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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO JHENE KEILA SANTANA

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

JHENE KEILA SANTANA

PRAÇA DE ESPORTE E CULTURA PARA REGIÃO OESTE DE CASCAVEL - PR

CASCAVEL 2014

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JHENE KEILA SANTANA

PRAÇA DE ESPORTE E CULTURA PARA REGIÃO OESTE DE CASCAVEL - PR

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade Assis Gurgacz FAG, apresentado na modalidade Projetual, como requisito para conclusão do projeto de pesquisa.

Orientador: Arquiteto Heitor Othelo Jorge Filho

CASCAVEL 2014

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JHENE KEILA SANTANA

PRAÇA DE ESPORTE E CULTURA PARA REGIÃO OESTE DE CASCAVEL - PR

DECLARAÇÃO

Declaro que realizei em Outubro de 2014 a revisão linguístico textual, ortográfica e gramatical da monografia e artigo científico (se houver) de Trabalho de Curso denominado: PRAÇA DE ESPORTE E CULTURA PARA REGIÃO OESTE DE CASCAVEL – PR, de autoria de Jhene Keila Santana, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado.

Cascavel, Outubro de 2014

Andressa Almeida Bacharel em Letras

RG nº.

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

JHENE KEILA SANTANA

PRAÇA DE ESPORTE E CULTURA PARA REGIÃO OESTE DE CASCAVEL - PR

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade Assis Gurgacz FAG, apresentado na modalidade Projetual, como requisito para a aprovação no projeto de pesquisa, sob a orientação do arquiteto professor Heitor Othelo Jorge Filho - mestrando.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz

Heitor Othelo Jorge Filho Mestre

Arquiteto Avaliador

Faculdade Assis Gurgacz Moacir José Dalmina Junior

Especialista

Cascavel, 22 de Outubro de 2014

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente, a minha mãe Maria e aos meus irmãos, pois confiaram em mim e me deram esta oportunidade de concretizar e encerrar mais uma caminhada da minha vida. Sei que eles não mediram esforços pra que este sonho se realizasse e que sem a compreensão, ajuda e confiança deles nada disso seria possível hoje.

Ao meu pai Gileno (in memoriam), que infelizmente não pode estar presente neste momento tão feliz da minha vida, mas que não poderia deixar de dedicar a ele, pois se hoje estou aqui, devo muito a ele e pelos ensinamentos e valores passados. Obrigada por tudo! Saudades eternas!

Aos meus amigos, que me apoiaram e que sempre estiveram ao meu lado durante esta longa caminhada, em especial a minha amiga Flavia, que muitas vezes compartilhei momentos de tristezas, alegrias, angústias e ansiedade, mas que sempre esteve ao meu lado me apoiando e me ajudando.

A estes dedico meu trabalho, sem a ajuda, confiança e compreensão de todos este sonho não teria se realizado. Vocês são tudo pra mim! Muito obrigada por tudo!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar а Deus qυе iluminou о mеυ caminho durante esta caminhada.

À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar еm mіm е investir еm mim. Mãe, sеυ cuidado е dedicação fоі que deram, еm alguns momentos, а esperança pаrа seguir.

Аоs meus amigos, pеlаs alegrias, tristezas е dores compartilhadas.

Cоm vocês, аs pausas entre υm parágrafo е outro dе produção melhora tudo о qυе tenho produzido nа vida.

A todos оs professores dо curso, qυе foram tãо importantes nа minha vida acadêmica е nо desenvolvimento dеstа monografia.

E a todos aqueles qυе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе mim, fazendo está vida valer cada vеz mais а pena.

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EPÍGRAFE

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

Fernando Pessoa

(8)

RESUMO

Este trabalho é uma fundamentação teórica que tem por finalidade desenvolver uma proposta projetual para uma Praça de Esporte e Cultura, que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida assegurando o lazer e o bem estar, promovendo a integração social. Visando atender a população da região oeste do município de Cascavel, foi escolhido implantar esta proposta em um terreno localizado a margem da avenida Presidente Tancredo Neves, no bairro Santa Cruz. Este estudo tem a finalidade de resgatar questões históricas, urbanísticas e projetuais, além de analisar obras de forma criteriosa, servindo de embasamento para a criação da proposta, buscando princípios formais, funcionais e técnicos, ele também busca a delimitação do tema em questões normativas. A praça pública esportiva tem seus fundamentos incrustados na cultural local, visando atender a população jovem da região, o que resulta em um programa de necessidade que considera aspectos morfológicos naturais da topografia, clima e vegetação.

Palavras Chaves: Praça de Esporte e Cultura; Cascavel; Arquitetura.

(9)

ABSTRACT

This work is a theoretical foundation that aims to develop a proposal for a projetual Square Sports and Culture, which aims to improve the quality of life by ensuring leisure and well-being, promoting social integration. Aiming to serve the population of the western city of Cascavel was chosen to implement this proposal on a plot located margin of Avenida Presidente Tancredo Neves, in the Santa Cruz neighborhood. This study aims to retrieve historical, urban and projective questions, and analyzing works carefully, serving as a foundation for the creation of the proposal, seeking formal, functional and technical principles, it also seeks to delimit the topic in normative issues. The sporting public square has its foundations embedded in local culture, to meet the young people of the region, which results in a program need to consider natural morphological features of topography, climate and vegetation.

Keywords: Square Sports and Culture; Cascavel; Architecture.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 - Skatepark Lemvig / Effekt

Figura 02 – Planta Baixa Skatepark Lemvig / Effekt Figura 03 –Praça Deichmann

Figura 04 – Parque Zhangmaio

Figura 05 – Planta Baixa Parque Zhangmiao Figura 06 – Pista De Corrida Parque Zhangmiao

Figura 07 – Vista Pavilhão Da Biblioteca Da Universidade De Cingapura Figura 08 – Montagem Pavilhão Da Biblioteca De Cingapura

Figura 09 - Mapa Cidade De Cascavel - Paraná.

Figura 10 – Terreno Para Implantação Da Praça De Esporte E Cultura

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LISTA DE SIGLAS PEC - Praça Esporte e Cultura

NBR – Normas Brasileira Regulamentadoras

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 14

1.1. ADERÊNCIAS À LINHA, GRUPO E TEMÁTICA DE PESQUISA ... 14

1.1.1. À Linha de Pesquisa ... 14

1.1.2. Ao Grupo de Pesquisa ... 15

1.1.3. À Temática de Pesquisa ... 15

1.2. ASSUNTO ... 15

1.3. TEMA.... ... 15

1.4. JUSTIFICATIVAS ... 15

1.5. PROBLEMA DA PESQUISA... 16

1.6. OBJETIVOS... 16

1.6.1. OBJETIVO GERAL ... 16

1.6.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 16

1.7. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ... 17

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 19

2.1. FATORES HISTÓRICOS... 19

2.1.1. A História De Cascavel ... 19

2.1.2. A História Do Esporte ... 20

2.1.3. O Santuário De Olímpia ... 21

2.1.4. O Esporte Moderno ... 22

2.1.5. A Arquitetura Contemporânea No Brasil ... 23

2.2. FATORES URBANÍSTICOS ... 24

2.2.1. Clima Local Fatores De Influencia Urbana ... 24

2.2.2. Paisagem De Áreas Verdes... 25

2.2.3. O Uso de Praças para Práticas Sociais ... 26

2.3. FATORES PROJETUAIS ... 27

2.3.1. Paisagismo Na Arquitetura ... 27

2.3.2. Barramento Da Radiação Solar ... 28

2.3.3. A Estrutura Em Casca Na Cobertura De Grandes Vãos... 29

2.3.4. Acessibilidade ... 30

2.3.5. A Estrutura e a Arquitetura ... 30

2.3.6. O Aço na Arquitetura ... 32

2.3.7. O Concreto Armado ... 32

2.3.8. O Vidro como Elemento em Fachadas ... 33

3. CORRELATOS ... 36

3.1. SKATEPARK LEMVIG / EFFEKT ... 36

3.1.1. Questão funcional ... 37

3.2. PRAÇA DEICHMANN – BE’ER SHEVA (ISRAEL) ... 37

3.2.1. Questão espacial ... 37

3.2.2. Questão formal ... 38

3.3. PARQUE DE ATIVIDADES ZHANGMIAO ... 38

(13)

3.3.1. Questão tecnológica ... 39

3.3.2. Questão formal ... 39

3.4. PAVILHÃO DA BIBLIOTECA SUTD / CITY FORM LAB ... 40

3.4.1. Questão formal ... 41

4. A PRAÇA DE ESPORTE E CULTURA ... 43

4.1. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ... 43

4.2. ASPECTOS DA ÁREA E TOPOGRAFIA ... 44

4.3. ASPECTOS URBANÍSTICOS E DEMAIS LEGISLAÇÕES ... 44

4.4. CONCEITUAÇÃO E PARTIDO ... 45

4.5. PROGRAMA DE NECESSIDADES ... 45

4.5.1. Área de convivência e lazer ... 46

4.5.2. Biblioteca ... 46

4.5.3. Centro de Administração da Praça. ... 46

5. CONSIDERAÇÕES ... 47

6. REFERÊNCIAS ... 48 APÊNDICES

APÊNDICE A – PRANCHA 1 APÊNDICE B – PRANCHA 2 APÊNDICE C – PRANCHA 3 APÊNDICE B – PRANCHA 4 APÊNDICE C – PRANCHA 5

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1. INTRODUÇÃO

O presente estudo traz como principal objetivo fundamentar teoricamente a elaboração do projeto arquitetônico de uma Praça dedicada a pratica esportiva e cultural, tendo como lugar de locação a cidade de Cascavel, Paraná.

A ideia de agrupar em uma praça esporte e cultura é comumente aplicado em todo o Brasil, o município de Cascavel tem como exemplo a Praça Wilson Jofre, que reúne quadras poliesportivas e um espaço para convívio e lazer, por sua localização estar no centro da cidade, muitos bairros não são atendidos, assim a proposta deste trabalho seria a implantação desta PEC (Praça Esporte e Cultura) na região oeste da cidade de Cascavel.

Para que o projeto possa ser concluído, serão feitas diversas pesquisas a respeito dos assuntos que dizem respeito a tecnologia esportiva, materiais, novas técnicas construtivas, assim como será observado alguns projetos já elaborados com características semelhantes, servindo de rumo e resultando em um ótimo desenvolvimento e embasamento do projeto.

1.1. ADERÊNCIAS À LINHA, GRUPO E TEMÁTICA DE PESQUISA

Nas próximas linhas o leitor encontrará informações sobre a pesquisa quanto a linha que esta segue, o grupo no qual se insere e o tema proposto.

1.1.1. À Linha de Pesquisa

A linha de pesquisa em que se enquadra o presente trabalho é a de Arquitetura e Urbanismo, pois será elaborado um projeto arquitetônico de uma Praça de Esporte e Cultura.

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1.1.2. Ao Grupo de Pesquisa

O grupo de pesquisa do trabalho é o projeto de arquitetura no contexto urbano, pois o tema proposto necessita de vários estudos para um desenvolvimento adequado, solucionando ou minimizando seus problemas.

1.1.3. À Temática de Pesquisa

O trabalho a ser desenvolvido, dentro da linha de pesquisa Arquitetura e Urbanismo, trata da criação de uma área de lazer que possa dar a alternativa da prática de esporte e a possibilidade de cultura em uma região desfavorecida da cidade de Cascavel.

1.2. ASSUNTO

O assunto deste trabalho consiste na concepção de um projeto arquitetônico e paisagístico de uma Praça de Esporte e Cultura.

1.3. TEMA

Praça de Esporte e Cultura para a região oeste do município de Cascavel

1.4. JUSTIFICATIVA

A procura por uma atividade de lazer na cidade de Cascavel é grande, em diversos pontos da cidade estão localizadas quadras poliesportivas, academia ao ar-livre, porém, a região oeste da cidade encontra-se desabastecida deste tipo de matéria.

Fator que influencia o sedentarismo entre os jovens da cidade, pelo fato do lago municipal ficar em uma área totalmente oposta, na região leste da cidade, tornando mais difícil o deslocamento até a área, que é um ponto de encontro pra lazer, sendo muito utilizada pelos moradores do local.

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Há a existência de uma pista de caminhada na região em que se pretende implantar o projeto, sendo muito utilizada por moradores da área, incluindo de outros bairros, mas esta fica em uma canteiro central entre duas pistas de uma avenida com um grande fluxo de automóveis, dificultando seu uso. Há também neste canteiro duas quadras poliesportivas que não atendem a demanda de uso.

Valorizando a região e oportunizando atividades de lazer o projeto da PEC, pensar em soluções que possam trazer melhorias e contribuições para o município.

1.5. PROBLEMA DA PESQUISA

Cascavel tem algumas praças com atividades diversificadas, em sua maiorias destinadas à circulação de pedestres, não consta ainda de uma praça esportiva cultural interligando biblioteca, cultura, atividades esportivas com pista de skate, recreação infantil. Há carência nesse aspecto de atividades.

1.6. OBJETIVOS

1.6.1. OBJETIVO GERAL

Projetar uma Praça De Esporte e Cultura - para a cidade de Cascavel.

1.6.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Valorizar a gestão urbana e marketing da cidade;

 Gerar emprego e renda quando da construção, manutenção e atrações da praça;

 Atender com acessibilidade todo perímetro físico e todo o programa de atividades da praça.

 Qualificar os espaços com áreas verdes apropriadas para os encontros e convívio entre os diversos grupos;

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 Assegurar o fluxo de pessoas e a diversificação das atividades durante todos os períodos do dia para a segurança dos usuários, da estrutura e do entorno;

 Propor paisagens com dinamismos diferenciados em todo o passeio da praça;

 Trabalhar com uma linguagem formal contemporânea com a qual a população se identifique.

1.7. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Como o objetivo principal deste trabalho é projetar uma Praça De Esporte E Cultura para a cidade de Cascavel-PR, são adotados métodos de investigação adequados às diversas fases da pesquisa, como pode ser apurado no Quadro 1.

FASES MÉTODOS TÉCNICAS FONTES DADOS RESULTADOS

Escolha do

Tema Exploratório

Pesquisa bibliográfica

e documental

Pesquisa web gráfica;

artigos científicos;

legislação

Conceitos, abordagens e

discussões sobre o assunto

Embasamento teórico que venha auxiliar

no desenvolvimento

do projeto

Análise de Correlatos

Exploratório;

Analítico

Pesquisa bibliográfica,

e documental.

Pesquisa web gráfica;

artigos científicos;

trabalhos acadêmicos;

legislação

Embasamento teórico e projetual da

proposta.

Viabilidade de implantação

Avaliação do futuro sítio de implantação

Descritivo;

analítico

Pesquisa de campo:

análise observatório.

Do entorno

Observação, leitura técnica

de utilização.

Aspectos físicos e espaciais.

Análise do entorno, fundamentação

espacial da proposta

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Partido Arquitetônico

Exploratório descritivo,

analítico

Pesquisa Web Gráfica

e bibliográfica.

Trabalhos acadêmicos,

artigos científicos, pesquisa web

gráfica.

Aspectos físicos e funcionais

Definir partido arquitetônico

que mais se encaixa para a devida situação

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As relevâncias da transformação nas áreas urbanas brasileiras na era das intervenções (segunda metade do século XX, e início do século XXI) foram levantadas por Heliana Vargas (2009), num intuito de avaliar os métodos de apropriação e desenvolvimento urbano que afetam de forma direta o espaço público e exigem, depois um período, uma intervenção que o adeque às novas necessidades da cidade, que nessa era mudam drasticamente em um pouco espaço de tempo.

2.1. FATORES HISTÓRICOS

2.1.1. A História De Cascavel

Cascavel é um município brasileiro localizado na região oeste do estado do Paraná, encontrado em uma região habitada inicialmente por índios caingangues, teve sua ocupação iniciada pelos espanhóis em 1557, quando fundaram a Ciudad del Guairá, atual Guaíra. Uma nova ocupação teve início a partir de 1730, com o tropeirismo, mas o povoamento da área do município de Cascavel iniciou-se efetivamente no final da década de 1910, por colonos caboclos e descendentes de imigrantes eslavos, no auge do ciclo da erva-mate (SPERANÇA, 1992).

Começou a tomar formas de vila em 28 de março de 1928, quando José Silvério de Oliveira, arrendou as terras do colono Antônio José Elias nas quais se encontrava a Encruzilhada dos Gomes, localizada no entroncamento de várias trilhas abertas por ervateiros, tropeiros e militares, onde montou um armazém (SPERANÇA, 1992).

Na década de 1930, com o ciclo da erva-mate já extinto, iniciou-se o ciclo da madeira, que atraiu um grande número de famílias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que formaram a base populacional da cidade (SPERANÇA, 1992).

Em 1934, foi criado o distrito policial de Cascavel. Posteriormente, instalou-se o distrito judiciário e o distrito administrativo, todos integrantes do município de Foz do Iguaçu (SPERANÇA, 1992).

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Na medida em que as áreas de mata nativa eram esgotadas, a extração madeireira cedia lugar ao setor agropecuário, base econômica do município nos dias atuais. Com a vila oficializada pela prefeitura de Foz do Iguaçu em 1936, denominação de Cascavel. Entretanto, o bispo daquela cidade, monsenhor Guilherme Maria Thiletzek, rebatizou-a como Aparecida dos Portos, nome que não prosperou entre a população (PIAIA, 2013).

Em 20 de outubro de 1938, já com a denominação definitiva de Cascavel, a localidade foi alçada à condição de sede de distrito administrativo, nos termos da Lei n.º 7.573. A emancipação oficial ocorreu em 14 de dezembro de 1952, juntamente com a cidade de Toledo, mas por muito tempo a comemoração se deu no dia 14 de novembro de cada ano, devido a uma confusão entre a proposta do governador do estado, e a efetiva assinatura da lei (PIAIA, 2013).

Encerrado o ciclo da madeira, no final da década de 1970, Cascavel iniciou a fase de industrialização da cidade, simultaneamente com o aumento da atividade agropecuária. Cascavel é conhecida como a Capital do Oeste Paranaense, por ser o polo econômico da região e um dos maiores municípios do Paraná, destacando-se como polo universitário, atraindo estudante de ensino superior, é também referência na medicina e na prestação de serviços (PIAIA, 2013).

O nome da cidade origina-se de uma variação do latim clássico

“caccabus”, cujo significado é "borbulhar d’água fervendo", que segundo lenda local, o nome surgiu de um grupo de colonos que, pernoitando nos arredores de um rio, descobriram um grande ninho de cobras cascavéis, denominando então o local como “Cascavel” (PI-AIA, 2013).

A cidade destaca-se também nos esportes individuais e coletivos nacional e internacionalmente, como canoagem, automobilismo, handebol, futsal e atletismo (PI-AIA, 2013).

2.1.2. A História Do Esporte

A história do esporte é dividida em duas partes, uma a história do esporte antigo e a outra a história do esporte moderno. A primeira trata-se do esporte praticado desde a antiguidade até a primeira metade do século XIX, quando o inglês Thomas Arnold, no período entre 1820 e 1840, deu início ao Esporte

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Moderno. Sua principal manifestação refere-se às Olimpíadas Gregas (NOGUEIRA, 2000). Os jogos olímpicos têm suas raízes na Grécia Antiga. No período de uma semana, a cada quatro anos, todo o país parava para assistir aos jogos, eram suspensas até guerras, para que a população pudesse prestigiar ao evento. A competição fazia parte da cultura pan-helênica e, ao lado da língua e da religião, representava o traço de união entre os gregos da península, das ilhas e da Ásia Menor (NOGUEIRA, 2000).

Seu início trata de 776 a.C., primeiramente, tornando-se marca do nível de criatividade e de excelência humana. Sendo realizados na cidade de Olímpia, como parte das cerimônias em honra a Zeus, o deus supremo da mitologia grega.

Se detinham a provas de corrida, salto, lançamento de disco e de dardo, luta e corrida de quadrigas. Os prêmios eram simbólicos: uma coroa de folhas retiradas de gigantesca oliveira que se erguia diante do templo a Zeus. Esta recompensa era considerada mais honrada do que uma vitória militar. A influência dos Jogos Olímpicos chegou até Roma. Não tanto em relação à prática esportiva mas, na construção de estádios e monumentos referentes à herança grega (NOGUEIRA, 2000).

2.1.3. O Santuário De Olímpia

Durante 12 séculos, com 287 edições dos jogos olímpicos registradas, os gregos louvavam aos deuses e nesse período sofisticaram suas técnicas atléticas e aperfeiçoaram sua infraestrutura no santuário de Olímpia onde ocorriam as disputas olímpicas, as modificações para melhoras as estruturas e deixar mais competitivo os jogos, tudo em nome da excelência das partidas (JAEGER, 1995).

As provas atléticas inicialmente eram desenvolvidas em um único espaço designado de Stadium, as provas equestres era realizadas em áreas denominadas por Hippodromo. A partir da evolução das comemorações, houve o acréscimo de dias, competições e espaços organizados para as práticas atléticas (YALOURIS 2004).

O santuário de olímpia era divido em quatro tipologias, estas eram:

Stadium, Hippodromo, Gymnasium, Palaestra (YALOURIS 2004).

O Stadium ficava disposto em direção ao templo de Zeus. Era uma área planificada e contava com aproximadamente 192 metros. O acesso de juízes e

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atletas dava-se por um túnel com 32 metros de comprimento, edificado na região oeste que conectava está à área sagrada do santuário (YALOURIS, 2004).

Como os jogos se tornaram uma instituição e passaram a ser realizado sistematicamente, com a presença de espectadores, houve a necessidade de colocar a área de competições nas proximidades das colinas ou encostas, sobre as quais os árbitros e as torcidas podiam acompanhar a sua realização. A pista era demarcada lateralmente por meio de um canal de irrigação que concedia água aos espectadores e também era utilizado para o nivelamento da área que também determinava a linha de partida e chegada dos competidores (YALOURIS, 2004).

O Hippodromo tinha um comprimento de aproximadamente cinco vezes maior que a do Stadium, com cerca de 900 metros de comprimento e largura de 64 metros, era um espaço simples, amplo e plano, onde havia uma arquibancada de madeira para a juízes e convidados especiais, enquanto os demais espectadores utilizavam uma área de aterro. Utilizaram de dois pilares erguidos de cada lado do percurso para demarcar o números de voltas, havia também uma barreira contornando o perímetro da pista, com a finalidade de proteger a multidão de acidentes com os cavalos e quadrigas. (VALAVANIS, 2004).

O Gymnasium tinha medidas parecidas com a do Stadium, era um espaço coberto, utilizado para treinamento. Possuía um espaço em sua voltava para trocas sociais fora do período de competições (VALAVANIS, 2004).

A Palaestra era utilizada como centro de treinamento para as competições de luta. A edificação tinha uma planta quadrada com 66,35 metros por 66,35 metros, contava com uma grande colunata central interna na qual ao seu redor distribuía-se quartos e alojamentos para os competidores. O treinamento dos competidores era realizado no pátio, enquanto os 19 quartos ao redor serviam como suporte à prática esportiva. A edificação era voltada em direção sul para evitar que a água chegasse à parte interior em caso de intempéries. (VITRUVIUS, 2007).

2.1.4. O Esporte Moderno

Apoiado na concepção do Associacionismo inglês, Thomas Arnold deu início à institucionalização do esporte através da elaboração de códigos, do

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estabelecimento de regras de disputas e, além disso, da criação de organizações responsáveis pelas suas direções e administrações (NOGUEIRA, 2000).

A restauração dos Jogos Olímpicos deve-se por influência de Frenchman Pierre de Coubertin e outros colaboradores, os quais organizaram os primeiros Jogos Olímpicos modernos de Atenas, em 1896. A nação grega e o mundo inteiro se uniram na maior celebração humana do planeta. O esporte mundial cresceu gradualmente ao lado da própria evolução do movimento olímpico. No século seguinte, os Jogos viajaram a diversos países, onde encontraram uma vasta gama de culturas e civilizações (NOGUEIRA, 2000).

2.1.5. A Arquitetura Contemporânea No Brasil

A arquitetura contemporânea no brasil passou por duas fases distintas, a primeira em um período até 1930, com um interesse limitado onde reinava o ecletismo, com copias extemporâneas de estilo europeu, com o movimento neocolonial produziu edifícios com um pouco mais de identidade, mais nenhum futuro podia se abrir diante a um estilo voltado ao passado, incapaz de se desfazer da relação com a Europa em 1930 com a revolução inicia-se uma eclosão dando início a segunda fase (BRUAND, 1999).

Esta segunda fase é um trunfo fruto do racionalismo internacional, principalmente por influência de Le Corbusier, mais adquire uma autonomia logo de cara, se impondo diante dos olhos do mundo inteiro com Oscar Niemeyer.

Tornando algo nunca imaginado possível realidade, o Brasil passa a exportar arquitetura (BRUAND, 1999).

Com características marcantes a nova arquitetura brasileira se divide em três ordens diferentes estas são: metodológica, formal e técnica, que se resultam em traços significativos sendo estes (BRUAND, 1999).

Arquitetura de Concreto Armado, um elemento estrutural, é defendido pelos arquitetos por ser uma escolha economicamente viável, além de manifestar um desejo de liberdade de criação, adotando um sistema de princípio de pilares em recuo nos grandes edifícios com a finalidade de liberar a fachada e explorando a flexibilidade do material (BRUAND, 1999).

Arquitetura Artesanal, possibilitou a liberdade para deixar de lado o uso de elementos padronizados, não existindo uma recusa por acessórios feitos, mais

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dando ao arquiteto a escolha pelo uso de protótipos desenhados com exclusividade, permitindo criar desde modelos de elementos vazados a caixilhos pré-fabricados para a fachada (BRUAND, 1999).

Arquitetura Racionalista, concedeu liberdade de imaginação, regulada pela razão, apoiando-se no sentimento de ordem e equilíbrio, deixando a ousadia como marca explicita ou não (BRUAND, 1999).

Arquitetura Simbólica, essencialmente funcionalista, teve uma breve aparição no desenvolvimento da arquitetura brasileira contemporânea, surgiu com a intencionalidade de dar aos projetos um sentido simbólico, expressando a personalidade de cada edificação, criando uma concepção social de vida em comum (BRUAND, 1999).

Arquitetura Monumentalista, caracterizada pela derivação das duas anteriores se deu pelo fato de edifícios públicos ocuparem um lugar de grande importância na capital, afirmando-se por meio de realizações espetaculares, com uma clientela ávida de publicidade, uma oportunidade para arquitetos satisfazerem sua profunda vocação (BRUAND, 1999).

Arquitetura Plasticista, o sucesso da arquitetura brasileira se deu por sua grande plasticidade, esta manifestou-se em todas as etapas do projeto com plantas, volumes, arranjos internos e fachadas. Priorizando equilíbrio, audácia e principalmente valorizando a qualidade estética (BRUAND, 1999).

Arquitetura da Simplicidade, com uma ambição de pureza em suas linhas, a arquitetura brasileira tenta ter uma clareza perfeita, tendo ser compreendida a primeira vista, com inspiração em uma geometria simples e sensível tanto na projetualidade dos volumes quanto nas superfícies (BRUAND, 1999).

2.2. FATORES URBANÍSTICOS

2.2.1. Clima Local Fatores de Influência Urbana

São os fatores que condicionam, determinam e dão origem ao microclima local, podendo ser tanto da cidade, bairro ou até mesmo da rua. A topografia é o resultado de processos geológicos e orgânicos, é considerada a variante mais importante da superfície, seja pela ausência ou pela presença de água, regiões acidentadas possuem características próprias, sua orientação e

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declividade influencia na radiação solar recebida, também está relacionada à topografia a direção, força e conteúdo da umidade dos fluxos de ar (LYNCH, 1980).

A vegetação tem valor significativo para formação de microclimas, pois até mesmo o processo de fotossíntese auxilia na umidade do ar, em geral ela tende a estabilizar os efeitos do clima e seus arredores, tem a condição de diminuir a temperatura do ar e absorver energia (ROMERO, 2001).

A superfície do solo, sua análise pode ser dividida em duas partes: solo natural e solo construído. O solo natural tem de ser analisado aspectos importantes como sua composição, potencial hídrico e capacidade térmica. As análises em relação ao solo construído, a alteração em sua composição natural altera o equilíbrio do microambiente, isto altera o ciclo térmico diário, absorvendo calor durante o dia e reirradiando durante a noite (ROMERO, 2001).

2.2.2. Paisagem De Áreas Verdes

Parques e os jardins públicos afloram nas cidades europeias simultaneamente ao aparecimento dos primeiros espaços ajardinados na América a partir do século XVI. Trata-se de uma peculiar forma de urbanização e consolidação dos espaços urbanos, contemporânea ao estabelecimento da ciência moderna e ao surgimento de uma nova sensibilidade, um olhar distinto apreciando a paisagem à luz da redefinição das relações entre o homem e natureza (SEGAWA,1996).

O uso de áreas verdes no meio urbano, em especialmente jardins, constituem-se de um reflexo do modo de viver dos povos que o criaram nas diferentes épocas e culturas. A princípio tinham somente a função de decorar a vista. Somente no século XIX é que assumem uma função utilitária, sobretudo nas zonas urbanas densamente povoadas (LOBODA, ANGELIS, 2005).

Com o surgimento de jardins botânicos, os quais davam ênfase ao cultivo e manutenção de espécies medicinais e nativas. Com o Renascimento, o homem passa a criar uma grande variedade plantas de diferentes regiões, as quais eram colecionadas e expostas em jardins botânicos. Nota-se que ao

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longo da história espaços verdes nas cidades vem sendo uma consequência das necessidades experimentadas em cada momento, ao mesmo tempo em que é um reflexo dos gostos e costumes da sociedade (LOBODA, ANGELIS, 2005).

Sitte (1992) destaca a importância dos espaços livres no grande volume de edifícios, sendo uma necessidade essencial para a saúde, mas não menos importante para o relaxamento do homem moderno que leva uma vida agitada, encontrando repouso em paisagens naturais espalhadas pela cidade.

As áreas verdes desempenham um papel importante na composição urbano, constituindo um espaço encaixado no sistema urbano cujas condições ecológicas mais se aproximam das condições normais da natureza.

2.2.3. O Uso De Praças Para Práticas Sociais

Na Grécia antiga a cidade era dividida em duas partes, a acrópole, lugar dos templos, e a astu, ambiente onde se desenvolviam os comércios e as relações civis e também onde se localizava o espaço urbano mais importante na era grega, chamadas de praça hoje, distingue-se de outros espaços na cidade por sua morfologia, tendo a intencionalidade de reunir pessoas para práticas sociais (LAMAS, 2004).

Não se tem com precisão uma definição única de praça, sendo um espaço público e urbano, local de celebração da convivência e do lazer dos habitantes urbanos, e também um local de trocas culturais. Tem como características desde a Europa medieval, uma ocupação como espaço popular, passando pelo ambiente de alegria, da festa, até atividades de cultura religiosa e políticas (YOKOO; CHIES, 2009).

A praça se define hoje como o lugar de intencionalidade de permanência, encontro, comércio e de circulação. Funcionando além disso como palco para manifestações, acontecimento festivos e comemorações, onde a arquitetura assume um lugar de destaque. Tem um sentido fundamental na vida da cidade tendo correlação entre a qualidade urbana e a vida no espaço público (YOKOO, CHIES, 2009).

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Como espaço urbano aberto, a praça é composta por equipamentos e bens públicos ou sociais, criados para servir às unidades edilícias e destinados a atender às necessidades dos habitantes (YOKOO, CHIES, 2009).

2.3. FATORES PROJETUAIS

2.3.1. Paisagismo Na Arquitetura

É um processo de criação formal e intencional de um espaço urbano aberto, que é direcionado para a realização de praças, jardins, calçadas, calçadões, pátios, parques e áreas de conservação. Cada época ou momento histórico tem suas características específicas de tratamento e composição do espaço urbano livre, da antiguidade clássica, quando os jardins palacianos e das casas patrícias1 eram cuidadosamente planejadas e elaboradas, com grandes praças, decoradas por colunatas, fontes e pisos, com uso intenso pela sociedade monarca; do período barroco, com jardins estruturados por eixos ou as praças arborizadas das cidades europeias da época (MACEDO, 2003).

A arquitetura paisagística, como a conhecemos, tem sua formalização no século XIX na Europa, em especial na Inglaterra, França também chegando aos Estados Unidos. Com grandes mudanças urbanas e sociais com o crescimento populacional urbano, novas demandas e entre elas a da projetação dos espaços livres urbanos (MACEDO, 2003).

Este período de grande exaltação cultural, da abertura para população em massa, de espaços para lazer e recreação e da urbanização da vegetação.

Arborização das ruas e praças se consolida juntamente com e o parque público, também os pequenos jardins privado e o boulevard, sendo estes então figuras da morfologia urbana. O espaço público moderno é tratado sob o ponto de vista de exposição de objetos e pessoas no século XIX, destinado ao sonho das classes emergentes, novas parceiras da elite e para o divertimento das massas (MACEDO, 2003).

1 Senhores de terras que, segundo a lenda, descendiam dos primeiros habitantes de Roma (casa de história).

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2.3.2. Barramento Da Radiação Solar

A arquitetura ao longo do desenvolvimento da história humana tem procurado desenvolver meios de controle ambiental que possam oferecer proteção aos homens em relação as adversidades climáticas, preservando o bem estar físico, tornando o uso de aparatos de proteção determinantes na concepção arquitetônica (GUTIERREZ, LABAKI, 2005).

Um desses aparatos, o brise-soleil é um elemento construtivo que se constitui de lâminas paralelas, externas a edificação. Podendo ser classificadas por suas tipologias, mobilidade, e por sua expressão arquitetônica. A função básica desses elementos é de impedir que a incidência da radiação solar direta atinja as superfícies verticais da edificação, principalmente as translúcidas, interceptando os raios solares. Deste modo, age na redução do ganho de calor solar, pois protege por meio de sombreamento de superfícies, dependendo essencialmente da orientação da fachada. Há também funções secundárias como o controle do excesso de luminosidade, característico de regiões de climas quentes. Outros aspectos que também sofrem influência desses elementos são a visibilidade para o exterior e a ventilação da edificação (GUTIERREZ; LABAKI, 2005).

O vidro é o elemento de menor eficiência no quesito de proteção da radiação solar sendo assim, a função essencial do aparelho de proteção solar é o controle do ganho de calor solar. Atuando como uma segunda pele, um filtro impedindo a incidência da radiação solar direta nas superfícies da edificação (GUTIERREZ; LABAKI, 2005).

Embora seja mais utilizado nas superfícies transparentes chegando a eliminar a transmissão, também é significativa a redução do aporte de calor nas superfícies opacas. Ao interceptar os raios solares, barram a radiação direta. O brise-soleil admite a entrada da luz, porém sem provocar ofuscamento; e barrar o infravermelho, reduzindo o ganho de calor para localidades com climas quentes (RIVERO, 1986).

Segundo Croiset (1976) os materiais se comportam seletivamente com relação à radiação incidente; isto significa que a quantidade de energia que

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absorvem, refletem e transmitem é diferente para cada comprimento de onda.

As aberturas protegidas por dispositivos, dependem da cor, do material, e da transparência desse elemento.

Para Givoni (1981) o sombreamento externo possibilita eliminar mais de 90% do ganho de calor solar, sendo que a eficiência é maior quando os dispositivos são pintados com cores escuras, pois aumentam o coeficiente de absorção. O brise-soleil negro funcionaria bem na proteção de superfícies transparentes e translúcidas, pois absorve ondas longas, também é importante um posicionamento adequado.

A eficiência do brise-soleil varia conforme o clima, orientação, tipologia e material, sendo também levado em conta o período do ano para qual ele foi projetado. À eficiência do dispositivo é abordada necessariamente de três formas: geometria de insolação, simulações com softwares, e práticas experimentais (GUTIERREZ, LABAKI, 2005).

2.3.3. A Estrutura Em Casca Na Cobertura De Grandes Vãos

As cascas são formas arquitetônicas estruturais simples e pura, com a função de suportar e transferir cargas através de espessuras mínimas. São baseadas em uma geometria curva tridimensional e na distribuição e orientação correta de seu desempenho estrutural (CHAELESON, 2009).

As cascas definem a forma arquitetônica da cobertura das edificações que as que optam por utilizá-la, funcionando conjunto de estrutura e fechamento.

Podendo serem construídas em madeiras, barras de aço, concreto e também podendo serem pré moldadas, facilitando assim a construção e agilizando a finalização (CHAELESON, 2009).

Entre suas vantagem está o fato de poder vencer grandes vãos, e o custo baixo, que ainda pode ser reduzido, pois quanto maior o vão a ser vencido menor é seu tempo de execução utilizando de peças pré moldadas, seu funcionamento com fechamento de coberturas também proporciona conforto térmico, aberturas em vidro são aceitas em sua estrutura, facilitando assim a iluminação no interior da edificação (MEDRANO, DINIS, MEIRELES, S/D).

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2.3.4. Acessibilidade

Um espaço acessível permite a presença e proveito de todos, estando preparado para acolher a maior variedade possível de público para as suas atividades, com instalações adequadas às diferentes necessidades e em conformidade com as diferenças físicas, antropométricas e sensoriais da população (FERRÉS, 2006).

Para isso foi criado o Design Universal, que trata da flexibilidade dos ambientes e produtos fabricados para diferentes usuários, e não a criação de produtos especiais para determinado consumidor. Este termo reconhece que a versatilidade de uso é mais importante que medidas estáveis, e que a diferenciação de mobiliário e trajetos já é um ato de classificar certos públicos e, assim, um ato de exclusão (FERRÉS, 2006).

O desenho universal se relaciona com a acessibilidade básica, tendo como meta que todos consigam usar os ambientes construídos de maneira independente e igual (NICHOLL, FILHO, 2001).

Para permitir que isso possa ser feito, há leis e normas que devem ser respeitadas em projetos arquitetônicos, uma delas é a NBR 9050/1994 que trata da acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Esta normativa orienta arquitetos e engenheiros, no que deve ser analisado e projetado em um edifício para que qualquer portador de necessidades especiais (PNE) possa ter livre acesso (NICHOLL, FILHO, 2001).

Esta normativa substitui a NBR 9050 de 1985, propondo a atender as determinações do desenho universal. Definindo-o como instrumento, que visa atender à maior gama de variações possíveis das caraterísticas antropométricas e sensoriais da população (NICHOLL, FILHO, 2001).

2.3.5. A Estrutura E A Arquitetura

Estrutura é um conjunto de elemento que se inter-relacionam para desempenhar uma função, no caso das edificações esta função é encaminhar as forças que atuam sobre vigas, lajes e pilares para o solo, distribuindo-as por

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um caminho, desviando-as de seu percurso natural, que com o peso do objeto seria descer pela lei da gravidade em linha reta para o solo (REBELLO, 2003).

As forças são definidas como grandezas vetoriais, podem ser denominada como cargas, que é classificada como permanentes ou acidentais, de modo que a primeira seria o peso próprio da estrutura em sua totalidade, incluindo toda a obra: como paredes, revestimentos, cobertura e tudo mais que a estrutura deverá carregar por toda sua vida útil. Já a segunda é a mais difícil de determinar, pois trata-se de tudo que pode entrar em movimento como:

mobiliário, pessoas, veículos e também entra nessa classificação a força dos ventos (REBELLO, 2003).

A distribuição de cargas em uma estrutura atual de maneiras diferentes e em diferentes pontos dentro de uma mesmo armação, sendo que as cargas que atuam em vigas sejam distribuídas de maneira diferente das que atuam em lajes, a geometria do carregamento de cargas seguem a geometria dos elementos estruturais, esses elementos geométricos podem distribuir as cargas de modo variado, em área, em linha e em ponto (REBELLO, 2003).

As distribuídas em áreas, chamadas de cargas superficiais são os pesos de lajes, revestimentos de pisos, entre outas. As distribuídas em linha denominadas de lineares, podem ser os pesos de vigas, paredes e etc. As distribuídas em ponto também conhecidas como cargas pontuais são o peso de pilares e todas as cargas que agem em um ponto especifico (REBELLO, 2003).

A estrutura tem papel fundamental na elaboração de projetos arquitetônicos, e é função do arquiteto prever a locação e tipo de estrutura a ser usada, no início da concepção do projeto, para não ocorrer surpresas na fase final da planta, desconfigurando seu arranjo formal planejado (REBELLO, 2003).

A grande gama de materiais a disposição possibilita inúmeras opções de escolha, mais cada material tem suas próprias características que devem ser levadas em considerações, o concreto tem alta compressão e baixa resistência à tração, já o aço apresenta resistências iguais (REBELLO, 2003).

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2.3.6. O Aço Na Arquitetura

O aço é uma liga obtida industrialmente, como outros metais, se consolidando pela formação de cristais, que crescem a diferentes direções, formando os chamados eixos de cristalização. A partir de um eixo principal, crescem eixos secundários, que por sua vez se desdobram em novos eixos e assim por diante até que toda a massa do metal se torne sólida. Em sua composição estão o carbono e ferro, sendo este o que determina sua resistência e flexibilidade, mais quanto maior a quantidade de carbono em sua composição mais resistente ele será e menor será sua flexibilidade, todo e esse processo segue altos padrões de controle e é normatizado por órgãos federais (REBELLO, 2003).

O aço apresenta um bom desempenho quando submetido à flexão, suportando tanto tração e compressão com a mesma resistência, suas seções podem ser obtidas em laminação de tarugos, dobramento e soldagem. O aço pode também ser reaproveitado integralmente. Sua grande flexibilidade, proporciona aos arquitetos uma maior liberdade de criação, sua flexibilidade aliada ao alto nível de resistência dão a possibilidade de tirar partido de sua fácil modelagem, outro ponto positivo é a facilidade em casos de ampliação ou reformas, independente da ocupação do edifício (REBELLO, 2003).

2.3.7. O Concreto Armado

O concreto é um material resultante da mistura de outros materiais, é considerado isótropo e homogêneo, uma vez que suas propriedades físicas são as mesmas em todos os pontos e direções. Sua resistência à tração e compressão são desiguais, diferentes do aço que tem são as mesmas. Para torná-lo mais versátil é associado ao aço, resultando em um terceiro material com características de absorção de tração e compressão (REBELLO, 2003).

Em sua composição estão vários outros materiais, entre eles: areia, água, cimento, pedra, barra de aço, que tem em sua mistura um auto controle de execução, tornando o concreto armado um material com um coeficiente de

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segurança elevado. Sua execução é feita de modo simples, não precisando ser realizada por mão de obra especializada, o processo de instalação é feito por pré-moldagem e as suas fôrmas podem ser reutilizadas, dependendo do material que essas fôrmas são construídas tem um número de reutilizações altíssimo (REBELLO, 2003).

A plasticidade do material permite a obtenção de formas livres e complexas, limitando-se apenas dificuldade de execução da forma a ser usada, suas propriedades finais dependem do tempo de cura, que de um modo geral leva um período de tempo consideravelmente longo, atrasando o andamento da obra, mais a cura pode ser acelerada utilizando um aditivo especial, mas o uso deste aditivo traz consequências, uma delas é a perda de resistência. O concreto de modo geral não necessita de manutenção periódica (REBELLO, 2003).

Oscar Niemeyer cita em um de seus livros sua opinião em relação a evolução que o uso do concreto armado trouxe a arquitetura:

A arquitetura evoluiu em função do progresso técnico e social.

Primeiro, pesada, com pequenas aberturas, feitas, de pedra ou argila.

Depois do arco, as voûtes, as cúpulas imensas, e ela mais rica e variada. Mais foi com o advento do concreto armado que a arquitetura se transformou de forma radical. As paredes, antes servindo de apoio, passaram a simples material de vedação e surgiram as estruturas independentes, a fachada de vidro, o brise soleil e o terraço jardim (NIEMEYER, 1999).

2.3.8. O Vidro Como Elemento Em Fachadas

Quando surgiu tinha função meramente decorativa, por isso era usado em variadas cores e em diversos objetos, como o aperfeiçoamento da técnica de fabricação foi possível passar a produzir vidros com superfícies planas, muito utilizado na composição de vitrais durante a idade média (PEREIRA, 2012).

Mais somente no XVI que o vidro passou a ganhar destaque em fachadas como elementos construtivo e decorativo. Com o primeiro edifício considerado a utilizar mais vidro que paredes o Hardwick Hall, na Inglaterra. No

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século XIX, com avanços tecnológicos trazidos pela revolução industrial, possibilitou o uso do vidro como material de preenchimento também em estufas. No século XX, a exigência do mercado pedia um vidro de alta qualidade, com menor distorção e com uma espessura contínua, conduzindo a indústria vidraceira a procurar novas técnicas de construção (PEREIRA, 2012).

Surgindo o processo float o qual consiste em produzir vidro com superfícies perfeitamente planas, com espessura constante e preço reduzido, usado ainda hoje, esse processo veio em decorrência da necessidade de envolver áreas com maiores dimensões, com um maior nível de transparência (PEREIRA, 2012).

O vidro é obtido pela redução rápida de uma massa em fusão, que vai endurecer até atingir uma precisa rigidez, não formando cristais.

Quimicamente, podem ser produzidas diversas variedades de vidro, segundo sua finalidade (PEREIRA, 2012).

Na construção civil, o tipo de vidro mais utilizado é o silíco-sodo- cálcico, que é composto por uma elevada quantidade de dióxido de sílica, está compõe, em geral, 70% a 72% do total da matéria prima usada, à qual são adicionados, um fundente sob a forma de óxido de sódio, para diminuir o ponto de fusão, óxido de cálcio, para evitar a solubilidade do composto e para melhorar a resistência química; já o óxidos de alumínio e magnésio são acrescentados pra aumentar a resistência mecânica (PEREIRA, 2012).

Na arquitetura o vidro ganhou destaque mundial em fachadas nos anos 1950, com o conceito de “pele de vidro” difundido pelo estilo internacional, já na década seguindo o movimento moderno apresentava grandes aberturas revestidas com vidro em suas fachadas, com a finalidade de conectar o exterior com o interior, criando o termo “a caixa de vidro”. No Brasil foi aplicado como elemento arquitetônico estico dividido em duas gerações. A primeira, chamada de geração relógio aplicava-o encaixado em perfis de alumínio. A segunda empregava-o como pele-de-vidro, aplicando-o sobreposto em colunas de alumínio preso por parafusos com presilhas (MICHALATO, 2007).

Para fachadas ensolaradas foi desenvolvido o vidro refletivo que proporciona maior conforto térmico, também chamados de vidro termo refletores, são caracterizados por receberem uma camada metálica em uma

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das faces, esta camada óxida determina o grau de reflexão, fazendo com que a visão do lado mais iluminado seja a reflexão da própria, o vidro refletivo pode ser lapidado, temperado, incorporado ao laminado ou usado em sistema de envidraçamento isolante através de vidro duplo (MICHALATO, 2007).

A também o vidro insulado conhecido como vidro duplo, consistem no arranjo de duas camadas de vidro com uma camada de ar dividindo-as, este tem a função de proporcionar maior conforto térmico e acústico, podendo ser melhorado com o uso de gases especiais na camada do meio. Este processo de envidraçamento pode ser combinado por diversos tipos de vidro com propriedades diferentes, combinando-os entre suas características principais (MICHALATO, 2007).

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3. CORRELATOS

Foram buscados, entre projetos e obras urbanas, as que melhor respondessem ao programa de necessidades proposto, e dariam maior contribuição para o desenvolvimento da Praça de Esporte e Cultura, através de exemplos de soluções utilizadas para problemas parecidos com o do projeto em questão.

3.1. SKATEPARK LEMVIG / EFFEKT

Com projeto do escritório EFFEKT o Skatepark LEMVIG cria um novo tipo de parque urbano, multifuncional e recreativo que une diversos grupos de usuários de diferentes interesses e idades.

Figura 01 - Skatepark LEMVIG / EFFEKT

Fonte: Archdaily, 2014

Em um terreno de dois mil e duzentos metros quadrados o Município de Lemvig na Dinamarca buscou transformar um lote industrial vazio em frente ao porto da cidade, em uma área de lazer e recreação. Situado em um belo entorno, o parque criou um novo espaço social, atraindo skatistas e famílias de toda a região.

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Figura 02 – planta baixa Skatepark LEMVIG / EFFEKT

Fonte: Archdaily, 2014

3.1.1. Questão funcional

Com o objetivo de satisfazer as demandas da população local, o escritório EFFEKT trabalhou junto com representantes dos diferentes grupos de usuários para desenvolver um novo tipo de espaço urbano. Obtendo como resultado a integração de um skate Park e parque urbano que oferece uma gama de funções programáticas e oportunidades recreativas.

3.2. PRAÇA DEICHMANN – BE’ER SHEVA (ISRAEL)

A praça Deichmann e a Galeria Negev conectam o campus da Universidade de Ben-Gurione a cidade de Be’er Sheva. Servindo como acesso ao lado oeste do campus, rodeada pelos edifícios existentes e a futura Galeria de Negev. Ela também oferece um espaço para atividades culturais e sociais dos alunos e toda a população da cidade.

3.2.1. Questão espacial

Cercada pela estrutura da galeria, de frente para a cidade e para o campus. A fachada voltada para a cidade possui um escultural jardim, que cria uma espécie de fronteira verde para o campus. O corpo de dois pavimentos monolítico emerge da topografia na parte norte do campus e flutua sobre o pátio de acesso no setor sul, conectando internamente os espaços urbanos.

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Figura 03 –Praça Deichmann

Fonte: Archdaily, 2014

3.2.2. Questão formal

A galeria conta com espaços de exposição, a faculdade de museologia, oficinas e um auditório, contribuindo para as atividades da Praça Deichmann que foi projetada para receber intensa aglomeração de jovens e estudantes, a solução escolhida foi delimitar as áreas fechadas pela vegetação. O projeto, conta com vários elementos de concreto aparente e conecta os edifícios fisicamente e visualmente com o entorno, enfatizando suas características comuns. A intervenção consiste num tapete de linhas integradas e pavimentada com concreto, iluminação, mobiliário e vegetação espalhada aleatoriamente.

3.3. PARQUE DE ATIVIDADES ZHANGMIAO

O projeto do Parque de Atividades Zhangmiao demonstra a atitude do homem em relação à cidade. Através de energia autogeradora, ele molda o formato do espaço urbano. O projeto que traz estética ao urbanismo paisagístico. Com a combinação de uma pista de corrida, uma praça e jardins, um sistema ecológico é construído em um espaço de esquinas da cidade.

Figura 04 – Parque Zhangmiao

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Fonte: Archdaily, 2014

3.3.1. Questão tecnológica

A aplicação de energia solar e eólica fornecem a iluminação noturna da praça. A vegetação vertical cria diferentes escalas de possibilidades espaciais.

O espaço do corredor combina sua função de publicidade, e se torna um espaço de acolhimento para os cidadãos.

Figura 05 – Planta Baixa Parque Zhangmiao

Fonte: Archdaily, 2014

3.3.2. Questão formal

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A pista de corrida, que é pavimentada com cimento plástico, se torna o espaço mais vivo em toda a área para as pessoas descansarem e interagirem durante a noite. A propriedade democrática, cívica e pública deste moderno espaço da cidade é representado nesta esquina.

Figura 06 – Pista De Corrida Parque Zhangmiao

Fonte: Archdaily, 2014

3.4. PAVILHÃO DA BIBLIOTECA SUTD / CITY FORM LAB

O pavilhão da biblioteca da Universidade de Cingapura de Tecnologia e Design (Singapore University of Technology and Design - SUTD) está localizado em um gramado inclinado no campus com três árvores antigas que formam uma barreira sonora na direção de uma via expressa, a estrutura tira partido das restrições da área e cria um espaço ao ar livre atrás do edifício da biblioteca. Durante o dia oferece um espaço aberto sombreado para relaxamento, trabalho e convivência para estudantes e funcionários da universidade. À noite torna-se um local de reuniões informais, palestras noturnas e eventos da comunidade. Mesas, estantes móveis de livros e internet

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wireless o transformam em um "terceiro espaço" entre os dormitórios e as salas de aula, onde trocas sociais e intelectuais acontecem em um atmosfera casual.

Figura 07 – Vista Pavilhão Da Biblioteca Da Universidade De Cingapura

Fonte: Archdaily, 2014

3.4.1. Questão formal

Baseando em estruturas catenárias usando pouco material para conseguir vãos consideráveis, a cobertura forma uma concha leve de madeira sem pilares, vigas ou paredes verticais. Usando um modelo numérico de correntes para determinar uma forma eficiente de dupla curvatura seguindo as linhas de tração e compressão. O uso de design computacional e fabricação controlada por computador permitiu que a forma tridimensional fosse alcançada com materiais disponíveis na região e processo de montagem simplificado e com custos reduzidos.

Ao contrário de estruturas em aço, não há complexos nós estruturais tridimensionais - todos os elementos foram pré-fabricados a partir de madeira compensada estritamente plana e chapas de aço galvanizado em máquinas. O local de trabalho, portanto, compreendia um conjunto ordenado de 3.000 peças únicas de madeira e 600 peças únicas de chapa de metal baseadas em apenas um desenho, formando um quebra-cabeças tridimensional.

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Figura 08 – Montagem Pavilhão Da Biblioteca De Cingapura

Fonte: Archdaily, 2014

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4. A PRAÇA DE ESPORTE E CULTURA

Com ideias fundamentadas nos projetos citados no capítulo anterior e considerando as pesquisas realizadas e descritas na revisão bibliográfica, o projeto começa a ganhar forma. Nas próximas páginas, o leitor encontrará informações relacionadas a elaboração do projeto de modo a exemplificar os elementos construtivos e formais que serão utilizados na proposta.

4.1. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

O terreno está locado na cidade de Cascavel como mostra a Figura 09, que por sua vez está situada no oeste do estado do Paraná, com uma área territorial de 2.091,401 km², altitude aproximada de 781m e uma população estimada de 305.615 habitantes, resultando em uma densidade demográfica de 146,13 hab./km² (IPARDES, 2012).

Figura 09: Cidade de Cascavel, Paraná.

Fonte: http://www.cscolivofracaro.seed.pr.gov.br

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4.2. ASPECTOS DA ÁREA E TOPOGRAFIA

O sucesso do projeto depende de vários fatores, tendo como um determinante a escolha do terreno, sendo em um lote amplo, que de preferência nos dê opção de duas faces voltadas para a rua, possibilitando dois acessos separados.

Estes tipos de fatores foram levados em consideração no momento da escolha do lote (figura 10). Tendo sua localização em um dos eixos da cidade, a Avenida Presidente Tancredo Neves, quadra 079P, lote 079P, sendo um terreno com pequeno declive, amplo, tendo sua testada principal voltada para a avenida Presidente Tancredo Neves medindo 336,56 metros, outra voltada pra a rua Yanomanis, medindo 362,75 metros, resultam em um terreno de fácil acesso e com área total de 61975.0 m².

Figura 10 - terreno

Fonte - Google Mapas

4.3. ASPECTOS URBANÍSTICOS E DEMAIS LEGISLAÇÕES

Para que a implantação da praça seja possível, determinadas legislações devem ser analisadas como: a Lei do Plano Diretor, Código de

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Obras, a Lei de Zoneamento e de Uso do Solo. Há também leis de âmbito municipal, e de domínio federal.

4.4. CONCEITUAÇÃO E PARTIDO

O projeto procura colaborar para a qualidade da paisagem e busca a tecnologia ideal para as tipologias das edificações. O tema foi escolhido com o objetivo de criar uma cultura diferente para cidade, dando maior destaque ao meio ambiente e incentivando a educação. Como estratégia de composição, a praça visa o conforto e o bem estar do usuário, buscando trazer obras inspiradas nas plantas, visando o equilíbrio com a paisagem e a integração com o meio onde estarão inseridas.

Segundo Lynch (1997), uma obra tem grande influência no espaço urbano e pode gerar sensações diferentes aos usuários do local. A imagem ambiental deve incluir a relação espacial do objeto com o observador e os outros objetos, os quais devem ter algum significado para o observador, seja ele prático ou emocional.

Para a composição do projeto foram considerados os correlatos citados, suas estratégias de composição, iluminação e ventilação, os materiais utilizados nas edificações entre outros itens relevantes. Contudo, o projeto não será focado nos mesmos conceitos e fará uso apenas de seus pré-requisitos e não da qualidade específica de cada obra.

4.5. PROGRAMA DE NECESSIDADES

Analisando os correlatos foi possível chegar às necessidades básicas e adequadas para o funcionamento de uma praça cultural, esportiva e recreativa.

Foram previstas também áreas de uso e lazer para população em geral, valorizando o conforto e bem estar dos usuários. Assim, será discorrido abaixo o programa criado visando um esclarecimento das atividades e serviços a serem implantados.

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4.5.1. Área de convivência e lazer

 Acessos

 Áreas de Convivência e Lazer

 Quadras poliesportivas

 Jardins horizontais

 Playground

 Pista de esportes radicais

 Pavimentação de concreto queimado, para prática de esportes diversos

 Palco

 Arquibancadas

 Café

4.5.2. Biblioteca

 Atendimento

 Salas de leitura

 Biblioteca

 Sala de informática

 Banheiros

 Sala multiuso

 Guarda volumes

4.5.3. Centro de Administração da Praça.

 Copa

 Recepção

 Sala de administração

 Sala de segurança

 Almoxarifado

 Instalações sanitárias

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5. CONSIDERAÇÕES

Com o devido embasamento teórico sobre o tema, foi possível observar as necessidades de se projetar uma praça de caráter esportivo e social para a região oeste do município de Cascavel, baseando-se nas normas e conceitos que se referem a funcionalidade da edificação e do espaço público, o projeto da praça utiliza de aspectos culturais e sociais, para criar um lugar não só voltado ao lazer, mas também para estudos e pesquisas, com a finalidade de oferecer a população educação e cultura, aliados à qualidade de vida e a conscientização sobre o meio ambiente.

Considera-se que este trabalho buscou compreender a função e a importância da implantação de áreas verdes dentro do perímetro urbano. A praça de esporte e cultura para região oeste do município de Cascavel visa atender a parcela jovem da população que não dispõe deste tipo de espaço para entretenimento, lazer e cultura.

Os correlatos descritos neste trabalho apresentam princípios formais, funcionais e técnicos, com a finalidade de integrar a obra com o entorno e torná-la um elemento no desenho urbano.

Observa-se, portanto, que o correto emprego de conceitos arquitetônicos aliados à falta de espaços urbanos de lazer adequados tem a potencialidade de transformar locais inutilizados e dar a eles funcionalidade integradas com o entorno e o desenho urbano.

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6. REFERÊNCIAS

ANBT NBR 6118-2003, Projeto de estrutura de concreto – procedimento, 2003.

Disponível em: <http://jcsilva2.tripod.com/Norma6118-2003.pdf> Acesso: 11 de Mar. de 2014.

BRUAND, Y. Arquitetura Contemporânea no Brasil, São Paulo, Editora:

Perspectiva, 1999.

CHAELESON, A.W. Arquitetura - Estrutura Aparente. Porto Alegre, Rio Grande Do Sul, editora: Bookman, 2009.

CROISET, M. Humedad Y Temperatura En Los Edificios. Barcelona: Ed.

Técnicos, 1976.

GIVONI, B. Man, Climate and Architecture. London: Applied, 1981.

GUTIERREZ, G. C. R. LABAKI, L. C. Avaliação De Desempenho Térmico De Três Tipologias De Brise-Soleil Fixo. Maceió, Alagoas, 2005. Disponível em:

<http://www.arq.ufmg.br/labcon/arquivos/ENCAC05_0864_873.pdf> Acesso em: 22 de Abr. de 2014.

JAEGER, W. Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo, editora: Martins Fontes, 1995.

LAMAS, J. M. R. G. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade, São Paulo, editora: Orgal, 2004. 45

LOBODA, R.C. ANGELIS B. L. D. Áreas Verdes Públicas Urbanas: Conceitos, Usos E Funções. Guarapuava, Paraná, 2005. Disponível em:

<http://revistas.unicentro.br/index.php/ambiencia/article/viewFile/157/185> Acesso em: 18 de Abr. de 2014.

LYNCH, K. Planificacíon Del Sitio. Barcelona, G Gili, 1980.

LYNCH, K. The image of the city. Cambridge: The M.I.T. Press, 1960.

MACEDO, S. S. O Paisagismo Moderno Brasileiro – Além De Burle Marx. São Paulo, 2003. Disponível em:

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