AGOSTO
AGOSTO
VOLUME 26
VOLUME 26
01/08/2021
01/08/2021
N E W S L E T T E R O F I C I A L
I N T E L I G E N C I A . A G R I N V E S T . A G R . B R
GOVERNO CHINÊS
GOVERNO CHINÊS
GOVERNO CHINÊS
DARÁ SUPORTE AOS
DARÁ SUPORTE AOS
DARÁ SUPORTE AOS
ÍNDICE
Agrinvest Weekend | Edição 26 | Agosto
EDIÇÃO
MARCOS FERREIRA JUNIOR
03
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18
20
Ofertas de milho Argentino mais escassas
Deral diz que as geadas ainda podem
prejudicar o milho no Paraná
FED truca a inflação. Até quando?
Preços da Ureia. Mercado de olho nas
compras da índia
Governo chinês dará suporte aos
suinocultores
Inflação das famílias nos EUA reforça
queda do dólar no curto prazo
Clima
Vendas Semanais
Programas Brasileiros de Exportação
Fertilizantes
JBS está forte na importação de milho
Indicadores
JBS
ESTÁ FORTE NA IMPORTAÇÃO DE MILHO - REUTERS
A
para suprir sua demanda pelo
insumo para ração e com isso a
JBS, segunda maior empresa de
alimentos no mundo, já adquiriu
30 navios do cereal no país vizinho,
disse a companhia à Reuters.
As negociações ocorreram diante
de valores de 15 a 20 reais por saca
de 60 kg mais competitivos que os
do
mercado
interno
--considerando
as
indústrias
localizadas nas regiões Sul e
Sudeste -- de acordo com a
companhia.
quebra na safra de milho
do Brasil tem levado a
indústria de carnes a
recorrer
ao
cereal
importado da Argentina
"Do total de milho utilizado para
alimentação de aves e suínos na
produção da JBS/Seara no Brasil, a
importação já representa 25% do
consumo, com volumes superiores a
um milhão de toneladas", afirmou
em nota, sem detalhar as datas de
chegada e os volumes exatos do
cereal importado.
Além disso, a empresa disse que "a
excelente safra na Argentina" é o
que tem dado oportunidade para
importação
com
preços
mais
atrativos.
O plantio atrasado e em grande
parte fora da janela ideal para a
segunda safra de milho 2020/21
afetou o desenvolvimento das
lavouras nos principais Estados
produtores do Brasil, que ainda
atravessaram uma seca e, mais
recentemente, geadas.
Neste cenário, a JBS ressaltou que
parte das adversidades também está
sendo compensada "fortemente"
pela redução das exportações do
cereal.
Atualmente, o Brasil vê uma onda de
renegociações de contratos de
exportação por "washout", com
empresas direcionando o milho ao
mercado
interno,
tamanha
a
valorização do produto demandado
pela indústria de carnes, conforme
reportagem da Reuters publicada
neste mês.
Para a JBS, o país deixará de
embarcar 15 milhões de toneladas
do cereal neste ano e deverá
importar pelo menos 4 milhões.
"Com a boa oferta de milho da
Argentina
a
preços
mais
competitivos, acreditamos que é
questão de tempo para que o
mercado doméstico equalize os
seus preços com o mercado de
importação", disse a empresa.
"Continuaremos
buscando
as
melhores alternativas de mercado
para assegurar a competitividade
da companhia", acrescentou no
comunicado
o
diretor
de
commodities da Seara, Arene
Trevisan.
MAIS COMPRADORES
A Aurora Alimentos disse em nota
que planeja importar milho da
Argentina e dos Estados Unidos
ainda este ano em face da escassez
desse grão no mercado interno e
dos
elevadíssimos
preços
de
comercialização.
O
presidente
da
Associação
Brasileira de Proteína Animal
(ABPA), Ricardo Santin, afirmou
que as companhias do setor estão
intensificando as compras do
milho argentino e no Nordeste
negociam para trazer o cereal
norte-americano.
"Daqui para frente, deve ser cada
vez mais presente a importação de
milho da Argentina", disse ele, sem
relevar quais são as empresas
compradoras.
Em
junho,
começaram
a
desembarcar no Brasil as primeiras
cargas
do
cereal
argentino
compradas
neste
ano,
que
somaram
cerca
de
95
mil
toneladas, de acordo com dados do
Ministério
da
Agricultura
brasileiro.
Conforme o ministério, o Brasil
importou ao todo no primeiro
semestre 937 mil toneladas de
milho, o dobro do verificado no
mesmo período do ano passado.
O maior volume veio do Paraguai
(841
mil
toneladas),
em
carregamentos que chegam em
geral por rodovias.
A importação é uma das alternativas
do Brasil, tradicionalmente um dos
maiores exportadores globais, para
lidar com uma redução na produção
de milho que já chega a 9% ante a
safra passada, para 93,4 milhões de
toneladas, segundo números da
Companhia
Nacional
de
Abastecimento (Conab) divulgados
neste mês.
Ao final de junho, geadas atingiram
importantes áreas produtoras, como
Paraná e Mato Grosso do Sul,
derrubando mais a produção, o que
pode ajudar a explicar as novas
compras externas.
As cotações, que chegaram a cair
com a entrada da segunda safra,
passaram a subir no Brasil,
descolando do mercado de Chicago
em julho.
Na última sexta-feira, o indicador
do milho Esalq/B3 atingiu 99,99
reais por saca, alta de 11,63% na
variação mensal e o dobro ante os
48,83 reais por saca vistos um ano
antes.
OFERTAS DE MILHO
ARGENTINO MAIS ESCASSAS
C
A JBS divulgou ontem em reportagem à Reuters que já haveria comprado 1 milhão de toneladas de milho argentino,
movimento que vem sendo
acompanhado pode outros players de grande e médio porte.
Saiba mais sobre as compras da JBS em Nota: JBS está forte na importação de milho
No entanto, as ofertas de milho na Argentina estão começando a ficar mais escassas. Acompanhe os fundamentos do milho importado.
onsumidores de milho no Brasil estão agressivos na compra de milho argentino, aproveitando o diferencial de preços a favor do milho importado.
aumentando o tempo de embarque e a fila de espera. Esse cenário acaba aumentando o risco do exportador, uma vez que atrasos podem gerar penalidades diárias, as quais nesse ano estão muito mais elevadas que o normal – penalidades por atraso conhecidas como demurrage. Tudo indica que a Argentina continuará perdendo competitividade;
Vendas: Produtores argentinos estão pouco
interessados em vender seu milho nesse momento, encarecendo o custo de originação para a tradings. O encarecimento do custo de originação deve ser repassado aos prêmios na exportação, tornando o milho argentino mais caro;
Falta de espaço: A concentração da
demanda para embarques agosto e setembro foi grande nas últimas semanas, reduzindo o espaço nos terminais. A pressão logística nos portos argentinos vem sendo potencializada pela redução do calado e atrasos provocados por greves, as quais têm sido constantes nos últimos anos;
Argentina, Paraguai, e provavelmente também nos EUA. Em relação ao milho argentino, as compras pelo Brasil podem chegar a 4 milhões de toneladas até abril/maio do próximo ano, época do ano em que o aperto dos estoques nacionais deverá ser maior.
MERCADO DE MILHO NO BRASIL
Estoques mensais de milho e Preço em Chapecó (em R$/saca
OFERTAS MAIS ESCASSAS
Corretores de milho comentam que as ofertas de milho na Argentina estão mais escassas, mudança provocada pelos seguintes fatores:
Calado: Segundo dados da administradora do Canal, o calado nos
terminais de Rosário e San Lorenzo está em 8,7 metros, menor em mais de 10 anos, contra nível normal em 10-11
metros, redução da profundidade que acaba limitando a quantidade a ser carregada por navio (está em 80% do peso morto) e também o tráfego de embarcações no canal, o que acaba
PROGRAMA
Ao que tudo indica, o aperto dos estoques de milho no Brasil deverá seguir até a entrada da próxima safrinha, quando então o aumento da área de plantio deverá garantir a retomada da normalidade do balanço nacional do cereal.
No entanto, até o Brasil deverá ser um importador de milho presente na
Como se pode ver através dos estoques mensais, o maior aperto será ao final de abril de 2022 (projeção de 4,1 milhões de toneladas), mantendo assim a necessidade de importações até antes da entrada do milho safrinha 2022.
DIZ QUE AS GEADAS AINDA PODEM PREJUDICAR O MILHO NO PARANÁ
A
o Deral.
Mais da metade do milho "safrinha"
(52%) do Paraná está em condições
ruins, ante 46% na semana anterior.
As lavouras consideradas boas
passaram de 10% para 9% no
comparativo semanal.
Segundo
o
analista
do
Departamento de Economia Rural
(Deral) Edmar Gervásio, a piora na
qualidade do milho é decorrente
das adversidades climáticas. A safra
sofreu com estiagem e geada nesta
temporada, especialmente o frio
intenso do final do mês passado.
s lavouras paranaenses de
milho safrinha e trigo
tiveram
piora
na
qualidade ao longo da
última semana, segundo
DERAL
MAIS GEADAS
Caso as geadas desta semana se
confirmem, o prejuízo pode se
tornar também significativo para o
trigo, por estar em fase inicial. No
entanto, de acordo com o analista do
Deral, Carlos Hugo Godinho, mais
de um quarto das lavouras do cereal
de inverno no momento estão
expostas a danos por geadas.
Na quinta-feira, segundo o Simepar,
a previsão é de geada forte na maior
parte do Estado, o principal produtor
de trigo do Brasil. "Isso preocupa
bastante se realmente for na
abrangência que está se esperando
essas geadas", afirmou.
Na quinta-feira, o departamento
deve divulgar um levantamento mais
detalhado que indicará os efeitos
das geadas para os cultivos do
Paraná.
Segundo Edmar Genésio, em
entrevista à Reuters, "as geadas do
dia
30
de
junho
afetaram
significativamente o milho segunda
safra, se tivermos formação de
geada nos próximos (dias) poderá
gerar impactos, se gerar, muito
pontualmente", afirmou Gervásio,
acrescentando que as geadas da
semana passada não impactaram
TRIGO
tanto o milho.
Para quarta-feira e quinta-feira,
novas geadas estão previstas para a
maior parte do Paraná, segundo o
Simepar.
Ainda estão suscetíveis a perdas
pelo frio excessivo as lavouras que
não chegaram à fase de maturação,
sendo 16% em frutificação e 3% em
floração, notou Gervásio.
PROGRAMA
Vagas abertas para
turma de Setembro
N Ó S E X I T I M O S P O R Q U E
A C R E D I T A M O S Q U E A E D U C A Ç Ã O , A
D I S C I P L I N A E A I N F O R M A Ç Ã O
P O D E M T R A Z E R R E S U L T A D O S
P O S I T I V O S P A R A A S U A
C O M E R C I A L I Z A Ç Ã O
SAIBA MAIS!
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DO TRADING
Programa de 9 meses
FED TRUCA
A INFLAÇÃO. ATÉ QUANDO?
C
0,25% ao ano.
O tom do comunicado foi muito parecido com o anterior, com a autoridade monetária reiterando o desejo de manter a taxa básica a “zero” por um longo período de tempo, até o mercado de trabalho voltar para o pleno emprego.
Com relação a disparada recente da inflação, a autoridade monetária norte-americana disse “que essa alta ocorre por conta de fatores transitórios”. Ou seja, que tende a ser temporária e reflete um choque de oferta provocado pela pandemia. Portanto, a forte alta recente da inflação não trará mudança na política monetária ultraexpansionista no curto prazo.
Além disso, a autoridade monetária manteve o programa de recompra de títulos no total de US$ 120 bilhões por mês, sendo US$ 80 bolhões de títulos do Tesouro e US$ 40 bilhões em papeis de hipoteca. Esse programa tem por objetivo achatar a curva de juros futuros norte-americano, afim de baratear e elevar os empréstimos
onforme amplamente esperado pelo mercado, o Federal Reserve manteve a taxa básica de juros dos EUA inalterado entre 0% e
bancários para as famílias e, assim, restabelecer o poder de consumo da população, que foi duramente castigado pela pandemia do Coronavírus.
Enquanto os EUA não recuperar os 6,8 milhões de postos de trabalho perdidos desde o início da pandemia, não haverá mudança na taxa de juros na terra do tio Sam. Por conta disso, dados do mercado de trabalho seguirão sendo fundamentais para determinar expectativa de juros nos EUA ao longo desse ano e 2022.
E nesse quadro, o dólar tende a seguir com viés baixista ao redor do globo no curto prazo, assim como as bolsas dos EUA deverão seguir renovando máximas históricas, já que o investidor seguirá afastado dos ativos de renda fixa.
Resumindo, o Fed seguirá privilegiando sua busca pelo pleno emprego, em detrimento de controlar a recente disparada da inflação. É uma aposta arriscada e que pode acabar mal. No Brasil deu errado e agora o BC do país corre atras do prejuízo. Porém, a dose do remédio já está sendo amargo. EUA também terá esse risco.
FED olhou para a inflação e gritou: Truco!!! Até quando?
MAP KCL Super Simples
temporada kharif (outono indiano), os números de 2021 apontam para uma estabilidade no primeiro semestre em relação ao ano passado. Além disso, o clima indiano será um outro termômetro para as novas compras, já que a temporada kharif é totalmente dependente das chuvas.
E
O montante total ofertado versus o adquirido
Qual a quantidade de nitrogenado chinês seria disponibilizado.
muitas especulações entraram no radar por dois pontos:
1. 2.
As ofertas totalizaram 1,65 milhão de toneladas de doze diferentes fornecedores, com preços variando entre $509,50 e 516,95 CFR Índia. O total aceito se aproximou de 1,2 milhão de toneladas (1,19M) maior volume adquirido nesse ano, os demais concursos ficaram inferiores a 1 milhão de toneladas.
m meados de julho a gigante indiana emitiu mais um tender para a compra de Ureia no mercado, esse foi o quinto leilão promovido pela RCF e MMTC nesse ano. Na ocasião,
HISTÓRICO DAS MATÉRIAS PRIMAS CFR BRASIL ( US$/T)
O que se observou nos últimos dias foi uma valorização para o milho na B3, as negociações superaram a marca de R$100,00/sc. Vale salientar que o mercado físico não precificou uma alta tão expressiva para o Safrinha 2022, as cotações para Rondonópolis continuam na faixa de $10,50 -11,00/sc (R$57,00-58,00). Do lado da Ureia, os preços também permaneceram entre $610-620/t. Por consequência, a relação de troca tem uma média de 60 sacas para uma tonelada, número bem superior a média do mês de Maio. Comparando as últimas temporadas, a taxa de barter atual está superior ao safrinha 2021 mas inferior ao praticado na temporada 2020.
PREÇO DA UREIA
MERCADO DE OLHO NAS COMPRAS DA ÍNDIA
DIGERINDO OS NÚMEROS:
CONCLUSÃO
O percentual ofertado pelos chineses trouxe um alívio do lado da oferta, até mesmo esse movimento poderia soar como um fundamento baixista no curto prazo. A maior questão no mercado brasileiro ainda está pela demanda, que segue fomentada. Muitas expectativas pairam para o aumento de área do milho verão e também safrinha. Os preços da Ureia CFR Brasil seguem sendo negociados entre $490-510/t.
As ofertas de origem chinesa ficaram próximas de 700 mil toneladas, a expectativa do mercado era algo na casa de 500 mil toneladas. Portanto, os números trouxeram um “folego” ao mercado, já que existiam inúmeras especulações sobre o protecionismo chinês e a disponibilidade de matéria prima.
O total adquirido é o maior de 2021, a índia nos seus últimos leilões concretizou a aquisição de volumes sempre inferiores as expectativas do mercado. Daqui para frente, o mercado ficará atento a demanda interna Indiana para a
E A RELAÇÃO DE TROCA COMO FICA PARA O SAFRINHA 2022?
RELAÇÃO DE TROCA DO MILHO SAFRINHA X UREIA Ref: Rondonópolis/MT UREIA Sulfato de Amônio Super Triplo Safrinha 2022 Safrinha 2021 Safrinha 2020
GOVERNO CHINÊS
DARÁ SUPORTE AOS SUINOCULTORES
O
Linhas de financiamento facilitadas para pequenos e médios produtores;
Compras de carne no mercado físico local, visando a redução da pressão sobre as margens. Essa semana o governo comprará mais 20 mil toneladas, sustentando os preços internos
Redução da regulação ambiental sobre os pequenos produtores – esse foi um dos motivos da forte redução da população de matrizes entre 2015 a 2017 (ver figura a seguir)
Criará um sistema de seguro voltado ao produtor, cobrindo perdas provocadas por zoonoses; busca formas de mitigar a pressão sobre as margens do suinocultor local. Nesta madrugada o governo chinês anunciou que está tomando algumas medidas a fim de reduzir a pressão sobre a margem dos produtores de pequeno e médio porte, e ao mesmo tempo, continua incentivando o aumento da produção local de carnes. Medidas mais importantes:
O governo chinês quer garantir a s futuros do suíno vivo na Bolsa de Dalian tem novo dia de alta, mais uma vez recebendo suporte das ações do governo local que
recomposição da população de suínos, a qual sofreu queda de quase 50% durante 2018 a 2020 por conta da peste suína africana.
MERCADO DE SUÍNOS NA CHINA
População de matrizes chega a 102% frente ao período pré-ASF (em M de cab). Preços do leitão recuando das máximas históricas (em CNY/kg) - Fonte: MARA
POPULAÇÃO DE MATRIZES
Ao final de junho desse ano, dados oficiais estimam que a população de matrizes de suínos tenha chagado a 102% em relação ao período pré-ASF (dez/2017), rápida recuperação e que vem trazendo forte pressão sobre os preços da reposição. Como se pode ver, a população de matrizes chegou a mais de 45 milhões de animais ao final de junho, derrubando os preços do leitão em Fujian para 40 iuan por quilo, menor valor em mais de dois anos – a população de matrizes chegou a quase 31 milhões em setembro de 2019, auge dos surtos de ASF.
PREÇOS LOCAIS
A margem negativa do suinocultor chinês vem por conta da forte queda dos preços da carne no mercado local. Como se pode ver no gráfico abaixo desde o pico no final de 2019 até o presente momento os preços das carnes suínas tiveram queda de mais de 60% saindo de 40 iuans por quilo para os atuais 16 iuans por quilo, pressionando principalmente as margens dos pequenos produtores. A forte pressão sobre as margens do suinocultor chinês continua sendo um fator de pressão sobre o consumo de rações e de ingredientes.
PREÇOS DA CARNE SUÍNA (EM CNY/KG)
Forte queda dos preços domésticos pressionam as margens da suinocultura
Linhas de financiamento facilitadas para pequenos e médios produtores;
Compras de carne no mercado físico local, visando a redução da pressão sobre as margens;
Redução da regulação ambiental sobre os pequenos produtores; Criará um sistema de seguro voltado ao produtor, o qual cobrirá perdas provocadas por zoonoses;
Melhora das margens da
suinocultura: O mercado chinês se
pergunta, “a desova de animais teria acabado?”. Os preços da carne suína na China encerraram em alta nessa 2ª-feira, puxados pela expectativa de redução da oferta de carne e compras do governo. O governo chinês tem dado suporte aos pequenos e médios produtores, temendo que as margens negativas possam forçar produtores para fora da atividade, o que poderia mais à frente gerar novo ciclo de alta dos preços e pressão sobre a renda disponível da população. Ao que tudo indica, a China deverá reduzir suas
importações de carnes, o que trará pressão para os demais exportadores de carne suína e bovina – as
importações de carnes por parte da China registraram novo recorde no acumulado de 12 meses até maio em 10,33 milhões de toneladas. Medidas de suporte:
inundações da semana passada atingiram a segunda maior província em importância para a produção de suínos, a província de Henan. Além disso, Henan é a maior produtora de trigo, e a 5ª maior produtora de milho do país. Em relação a esse cenário pode-se destacar três impactos importantes:
Produção: A mortandade de suínos pode
ser grande, reduzindo não só a produção de animais prontos, mas também de reposição, tendo em vista a importância de Henan na produção de leitões para outras regiões de terminação. Assim, haverá redução da oferta de carne e também de animais jovens, o que impactará negativamente no tamanho da população de animais;
Consumo de ingredientes de rações: A
redução da população de suínos impactará no consumo de rações e ingredientes, o que pode vir a pressionar os preços do farelo de soja e também do milho;
INUNDAÇÕES
Além das margens apertadas o suinocultor chinês lida agora com nova variável de risco, o clima. As
CHINA: IMPORTAÇÕES DE SOJA (EM M DE TONS)
Importações de soja (em M de tons) no acumulado 12 meses. Recebimento de soja chega perto do pico histórico.
Logística: A logística de abastecimento
de será afetada, reforçando os impactos do lado da produção de carnes nas regiões afetadas pelas inundações, assim como também o consumo de rações;
Importações de carnes: Com a queda na
oferta interna de carne e animais jovens para a reposição, a dependência por carne importará provavelmente será maior, o que pode beneficiar países exportadores a exemplo do Brasil;
Doenças: O excesso de chuvas no Sul da
China e vale do Rio Amarelo é muito relacionado ao aumento da disseminação de doenças (zoonoses), o que será mais um complicador no controle da Peste Suína Africana e demais doenças. Essa será mais uma barreira ao crescimento da população de suínos na China, reforçando os pontos acima.
INFLAÇÃO
DAS FAMÍLIAS NOS EUA REFORÇA QUEDA DO DÓLAR NO CURTO PRAZO
O
de política monetária.
Referente a junho, o índice que excluí a variação do preço de alimentos e energia, registrou alta mensal de 0,4%, levemente abaixo do esperado pelos analistas (0,6%) e 0,1 p.p. menor do reportado em maio. No acumulado em 12 meses, o índice registrou alta de 3,5%, também abaixo da expectativa do mercado (3,7%), mas 0,1 p.p. acima do número do mês anterior. Vale salientar que o resultado em 12 meses ficou bem acima da meta estabelecida pelo Fed, que é de 2%.
BEA (Bureau of Economic Analysis) divulgou na sexta-feira o PCE Core (Personal Consumer Expenditures), que é o principal índice de inflação utilizado pelo Fed para adoção
PCE CORE X META FED X TAXA DE JUROS (EM %)
Resultado abaixo do esperado reforça visão do Fed de manutenção dos estímulos monetários, enquanto mercado de trabalho não retorna ao pleno emprego.
RENDA E CONSUMO PESSOAL SE RECUPERAM
Juntamente com o índice inflacionário PCE Core, o BEA divulga também os dados de consumo pessoal e renda pessoal.
Após cair 2,2% em maio, a renda pessoal subiu 0,1% em junho, superando as estimativas do mercado (-0,3%). A melhora da renda é fruto do aumento dos salários, refletindo a dificuldade de achar mão-de-obra nos EUA. Apesar do mercado de trabalho nos EUA ainda estar longe de recuperar as vagas perdidas desde o início da Pandemia (acumula 6,8 milhões de cortes de postos de trabalho), o excesso de auxilio desemprego e emergencial tem desestimulado as pessoas a retornarem a trabalhar. Elas preferem ficar recebendo seus auxílios, que podem chegar até US$ 800 por semana.
E por conta disso, há uma escassez de mão-de-obra para o mercado de trabalho, o que acaba forçando as empresas a pagarem maiores rendimentos para conseguir contratar colaboradores. Essa situação adversa tem sido bastante observada no setor de construção civil e chão de fábrica.
Repercutindo a melhora da renda, o gasto das famílias cresceu 1% em junho, após leve queda de 0,1% no mês anterior. Com o avanço da vacinação e chegada do verão no hemisfério Norte, as pessoas se sentem mais confiantes a sair de casa e também a viajar. Reflexo dessa situação, é que o consumo de gasolina, serviços de alimentação e hospedagem foram os destaques de alta do consumo na maior economia do mundo no sexto mês do ano.
Na ponta contrária, foi registrado queda na demanda por veículos automotores e peças, refletindo a recente disparada do preço desses bens. Vale lembrar, que o preço dos veículos usados acumula alta de 45,2% em 12 meses, maior alta para essa medição desde 1953, quando começou a série histórica.
RESULTADO REFORÇA VIÉS DE QUEDA DO DÓLAR NO CURTO PRAZO
Ao registrar inflação abaixo do esperado e desaceleração frente a maio, sinalizando que a alta dos preços não está tão forte quanto o mercado temia, o Fed ganha credibilidade em seu discurso de manutenção dos estímulos monetários ultra expansionista por um bom período de tempo.
Nessa semana a autoridade monetária reiterou sua visão de inflação temporária e que seu objetivo nesse momento é buscar a plena recuperação do mercado de trabalho. E o resultado de hoje dá sustentação a esse discurso.
Diante desse quadro de expectativa de manutenção dos juros na mínima histórica por um longo período e da recompra de títulos públicos e privados (US$ 120 bilhões por mês), a moeda norte-americana tende a seguir perdendo valor no curto prazo. Portanto, com a inflação não tão ruim como se temia, o foco dos investidores deverá seguir no mercado de trabalho, pois somente uma grande melhora nesse setor é que poderá trazer uma mudança na política monetária dos EUA.
CLIMA
JOÃO SCHAFFER
Clima EUA
TUFÕES NA CHINA E CLIMA MAIS BENÉFICO PARA OS
EUA. CONFIRA
VENDAS
SEMANAIS
AUSENTE da safra nova, vendas
foram para México, Colômbia e
Japão.
Trigo:
Vendas
dentro
do
esperado;
Algodão: Cancelamento para
safra velha, e dentro do esperado
para a safra nova;
CHINA VOLTA AO MERCADO NA SOJA, MAS SEGUE AUSENTE NO MILHO
comparecer, comprou para a
safra nova 121 mil toneladas.
Com exceção das vendas de
1,67 milhão de toneladas há
três semana, vendas para a
Sinograin, gestora das reservas
na China, as empresas chinesas
não compareciam nas vendas
americanas há pelo menos 11
semanas. A combinação de
oja: As vendas semanais
de soja vieram dentro
do esperado para safra
velha e safra nova. A
China voltou a
S
Milho: vendas NEGATIVAS
PARA A SAFRA VELHA e
ACIMA DO ESPERADO PARA
SAFRA NOVA – no saldo para
a safra 20/21 houve 115 MIL
TONELADAS
DE
CANCELAMENTOS
NA
SEMANA com destaque para o
cancelamento chinês de 119,3
mil toneladas. China
margens
negativas
e
concorrência da soja
sul-americana
pressionam
as
vendas americanas;
EUA: RELATÓRIO DE VENDAS E EMBARQUES (em 1.000 TONELADAS)
VOLUME EM
1.000 TONS
ESTIMATIVAS
VENDAS SEMANA ATUAL
Trigo
---20-210
515
VENDAS SEMANA
ANTERIOR
21-22 20-21 21-22<MÉDIA 4
SEMANAS>
0
473
426
Milho
-100 a +300-115
529
-89
48
27
Soja
79
313
62
176
7
Farelo
87
73
68
19
110
Algodão
-1,2
192
40
252
31
-100 a +100 50-200 0-100 350-600 100-300 200-400 25-125 100-200EXPORTAÇÃO
PROGRAMAS BRASILEIROS DE EXPORTAÇÃO (SOJA, MILHO E FARELO)
A
menor demanda chinesa pelo
grão resultado das margens
negativas
das
empresas
esmagadoras
chinesas,
impactadas pela baixa demanda
pelo farelo pela suinocultura,
que ainda está se recuperando
da peste suína. No primeiro
semestre desse ano, a China
embarcou 39.8 milhões de
toneladas, 2.3 milhões a menos
que o primeiro semestre do
ano passado. Essa semana
foram reportados cerca de 3,9
milhões de toneladas de soja
em navios
exportação
de
soja
brasileira segue menor
quando comparado ao
mesmo período no ano
passado, reflexo de uma
nomeados para China, demanda 10%
menor em relação a julho de 2020.
O total de soja comprometida na
exportação chegou a 70.1 milhões de
toneladas, 3.3 milhões a menos que
o mesmo período do ano passado.
EXPORTAÇÃO DE MILHO
No milho, a exportação brasileira
segue fraca quando comparado a
temporada 2019/2020, reflexo da
baixa oferta do cereal disponível
no mercado brasileiro, resultado
de problemas combinados que
estão afetando a produção do
milho safrinha, trazendo receio
ao mercado. Os principais pontos
que trazem esse impacto na
oferta é a quebra de safra,
decorrente do atraso no plantio,
secas e geadas severas em
importantes
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
75 50 25 0 M IL H Õ E S D E T O N E L A D A S A N O 2 0 2 0 1 7 , 0 8 1 , 3 9 6 , 2 3 3 1 , 9 3 4 6 , 0 5 5 8 , 7 8 6 4 , 5 8 7 , 1 9 E M B A R C A D O L I N E U P
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
75 50 25 0 M IL H Õ E S D E T O N E L A D A S A N O 2 0 2 1 1 9 , 5 0 0 , 0 5 4 , 7 8 3 3 , 5 9 4 9 , 4 6 5 9 , 4 4 6 6 , 2 5 5 , 5 3 E M B A R C A D O L I N E U P
EXPORTAÇÃO DE SOJA
estados produtores. Essa baixa
oferta trás como consequência a
alta dos preços internos que
acabam
inviabilizando
a
exportação brasileira.
A confirmação disto é o reporte
de
aproximadamente
2,6
milhões de toneladas de milho
em navios nomeados para o mês
de julho, uma demanda 44%
menor quando comparada ao
mesmo período em 2020.
O total comprometido para a
atual temporada é de 4,45
milhões, 4,46 milhões a menos
que o mesmo período do ano
passado, ou seja mais de 50% de
redução da demanda.
Exportação Brasileira
TOTAL COMPROMETIDO NA EXPORTAÇÃO DE MILHO (2020 E 2021)
Fev Mar Abr Mai Jun Jul
10 7,5 5 2,5 0 M IL H Õ E S D E T O N E L A D A S A N O 2 0 2 0 0 , 8 2 0 , 3 4 0 , 8 1 0 , 8 4 1 , 1 5 2 , 9 2 6 , 0 0 E M B A R C A D O L I N E U P
Fev Mar Abr Mai Jun Jul
6 4 2 0 M IL H Õ E S D E T O N E L A D A S A N O 2 0 2 1 1 , 1 9 0 , 7 7 1 , 0 6 1 , 2 1 1 , 2 9 2 , 8 7 2 , 6 5 E M B A R C A D O L I N E U P
Já o farelo brasileiro segue nas médias históricas de exportação dos últimos 4 anos, para o
acumulado até o mês de julho. Reportes apontam um total de 1,35 milhões de toneladas de farelo
em navios nomeados, demanda 5% maior.
EXPORTAÇÃO DE FARELO
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
20
15
10
5
0
M
IL
H
Õ
E
S
D
E
T
O
N
E
L
A
D
A
S
H I S T Ó R I C O E X P O R T A Ç Ã O D E F A R E L O
1 4 , 1 13,3 13,7
1 4 , 8
1 4 , 4 14,2
1 6 , 7
1 6 , 7 1 7 , 0
1 0 , 1
J A N J A N J A N J A N J A N J A N J A N J A N J A N J A N J A N J A NFERTILIZANTES
SORRISO/MT: R$ 3.226,00 QUEDA DE R$
104,00 NA SEMANA.
RIO VERDE/GO: R$ 3.089,00 QUEDA DE R$
91,00 NA SEMANA.
CASCAVEL/PR: R$ 3.054,00 AUMENTO DE
R$ 106,00 NA SEMANA.
UBERLÂNDIA/MG: R$ 3.069,00 QUEDA DE
R$ 93,00 NA SEMANA.
INDICADORES REGIONAIS BRASIL
UREIA
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INDICADORES
PRÊMIOS
SETOR: POP-UP VERTICAL
PRÊMIOS EM PARANAGUÁ - SOJA (¢/bu)
DIA 30/07/2021
EMBARQUE VENDEDOR DIA VARIAÇÃODIÁRIA VARIAÇÃO
SEMANAL COMPRADOR DIA VARIAÇÃO DIÁRIA VARIAÇÃO SEMANAL
SAFRA 20/21
AGO-21 SET-21 OCT-21 FEV-22 MAR-22 ABR-22 ABR/MAI-22 MAI-22 JUN/JUL-22 AGO 22 SET 22 +148 +155 +160 +45 +15 ns ns +10 +24 ns ns +5 unch +60 +15 +10 +5 +5 +5 unch +138 +143 +148 +33 +5 nb +0 nb +15 nb nb +3 unch -1 +2 +60 +12 +3 +3 +3SAFRA 21/22
+5 unchPRÊMIOS EM PARANAGUÁ - MILHO (¢/bu)
DIA 09/07/2021
EMBARQUE VENDEDOR DIA VARIAÇÃO DIÁRIA VARIAÇÃO SEMANAL COMPRADOR DIA VARIAÇÃO DIÁRIA VARIAÇÃO SEMANAL
SAFRA 20/21
AGO-21 SET-21 OCT-21 NOV-21 DEZ-21 JUL-22 AUG-22 SET-22 +112 +130 +140 ns ns ns +57 unch +2 ns ns ns +97 +113 +115 +120 nb +43 unch +12 nb +3 unch unch nb +3 unchSAFRA 21/22
OCT-22 ns ns unch +57 nb ns -8 -8 +43 +46 +2 +2 +3 unch unch +3 +5 +10 unch +3 +8 +8 +5 +1INDICADORES
FECHAMENTOS
INDICADORES
Milho/Set. CBOT
Soja/Ago. CBOT
Dólar Comercial
Ibovespa
Petróleo WTI
Milho/Set. B3
Milho/Nov. B3
546,75
1410,25
5,21
73,89
121.800
99,40
99,70
-0,25
+10,75
+0,00
-3.253
+1,82
+0,08
+3,40
VARIAÇÃO
-52,50
-19,75
+0,24
+0,42
-5.001
+8,08
+7,30
-45,50
-61,00
-0,22
+2.906
+10,31
-2,89
-3,15
COTAÇÕES
VARIAÇÃO
SEMANAL
VARIAÇÃO
MENSAL
VARIAÇÃO
TRIMESTRE
+231,00
VARIAÇÃO
ANUAL
+518,50
+0,06
+16.791
+33,97
+49,75
+48,75
Unidades
B3 - R$/saca Dólar - R$/US$ Ibovespa - Pontos Petróleo - Dólar CBOT - ¢/buAGENDA
AGOSTO
02
SEGUNDA-FEIRA
BRASIL - Boletim Focus EUA - ISM Manufatura
EUA - Condições das Lavouras - USDA
TERÇA-FEIRA
BRASIL - Produção Industrial EUA - Pedidos às fábricas
03
BRASIL Decisão de Política Monetária -Copom
EUA - ADP Employment Report EUA - ISM Serviços
EUROPA - PMI Composto
04
QUARTA-FEIRA
05
QUINTA-FEIRA
EUA - Pedidos Seguro Desemprego EUA - Balança Comercial
EUA - Vendas Semanais - USDA
06
SEXTA-FEIRA
EUA - Relatório de Emprego - Payroll
*TEMPORADA DE BALANÇOS EM TODOS OS DIAS