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4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais. De 22 a 26 de julho de 2013.

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4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais

De 22 a 26 de julho de 2013.

O CONSELHO DE COOPERAÇÃO DO GOLFO: ENTRE A CONTRADIÇÃO E A PERSISTÊNCIA?

II-P12 | Instituições internacionais em movimento: estudos de caso

Instituições Internacionais

João Paulo Ferraz Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais

Belo Horizonte 2013

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João Paulo Ferraz Oliveira

O CONSELHO DE COOPERAÇÃO DO GOLFO: ENTRE A CONTRADIÇÃO E A PERSISTÊNCIA?

Trabalho submetido e apresentado no 4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais – ABRI.

Belo Horizonte 2013

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RESUMO

O contexto pós 1980 testemunhou o retorno do regionalismo, principalmente como uma resposta às mudanças nas relações globais, que abrangeu a distensão do mundo bipolar, mudança econômica com caráter transnacional e a multidimensionalidade das relações entre os Estados. As Organizações Internacionais (OI) acompanham esse processo ao se tornarem um arcabouço institucional de discussão, produção de políticas e diretrizes de ação para os novos desafios do regionalismo. Dentro do contexto árabe, este artigo tem como objeto de estudo o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), criado em 1981, cujos membros são Arábia Saudita, Omã, Qatar, Emirados Árabes, Bahrein e Kuwait. Sua existência e permanência sempre foram vista com desconfiança e fatalismo por parte de muitos estudiosos, reconhecendo seu caráter limitado e inerte às circunstâncias que lhe advém. O argumento principal é que, diferente do fatalismo em torno dessa Organização, as issue-linkages e os jogos em múltiplas arenas aliado à fatores pré-integrativos nas dimensões políticas, de segurança e economia, são respostas à sua manutenção e aperfeiçoamento ao longo do tempo. Assim, analisa-se a natureza institucional do CCG, abordando características do corpo organizacional, compreendendo as interações entre os Estados membros, contradições e as razões para sua permanência. Utilizou-se, então, as abordagens da teoria institucionalista da escolha racional, tanto da Ciência Política como das Relações Internacionais (RIs), principalmente pelo método usado por George Tsebelis em Jogos Ocultos. Para uma visualização de seus ganhos foram elaborados mapas temáticos por meio do software MapViewer 7.0. A conclusão reconhece que, os jogos em múltiplas arenas oferecem aos Estados-membros incentivos para a permanência na OI, fazendo-os obter ganhos para além de sua preferência principal e ajudando a instituição a obter maior institucionalidade nas dimensões que estão inseridos explicando o desenvolvimento da Organização como um todo.

Palavras – Chave

Conselho de Cooperação do Golfo, jogos, múltiplas arenas, natureza institucional, Institucionalismo, Escolha Racional

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O CONSELHO DE COOPERAÇÃO DO GOLFO: ENTRE A CONTRADIÇÃO E A

PERSISTÊNCIA?

João Paulo Ferraz Oliveira Graduado em Relações Internacionais – PUC/MG Mestrando em Ciência Política – DCP/UFMG.

INTRODUÇÃO

A política internacional contemporânea tem sido marcada pelo papel das Organizações Internacionais (OIs) na produção de cooperação e coordenação em favor de políticas para o desenvolvimento dos países que se agrupam em suas institucionalidades. No caso dos paises árabe, as questões regionais se tornaram mais sensiveis, principalmente, com a preocupação pós-descolonização em que se buscava não apenas garantir a ordem de segurança doméstica, mas também manter os processos de legitimação. A Organização Internacional, portanto, fazia parte da instrumentalização da proteção às legitimações domésticas sem a interferência dos Estados vizinhos, que através de pactos garantidos no supranacional mantiam o status quo doméstico. (FAWCETT, 1995; TRIPP, 1995)

O contexto de 1981 marca a criação do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), cujos paises membros são: Arábia Saudita, Omã, Bahrein, Emirados Árabes, Kuwait, Qatar. Quanto ao processo histórico, o Conselho está inserido na lógica do regionalismo árabe, pautando-se como plataforma de coordenação para fomento da manutenção das legitimidades dos Estados membros e campanhas de desenvolvimento econômico, político, sociais e de segurança. O CCG, se torna, portanto, uma Organização Internacional tipicamente fruto do chamado Novo Regionalismo, que assume seu caráter multifacetado, percorrendo entre as dimensões de segurança regional, econômicas, sociais e políticas.

Ao longo do tempo, os estudos sobre o CCG, enquanto instituição foram pautados pelo pessimismo que decretam sua incapacidade de gestão e provisão maior de aprofundamento dos laços regionais. Argumentos como de Abdullah (1999) e Noble (1999) assumem que as diferentes inserções dos Estados membros no Conselho de Cooperação levaram a falhas na provisão de segurança coletiva, como no caso da Guerra do Golfo, e paralisias decisórias em reuniões procedimentais importantes. Tais perspectivas levam ao fatalismo da não provisão de maior aprofundamento das relações entre os Estados do Golfo, em que o CCG está fadado ao fracasso integrativo.

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A argumentação aqui, vai na direção contrária ao pessimismo da literatura, uma vez que o Conselho de Cooperação do Golfo tem crescido institucionalmente a cada momento, acrescentando comitês e corpos técnicos, aumentando sua capacidade coordenativa nos campos da economia, sociedade e convergência de políticas externas na interlocução no Oriente Médio, Europa e África. Adicionalmente, atua como interlocutor nas pressões do mercado financeiro, nos dilemas da globalização e coordenação financeira. No campo da segurança, avança em treinamentos conjuntos, aumento de soldados e materiais bélicos (AL-MOMANI, 2008, The GCC: process and achievements, 2009).

A partir de 2011 o CCG apresenta-se como ator fundamental na coordenação de políticas de contenção dos efeitos da Primavera Árabe, enviando tropas ao Bahrein para conter uma série de protestos xiitas em contestação ao governo central e forjando na supranacionalidade um dique de contenção às marés de mudanças politicas iniciadas na Tunísia.

Partindo-se do pressuposto da ambivalência entre o aparente fatalismo do CCG e a sua permanência nos últimos 32 anos, argumento principal que explica tal permanência são os jogos em múltiplas arenas e a criação de issue-linkages, que leva em conta a heterogeneidade das preferências nas dimensões econômicas, segurança e políticas.

A partir dessa a argumentação direciona-se em duas principais seções. A primeira delas, explica os aspectos teóricos e metodológicos que se utiliza para o desenvolvimento do argumento supracitado. A segunda seção reconhece os aspectos fundamentais das dimensões múltiplas que propiciam a criação de issue-linkages que mantém as interações continuas no Conselho de Cooperação do Golfo. Nessa segunda seção, a análise percorrerá nas dimensões econômicas, as negociações da União Monetária, na dimensão política, a questão da liderança política na Região, e na dimensão de Segurança, as negociações desenvolvidas no pacto de Peninsula Shield Force.

1.TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS – ASPECTOS TEÓRICOS

Vários autores da Ciência Política, ciências econômicas e das Relações Internacionais (RIs) consideram o papel das instituições como fundamental para a solução desses dilemas em diferentes níveis de análise. Os teóricos institucionalistas filiados à abordagem conhecida como escolha racional entendem que as interações políticas ocorrem dentro das instituições. Assim, para maior compreensão da política é necessário entender as interações, a natureza e o papel das instituições políticas.

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Dessa forma, parti-se, então, do conceito de Keohane (1988) que identifica instituições como “conjunto de regras conectadas (formais ou informais) e persistentes, que prescrevem papéis comportamentais, constrangem atividades e moldam expectativas” (KEOHANE,1988,p.383)1. Para Peters (1999), as instituições permitem predizer comportamentos pela possibilidade da regularidade de resultados que beneficiam todos os participantes da organização e clarificam a probabilidade de decisões disponíveis para os atores. No âmbito internacional, Keohane (1988) chama a atenção para a necessidade de se entender as condições para que haja cooperação2 e previsibilidade no ambiente internacional. O chamado “Institucionalismo Neoliberal” vem argumentar que que a ação dos Estados em direção à cooperação depende de consideráveis níveis e permanência de arranjos institucionais que estabeleçam informações e oportunidades de negociação; habilidade dos Estados no monitoramento; credibilidade dos acordos firmados e convergência de expectativas sobre a solidez dos acordos internacionais. (KEOHANE,1988)

Axelrod e Keohane (1985) apontam que as instituições no ambiente internacional ganham um papel importante, principalmente por afetarem os incentivos dos Estados. Assim, as instituições criam contextos, pela idéia de sombra do futuro, os motivos da importância desse mecanismo institucional é que ele aumenta os horizontes de tempo, que fortalecem a regularidade das regras, aumenta a confiabilidade das ações dos atores. Tanto a formação de horizontes de longo prazo quanto a regularidade das regras favorecem a manutenção das interações, podem dar lugar à retaliação e afetam as expectativas dos atores, que anteriormente, sem essas possibilidades dadas pelas instituições, não seriam cabíveis dado os incentivos e preferência dos atores na anarquia. (AXELROD e KEOHANE,1985)

Os autores apontam aspectos interessantes nos contextos das interações nas instituições internacionais. As issue-linkages, interações entre assuntos que afetam outras arenas de negociação, ajudam a obtenção de ganhos adicionais dada a ação de um ator em outro assunto, além de facilitar outras negociações que, se não fosse o ganho em outras arenas, não seriam possíveis.

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Tradução de Institutions as persistent and connected sets of rules that prescribe behavioral roles, constrain activity, and shape expectations.

2 Keohane reconhece que nem sempre as instituições favorecem a cooperação, afirmação

baseada na existência de instituições construídas para lidar com as questões militares e politicamente voltadas para o conflito. Mas, ainda sim, os estudos da cooperação devem passar pelas questões de recursos e da natureza das instituições, bem como sobre as mudanças que ocorrem dentro delas.

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1.2 JOGOS EM MULTIPLAS ARENAS – ASPECTOS METODOLOGICOS

A ideia das issue-linkages está associadas aos argumentos de Tsebelis (1998) sobre jogos em múltiplas arenas. O autor afirma que as interações em múltiplas arenas expressam jogos com payoffs variáveis, ou seja, os payoffs da arena principal são influenciados pelas condições predominantes em outras arenas. Para se entender as interações entre os atores em jogo, o autor sugere representações gráficas, as quais algumas são aproveitadas nesse trabalho.

A teoria dos jogos desenvolveu um conceito importante que permite simplificar as situações dos jogos estratégicos: o conceito de subjogo. Tsebelis conceitua subjogo como um jogo entre dois ou mais jogadores que pode ser completamente isolado dos jogos que o circundam e podem ser analisados e resolvidos em si mesmos, ou seja, podem ser expressas as estratégias de equilíbrio. De maneira esquemática, Tsebelis aponta que os subjogos podem ser entendidos em uma relação 2 a 2, podendo os atores ser considerados como indivíduos ou como coalizões, conforme expressa a Figura 1. Tendo em mente o conjunto, a simplificação da estrutura de interação como recurso de método não reduz a sua capacidade analítica, isto porque em um subjogo os fatores contextuais não exercem influência e estes podem ser analisados isoladamente.

Figura 1: Representação gráfica de um subjogo de 2 pessoas. Fonte: TSEBELIS, 1998.

A análise feita aqui é reforçada no diagrama mostrado na figura 2 pelo fato de representar graficamente o sistema de coalizões, e segundo Tsebelis, o que sugerem uma situação mais complexa. Nesta representação, reconhecem-se as interações entre os atores de uma coligação e das coligações entre si.

Jogador 1

Jogador N

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Figura 2: Representação gráfica da interação entre coalizões.

Fonte: TSEBELIS, 1998.

Utilizam-se, então, essas representações gráficas para facilitar o entendimento das interações entre os atores. Nesse sentido, o conceito de subjogo aplicado neste trabalho, reconhece a complexidade que envolve a análise de todas as interações em conjunto. Dessa forma, podem-se entender as interações entre coalizões e ator individual e interações entre atores, para, enfim, entender os jogos em múltiplas arenas.

No plano metodológico, o esforço de pesquisa para o entendimento dos jogos em múltiplas arenas se concentrou em fontes secundárias: documentos, material bibliográfico sobre o contexto regional, artigos sobre o CCG e os Estados Árabes, publicados em revistas especializados. Basicamente, todo o material foi obtido através de bibliotecas digitais.

Para proceder à análise das interações dos atores e do posicionamento dos mesmos nas agendas específicas, foram utilizados documentos produzidos por analistas presentes nas reuniões do CCG ou por think tanks. Essa foi uma alternativa para superar a falta de documentos oficiais, os quais não se conseguiram encontrar na internet – ou por não estar ao acesso do público ou pelo fato de os pesquisadores não possuírem familiaridade com a língua árabe. Acredita-se que tais restrições não invalidam a pesquisa, embora dificultem a produção de conclusões mais robustas.

Para a compreensão dos aspectos relacionados à segurança foram utilizados artigos específicos a essa temática, além de relatórios oficiais do CCG. Para a análise dos avanços comerciais intra-bloco e projetos econômicos, foram utilizadas análises secundárias publicadas em artigos acadêmicos ou técnicos e também em documentos oficiais do Conselho de Cooperação do Golfo.

Na perspectiva de uma melhor visualização geográfica foi elaborado um mapa temático gerados pelo software MapViewer 7.6, através do cruzamento de dados estatísticos e análises elaboradas durante o trabalho.

Jogador 1 Jogador 2

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2. GCC: CONVERGÊNCIAS E MÚLTIPLAS ARENAS.

Nesta seção buscar-se-á primeiramente, compreender o contexto de criação da Organização Internacional, principalmente as características similares dos Estados membros, mas também suas preferências primeiras ao entrar na Organização. A partir disso, mostram-se os jogos em múltiplas dimensões: na questão econômica, analisará a União Monetária, na questão política, a questão da convergência de políticas externa e liderança do bloco regional, e na questão de segurança, o acordo GCC Joint Force, que aprofunda as relações de segurança entre os membros.

O Conselho de Cooperação do Golfo, formado por Arábia Saudita, Kuwait, EAU, Omã, Qatar e Bahrain representa a iniciativa integrativa mais bem sucedida dos países do Golfo até o presente. Estes Estados, como aponta Alasfoor (2007), possuem similaridades sumarizadas por: 1- fatores geográficos e fronteiriços como aponta o o mapa da figura 3; 2- fatores linguísticos, culturais e históricos, compromissos bilaterais, trilaterais e multilaterais; 3- no caráter econômico, através da força do petróleo, da duplicação de projetos industriais e da criação de projeto de integração econômica completa, com o compartilhamento de um sistema político e, pode-se acrescentar aqui, os dilemas de segurança regionais, como a Revolução Iraniana impacta nos países do Golfo após a retira do Xá.

Figura 3: Mapa da divisão política das Fronteiras dos paises signatários do CCG.

Fonte: Base Cartográfica da Golden Software Inc. Organização J. P. F. Oliveira/E. Oliveira

3 4 3 4 4 3 4 3 5 2 5 2 6 0 6 0 16 16 25 25 33 33 0 400Km Saudi Arabia Qatar Oman Kuwait Bahrain

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A revolução iraniana representou a mudança na sociedade iraniana que desconstruía as credências legitimadoras sunitas (forma de interpretação islâmica majoritariamente presente nos países do Golfo), inclusive a legitimidade dinástica e política dos emires e sheiks do Golfo. Ainda, tinham em sua perspectiva um caráter expansionista de suas ideias, que causaram grande temor aos líderes sultânicos do Golfo quanto à continuidade de suas legitimidades. (TRIPP, 1995; ABDULLAH, 1999)

Como sugere o secretário-geral do CCG, Al-Attiyah, no The GCC: process and achievements (2009), o Conselho reflete um processo de coordenação e cooperação sistemática em favor dos objetivos da Carta de Fundação da Organização. Ao analisar a Carta Constitutiva do Conselho, o Art. 4º da Carta de Fundação, são objetivos do Conselho: 1) Alcançar a cooperação entre os membros em todos os campos como prelúdio para a unidade. 2) Fortalecer os pontos de cooperação entre as pessoas dos Estados membros em diferentes campos. 3) Estabelecer sistemas similares entre os Estados membros em todos os campos, incluindo economia e finanças, comércio, alfândega e comunicação; educação e cultura, bem-estar social e saúde; informação e turismo; legislação e administração. 4) Estimular o progresso cientifico e tecnológico nos campos industriais, mineração, agricultura e recursos animais. Acrescentam-se preservar e fortalecer a paz, atingir a integração econômica que beneficie todos os povos dos países do CCG através da criação de área econômica e trabalho à unificação política. (ALASFOOR, 2007).

Os dilemas coordenativos e cooperativos passam pelos graus de prioridades temáticas dos Estados que a compõe, direcionando diferentes inserções. A próxima seção demonstra quais sãos as prioridades para cada Estado do Conselho de Cooperação. O perfil do Conselho de Cooperação do Golfo é o reconhecimento as dimensões politicas, economicas e militares que acarretam o aperfeiçoamento dos aparatos institucionais e acrescentam vantagens para os membros que compõe o Conselho. (ABDULLAH,1999)

3. PREFERÊNCIAS E ARENAS.

Como argumentado anteriormente, a inserção dos Estados membros na Organização é diversa, mas por outro lado, o carater multifacetado da Organização faz com que as dimensões economica, politica e militar sejam incorporadas nas questões institucionais.

No caso de Omã, a partir de 1970, o Estado buscou maior atuação no ambiente internacional e acoplou uma perspectiva mais militarista e securitiva como reflexos de suas revoltas domésticas, e em 1976, busca estabelecer uma política externa para forjar maior

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credibilidade regional para os mecanismos de defesa. Com a revolução Iraniana e a criação do CCG em 1981, após o primeiro encontro dos paises-membros, Omã exorta a Organização para estabelecer ligações entre segurança e defesa com os aspectos culturais, econômicos e políticos dos países da região. Nesse sentido, segundo Anthony (1995) “certamente, o sultanato de Omã tem falado com conscistência e convencimento como nenhum membro do CCG sobre a necessidade de financiamento e suporte militar para aumentar a segurança regional, tanto no âmbito interno quanto no externo”3 ( ANTHONY, 1995, p. 4).

No caso da Arábia Saudita, argumenta-se que, para esse Estado, a percepção de inserção no CCG é prioridade política. Como dimensão política entende-se a promoção da política externa saudita e de interesses diplomáticos dentro do Conselho. A Árabia Saudita busca a preservação ou elevação do status quo na região, por meio da Organização. Isso se deve ao temor da hegemonia Iraniana na região, além de forjar o próprio país como liderança no Golfo Pérsico, apesar da desconfiança dos próprios países membros do Conselho de Cooperação do Golfo quanto aos planos sauditas para o Golfo em favor de suas políticas nacionais em vez de uma política para a região.(ABDULLAH, 1999)

Algumas caracteristicas da Arábia Saudita levam a compreender seus anseios pela liderança regional. Dentre elas estão: a) como maior força militar do Golfo expressa recusa deliberada ao conflito e estabelece acordo bilaterais de solução dos mesmos, ou utiliza os mesmos acordos como forma de imposição de força. Olivier (2005); b) No aspecto econômico, tem participado de todos os projetos voltados para a melhoria das relações econômicas, apoio às instituições de coordenação econômica e financeira; c) do ponto de vista político, tem se destacado pela suas iniciativas e convergências de políticas externas. Também para Alasfoor (2007) tal influência está conectada com a responsabilidade cultural de proteção dos costumes islâmicos e proteção simbólica das duas cidades santas.

Na dimensão econômica, Kuwait, Bahrain, Qatar e EAU manifestam preferência quanto a integração econômica. Para fins ilustrativos, a figura 4 aponta os eixos de coalizões que se apresentam dado as diferentes inserções no Conselho de Cooperação do Golfo:

3 Tradução de Certainly, the Sultanate has spoken as consistently and convincingly as any GCC

member about the need for financial and military backing to increase the region´s internal e external security.

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Figura 4: Coalizões por preferência na arena principal.

Dessa forma, identificam-se as principais dimensões e preferências dos atores na instituição. Na próxima seção, apresentam-se as interações entre as dimensões que interferem nas preferências iniciais de cada um, a partir disso, busca-se entender também os ganhos de cada ator e as issue-linkages que fazem com que a Organização obtenha sua permanência.

3.1 ARENA DE SEGURANÇA: CCG JOINT DEFENSE

Essa arena é uma das primeiras e mais importantes para os Estados-membros do Conselho, principalmente pelo caso Iraniano, mas, a interação em torno dessa dimensão não é a mesma para todos.

O GCC Joint Defense pode ser compreendido como uma cooperação militar e de segurança, assinado pelos chefes de governo dos países integrantes do CCG, na 21ª Sessão do Supremo Conselho, realizada em Manama em 2000. De acordo com o GCC: Process and Achievement (2009), esse acordo expressa a adesão dos países-membros à Carta do CCG, baseada na lógica de que o ataque a um é um ataque contra todos. Adicionalmente, expressa também a intenção do aumento das capacidades individuais e coletivas na coordenação militar regional e, principalmente, continua o desenvolvimento do Al-Jazeerah Shield Force, criado em 1982, que acordava o desenvolvimento das forças militares de infantaria, modernização da força de ataque, exercícios conjuntos de exércitos e incentivo à indústria privada para investir no campo de armamentos.

Nos 21º e 22º Encontros do Conselho Supremo,de 2001 e 2002, tanto Bahrein, Kuwait e Omã reafirmaram o código de defesa em favor de uma unidade estratégica, ou seja, uma política única de defesa. Em 2002, os avanços foram mais substantivos pela decisão de , decidindo sobre o aumento das tropas de 5,000 homens para 22,500 homens, o que foi feito dentro de um discurso a favor da coordenação das ações de segurança.

Bahrein Qatar E.A.U. Kuwait Arábia Saudita OMÃ

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Obteve também anúncio da Arábia Saudita de que assumiria a responsabilidade de todo o design, aquisição e custos de construção, como também as operações e custos de manutenção na provisão de condições para acomodar e ampliar as forças de defesa pan-CCG.

As coalizões tendem a ser menos coesas, principalmente quanto à percepção de dois atores principais, como Qatar e Emirados Árabes Unidos. Quanto ao Qatar, observa-se um ganho entre as tensões entre Arábia Saudita e Irã, fazendo acordos comerciais com ambos, principalmente no compartilhamento de gás e manutenção dos acordos feitos no GCC. Quanto aos Emirados Árabes sua não convergencia com a Arábia Saudita é explicada pela ambivalência entre os Emirados, em que se tem Dubai constestando contra o Irã, mas diferentemente de Abu Dabih, Ras Al-Khaimah e Umm Al-Quwain que estabelecem uma relação mais próximas com o Irã. Ambos suspeitam também da benevolência do projeto saudita para o Golfo, entendendo-o como também ameaçador. (ANTHONY, 2002; 2001)

No caso de Omã, Bahrein e Kuwait a questão geopolítica é mais contudente por serem alvos mais próximos do Estado Iraniano, e por muitas vezes sofrerem influencia direta do regime xiita. Todos esses Estados reconhecem a importância do aumento da segurança e militarização e suas ameaças regionais.

Nessa dimensão, a Arábia Saudita utiliza suas capacidades econômicas e militares para exercer liderança, principalmente na convergência dos os Estados para com sua politica externa. Como argumentado anteriormente, com base em Alasfoor (2007), percebe-se a liderança da Arábia Saudita na defesa do islamismo e dos interespercebe-ses do Golfo, principalmente no que diz respeito à manutenção de regimes politicos internos. Barzegar (2010) afirma que a estratégia utilizada pelos sauditas para exercer influência política e militar não está no aumento abrupto de poder e peso regional através da publicização de rivalidade, mas na utilização de uma estratégia que busca um papel mais relevante para a própria Árabia Saudita sem que isso mobilize muita atenção.

A arena de segurança pelo GCC Joint Defense demonstra como essa estratégia branda de balanceamento - fortalecimento dos vizinhos e obtenão de barganhas mais compensatórias - proporciona a possibilidade e exercer liderança e força por meio de ação conjunta, reconhecendo também que a Árabia Saudita não tem força suficiente para o balanceamento de rivais regionais, incluindo o Irã. Neste caso, há que se considerar, também, o papel do suporte político e financeiro para essas campanhas em favor de alianças entre os membros do CCG. Do ponto de vista ilustrativo a figura 5, reconhecem as coalizões nessa arena.

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Figura 5:Coalizões na dimensão de segurança.

Percebe-se portanto, nessa arena as divisão são mais tensas, expressando consequentemente a importância de tal dimensão nas políticas externas dos Estados.

3.2 DIMENSÃO ECONÔMICA: UNIÃO MONETÁRIA.

Consensualmente, quando se analisa a trajetória institucional e organizacional do Conselho de Cooperação do Golfo, a arena econômica é apontada como a que mais avançou nos últimos 30 anos de organização. Como referido na Carta Constitutiva do Conselho, em seu Art. 22º, foi introduzida a ideia de um aprofundamento nas arenas econômicas em direção a uma integração completa, e certamente a integração completa engloba a União Monetária. Entretanto, para tal fim, coube aos Estados o cumprimento de estágios para a integração, como o Acordo Econômico de 2001 e o Mercado Comum do CCG declarado em 2007 e lançado em 2008 (GCC: PROCESS AND ACHIEVEMENT, 2009).

Como forma de compliance, foi elaborado um cronograma para a União Monetária, atingindo assim os requisitos minimos para a União, de acordo com as datas especificas, assim, alcançar os niveis mais altos de convergencia entre os Estados membrmos em todas as políticas econômicas. (GCC:PROCESS AND ACHIEVEMENT, 2009).

Nesse sentido, somente em 2005 são aprovados os critérios de convergência no que se refere à questão monetária (taxas de inflação e reservas de caixa), finanças (deficit anual da relação entre finanças governamentais e o PIB e a relação entre o deficit público e o PIB). Do ponto de vista estrutural e institucional, em 2008, aprova-se o Acordo de União Monetária (AUM), acordo que cria estruturas e tarefas institucionais e legais para o Conselho Monetário e o Banco Central do CCG, e em maio de 2009, é aprovado o estatuto

Omã

Qatar

E.A.U.

Arábia Saudita Bahrein Kuwait

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do Conselho Monetário e em junho, aprova-se o próprio Conselho Monetário e o futuro Banco Central do CCG em Riad, na Arábia Saudita.

As vantagens da União monetária para os membros do CCG estão : a) na integração econômica e heranças dos ganhos da União Alfandegária e do Mercado Comum, fazendo com que haja impactos no comércio entre os países do Golfo, além do aumento do turismo, investimentos, reflexos nos serviços financeiros e no mercado de capitais; b) na própria moeda única, que diminui os riscos relacionados à taxa de câmbio, ajudou a manter estoques de mercado e consideráveis influências em termos de volume e liquidez; c) obter maior capacidade de negociação entre corporações dos Estados-membros, diminuindo diferenças na macroeconomica e produzindo maior eficiência econômica; d) vantagem verificou-se melhoria na qualidade dos serviços, principalmente pela maior competitividade e diversificação das economias de escala; e) os arcabouços institucionais supranacionais apontam para uma maior transparência e disciplina financeira no nível regional, sendo a estabilidade e credibilidade da zona monetária mais persistente. Entretanto, apesar de todas essas vantagens, as interações entre os atores nessa dimensão, como apresentado na figura 5 percebe-se coalizão contra um ator, Emirados Árabes Unidos.

Figura 6: Coalizão na dimensão de economia.

Certamente para os países de economias menores - Kuwait, Bahrein, Qatar e Omã - as oportunidades maiores de investimento, possibilidade de diversificação da cadeia produtiva e melhoria dos outros setores econômicos, aumento do comércio intra-bloco, diminuição de custos de transação monetária e maior estabilidade financeira são melhorias que esses Estados necessitam para enfrentar os novos desafios colocados para os países árabes na dinâmica econômica mundial, principalmente Bahrein e Omã, países fadados a perder as reservas de petróleo mais rapidamente do que os outros demais.

No caso da Arábia Saudita, os ganhos apresentam-se muito aparentes. Primeiro, como um dos principais atores da região e maior economia do Golfo, obtém ganhos nas duas frentes de negociação – fora do Golfo, com as exportações para União Europeia e Estados Unidos e no intra-bloco com exportações principalmente para os Emirados Árabes Unidos. Reconhecendo-se como possível líder, entende-se que a melhoria do comércio

E.A.U.

Arábia Saudita Bahrein Kuwait Omã Qatar

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intra-bloco favorece a sua economia e o regionalismo econômico. Outro ganho da Arábia Saudita está na possibilidade da maior expressividade de liderança, principalmente quando, nas negociações entre os Estados-membros, decidiu-se que Riad seria o futuro centro do Banco Central do Golfo. Reconhece aqui um grande ganho na arena política saudita, em que a União Monetária pode ser uma fonte multilateral de expansão de sua política externa, voltada tanto para a política quanto para a economia, como a expansão do modelo de desenvolvimento saudita, baseado em maior intervencionismo estatal e em incentivos para indústrias nascentes, formação de politicas econômicas favoráveis à economia saudita, principalmente pelo peso econômico e a presença fundamental da Arábia Saudita para o sucesso da União Monetária.

Identificou-se um posicionamento diferente dos Emirados Arabes Unidos quanto à União Monetária. Em 2009, o governo expressou a sua saída do plano de integração econômica, sendo que os outros parceiros na coalizão econômica como Kuwait, Bahrein e Qatar continuaram o processo de introdução da moeda única. Segundo o United Arab Emirates(2009), jornal local dos Emirados Árabes, a saída do Estado foi classificada como obscura, mas, para essa análise algumas respostas são possíveis. Primeiro, como segunda economia do Golfo, perdendo apenas para a Arábia Saudita, os Emirados se põem numa disputa econômica muito forte, principalmente, porque houve a pretensão de que o Banco Central do Golfo fosse em Abu Dahbi, mas, por votação dos Estados-membros, foi reconhecida Riad como a capital do Banco. Segundo, como todo acordo do CCG, ele é incrementado, nunca se retrocede em aspectos já negociados.

Sendo assim, os Emirados Árabes Unidos continuam ganhando com os grandes acordos - Acordo Econômico e União Alfandegária - indicando um aumento significativo nas exportações e importações no comércio intra-bloco. Entretanto, deve-se reconhecer que os Emirados apresentam-se como uma economia aberta e voltada principalmente para os mercados fora do Golfo, ou seja, com os acordos anteriores ganha-se um aumento no âmbito intra-bloco, mas sem abdicar de se direcionar para o mercado fora do bloco. Terceiro, com a União Monetária, como apontam Laabas e Liamam (2009) existe a possibilidade da perda de independência monetária e da política de câmbio, perdendo elementos estabilizadores macroeconômicos em política unilateral em caso de choques, além dos grandes custos de saída da união monetária e as possiveis sanções em quebrar regras.

Essa perda de soberania e a necessidade de uma negociação de políticas no âmbito multilateral, unidas à força saudita na possível influência nas políticas econômicas, produz nos Emirados Arabes Unidos certo temor à interferência saudita e, consequentemente, à

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política monetária única. Entretanto, uma possível vantagem dos Emirados está na sua característica de veto player. Segundo o EUA Interact, em 2010 o Secretário-geral do CCG afirmou que “a união monetária do Golfo não pode ter vida sem a presença dos Emirados Arabes” (EUA INTERACT, 2010), reconhecendo, de certa forma, a relevância da presença dos Emirados na continuação da política monetária comum e dando oportunidades de barganha e possibilidades de conquistas na esfera econômica ou em outras esferas de negociação àquele Estado.

3.3 GANHO NAS DIMENSÕES ECONOMIA E SEGURANÇA.

Fechando as análises observa-se a sintese dos ganhos nas dimensão para cada Estado, reconhecendo então as issue-linkages e os fatores que fazem a organização regional permanecer.

Na dimensão da segurança e econômica, a Arábia Saudita consegue ter aumento do poder relativo de suas capacidades, ainda consegue institucionalmente fortalecer a convergência com sua política externa, tanto para o pacto de segurança como para a economia regional na criação do Banco em seu território , e como sua preocupação maior, consegue o balacing regional contra a ameaça iraniana e ainda estabelece poder de barganha com os Estados membros do Conselho. Alasfoor (2007) Kayhan (2010)

Quanto aos países menores, Qatar, ganha com a exploração das tensões entre Irã e Arábia Saudita, conquistando acordos comerciais e de segurança com ambos. Kuwait e Bahrein melhoram o pacto de segurança mútua, ao mesmo tempo em que aumentam seus poderes relativos e capacidades na questão militar. Omã certamente é que o mais ganha com essa arena e ela tem impacto sobre sua preferência primeira, obtendo a conservação de suas demandas de cinco anos na arena de segurança, melhoria de seus equipamentos e expertise em operações navais, aéreas e militares. Em associação com sua estratégia externa, garante também sua estabilidade doméstica e sustenta o balacing contra o Irã.

Na dimensão econômica, os países menores como Omã, Qatar, Kuwait e Bahrein ganham mais na medida em que os acordos da União Monetária aumentaram a oportunidade de maiores investimentos, diversificação da cadeia produtiva, aumento do comércio intra-bloco, menor custo de transação monetária e maior estabilidade financeira. GCC: Process and Achievements (2009)

Os Emirados Árabes Unidos, na arena de segurança, ganha com o aumento de suas capacidades militares. Já na dimensão econômica, ganha na medida em que vai contra os alicerces acordados, tornando-se um veto player no processo de integração

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regional. Além de manter seus ganhos com os acordos anteriores, sem necessariamente desejar um aprofundamento da União Monetária, ainda conserva sua liberdade de política monetária.

CONCLUSÃO

Percebe-se portanto, que um dos fatores que propulcionam a permanencência do Conselho de Cooperação do Golfo são os jogos em multiplas dimensões e as issue-linkages que estabelecem entre as temáticas. Diferentemente do que os autores pessimistas apontam, as diferenças de inserção dos atores não é problemática na medida em que a Organização oferece dimensões multiplas que proporcionam ganhos para os atores para além de suas arenas principais. O Conselho de Cooperação do Golfo avança ao longo tempo em seus acordos internacionais, entretanto, ainda apresenta dificuldades no plano coordenativo, marcado por desconfianças e conflitos nas suas políticas externas. Pode-se concluir que, apesar de muitos pessimismos o CCG também se tornar um importante alicerce na integração regional desses Estados, oferecendo-lhes possibilidade de desenvolvimento, legitimação no plano doméstico e internacional, sendo ainda sim, a Organização Internacional favoravel à suas preferências e sendo uma arena capaz de convergir suas preferências e inserções,mesmo que diferentes.

REFERÊNCIAS

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