• Nenhum resultado encontrado

Rev. bras. ter. intensiva vol.21 número1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. bras. ter. intensiva vol.21 número1"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

Rev Bras Ter Intensiva. 2009; 21(1):109-110

Complicações após cirurgia de revascularização

miocárdica em pacientes idosos

“ Já que têm de ser gravadas rugas na nossa face,

não deixemos que elas se gravem em nosso coração;

o espírito não deve envelhecer.” James Garfield

Hélcio Giffhorn1

1. Mestre, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC Paraná – Curitiba (PR), Brasil.

Comentários ao trabalho “Complicações após cirurgia de revascularização miocárdica em pacientes idosos”, de autoria do Dr. Ronaldo Vegni et al., publi-cado no volume 20(3) da Revista Brasileira de Terapia Intensiva.(1)

A definição de idoso baseia-se na idade cronológica do indivíduo e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) seria acima de 60 anos. Não há um consenso mundial porque para populações de países africanos, a idade para idosos a ser considerada seria entre 50 e 55 anos. Os países desenvolvidos con-sideram idosos acima de 65 anos. A ausência de consenso de quando se inicia a terceira idade (idosos) faz com que se dividam os grupos de estudos populacio-nais em faixas etárias acima de 60 anos.

O objetivo do trabalho de Vegni et al.(1) foi a observação de complicações

em pacientes idosos (grupos II, III e IV) submetidos a operação de revasculari-zação do miocárdio (RM) . Mas, a conclusão do resumo cita somente aqueles com mais de 80 anos apresentando maior mobi-mortalidade; ou, seriam aqueles mais idosos, abrangendo os grupos III e IV?

O objetivo principal do trabalho foi a avaliação de pacientes submetidos a RM isoladamente? Citando o editorial de Alvarez (2004 )(2) , quando a RM

eletiva foi associada a troca valvar (TrV), a mortalidade foi significativamente maior (2 a 4% vs. 10 a 14% para a TrV aórtica).

A manipulação da aorta ascendente, o clampeamento aórtico, a utilização da circulação extra-corpórea (CEC) podem trazer maiores complicações ao pós-operatório em pacientes de maior risco, em particular os mais idosos.(3) Na

avaliação da casuística em relação aos 269 pacientes, todos foram submetidos a operação de RM com o emprego de CEC. Nem todos foram submetidos a TrV concomitante à RM. Houve algum motivo para a não utilização da RM sem CEC em nenhum dos casos?

No trabalho de Bridges (2003) avaliou-se pacientes operados acima de 90 anos de idade.(4) Fatores de risco foram a necessidade de troca valvar mitral,

ope-ração deemergência, menores encurtamento percentual e classe funcional pré-operatórios e maior tempo de CEC. Os fatores para maior morbi-mortalidade foram a insuficiência renal, o maior tempo de ventilação mecânica e de unidade de terapia intensiva, o uso de balão intra-aórtico e a insuficiência arterial (peri-férica, cerebral).

O trauma cirúrgico é o fator determinante para a reação inflamatória.(5)

Al-guns marcadores inflamatórios (fator da ativação do complemento, TNF-a, IL-8, IL-10, elastase) podem elevar-se quando usado a CEC , mas retornam a um valor próximo ao da operação sem CEC no pós-operatório imediato. Após, os marcadores igualam-se com o tempo.

Recebido do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC Paraná – Curitiba (PR), Brasil.

Submetido em 16 de Dezembro de 2008

Aceito em 22 de Dezembro de 2008

Autor para correspondência:

Hélcio Giffhorn

Rua Gastão Câmara, 694 - Ap.1206 CEP: 80730-300 - Curitiba (PR), Brasil. E-mail: hgiffhorn@uol.com.br

(2)

110 Giffhorn H

Rev Bras Ter Intensiva. 2009; 21(1):109-110 REFERÊNCIAS

1. Vegni R, Almeida GF, Braga F, Freitas M, Drumond LE, Penna G, et al. Complicações após cirurgia de revasculari-zação miocárdica em pacientes idosos. Rev Bras Ter Inten-siva. 2008;20(3): 226-34.

2. Alvarez JM. Cardiac surgery in octogenarians and beyond. Med J Aust . 2004;181(4):181-2.

3. Lima R, Diniz R, Césio A, Vasconcelos F, Gesteira M, Me-nezes A, et al. Revascularização miocárdica em pacientes octogenários: estudo retrospectivo e comparativo entre

pa-cientes operados com e sem circulação extracorpórea. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2005;20(1):8-13.

4. Bridges CR, Edwards FH, Peterson ED, Coombs LP, Fer-guson TB. Cardiac surgery in nonagenarians and cente-narians. J Am Coll Surg. 2003;197(3):347-56; discussion 356-7.

Referências

Documentos relacionados

The profile of patients who died and the medical practices adopted during the end of life were differ- ent in the clinical and surgical wards and in the in- tensive care

herefore, the objectives of this study were to identify the frequency of acute renal injury in patients in the post operatory cardiac surgery period and to compare the clini-

Objectives : To know the needs and level of family members’ satisfaction is an essential part of the care provided to critically ill patients in intensive care

This work intended to assess the perceptions and actions of the nursing team regarding oral health care given to patients in an intensive care unit during the process of

Conclusion : It can be concluded that in the sample of assessed articles 7% of the randomized clinical trials in in- tensive care published in a single inten- sive

that embryonic stem cells in a specific culture medium may originate lung progenitor cells and have several ad- vantages: (1) better cell integration with the host tissue, (2)

he prophylactic hyperventila- tion maneuver in the irst 24 hours can lead to an increase of cerebral ischemia; the prolonged hyperventilation must be avoided if intracranial

Impact of the open and closed tracheal suctioning system on the incidence of mechanical ventilation- associated pneumonia: literature review.. Impacto do sistema de aspiração