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A POLÍTICA PÚBLICA DE OFERTA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO PARANÁ: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA

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NO PARANÁ: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA

PRENDIN, Cristiane – SEED/PR prendacristi@pr.gov.br GREGORIO, Ana Nelly de Castro - SEED/PR ananelly@pr.gov.br MACHADO, Jacqueline Tomen - SEED/PR jakepedagoga@seed.pr.gov.br Eixo Temático: Políticas Públicas e Gestão da Educação

Agência Financiadora: Não contou com financiamento

Resumo

A profissionalização dos funcionários da educação - segmento funcionários no Paraná parte do Programa Nacional de Valorização dos Funcionários da Educação - ProFuncionário da SEB do Ministério da Educação - MEC. A proposta de profissionalização (BRASIL, 2005b) aliou as modalidades de educação: profissional e a distância, focalizada nos conhecimentos necessários a profissão para a qual esta se destina, assim como se utilizando dos conhecimentos tácitos, pois estes não devem ser descartados e sim aproveitados no aprendizado quando na apropriação de novos conhecimentos. O objetivo deste artigo é demonstrar os reflexos da profissionalização dos funcionários da educação segmento funcionários, no estado do Paraná, por meio da oferta dos Cursos Técnicos de Nível Médio do Programa e a efetivação do Plano de Cargos e Carreiras e Vencimentos como investimento na educação pública do estado.

Palavras Chave: Política de Formação. ProFuncionário. Educação Profissional. Plano de Cargos.

Introdução

A partir de 2003 o estado do Paraná assumiu como uma de suas políticas educacionais a retomada da oferta da Educação Profissional. Essa modalidade de ensino foi uma das que mais sofreu com as pressões da política neoliberal estabelecida na década de 90 e início da década de 2000, que apresentou como principal resultado a fragmentação do sistema educacional, o desmonte da rede pública e a consequente expansão da educação profissional na rede privada sendo esta sujeita às necessidades e práticas do mercado de trabalho.

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No que diz respeito aos funcionários das escolas públicas, estudos do Ministério da Educação - MEC identificaram que na perspectiva das políticas neoliberais os funcionários vinham sendo recrutados por critérios clientelísticos e como consequência, dessa ação, gerando a tendência ao descuido pela formação e escolarização (BRASIL, 2005c).

Dando continuidade então, as mudanças das políticas educacionais, que vinham ocorrendo, também âmbito nacional desde 2003, o MEC no ano de 2005 percebe a necessidade de oferecer adequada formação profissional e, portanto, encaminha

sua proposição para que o Conselho Nacional de Educação estude a conveniência de serem oferecidos cursos técnicos de nível médio, com habilitações diferenciadas e de se incluir, nas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Médio uma área específica de educação. (BRASIL, 2005c)

Como ação a Secretaria de Educação Básica solicitou a inclusão de uma nova área nas Diretrizes Nacionais e assim, a partir desta, poder estruturar uma proposta de oferta de cursos que atendesse a estes profissionais, conforme (BRASIL, 2005c):

uma nova área no rol das áreas profissionais previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, estruturar “um programa de oferta, a partir do próprio Ministério da Educação, de cursos profissionais” para os funcionários de escola não abrangidos nas carreiras do magistério, a ser desenvolvido em regime de colaboração com os respectivos sistemas de ensino.

Como consequência Secretaria de Educação Básica e Ministério da Educação – MEC propõe o Programa Nacional de Valorização dos Funcionários da Educação – ProFuncionário1, uma formação técnica em nível médio dos profissionais da educação – não docentes.

Em 2005 o estado do Paraná, representado pela Secretaria de Estado da Educação -

1

Em maio de 2007, tendo em vista o momento de transição da confecção do material pela Universidade de Brasília da proposta inicial do ProFuncionário para outra instituição, o MEC reorganizou a proposta e a denominou como Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público – ProFuncionário (BRASIL, 2005d) onde a Secretaria de Educação Básica e Ministério da Educação – MEC, por meio do Departamento de Articulação e Desenvolvimento dos Sistemas de Ensino - DASE que designou a coordenação geral para a Diretoria de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e Tecnologias para a Educação Básica que passou a atender o Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público (BRASIL, 2005d).

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SEED/PR, com mais 04 estados, Pernambuco, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul, foi convidado a participar do seminário de lançamento do projeto piloto do ProFuncionário. O Evento teve como objetivo apresentar a proposta de formação do Programa e, estimular os estados a aderirem à implantação do mesmo ainda naquele ano letivo com a abertura de 1.000 (hum mil) vagas.

Entendendo então, que a Proposta estaria de acordo com a política de oferta da Educação Profissional no estado, perceber a necessidade de se promover a formação técnica aos profissionais que atuam nos estabelecimentos de ensino e acreditar que esta seria uma estratégia para a melhoria da qualidade de ensino na rede pública estadual, o Paraná elaborou um plano de trabalho para implantação do Programa a partir de 2006.

A proposta do Programa direciona seu olhar ao importante papel de educador, que esse profissional da educação, o funcionário, deve desenvolver no seu cotidiano e que até o momento estava excluído do processo de formação dos alunos. Conforme, Manfredi ( 2002, p 12) devemos aproveitar todos os membros do universo da comunidade escolar a colaborar na melhoria da escola pública.

Na sociedade contemporânea, as rápidas transformações no mundo do trabalho, o avanço tecnológico configurando a sociedade virtual e os meios de informação e comunicação incidem fortemente na escola, aumentando os desafios para torná-la uma conquista democrática efetiva. “... o desafio é educar as crianças e os jovens propiciando-lhes um desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, de modo que adquiram condições para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo. Tal objetivo exige esforço constante de diretores, professores, funcionários e pais de alunos e de sindicatos, governantes e outros grupos sociais organizados. (MANFREDI, 2002, p.12)

A Implantação da Proposta

A implantação dos cursos técnicos do ProFuncionário no estado do Paraná foi firmada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica (Brasil, 2005a), entre a federação e o estado, e organizada pelo Departamento de Educação Profissional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

A criação da Comissão Estadual do Programa ProFuncionário no Paraná (PARANÁ, 2006c) possibilitou integrar a responsabilidade pela implantação e implementação da proposta

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na Secretaria, por meio do Departamento de Educação e Trabalho2, por representantes dos diversos segmentos da educação como o Conselho Estadual da Educação do Paraná – CEE/PR, União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação/PR – UNDIME/PR, a APP/PR segmento funcionários e os Departamentos de Educação da Secretaria de Estado da Educação; tendo em vista viabilizar as informações em 2007 foram inseridos os departamentos responsáveis pela documentação escolar dos alunos e estabelecimentos e pela vida funcional do servidor (PARANÁ, 2007a), e a partir deste ano iniciou a participação a Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, por entrar no processo como responsável pela nova organização dos trabalhos orientados pelo MEC.

A proposta de profissionalização (BRASIL, 2005b) aliou duas modalidades de ensino - educação profissional e a distância, focalizada nos conhecimentos necessários a profissão para a qual esta se destina, assim como se utilizando dos conhecimentos tácitos, pois estes não devem ser descartados e sim aproveitados no aprendizado quando na apropriação de novos conhecimentos.

No Paraná a oferta dos cursos do programa é de forma semi-presencial, pois se utiliza de momentos presenciais intercalados a momentos a distância que segundo Moran (2007)

...temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou à distância) e educação a distância (ou virtual)...A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.

No levantamento, da demanda do estado, observou-se um número considerável de servidores com escolarização para frequentar os cursos, portanto, foi solicitada a ampliação de 1.000 (hum mil) para 1.140 (hum mil cento e quarenta) vagas para atendimento desses profissionais com maior tempo de serviço, pois em breve haveria o chamamento do último concurso realizado para servidores da educação com nível médio completo e priorizou-se o atendimento desses profissionais mais experientes.

Foram credenciados 34 (trinta e quatro) estabelecimentos de ensino em 32 pólos3, e

2 O Decreto n.º 1396/2007 de 05 de setembro de 2007, GOV/PR, que aprova o regulamento da Secretaria de Estado da Educação do Paraná onde o Departamento de Educação Profissional passou a ser chamado de Departamento de Educação e Trabalho (PARANÁ, 2007b).

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ofertadas inicialmente 38(trinta e oito) turmas de cursos técnicos em nível médio a distância das quatro habilitações (PARANÁ, 2006b) sendo: 27(vinte e sete) turmas em Gestão Escolar, 6(seis) turmas Multimeios Didáticos, 2(duas) turmas Meio Ambiente e Infraestrutura Escolar e 1(uma) turma de Alimentação Escolar, com 1.086 (hum mil e oitenta e seis) alunos matriculados.

O Paraná é constituído de 399 (trezentos e noventa e nove) municípios e já nas primeiras turmas atendeu servidores de estabelecimentos de 197 (cento e noventa e sete) municípios.

Na primeira expansão, no início de 2007(PARANÁ, 2007c), foram abertas mais 1.290 (hum mil e duzentas e noventa) vagas sendo matriculados 1.286 (hum mil duzentos e oitenta e seis) alunos em 43 (quarenta e três) turmas ofertadas em todo o estado. As turmas foram distribuídas da seguinte forma: 34 (trinta e quatro) turmas de Gestão Escolar, 6 (seis) turmas Multimeios Didáticos, 3 (três) turmas Meio Ambiente e Infraestrutura Escolar e 3 (três) turmas de Alimentação Escolar; nesse momento procurou-se atender mais a demanda dos profissionais que atendem a função de serviços gerais, porém como para estes não há obrigatoriedade do ensino médio muitos não concluiram seus estudos para ingressarem na formação. Neste ano iniciaram as atividades servidores de estabelecimentos de 272 (duzentos e setenta e dois) municípios do estado, ou seja, ampliamos atendimento em 75 (setenta e cinco) municípios.

Na segunda expansão, em 2008 (PARANÁ, 2008a), foram abertas mais 1.860 (hum mil e oitocentas e sessenta) vagas sendo matriculados 1.830 (hum mil oitocentas e trinta) alunos em 61 (sessenta e uma) turmas ofertadas em todo o estado. As turmas foram distribuídas da seguinte forma: 23 (vinte e três) turmas de Gestão Escolar, 19 (dezenove) turmas Multimeios Didáticos, 16(dezesseis) turmas Meio Ambiente e Infraestrutura Escolar e 2 (dois) turmas de Alimentação Escolar; e 2 (duas) turmas mistas de Meio Ambiente e Infraestrutura Escolar e Alimentação Escolar. O atendimento atingiu aos servidores de estabelecimentos de 325 (trezentos e vinte e cinco) municípios, chegando a atender 82% do total do estado.

Em 2008 então, estavam em funcionamento 104 turmas com 3.040 alunos cursando, sendo que 1.300 formam-se até o final de 2008. Nessa perspectiva a SEED/PR vem mantendo a proposta atingir 50% dos profissionais do estado até 2010, ou seja, formar 12.000 servidores em serviço.

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Com a oferta desde 2006 e a primeira expansão em 2007 o Paraná formou, nos cursos do ProFuncionário, 2.240 profissionais da educação. Em 2008 iniciaram 61 turmas com 1826 profissionais que concluem o curso em maio/2010 totalizando até 2010 aproximadamente 4064 funcionários com formação específica na área técnica e pedagógica.

O número de profissionais da educação concluintes ou em conclusão dos cursos estão distribuídos da seguinte forma: 2524(dois mil quinhentos e vinte e quatro) em Gestão Escolar, 837(oitocentos e trinta e sete) em Multimeios Didáticos, 570(quinhentos e setenta) em Meio Ambiente e Infraestrutura Escolar e 133(cento e trinta e três). A conforme demostra a distribuição de formação percebe-se que a maior oferta de cursos manteve-se aos funcionários da área administrativa tendo em vista a escolarização mínima para frequentar os cursos. P

O Departamento de Educação e Trabalho então, para ampliar o atendimento aos profissionais que atuam na área de serviço de apoio nos estabelecimentos, elaborou em consonância com a proposta do MEC de oferta do PROEJA (BRASIL, 2006), que alia o ensino médio integrado com a educação de jovens e adultos e ainda a educação profissional, propõe a implantação de dois cursos no formato de PROEJA aos funcionários que não concluiram o ensino médio. Conforme, BrasiL ( 2006)

Art. 1o Fica instituído, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA, conforme as diretrizes estabelecidas neste Decreto.

§ 1o O PROEJA abrangerá os seguintes cursos e programas de educação profissional:

I - formação inicial e continuada de trabalhadores; e II - educação profissional técnica de nível médio.

Os cursos para oferta a estes profissionais são o Técnico em Nível Médio de Infraestrutura Escolar e Alimentação Escolar, com carga horária de 2402 (duas mil e quatrocentas e duas) horas, presencial com duração de três anos.

A expansão para 2009 amplia a oferta dos cursos disponibilizando 6000 vagas distribuídas em 217 turmas. Neste momento inicia-se a inclusão do atendimento aos municípios que fizeram adesão - uma parceria entre estado e município (UNDIME/PR). Com esta oferta atingi-se o atendimento de quase a totalidade de profissionais da educação do quadro de estatutários do Estado.

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Em dezembro de 2007 foi realizada a formatura das primeiras turmas do país onde 1.023 (hum mil e vinte e três) alunos, de todo o estado, compareceram ao evento que aconteceu em Curitiba no dia 19 de dezembro com a presença do excelentíssimo Senhor Governador do Estado Roberto Requião, demais autoridades das Secretarias de Estado e sociedade civil. Tornando-se um marco histórico da valorização dos profissionais da educação - segmento funcionários, pois a partir daquele momento, por solicitação do próprio governador que tocado pelo entusiasmo contagiante dos formandos, designou ao Secretário de Educação instituir uma comissão para realizar estudos e delinear uma proposta de plano de cargos e carreira que garantisse o acréscimo salarial bem como a qualificação dos funcionários com previsão de apresentação da proposta em 6 meses para aprovação.

Portanto, o compromisso da formação técnica dos funcionários pelo ProFuncionário no Paraná, assim como o fortalecimento da oferta da educação profissional como política pública de ensino e inclusão social no estado se concretiza pela aprovação do Plano de Cargos e Carreira dos Funcionários da Educação, em 26 de agosto de 2008, pela Assembleia Legislativa por unanimidade e sancionada pelo governador 09 de setembro de 2008 (PARANÁ, 2008b), na escola de governo, e comprovasse mais uma vez o investimento que o estado destina a educação visando garantir a melhoria na qualidade do ensino público.

No Plano de Cargos e Carreiras (PARANÁ, 2008b) considera-se os cursos da 21ª área, como requisito para avançar na carreira, conforme PARANÁ, 2008b

Art. 17. O Agente Educacional I poderá avançar na carreira, por promoção: I – 7 (sete) classes, se concluir ensino médio;

II – 6 (seis) classes, se concluir curso de formação profissional na Área Profissional 21, consubstanciada em Serviços de Apoio Escolar, obedecidas as Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação, com carga horária mínima de 1.200 horas, nos termos da regulamentação vigente.

Art. 18. O Agente Educacional II poderá avançar na carreira, por promoção:

I – 6 (seis) classes, se concluir curso de formação profissional na Área Profissional 21, consubstanciada em Serviços de Apoio Escolar, obedecidas as Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação, com carga horária mínima de 1.200 horas, nos termos da regulamentação vigente.

O Ministério para unificar a oferta de cursos da educação profissional e tecnológica no país institui-se Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos onde as área profissional passam a ser considerados como os eixos tecnológico (BRASIL,2008). Portanto atendendo a legislação nacional e estadual pela Resolução n.º 04/08 - CEE/PR (PARANÁ, 2008d) foi

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alterada a nomenclatura de dois cursos ofertados no ProFuncionário, o curso de Gestão Escolar passa a ser denominado Secretaria Escolar e Meio Ambiente e Infraestrutura Escolar passa a ser denominado de Infraestrutura Escolar, e os cursos passam a pertencer ao eixo Tecnológico: Apoio Educacional.

A partir da aprovação da Lei Complementar n.º 123 que institui o Plano de Cargos e Salários o Estado vem tratando a formação como uma das Políticas da Educação do Estado. Esta preocupação é observada também quando é criada uma Coordenação de Formação dos Agentes Educacionais - CFAE para atuar na continuidade da formação inicial propondo a formação pedagógica dos funcionários nas escolas por meio de grupos de estudo, NRE itinerante, entre outros.

O Paraná assim como toda a categoria comemora o reconhecimento da classe, pois no dia 15 de julho de 2009, o Senado aprovou o Projeto de Lei do Senado (PLS 507/2003), que reconhece os funcionários de escolas como profissionais da educação, mediante habilitação específica. A Proposta de Lei, de autoria da senadora Fátima Cleide (PT – RO), altera o art. 61 da Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que passa a vigorar com a seguinte redação:

TÍTULO VI - Dos Profissionais da Educação

“Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;

II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;

III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.

Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos: I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;

II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço;

III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades.” (NR) (Brasil, 2009).

Portanto, o próprio plano e a alteração no artigo da LDB visa a valorização do funcionário pela escolarização e permite garantir a continuidade da oferta dos cursos do ProFuncionário até que 100% dos funcionários sejam profissionalizados e, que a educação no Paraná seja reconhecidamente de qualidade.

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Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Acordo de Cooperação Técnica n.º 002/2005.(a)

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação Básica Pública. Formação, carreira e remuneração: dignidade dos profissionais da educação. Brasília: Universidade de Brasília, Centro de Educação a Distância, 2005.(b)

BRASIL, Parecer n.º 16, de 03 de agosto de 2005. Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para a área profissional de Serviços de Apoio Escolar. Brasília, 2005(c).

BRASIL, Portaria Normativa n.º 25, de 31 de maio de 2007. Instituído o programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da educação Básica dos Sistemas de ensino Público – PROFUNCIONÁRIO, 2005(d).

BRASIL. Decreto n.º 5840, de 13 de julho de 2006. Institui, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA, e dá outras providências, 2006.

BRASIL, Parecer n.º 11, de 12 de junho de 2008. Proposta de Instituição do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio, 2008.

BRASIL. Projeto de Lei do Senado 507/2003, de 15 de julho de 2009. Modifica o art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com a finalidade de discriminar as categorias de trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação, 2009.

MANFREDI, S. M. Educação Profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.

MORAN, J. M. O que é educação a distância? www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm acesso setembro/2007

PARANÁ. Portaria n.º 118, 14 de fevereiro de 2006. Comissão Estadual do Programa ProFuncionário. Paraná, 2006(a).

PARANÁ. Parecer n.º 67, 05 de abril de 2006. Autorização do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação-Profuncionário, no âmbito do Estado do Paraná. Paraná, 2006(b).

PARANÁ. Portaria n.º 1321, de 28 de setembro de 2007.Comissão Estadual do Programa ProFuncionário. Paraná, 2007(a).

PARANÁ. Decreto n.º 1396, de 05 de setembro de 2007. Aprovado o Regulamento da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED. Paraná, 2007(b).

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Nacional de Valorização dos Funcionários da Educação – PROFUNCIONÁRIO, autorizado pelo Parecer n.º 67/06. Paraná, 2007(c).

PARANÁ. Parecer n.º 324, de 11 de abril de 2008. PROFUNCIONÁRIO/PR - Programa Nacional de Valorização dos Funcionários da Educação: expansão de oferta dos cursos técnicos da área profissional de Serviços de Apoio Escolar, a distância, do ano de 2008. Paraná, 2008(a).

PARANÁ. Servidores das escolas agora têm plano de carreira próprio. Data 09/09/2008 17:22:11 Editoria: Escola de Governo. Paraná, 2008(b).

www.aenoticias.pr.gov.br/article.php?storyid=40875 acesso setembro/2008

PARANÁ. Lei Complementar n.º 123. Institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Quadro dos Funcionários da Educação Básica da rede pública Estadual do Paraná, conforme específica e adota outras providências. Data 09 de setembro de 2008. Paraná, 2008(c).

PARANÁ. Resolução n.º 04, de 05 de dezembro de 2008. Estabelece normas complementares para o Sistema Estadual de Ensino, em relação a instituição e implantação do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio e de Educação Profissional. Paraná, 2008(d).

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