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Educ. rev. vol.28 número3

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Academic year: 2018

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O terceiro número do Volume 28 de Educação em Revista oferece ao leitor um conjunto de 12 textos, sendo 11 artigos e uma resenha, que tratam de diferentes temáticas do campo da Educação. Os editores organizaram a sequência dos textos a partir de quatro grandes eixos, a saber: o sistema universitário e os rumos da produção intelectual no Brasil; o trabalho docente; a diversidade e a inclusão na escola; e a história da educação.

No primeiro bloco de artigos, o sistema universitário brasileiro está em foco. Em O PNPG 2011-2020: os desaios do país e o sistema nacional de pós-graduação, Francisco César de Sá Barreto e Ivan Domingues apresentam de forma detalhada os fundamentos e as diretrizes do Plano Nacional de Pós-graduação desenvolvido pela CAPES para a década de 2011 a 2020. Algumas das tabelas apresentadas no texto de Sá Barreto e Domingues indicam a importância da produção intelectual dos professores dos programas de pós-graduação. É justamente a forma dessa produção intelectual que está escrutinada em O intelectual universitário e seu trabalho em tempos de “pesquisa administrativa”, de Lucídio Bianchetti e Antônio Álvaro Soares Zuin. Nesse texto, os autores tomam como objeto de pesquisa a produção intelectual dos professores universitários brasileiros na atualidade e, a partir do mote publish or perish e do pensamento de Theodor Adorno, analisam criticamente a publicação enquanto mercadoria cultural. Os dois textos tomados em conjunto inspiram relexões que podem ser complementares. Analisar criticamente o PNPG passa, necessariamente, pela relexão sobre as formas de produção intelectual.

Os três textos do segundo bloco colocam em evidência o trabalho docente. Valeska Nahas Guimarães, Sandro Vieira Soares e Maria Denize Henrique Casagrande são os autores de Trabalho docente voluntário em uma universidade federal: nova modalidade de trabalho precarizado? Nesse texto, eles investigam a realidade de uma instituição pública federal e concluem que nela não há uma política especíica para o trabalho docente voluntário, o que pode ser um importante alerta para avaliarmos outras instituições no Brasil. Elie Ghanem é o autor de Inovação educacional em pequeno município – o caso Fundação Casa Grande (Nova Olinda, CE, Brasil). O autor apresenta alguns fatores importantes

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na geração da inovação educacional, entre eles o tempo de experiência proissional dos educadores. No texto Educação proissional e proeja: processos de adesão e resistência à implantação de uma experiência, os autores Andressa Aita Ivo e Álvaro Hypólito reletem sobre a implantação de um curso de PROEJA em uma escola agrícola federal. Ao longo do texto, os autores salientam impactos dos processos de adesão e resistência docente no desempenho dos alunos.

No terceiro bloco, a diversidade é o eixo que perpassa os três textos. No primeiro deles, o que está em evidência é a diversidade sexual, no texto de José Manuel Peixoto Caldas, Laura Fonseca, Soia Almeida e Lígia Almeida, que tem como título Escuela y diversidad sexual – ¿que realidad? Os autores analisaram questões relacionadas à diversidade sexual e homofobia em escolas de Portugal e concluem que a maioria dos jovens apresenta uma atitude desfavorável em relação a pessoas LGBT. Concluem também que as escolas não estão preparadas para enfrentar a questão da diversidade sexual. No texto Dever de casa, espelho de desigualdades educacionais e sociais, Tânia de Freitas Resende apresenta dados de uma pesquisa microssociológica sobre desigualdades “espelhadas na prática social” dos deveres de casa. Ao longo do texto, a autora relete sobre a prescrição e a realização dos referidos deveres. Jörg Mussmann e Nádia Azevedo discutem no texto Fonoaudiologia e pedagogia especial em um sistema escolar inclusivo na Alemanha a questão dos distúrbios da fala e da linguagem em contexto alemão e argumentam a favor de uma pedagogia inclusiva.

No último bloco de textos, o que está em evidência é a história da educação. Cláudia Alves relete sobre a importância da história da educação no processo de formação docente no texto O educador e sua relação com o passado. Marlos Bessa Mendes da Rocha é o autor do texto A lei brasileira de ensino Rivadávia Corrêa (1911): paradoxo de um certo liberalismo. O autor salienta que a lei Rivadávia Corrêa é a expressão de um paradoxo entre um liberalismo do “livre ensino” e um estado “propositor” e “garantidor”. No texto As reformas necessárias ao ensino secundário brasileiro nos anos 1950, segundo a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Katya Zuquim Braghini e Bruno Bontempi Junior analisam artigos publicados na RBEP nos anos 1950 para tentar compreender

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o “novo padrão de ensino secundário” para a época. Eustáquio José de Souza Júnior é autor da resenha sobre o livro de Carlos Monarcha intitulado Brasil arcaico escola nova: ciência, técnica e utopia nos anos 1920-1930. Segundo o autor da resenha, o livro salienta que “[...] a elevação humana proclamada pelo ensino clássico, corporiicado pela igura de Herbart, cederia lugar à nova perspectiva que se ocuparia em proporcionar respostas pragmáticas às demandas das elites brasileiras”. Fica o convite à leitura do livro.

Sérgio Cirino, Ana Galvão, Geraldo Leão, Júnia Sales, Manuela David e Zélia Versiani

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