-- Notas de Aula --
EMC410186 Simulação e Otimização de Sistemas Térmicos
Prof. Christian HermesInverno de 2018
4. Modelação de Equipamentos
i) Trocadores de Calor: Qualquer forma de superfície divisória Considere duas correntes de fluido trocando calor entre si através de uma superfície,
Da 1ª lei,
( )
mhHi,=Q+( )
mhH,o e( )
mhCi,+Q=( )
mhC,oResolvendo para Q , assumindo que não há mudança de fase, Q=CH
(
Ti−To)
H=CC(
To−Ti)
C =mcp
C capacidade térmica da corrente (W/K)
Da Lei de Newton (eq. fundamental - empírica), Q=U
(
TH−TC)
dA (*) • Ucoeficiente global de transferência de calor avalilado localmente • dAelemento de área associado à UNote que (*) pode ser usada para,
(
)
− = Q 0 H L s UT T Q A dimensionamento =
s(
−)
A 0 L H T dA T U Q análiseSe U e
(
T −H TL)
são conhecidos localmente, o problema de pode ser resolvido! Note ainda que a eq. fundamental pode ser resolvida ao definirmos,(
−)
(
−)
A L H s L H UT T dA A 1 T T U média espacial Assim,(
H L)
s T T U A Q = − Se U for uniforme em A, Q =UAs(
TH−TL)
=UAsTm- 2 - Definindo,
(
−)
=
(
−)
= A L H s L H m T T dA A 1 T TT diferença de temperatura média do trocador de calor Portanto, a eq. fundamental para U uniforme fica,
m s T UA Q= (**) onde,
(
)
(
)
C C , f w H , f H s hA 1 R R R hA 1 UA 1 + + + + =A efetividade da superfície depende da eficiência de aleta,
(
fin)
s fin s 1 A A 1− − = com(
− )
= T T h A q A base fin fin fin fin Arranjos Fundamentais e LTMDi) Correntes Paralelas ii) Contra-corrente
Note que =T1 TH,i−TC,i e =T2 TH,o−TC,o com 0 dTH enquanto dTC 0 Note que T1 =THi,−TC,o e T2 =TH,o−TCi, com dTH enquanto 0 dTC . 0 Em ambos os casos,
(
2 1)
(
2 1)
s ml 2 1 2 1 T T T T Q UA T ln T T ln T T − − = = LMTD (log-mean temp. diff.) Observações-
(i) é sempre menor que Tcc
T
cpi,(ii) Tml,cc é sempre maiorque
T
ml,cp mesmo
Q com menos As ($) para um mesmo UCasos especiais-
cte
T
T
T
C
C
H=
C
=
H−
C=
C
H
C
C
T
Hi,=
T
H,o=
T
HC
H
C
C
T
Ci,=
T
C,o=
T
C(i) (ii) (iii)
No caso (i),
(
T T)
C(
T T)
T T T T T T T T T T T TC
Q =H Hi,− H,o =C C,o− Ci, Hi,− H,o = C,o− Ci, 1= Hi,− C,o= H,o− Ci, = 2 m=
Nos casos de mudança de fase, (ii) e (iii),
(
) (
) (
) (
)
− − − − − = − − − − − = → → = = C o , H C i, H C o , H C i, H i, C H o , C H i, C H o , C H ml lv T T T T ln T T T T T T T T ln T T T T T C 0 T T C h m Q • Método F-LTMD Da eq. fundamental, cc , ml m cc , ml m T T F T UF Q T U Q A = = Tml,cc LMTD para um trocador de calor c-corrente ideal
(
)
=FP,R,config
F fator de correção (F=1 para trocador c-corrente, F<1 demais configurações)
• − − = i, C i, H i, C o , C max C T T T T T T
P efetividade do lado frio (razão entre calor trocado e máximo possível, C =C Cmin) • − − = i, C o , C o , H i, H H C T T T T C C
R razão entre capacidades térmicas
- 4 -
• Método da Efetividade (-Ntu) Efetividade- max Q Q
01 (indicador do desempenho térmico do trocador)
max
Q máxima taxa de calor possível, obtida para um trocador c-corrente de tamanho (A) infinito
Note que-
(
Hi, H,o) (
C C,o Ci,)
H T T C T T C Q= − = − Para CHCC(
) (
)
H,o Ci, max H(
Hi, Ci,)
A i, C o , C o , H i, H T T T limT T Q C T T T s − = → − − → Para CHCC
(
THi, TH,o) (
TC,o TCi,)
AlimTC,o THi, Qmax CC(
THi, TCi,)
s − = → − − →
Para CH=CC=C
(
THi, TH,o) (
TC,o TCi,)
AlimTH,o TCi,,TC,o THi, Qmax C(
THi, TCi,)
s − = → → − = − → Em todos os casos Tmax =THi,−TCi,. Assim, generalizando,
(
H C)
max min max min max max minC ,C T C T Q C TQ = = = Por que não Qmax= CmaxTmax?
Se, por hipótese, Cmax= , e se fosse possível CC T →C,o THi,, então:
(
)
(
) (
)
(
Hi, Ci,) (
Hi, H,o) (
Hi, Ci,)
H,o Ci, H C o , H i, H i, C o , C C o , H i, H H C T T T T T T T T C T T T T C T T C − = − − = − − − viola 2ª lei (da Termodinâmica)!
(
)
(
)
(
(
)
)
min max m s i, C i, H min i, C o , C C i, C i, H min o , H i, H H max C T T UA T T C T T C T T C T T C Q Q = − − = − − = = Repare nos seguintes grupos adimensionais- (i) min s C UA
número de unidades de transferência (Ntu) parâmetro de projeto (medida do tamanho térmico do trocador de calor em relação à quantidade de material – correntes – por ele processado) (ii) max min C C
razão de capacidade térmica (C) parâmetro de operação
(para uma corrente sofrendo mudança de fase, Cmax→C→0)
(iii) max m max C max H T T ; T T ; T
T parâmetros dependentes dos dois anteriores
(
)
=
Ntu,C,config. Kays & London
• Relações -Ntu
Para o arranjo em c-corrente, vimos que-
( ) (
H C)
H C(
H C)
H C H C H C Q Q 1 1 1 1 d T d T T dT dT Q U T T dA C C C C C C = − = − = − − − = − − = − − − (
)
− − = − − − − = − − C H H s 1 , C 1 , H 2 , C 2 , H H C H C H C H C C 1 C UA exp T T T T dA C U C C 1 T T T T d Mas,(
H C)
H H C H 2 , C 1 , H 2 , C 1 , C 2 , C 1 , H 2 , H 1 , H 1 , C 2 , C 2 , C 1 , H 2 , C 1 , H 1 , H 2 , H 1 , C 1 , H 2 , C 2 , H C C 1 1 1 1 T T T T 1 T T T T 1 T T T T T T T T T T T T − − = − − = − − − − − − = − + − − + − = − − (
)
(
)
− − − − − − = = − − − − − − = H C C s H C H C C s H C H C C H H s C H C H H s H C C 1 C UA exp C C 1 C C 1 C UA exp 1 C C C C 1 C UA exp C C 1 C C 1 C UA exp 1 (
)
(
)
− − − − − − = = = C 1 Ntu exp C 1 C 1 Ntu exp 1 C CC min C ou
(
(
)
)
− − − − − − = = = C 1 Ntu exp C 1 C 1 Ntu exp 1 C CH min H Casos limites-(i) Mudança de fase: C →C=0=1−exp
−Ntu(
1−C)
max
(ii) Trocador c-corrente balanceado: C=1regra de l’Hospital
Ntu 1 Ntu + =
- 6 - Invertendo as equações- 1 C 0 1 C 1 ln C 1 1 Ntu → − − − = 0 C 1 1 ln Ntu → = − = 1 C 1 Ntu → = − = Observações-
(i) e Ntu possuem uma relação assintótica para arranjo c-corrente: Ntu→0, →0 e Ntu→, →1 para qualquer C
(ii) aumenta com a redução de C para um dado Ntu
(iii) C não exerce influência significativa para 40%
(iv) No caso de mudança de fase (C = 0), as relações −Ntu são idênticas para qualquewr arranjo
• Trocadores Compactos
=
V
As fator de de compacidade [1/m] (compactos ≳100 m-1)
= f c A A fração de passagem = = f c f f c u A A u
u velocidade máxima no “core” = = s c c h A L A 4 P A 4 D diâmetro hidráulico =
Dh 4 relaciona os 3 parâmetros dos trocadores compactos!
Um balanço de energia em um VC hipotético em uma corrente do T.C. fornece,
(
)
(
)
(
(
)
)
ref s s i o c p i o p c ref s s A T T T T A Vc h St T T c VA T T hA − − = − = −(
o− i)
c T T A variação de T na corrente(
s− ref)
s T TA potencial de transferência de calor
( )
( )( )
=
=
Pr
Re
Nu
k
L
Vc
k
L
h
St
L L pNote que,
( )
= = → = = → = h T h s c min s min p T p D L 4 St Ntu L 4 D Ntu A A C UA Gc U St Gc hSt No. Stanton total
= h c s D L 4 A
A caminho livre de passagem → proporção entre Ntu e St!
Lembre que, para o escoamento laminar sobre placa plana (abaixo) -
2 3 L 2 3 L Nu f f St St Pr j Re Pr 2 Pr 2 = = = = fator j de Colburn = = 23 p 3 2 Pr Gc h Pr St
j parâmetro de desempenho (curva característica) p/ trocador compacto
• Perda de Carga e Potência de Bombeamento Da eq. do movimento, AcGdu+Acdp+sdAs =0
Com u= Gv
(
)
(
)
b b b 2 2 1 2 c c s s c 2 1 c b a 2 s a a a A G
dv A+
dp+
dA =A G v −v +A p −p + fG vA =0 2 2 s 1 a b a b 2 1 1 c A v v p p p G 2 1 f v v A − = − = − + Mas, h c s D L 4 A A = vv1 v2 2 h G 4L p f 2 D Potência de bombeamento- = = p f f p p p A u p V- 8 -
• Projeto termo-hidráulico
Considere um trocador em que há mudança de fase. Na corrente que não muda de fase,
Eq. Gibbs
(
)
− + − = − − = o i i o i o p p h h s s T dp dh Tds 1ª lei m Q h h h m Q h m i o o i + = − = 2ª lei (Termodinâmica) + = − = + + g s i o o g s i T S Q m 1 s s s m S T Q s m 2ª lei (Dinâmica) c s i o s c i c i A A p p A A p A p = + − =− c s p s s min min S c s g w A A c T T T T T C Q C S N A A m Q S T Q m T + − = = − = + Mas, Ntu C Q A h Q T T min s s = = − e Ntu Ntu 1 T T Ntu 1 T C Q T T T T C Q T T T 2 2 s 2 s min s s min 2 s s = = = − − = s i o T TT diferença de temperatura adimensional (depende do processo) Ntu T h u c A u UA T h u h u u h A A c T c p c c s c c c c s p = = Ainda, 2 1 c 2f u = , h=uccpSt, St=jPr−23 c 2c 2 3 p u u f f f Ec Ec Pr hT c T 2St 2St 2 j = = = = T c u Ec p 2
c No. Eckert modificado ( T no lugar de T)
Lembre que, da analogia de C.L. → f 2 j
Para trocadores com j(Re) e Cf(Re) paralelos f c cte 2 j → + = Ntu j 2 C Pr Ec Ntu N 2 23 f S (**) 2 2 3 S f opt 2 1 2 1 3 N C 2 j 0 Ec Pr 0 Ntu Ntu Ntu 2St Ec Pr f = − + = =
(
)
opt 1 2 1 3 2 jC 0 1 exp Ntu 1 exp
Ec Pr f = = − − = − − 1 →
não garante o projeto ótimo!
Você gostará de ler o artigo: Hermes CJL, Conflation of epsilon-Ntu and EGM design methods for heat exchangers with uniform wall temperature, Int. J. Heat and Mass Transfer 55 (2012) 3812–3817
ii) Bombas e Ventiladores: promovem a elevação da pressão do fluido de trabalho, deslocando-o Hipóteses: regime permanente, escoamento incompressível
1a lei →
(
1 2)
(
1 2)
p 2 1 2 2 W +m h+ V +gz =m h+ V +gz (
) (
)
p 1 2 1 2 2 1 2 1 2 2 W pv V gz pv V gz u u m + + + = + + + − 2a lei →( )
( )
g g 2 1 1 2 S ms S ms s s m + = − = Gibbs →(
)
g 2 1 2 1 TS du Tds pdv dv 0 u u T s s m = − = − = − = p 1 2 1 2 g 2 2 2 1 W p V gz p V gz TS m m = + + − + + + p Wm trabalho de bombeamento específico
g
TS
m perdas por atrito Em geral, 2 p V H z g 2g = + + altura de elevação 2 1 H H H
= − elevação de carga (“head”)
g L TS H gm = perda de carga p L W H H mg
= + → curva característica (lado) Ainda- p p p s W W bhp T = = com 2 N 60 = bhp→ “break horse power”
BEP→ “best efficiency point”
Análise dimensional: H ou bhp f , ,V, ,D,g=
(
)
2
D Ta=
No. Taylor (Reynolds rotacional)
Q 3 V C D = coef. vazão H 2 2 g H C D = coef. carga W 3 5 bhp C D = coef. potência
- 10 - Similaridade- 3 3 1 2 V V D D = 2 2 2 2 1 2 H H D D = 3 5 3 5 1 2 bhp bhp D D = p p 1 5 1 5 1 2 1 1 D D − − Moody (1926)
(
)
1 2 1 2 Q s 3 4 3 4 H C V C g H = geralmente avaliada na BEP → caracteriza o desempenho da bomba
Cavitação: pressão de sucção < pressão de vapor → bolhas de vapor colapsam no rotor
2 sat inlet p p V NPSH g 2g g + −
NPSH net positive pressure head
Bomba afogada atm sat
(
)
1 2 L min p p NPSH z z H NPSH g − = + − −
Ponto de operação Associação em paralelo i i V=
V Associação em série i i H=
Hiii) Compressores Alternativos → elevam pressão do gás com redução de volume, deslocando-o
1a lei → i o o i W mh W mh h h m + = = − 2a lei → g i g o o i o i S ms S ms s s s s m + = − = Gibbs → s s s
(
s o)
s o s i i o o o o Tds= dh− vdpdp 0= T s −s =h −h =h − + −h h h
- 12 - g i o S s s ; m − = − rev s i W h h ; m − = h hi o W m − = − W Wrev TSg m = m + m