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RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO

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COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 19.1.2017 COM(2017) 29 final

RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO

relativo à revisão conjunta da aplicação do Acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos da América sobre o tratamento e a transferência dos registos de identificação dos

passageiros para o Departamento da Segurança Interna dos Estados Unidos

{SWD(2017) 14 final} {SWD(2017) 20 final}

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RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO relativo à revisão conjunta da aplicação do Acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos da América sobre o tratamento e a transferência dos registos de identificação dos

passageiros para o Departamento da Segurança Interna dos Estados Unidos Introdução

O atual Acordo entre os Estados Unidos (EUA) e a União Europeia (UE) sobre a utilização e a transferência dos registos de identificação dos passageiros (PNR) para o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) entrou em vigor em 1 de julho de 2012.

O referido acordo prevê que a primeira revisão conjunta se realize um ano após a sua entrada em vigor e, em seguida, periodicamente conforme estabelecido de comum acordo. Essa revisão conjunta foi realizada em 1 e 2 de julho de 2015 em Washington, e o processo de preparação da revisão conjunta e o subsequente relatório são mencionados no final do presente relatório. O seu principal objetivo consistiu em acompanhar os progressos realizados a nível das recomendações emitidas na revisão anterior de 20131, bem como a aplicação do Acordo, com especial atenção para o método de transferência de PNR, bem como as transferências ulteriores de PNR, em conformidade com os artigos aplicáveis do Acordo. A revisão conjunta baseia-se na metodologia desenvolvida pelas equipas da UE e dos EUA para a primeira revisão conjunta do Acordo PNR de 2004, que se realizou em setembro de 2005, bem como para a revisão conjunta de 2013. A primeira parte dessa metodologia consistiu no envio de um questionário pela Comissão Europeia ao DHS previamente à revisão conjunta.

O documento de trabalho dos serviços da Comissão (SWD) que acompanha o presente relatório é composto por cinco capítulos. O capítulo 1 apresenta uma panorâmica do contexto da revisão, da sua finalidade e dos aspetos de procedimento deste exercício. O capítulo 2 apresenta uma atualização sobre a aplicação das recomendações resultantes da revisão de 2013. O capítulo 3 apresenta as principais conclusões da revisão conjunta de 2015 e as matérias que devem ser aprofundadas pelo DHS. O capítulo 4 apresenta um resumo das recomendações da revisão de 2015. Por último, o capítulo 5 enuncia as conclusões gerais do exercício. Por último, o SWD é completado por um anexo do qual constam o questionário e as respostas correspondentes do DHS.

Aplicação das recomendações de 2013

Todas as recomendações mencionadas na revisão de 2013 foram aplicadas ou registaram progressos na sua concretização, prosseguindo os trabalhos nesse sentido.

No seguimento de uma recomendação geral da revisão de 2013, o Privacy Office do DHS [Serviço da proteção da vida privada do Departamento de Segurança Interna] procedeu a uma

Privacy Compliance Review2 [análise da observância da proteção da vida privada] interna

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Relatório da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho e documento de trabalho dos serviços da Comissão relativo à revisão conjunta da aplicação do Acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos da América sobre o tratamento e a transferência dos registos de identificação dos passageiros (PNR) para o Departamento da Segurança Interna dos Estados Unidos, 8-9 de julho de 2013.

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sobre a aplicação do Acordo pelo DHS antes da revisão conjunta de 2015. A referida análise foi realizada tendo em vista determinar se o DHS funciona em conformidade com as normas e declarações previstas no Acordo com a UE, tendo o relatório sido publicado em 26 de junho de 2015.

O início do período de seis meses em que os PNR são tornados anónimos ao abrigo do artigo 8.°, n.° 1, do Acordo, começa agora a contar no dia em que os PNR são carregados no Sistema Automatizado de Reconhecimento - ATS americano (a chamada ATS Load Date), que corresponde ao primeiro dia em que os dados são armazenados no ATS, em vez da prática anterior que atrasava a aplicação do período de seis meses (até à última atualização do PNR no ATS).

A revisão de 2013 recomendava também que fosse assegurada rapidamente a plena transição para o método de transferência por exportação («push») até 1 de julho de 2014, como previsto no artigo 15.º, n.º 4, do Acordo. No momento da revisão de 2015, quatro transportadoras aéreas ainda não transmitiam PNR através do método de transferência por exportação («push»); o DHS estava a prestar apoio a essas transportadoras tendo em vista desenvolver as capacidades de transmissão de dados PNR por este método.

A revisão de 2013 recomendava que, ao abrigo do artigo 18.º, o DHS deveria melhorar o procedimento destinado a notificar os Estados-Membros da UE caso partilhasse dados PNR da UE entre o DHS e países terceiros. Em resposta à referida recomendação, um agente das Alfândegas e Proteção das Fronteiras (Customs and Border Protection - CBP) foi destacado como oficial de ligação para a Europol desde julho de 2014. Quando o agente de ligação identifica um passageiro específico com uma ligação a um Estado-Membro, partilha estas informações através de um relatório com os representantes dos Estados-Membros.

Foram também introduzidos aperfeiçoamentos na aplicação do artigo 13.º, no que se refere a vias de recurso ao dispor das pessoas singulares. A revisão de 2013 recomendava uma maior transparência das vias de recurso disponíveis aos passageiros ao abrigo da legislação americana. É positivo que o programa Traveler Redress Inquiry (TRIP) do DHS seja o único ponto de contacto para o público; contudo, os EUA devem continuar a examinar o conjunto dos meios necessários para assegurar que todos os passageiros são informados sobre os mecanismos de recurso.

Recomendações da revisão de 2015

A equipa da UE continua a considerar que os EUA aplicaram o Acordo em conformidade com as condições nele estabelecidas. O DHS respeita as suas obrigações em matéria de direitos de acesso dos passageiros e dispõe de um mecanismo de controlo para evitar a discriminação ilegal. A Comissão também acolhe com satisfação os esforços constantes para garantir a reciprocidade e o intercâmbio proativo das informações analíticas obtidas dos dados PNR com os Estados-Membros e, quando adequado, com a Europol e a Eurojust. A ocultação e supressão dos dados sensíveis são respeitadas e o DHS declarou que nunca acedeu a esse tipo de dados para fins operacionais.

O DHS continua a aplicar os seus compromissos em relação aos direitos dos passageiros, especialmente no que se refere à prestação de informações adequadas aos passageiros e ao direito de acesso à informação sem exceções, como previsto nos artigos 11.°, 12.° e 13.°. A aprovação da Judicial Redress Act de 2015, desde a revisão conjunta, é um facto positivo.

European Union and the United States», DHS Privacy Office, 26 de junho de 2015.

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O DHS respeita igualmente o Acordo ao partilhar dados com outros organismos nacionais. A partilha decide-se caso a caso, é registada e processa-se com base em memorandos escritos. A partilha de dados com países terceiros é igualmente objeto de uma interpretação estrita em consonância com o disposto no Acordo. Os EUA aplicam os mesmos requisitos de proteção de dados a todos os dados PNR que obtém e trata, independentemente de a sua origem ser interna ou externa à UE.

Contudo, apesar de o Acordo estar a ser aplicado corretamente, continuam a ser necessários melhoramentos. O artigo 2.º prevê que o âmbito de aplicação do Acordo abrange os voos com destino ou origem nos Estados Unidos. A utilização de um mecanismo de exceção para aceder aos dados PNR sem nexo com os EUA está sujeita a várias condições e à supervisão. O número de exceções aumentou desde a revisão de 2013 e o DHS deve apresentar razões pormenorizadas para o recurso a tais exceções, a fim de se compreender por que motivo ocorrem.

No que se refere ao artigo 5.º, o número de membros do pessoal com direito de acesso aos dados PNR aumentou desde a última revisão em 2013. Embora a equipa da UE se manifeste satisfeita com os mecanismos de supervisão, o DHS deve continuar a controlar o número de pessoas com direito de acesso aos dados PNR, a fim de assegurar que apenas podem fazê-lo as pessoas com necessidade operacional de utilização e visualização dos dados.

No que se refere ao artigo 6.º, não houve acesso a dados sensíveis durante o período desta revisão. Em conformidade com as normas do DHS, este informa a Comissão do referido acesso no prazo de 48 horas no caso de o seu pessoal aceder a dados sensíveis. Recomenda-se que o DHS reexamine periodicamente a lista de códigos dos dados sensíveis para garantir que quaisquer dados sensíveis sejam automaticamente bloqueados pelo sistema. As eventuais alterações devem ser comunicadas à Comissão.

O DHS utiliza processos automatizados para ocultar todos os elementos dos dados suscetíveis de identificar o passageiro ao qual os dados PNR dizem respeito decorridos os primeiros seis meses. Tal é conforme com o artigo 8.º do Acordo. Porém, a revisão revelou que os números de PNR relacionados com procedimentos policiais ou judiciais e, portanto, não sujeitos a ocultação, são elevados. O DHS é aconselhado a examinar esta questão mais aprofundadamente para compreender por que razão esses números são tão elevados, e ainda assegurar que os dados PNR que já não são necessários sejam ocultados, tornados anónimos ou suprimidos o mais rapidamente possível. É positivo o facto de o DHS ter seguido a recomendação da revisão de 2013 e assegurar que os utilizadores do DHS devem justificar a razão pela qual um PNR não é ocultado.

O DHS respeita o disposto no artigo 11.º do Acordo ao não recusar a nenhum passageiro o acesso aos seus dados. Os prazos de resposta aumentaram desde a última revisão em 2013, e o DHS deve determinar se esses prazos de resposta podem ser reduzidos.

Ao abrigo do artigo 15.º, o DHS continua a apoiar e a incentivar todas as principais transportadoras aéreas a desenvolverem a capacidade de transferência de dados PNR pelo método «push». Embora fora do período abrangido pela revisão, é positivo que o DHS tenha desde então alargado a aplicação desse método a todas as companhias aéreas incluídas no âmbito de aplicação do Acordo no momento da revisão conjunta.

No que se refere aos artigos 16.º e 18.º, o DHS deve transmitir informações suplementares rigorosas sobre quais os dados que estão a ser recolhidos com base nestas disposições, e estar em posição de prestar informações adicionais sobre os dados que tenham sido partilhados com outras autoridades americanas, bem como com autoridades policiais e com funções coercivas, e autoridades judiciais na UE.

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Por último, para efeitos de futuras revisões e avaliação, o DHS deve assegurar que são recolhidos de forma coerente todos os factos e números para permitir comparações diretas. Tendo em vista a elaboração do presente relatório, a equipa da UE utilizou as informações constantes das respostas escritas do DHS ao questionário da UE, as informações obtidas nas suas conversações com o pessoal do DHS, as informações que constam do relatório citado do

Privacy Office do DHS, bem como as informações constantes de outros documentos do DHS

à disposição do público.

Processo de elaboração da revisão conjunta e relatório posterior

 A Comissão enviou um questionário ao DHS em 8 de maio de 2015, antes da revisão conjunta. O questionário incluía perguntas específicas relacionadas com a aplicação do Acordo pelo DHS. O DHS respondeu por escrito ao questionário em 12 de junho de 2015.

 A Comissão contactou igualmente todos os Estados-Membros para determinar se tinham tido contacto com os EUA no que diz respeito a dados PNR.

 A equipa da UE realizou a visita de revisão conjunta em 1 e 2 de julho de 2015, e foi-lhe concedido acesso às instalações do DHS, visitou o National Targeting Center - CNT (centro nacional de identificação de objetivos) do DHS e teve a oportunidade de observar este centro em funcionamento.

O Privacy Office do DHS publicou, em 26 de junho de 2015, o seu relatório sobre a utilização e a transferência dos PNR entre a UE e os EUA. Infelizmente, não houve tempo para que a equipa da UE pudesse analisar o relatório na íntegra antes da visita de revisão. A equipa da UE analisou posteriormente o relatório do Privacy Office e formulou perguntas suplementares a fim de contribuir para a conclusão do relatório sobre a revisão conjunta.

 Na sequência da revisão conjunta, o DHS transmitiu por escrito as informações adicionais solicitadas pela equipa da UE durante a visita. Estas informações foram utilizadas para completar a elaboração do presente relatório.

 O DHS confirmou, em 25 de setembro de 2015, que todas as transportadoras aéreas que transmitem dados PNR ao abrigo do Acordo tinham desenvolvido a capacidade de utilizar o método «push» para transferir dados PNR para os EUA.

 A Comissão apresentou aos demais membros da equipa da UE um projeto de relatório em 21 de janeiro de 2016.

 Na sequência da incorporação das observações dos demais membros da equipa da UE no projeto de relatório, a Comissão apresentou uma cópia do projeto de relatório aos EUA durante uma reunião de altos funcionários em Washington D.C. em 17 de março de 2016. O DHS teve assim a oportunidade de identificar e comentar eventuais inexatidões ou qualquer informação que não pudesse ser publicamente divulgada.

 O DHS apresentou posteriormente uma versão atualizada do questionário e observações informais sobre o projeto de relatório. A equipa da UE reuniu-se para as debater em 9 de junho de 2016.

 Os debates sobre o projeto de relatório entre a Comissão e o DHS prosseguiram, em especial numa reunião de altos funcionários realizada em Washington D.C., em 14 de

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julho de 2016. A Comissão informou o DHS, em agosto de 2016, que, na medida em que este mantivesse o seu desacordo ou pretendesse transmitir informações suplementares para o relatório, poderia apresentar observações escritas que se anexariam ao relatório, em conformidade com o artigo 23.º, n.º 3, do Acordo

Referências

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