• Nenhum resultado encontrado

Tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular aguda pela técnica de Vukov *

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular aguda pela técnica de Vukov *"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular aguda pela técnica de Vukov

*

ARNALDO AMADO FERREIRA NETO1, OLAVO PIRES DE CAMARGO1, ARNALDO AMADO FERREIRA FILHO1, AMÉRICO ZOPPI FILHO1, EDUARDO BENEGAS1

* Resumo de Dissert. de Mestrado pela FMUSP. Trab. realiz. pelo Grupo de Ombro e Cotovelo do Inst. de Ortop. e Traumatol. do Hosp. das Clín.

da Fac. de Med. da USP.

1. Méd. Assist. do Inst. de Ortop. e Traumatol. do HC-FMUSP.

RESUMO

Vinte e dois pacientes com luxação acromioclavicular aguda (LACA) do grau III da classificação de Allman- Tossy foram tratados pela técnica de Vukov (sutura da clavícula no ligamento coracoacromial) de março de 1994 a janeiro de 1995. Vinte e um eram do sexo masculino (95,5%); a idade variou de 17 a 62 anos (média de 30 anos e dois meses); o traumatismo direto ocorreu em 19 casos (86,4%) relacionados principalmente a acidentes viários (54,5%). O tempo médio de seguimento foi de dez meses e 15 dias. Em 16 pacientes (72,7%) a deformidade era au- sente, 19 (86,4%) não tinham dor e em 18 (81,8%) a cla- vícula era estável. No exame radiográfico pós-operatório a clavícula estava reduzida em 16 casos, em três (13,6%) o desvio era parcial e em três (13,6%) era total. Em oito casos (36,3%) ocorreram calcificações ectópicas infracla- viculares e três (13,6%) apresentaram capsulite adesiva.

O resultado final, considerando aspectos clínicos e ra- diográficos, foi bom em 15 casos (68,1%), regular em dois (9,1%) e mau em cinco (22,7%).

SUMMARY

Surgical treatment of acute acromioclavicular dislocation by the Vukov procedure

Twenty-two patients with acute acromioclavicular dislo- cation, grade III of Allman-Tossy were treated by the Vukov procedure (clavicle suture on the coracoacromial ligament) from March 1994 to January 1995. Twenty-one were male

(95.5%), ages varying from 17 to 62 (mean age: 30 years and 2 months). Direct trauma occurred in 19 cases (86.4%), specially in accidents in vehicles (54.5%). Follow-up ranged from 3 to 16 months (mean: 10 months and 15 days). 16 of the patients (72.7%) did not have a clavicle dislocation, 19 (86.4%) were free of pain, and 18 (81.8%) had a stable cla- vicle. According to the post-op radiographic examination, the clavicle was reduced in 16 patients, dislocation was par- tial in 3 (13.6%), and dislocation was total in 3 (13.6%). 8 patients (36.3%) were observed to have ectopic infraclavi- cular calcifications, and 3 (13.6%) presented adhesive cap- sulitis. Considering clinical and radiographic aspects, re- sults were good in 15 cases (68.1%), regular in 2 cases (9.1%), and poor in 5 cases (22.7%).

INTRODUÇÃO

O tratamento da luxação acromioclavicular aguda (LACA), grau III, da classificação de Allman-Tossy(1,73), é ainda um tema controvertido. Embora existam trabalhos que referem função normal em articulações cuja luxação não foi reduzi- da(4,48,70), a presença de uma luxação inveterada pode, com o tempo, provocar importantes perturbações na estabilização dinâmica, na força muscular do ombro(55) e no mecanismo de deslizamento subacromial.

Entre aqueles que acreditam no tratamento cirúrgico como a melhor forma de tratar a LACA, vários são os tipos de estabilização da articulação acromioclavicular (AAC), como o uso de fios de Kirschner, pregos de Steinmann, parafusos, etc.(8,61,83). Essas fixações, ainda que eficientes, além das di- ficuldades técnicas a elas inerentes e das possíveis compli- cações relacionadas com a presença do material de síntese, exigem que este, na maioria das vezes, seja retirado em uma segunda intervenção.

Como conseqüência, as técnicas que utilizam as próprias estruturas ligamentares locais associadas a fixações com

(2)

materiais de fácil obtenção e que, além disso, não precisem ser retirados, vêm sendo, cada vez mais, do interesse de to- dos os que tratam essas lesões(55,79,83).

Dessa forma, procuramos avaliar a técnica de Vukov, que consiste basicamente na firme fixação da clavícula ao liga- mento coracoacromial por meio de pontos feitos com fios resistentes, aparentemente mais simples de ser executada e menos sujeita a possíveis complicações.

CASUÍSTICA E MÉTODO

A casuística deste trabalho é constituída de 22 ombros de 22 pacientes com diagnóstico de LACA do grau III, subme- tidos ao tratamento cirúrgico pela técnica de Vukov(79), no período de março de 1994 a janeiro de 1995. A idade variou de 17 a 62 anos (média de 30 anos e dois meses), o lado direito foi o mais atingido (68,2%), acometendo principal- mente os pacientes do sexo masculino (21 – 95,5%). Quanto à causa do traumatismo, encontramos grande incidência de acidentes viários (54,5%), tais como de moto (seis – 27,3%), de carro (três – 13,6%), de bicicleta (três – 13,6%). As outras causas foram queda simples (sete – 31,8%), queda de altura (dois – 9,1%), e atropelamento (um – 4,5%). O tipo de trau- matismo mais comum foi o direto (trauma direto sobre a re- gião súpero-lateral do ombro) em 19 pacientes (86,4%). To- dos os pacientes apresentavam dor à palpação da extremida- de acromial da clavícula, dor à movimentação do ombro bem como a deformidade característica que a LACA produz, na qual a saliência da clavícula na região superior do ombro lhe dá o aspecto de “ombro caído”. Todos os pacientes apresen- tavam o “sinal da tecla” e mobilidade anormal ântero-poste- rior. Três apresentavam escoriações nos ombros. Nenhum pa- ciente apresentou lesão vasculonervosa associada. O ombro

afetado e o contralateral foram radiografados nas incidên- cias ântero-posterior sem e com tração axial, para a classifi- cação das luxações e controle da fixação da clavícula. Todas as luxações eram do tipo III, segundo a classificação de All- man-Tossy(1,73).

Técnica cirúrgica

Os pacientes foram submetidos a anestesia geral, sendo posicionados com coxim colocado sob a escápula do lado a ser operado, a mesa cirúrgica em posição de cadeira de praia.

Após a incisão na pele e a dissecção do tecido celular subcu- tâneo, a fáscia trapeziodeltóidea é seccionada, e os músculos deltóide e trapézio são desinseridos da clavícula e acrômio (1cm). A AAC é aberta para inspeção do disco articular, que deve ser extirpado se está lesado. Se íntegro, deve ser preser- vado, pois poderá ser usado como reforço para a sutura do ligamento acromioclavicular. O ligamento coracoacromial é então exposto após a dissecção do tecido gorduroso subcla- vicular. É feita a exérese de 5 a 8mm da extremidade acro- mial da clavícula seguindo a inclinação da face articular do acrômio (fig. 1). A seguir são feitos três orifícios, com broca de 2,5mm de diâmetro, nas bordas anterior e posterior da extremidade acromial da clavícula, transfixando-a em senti- do craniocaudal e distantes entre si cerca de 10mm (fig. 1).

A clavícula é reduzida alinhando sua cortical superior com a do acrômio e fixada com fios inabsorvíveis (Ethibond 5 ou Mersilene 0 triplo), no ligamento coracoacromial, previa- mente passados nos três orifícios da borda anterior. O mús- culo trapézio é reinserido na clavícula com fios inabsorví- veis (Mersilene 0 duplo) nos orifícios posteriores (fig. 2).

Posteriormente, o músculo deltóide bem como a fáscia tra- peziodeltóidea e o ligamento acromioclavicular são reinseri- dos na clavícula firmemente com pontos simples separados de fio inabsorvível (Mersilene nº 0).

Fig. 1 Fig. 2

(3)

Pós-operatório

Após a alta hospitalar o paciente permanece com imobili- zação do tipo tipóia de malha tubular até completar a pri- meira semana. Esta imobilização é substituída por uma ti- póia simples e o paciente é orientado para realizar a flexo- extensão ativa do cotovelo e não elevar ativamente o ombro.

A mobilização passiva (elevação do ombro) inicia-se na 3ª semana, de maneira progressiva, até completar sua amplitu- de total (180º) na 8ª semana. A partir de então os exercícios de fortalecimento muscular são iniciados e intensificados os exercícios para ganho de amplitude (pendulares, polia, etc.).

Após a 12ª semana o paciente é submetido ao exame radio- gráfico na incidência ântero-posterior com tração axial para confirmação da estabilização da clavícula, sendo-lhe permi- tida a volta às atividades normais.

Os casos foram avaliados segundo os seguintes critérios clínicos: presença ou não de deformidade, presença ou não de dor à palpação do local operado e durante a movimenta- ção do ombro, estabilidade da clavícula, mobilidade articu- lar, retorno às ocupações habituais e satisfação do paciente.

Para avaliar a posição da clavícula radiograficamente uti- lizamos a incidência ântero-posterior com tração axial bila- teral, classificando-a segundo Allman-Tossy em: sem desvio (a clavícula e o acrômio estavam alinhados); desvio parcial (havia desvio superior da extremidade acromial da clavícula em cerca de 50% em relação à altura da face articular do acrômio) e desvio total (havia desvio superior da extremida- de acromial da clavícula, maior ou igual a 100%, em relação à face articular do acrômio). O exame radiográfico também permitiu avaliar a presença de calcificações ectópicas.

Do ponto de vista estatístico usamos o teste t de Fisher, com nível de significância no valor de 5% (α = 0,05), para avaliarmos a presença dos desvios parcial ou total em rela- ção ao retorno precoce às ocupações habituais e à presença de calcificações infraclaviculares em relação ao tempo de espera para o tratamento cirúrgico.

Com a finalidade de avaliar os pacientes de maneira global, consideramos os seguintes critérios clínicos e radiográficos:

ausência ou presença da dor à movimentação do ombro; au- sência ou presença da estabilidade da clavícula; e posição da clavícula em relação ao acrômio no exame radiográfico.

Dessa forma, os critérios foram reunidos em três grupos:

bom – ausência de dor à movimentação, a clavícula apresen- ta-se estável e sem desvio em relação ao acrômio; regular – ausência, ou presença de dor fraca à movimentação, a claví- cula apresenta-se estável e com desvio parcial em relação ao acrômio; mau – presença de dor forte à movimentação, ou a

clavícula apresenta-se instável ou com desvio total em rela- ção ao acrômio.

RESULTADOS

As análises clínica, radiográfica e estatística pós-operató- rias, bem como a análise global dos resultados, foram feitas após seguimento que variou de três a 16 meses (tempo mé- dio: dez meses e 15 dias).

A deformidade estava presente em seis casos (27,3%);

somente um paciente tinha dor fraca à palpação da extremi- dade acromial da clavícula; entretanto, três apresentavam dor à movimentação (dois, dor fraca e um, dor forte). Em 18 pacientes (81,8%) a clavícula era estável. A mobilidade do ombro, em relação ao lado contralateral, era normal na maioria dos pacientes. Somente dois relataram diminuição dos movimentos do ombro, que resultaram em retorno a suas ocupações habituais com restrições. Em média, nossos paci- entes retornaram a suas ocupações habituais em dois meses e 15 dias (tempo mínimo, um mês e máximo, seis meses), e a grande maioria ficou satisfeita com o tratamento (21 – 95,5%).

Segundo a avaliação radiográfica da posição da clavícula em relação ao acrômio, os resultados obtidos foram: sem desvio – 16 (72,7%), com desvio parcial – três (13,6%) e com des- vio total – três (13,6%). Também observamos, em oito pa- cientes (36,4%), calcificações ectópicas infraclaviculares.

Não foram estatisticamente significantes a relação do re- torno precoce às ocupações habituais e a tendência de desvio da clavícula (Fisher, p = 0,0536) e a relação entre o tempo decorrido entre as datas do trauma e do ato operatório e a tendência de formação das calcificações ectópicas infracla- viculares (Fisher, p = 0,24556).

As complicações encontradas foram: infecção superficial em seis casos (27,3%) e capsulite adesiva em três (13,6%).

A avaliação global final foi: bom: 15 (68,1%); regular:

dois (9,1%) e mau: cinco (22,7%).

DISCUSSÃO

A AAC forma, juntamente com a articulação esternocla- vicular e as estruturas musculoligamentares adjacentes, o mecanismo suspensor da escápula que suporta, em condi- ções normais, não só o peso do membro superior, mas tam- bém resiste às fortes trações nele exercidas em situações de sobrecarga(15,55,83).

Lesões da AAC que comprometem aquele mecanismo sus- pensor, dependendo da sua extensão, podem ocasionar per- turbações funcionais (fadiga muscular e síndrome do impac-

(4)

to), alterações nervosas (por tração do plexo braquial) e de- generativas da AAC(55,83). Entretanto, ainda que a importân- cia da integridade da AAC seja nesse contexto reconhecida, hoje, como no passado, a necessidade de sua reparação é contestada por muitos(22,77).

Hipócrates & Galeno(65), que na Antigüidade descrevem com precisão a LACA e indicam a forma de tratá-la por meio de bandagens contensivas, semelhantes às utilizadas nos nos- sos dias(1,37,50,72), relatam a dificuldade em manter a redução obtida, bem como o desconforto de tais imobilizações.

A LACA constitui 12% das luxações que ocorrem no cín- gulo escapular e é mais comum nos indivíduos jovens, acon- tecendo principalmente na 3ª e 4ª décadas da vida(65) confor- me pudemos também observar em nossa casuística (68,3%).

O traumatismo direto na região látero-superior do ombro é o mais comum mecanismo causador dessas lesões, em concor- dância com o que ocorreu em nossos casos(35,58,76). É interes- sante salientar a alta incidência que tivemos de acidentes viários (motocicleta, carro e bicicleta – 54,5%)(6,9,24).

Em relação ao sexo, a predominância para nós foi dos ho- mens (95,5%), que, segundo Rockwood & Young(65), pode atingir proporções de 5:1 até 10:1. Esta suscetibilidade dos indivíduos do sexo masculino por esse tipo de lesão certamen- te é inerente à sua maior exposição aos traumatismos violentos.

No exame clínico observamos a deformidade peculiar a essa luxação, que provoca saliência da clavícula na região superior do ombro, dando-lhe o aspecto de “ombro caído”(65). Também observamos o “sinal da tecla” e a mobilidade ânte- ro-posterior anormal, características da LACA, o que já é visível à inspeção e completa a avaliação da magnitude da lesão. É importante salientar que não observamos lesões vas- culonervosas em nossos pacientes, apesar da alta incidência de traumatismos de alta energia decorrentes de acidentes viá- rios (54,5%)(6,24,39).

Do ponto de vista radiográfico a extensão da lesão pode ser avaliada utilizando a tração axial do membro superior(44). Rockwood & Young(65) valorizam a medida da distância co- racoclavicular, relacionando-a com a presença de lesão não só ligamentar, mas também das inserções dos músculos del- tóide e trapézio. Embora concordando com esses autores, não nos preocupamos em medi-la, uma vez que o grau III da clas- sificação de Allman-Tossy(1,73) engloba as variantes descritas por aqueles autores(70) e, ainda mais, sendo todos casos de indicação cirúrgica, as lesões podem ser avaliadas no ato ope- ratório. Convém salientar que as lesões das inserções dos músculos deltóide e trapézio sempre ocorrem, em maior ou

menor grau, na LACA do grau III e que na técnica de Vukov a reinserção destas estruturas é sempre realizada.

Vários autores relatam bons resultados com o tratamento conservador da LACA do grau III(4,48,70), porém outros obser- vam complicações importantes, como deformidade perma- nente, dor durante a prática esportiva ou aos grandes esfor- ços, fraqueza muscular, além da maior dificuldade na recons- trução cirúrgica dos casos que, não reparados na fase aguda, tiveram que ser tratados na fase crônica(6,10,40,50). Também observamos em nossa prática diária vários casos de dor e disfunção do cíngulo escapular em pacientes que tiveram a LACA do grau III tratada conservadoramente. Dessa forma, indicamos o tratamento cirúrgico(42,49,67), que restaura o me- canismo suspensor da escápula(55,83) e possibilita o desbrida- mento articular, que é procedimento importante não só para a redução anatômica da clavícula(10,40,46), mas também para evitar alterações artrósicas futuras(18,59).

Desde Cooper(16), considerado o primeiro a realizar uma reparação cirúrgica da LACA, vários são os métodos cirúrgi- cos citados na literatura. Podemos esquematizá-los em: fixa- ção acromioclavicular com fios resistentes não metálicos de sutura ou fios flexíveis de aço(16,80); fixação transarticular com fios de Kirschner ou parafusos(7,11,67,74); fixação coracoclavi- cular com parafuso(9,43,66,84); ou cerclagem subcoracóidea(32,

38,54); transferências musculotendíneas(3,5,21,30); artrodese da AAC(60,71) e procedimentos que associam duas ou mais técni- cas diferentes(12-14,25,31,35,41,47). Entretanto, tais procedimentos, do ponto de vista da técnica operatória, nem sempre são de fácil execução e, além disso, podem levar a complicações relacionadas com o material de síntese, tais como: quebra, migração, soltura, erosão da clavícula decorrente da passa- gem de fios flexíveis de aço ou próteses ligamentares de dá- cron sobre a clavícula, alterações artrósicas da extremidade acromial da clavícula nas fixações transarticulares com fios de Kirschner e, até mesmo, complicações nervosas transitó- rias(1,7,37,38,40,43,59,62,66).

Da mesma forma que a procura do melhor método de fixa- ção da clavícula se tornou um desafio, o maior conhecimen- to da função estabilizadora das estruturas ligamentares adja- centes à AAC mostrou a importância de sua reparação ou de sua reconstrução(12,27,39,44,52,56,57,62,68,76,81,82). Convém salientar também a importância da função estabilizadora da muscula- tura local, representada pelos músculos deltóide e trapézio que, juntamente com o ligamento acromioclavicular, são es- tabilizadores primários da AAC. Assim, sua firme reinserção e sutura são passos imprescindíveis no tratamento cirúrgico da LACA(11,35,45,76,79,82).

(5)

Conseqüentemente, as técnicas que utilizam as estruturas ligamentares vizinhas, associadas às fixações com materiais de fácil obtenção e que não precisam ser retirados, estão, cada vez mais, sendo empregadas(25,79,83).

Uma das complicações, não só do método conservador co- mo também do cirúrgico, são as alterações degenerativas pre- coces da AAC, cujo tratamento consiste na exérese da extre- midade acromial da clavícula(33,53). Com o objetivo de preve- nir esta complicação tardia, alguns autores passaram a indi- car a exérese da extremidade acromial da clavícula já no tratamento da lesão aguda(79,81-83). Este procedimento pode ser prejudicial à força muscular do ombro(1,84); entretanto, muitos autores acham que ela não é danosa, desde que a cla- vícula esteja fixada firmemente(17,65,78,79,83).

A deformidade à inspeção constatada no PO teve seu cor- respondente clínico na instabilidade encontrada à palpação, caracterizada pelo desvio parcial ou total da extremidade acromial da clavícula, em relação ao acrômio, que é medido no exame radiográfico. Em nossa casuística observamos esta associação clínico-radiográfica em quatro pacientes (18,1%), o que consideramos um número excessivo e cuja explicação mais provável é a soltura ou afrouxamento dos fios de fixa- ção da clavícula. Não está afastado, ainda que não conside- remos provável, o esgarçamento ou mesmo a secção, pelos referidos fios de sutura, do ligamento coracoacromial. En- tretanto, em dois pacientes, embora existissem a deformida- de e a imagem radiográfica correspondente (desvio parcial), semelhante ao encontrado na literatura(24,25,38,39), não houve instabilidade, o que provavelmente aconteceu pela fibrose local.

Ainda com relação ao exame radiográfico, observamos cal- cificações ectópicas infraclaviculares presentes ao nível dos ligamentos coracoclaviculares e acromioclavicular, em oito pacientes (36,3%), porém sem relação com os achados clíni- cos(9,39,50,68,81,84). Também não encontramos relação entre as calcificações e o tempo de espera decorrido entre o trauma e o ato operatório que, estatisticamente, não foi significante (p

> 0,05).

A dor à palpação esteve presente em um paciente e à mo- vimentação em três; entretanto, eles não apresentavam de- formidade. Seis pacientes que apresentaram deformidade à inspeção não tinham dor à palpação ou à movimentação, o que corresponde aos achados da literatura(2,6,24,36,82).

A mobilidade articular foi normal na maioria de nossos pacientes(9,23,24,31,38,39,45,50-52,56,67,68,79,80,82,83). Entretanto, somen- te dois tiveram seus movimentos articulares diminuídos de- vido a uma capsulite adesiva secundária. O primeiro pacien-

te recusou-se a realizar o tratamento que propusemos e o segundo recuperou parcialmente os movimentos após o exa- me de pneumoartrografia para diagnóstico da capsulite ade- siva, que neste caso atuou como forma de tratamento(85).

Uma de nossas preocupações foi quanto ao retorno às ocupações habituais, uma vez que, feita a fixação da clavícula, o PO torna-se mais confortável sem a necessidade do uso de imobilizações. Isto permite o retorno gradual às atividades leves, ainda que com restrições. Por outro lado, o retorno irrestrito, inclusive para os esportes de contato físico, para Morrison & Lemos(51) deve só ser permitido após seis meses de PO, em oposição a outros autores(45,68). Nossos pacientes retornaram a suas ocupações habituais em período médio de dois meses e 15 dias, tempo este superior ao descrito por Vukov(79), Nascimento et al.(54) e Fernandes et al.(25). Em nossa casuística, dos seis pacientes que tiveram perda da redução, quatro retornaram a suas ocupações habituais entre um e dois meses e 15 dias (três – desvio parcial e um – desvio total).

Acreditamos que a atividade física precoce desses pacientes, ainda que eles não tivessem sido liberados para tal, influiu diretamente na perda da redução da clavícula, pois, embora estatisticamente esta relação não tenha sido significante, o valor obtido foi próximo da significância (p = 0,0536).

As complicações estiveram presentes em 40,9% de nossos pacientes, o que consideramos excessivo, como também fo- ram observadas por vários autores(24,26,38,42,62,68,75). A infecção ocorreu em seis pacientes (27,3%), valor este superior ao encontrado por Fernandes et al.(25). Em dois pacientes ela foi superficial, não provocando deiscência da sutura da pele e, em quatro, ainda que superficial, houve deiscência. Convém salientar que a antibioticoterapia adequada e os curativos diá- rios superaram essa complicação, que não interferiu nos re- sultados(25).

Outra complicação observada foi a capsulite adesiva (três – 13,6%) já mencionada na literatura(8,9,24-26,51). Bosworth(9) relaciona esta complicação com a fixação coracoclavicular e a cerclagem subcoracóidea, que Fernandes et al.(25) conside- ram ser causada por uma provável tendinite provocada pelo traumatismo direto. Em nossos três casos, todos vítimas de traumatismo direto, acreditamos mais na possibilidade de uma contusão das estruturas nervosas vizinhas (nervo axilar ou supra-escapular), como a causa desta complicação, ainda que tenha sido excluída uma lesão nervosa periférica pelo exame eletroneuromiográfico em dois casos.

Vinte e um dos 22 pacientes ficaram satisfeitos com o tra- tamento, mostrando que, como na literatura(9,24,36,38,39,50,68,81, 82,84), não há relação entre os achados clínicos e os radiográfi-

(6)

cos. Entretanto, isto não significa que os pacientes que não tiveram a sua clavícula suficientemente estabilizada não pos- sam no futuro apresentar disfunções do cíngulo escapular.

Com a finalidade de avaliar seus casos, vários autores ado- tam um sistema de pontuação para classificar os resultados(36,

39,41,42,45,79). Sem dúvida, a criação de diferentes formas para avaliar os resultados finais se deve à dificuldade em correla- cionar os dados clínicos e radiográficos. O exemplo disto está nos pacientes satisfeitos com o tratamento, não obstante apresentem a clavícula instável e desviada. Embora cons- cientes desta dificuldade, também procuramos realizar uma avaliação global, baseada nos critérios clínicos – dor, incapa- citante ou não, à movimentação do ombro e estabilidade da clavícula – e no critério radiográfico, que avalia a posição da clavícula em relação ao acrômio. Acreditamos, assim, poder avaliar objetivamente os resultados, sem fugir da proposta de estabilizar a clavícula para restaurar o mecanismo suspen- sor da escápula. Dessa forma, em nossa avaliação global os resultados foram considerados bons em 68,1%, regulares em 9,1% e maus em 22,7%. A soma dos resultados bons e regu- lares, que representam as clavículas estáveis, totaliza 77,3%, valor inferior ao encontrado por Vukov(79) e Fernandes et al.(25). É importante salientar que um de nossos casos, embora ti- vesse a clavícula estável e sem desvio, apresentou dor forte à movimentação do ombro, em conseqüência da capsulite ade- siva, sendo desta forma classificado como resultado mau.

Do ponto de vista prático, a técnica de Vukov revelou-se de fácil execução e, ainda que não saibamos quais as altera- ções que possam ocorrer no ligamento coracoacromial, su- pomos ser ele ainda utilizável, no caso de necessidade de uma revisão cirúrgica, conforme preconizam Neviaser, R.J.(56) e Weaver & Dunn(82).

CONCLUSÕES

1. A técnica de Vukov apresenta uma taxa elevada de per- da da redução com instabilidade da clavícula;

2. Os achados clínico e radiográfico não influem no re- sultado final;

3. O tempo decorrido entre a lesão e o ato operatório não influi no aparecimento das calcificações infraclaviculares;

4. O retorno precoce às ocupações habituais leva a uma tendência de perda da redução da clavícula.

REFERÊNCIAS

1. Allman, J.R.: Fractures and ligamentous injuries of clavicle and its ar- ticulation. J Bone Joint Surg [Am] 49: 774-784, 1967.

2. Anzel, S.H. & Streitz, W.L.: Acute acromioclavicular injuries. Clin Or- thop 103: 143-149, 1974.

3. Bailey, R.W.: A dynamic repair for complete acromioclavicular joint dislocation. J Bone Joint Surg [Am] 47: 858, 1965.

4. Bannister, G.C., Wallace, W.A., Stableforth, P.G. et al: The management of acute acromioclavicular dislocation. J Bone Joint Surg [Br] 71: 849- 850, 1989.

5. Berson, B.L., Gilbert, M.S. & Green, S.: Acromioclavicular dislocations.

Clin Orthop 135: 157-164, 1978.

6. Bjerneld, H., Hovelius, L. & Thorling, J.: Acromio-clavicular separa- tion treated conservatively. Acta Orthop Scand 54: 743-745, 1983.

7. Bloom, F.A.: Wire fixation in acromioclavicular dislocation. J Bone Joint Surg 27: 273-276, 1945.

8. Bosworth, B.M.: Acromioclavicular separation: new method of repair.

Surg Gynecol Obstet 73: 866-871, 1941.

9. Bosworth, B.M.: Acromioclavicular dislocation: end results of screw suspension treatment. Ann Surg 127: 98-111, 1948.

10. Bowers, R.F.: Complete acromioclavicular separation. J Bone Joint Surg 17: 1005-1010, 1935.

11. Bundens, W.D. & Cook, J.I.: Repair of acromioclavicular separations by deltoid-trapezius imbrication. Clin Orthop 20: 109-115, 1961.

12. Bunnell, S.: Fascial craft for dislocation of acromioclavicular joint. Surg Gynecol Obstet 46: 563-564, 1928.

13. Carrell, W.B.: Dislocation at the outer end of clavicle. J Bone Joint Surg 10: 314-315, 1928.

14. Carrera, E.F. & Pereira, E.S.: Tratamento da luxação acromioclavicular pela transferência do ligamento coracoacromial. Rev Bras Ortop 27:

671-674, 1992.

15. Codman, E.A.: The shoulder: rupture of the supraspinatus tendon and other lesions in or about the subacromial bursa, Florida, Robert E. Krie- ger, 1984. 513p.

16. Cooper, E.S.: New method of treating long-standing dislocations of sca- pulo-clavicular articulation. Am J Med Sci 41: 389, 1861 apud Bowers, R.F.: Complete acromioclavicular separation. J Bone Joint Surg 17:

1005-1010, 1935.

17. Cook, F.F. & Tibone, J.E.: The Mumford procedure in athletes: an ob- jective analysis of function. Am J Sports Med 16: 97-100, 1988.

18. Cox, J.S.: The fate of the acromioclavicular joint in athletic injuries. Am J Sports Med 9: 50-53, 1981.

19. Dawe, C.J.: Acromioclavicular joint injuries. J Bone Joint Surg [Br] 62:

269, 1980.

20. Depalma, A.F.: “Dislocations of the shoulder girdle”, in Surgery of the shoulder, 3rd ed., Philadelphia, J.B. Lippincott, 1983. Cap. 12, p. 428- 444.

21. Dewar, F.P. & Barrington, T.W.: The treatment of chronic acromio-cla- vicular dislocation. J Bone Joint Surg [Br] 47: 32-35, 1965.

22. Dias, J.J., Steingold, R.F., Richardson, R.A. et al: The conservative treat- ment of acromioclavicular dislocation: review after five years. J Bone Joint Surg [Br] 69: 719-722, 1987.

23. Dumontier, C., Sautet, A., Man, M. et al: Acromioclavicular disloca- tions: treatment by coracoacromial ligamentoplasty. J Shoulder Elbow Surg 4: 130-134, 1995.

24. Ejeskär, A.: Coracoclavicular wiring for acromioclavicular joint dislo- cation: a ten year follow-up study. Acta Orthop Scand 45: 652-661, 1974.

25. Fernandes, M.R., Fernandes, R.J. & Lech, O.: Luxação acromioclavicu- lar grau III: tratamento pela técnica de Vukov. Rev Bras Ortop 30: 669- 673, 1995.

(7)

26. Ferris, B.D., Bhamra, M. & Paton, D.F.: Coracoid process transfer for acromioclavicular dislocations: a report of 20 cases. Clin Orthop 242:

184-187, 1989.

27. Fukuda, K., Craig, E.V., An, K. et al: Biomechanical study of ligament system of the acromioclavicular joint. J Bone Joint Surg [Am] 68: 434- 439, 1986.

28. Galeno apud Rockwood Jr., C.A. & Young, D.C.: “Disorders of acro- mioclavicular joint”, in Rockwood Jr., C.A. & Matsen, F.A. (eds.): The shoulder, Philadelphia, Saunders, 1990. p. 413-468.

29. Galpin, R.D., Hawkins, R.J. & Grainger, R.W.: A comparative analysis of operative versus nonoperative treatment of grade III acromioclavi- cular separations. Clin Orthop 193: 150-155, 1985.

30. Grossi, C.A., Pardini Junior, A.G. & Chaves, R.L.: Tratamento cirúrgico da luxação acromioclavicular. Rev Bras Ortop 9: 165-173, 1974.

31. Grønmark, T.: Surgical treatment of acromioclavicular dislocation. Acta Orthop Scand 47: 308-310, 1976.

32. Guiotti Filho, J. & Borges, C.A.: Luxação acromioclavicular tipo III:

tratamento cirúrgico. Rev Bras Ortop 27: 645-647, 1992.

33. Gurd, F.B.: The treatment of complete dislocation of outer end of the clavicle: an hitherto undescribed operation. Ann Surg 113: 1094-1097, 1941.

34. Hipócrates apud Rockwood Jr., C.A. & Young, D.C.: “Disorders of acro- mioclavicular joint”, in Rockwood Jr., C.A. & Matsen, F.A. (eds.): The shoulder, Philadelphia, Saunders, 1990. p. 413-468.

35. Horn, J.S.: The traumatic anatomy and treatment of acute acromio-cla- vicular dislocation. J Bone Joint Surg [Br] 36: 194-201, 1954.

36. Imatani, R.J., Hanlon, J.J. & Cady, G.W.: Acute complete acromioclavi- cular separation. J Bone Joint Surg [Am] 57: 328-331, 1975.

37. Jacobs, B. & Wade, P.A.: Acromioclavicular joint injury: an end-result study. J Bone Joint Surg [Am] 48: 475-486, 1966.

38. Kappakas, G.S. & McMaster, J.H.: Repair of acromioclavicular separa- tion using dacron prosthesis graft. Clin Orthop 131: 247-251, 1978.

39. Kawabe, N., Watanabe, R. & Sato, M.: Treatment of complete acromio- clavicular separation by coracoacromial ligament transfer. Clin Orthop 185: 222-227, 1984.

40. Kennedy, J.C. & Cameron, H.: Complete dislocation of the acromio- clavicular joint. J Bone Joint Surg [Br] 36: 202-208, 1954.

41. Lancaster, S., Horowitz, M. & Alonso, J.: Complete acromioclavicular separations: a comparison of operative methods. Clin Orthop 216: 80- 88, 1987.

42. Larsen, E., Nielsen-Bjerg, A. & Christensen, P.: Conservative or surgi- cal treatment of acromioclavicular dislocation. J Bone Joint Surg [Am]

68: 552-555, 1986.

43. Lazcano, M.A., Anzel, S.H. & Kelly, P.J.: Complete dislocation and sub- luxation of acromioclavicular joint: end result in seventy-three cases. J Bone Joint Surg [Am] 43: 379-391, 1961.

44. Liberson, F.: The role of the coracoclavicular ligaments in affections of shoulder girdle. Am J Surg 44: 145-157, 1939.

45. Lizaur, A., Marco, L. & Cebrian, R.: Acute dislocation of the acromio- clavicular joint: traumatic anatomy and the importance of deltoid and trapezius. J Bone Joint Surg [Br] 76: 602-606, 1994.

46. Moffat, B.W.: Separation of the acromioclavicular joint. Surg Gynecol Obstet 41: 73-74, 1925.

47. Meyerding, H.W.: The treatment of acromioclavicular dislocation. Surg Clin North Am 17: 1199-1205, 1937.

48. McDonald, P.B., Alexander, M.J., Frejuk, J. et al: Comprehensive func- tional analysis of shoulder following complete acromioclavicular sepa- ration. Am J Sports Med 16: 475-480, 1988.

49. McLaughlin, H.L.: Treatment of complete acromioclavicular disloca- tion: panel discussion, an instructional course lecture of the American Academy of Orthopaedic Surgeons. J Bone Joint Surg [Am] 44: 1008- 1012, 1962.

50. Millbourn, E.: On injuries to the acromio-clavicular joint: treatment and results. Acta Orthop Scand 19: 349-382, 1950.

51. Morrison, D.S. & Lemos, M.J.: Acromioclavicular separation, recons- truction using synthetic loop augmentation. Am J Sports Med 23: 105- 110, 1995.

52. Moshein, J. & Elconin, K.B.: Repair of acute acromioclavicular dislo- cation utilizing the coracoacromial ligament. J Bone Joint Surg [Am]

51: 812, 1969.

53. Mumford, E.B.: Acromioclavicular dislocation: a new operative treat- ment. J Bone Joint Surg 23: 799-802, 1941.

54. Nascimento, N.S., Carneiro, J.G., Araújo Junior, D.C. et al: Luxação acromioclavicular: tratamento cirúrgico com prótese artificial para par- tes moles. Rev Bras Ortop 28: 775-778, 1993.

55. Neer II, C.S.: “Dislocations”, in Shoulder reconstruction, Philadelphia, Saunders, 1990. Cap. 4, p. 341-355.

56. Neviaser, J.S.: Acromioclavicular dislocation treated by transference of the coracoacromial ligament: a long-term follow-up in series of 112 cases. Clin Orthop 58: 57-68, 1968.

57. Neviaser, R.J.: Injuries of the clavicle and acromioclavicular joint. Or- thop Clin North Am 18: 433-438, 1987.

58. Nielsen, W.B.: Injury to the acromioclavicular. J Bone Joint Surg [Br]

45: 207, 1963.

59. Park, J.P., Arnold, J.A., Coker, T.P. et al: Treatment of acromioclavicular separations: a retrospective study. Am J Sports Med 8: 251-256, 1980.

60. Pinheiro, S.A.: Novo método para tratamento cirúrgico da luxação acro- mioclavicular. Rev Bras Ortop 28: 771-774, 1993.

61. Phemister, D.B.: The treatment of dislocation of the acromio-clavicular joint by open reduction and threaded-wire fixation. J Bone Joint Surg 24: 166-168, 1942.

62. Post, M.: Current concept in diagnosis and management of acromio- clavicular dislocation. Clin Orthop 200: 234-247, 1985.

63. Powers, J.A. & Bach, P.J.: Acromioclavicular separations: closed or open treatment. Clin Orthop 104: 213-223, 1974.

64. Rockwood Jr., C.A.: “Subluxations and dislocations about the shoul- der”, in Rockwood Jr., C.A. & Green, D.P.: Fractures, 2nd ed., Philadel- phia, J.B. Lippincott, 1984. p. 860-910.

65. Rockwood Jr., C.A. & Young, D.C.: “Disorders of acromioclavicular joint”, in Rockwood Jr., C.A. & Matsen, F.A. (eds.): The shoulder, Phi- ladelphia, Saunders, 1990. p. 413-468.

66. Rosenørn, M. & Petersen, E.M.: A comparison between conservative and operative treatment of acute acromioclavicular dislocation. Acta Orthop Scand 45: 50-59, 1974.

67. Roper, B.A. & Levack, B.: The surgical treatment of acromioclavicular dislocation. J Bone Joint Surg [Br] 64: 597-599, 1982.

68. Shoji, H., Roth, C. & Chuinard, R.: Bone block transfer of coracoacro- mial ligament in acromioclavicular injury. Clin Orthop 208: 272-277, 1986.

69. Sternick, M.B., Farias Filho & Carvalho, M.I.O.C.: Luxação acromio- clavicular: estudo prospectivo. Rev Bras Ortop 26: 308-312, 1991.

(8)

70. Taft, T.N., Wilson, F.C., Oglesby, W. et al: Dislocation of the acromio- clavicular joint: an end results study. J Bone Joint Surg [Am] 69: 1045- 1051, 1987.

71. Teixeira, R.J.M., Lavecchia, D.S., Fanton, A.L. et al: Tratamento cirúr- gico da luxação acromioclavicular aguda. Rev Bras Ortop 22: 121-126, 1987.

72. Thorndike Jr., A. & Quigley, T.B.: Injuries to acromioclavicular joint: a plea for conservative treatment. Am J Surg 55: 250-261, 1942.

73. Tossy, J.D., Mead, N.C. & Sigmond, H.M.: Acromioclavicular separa- tions: useful and practical classification for treatment. Clin Orthop 28:

111-119, 1963.

74. Toumey, J.W.: Surgery of the acromioclavicular joint. Surg Clin North Am 29: 905-912, 1949.

75. Tsou, P.M.: Percutaneous cannulated screw coracoclavicular fixation for acute acromioclavicular dislocations. Clin Orthop 243: 112-121, 1988.

76. Urist, M.R.: Complete dislocation of the acromioclavicular joint: the nature of the traumatic lesion and effective methods of treatment with an analysis of forty-one cases. J Bone Joint Surg 28: 813-837, 1946.

77. Urist, M.R.: The treatment of dislocation of the acromioclavicular joint:

a survey of the past decade. Am J Surg 98: 423-431, 1959.

78. Urist, M.R.: Follow-up notes on article previously published in the jour- nal: complete dislocation of the acromioclavicular joint. J Bone Joint Surg [Am] 45: 1750-1753, 1963.

79. Vukov, W.: “Clinical experience with a new way of clavicle fixation in acromioclavicular injuries”, in Post, M., Morrey, B.F. & Hawkins, R.J.

(eds.): Surgery of the shoulder, St. Louis, Mosby, 1990. p. 98-100.

80. Wakeley, C.P.G.: Stabilization of acromio-clavicular joint. Lancet 2: 708- 710, 1935.

81. Warren-Smith, C.D. & Ward, M.W.: Operation for acromioclavicular dislocation: a review of 29 cases treated by one method. J Bone Joint Surg [Br] 69: 715-722, 1987.

82. Weaver, J.K. & Dunn, H.K.: Treatment of acromioclavicular injuries, especially complete acromioclavicular separation. J Bone Joint Surg [Am] 54: 1187-1194, 1972.

83. Weinstein, D.M., McCann, P.D., McIlveen, S.J. et al: Surgical treatment of complete acromioclavicular dislocations. Am J Sports Med 23: 324- 331, 1995.

84. Weitzman, G.: Treatment of acute acromioclavicular joint dislocation by a modified Bosworth method. J Bone Joint Surg [Am] 46: 1167- 1178, 1967.

85. Zoppi Filho, A.: Tratamento da capsulite adesiva pela distensão hidráu- lica: estudo de 45 ombros tratados, Tese de Doutorado, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, 1994. 70p.

Referências

Documentos relacionados

Em outras palavras, a Revista tenta abrir caminhos para alcançar a "igualdade" entre brancos e negros através da exaltação de atributos naturalizados que, pensados

Para o primeiro caso, e no quadro do Império Português, Souto (2011) aponta que, mesmo com o 25 de Abril, houve alas que, de forma aberta, mostraram a necessidade de manu- tenção

Sobre a entrevista concedida pelo presidente da Comissão Municipal de Empresários de Macaé, observou-se que logo ao ser provocado sobre qual a importância que o

Self-Monitoring Blood Glucose improves glycemic control among patients with Type 2 Diabetes without intensive treatment: a systematic review and meta-analysis of

O presente trabalho evidenciou fibrose miocárdica em pacientes na forma indeterminada da doença de Chagas, em frequência e extensão semelhantes ao grupo classificado como

(1998) verifi caram um deslocamento anterior da maxila e uma rotação posterior da mandíbula durante a disjunção e protração maxilar, o que produziu uma melhora no perfi l

O presente estudo se propôs a rever a literatura sobre os seguintes aspectos referentes à protração maxilar: 1) A terapia mais utilizada para a protração maxilar em