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RELATÓRIO E CONTAS 2016

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RELATÓRIO DE GESTÃO

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I. INTRODUÇÃO 3

a. A Concessão 3

b. Atividades Desenvolvidas em 2016 4

II. ATIVIDADE 5

a. Serviço de Abastecimento de Água 5

i. Clientes de Água 5

ii. Consumos de Água Faturados 6

iii. Balanço da Água 8

iv. Qualidade da Água 10

b. Serviço de Saneamento 10

i. Clientes de saneamento 10

ii. Volumes de Saneamento Faturados 11

c. Intervenções operacionais 13

d. Reclamações apresentadas 14

e. Estrutura de cobrança 14

III. INVESTIMENTO 15

IV. RECURSOS HUMANOS 17

V. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA 19

VI. PERSPETIVAS E OBJETIVOS 22

VII. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 24

VIII. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES 25

IX. ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2016 26

X. BALANÇO 27

XI. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 29

XII. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 30

XIII. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO 31

XIV. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 32

XV. RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO 72

(4)

ÓRGÃOS SOCIAIS

Assembleia Geral:

Presidente da Mesa: Moran Adhout,

Secretário da Mesa: Virgínia Maria Monteiro Teixeira.

Conselho de Administração:

Presidente – José Enrique Castiblanques Tena, Vogal – Pedro Emanuel Reis Perdigão,

Vogal – Vítor Manuel Almeida Damas.

Fiscal Único:

(5)

No cumprimento das disposições legais e estatutárias da empresa, vem o Conselho de Administração apresentar o Relatório e Contas da INDAQUA Vila do Conde – Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A. do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

INDAQUA VILA DO CONDE – Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A. CAE: 36002 – Distribuição de Água

(6)

I.

INTRODUÇÃO

a. A Concessão

A 17 de julho de 2008 ocorreu a assinatura do Contrato de Concessão da Exploração e Gestão dos Serviços de Abastecimento de Água para Consumo Público e de Recolha, Tratamento e Rejeição de Efluentes do Município de Vila do Conde, entre a Edilidade e a INDAQUA Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A.

Na sequência deste ato e de acordo com as regras estabelecidas no Caderno de Encargos e no próprio contrato, iniciou-se o Período de Transição o qual, face à necessidade de sujeição a parecer pelo Tribunal de Contas, vigorou até à data de início do Período de Funcionamento Normal que ocorreu a 1 de janeiro de 2009.

Em 18 de dezembro de 2008 foi assinado o Primeiro Aditamento ao Contrato de Concessão, fruto da adesão do Município de Vila do Conde ao Sistema Multimunicipal de Saneamento do Vale do Ave, ficando a construção e exploração das infraestruturas de saneamento em alta a cargo da empresa Águas do Ave, agora denominada Águas do Noroeste, e fora do âmbito da concessão municipal. A Concessão tem uma duração de quarenta anos contados a partir de 1 de janeiro de 2009 e tem como objeto:

i. A Exploração e Gestão do Sistema de abastecimento de água para consumo público do Município de Vila do Conde;

ii. A Exploração e Gestão do Sistema de recolha de águas residuais do Município de Vila do Conde;

(7)

b. Atividades Desenvolvidas em 2016

Durante o ano de 2016 a INDAQUA Vila do Conde teve como prioridades principais as seguintes atividades:

 Desenvolvimento de novas ações para controlo e redução das perdas de água, com o objetivo de reduzir a percentagem de água não contabilizada para um valor inferior a 15,5 % e assim reduzir os custos operacionais;

 Substituição de algumas redes de água em mau estado de conservação e com um número de roturas elevadas;

 Dar continuidade à modelação hidráulica das redes de abastecimento de água e de saneamento, tendo em vista a otimização do seu funcionamento e o cumprimento dos objetivos;

 Continuar com a instalação do sistema de telemetria residencial e válvulas de corte com controlo remoto, para otimização dos processos de leitura e cobrança em locais onde os contadores não são acessíveis;

 Continuação da campanha de renovação do parque de contadores, com a finalidade de aumentar o rigor da medição dos consumos e a consequente diminuição das perdas de água aparentes;

 Implementação de novos procedimentos para combate às afluências indevidas nos sistemas de drenagem de águas residuais;

 Substituição de algumas redes de saneamento em mau estado de conservação;

 Consolidação da utilização do Sistema de Informação Geográfica, como ferramenta agregadora de todos os sistemas de informação já disponíveis para apoio à atividade;  Implementação de um novo programa para deteção de contadores parados ou mal

dimensionados, como combate às perdas de água aparentes;

(8)

 Iniciar a instauração de processos de contraordenação aos proprietários no âmbito das notificações para obrigatoriedade de ligação às redes públicas de abastecimento de água e drenagem de águas residuais;

 Dar continuidade à campanha de leituras de contadores situados no interior das habitações, de difícil acesso, de forma a minorar o número de contadores não lidos há mais de 120 dias, com vista à otimização dos processos de leitura e faturação;

 Minimizar o número de reclamações fundamentadas, bem como otimizar o tratamento das mesmas;

 Continuação no combate aos atos e usos ilícitos de água, nomeadamente recorrendo à técnica de videoscopia em ramais para deteção de ligações ilícitas ao sistema público de água;

 Implementação de aplicação informática de suporte ao procedimento para a otimização da medição em contadores de água de modo a reduzir as perdas aparentes de água por submedição e consequentemente aumentar o volume de água faturado;

 Manutenção da Certificação da empresa no âmbito da qualidade, segurança e ambiente.

II.

ATIVIDADE

a. Serviço de Abastecimento de Água

A INDAQUA Vila do Conde tem atualmente sob a sua gestão 547 km de rede de abastecimento de água.

i. Clientes de Água

No quadro seguinte apresenta-se o número de clientes de água em 31 de dezembro de 2016, por tipo de cliente:

CLIENTES POR TIPOLOGIA 2016 2015 Qtd. %

Domésticos 29 815 29 073 742 2,6%

Comércio e Indústria 2 831 2 770 61 2,2%

Aut., IPSS, e outras 558 542 16 3,0%

Outros Serv. P. Estatais 30 26 4 15,4%

Ligações Provisórias 217 207 10 4,8%

Consumos Próprios / Outros 1 698 1 692 6 0,4%

(9)

A Concessão iniciou-se em 1 de janeiro de 2009 com 28.568 contratos de utilização ativos do serviço de abastecimento de água, tendo no final do ano de 2016 35.149 clientes, o que representa uma entrada liquida de 6581 novos clientes, equivalendo a um crescimento de 23%. Face a 2015, registou-se um crescimento de 2.4 % ou 839 clientes.

No universo dos clientes da INDAQUA Vila do Conde, os clientes domésticos representam cerca de 84,8%, o comércio e a indústria representam cerca de 8,1 %, e os restantes tipos de clientes representam apenas cerca de 7,1 % do total de clientes.

No gráfico seguinte podemos observar a evolução do número de clientes de água desde o início da concessão:

ii. Consumos de Água Faturados

(10)

O consumo doméstico representa 66 % do volume global de água faturada, sendo 62.1 % deste consumo concentrado no primeiro escalão do tarifário. O consumo do comércio e indústria apresenta um peso de 21,1 % no total. O consumo da autarquia corresponde a 8.8 % do total. As restantes categorias de clientes representam 4,1 % do total de água faturada.

O consumo médio mensal por contador pode ser observado no quadro seguinte:

Em 2016 registou-se um decréscimo do consumo médio mensal por contador nos clientes domésticos em cerca de 0.7 %.

Já no que se refere aos clientes comércio e indústria a descida foi mais acentuada, tendo-se cifrado em 5.6 %. Esta diminuição deve-se ao consumo verificado na Lactogal que foi cerca de 12 % inferior ao registado em 2015, bem como no registado na tarifa de Autarquia que teve um decréscimo de cerca de 10.3%.

CONSUMOS DE ÁGUA FATURADOS m3 % % / Tipologia m3 % % / Tipologia Variação

Domésticos 2 264 145 66,0% 100,0% 2 188 487 64,9% 100,0% 3,5% 1º Escalão - Entre 0 e 15 m3 2 132 480 62,1% 94,2% 2 053 527 60,9% 93,8% 3,8% 2º Escalão - Entre 16 e 25 m3 95 761 2,8% 4,2% 94 581 2,8% 4,3% 1,2% 3º Escalão - Entre 26 e 50 m3 24 600 0,7% 1,1% 26 977 0,8% 1,2% -8,8% 4º Escalão - Superior a 50 m3 11 304 0,3% 0,5% 13 402 0,4% 0,6% -15,7% Comércio e Indústria 725 601 21,1% 100,0% 729 588 21,6% 100,0% -0,5% 1º Escalão - Entre 0 e 10 m3 143 315 4,2% 19,8% 141 147 4,2% 19,3% 1,5% 2º Escalão - Entre 11 e 150 m3 186 622 5,4% 25,7% 173 685 5,1% 23,8% 7,4% 3º Escalão - Superior a 150 m3 395 664 11,5% 54,5% 414 756 12,3% 56,8% -4,6%

Autarquias, IPSS, Org. Desp., Esc., Infant. e Univ. 302 415 8,8% 314 046 9,3% - -3,7%

Outros Serviços Públicos Estatais 11 384 0,3% 9 019 0,3% - 26,2%

Ligações Provisórias 19 954 0,6% 20 942 0,6% - -4,7%

Câmara Municipal - Rega de Jardins (preço 0) 75 082 2,2% 86 103 2,6% - -12,8%

Água Avarias 9 0,0% 2 769 0,1% - -99,7%

Consumos Próprios / Outros 15 973 0,5% 4 144 0,1% - 285,4%

Totalizadores 16 844 0,5% 17 953 0,5% - -6,2%

Total 3 431 407 100,0% - 3 373 051 100,0% - 1,7%

2016 2015

CONSUMOS MÉDIOS MENSAIS (m3) 2016 2015 Qtd. %

Domésticos 6,41 6,45 -0,05 -0,7%

Comércio e Indústria 21,59 22,87 -1,28 -5,6%

Autarquias, IPSS, Org. Desp., Esc., Infant. e Univ. 45,82 51,06 -5,24 -10,3%

Outros Serviços Públicos Estatais 33,88 31,98 1,90 5,9%

Ligações Provisórias 7,84 8,37 -0,53 -6,3%

Consumos Próprios / Outros 0,79 0,16 0,62 389,7%

Total 8,23 8,31 - -1,0%

(11)

No gráfico seguinte podemos observar a evolução do volume de água faturado desde o início da concessão:

iii. Balanço da Água

O quadro que se segue relaciona o consumo de água contabilizada com a água adquirida e produzida pela empresa:

0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000 3.500.000 4.000.000 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Volume de Água Faturada desde o Inicio da Concessão

BALANÇO DA ÁGUA 2016 2015 m3 %

Água Contabilizada 3.431.407 3.373.051 58.356 1,7%

Consumos Domésticos 2.264.145 2.188.487 75.658 3,5%

Outros Consumos 1.134.445 1.162.467 -28.022 -2,4%

Outros Consumos Autorizados 32.817 22.097 10.720 48,5%

Água Aduzida aos Sistemas 4.086.742 4.063.788 22.954 0,6%

Água Captada 0 0 4.086.742 0,0%

Água Adquirida 4.086.742 4.063.788 -4.063.788 -100,0%

Perdas de água 655.335 690.737 -35.402 -5,1%

(12)

No que a esta temática respeita, consideram-se relevantes neste exercício de 2016 os seguintes factos:

 O volume de água adquirida à Águas do Norte aumentou de 2015 para 2016 cerca de 0.6 %, o que corresponde a mais 22.954 m3 de água adquiridos, enquanto que em termos de água faturada o aumento em relação a 2015 foi de 1.7 % que corresponde a 53.356 m3;

 Em 2016, em termos de percentagem de água não faturada, ficou-se a 0.56 % do objetivo definido, o qual se terá ficado a dever ao facto de, em termos de pesquisa de fugas, em 2016 se ter registado um decréscimo relevante de acções, apesar da adoção de um conjunto de medidas, nomeadamente:

 Gestão otimizada do parque de contadores;  Renovação de redes;

 Maior eficácia das leituras de contadores;  Reforço da gestão zonada da rede de água;

 Maior eficácia e rapidez na deteção e localização de fugas e reparação de avarias na rede;

 Combate a consumos ilícitos;

 Acompanhamento contínuo do perfil de consumo de grandes clientes,

No gráfico seguinte podemos observar a evolução da percentagem de perdas de água desde 2009:

(13)

iv. Qualidade da Água

O resumo das análises efetuadas no âmbito do controlo de qualidade da água, de acordo com o Decreto-Lei nº 306/2007, e os respetivos resultados em incumprimento, encontra-se evidenciado no quadro que se segue:

Sendo o fornecimento de água um dos principais serviços que integram a nossa atividade, sobretudo pela importância na saúde pública que lhe cabe, impõe-se que a sua qualidade se paute por padrões e critérios do mais elevado nível. Assim, o controlo implementado cumpriu com o Programa de Controlo da Qualidade da Água (PCQA) aprovado pelo ERSAR, tendo todas as amostras sido analisadas em laboratório acreditado para o efeito.

Na observância desse Programa, não foram registados quaisquer incumprimentos ao longo dos doze meses de atividade, o que corresponde a uma taxa de conformidade de 100 %.

b. Serviço de Saneamento

A INDAQUA Vila do Conde tem atualmente sob a sua gestão 359 Km de rede de drenagem de águas residuais.

QUALIDADE DA ÁGUA CR1 CR2 CI Total

Nº de Análises regulamentares efetuadas (com VP) 312 440 50 802

Nº de Análises regulamentares em violação ao VP 0 0 0 0

% Análises Regulamentares em violação ao VP 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Legenda:

VP - Valor paramétrico fixado pelo Decreto-Lei 306/2007

Análise

Análise CR1 - Controlo de rotina 1 (Decreto-Lei 306/2007) Análise CR2 - Controlo de rotina 2 (Decreto-Lei 306/2007) Análise CI - Controlo de Inspeção (Decreto-Lei 306/2007)

(14)

Decreto-A estrutura de clientes de saneamento encontra-se em linha com a estrutura de clientes de água, representando os clientes domésticos 90,3 % e o comércio e indústria 8,3 % do total de clientes de saneamento.

No gráfico seguinte podemos observar a evolução dos clientes de saneamento desde o início da concessão:

ii. Volumes de Saneamento Faturados

No quadro seguinte podemos observar os volumes de saneamento faturados por tipo de cliente e por escalão de consumo:

CLIENTES DE SANEAMENTO POR TIPOLOGIA 2016 2015 Qtd. %

Doméstico 27 268 26 386 882 3,3%

Comércio e Indústria 2 513 2 444 69 2,8%

Serviços Públicos Estatais 21 19 2 10,5%

Autarquias e Outras 394 383 11 2,9%

Total 30 196 29 232 964 3,3%

Variação

VOLUMES DE SANEAMENTO FATURADOS m3 % m3 % Variação

Domésticos 2 113 750 74,3% 2 020 311 74,4% 4,6%

Comércio e Indústria 501 507 17,6% 466 879 17,2% 7,4%

(15)

Comparando o volume de saneamento com o volume de água faturada, conclui-se que aquele representa 83 % deste.

Este diferencial deve-se em parte à existência de clientes de água que a utilizam no seu processo produtivo sem que sobre eles incidam as tarifas correspondentes de águas residuais, uma vez que não drenam para a rede pública. Por outro lado, os locais de consumo associados às regas dos jardins do Município de Vila do Conde, são alvo apenas de faturação na componente do abastecimento de água.

(16)

c. Intervenções operacionais

O quadro que se segue resume as intervenções realizadas durante o ano de 2016:

Como conclusões mais relevantes, referimos o nível de cortes de abastecimento que ocorreram por falta de pagamento, e que em média se cifraram em cerca de 261 por mês e que representam cerca de 0,57% do número de consumidores, constatando-se ainda a redução do número de cortes em cerca de 1.10% em relação ao ano anterior, sendo que em termos de restabelecimentos o numero aumentou em cerca de 1.60 %.

Ao nível da instalação de contadores a variação de 2015 para 2016 foi negativa em 3.10 %, enquanto que ao nível da substituição e do levantamento a variação foi positiva em cerca de 27.70 % no primeiro caso e em cerca de 10.20 %, no segundo.

No que respeita a reparação de roturas verificadas em condutas e ramais da rede de abastecimento de água no corrente exercício, a média mensal é de 24 intervenções por mês, isto é, registou-se um decréscimo significativo relativamente ao ano de 2015, em cerca de 28%, sendo que os

INTERVENÇÕES OPERACIONAIS 2016 2015 Máximo Mínimo Média Variação

Água Contadores de Água 3 724 3 558 - - 310 4,7% Instalação 2007 2072 209 121 167 -3,1% Substituição 563 441 80 10 47 27,7% Levantamento 1149 1043 128 79 96 10,2% Aferição 5 2 2 0 0 150,0% Abastecimento de Água 6 021 6 011 - - 502 0,2% Cortes de Abastecimento 3 133 3 169 325 176 261 -1,1% Restabelecimentos de Ligações 2 888 2 842 292 156 241 1,6% Ramais de Água 133 140 - - 11 -5,0% Novos 122 110 16 5 10 10,9% Alterações 11 30 3 0 1 -63,3%

Intervenções na Rede de Água 293 411 - - 24 -28,7%

Roturas (Reparação de condutas e ramais) 291 400 39 12 24 -27,3%

Rebentamentos (Externo) 2 11 1 0 0 -81,8%

Saneamento

Ramais de Saneamento 60 53 - - 5 13,2%

Novos 59 48 7 2 5 22,9%

Alterações 1 5 1 0 0 -80,0%

Intervenções na Rede de Colectores 1 097 1 055 - - 91 4,0%

Obstruções 1 094 1 052 123 69 91 4,0%

Colapsos Estruturais 3 3 2 0 0 -4,3%

(17)

d. Reclamações apresentadas

As reclamações apresentadas ao longo do exercício de 2016 encontram-se resumidas no quadro seguinte:

Pelos valores apresentados, conclui-se que o nível de reclamações face ao número de consumidores representa cerca de 3.80 %, sendo que a maior parte diz respeito a questões de falta de pressão, falta de água e obstrução em coletores e ramais, representando em conjunto cerca de 95 % das reclamações.

Em 2016 o número de reclamações diminuiu em 14,5%, o que demonstra a melhoria contínua dos serviços prestados aos clientes.

e. Estrutura de cobrança

A cobrança das faturas no ano de 2016 foi efetuada através dos diversos canais ao dispor do cliente, sendo a sua distribuição a constante no quadro seguinte:

RECLAMAÇÕES APRESENTADAS 2016 2015 Máximo Mínimo Média Variação

Água

Fraca Qualidade da Água 3 9 2 0 0 -66,7%

Falta de Água 27 70 4 0 2 -61,4%

Falta de Pressão 82 176 17 3 7 -53,4%

Erro de Facturação 147 166 17 3 12 -11,4%

Outros Motivos 105 57 11 3 9 84,2%

Saneamento

Obstrução Colectores e Ramais 922 1052 111 58 77 -12,4%

Inundação 0 0 0 0 0 0,0%

Erro de Facturação 14 17 5 0 1 -17,6%

Outros Motivos 23 0 7 0 2 0,0%

Total 1 323 1 547 - - - -14,5%

2016 Mensal

ESTRUTURA DE COBRANÇAS Nº Recibos % Valor (€) %

Balcões da Empresa 50 534 12,1% 2 708 389 16,0%

Sede 50 534 12,1% 2 708 389 16,0%

Sistema de Débitos Directos 173 133 41,4% 7 042 377 41,6%

Payshop 52 181 12,5% 1 564 762 9,3%

SIBS 142 465 34,1% 5 594 468 33,1%

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III.

INVESTIMENTO

Devido aos atrasos na execução dos Investimentos no Sistema Multimunicipal, a cargo da Águas do Norte, não foi possível à Indaqua Vila do Conde dar cumprimento ao estabelecido no seu Plano de Investimentos no qual estava prevista a instalação de infraestruturas de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais nas freguesias de Arcos, Fornelo e Rio Mau. Nestas circunstâncias durante o ano de 2016 o investimento foi direcionado essencialmente para a renovação de rede e alguma ampliação no âmbito das Obras 17 e 21. Em termos de comprimento de rede de abastecimento de água, o investimento foi o que se apresenta no quadro seguinte:

O total de redes de abastecimento de água da Concessionária, em serviço em 31 de dezembro de 2016, era de 547 quilómetros.

ÁGUA - INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURAS Acumulado 2016 Anos Anteriores

Redes 182 519 3 678 178 841

R11- Freguesias de Labruge e Vila Chã 9 608 113 9 495

R13 - Freguesias de Vairão e Macieira (a) 24 973 140 24 833

R13 - Freguesias de Gião e Fajozes (b) 14 150 0 14 150

R14 - Freguesias de Vilar, Modivas e 10% de Gião 18 890 0 18 890

R5/R12 - Freguesias de Junqueira, V. Pinheiro e Aveleda 28 185 0 28 185

R17- Freguesia de Guilhabreu 17 657 0 17 657

R10 - Freguesias de Mindelo e Fajozes 3 741 156 3 585

R12/R4 - Freguesias de Touguinhó e Mosteiró 9 510 0 9 510

R3a - Freguesia de Rio Mau 1 722 0 1 722

R3 b - Freguesia de Arcos 4 291 3 203 1 088

R9 - Freguesias de Retorta, Tougues e 10% de Árvore 16 913 0 16 913

R16 - Freguesias de Malta e Canidelo 15 084 0 15 084

R15 - Freguesia de Fornelo 956 0 956

R7 - Freguesias de Árvore e Azurara 1 962 0 1 962

R5 a - Freguesia de Bagunte 3 772 66 3 706

R5 b - Freguesia de Outeiro 4 189 0 4 189

R8 - Freguesia de Mindelo 3 799 0 3 799

R2 - Freguesia de Touguinha 1 536 0 1 536

R6 - Freguesias de Parada e Ferreiró 1 582 0 1 582

(19)

Em termos de comprimento de rede de drenagem de águas residuais, o investimento foi o que se apresenta no quadro seguinte:

Considerando as redes de saneamento recebidas do Concedente no início da Concessão, a empresa tem sob sua gestão atualmente 359 quilómetros de condutas de drenagem de águas residuais. O total do investimento em infraestruturas de água e saneamento, realizado em 2016 foi de 819.009 euros. Tal como referido anteriormente este investimento centrou-se essencialmente na reabilitação e substituição de redes na cidade de Vila do Conde e na freguesia de Arcos e ainda na conclusão de algumas obras referentes à 1ª fase do Plano de Investimentos.

Foram ainda executadas algumas extensões de rede decorrentes de solicitações de clientes e do próprio Concedente.

Para além dos investimentos em infraestruturas atrás referidos, a empresa efetuou aquisições de ativos fixos, nomeadamente, software, equipamento básico, administrativo, de transporte e outros ativos fixos tangíveis, no montante de 178.233 euros.

SANEAMENTO - INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURAS Acumulado 2016 Anos Anteriores

Redes 145 740 874 144 866

AR2 - Freguesias de Labruge e Vila Chã 13 424 96 13 328

AR4 - Freguesias de Vairão, Macieira, Gião e Fajozes 36 255 129 36 126

AR5 - Freguesias de Vilar e Modivas 17 621 0 17 621

AR6 - Freguesias de Junqueira, Vilar do Pinheiro e Aveleda 20 147 0 20 147

AR7 - Freguesias de Guilhabréu e Mosteiró 19 920 90 19 830

AR8 - Freguesia de Fajozes (Poente) 1 659 0 1 659

AR9 - Freguesia de Touguinhó e Sistemas Autónomos 4 537 323 4 214

AR10 - Freguesias de Rio Mau e Arcos 0 0 0

AR11 - Freguesias de Retorta e Tougues 5 099 0 5 099

AR12 - Freguesias de Malta e Canidelo 10 576 0 10 576

AR13 - Freguesia de Fornelo 372 0 372

AR14 - Freguesias de Árvore (zona leste) 5 732 236 5 496

AR15 - Freguesias de Bagunte e Outeiro 0 0 0

AR16 - Freguesia de Mindelo 8 782 0 8 782

AR17 - Freguesia de Touguinha 1 616 0 1 616

AR18 - Freguesias de Parada e Ferreiró 0 0 0

(20)

IV.

RECURSOS HUMANOS

No final de 2016 a Indaqua Vila do Conde, SA tinha ao seu serviço 67 colaboradores, dos quais 25 faziam parte do quadro da empresa, 33 encontravam-se em regime de cedência de interesse público e 9 encontravam-se vinculados por contratos a termo. Deste universo a antiguidade média era de 6,25 anos. A idade média dos colaboradores era de 48,67 anos representados por 21 elementos do sexo feminino e 46 do sexo masculino. Em termos de habilitações literárias, a Ensino Secundário predominava com uma percentagem de 29,85%.

O absentismo em 2016 foi de 8,30% sendo que as causas principais foram Baixa por Doença (6,98%), Assistência à Família (0,26%) e Licença sem Vencimento (0,23%)

RECURSOS HUMANOS 2016 2015 Qtd. % Licenciatura ou superior 11 11 0 0,0% Bacharelato 0 0 0 0,0% Ensino Secundário 20 9 11 122,2% Ensino Preparatório 17 23 -6 -26,1% Ensino Primário 18 19 -1 -5,3% Sem Habilitações 1 1 0 0,0% Total 67 63 4 6,3% Requisitados ao Município 33 33 0 0,0% Regime Geral 34 30 4 13,3% Variação ABSENTISMO Ausências %

Baixa por Doença 8.680 6,98%

Assistência à Família 320 0,26%

Licença sem Vencimento 287 0,23%

Consulta Médica 203 0,16% Licença de Parentalidade 200 0,16% Nojo 157 0,13% Suspensão Disciplinar C/R 152 0,12% Just. C/Remuneração 129 0,10% Acidente de Trabalho 119 0,10%

Conta do período Férias 57 0,05%

Obrigação Legal 12 0,01%

Doença sem Baixa 8 0,01%

Total de ausências 10.324 8,30%

(21)

No âmbito do desenvolvimento das competências dos nossos colaboradores, a empresa investiu, durante o ano de 2016, cerca de 735 euros em 7 ações de formação com um volume total de 82,5 horas e uma abrangência de 38 participações.

(22)

V.

SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

Fatores de risco

As atividades da INDAQUA Vila do Conde estão expostas aos seguintes fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O Grupo INDAQUA desenvolveu e implementou um programa de gestão do risco que, conjuntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos

adversos na performance financeira da INDAQUA S.A. e suas participadas. O Conselho de

Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco de taxa de juro, risco de crédito e o uso de derivados. O Conselho de Administração tem a responsabilidade de definir princípios gerais de gestão de riscos, bem como limites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados estão integradas em operações de cobertura de risco dos contratos de financiamento das concessionárias.

Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para a INDAQUA Vila do Conde. A INDAQUA Vila do Conde está sujeita ao risco de crédito nas suas atividades operacionais.

O risco de crédito relacionado com operações está essencialmente relacionado com créditos de serviços prestados a clientes. Este risco é reduzido dadas as características do serviço público prestado.

(23)

Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. A Indaqua Vila do Conde efetua a gestão do risco de liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento junto de instituições financeiras nacionais e internacionais de elevada notação de crédito que permitem o acesso imediato a fundos. É expectativa do Conselho de Administração que os fluxos de caixa operacionais previstos para o próximo ano sejam suficientes para suprir as necessidades de fundos desse período.

Risco de fluxos de caixa associados à taxa de juro

O objetivo da INDAQUA Vila do Conde, em relação à gestão de fluxos de caixa associados à taxa de juro, foi conseguido através da contratação de um instrumento de cobertura de risco de taxa de juro, convertendo taxa variável em taxa fixa, previsto nos contratos de financiamento, que mitiga o risco de variabilidade das taxas de juro.

Situação económica e financeira da Empresa

No quadro abaixo apresentam-se os principais indicadores económicos e a sua variação face a 2015. (milhares de euros)

PRINCIPAIS INDICADORES 2016 2015 % Variação

Volume de negócios 14.377 15.609 -7,9%

Volume de negócios sem IFRIC12 13.558 12.945 4,7%

Gastos operacionais* 9.581 10.841 -11,6%

EBITDA 4.768 4.630 3,0%

Gastos de financiamento líquidos 2.292 2.376 -3,5%

Resultado líquido 403 364 10,7%

(24)

de 12.945 mil euros para 13.558 mil euros. Se analisarmos o valor com o efeito da IFRIC 12 o indicador cai 8% face a 2015 passando de 15.609 para 14.377 em 2016.

Em relação aos gastos operacionais, com exceção das amortizações, imparidades e outros gastos e perdas, eles tiveram uma diminuição significativa de aproximadamente 12% passando de 10.841 mil euros em 2015 para 9.581 mil euros em 2016. No entanto, se deduzirmos o efeito da aplicação da IFRIC 12 relativo ao valor dos contratos de construção no montante de 684 mil euros, ficamos com um montante efetivo de 8.897 mil euros o que comparado com 2015, representa um aumento de 5%.

O EBITDA manteve a tendência positiva passando de 4.630 mil euros em 2015 para 4.768 mil euros em 2016, o que representou uma variação positiva de 3%.

Os gastos de financiamento líquidos totalizaram o montante de cerca de 2.292 mil euros, inferiores em 84 mil euros aos gastos de 2015. O endividamento da empresa está consubstanciado num empréstimo bancário estruturado em regime de project finance e em dívida subordinada colocada pelos acionistas.

Os gastos com depreciações e amortizações aumentaram 9% passando de 1.787 mil euros em 2015 para 1.940 mil euros em 2016, tendo o resultado antes de impostos atingido o montante de 536 mil euros.

Mantendo a tendência positiva dos anos anteriores, o resultado líquido da empresa foi em 2016 de 403.314 euros.

(25)

VI.

PERSPETIVAS E OBJETIVOS

Terminado o oitavo ano do exercício completo de atividade da INDAQUA Vila do Conde, no ano de 2016 pretende-se consolidar o vasto leque de ações iniciadas em 2015 e desenvolver novas ações conducentes à melhoria do resultado operacional da empresa.

Do plano de atividades para 2017 destacamos como relevantes:

 Desenvolvimento de novas ações para controlo e redução das perdas de água, com o objetivo de reduzir a percentagem de água não contabilizada para um valor igual ou inferior a 15,0 % e assim reduzir os custos operacionais;

 Manutenção de uma gestão otimizada do parque de contadores, com a finalidade de aumentar o rigor da medição dos consumos e a consequente diminuição das perdas de água aparentes;

 Intensificação de procedimentos para redução do impacto das afluências indevidas nos sistemas de drenagem de águas residuais;

 Instalação de uma ferramenta para controlo de redes de drenagem de águas residuais, com vista à redução das afluências indevidas a estes sistemas;

 Instalação de sistemas de telemetria residencial e válvulas de corte com controlo remoto, para otimização dos processos de leitura e cobrança em locais onde os contadores não são acessíveis;

 Consolidação do recurso ao sistema de informação geográfica - SIG, como ferramenta agregadora de todos os sistemas de informação já disponíveis para apoio à atividade;  Consolidação e otimização do sistema de distribuição postal;

 Otimização das áreas de leitura com vista à melhoria da performance dos leitores e da distribuição postal e melhoria do processo de faturação,

(26)

 Continuação no combate aos atos e usos ilícitos de água, nomeadamente recorrendo à técnica de videoscopia em ramais para deteção de ligações ilícitas ao sistema público de água;

(27)

VII.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos da alínea b) do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração propõe que os resultados líquidos do exercício, no montante de EUR 403.314,06 sejam aplicados da seguinte forma:

 Reserva Legal EUR 20.165,70

 Resultados Transitados EUR 383.148,36

O Conselho de Administração, tendo constatado a perda de mais de metade do capital social e considerando:

1. Que o efeito contabilístico de perda de mais de metade do capital social, resulta meramente da adoção, por força de lei, das regras de reconhecimento contabilístico nomeadamente pela contabilização em capitais próprios do impacto do justo valor do instrumento de cobertura de risco de taxa de juro (5.651.872 euros), não refletindo a mesma uma efetiva deterioração da situação económica ou prejuízo económico;

2. O instrumento financeiro derivado de cobertura de taxa de juro, pela sua natureza, tem um justo valor, que tende para zero na sua maturidade. Acresce que neste momento as taxas de júri apresentam valores invulgarmente baixos, que tenderão a subir em função de uma recuperação económica;

(28)

VIII.

ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES

A esta data, o Conselho de Administração não tem conhecimento da existência de acontecimentos subsequentes a 31 de dezembro de 2016, além dos decorrentes da normal atividade da Sociedade, que tenham impacte na imagem verdadeira e apropriada das demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro de 2016.

Finalmente, agradecemos o apoio e a confiança dos nosso Concedente, Clientes, Acionistas, Funcionários, Fornecedores e Instituições Financeiras.

Vila do Conde, 17 de fevereiro de 2017

O Conselho de Administração,

José Enrique Castiblanques Tena – Presidente

Pedro Emanuel Reis Perdigão – Vogal

(29)

IX.

ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2016

Anexo I – Publicidade de Participações dos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização na sociedade

(nº 5 do Art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais)

No período a que se refere o relatório, os membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, não eram titulares, nem fizeram qualquer aquisição, cessação ou oneração de ações da sociedade

Anexo II – Publicidade de Participações de Acionistas (nº 4 do Art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais)

Em conformidade com o referido artigo, damos publicidade que os acionistas titulares de ações nominativas representativas de pelo menos, um décimo do capital da sociedade é:

(30)

X.

BALANÇO

(31)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Shareholders' equity and liabilities

CAPITAL PRÓPRIO (Shareholders' equity):

Capital subscrito (Capital) 13 500.000

Outros instrumentos de capital próprio (Capital not issued)

Reservas legais (Legal reserves) 14 26.669

Outras reservas (Other reserves) 14 e 18 -7.292.738

Resultados transitados (Returned earnings) 14 872.795

Ajustamentos em ativos financeiros (Adjustment in share capital)

Outras variações no capital próprio (Other adjustments) 14 3.578.239 -2.315.035

Resultado líquido do período (Net profit) 403.314

-1.911.721

Interesses minoritários (Minority interests)

Total do capital próprio ( Total shareholder's equity) -1.911.721 PASSIVO (Liabilities):

PASSIVO NÃO CORRENTE (Non-current liabilities):

Provisões (Provisions)

Financiamentos obtidos(Long term loans) 15 54.666.303

Passivos por impostos diferidos (Deferred taxes) 7 562.463

Outras dívidas a pagar (Other creditors)

Outros passivos financeiros (Other financial liabilities) 18 7.292.738 62.521.504

PASSIVO CORRENTE (Current liabilities):

Fornecedores (Suppliers) 16 4.168.800

Adiantamentos de clientes (Advances from clients)

Estado e outros entes públicos (State public sector) 10 25.098

Acionistas/sócios (Shareholders) 10 e 26 132.877

Financiamentos obtidos(Short term loans) 15 510.908

Outras dívidas a pagar (Other creditors) 17 1.809.297

Diferimentos (Deferred income)

Outros passivos financeiros (Other financial liabilities)

6.646.980

Total do passivo (Total liabilities) 69.168.485

5.894.773 67.188.558 61.293.785 1.820.544 29.747 102.780 213.095 3.728.607 6.000.056 -1.871.469 54.893.343 400.386 -1.871.469 500.000 8.485 -6.000.056 527.309 2.729.122 -2.235.140 363.671

(32)

XI.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

(33)
(34)

XIII.

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

(35)

XIV.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1. Introdução

A Indaqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A. (adiante designada como Indaqua Vila do Conde ou Empresa), com sede na Praça José Régio, n.º 101 do concelho de Vila do Conde, foi constituída em 17 de Dezembro de 2007, tendo como objeto, em regime de concessão, a prossecução da exploração e gestão conjunta dos serviços públicos municipais de distribuição de água para consumo público e de drenagem e tratamento de águas residuais do Município de Vila do Conde, incluindo a construção, extensão, reparação, renovação, manutenção e melhoria de todas as instalações, infraestruturas e equipamentos que compõem os serviços concessionados, bem como as obras necessárias à execução do plano de investimentos.

O contrato de concessão iniciou em 2009 e tem vigência até 2048.

No final da concessão todas as Infraestruturas serão transferidas para o Município.

Adicionalmente, a Empresa é integralmente/maioritariamente detida pela Indaqua – Indústria e Gestão de Águas S.A., pelo que se insere num grupo económico liderado por esta entidade (“Grupo Indaqua”) sendo as demonstrações financeiras da Empresa integradas nas demonstrações financeiras consolidadas da Indaqua – Indústria e Gestão de Águas S.A. pelo método de consolidação integral.

(36)

2. Referencial contabilístico de preparação das Demonstrações Financeiras

2.1. Base de Preparação

Estas Demonstrações Financeiras foram preparadas de acordo com as disposições do SNC, emitidas e em vigor à data de 31 de dezembro de 2016 (Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, republicado pelo Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2 de junho). Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico.

Estas demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.

A Administração considera que a empresa tem capacidade de operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outro, incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras, disponível sobre o futuro. Face ao exposto a Administração concluiu que a Empresa dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considera adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.

Conforme evidenciado no Balanço, devido à contabilização do justo valor do instrumento financeiro derivado de cobertura de taxa de juro no montante de -7.292.738 euros e respetivo imposto diferido no montante de 1.640.866 euros) o Capital Próprio apresenta um valor negativo. Consequentemente, existe a obrigatoriedade do Conselho de Administração alertar os acionistas da Empresa para as medidas necessárias para fazer face ao disposto nos artigos 35º e 171º do Código das Sociedades Comerciais.

(37)

Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência da Administração e nas suas melhores expetativas em relação aos eventos e ações correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam significativos para as Demonstrações Financeiras são apresentadas na Nota 3.

Pelo facto de não existir tratamento previsto nas NCRF para as concessões foi adotada a IFRIC 12 – Acordos de Concessão de Serviços que regula a forma de contabilização das infraestruturas afetas à concessão e que é caracterizado da seguinte forma:

Enquadramento

A IFRIC 12 – “Acordos de concessão de serviço” define os princípios a observar na contabilização dos contratos de concessão de serviço público, atendendo aos serviços a que a concessionária se obriga a prestar e ao controlo que exerce sobre os ativos da concessão.

No âmbito da IFRIC 12 estão os contratos de concessão de serviço que possuem as seguintes características:

i) O objetivo do contrato é a prestação de um serviço público aos utilizadores em geral; ii) O contrato de concessão regula o tipo e a qualidade dos serviços a serem prestados pelo

concessionário;

iii) O concessionário é responsável pela conceção, desenho e construção / requalificação das infraestruturas necessárias à prestação do serviço público;

iv) Os preços a praticar (tarifas) são aprovados pelo concedente;

(38)

fixos tangíveis, os ativos da concessão utilizados na prestação do serviço por não deter o controlo sobre os mesmos, embora retenha o risco de construção e de financiamento.

Dado que a construção/aquisição das infraestruturas da concessão não qualifica como investimento em ativos próprios do concessionário, em substância o concessionário presta um serviço de construção que terá de registar de acordo com a IAS 11 / NCRF 19 – Contratos de construção.

A aplicação deste normativo prevê o reconhecimento da totalidade dos gastos incorridos na prestação do serviço de construção/ requalificação das infraestruturas da concessão consoante a sua natureza, e o registo do justo valor do rédito da construção.

Uma vez que no caso das concessões este serviço está associado ao contrato de concessão que prevê a exploração subsequente das infraestruturas construídas/ adquiridas, é necessário determinar a contraprestação do rédito reconhecido.

A IFRIC 12 preconiza dois modelos de contabilização para os serviços de construção consoante os riscos e benefícios assumidos pelo concessionário:

i) O modelo do ativo financeiro – se o concedente tem a responsabilidade de pagar ao concessionário pela prestação do serviço de construção, ou se, embora a responsabilidade pelo pagamento do serviço público recai sobre os seus utilizadores, o concedente tenha a responsabilidade de garantir um montante mínimo previamente definido;

ii) O modelo do ativo intangível – se o concessionário tem direito a cobrar consoante a prestação do serviço público aos utilizadores (pagando o utilizador ou o concedente), os montantes despendidos constituem o custo da aquisição do direito de concessão.

(39)

montante específico, mesmo que o pagamento seja contingente ao facto de o concessionário assegurar que a infraestrutura está de acordo com os requisitos de qualidade e eficiência.

O concessionário deve reconhecer um ativo intangível na medida em que recebe um direito (licença) de cobrar aos utilizadores pela prestação do serviço público. O direito a cobrar aos utilizadores por um serviço público não é um direito incondicional de cobrança, porque os montantes estão condicionados ao facto de os utilizadores utilizarem o serviço.

O concessionário deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com o serviço de operação da concessão de acordo com o IAS 18 / NCRF 20 - Rédito.

Nos termos desta interpretação a Indaqua Vila do Conde presta os dois tipos de serviços: o de construção, requalificação e renovação das infraestruturas afeta ao sistema; e o de exploração e gestão do sistema constituído pelas infraestruturas, necessárias à prestação de serviços aos utilizadores, pelo que aplica os princípios da IFRIC 12.

Classificação da infraestrutura

A Indaqua Vila do Conde classifica os montantes investidos na construção/ aquisição das infraestruturas dos sistemas que explora como ativos intangíveis – Direito de concessão, já que tem direito a cobrar consoante a prestação do serviço público aos utilizadores do serviço.

A formação do custo dos ativos intangíveis (direitos de concessão) compreende o custo de aquisição ou construção, incluindo os custos e proveitos (líquidos) diretos e indiretamente relacionados com os projetos de construção, que são capitalizados em ativos intangíveis em curso, por permuta com os serviços de construção prestados.

(40)

Amortizações

O ativo intangível, direito de concessão, é amortizado numa base sistemática por taxas constantes ao longo da concessão.

Acréscimos de custos por responsabilidades contratuais

Os investimentos de substituição que não sejam por si só geradores de rédito são tratados como responsabilidades, de acordo com o definido na NCRF 21 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, o que implica a constituição de uma provisão pelo período que medeia entre o investimento inicial e o investimento de substituição, devendo essa provisão ser registada pelo valor presente.

Atendendo às condições específicas da concessão, não se estimaram responsabilidades contratuais que não sejam por si próprias geradoras de rédito, facto pelo qual não foi constituído qualquer passivo para o efeito.

Rédito – serviços de construção

O IFRIC 12 considera que, em substância, a Concessionária constrói as infraestruturas e troca-as pelo direito inerente à concessão, aplicando-se assim o normativo do Rédito e dos Ativos Intangíveis, no que se relaciona com a troca de ativos diferentes. Em consequência destas disposições a Concessionária constrói as infraestruturas, vende-as ao Concedente e como pagamento recebe um direito de uso durante o período da concessão, estando reconhecido nos rendimentos e nos subcontratos os valores resultantes destas operações.

(41)

2.2. Derrogação das disposições do SNC

Não existiram, no decorrer do exercício a que respeitam estas Demonstrações Financeiras, quaisquer casos excecionais que implicassem diretamente a derrogação de qualquer disposição prevista pelo SNC. No entanto, conforme referido em 2.1, pelo facto de não haver nas NCRF tratamento para as Concessões, foi adotada supletivamente a IFRIC 12.

2.3. Comparabilidade das Demonstrações Financeiras

Os elementos constantes nas presentes Demonstrações Financeiras são, na sua totalidade, comparáveis com os do período anterior.

3. Principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das Demonstrações Financeiras são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os períodos apresentados, salvo indicação contrária.

3.1. Ativos fixos tangíveis

(42)

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são reconhecidos como gastos do período em que são incorridos.

As vidas úteis estimadas para os ativos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue:

O método de depreciação utilizado pela Empresa é o método das quotas constantes, de acordo com as vidas úteis estimadas definidas acima, as quais se consideram razoáveis para compensar a sua desvalorização.

A amortização dos ativos fixos tangíveis tem início quando os mesmos se encontram disponíveis para uso, sendo o cálculo efetuado numa base por duodécimos.

As vidas úteis dos ativos são revistas em cada data de relato financeiro, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos ativos. Alterações às vidas úteis são tratadas como uma alteração de estimativa contabilística e são aplicadas prospectivamente.

Sempre que existam indícios de perda de valor dos ativos fixos tangíveis, são efetuados testes de imparidade, de forma a estimar o valor recuperável do ativo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso do ativo, sendo este último calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do ativo no fim da sua vida útil.

Os ganhos ou perdas no abate ou alienação dos ativos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do ativo, sendo reconhecidos na demonstração dos resultados

Anos

E difícios e outras cons truções 8 - 40

E quipamento bás ico 8

E quipamento de trans porte 4

(43)

3.2. Ativos Intangíveis

Os ativos intangíveis encontram-se reconhecidos e mensurados consoante as transações que lhe deram origem, conforme os parágrafos abaixo:

a) Direito da Concessão:

A Indaqua Vila do Conde é uma Concessão onde não está definido um rendimento garantido e o serviço é prestado diretamente ao consumidor final. Como no SNC não existe nenhuma norma para as concessões, de forma supletiva foram aplicadas as normas internacionais de contabilidade, sendo utilizado o IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços que regula a forma de contabilização das infraestruturas afetas à Concessão.

No âmbito desta norma são consideradas infraestruturas as redes, ramais, reservatórios, captações, ETAS’s e ETAR’s adquiridos/construídos pela Empresa. Estes ativos encontram-se valorizados ao custo, deduzido das depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. Este custo inclui o custo estimado à data de transição para NCRF, e os custos de aquisição para ativos obtidos após essa data.

O custo de aquisição inclui o preço de compra do ativo, as despesas diretamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do ativo para que se encontre na sua condição de utilização. Dado que as obras do Plano de Investimento da Concessionária traduzem-se num aumento da sua base de clientes, os custos incorridos com empréstimos obtidos para a construção destes ativos são reconhecidos como parte do custo de construção do ativo.

(44)

 O preço de compra, incluindo custos com direitos intelectuais e os impostos sobre as compras, não reembolsáveis, após dedução dos descontos comerciais e abatimentos; e  Qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo, para o seu uso pretendido.

A Empresa valoriza os seus ativos intangíveis, após o reconhecimento inicial, pelo modelo do custo, conforme definido pela NCRF 6 – Ativos Intangíveis, que define que um ativo intangível deve ser escriturado pelo seu custo, deduzido da amortização acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

A Empresa determina a vida útil e o método de amortização dos ativos intangíveis com base na estimativa de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo, sendo amortizados numa base sistemática a partir da data em que se encontram disponíveis para uso, durante a vida útil estimada. A vida útil estimada para os ativos intangíveis mais significativos é de 3 anos.

3.3. Imparidade de ativos

A Indaqua Vila do Conde realiza testes de imparidade sempre que, em cada data de relato, eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas Demonstrações Financeiras possa não ser recuperável.

Sempre que o valor recuperável determinado é inferior ao valor contabilístico dos ativos, a Empresa avalia se a situação de perda assume um carácter permanente e definitivo e, se sim, regista a respetiva perda por imparidade. Nos casos em que a perda não é considerada permanente e definitiva, é feita a divulgação das razões que fundamentam essa conclusão.

(45)

Quando há lugar ao registo ou reversão de imparidade, a amortização e depreciação dos ativos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável.

3.4. Ativos e passivos financeiros

A Administração determina a classificação dos ativos e passivos financeiros, na data do reconhecimento inicial, de acordo com a NCRF 27 – Instrumentos financeiros.

Os ativos financeiros podem ser classificados/ mensurados como:

(a) ao custo ou custo amortizado, menos qualquer perda por imparidade; ou

(b) ao justo valor, com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na demonstração de resultados.

A Empresa classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado os ativos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cujo retorno seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar a perda do valor nominal e do juro acumulado.

(46)

São registados ao custo ou custo amortizado os ativos financeiros que constituem empréstimos concedidos, contas a receber (clientes, outros devedores, etc.) e instrumentos de capital próprio, bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado ativo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável.

São registados ao custo ou custo amortizado os passivos financeiros que constituem financiamentos obtidos, contas a pagar (fornecedores, outros credores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado ativo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável.

A Empresa classifica e mensura ao justo valor os passivos financeiros que não cumpram com as condições para ser mensurados ao custo ou custo amortizado, e que são os instrumentos de cobertura de risco de taxa de juro, e que se referem a fixação de taxas de juro fixas de alguns empréstimos obtidos, estando contabilizados em “Outros Reservas”.

As variações de justo valor são registadas nos capitais próprios, já que se refere a instrumentos financeiros derivados que qualificam como relação de cobertura de fluxos de caixa. Anualmente são efetuados testes de cobertura, sendo que a ineficácia é registada em conformidade.

Uma operação de cobertura é considerada eficaz se os resultados dos testes de eficácia realizados ao instrumento de cobertura se encontram dentro do intervalo 80% a 125%. A eficácia dos instrumentos de cobertura é, então, aferida através da realização de testes que procuram demonstrar a eficaz compensação de alterações nos cash-flows do instrumento de cobertura e do instrumento coberto por comparação com o justo valor de um instrumento de cobertura hipotético cuja eficácia da cobertura seria de 100%.

(47)

O passivo financeiro (ou parte do passivo financeiro) é desreconhecido apenas quando este se extinguir, isto é, quando a obrigação estabelecida no contrato seja liquidada, cancelada ou expire.

Estes ativos são mensurados ao custo amortizado, menos qualquer perda de imparidade.

a) Clientes e Outras contas a receber

As rubricas de Clientes e Outras contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade dos clientes e contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objetiva de que os mesmos não são recuperáveis, conforme os termos iniciais da transação. As perdas por imparidade identificadas são registadas na demonstração dos resultados, em “Imparidade de dívidas a receber”, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidade diminuam ou desapareçam.

b) Caixa e equivalentes de caixa

O caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor é insignificante e que são imediatamente convertíveis em numerário, e descobertos bancários. Os descobertos bancários são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na rubrica “Financiamentos obtidos”, e são considerados na elaboração da demonstração dos fluxos de caixa, como caixa e equivalentes de caixa.

c) Inventários

(48)

amortizado, sendo a diferença entre o valor nominal e o justo valor inicial reconhecida na demonstração dos resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa de juro efetiva.

Os financiamentos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se a Empresa possuir um direito incondicional de diferir o pagamento do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço, sendo neste caso classificados no passivo não corrente.

As comissões de montagem são diferidas pelo período do empréstimo e apresentadas ao custo amortizado.

e) Fornecedores, outras dívidas a terceiros e outros passivos financeiros

Os saldos de fornecedores, outras dívidas a terceiros e outros passivos financeiros são registados ao custo amortizado.

f) Responsabilidade das rendas da concessão

Encontram-se registadas no Ativo (Ativos intangíveis) e no Passivo (Outras dívidas a pagar) o valor total das rendas a pagar ao município (previstas no contrato de concessão), descontadas para o valor presente. O valor registado no ativo é amortizado pelo período da concessão por quotas constantes e o passivo é movimentado pelo custo amortizado da dívida.

3.5. Imposto sobre o rendimento

(49)

Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo com base no balanço, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas Demonstrações Financeiras.

Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor, ou já oficialmente comunicada à data do balanço, e que se estima seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data do pagamento dos impostos diferidos passivos.

Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que existam lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização da diferença temporária. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill; ou ii) o reconhecimento inicial de ativos e passivos, que não resultem de uma concentração de atividades, e que à data da transação não afetem o resultado contabilístico ou fiscal. Contudo, no que se refere às diferenças temporárias tributáveis relacionadas com investimentos em filiais, estas não são reconhecidas se: i) a Empresa mãe tem capacidade para controlar o período da reversão da diferença temporária; e ii) é provável que a diferença temporária não reverta num futuro próximo.

3.6. Provisões

(50)

3.7. Locações

Nas locações consideradas operacionais, as rendas a pagar são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados numa base linear, durante o período da locação.

3.8. Gastos e rendimentos

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidas como ativos ou passivos, se qualificarem como tal.

3.9. Rédito

O rédito corresponde ao justo valor do montante recebido ou a receber relativo à venda de produtos e/ ou serviços no decurso normal da atividade da Empresa. O rédito é registado líquido de quaisquer impostos e descontos comerciais.

O rédito é reconhecido com base na aplicação do tarifário previsto no contrato de concessão outorgado com o Município de Vila do Conde, em que as tarifas recorrentes (tarifa fixa e tarifa volumétrica de abastecimento de água e de saneamento) são aplicadas mensalmente aos clientes que têm contrato com a Empresa, quer em função do número de dias, quer em função dos consumos de água medidos ou estimados. O valor do contrato é reconhecido mensalmente no mês a que respeita a prestação do serviço.

3.10. Subsídios

(51)

3.11. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos, determinados de acordo com o método do juro efetivo, são reconhecidos como gasto à medida que são incorridos.

3.12. Principais estimativas e julgamentos apresentados e fontes de incerteza associadas a estimativas

As estimativas e julgamentos com impacto nas Demonstrações Financeiras da Empresa são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acredita serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de ativos e passivos no decurso do exercício seguinte são as que seguem:

Estimativas contabilísticas relevantes

3.12.1 Provisões

(52)

3.12.2 Ativos tangíveis e intangíveis

A determinação das vidas úteis dos ativos, bem como o método de depreciação a aplicar é essencial para determinar o montante das depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados de cada período.

Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento da Administração para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por Empresas do sector ao nível internacional.

3.12.3 Imparidade

A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência da Empresa, tais como: a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas quer externas, à Empresa.

A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte da Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.

A imparidade para contas a receber é calculada essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem do tipo de clientes, não sendo registada qualquer imparidade para as dívidas de entidades estatais.

3.12.4 Determinação do justo valor de instrumentos financeiros derivados

(53)

às contrapartes. A Empresa tem ainda acesso aos principais pressupostos e metodologias utilizados na determinação do justo valor desses instrumentos, os quais considera adequados.

3.12.5 Determinação do desfecho dos processos judiciais em curso

O desfecho dos processos judiciais em curso, bem como a respetiva necessidade de constituição de provisões, é estimado tendo por base a opinião dos advogados/consultores legais da Empresa. Os advogados/consultores legais possuem as competências técnicas e o conhecimento detalhado dos processos que lhes permite fazer face à incerteza inerente ao desfecho de processos desta natureza.

4. Fluxos de caixa

4. 1 Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários

O detalhe de caixa e equivalentes de caixa é o seguinte:

O detalhe do montante considerado como saldo final na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” para efeitos da elaboração da demonstração de fluxos de caixa é como segue:

dez-16 dez-15

Caixa 2.489 1.876

Depósitos bancários 7.154.729 4.778.791

Caixa e equivalentes de caixa 7.157.218 4.780.667

dez-16 dez-15

Numerário

(54)

A 31 de dezembro de 2016, a rubrica de Depósitos bancários inclui o montante de 280.350 Euros (165.095 Euros em 31 de dezembro de 2015) de reserva de serviço da dívida. O montante em causa corresponde aproximadamente ao serviço da dívida que se vence na próxima data de pagamento de juros.

5. Ativos fixos tangíveis

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível foram como segue:

Movimentos nos ativos fixos tangíveis

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento

Administrativo Outros Total

1 de janeiro 2016 Custo de aquisição 951.946 1.179.134 318.634 169.261 17.964 2.636.939 Depreciações acumuladas -666.913 -681.011 -200.450 -150.742 -16.175 -1.715.291 Valor líquido 285.033 498.124 118.184 18.519 1.789 921.648 31 de dezembro de 2016 Adições 0 120.153 40.609 5.229 488 166.479 Alienações 0 -63.291 -26.448 0 0 -89.739 Transferências e abates 0 0 0 0 0 0 Depreciações - exercício -95.470 -141.523 -60.798 -14.026 -1.496 -313.313 Depreciações - alienações 0 37.225 26.448 0 0 63.673

Depreciações - transf e abates 0 0 0 0 0 0

Valor líquido -95.470 -47.436 -20.189 -8.797 -1.008 -172.900

31 de dezembro de 2016

Custo de aquisição 951.946 1.235.996 332.795 174.490 18.452 2.713.679

Depreciações acumuladas -762.383 -785.309 -234.800 -164.768 -17.671 -1.964.932

(55)

Não existem indícios de perdas por imparidade em 31 de dezembro de 2016, pelo que não foram efetuados testes de imparidade conforme previsto na NCRF 12.

(56)

6. Ativos Intangíveis

O valor dos intangíveis refere-se essencialmente aos valores das infraestruturas reconhecidos como direito da concessão. Estas infraestruturas são reversíveis para o Município no final da concessão.

A evolução registada para os exercícios apresentados é como segue:

Programas de C omputador

Direito da

C onces s ão Ativos em curs o T otal

1 de janeiro 2016 C us to de aquis ição 60.308 59.759.137 2.356.698 62.176.143 Depreciações acumuladas -33.584 -6.178.494 -6.212.078 Valor líquido 26.724 53.580.643 2.356.698 55.964.065 31 de dezembro de 2016 Adições 11.754 819.009 0 830.763 Alienações 0 0 0 0

T rans ferências e abates 0 351.901 -351.901 0

Depreciações - exercício -13.305 -1.610.183 0 -1.623.489

Depreciações - alienações 0 0 0 0

Depreciações - trans f e abates 0 0 0 0

Valor líquido -1.551 -439.273 -351.901 -792.726 31 de dezembro de 2016 C us to de aquis ição 72.062 60.930.046 2.004.798 63.006.906 Depreciações acumuladas -46.889 -7.788.677 -7.835.566 Valor líquido 25.173 53.141.369 2.004.798 55.171.340 Programas de C omputador Direito da

C onces s ão Ativos em curs o T otal

1 de janeiro 2015 C us to de aquis ição 26.089 52.200.849 7.284.681 59.511.619 Depreciações acumuladas -25.130 -4.704.975 -4.730.105 Valor líquido 959 47.495.874 7.284.681 54.781.514 31 de dezembro de 2015 Adições 401 0 2.567.570 2.567.971 Alienações 0 0 0 0

T rans ferências e abates 33.818 7.558.288 -7.495.554 96.552

Depreciações - exercício -8.453 -1.473.519 0 -1.481.972

Depreciações - alienações 0 0 0 0

Depreciações - trans f e abates 0 0 0 0

(57)

O valor registado em Ativos em Curso é referente às obras em curso da rede de água e saneamento.

7. Ativos e passivos por Impostos Diferidos

Os movimentos ocorridos nas diferenças temporárias e rubricas de ativos e passivos por impostos diferidos para os períodos apresentados são como se segue:

Como as receitas dos ramais são consideradas como equivalentes a subsídios e se encontram registadas em Capital Próprio (rubrica de Outras Variações no Capital Próprio), os respetivos Impostos Diferidos foram também registados nesta rubrica (Nota 14).

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, os ativos e passivos por impostos diferidos estão calculados à taxa de 22,5 %.

B as e I. Diferido B as e I. Diferido Variação

Ativos

J us to valor do ins trumento financeiro (Nota 18) 7.292.738 1.640.866 6.000.056 1.350.013 290.853

7.292.738 1.640.866 6.000.056 1.350.013 290.853

P as s ivos

R amais 1.769.594 398.158 1.393.495 313.536 84.622

O N2 - S ubs ídio 730.242 164.304 386.001 86.850 77.454

2.499.836 562.463 1.779.496 400.386 162.077

Impacto líquido (Nota 14) 4.792.902 1.078.402 4.220.560 949.626 128.776

Variação por capital próprio (Nota 14) 128.776

128.776

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