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14/08/2018. Período 1: Introdução. Recuperação de Informação: Definição

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Período 1:

Introdução

Recuperação de Informação: Definição

Calvin Northrup Mooers 1919 - 1994

(2)

2

Definição

Recuperação de informação é o nome dado ao processo

ou método pelo qual um potencial usuário de informação é capaz de converter a sua necessidade de informação em uma lista real de citações a documentos em um acervo contendo informações úteis

para ele.

[...]

Recuperação de informação abrange os aspectos intelectuais da descrição da informação e sua especificação para a busca, e também quaisquer sistemas, técnicas ou máquinas que são utilizadas para realizar a operação.

[...]

O assunto de cada documento ou outra unidade de

informação é caracterizado ou descrito por meio de um conjunto de "descritores“ tirado de um vocabulário formal de tais termos. Uma “lista de

cabeçalho de assuntos” remeterá a uma aproximação grosseira do seu significado.

(MOOERS, 1951, p.25)

Definição

Recuperar informação consiste em identificar, em um conjunto de documentos, quais atendem à uma determinada necessidade de informação do usuário.

Envolve:

◦ um acervo documental;

◦ pessoas que buscam por documentos relevantes para satisfazer suas necessidades de informação.

Implica em operar seletivamente um estoque de informação

◦ processos difíceis de serem formalizados

A utilização de recursos computacionais nessa tarefa parte de inevitáveis simplificações teóricas e de adequações de conceitos subjetivos

◦ relevância

◦ necessidade de informação ◦ informação

(3)

Definição

A recuperação de informação se efetiva por meio da comparação

entre as representações dos documentos de um acervo e a representação da necessidade de informação do usuário que

busca por documentos que venham a atender tal necessidade.

Um documento é recuperado se a sua representação coincidir total ou parcialmente com a representação da necessidade do usuário.

Cada documento é representado por um conjunto de termos (termos de indexação) que têm como objetivo sintetizar o seu conteúdo informacional.

O usuário que traduz a sua necessidade por meio da especificação de um conjunto de termos (termos de busca).

Meio Ambiente da Recuperação da Informação

(4)

4

Língua e Linguagem

Chamamos “língua” um sistema programado em nosso

cérebro que, essencialmente, estabelece uma relação

entre os esquemas mentais que formam nossa

compreensão do mundo e um código que os

representa de maneira perceptível aos sentidos. Os

seres humanos utilizam um grande número de tais

sistemas (“línguas”), que diferem em muitos aspectos e

também se assemelham em muitos outros aspectos.

[...]

(PERINI, 2010)

Língua e Linguagem

O sistema em questão é de uma complexidade

extrema: compreende regras (de pronúncia, de

formação de palavras, de formação de frases, de

relacionamento das formas com os significados),

itens léxicos (palavras e morfemas, com suas

propriedades gramaticais e seus significados),

expressões idiomáticas (como pisar na bola) e

clichês (como ficar sem fala).

(5)

Analógico x Digital

Na sociedade contemporânea o processo de

digitalização expande-se a velocidades crescentes com

pretensão de universalidade. Afirma-se até mesmo que

vivemos em um mundo digital, no qual se instaura a vida

digital.

O caráter eminentemente informático desse processo

se articula com a concepção de que o germe de todo

conhecimento e poder é a informação, devidamente

organizada armazenada e, enfim, distribuída.

(TENÓRIO, 1998, p.1)

Analógico x Digital

Binária, a informática? Sem dúvida, em um certo

nível de funcionamento de seus circuitos, mas faz

tempo que a maioria dos usuários não mais tem

qualquer relação com esta interface. Em que um

programa de hipertexto ou de desenho é ‘binário’?

(6)

6

Vídeo

O Sentido da Vida

(7)

Vídeo

Suporte Técnico

As interfaces da Escrita

(LÉVY, 1993)

A impressão à primeira vista é sem dúvida um

operador quantitativo, pois multiplica as cópias.

Mas representa também a invenção, em algumas

décadas, de uma interface padronizada

extremamente original: página de título,

cabeçalhos, numeração regular, sumários, notas,

referências cruzadas.

Todos esses dispositivos lógicos, classificatórios e

espaciais sustentam-se uns aos outros no interior

de uma estrutura admiravelmente sistêmica.

(8)

8

Livro

Segmentação do saber em módulos;

Páginas uniformemente numeradas;

Sumários e índices;

Exame rápido do conteúdo;

Acesso não linear e seletivo ao texto;

Conexões a outros escritos (bibliografia)

(9)

Jornal

Adaptados a uma atitude de “atenção flutuante”;

No território quadriculado do livro precisamos

de índices, sumários, etc.

O leitor do jornal realiza diretamente uma

navegação a olho nu;

As manchetes chamam a atenção, dando uma

primeira ideia, pinçam-se aqui e ali algumas frases,

uma foto e, de repente, encontramos algo que

nos atrai.

(10)

10

Revista

Computador

Pacote terrivelmente redobrado, com pouquíssima

superfície que seja diretamente acessível em um mesmo

instante. A manipulação deve então substituir o sobrevoo.

Ferramentas

◦ Tela gráfica;

◦ Representação icônica (figurada) das estruturas de informação e dos comandos;

◦ Uso do mouse, permitindo agir sobre o que ocorre na tela; ◦ Menus que mostram as operações que se pode realizar;

(11)

Computador

(12)

12

Web

utilização média de endereços IPv4

(13)

Informação

Shannon e Weaver (1949, p.3) definem

informação como:

O que acrescenta algo a uma representação [...]

Recebemos informação quando o que

conhecemos se modifica. Informação é aquilo que

logicamente justifica alteração ou reforço de uma representação ou estado de coisas.

Esta definição, base da Teoria da Informação, foi

fundamental na construção dos primeiros

computadores eletrônicos.

Teoria Matemática da Comunicação

(Teoria da Informação)

Estou bem

País 1

País 2 Estou bemEstou mal Meu fim está próximo

(14)

14

Informação

Segundo Ruyer, (1972, p. 3):

A palavra ’informação’, em seu sentido usual, parece comportar, necessariamente, um elemento de consciência e de

sentido. [...] A informação, no sentido habitual do termo, é a transmissão a um ser consciente de uma significação, de uma noção, por meio de uma mensagem com base em um suporte espaço-temporal: imprensa, mensagem

telefônica, onda sonora, etc.

Informação

Xifra-Heras, 1974 (p. 26)

Sem dúvida, informar é dar uma forma ou um

suporte material a uma vivência pessoal ou a

uma imagem mental do emissor; mas não é só

isso. O suporte ou forma necessita de associar-se a uma

série de signos ou símbolos convencionais que

objetivem tal forma, de modo a torná-la transmissível.

O sujeito ativo transforma a imagem mental formalizada

(mensagem) numa série de signos (codificação) que se

transmitem para serem decifrados e interpretados pelo

sujeito receptor.

(15)

Informação e linguagem

Segundo Berlo (1997, p. 170)

A linguagem é um sistema e compreende

elementos e estruturas. Como em qualquer sistema,

podemos definir as unidades elementares e estruturais

em muitos níveis, conforme o objetivo. Em qualquer

nível, todavia, a linguagem abrange um conjunto de

símbolos (vocábulos) e métodos expressivos de

combinar essas unidades (sintaxe).

Informação e comunicação

Rector e Neiva (1995, p. 12)

A comunicação não é um termo e conceito isolado, mas

precisa ser considerado juntamente com informação e

significação. Comunicação só é possível gerada

pela informação e esta se supõe (e implica) que

seja significativa.

Wurnan (1991, p.138)

A informação é a matéria-prima que alimenta

toda a comunicação, pois a motivação básica de

qualquer comunicação está em transmitir de uma

mente para outra algo que será recebido como

(16)

16

Informação e conhecimento

Araújo (2002, p. 13)

[...] quando se afirma que existe uma relação entre informação e

conhecimento e que estes elementos podem provocar

transformações nas estruturas, estamos nos baseando na ideia de

que o nosso estado (ou nossos estados) de conhecimento sobre determinado assunto, em determinado momento, é representado por uma estrutura de conceitos ligados por suas relações; isto é, a nossa imagem do mundo, ou nossa visão de mundo. Quando constatamos

uma deficiência ou uma anomalia desse(es) estado(s) de conhecimento, encontramo-nos em estado anômalo de conhecimento. Ao tentarmos obter uma informação ou informações que corrigirão essa anomalia, criaremos um novo estado de conhecimento, que uma vez aplicado a determinada situação problemática, pode provocar uma nova situação ou uma transformação de estruturas.

Informação como coisa

Buckland (1991) identifica três principais usos do

termo “informação”:

Como processo - o ato de informar ou a comunicação do

conhecimento ou notícias sobre um fato ou ocorrência;

Como conhecimento - o que é percebido pela informação

enquanto processo, o conhecimento comunicado. Sua principal característica é a intangibilidade;

Como coisa - aquilo que é visto como informativo: objetos,

documentos, textos, dados ou eventos. A sua principal característica é a tangibilidade, sua materialidade.

A “informação como coisa” possui papel fundamental

em sistema de recuperação de informação.

(17)

Informação como coisa

McGarry (1999, p. 11)

[...] a informação deve ser ordenada, estruturada ou

contida de alguma forma, senão permanecerá amorfa e

inutilizável. [...] A informação deve ser representada para

nós de alguma forma, e transmitida por algum tipo de

canal. [...] a informação documentária pode estar contida

em qualquer coisa que uma pessoa escreva, componha,

imprimam desenhe ou transmita por meios similares.

Martínez Comeche (1998, p. 58)

[..] a informação apoia-se em um suporte,

independentemente do seu tradicionalismo milenar, visto

que qualquer mensagem precisa de um suporte para ser

transmitida, premissa básica para sua “utilidade informativa

A Ciência da Informação

Harold Borko

(18)

18

Ciência da Informação

A Revolução Industrial;

Novas invenções se seguiram durante o século XIX, a maioria delas ligadas à transmissão de informação.

◦ 1820 - desenvolvimento da fotografia

◦ 1840 - John Benjamin Dancer combinou a fotografia com a microscopia e se tornou o pioneiro da microfotografia e da microfilmagem.

◦ 1843 - Alexander Bain patenteou o primeiro aparelho de fax da história.

◦ 1876 - Alexander Graham Bell patenteou o seu telefone.

◦ 1877 - Thomas Edison criou a primeira máquina de gravar sons e em 1879 projetou a lâmpada elétrica.

Início do século XX - Paul Otlet apresenta o termo “Documentação” Em sua obra Paul Otlet mostra-se interessado em toda novidade tecnológica que permita condensar e organizar a informação de acordo com suas necessidades e objetivos

Ciência da Informação

Paul Otlet

(19)

Ciência da Informação

Disciplina que investiga as propriedades e o comportamento da

informação, as forças que regem o fluxo da informação e os meios de processamento da informação para acessibilidade e usabilidade ótimas. Está relacionada com o corpo de conhecimento que abrange a

origem, coleta, organização, armazenamento, recuperação, interpretação, transmissão, transformação e utilização da informação. Isto inclui a investigação das representações da informação nos sistemas naturais e artificiais, o uso de códigos para a transmissão eficiente de mensagem, e o estudo dos dispositivos e técnicas de processamento de informação tais como computadores e seus sistemas. É uma ciência interdisciplinar derivada

de e relacionada a vários campos tais como matemática, lógica, linguística,

psicologia, tecnologia da computação, pesquisa operacional, artes gráficas, comunicações, biblioteconomia, administração e outros campos similares.

Possui um componente de ciência pura, que investiga o assunto sem considerar suas aplicações, e um componente de ciência aplicada, que desenvolve serviços e produtos. (BORKO, 1968, p. 3).

Ciência da Informação

[...] a Ciência da Informação é um campo dedicado às

questões científicas e à prática profissional voltadas para

os problemas da efetiva comunicação do

conhecimento e de seus registros entre os seres

humanos, no contexto social, institucional ou individual

do uso e das necessidades de informação. No tratamento

destas questões são consideradas de particular interesse

as vantagens das modernas tecnologias informacionais.

(20)

20

A Ciência da Computação e sua relação com a Ciência da Informação

Ciência da Computação

Denning et al (1989, p. 12)

[…] o estudo sistemático de processos algorítmicos que descrevem e transferem informação: sua teoria, análise, projeto, eficiência, implementação e aplicação. A questão fundamental de toda a computação é: ‘O que pode ser (eficientemente) automatizado.

Fonseca Filho (1999, p. 13)

[...] um corpo de conhecimento formado por uma

infraestrutura conceitual e um edifício tecnológico onde se materializam o hardware e o software. A primeira fundamenta a segunda e a precedeu.

(21)

Information Retrieval

Termo criado em 1951 por Calvin Mooers:

Recuperação de informação é o nome para o processo ou

método pelo qual um potencial usuário de

informação é capaz de converter a sua necessidade de informação em uma lista de citações a

documentos armazenados contendo informações úteis a ele. [...]. Recuperação da informação abrange os

aspectos intelectuais da descrição das informações e sua especificação para a busca, e também qualquer sistema, técnica ou máquinas que são utilizadas para realizar esta operação. Recuperação da informação é crucial para documentação e organização do conhecimento (Mooers, 1951, p. 25).

Information Retrieval

A Recuperação de Informação se firmou como

uma área de pesquisa autônoma no seio da

Ciência da Computação, com um acelerado

desenvolvimento.

Para Saracevic (1999), a Recuperação de

Informação pode ser considerada a vertente

tecnológica da Ciência da Informação e é

resultado da relação desta com a Ciência da

Computação.

(22)

22

Informação x Computação

Ciência da Informação Ciência da Computação Recuperação de Informação Sugestão de Leituras

(23)

Sugestão de Leituras

SARACEVIC, T. RELEVANCE: A Review of and a

Framework for the thinking on the Notion in Information

Science. Journal of the American Society for

Information Science, nov-dec, 1975.

MIZZARO, Stefano. Relevance: the whole history. Journal

of the American Society for Information Science,

v.48, n.9, 1997

(24)

24

Referências

ARAÚJO, E. A. de. O fenômeno informacional na Ciência da Informação: abordagem teórico-conceitual. In: CASTRO, C. A. (Org.). Ciência da Informação e Biblioteconomia: múltiplos discursos. São Luís: EDFMA; EDFAMA, 2002. p. 11- 34.

BERLO, D. K. O processo da comunicação: introdução à teoria e à prática . 8ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BORKO, H. Information Science: What is it? American Documentation, v. 19, n. 1, 1968. p.3-5. BUCKLAND, M.K. Information as thing. Journal of the American Society of Information

Science, v.42, n.5, 1991. p.351-360.

DENNING, P.J. et al. Computing as a discipline. Communication of the ACM, v. 32, n. 1, 1989. p.9-23.

FONSECA FILHO, C. História da computação: teoria e tecnologia. São Paulo: LTr, 1999. LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. MARTÍNEZ COMECHE, J. A. El documento y las nuevas tecnologias: hacia una definición integradora. Investigación Bibliotecológica, v. 12, n. 25, p. 51-63, jul./dic. 1998.

McGARRY, K. O contexto dinâmico da informação: uma análise introdutória. Brasília: Briquet de Lemos, 1999.

MOOERS, C. Zatocoding applied to mechanical organization of knowledge. American

Documentation, v.2, n.1, 1951, p.20-32.

Referências

PERINI, Mário A. Sobre língua, linguagem e Linguística: uma entrevista com Mário A. Perini. ReVEL, v.8, n.14, 2010.

RECTOR, M.; NEIVA, E. (Org.) Comunicação na Era Pós Moderna. 2º ed. Petrópolis: Vozes, 1995.

RUYER, R. A cibernética e a origem da informação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972. SARACEVIC, T. Ciência da informação: origem, evolução e relações. Perspectivas em Ciência da

Informação, v.1, n.1, 1996, p.41-62.

SARACEVIC, T. Information Science. Journal of the American Society for Information

Science, v.50, n.12, 1999, p.1051-1063.

SHANNON, C. ; WEAVER, W. The MathematicalTheory of Communication. University of Illinois Press, 1949.

TENÓRIO, R.M. Cérebros e Computadores: a complementariedade analógico-digital na informática e na educação. São Paulo: Escrituras Editora, 1998.

WURMAN, R. S. Ansiedade de informação: como transformar informação em compreensão. São Paulo: Cultura, 1991.

XIFRA-HERAS, J. A informação: análise de uma liberdade frustrada. Rio de Janeiro: Lux; São Paulo: EDUSP, 1974.

Referências

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