• Nenhum resultado encontrado

HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS: PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS: PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO"

Copied!
52
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS:

PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO

RAQUEL PRAXEDES DOS SANTOS

Natal – RN 2022

(2)

HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS:

PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO.

TCC final apresentado ao departamento de Nutrição (DNUT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para a conclusão do curso de nutrição.

Orientador (a): Dra. Grasiela Piuvezam.

Coorientador (a): Dra. Gidyenne C. Bandeira Silva de Medeiros.

Natal – RN 2022

(3)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Santos, Raquel Praxedes dos.

História natural da COVID-19 em crianças: protocolo de revisão de escopo / Raquel Praxedes dos Santos. - 2022.

51f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Nutrição) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. Natal, RN, 2022.

Orientadora: Profa. Dra. Grasiela Piuvezam.

Coorientadora: Profa, Gidyenne C. Bandeira Silva de Medeiros.

1. COVID-19 - Crianças - TCC. 2. Recém-nascidos - TCC. 3. Variantes COVID-19 - TCC. 4. Doença de Coronavírus 2019 - TCC. 5. História natural da doença - TCC. I. Piuvezam, Grasiela. II. Medeiros, Gidyenne C.

Bandeira Silva de. III. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 616.2-053.2

Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263

(4)

HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 EM CRIANÇAS:

PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de

Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

Professora Dra. Grasiela Piuvezam – Orientadora.

Professora Dra. Ana Heloneida de Araújo Morais.

Professora Dra. Pétala Tuani Candido de Oliveira Salvador.

Natal, 02 de fevereiro, 2022

(5)

DEDICATÓRIA

Assim como está escrito na Bíblia Sagrada, em 1º Tessalonicenses 5.18: “(...) Dêem graças em todas as circunstâncias. ” Dedico esta obra aquele que sempre esteve ao meu lado, guiando meus passos nessa longa jornada chamada vida: Jesus Cristo.

Aos meus pais Ritinha e Arnilton, irmão Adson, avós José Elias e Artemizia por toda ajuda e incentivo. A minha querida vó Cecilda Belo (In memoriam), responsável por instigar minha curiosidade a estudar sobre diabetes mellitos, gostaria muito de ter sido sua nutricionista, vó!

Ao meu tio Arni Praxedes (In memoriam), lembro com carinho do dia em que perguntou qual profissão pretendia seguir, tia Maeli que sempre forneceu meu material escolar, desde a alfabetização, e por fim, a tia Abilene e Adileuza pela acolhida na casa de vocês. Essa vitória é de todos nós!

(6)

A experiência de cursar uma graduação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do curso de nutrição, possibilitando o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas através da Pró-reitoria de Pesquisa (Propesq), foi salutar para minha formação enquanto discente. Assim, agradeço a UFRN, a PROPESQ e ao curso de graduação em nutrição da UFRN.

O desenvolvimento deste TCC, tem sido um processo desafiador, mas rico em conhecimento e qualificação, o qual requer dedicação, compromisso e trabalho em equipe.

Somado a outros estudos, portanto, espera-se que com este estudo a ciência continue avançando para com isso, proporcionar bem-estar e outros benefícios à população.

Agradeço a querida orientadora, professora doutora Grasiela Piuvezam, por cumprir o papel de forma impecável, sempre com acolhimento e respeito, também congratulo minhas saudações a coorientadora, professora doutora Gidyenne Medeiros, pela excelente orientação no decorrer da pesquisa. Obrigada a cada uma pela contribuição para que esta pesquisa esteja tão rica e vasta de informações pertinentes a comunidade científica. Saibam que fazem parte da minha carreira acadêmica, levarei cada ensinamento comigo, e os aplicarei no decorrer da minha vida profissional.

Ao Systematic Review and Meta-Analisys Laboratory (Lab-SYS), em nome de toda a equipe do grupo de pesquisas Lab-SYS-CNPq na condução da professora Dra. Grasiela Piuvezam. Agradeço a minha colega de turma, que dividiu comigo a iniciação científica:

Anny, você é luz. Como também a Débora, obrigada meninas!

Ao meu grupo de estudos da faculdade: Maria Vitória Morais, Raymara Almeida, Talita Peixoto, e Carolina Brandão, vocês tornaram a caminhada mais leve e cheia de sorrisos. Gratidão a querida professora doutora Pétala Tuani de Oliveira Salvador, e Me.

Anna Larice Menezes Galvão que juntas contribuíram para a formulação do protocolo, e o registro. E a cada professora do departamento de nutrição, muito obrigada pelos ensinamentos!

(7)

Ressalto que sou eternamente grata a Deus, pois sem Ele não estaria aqui. Assim como está escrito na Bíblia Sagrada, no livro de Romanos 11.36: “Porque Dele, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém! ”.

Agradeço aos meu pais, Rita de Cassia e Arnilton Praxedes que tanto trabalharam para que esse sonho se concretizasse. Ao meu irmão Adson Praxedes, por ser meu amigo e conselheiro para todas as horas. Meus avós José Elias de Melo e Artemizia Praxedes, que mesmo longe se preocupavam e ligavam pedindo notícias. Como também aos demais familiares e amigos, a prima Rebeca Praxedes e a Bianca Nascimento minha gratidão. Amo todos vocês, com todo meu coração!

(8)

Discente, membro do grupo de pesquisas Lab-SYS-CNPq (Systematic Review and Metanalisys Laboratory), com enfoque nos estudos do tipo scoping review sobre o COVID-19 em crianças, orientado pela professora Dra. Grasiela Piuvezam. Inserida no plano de trabalho: “Manifestações Clínicas da COVID-19 em Crianças e Adolescentes: Uma Revisão de Escopo”, com orientação da professora Dra. Gidyenne C. Bandeira Silva de Medeiros.

O referido TCC integra o departamento de saúde coletiva juntamente com o departamento de nutrição, e a escola de saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com a participação da professora doutora Pétala Tuani Candido de Oliveira Salvador, em parceria com a Me. Anna Larice, enfermeira e sanitarista, mestre em Ciências pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Vinculadas ao projeto de pesquisa: História Natural da Covid-19 em Crianças e Adolescentes: uma revisão de escopo, na qual originou este estudo.

(9)

“Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos. ”

(Bíblia Sagrada, Salmos 126. 6)

(10)

revisão de escopo. 2022. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.

RESUMO

O novo coronavírus foi confirmado como uma nova doença pelo centro chinês de doenças de controle e prevenção. O que levou a OMS a decretar o episódio como uma emergência de saúde pública, denominando-o como uma pandemia. Nessa mesma perspectiva, muitos casos foram confirmados em crianças. O presente trabalho norteou-se pela pergunta principal a cerca de:

qual o curso da história natural da doença em crianças com COVID-19? Objetivando a elaboração de um protocolo de scoping review para mapear a História Natural (HDN) da Covid- 19 em crianças, por meio de estudos encontrados na literatura científica. A metodologia foi desenvolvida com base nas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual (JBI,2020), de acordo com quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005), na qual compreendeu as seguintes etapas: Definição e alinhamento com os objetivos e a pergunta de pesquisa, desenvolvimento e alinhamento dos critérios de inclusão com os objetivos e a pergunta de pesquisa, coincidindo na descrição da abordagem planejada para busca de evidências, seleção, extração de dados e apresentação das evidências, resultando no protocolo de revisão de escopo.

Apresentando pesquisas realizadas em cinco (05) bases de dados: PubMed, Web of Science, SCOPUS, LILACS e Embase, dispondo de descritores e palavras chaves para a busca exploratória, e posteriormente, análise dos resultados em cada banco de dados com base nos critérios estabelecidos para os achados de cada equação elaborada. No protocolo ficou categorizado como tipos de estudo na qual devem ser incluídos, dos quais: ensaios clínicos, estudos observacionais, relatos de casos descrevendo história natural da COVID-19 em crianças com infecção por SARS-CoV-2, de 0 até os 10 anos de idade como critérios de inclusão.

Ressalta-se a importância de um olhar atento por parte da comunidade cientifica para o delineamento de estudos que abrangem essa temática, além disso, a faixa etária dessa pesquisa contribui como um grupo que pode ser alvo de estudos futuros, através desse protocolo.

Palavras Chave: Filho; Pré escola; Bebês; Recém-nascido; Variantes COVID-19; Doença de Coronavírus 2019; SARS-CoV-2; História Natural da Doença.

(11)

ABSTRACT

The novel coronavirus has been confirmed as a novel by the Chinese Center for Disease Control and Prevention. This led the WHO to declare the episode a public health emergency, calling it a pandemic. In this same perspective, many cases have been confirmed in children. The present work was guided by the main question about: what is the course of the natural history of the disease in children with COVID-19? Aiming at children to develop a scoping review protocol to map the Natural History (HDN) of Covid-19 through studies found in the scientific literature.

The methodology was developed based on the rules of the JBI Institute Reviewr's Manual (JBI, 2020), according to the theoretical framework proposed by Arksey and O'Malley (2005), which comprises the following steps: Definition and with the objectives and the question of research, development and pursuit of the search for inclusion, selection, the objectives in the research of the research, study of evidence research and presentation, determination of no review of presentation research, determination of no research review. Presenting research carried out in five (05) databases: PubMed, Web of Science, SCOPUS, LILACS and Embase, with descriptors and keywords for the exploratory search, and later, analysis of the results in each database based on the criteria the findings of each protégé to proposed. In the protocol categorized as types of study in which they should be included, of which: clinical trials, observational, case reports that describe the natural history of COVID-19 in children with SARS-CoV-2 infection, aged 0 to 10 years age as an inclusion criterion. It is noteworthy that the scientific community has a close look at the design of studies that cover this theme, in addition, the age group of this contribution as a group that can be the target of future studies, through this protocol.

Key words: Child; Preschool; Infants; Newborn; COVID-19 variants; Coronavírus 2019 disease; SARS-CoV-2; Natural History of Disease.

(12)

1. INTRODUÇÃO ... 13

2. OBJETIVOS ... 16

3. REVISÃO DE LITERATURA ... 17

3.1 PANDEMIA ... 17

3.1.1 Definição do que é Pandemia ... 17

3.1.2 Pandemia ao Longo da História ... 17

3.1.3 Origem da pandemia da COVID-19 ... 19

3.2 PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS ... 20

3.3 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA ... 21

3.3.1 Pré-Patogênese ... 21

3.3.2 Patogênese ... 22

3.4 SUPORTE NUTRICIONAL ... 25

3.5 REVISÃO DE ESCOPO ... 26

4. METODOLOGIA DA PESQUISA ... 28

4.1 TIPO DO ESTUDO ... 28

4.1.1 Desenvolvimento e Alinhamento com o Tipo de Estudo, Objetivos e a Pergunta da Pesquisa ... 28

4.1.2 Desenvolvimento e Alinhamento dos Critérios de Inclusão com os Objetivos e a Pergunta de Pesquisa ... 28

4.1.3 Desenvolvimento da Abordagem Planejada para Busca de Evidências, Seleção, Extração de Dados e Apresentação das Evidências ... 28

4.1.4 Análise das Evidências ... 28

4.1.5 Registro do Protocolo ... 29

(13)

5. RESULTADOS ... 30

6. DISCUSSÃO ... 40

7. CONCLUSÃO ... 44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...45

(14)

1. INTRODUÇÃO

Em 2019 teve início o conjunto de casos de pneumonia, até então de origem desconhecida na cidade de Wuhan, na China (LI et al, 2020). Concomitantemente, apenas poucos dias depois, as autoridades sanitárias chinesas confirmaram que este caso foi associado ao novo coronavírus (HUI et al., 2020).

Para tal foi identificado através de amostras fluída de lavagem bronco alveolar em um paciente de Wuhan, na qual posteriormente, após análise dos resultados, foi confirmado como sendo a causa de uma nova doença pelo Centro Chinês de Doenças Controle e Prevenção (TAN et al., 2020; ZHU et al., 2019).

Além do mais, o patógeno responsável foi identificado como o novo coronavírus, chamado de SARS-CoV-2 por causa de sua sequência ser semelhante ao vírus que causa síndrome respiratória aguda (THOMPSON E RASMUSSEN, 2020).

Essa doença se espalhou rapidamente para outras partes da China e globalmente para muitos países (DONG et al.,2020). Como resultado, a OMS declarou em janeiro de 2020 o novo surto de coronavírus como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, já em março do mesmo ano, o surto foi declarado pandemia (THOMPSON E RASMUSSEN, 2020).

Dentre as recomendações atuais da OMS, pessoas com sintomas respiratórios leves devem ser encorajadas a se isolar, e o distanciamento social é enfatizado (CUCINOTTA E VANELLI, 2020). Por conseguinte, de acordo com estudos epidemiológicos realizados por DONG et al (2020, p. 02), na qual contabilizou um total de 80 174 casos de pessoas infectadas por COVID-19 registrados na China, local oriundo da doença, e 8.774 casos em 64 países (e regiões) foram confirmados em março de 2020 (WHO,2020).

Mais especificamente, a maioria de estudos na literatura científica demonstram que as crianças podem transmitir a doença, porém em menor escala do que os adultos, mesmo utilizando protocolos estruturados de busca ativa de contatos (BITTENCOURT et al., 2021).

(15)

14

Aproximadamente 30% das crianças hospitalizadas tiveram COVID-19 grave, enquanto 0,5% morreram durante a hospitalização (WOODRUFF et al., 2022). Sendo assim, desde o surto de COVID-19, várias vacinas foram testadas e concedida autorização de uso emergencial como medida de contenção (ZHENG et al., 2022).

Considerando que a OMS declarou a necessidade de avaliar pacientes que apresentam sintomas, juntamente com os assintomáticos, e os de doença grave e morte devido ao COVID-19 (ZHENG et al., 2022). Alguns artigos relatam que 97% das crianças apresentavam-se assintomáticas ou com sintomas leves e moderados, com a prevalência de assintomáticos variando de 2 a 6,5% (BITTENCOURT et al., 2021).

Porquanto, inúmeros documentos sugerem que as crianças têm a mesma probabilidade de se infectar que os adultos, no entanto apresentam menos sintomas e doença de menor gravidade, tanto quanto uma taxa de letalidade bem inferior (ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). Outros estudos corroboram, ao apontar que a maioria das crianças com a doença parecem ter um curso clínico mais brando em contraste com adultos infectados (LU et al, 2020). O que colabora com o fato de que, a epidemia está em um curso de evolução rápida, apesar de o escopo final e o impacto desse evento ainda não ser nitidamente claro. (DONG et al, 2020).

Nessa mesma perspectiva, muitos casos confirmados em crianças são denominados como doença de cluster, ou seja, parte do princípio de ser uma infecção de

“segunda geração”, na qual pode ser proveniente do grupo familiar (SILVA et al., 2021).

No mais, considerando que a população infantil reside com outras pessoas (pais, avós ou tutores) a probabilidade de se tornarem transmissores de COVID-19 para a família, e demais membros tornam-se elevados, especialmente porque na maioria dos casos são assintomáticos. (MEDEIROS et al, 2020).

Porém, até o momento não foi encontrado na literatura científica, relatos de crianças como fonte de infecção do adulto (SILVA et al., 2021). Sendo assim, há razões para permanecer vigilante sobre as formas oriundas de contaminação (THOMPSON E RASMUSSEN, 2020). Haja vista que há no momento, informações clínicas muito limitadas da infecção pelo SARS-CoV-2, pois faltam dados em relação à faixa etária como pode-se perceber. (HUI, 2020).

Inclusive, a compreensão do mecanismo para a sua patogenicidade é limitada, de modo que a infecção acontece por meio da ligação a receptores específicos em células

(16)

hospedeiras suscetíveis. Nesse sentido, a enzima conversora de angiotensina 2 – ACE2- é considerado um receptor do SARS-CoV-2. Podendo estar expresso na superfície das células do músculo liso arterial, intestino delgado, epitélio e trato respiratório (LIYA et al., 2020).

Além disso, dentre as características clínicas comumente observadas no início da COVID-19 foi identificado febre, tosse, mialgia e fadiga (CHEN et al., 2020). Para mais, alguns estudos acrescentam a presença de calafrios, dor de garganta, dificuldade respiratória, diarreia e vômito. (LIYA et al., 2020). Nesse sentido, faz-se necessário entender qual a história natural da doença em questão, e consequentemente a importância do suporte nutricional associada a mesma.

Uma vez que, entender os mecanismos associados as características clínicas de maior prevalência em crianças e adolescentes quando em algum momento foram infectadas, configura-se como uma inserção de controle e prevenção, de tal forma, faz-se necessário compreender por meio da literatura científica: qual o curso da história natural da doença em crianças com COVID-19?

Isso posto, ressalta-se a importância deste trabalho, pois a colaboração internacional e o compartilhamento de recursos de informação podem ajudar a minimizar o impacto do surto e reduzir as mortes globais (ZHOU et al, 2020).

(17)

16

2. OBJETIVOS

Elaborar um protocolo de scoping review para mapear a História Natural (HDN) da Covid-19 em crianças, por meio de estudos encontrados na literatura científica e evidenciar os cuidados mais efetivos para esse seguimento populacional.

(18)

3. REVISÃO DE LITERATURA 3. 1 PANDEMIA

3.1.1 Definição do que é Pandemia

Primordialmente, o termo pandemia era tão impreciso que poderia ser atribuído significados diferentes, e até mesmo contraditórios, em contextos distintos (MORENS et al, 2020). Haja vista que, antes do século XIX as doenças eram frequentemente descritas por artistas e escritores, entretanto, isso começou a mudar conforme novas infecções microbianas foram surgindo, a ciência foi se aprimorando em estudos nesse sentido (GRAHAM e SULLIVAM, 2019).

Inclusive, tornou-se perceptível a usabilidade dessa palavra para relaciona-la com doenças infecciosas, substituindo vários vocábulos populares históricos, tais como:

peste, pestilência ou praga, antigamente utilizado para referir-se as infecções emergentes (MORENS et al., 2020). Além do mais, a definição clássica não inclui nada sobre imunidade populacional, virologia ou gravidade da doença (KELLY, 2011).

De certa forma, mais especificamente, o conceito transmite a vaga noção de uma epidemia impressionantemente grande, na qual “pan” significa todos, e “demos” refere- se a pessoas. Portanto, no geral é traduzida do grego como “aquilo que está sobre o povo”, ou seja, uma condição de alta incidência (MORENS et al., 2020). Tendo em vista o seu número absoluto, e a velocidade com que humanos e animais ou vetores de transmissão podem propagar o vírus (AKIN e GÖZEL, 2020).

3.1.2 Pandemia ao Longo da História

Sob a perspectiva histórica, há cerca de 12.000 anos, pequenos grupos familiares abandonaram o estilo de vida nômade para começar a caça e coleta estabelecendo-se em locais estáveis, cultivando e criando animais domésticos para alimentação, trabalho e roupas (MORENS et al, 2020). Em virtude disso, no decorrer do tempo, novas cepas de vírus, como a gripe, originaram pandemias que incidiram no aumento de doenças, mortes e distúrbios em vários países (AKIN e GÖZEL, 2020).

Desde então, humanos e animais recém-domesticados viviam juntos em um compilado de aldeias, vilas, cidades e pastagens. Em condições de intensa proximidade humano - animal e alterações ambientais, ocasionando de certa forma doenças enzoóticas e zoonóticas. (MORENS et al, 2020). Outrossim, transformações no estilo de vida,

(19)

18

incursões humanas em habitats naturais e mudanças nas práticas agropastoris corroboram para que as fronteiras entre a vida selvagem e da população se tornem mais permeáveis (FAILLOUX e MOUTAILLER, 2015).

Ademais, importante salientar que, doenças zoonóticas são categorizadas de acordo com a via de transmissão, o tipo de patógeno e o grau de transmissibilidade (KARESH et al.,2012). Patógenos como bactérias, parasitas e vírus são originalmente mantidos dentro de um ciclo enzoótico entre populações de primatas não humanos ou outros mamíferos (FAILLOUX e MOUTAILLER, 2015).

As infecções do tipo enzoóticas são estabelecidas de forma estável em animais, no entanto pode ser transmitido de animais para pessoas com pouca ou nenhuma transmissão subsequente de pessoa para pessoa (KARESH et al.,2012). Haja vista que a expansão da pandemia ocorreu de forma previsível entre militares de passagem ou rotas comerciais importantes no passado, visto que a globalização multiplicou e obscureceu as rotas dominantes (AKIN e GÖZEL, 2020).

De certa forma, outros patógenos zoonóticos podem se espalhar com eficiência entre pessoas, uma vez introduzidos de um reservatório animal, levando a surtos localizados, como foi o caso do vírus ebola, ocasionando em alguns casos a disseminação global (KARESH et al.,2012).

Portanto, muitas pandemias ocorreram ao longo da história, principalmente a praga, varíola, cólera e a gripe espanhola, sendo essa última a mais duradoura e repetitiva acometendo grande número de mortes humanas (AKIN e GÖZEL, 2020).

Logo, entende-se que, pandemias mortais e emergências de doenças não são fenômenos novos, têm desafiado a existência humana ao longo da história registrada, como é o caso da pandemia do estudo em questão (MORENS et al, 2020).

A exemplo, a gripe espanhola em 1918, gripe asiática em 1957, gripe de Hong Kong em 1968 e a gripe suína em 2009 foram conhecidas como pandemias que apresentavam várias características em termos de morbidade e mortalidade (AKIN e GÖZEL, 2020).

Dentre as doenças do tipo zoonóticas identificadas pela primeira vez está a síndrome respiratória aguda também chamada de SARS, síndrome respiratória do Oriente Médio ou MERS, vírus Hendra (HeV) e o vírus Nipah (PERRINGS et al., 2018).

(20)

Além de que, o surgimento da “gripe aviária”, e o vírus influenza A também conhecido como H5N1 E H7N9, mataram mais de mil pessoas. Já em 2019 e 2020, o SARS-CoV-2 semelhante ao SARS está causando a mais nova pandemia atual, denominada de COVID-19 (MORENS et al, 2020).

Eventualmente, o surgimento dessas novas ameaças por doenças com potencial pandêmico é monitorado por meio do comitê de emergência da organização mundial da saúde (GRAHAM e SULLIVAM, 2019). Aliás, importante salientar que epidemias sazonais não são consideradas pandemias (KELLY, 2011).

Uma vez compreendido a importância do seu conceito, convém ressaltar que as últimas três décadas são marcadas por um constante fluxo de patógenos recém- identificados que receberam maior atenção (GRAHAM e SULLIVAM, 2019).

3.1.3 Origem da pandemia da COVID-19

Os primeiros casos de infecção por SARS-CoV-2 foram registrados na China no início de dezembro de 2019, logo depois a doença se espalhou para outras partes da região, e globalmente para muitos países. (DONG et al., 2020).

Dos quais, países da Europa Ocidental, Ásia, Canadá, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Chile realizaram mais de 100 mil testes/milhão de habitantes, enquanto Suécia, França, Holanda, Turquia, Romênia, Polônia, Brasil, Peru, Panamá, China, Omã e África do Sul distribuíram-se em um bloco intermediário, seguido dos países com menor número de testes realizados, possuindo o menor PIB per capita, englobando o Japão, além da Nigéria e do Egito (PILECCO, 2021).

O surto está relacionado com um grande mercado de animais e frutos do mar (YANG et al.,2020). Tendo em vista que a maioria dos pacientes inicialmente contaminados relataram que estiveram nesse mercado, na qual consumiram várias espécies de animais vivos (DONG et al., 2020). Sendo assim, como consequência um novo coronavírus foi identificado por sequenciamento de todo o genoma da amostra desses pacientes supracitados (ZHOU et al., 2020).

Alguns estudos levantam a hipótese de que o morcego crisântemo chinês estava contaminado pelo vírus SARS CoV-2, na qual foi consumido pelas pessoas (YANG et al., 2020). Suscitando na nova síndrome respiratória aguda através do vírus SARS-CoV- 2, responsável por causar a doença denominada COVID-19, ou seja, o novo coronavírus

(21)

20

(ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). Atualmente, o principal canal de disseminação acontece por meio do contato entre pessoas que estejam contaminadas, tanto sintomáticas como também assintomáticas durante o período de incubação do vírus (YANG et al., 2020).

3.2 PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS

O SARS-CoV-2, recentemente identificado como β-coronavírus, é o agente causador da terceira pandemia em grande escala das últimas duas décadas (LAUXMANN, SANTUCCI e AUTRÁN-GÓMEZ, 2020). Estudos evidenciam que esse vírus foi derivado de morcegos, embora os hospedeiros intermediários ainda não tenham sido determinados (SUN et al., 2020). Portanto, o possível papel dos animais na infecção por COVID-19 não deve ser ignorado (HALAJI et al., 2020).

O coronavírus ou coronaviridae se diz respeito a família do vírus na qual assemelham-se em virtude de suas partículas em formato de coroa com pontas projetando-se de sua superfície. Pelo qual o vírus denominado SARS-CoV-2, pertencente a ordem nidovirales, foi identificado como o responsável pela doença (CHEN et al., 2020).

Apresentam em sua estrutura RNA de fita simples que podem ser isolados de diferentes espécies animais, sobretudo a infecção tende a induzir doenças entéricas e respiratórias dentro do hospedeiro (MACHHI et al.,2020). Sabe-se que, atualmente este é o maior tamanho de genoma conhecido para um vírus de RNA (CHEN et al. 2020).

O material genético apresenta fita positiva, são grandes e envelopados, que podem ser divididos em 4 gêneros, a, b, d e g, dos quais coronavírus a e b são conhecidos por infectar humanos, que são chamados coronavírus humanos (DONG et al., 2020).

Portanto, estudos evidenciam que o SARS-CoV-2 trata-se de um novo β-coronavírus, pertencente ao subgênero botulinum da família Coronaviridae (SUN et al., 2020).

Sabe-se que pode causar doença grave, embora a vigilância ativa dos contatos seja necessária para definir a extremidade mais branda do espectro da doença para com isso estimar a verdadeira hospitalização e a taxa de letalidade, proporcionando análise do transcorrer da história natural da doença (CHENG e WILLIAMSON, 2020).

Principalmente, no que diz respeito ao suporte de como tratar os pacientes, tendo em vista que o diagnóstico e o tratamento são urgentes (GUARNER, 2020).

(22)

3.3 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

A importância de introduzir a questão da prevenção das doenças, têm como base o modelo de Leawell & Clarck, no que se diz respeito ao esquema da História Natural das Doenças, conceituando a promoção da saúde como um cuidado direcionado ao comportamento do indivíduo, além de atitudes e hábitos que caracterizam os diferentes modos de vida (SUCUPIRA e MENDES, 2003).

Embora esse termo tenha sido inicialmente usado por Leawell & Clarck para caracterizar um nível de atenção da medicina preventiva, o seu significado foi transformado ao longo do tempo, com o foco voltado para o processo saúde-doença- cuidado (BUSS, 2003). Dessa forma, conjuntamente as predisposições fisiológicas do indivíduo, organização econômica, social e cultural do grupo em que se encontra inserido, apresenta relevância na determinação do estado saúde-doença (SOARES e SANTOS, 2013).

A promoção ficava restrita ao nível primário, já a prevenção deveria acontecer em todos os níveis da História Natural das Doenças (HND), seja prevenindo a doença ou as suas complicações nos diferentes momentos de evolução em que estiver transcorrendo (SUCUPIRA e MENDES, 2003).

No mais, para começar a entender a História Natural da COVID-19, julga-se prudente definir o quadro de evolução com mais clareza, por meio de alguns termos para melhor compreensão dessa pesquisa (JÚNIOR, 2020). Termos esses que envolvem a pré-patogênese e patogênese da doença.

3.3.1 Pré- Patogênese

O SARS-CoV-2 começou a ser disseminado pelo contato com carne de animais silvestres e depois entre humanos (SOUZA et al., 2020). Sendo assim, o vírus por ser uma partícula inerte fora da célula, permanece existindo na natureza até encontrar um hospedeiro, ou seja, enquanto as pessoas se isolam, o contágio diminui, mas quando as pessoas voltam a circular o vírus volta a se propagar (JÚNIOR, 2020).

Nesse caso, a proporção da sociedade imune a COVID-19 deve ser suficiente para prevenir a sua propagação. Quando isso ocorrer, as intervenções de emergência de saúde pública não serão mais necessárias (MENDES, 2020).

(23)

22

Importante investir na prevenção dos agravos na lógica do direito de evitá-lo e impedir que avance para o contágio, na qual existem conhecimentos e procedimentos que possivelmente possam reduzir o agravamento da doença (SUCUPIRA e MENDES, 2003). Por essa razão, só existe uma maneira de uma epidemia terminar, quando a maior parte da população em torno de 80% já estiver apresentando anticorpos que combatam o vírus (JÚNIOR, 2020).

Devido a isso, no que se diz respeito a vacinação a média mundial de vacinados com apenas 1 dose totalizou em torno de 21,8% da população mundial, concentrando cerca de 2,7 bilhões de pessoas (SENHORAS, 2021).

No entanto, a maior preocupação se diz respeito a aglomeração de pessoas que podem transmitir o vírus para a população mais vulnerável (MENDES, 2020). Sendo assim, as campanhas de prevenção das doenças infecciosas são extremamente válidas, sendo efetivas na redução da incidência, por utilizarem conhecimentos e práticas da atenção primária que comprovadamente podem evitar o avanço da doença para a fase de patogênese (SUCUPIRA e MENDES, 2003).

No mais, um conjunto de 18 vacinas contra a COVID-19 foram utilizadas globalmente em 2021, compreendendo uma hierarquia assimétrica quanto a capacidade de produção e os destinos de distribuição (SENHORAS, 2021).

Importante ressaltar que a respeito do comportamento biológico do bioagente patogênico SARS-COV-2, existem apenas estimativas pela literatura, de maneira ampla, sem garantia de certeza (JÚNIOR, 2020).

3.3.2 Patogênese

A forma mais comum de contaminação por SARS-CoV-2 ocorre por meio da propagação do vírus pelo ar, na qual a pessoa contaminada tosse ou espirra espalhando aerossóis que ao chegar em um hospedeiro pode ficar incubado em média por 5 dias, até aparecer os sintomas (JÚNIOR, 2020). Avançando para a etapa de patogênese da doença, em que pode ocorrer a cura, ou avançar para complicações devido a infecção, e se não tratado levar a morte de acordo com o modelo de História Natural da Doença (HND) de Leavell&Clarck (PEREIRA, 2005).

Estudos disponíveis até o momento relatam que a população pediátrica representa cerca de 1% a 5% dos casos diagnosticados com COVID-19 (MANZOLI et

(24)

al., 2020). Visto que cada um dos coronavírus humanos podem levar a infecções graves do trato respiratório inferior. Importante salientar que a doença afeta todas as faixas etárias e é exacerbado em indivíduos com doenças mórbidas subjacentes (PYRC et al.

2007; ZHENG et al. 2018; MACHHI et al., 2020).

No entanto, alguns estudos têm relatado casos de infecção em crianças, com uma perspectiva na qual 83% (275, intervalo de 52% -100%) das crianças tiveram um contato positivo com o vírus, principalmente com membros da família. (ZHANG et al., 2020;

SUN et al., 2020; ZIMMERMANN e CURTIS, 2020).

Em outra pesquisa, dos pacientes avaliados, 728 (34,1%) foram identificados como casos confirmados por laboratório, 1407 (65,9%) com suspeita de contaminação.

A idade média de todos os pacientes era de 7 anos em um intervalo interquartil de 2 a 13 anos. Entre esses pacientes, 1.208 casos (56,6%) eram meninos. (DONG et al.,2020)

No tocante aos estudos realizados com o intuito de auxiliar no diagnóstico, Zimmermann e Curtis (2020, p. 03) descrevem que, dentre os sintomas mais comuns estão: tosse em 48% (160, 19% –100%), febre em 42% com média duração de 3-6 dias, em um intervalo de 1-16 dias, faringite em 30% (99, 11% –100%) dos pacientes avaliados.

Então, é perceptível que a COVID-19 tem infecciosidade mais forte se comparado com os demais vírus da mesma família. Pois, crianças com SARS eram esporádicas e tinham uma história clara de exposição. Em contraste, as com COVID-19 que evidenciaram uma clara história de agrupamento em famílias e comunidade infectadas (ZHOU et al., 2020).

Além de que, características clínicas de COVID-19 em crianças variam em diferentes países, dados recentes dos EUA relatam que, em 27 de março de 2020, pelo menos 35 crianças necessitaram de ventilação mecânica e um bebê morreu (ZIMMERMANN e CURTIS, 2020).

Logo, crianças de todas as idades estão sensíveis a COVID-19 (DONG et al., 2020). Outros sintomas relatados por Zimmermann e Curtis (2020, p. 03) foram:

taquipneia (0% –100%), congestões nasais (0% –30%), rinorreia (0% –20%), respiração ofegante (33%), diarreia (8% –23%), vômitos (8% –50%), dor de cabeça (8% -13%) e fadiga (8% –13%).

(25)

24

Nesse interim, os testes laboratoriais mostraram uma queda geral no lavor dos linfócitos sugerindo que o SARV-CoV-2 pode ter como alvo principal os linfócitos, espalhando-se pela mucosa respiratória, desencadeando respostas imunológicas, consequentemente revertidas em manifestações clínicas (YANG et al., 2020).

Apesar da existência de casos recentes de pacientes pediátricos em todo o país com síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica provavelmente de complicações vinculado a COVID-19 (MACHHI et al., 2020). Existem dados limitados sobre crianças com COVID-19. Portanto, há uma necessidade urgente de definir as características clínicas e a gravidade da doença, especialmente nos países que não têm dados com pacientes pediátricos (ZHOU et al.,2020).

Consideravelmente, as indicações atuais destacam que esse novo patógeno é mais transmissível do que os coronavírus anteriores (CHENG e WILLIAMSON, 2020).

Visto que essa síndrome inflamatória tem características que se sobrepõem àquelas vistas na doença de Kawasaki e na síndrome do choque tóxico, que pode ocorrer dias ou semanas após a doença aguda COVID-19 (ZHOU et al.,2020).

Sendo assim, será somente por meio da identificação das características clínicas, que será possível distinguir pacientes com COVID-19 daqueles com outras infecções virais respiratórias, incluindo influenza (CHENG e WILLIAMSON, 2020).

Portanto, estudos que priorizem características clínicas na fase infanto juvenil é importante para a identificação precoce de crianças infectadas por SARS-CoV-2, com o intuito de fornecer assistência hospitalar adequada e reduzir o impacto da pandemia (ZIMMERMANN e CURTIS, 2020). Impedindo que a doença evolua para um curso mais danoso de complicação ou morte (SUCUPIRA e MENDES, 2003). Pois, com base em estudos científicos, estima-se que foram registrados 521 óbitos de crianças no Brasil, em torno de 22% (SANTOS et al., 2021).

Em suma, compreender o mecanismo de proteção em crianças ajuda no desenvolvimento de objetivos terapêuticos principalmente para a população considerada de risco, como os idosos. Além disso, também é importante identificar os riscos em crianças para fazer recomendações sobre tratamentos em casos de infecção (DHOCHAK et al., 2020; MEDEIROS et al, 2020).

(26)

3.4 SUPORTE NUTRICIONAL

A princípio, os pacientes pediátricos suspeitos ou com confirmação da doença quando internados, devem ser monitorados pela equipe de saúde, incluindo o nutricionista, sendo proposto e implementado a terapia nutricional pelo mesmo (MANZOLI et al., 2020). A avaliação do risco nutricional em unidades hospitalares é obrigatória, recomendando-se a sua prática em até 48 horas de admissão. Para a triagem em crianças utiliza-se a ferramenta STRONG Kids (QUEIROZ et al., 2021).

De modo geral, a triagem nutricional cuja entrevista com o responsável deve ser concretizada, preferencialmente, a distância. No caso da entrevista presencial, recomendam-se o uso de EPIs estabelecidos por meio dos protocolos institucionais, e recomendações da ANVISA (MANZOLI et al., 2020).

Alguns estudos sugerem adaptação da triagem nutricional para pacientes pediátricos com COVID-19 em situações de complicações (QUEIROZ et al., 2021). Em virtude da atual situação, o uso de parâmetros antropométricos nem sempre é possível.

Visto que a inclusão de medidas de antropometria em protocolos deve ser avaliada com cautela, até mesmo com o intuito de considerar o diagnóstico (MANZOLI et al., 2020).

Logo, a classificação do estado nutricional deve ser obtida a partir de peso e estatura aferidos pela equipe de enfermagem, em outros casos referidos pela mãe ou acompanhante responsável (QUEIROZ et al., 2021). Pois, a pandemia impacta direta e indiretamente a saúde infantil, afetando o nascimento, puerpério, crescimento e desenvolvimento das crianças (PINHEIRO et al., 2022).

Portanto, nesse primeiro momento, o nutricionista realiza anamnese nutricional, coleta medidas antropométricas de peso e altura referidas pelo acompanhante, e aplica triagem de risco nutricional (QUEIROZ et al., 2021). A cada reavaliação, sempre que houver necessidade, o plano de cuidado nutricional deverá ser redefinido (MANZOLI et al., 2020).

A oferta nutricional deve ser prioritariamente via oral, em consistência compatível com a aceitação do paciente com diagnóstico de COVID-19 não grave. A determinação das necessidades energético-proteica deve levar em consideração a idade, estado nutricional e condição clínica do paciente (QUEIROZ et al., 2021). O cálculo

(27)

26

das necessidades nutricionais de pacientes com excesso de peso deve considerar o peso ideal, e não o peso atual ou o habitual. (MANZOLI et al., 2020).

Paciente entre 0 a 2 anos de idade em aleitamento materno, pode ter a prática continuada mesmo com mães infectadas em condição clínica estável, no entanto, em casos de maior gravidade materna, faz necessário a separação do RN, visando evitar infecção do bebê no pós-natal através de secreções respiratórias maternas (QUEIROZ et al., 2021).

A COVID-19 causa uma série de sintomas como por exemplo: a falta de ar, náuseas e vômitos, disgeusia e anosmia, além de febre que possam prejudicar a aceitação alimentar, com isso elevar as demandas de energia. Sendo assim, é importante a terapia nutricional (MANZOLI et al., 2020).

A terapia nutricional enteral deve ser iniciada para os pacientes graves durante 24-48 horas após a admissão, caso se encontrem compensados hemodinamicamente.

Nesse caso, a comunicação entre o nutricionista e a equipe multidisciplinar é indispensável para alinhamento de conduta e dieta apropriada (QUEIROZ et al., 2021).

3.5 REVISÃO DE ESCOPO

Com o surgimento recente da revisão de escopo, a qual apresenta semelhança com as revisões sistemáticas por seguirem um processo estruturado, no entanto, são realizadas por diferentes motivos e apresentam diferenças metodológicas importantes (MUNN et al., 2018). As revisões de escopo são uma abordagem útil para sintetizar as evidências de pesquisa (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019). Sendo vista como uma abordagem válida, enquanto as revisões sistemáticas não atendem aos objetivos ou requisitos necessários dos usuários do conhecimento (MUNN et al., 2018).

Tendo em vista que este trabalho trata-se de uma revisão de escopo, na qual implica em uma abordagem relativamente nova para a síntese, existindo pouca orientação ao compilar as evidências (MUNN et al., 2018). Compreendendo como uma abordagem útil para sintetizar a pesquisa (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019).

As revisões de escopo ainda requerem métodos rigorosos e transparentes em sua conduta para garantir que os resultados sejam confiáveis (MUNN et al., 2018). As duas formas mais recentes de orientação metodológica ativa, são as diretrizes de

(28)

relatórios PRISMA-ScR e as Diretrizes Metodológicas JBI para a realização de revisão por escopo (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019).

PRISMA-ScR foi criado com o intuito de apoiar os autores a aderir às melhores práticas ao preparar seus projetos de escopo para publicação. Além disso, o Manual do Revisor JBI, sobre revisões de escopo fornece um guia abrangente (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019).

Esse tipo de estudo é útil para examinar as evidências emergentes quando ainda não está claro que outras questões mais específicas, podem ser colocadas e abordadas de forma valiosa por uma revisão sistemática mais precisa (MUNN et al., 2018). A realização de uma revisão de escopo baseia-se na fase de pré-planejamento e operacionaliza o protocolo. Nessa fase, o grupo de revisão deve confirmar o alinhamento entre objetivos, questões, e critérios de inclusão.

Os próximos passos compreendem o desenvolvimento de estratégias de pesquisa, busca e seleção das evidências (LOCKWOOD, SANTOS e PAP, 2019). O objetivo geral para conduzir revisões de escopo é identificar e mapear as evidências disponíveis (MUNN et al., 2018).

(29)

28

4. METODOLOGIA DA PESQUISA 4.1 TIPO DO ESTUDO

Trata-se da elaboração de protocolo de pesquisa para uma revisão de escopo (scoping review), orientada pelas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual (JBI,2020), de acordo com quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005), para mapear conceitos de conhecimento fundamental de uma determinada área do conhecimento, por meio de uma cobertura abrangente da literatura, e identificar lacunas de pesquisa existentes (BERNADINO et al., 2021). De tal forma que, a condução do estudo seguiu nove (09) etapas, dos quais correspondeu a:

4.1.1 Desenvolvimento e Alinhamento com o Tipo de Estudo, Objetivos e a Pergunta de Pesquisa.

Foi realizado a definição do tipo de estudo, os objetivos e a pergunta de pesquisa com base nas recomendações do JBI (2020), na qual definia a priori o título como algo claro, explícito e que deveria refletir os elementos centrais da revisão. Logo mais, tendo em vista o tipo de estudo, e objetivos, a pergunta primária abordada foi declarada, de maneira abrangente e geral.

4.1.2 Desenvolvimento e Alinhamento dos Critérios de Inclusão com os Objetivos e a Pergunta da Pesquisa

Esta etapa da revisão de escopo considerou a base sobre a qual as fontes para inclusão foram priorizadas. Na qual, foi necessariamente transparente, dependendo da pergunta formulada de acordo com a estratégia PCC (População, Conceito e Contexto).

4.1.3 Descrição da Abordagem Planejada para Busca de Evidências, seleção, extração de dados e apresentação das evidências.

Foi realizado documentação específica para cada estratégia de busca, com justificativa das datas e horário de busca incluído no protocolo. Considerando, as fontes de evidência em estudos primários, artigos textuais e revisões, além de estudos publicados e não publicados. Além do mais, o período de tempo com datas de início e término foi definido para a pesquisa, sendo claramente justificada.

(30)

4.1.4 Análise da Evidências

Para esta etapa, foi descrito o processo real de triagem das fontes de evidência, incluindo todas as etapas até então descritas, resultando em um breve panorama do protocolo de revisão de escopo.

4.1.5 Registro do Protocolo

Logo após formulado o protocolo de revisão de escopo, o mesmo foi encaminhado para registro no The Open Science (OSF), resultando na próxima seção desta pesquisa.

(31)

30

5. RESULTADOS

Este estudo resultou em um protocolo de pesquisa para uma revisão de escopo (scoping review), orientada pelas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual (JBI,2020), de acordo com quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005).

Conforme estratégia de busca, foi realizada busca preliminar nas seguintes bases de dados:

JBI COnNECT+, DARE, The Cochrane Library e PROSPERO), não sendo identificado protocolos e revisões com temática semelhante.

Ademais, mediante a pesquisa realizada, foi identificado um (01) artigo na literatura científica que de maneira sucinta, configurou-se como uma revisão de escopo, objetivando mapear o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com COVID-19 na literatura mundial (BERNADINO et al., 2020).

No entanto, o mesmo apresentou algumas discrepâncias com o protocolo em fase de construção, tendo em vista a população de estudo deste ser mais abrangente por envolver tanto crianças como adolescentes, e a temática da pesquisa ser diferente. Sendo assim, foi descartado qualquer risco de semelhança entre os dois estudos, e a possibilidade de ser possível continuar com a escrita do protocolo. Assim, foi definido o seguinte protocolo:

5.1 DEFINIÇÃO DO TÍTULO

Foi definido como título do protocolo: História natural da covid-19 em crianças: uma revisão de escopo. Considerando que, foi considerado de caráter informativo, fornecendo uma indicação clara do tópico da revisão de escopo, além do mais, O título do protocolo (e revisão subsequente) foi estruturado para refletir os elementos centrais do PCC. (JBI,2020).

5.2 OBJETIVO DO PROTOCOLO

O protocolo objetivou mapear a história natural da covid-19 em crianças confirmados com infecção por SARS-CoV-2.

(32)

5.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO

Crianças confirmadas com infecção por SARS-CoV-2, desde o nascimento até os 10 anos de idade (OMS, 1986).

5.4 PERGUNTA DE PESQUISA

Assim como no título, a pergunta incorporou os elementos do PCC. Esse procolo de revisão de escopo teve uma pergunta principal (JBI, 2020), configurando-se como: Qual a História Natural da COVID-19 em Crianças?

Para a formulação desta pergunta, foi utilizada a estratégia PCC, conforme descrição: Onde P (Population) representado por crianças, e C (Concept) referindo-se a História Natural da Doença, já no que se diz respeito ao C (Context), foi definido como não correspondente ao foco da scoping review.

Logo, a pergunta abordou suficientemente o PCC, que correspondeu adequadamente ao objetivo da revisão, sendo assim as subquestões não foram necessárias (JBI, 2020).

5.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Conforme metodologia JBI (2020), a título de inclusão, de acordo com o protocolo deve fazer parte ensaios clínicos, estudos observacionais, relatos de casos descrevendo história natural do COVID-19 em crianças confirmados com infecção por SARS-CoV-2.

5.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Serão excluídos, estudos do tipo editoriais, relatos de experiência, ensaios teóricos e revisões integrativas, além disso, não será delimitado idioma, nem limite atemporal.

5.7 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Foi realizado pesquisa inicial na JBI COnNECT+, DARE, The Cochrane Library e PROSPERO), não sendo identificado protocolos e revisões com temática semelhante. Logo mais, a segunda pesquisa foi realizada usando todas as palavras-chave e os termos de índice foram identificados conforme mneumônico, separando os “MeSH” e

“DeCS” descritos em tabelas. Em um terceiro momento, foi definido a estratégia de busca final.

(33)

32

Logo mais adiante, foi conduzido busca inicial no portal PubMed para identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS, na qual ficou definido como palavras-chave: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus"

OR " Severe Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health profile" OR "Epidemiology" OR "Natural History of Disease").

Em seguida foi realizada pesquisa no portal da LILACS por meio das seguintes palavras chaves: (Infant OR Children OR Preschool) AND (Severe Acute Respiratory Syndrome OR syndrome coronavirus 2 OR COVID 19 virus) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural History of Disease).

Logo mais, foi realizado pesquisa no portal da Web of Science para identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a temática de interesse, sendo esta equação: (Child OR Preschool OR Infants OR Newborn) AND (COVID-19 variants OR Severe Acute Respiratory Syndrome OR SARS-CoV-2) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural History of Disease OR virus infection).

Por conseguinte, também foi efetuado busca no portal da SCOPUS, por meio das seguintes palavras-chaves: (child OR preschool OR infants) AND (sars-cov-2 variants OR 2019 nCoV Infection OR coronavírus 2019 disease) AND (health profile OR epidemiology OR natural history of disease).

Por fim, também foi realizado busca no portal da EMBASE em função das palavras- chaves definidas como: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus"

OR " Severe Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health profile" OR "Epidemiology" OR "Natural History of Disease").

Após busca nas principais bases de dados supracitadas nesse trabalho, tal qual a PubMed, Web of Science, Scopus, LILACS e Embase, a estratégia de busca geral definida ficou determinada como: (child OR preschool OR infants OR Newborn) AND (COVID-19 variants OR Coronavírus 2019 disease OR SARS-CoV-2 OR Severe Acute Respiratory Syndrome) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural History of Disease).

Seguindo para o resgate dos artigos científicos conforme a estratégia de busca específica para cada base de dados.

O aplicativo Rayyan de aplicação QCRI específico para revisões sistemáticas (OUZZANE; HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016) será utilizado em primeira fase para

(34)

coletar os artigos achados conforme cada estratégia de busca definida, de acordo com as bases de dados.

Conforme disposto no protocolo da scoping review, devem ser incluídos ensaios clínicos, estudos observacionais, relatos de casos descrevendo história natural da COVID- 19 em crianças confirmados com infecção por SARS-CoV-2, desde o nascimento até os 10 anos de idade (OMS, 1986) para elaboração do artigo.

No mais, devem ser excluídos, pesquisas relacionadas a editoriais, relatos de experiência, ensaios teóricos e revisões integrativas, além disso, estudos que abordem populações infantis com problemas psicológicos ou neuroendócrinos. No mais, não será delimitado idioma, nem limite temporal.

Os seguintes dados devem ser extraídos a partir do aplicativo Rayyan de aplicação QCRI (OUZZANE; HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016) conforme equação de cada base, selecionando os achados de acordo com a busca exploratória.

Em síntese, após a definição da estratégia de busca para cada base de dados selecionadas para o protocolo da scoping review, os artigos encontrados foram organizados em um compilado de pastas no aplicativo Rayyan de aplicação QCRI (OUZZANE;

HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016), com os respectivos quantitativos de achados para cada base, sendo expressados como os resultados dessa monografia, servindo como suporte para discussão desse trabalho, envolvendo a quantidade de estudos e qualidade de cada pesquisa encontrada.

Na sequência, conforme consta na figura 01, o quantitativo de cada uma das bases de dados, incluindo a PubMed, Web of Science, SCOPUS, LILACS e Embase. Pelo qual através da equação elencada para cada base, foram extraídos um compilado de artigos durante busca exploratória.

Figura 01: Fluxograma com as bases de dados do protocolo e os seus respectivos resultados, 2022.

(35)

34

De maneira mais específica, a PubMed apresentou 1.143 resultados de acordo com pesquisa realizada no dia 08/11/2021 às 15h00min, conforme a tabela 02:

Tabela 02: Busca exploratória na PubMed, realizada no dia 08/11/2021.

Palavras-chave: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus" OR "

Severe Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health profile" OR

"Epidemiology" OR "Natural History of Disease") Total de estudos encontrados: 1.143 resultados.

Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas P

Child Preschool

Infants

Child Preschool

Infants

-

C

COVID-19 virus.

Severe Acute Respiratory

Syndrome.

SARS-CoV-2 variants.

SARS-CoV-2.

Epidemiology.

COVID-19 virus Severe Acute

Respiratory Syndrome.

Health profile Epidemiology Natural History of

Disease

Coronavirus.

Infection.

Characteristics.

Severe Acute Respiratory Syndrome-Related Coronavirus 2.

De acordo a tabela 03, foi realizado pesquisa no portal da LILACS, totalizando 28 artigos para identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados em estudos que abordem a temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS:

Tabela 03: Busca exploratória na LILACS, realizada no dia 08/11/2021.

Palavras-chave: (Infant OR Children OR Preschool) AND (Severe Acute Respiratory Syndrome OR syndrome coronavirus 2 OR COVID 19 virus) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural History of Disease).

Total de estudos encontrados: 28 resultados.

Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas

(36)

P

Infants.

Child.

Preschool.

Child.

Preschool.

Infants.

-

C

Severe Acute Respiratory Syndrome.

syndrome coronavirus 2.

COVID 19 virus.

Epidemiology.

Severe Acute Respiratory syndrome coronavirus 2.

COVID 19 virus.

Health profile.

Epidemiology.

Natural History of Disease.

Pandemics.

Child health.

Coronavirus Infections.

Logo mais, na tabela 04, foi realizado pesquisa no portal da Web of Science para identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS:

Tabela 04: Busca exploratória na Web of Science, realizada no dia 08/11/2021.

Palavras-chave: (Child OR Preschool OR Infants OR Newborn) AND (COVID-19 variants OR Severe Acute Respiratory Syndrome OR SARS-CoV-2) AND (Health profile OR Epidemiology OR Natural History of Disease OR virus infection).

Total de estudos encontrados: 1.721 resultados.

Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas P

Infants.

Child.

Preschool.

Child.

Preschool.

Infants.

Premature.

Neonates.

C

COVID-19 variants.

COVID-19.

Severe Acute Respiratory

Syndrome.

COVID-19 in neonates.

Vertical transmission.

Care.

Pediatrics.

Preterm births.

Adverse birth outcomes.

(37)

36

Severe Acute Respiratory.

Syndrome.

Health profile.

Health profile.

Epidemiology.

Natural History of Disease.

Por conseguinte, também foi efetuado busca no portal da SCOPUS para identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS, conforme pode-se ver na tabela 05:

Tabela 05: Busca exploratória na Scopus, realizada no dia 08/11/2021.

Palavras-chave: (child OR preschool OR infants) AND (sars-cov-2 variants OR 2019 nCoV Infection OR coronavírus 2019 disease) AND (health profile OR epidemiology OR natural history of disease).

Total de estudos encontrados: 1.634 resultados.

Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas

P

Chil.

Infants.

Preschool

Child.

Infants.

Preschool. Neonates.

C

SARS-CoV-2 variants.

Epidemiology.

2019 coronavirus disease.

2019 nCoV Infection.

Health profile.

Epidemiology.

Maternal-fetal interfase Viruses.

SARS-CoV-2 infection.

(38)

Natural History of Disease.

SARS-CoV-2.

Por fim, a tabela 06 apresentou a busca no portal da Embase para identificar os principais descritores e palavras-chave utilizados nos estudos que abordem a temática de interesse a partir da combinação dos MeSH e DeCS:

Tabela 06: Busca exploratória na Embase, realizada no dia 08/11/2021.

Palavras-chave: ("Child" OR "Preschool" OR "Infants") AND ("COVID-19 virus" OR " Severe Acute Respiratory Syndrome" OR "SARS-CoV-2 variants") AND ("Health profile" OR

"Epidemiology" OR "Natural History of Disease").

Total de estudos encontrados: 1.511 resultados.

Mneumônico MeSH DeCS Palavras-chave identificadas P

Infants.

Child.

Preschool.

Child.

Preschool.

Infants. Preschool child.

C

COVID-19 variants.

Coronavírus 2019 disease.

SARS-CoV-2.

Epidemiology.

2019 coronavirus disease.

SARS-CoV-2.

Health profile.

Epidemiology.

Natural History of Disease.

Disease transmission.

Hospitalization.

Epidemiological surveillance.

(39)

38

5.8 SELEÇÃO DA FONTE DE EVIDÊNCIA

De acordo com o Institute Reviewr’s Manual (2020), a seleção deverá ser realizada com base nos critérios de inclusão pré-especificados no protocolo de revisão para compor o artigo da revisão. No mais, em qualquer revisão de escopo, a seleção da fonte (tanto na triagem de título/resumo quanto na triagem de texto completo) será realizada por dois ou mais revisores, independentemente. Quaisquer discordâncias são resolvidas por consenso ou por decisão de um terceiro revisor.

Logo mais, deve haver uma descrição narrativa do processo acompanhada de um fluxograma detalhando o fluxo da pesquisa, através da seleção de fontes, duplicatas, recuperação de texto completo e quaisquer acréscimos de terceira pesquisa, dados extração e apresentação das provas que será disposta no artigo da scoping review (JBI, 2020).

5.9 EXTRAÇÃO DE DADOS

Os seguintes dados serão extraídos a partir de planilha construída no Microsoft Excel 2010, conforme análise no que se diz respeito a variável relacionada ao título, ano de publicação, tipo de estudo, país de origem, amostra populacional, faixa etária, resultados, conclusão e recomendações para novos estudos.

Com base no que está disposto na tabela 07, descrevendo as variáveis e a padronização da extração de dados.

Tabela 07: Variáveis para extração de dados dispostas no protocolo.

Variável Padronização

Título Identificar o título do estudo

Ano de publicação Ano em que foi publicado.

Tipo de estudo Se artigo (ensaios clínicos, estudos observacionais, relatos de casos), dissertação ou tese.

País de origem Local onde o estudo foi conduzido.

Amostra populacional Qual grupo populacional, se recém-nascidos ou crianças.

Faixa etária Qual a faixa etária do grupo estudado.

Resultados Detalhar os achados da pesquisa.

Conclusão e recomendações para

novos estudos

Descrever novas propostas de pesquisa, com base nos estudos realizados.

(40)

5.10 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS

A consideração mais importante em relação a análise é que os autores devem ser transparentes, e explícitos na abordagem escolhida, justificando a abordagem e relatando claramente quaisquer análises (JBI, 2020). Sendo assim, tendo em vista isso, os dados serão sintetizados de forma descritiva (n e %).

5.11 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Durante o desenvolvimento do protocolo, foi definido tabelas como forma de apresentação dos resultados. Pois, é necessário que seja planejado cuidadosamente a maneira como pretende-se apresentar os dados extraídos das fontes de evidência no artigo (JBI, 2020).

5.12 – REGISTRO DO PROTOCOLO

O protocolo foi registrado no The Open Science Framework (OSF), sob número de DOI: 10.17605 / OSF.IO / SG38R gerado em 02/12/2021, disponível em

<https://osf.io/sg38r/?view_only=e510b817c5c849cd9f6dc1b9b01bd1af.

(41)

40

6. DISCUSSÃO

O presente estudo, caracterizado como um protocolo de pesquisa para a realização de uma Scoping Review, nesta seção apresenta uma discussão sobre a necessidade da revisão e os caminhos da elaboração deste protocolo.

Com base nos resultados aferidos expresso através do quantitativo totalizando em torno de 6.037 resultados mediante as cinco (05) bases de dados. Na qual, de maneira mais específica, a PubMed obteve 1.143 resultados, enquanto a Web of Science 1.721, já a Scopus totalizou em torno de 1.634, em contrapartida a lilacs apresentou 28, e por fim a Embase com 1.511 resultados.

Tal qual orientado pelas recomendações do JBI Institute Reviewr’s Manual (JBI,2020), de acordo com o quadro teórico proposto por Arksey e O’Malley (2005), foi possível definir as estratégias de busca que regimentam cada base de dados, com o suporte do aplicativo Rayyan (OUZZANE; HAMMADY; FEDOROWICZY, 2016).

E, ao final foi definido a palavra-chave mãe de todas as bases de dados, para chegar aos resultados descritos nesta pesquisa de protocolo para artigo de revisão de escopo. Assim, pode-se observar que esse tipo de estudo de maneira ampla possibilitou a condução da pesquisa através da identificação e o mapeamento das evidências disponíveis na literatura, a respeito da temática (MUNN et al., 2018).

Portanto, é notório que diante do atual contexto pandêmico, as crianças com risco maior de COVID-19 podem se beneficiar dos esforços de prevenção, incluindo a vacinação, por exemplo (WOODRUFF et al., 2022). Ressalta-se, sob essa mesma circunstância, que pacientes pediátricos oferecem oportunidade para os pesquisadores sobre o assunto de obter uma visão crítica da patogenicidade da doença, com o intuito de orientar futuras vacinas, e terapia nutricional (DE MELO, 2021).

Apesar de estar em circulação há pouco tempo, o impacto desse vírus é imenso, em todos os contextos envolvendo setores da saúde, social, econômica e educacional, impactando principalmente aos mais vulneráveis, logo esses aspectos devem ser levados em consideração (BITTENCOURT et al., 2021). Por isso, considera-se importante o levantamento e a análise de informações na literatura científica, através de pesquisas, documentos, orientações e consulta as notas emitidas pelas entidades oficiais de saúde conforme cada localidade (SILVA, 2020).

Referências

Documentos relacionados

A relação do professor e aluno vem se construindo como basicamente social no processo de aprendizagem. Num aspecto histórico e cultural a abordagem está nas relações

O tempo de CPU inclusivo está relacionado às chamadas que uma função faz a outras funções, um valor alto de uma certa função nesta coluna em comparação com o de outras

Esta pesquisa parte de inquietações sobre a relação entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e as fortalezas catarinenses. Qual o

Os ensaios de avaliação da atividade antioxidante foram realizados pelo método DPPH, que é baseado na captura do radical DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil)

ii) o gráfico constante na Figura 2 torna menos perceptível o que na realidade acontece, designadamente, o que causa as variações observadas no nível das vibrações medidas; iii)

Por outro lado, chamou igualmente a atenção a região de São José do Rio Preto, por suas características díspares das de Mogi das Cruzes: a começar por sua localização

A segmentação pode ser realizada através de proces- sos interativos de seleção de trechos das nuvens de pon- tos, em programas mais simples, ou através de processos automatizados,

principais plataformas 75 startups investidas aportados EDITAIS NACIONAIS EDITAIS INTERNACIONAIS VENTURE CAPITAL PRIVADOS ACELERADORAS PPP PRÊMIOS PÚBLICOS INVESTIDOR ANJO