhr. Abr.
ttai. Jun. Jul.
Ag0Delimitacão dos Perímetros de Proteccão das Captacões de Abastecimento Público do Concelho de Montiio
6.
Geologia
A
geologra de uma região éum
factor ffsico que condiciona de formaprimordial
ainfiltração
e circulação das águas subterrâneas.
O
Concelhode Montijo
localiza-se sobre os terrenosda
Bacia Terciáriado
Tejo-Sado. Esta,constitui
uma depressão alongada na direcção NE-SW, marginada aW
eN
pelas formaçõesMesóicas
da Orla
Ocidental,a NE e
Epelo
Substrato Hercínicoe
a
Sul
comunicacom
oAtlântico, na PenÍrsula de Setúbal.
O enchimento é constituído
por
Depósitos Paleogénicos, Miocénicos e Pliocénicos, recobertosem quase toda a área por Depósitos Quaternários (Atmeida et. a1.,2000).
O
Paleogénicoé
constituído
por
arcoses, depósitos conglomeráticos,arenitos
arcósicos eargilitos e calcários margosos.
O
Miocénico
é
caracteruadopor
depósitos continentais altemadospor
outros
marinhos,característicos
de
uma
alargadaplanÍcie
aluüal,
em forma de
estuário, aberta ao Oceano(entre as Serras de Sintra e da Arrábida) e sujeita a transgressões e regressões do mar.
O Pliocénico é constituÍdo quase exclusivamente por areias, com intercalações lenticulares de
argilas. Estes sedimentos, que afloram
em
grande parte da áreado
sistema, são de origemfluüal,
constituindo urna espessa série, essencialmente arenosa.Associados
com a
redehidrográhca
do Tejo
ocorrem depósitosde
terraçose
de
aluviõesModernas.
Na
Figura 9 pode ser observadoo
enquadramento geológico do Concelho deMontijo,
combase na carta geológica de Portugal à escala 1:500000
(oliveira
etal.,1D2).
A
catactenzação geológtca que a seguir se apresenta tem como base a cartografia geológica àescala
1:50000, baseadanas
notícias explicativas
correspondentesàs
cartas
geológicasrepresentadas
no
Concelho.A
relaçãocom
a
geologiaà
escala 1:500000 representada nafigura
não é explÍcita, pelo que importa referir algumas correspondências.As
camadasde Alfeite
(PAF),
que
surgem
representadasna zona
Oestedo
Concelho,correspondem
essencialmenteà
Formação
de
Santa
Marta
(PsM),descrita
na
notícia explicativa da carta geológica 34,D de Lisboa (Pais ef a1.,2006).Os arenitos
do Ulme
(PU), largame!:lte representados na zona Este do Concelho e asArgilas
de Tomar (MT), surgem descritos nas notícias explicativas das cartas
34{.
de SantoIsidro
dePegões (Zbysz-ewski et al., 1968)