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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS

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Elis Regina do Carmo Gomes

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Orientadora

Profª. Maria da Conceição Maggioni Poppe

RIO DE JANEIRO

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS

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Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Saúde da Família.

Por: Elis Regina do Carmo Gomes

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1..1 AGRADECIMENTOS

À Deus, nosso Pai Maior, que com Seu Infinito Amor, permitiu a oportunidade de eu conquistar um título e subir mais um degrau na importante escada do conhecimento.

... Antonio Carlos, meu marido

e companheiro, que com muita

paciência, colaborou com o

resultado do trabalho.

(4)

DEDICATÓRIA

Aos meus filhos Nathália

Fernanda, Antonio Neto e

Leonardo Geovani e a minha

neta Maria Eduarda que

sofreram as abdicações de

tempo e a repressão da calma

no lar.

(5)

Eu creio em mim mesmo. Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família.

Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos.

Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros

e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito.

Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe.

Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.

Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo.

Não caluniarei aqueles que não gosto.

Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem.

Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz.

Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão.

Mahatma Gandhi

(6)

RESUMO

O presente trabalho de pesquisa aborda a importância do profissional Assistente Social no setor de Recursos Humanos na atividade empresarial. Em uma perspectiva da saúde dos colaboradores, suas famílias na relação social educacional empresa-colaborador. Assim, a partir de alguns breves apontamentos sobre a história do surgimento da profissão e suas possibilidades de atuação na atividade empresarial. Para um entendimento sobre este campo de atuação profissional, ao longo deste trabalho tratam-se da origem das organizações, características das organizações empresariais ou empresas e os elementos clássicos de administração que permeiam toda sua existência. Estas notações tornam- se precisas pela singularidade e especificidade destas organizações diferentemente das organizações públicas e sociais. Em seguida, as prerrogativas profissionais do Assistente Social e a sua concreta contribuição neste setor. Ao final, conclui-se que é interessante a presença deste profissional nas atividades empresariais uma vez que os ganhos desta intermediação ocorrem dos dois lados, empresa- colaborador e suas famílias.

Palavras-chave: profissional Assistente Social; Empresa; Colaborador e Saúde da Família.

(7)

METODOLOGIA

Este trabalho de pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica.

Em Larosa & Ayres (2005, p. 35):

Pesquisas bibliográficas: permitem ao pesquisador obter conhecimento para a solução do problema através da busca referente ao assunto estudado em documentos, livros, etc.

publicados. Pode atuar como parte de outras formas de pesquisa ou de forma independente.

Retiradas idéias principais e mencionadas valiosas citações de vários autores: para apresentar um histórico do Serviço Social, contribuíram Faleiros, Iamamoto & Carvalho, Mota, Netto e Vieira.

Na área empresarial e em Recursos Humanos, destacam-se Bernardes, Chiavenato e Maximiano; aprofundando o estudo buscado em Castel, Kondo e Robbins.

Eles apresentam as estratégias administrativas, relatam as funções e a importância do colaborador produzir com a melhor possibilidade de lucro para a empresa.

Acosta, Sales e Sarti deram suas ricas contribuições para estudar a importância de família na atuação profissional de um colaborador nas organizações empresariais.

Foco principal desta pesquisa teve relevante colaboração na proposta de apresentar a importância da atuação do Assistente Social no setor de Recurso Humanos para proporcionar aos colaboradores da empresa uma figura de confiança como ponto de referência na solução de suas dificuldades, sendo extensivo aos seus familiares.

Foram usados recursos de Internet para atualizarem dados e enriquecer a pesquisa.

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Larosa & Ayres conduziram, com facilidade, os passos para a produção deste trabalhado, tanto orientando na busca por um material adequado e científico, quanto na formatação de maneira simples e clara.

Outra consideração que não pode ficar sem ser mencionada é a importância que todo o material do curso Saúde da Família teve, não só para a conclusão desta pesquisa, mas também para a especialização profissional. Todo o conteúdo é referência para atuação do dia a dia.

]

(9)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 9

CAPÍTULO I ... 11

BREVE APONTAMENTO HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL ... 11

CAPÍTULO II ... 16

ORIGEM DAS ORGANIZAÇÕES ... 16

2.1- CARACTERÍSTICAS DE UMA EMPRESA ... 20

2.2- CONCEITUAÇÃO DOS ELEMENTOS CLÁSSICOS DE ADMINISTRAÇÃO ... 24

CAPÍTULO III ... 31

O ASSISTENTE SOCIAL NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS ... 31

3.1- AS PRERROGATIVAS DO ASSISTENTE SOCIAL ... 32

3.2- MOTIVAÇÃO PARA OS COLABORADORES ... 35

3.3- BENEFÍCIO PARA O COLABORADOR E BEM ESTAR PARA A SUA FAMÍLIA ... 36

CONCLUSÃO ... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO ... 43

(10)

INTRODUÇÃO

Mais recentemente as empresas apresentam um novo olhar para administrar seus recursos. Entre estes, dinheiro, bens, créditos e seus colaboradores. Assim, destaca-se importância da humanização no trato com seus colaboradores.

Essa postura empresarial abre novas perspectivas para o mercado de trabalho de atuação profissional do Assistente Social no setor de Recursos Humanos.

Com formação generalista, o Assistente Social está preparado para desenvolver projetos no universo, em diversos segmentos de atividades.

Assim, este profissional deve investir no conhecimento das organizações empresariais e principalmente pesquisar naquela que é de seu interesse, conhecer sua dinâmica, as áreas de atuação desta empresa, bem como, todos seus colaboradores e suas funções.

Desta forma existe uma grande possibilidade do profissional se destacar e ser valorizado, porque é deste perfil que o mercado precisa e vai ocupar.

A proposta deste trabalho de revisão bibliográfica é contribuir na percepção de perspectivas no mercado de trabalho para o assistente social nas empresas com vistas à saúde e bem estar de seus colaboradores e seus familiares.

Para desenvolver melhor esse tema, o primeiro capítulo, tratará de um breve apontamento histórico dessa profissão.

(11)

No capítulo dois, uma abordagem sobre a origem das organizações, as características da atividade empresarial com as empresas e a conceituação dos elementos clássicos de administração que fundamentam a operacionalização destas organizações.

No capítulo três, trata-se da importância e contribuição do profissional Assistente Social no setor de Recursos Humanos de uma organização empresarial e suas prerrogativas profissionais.

Assim, percebe-se nos dias atuais, o Assistente Social, reúne habilidades e competências em trabalhar com pessoas no ambiente empresarial, formando vínculos e mediações.

Está cada vez mais, sendo requisitado nestas organizações. Numa ação cada vez mais consolidada e integrada às estratégias das empresas estruturadas numa política de bom relacionamento entre empresa e colaborador.

(12)

CAPÍTULO I

BREVE APONTAMENTO HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL

Colhidos do esboço de uma interpretação histórico-metodológica Iamamoto & Carvalho (2004) é referência para as considerações da história.

O Serviço Social surge da iniciativa particular de grupos de pessoas, que se manifestam principalmente de forma caritativa, ações sociais, por intermédio da Igreja Católica configurando-se um caráter missionário.

Dentro da perspectiva profissional de apostolado social, a vocação de servir era concebida como uma escolha, com origem de um chamado, justificado por motivações de ordens éticas, religiosas ou políticas. Assim, só podendo aderir religiosas dotadas de certas aptidões particulares e dispostas a engajar toda a sua vida em um projeto que, antes de ser um trabalho, era uma missão.

Dessa imagem deriva-se o caráter missionário da figura do profissional que vem desenvolvendo suas atividades nas qualificações da linha divisória da profissão que se desencadeia por motivações puramente pessoais e idealistas.

No período compreendido de 1917 a 1920, tornou-se clara para a sociedade a existência da "questão social" e da necessidade de procurar soluções com políticas sociais no campo da proteção social. Associadas às necessidades de segurança individuais e familiares, que podem ser satisfeitas pela intervenção de atores públicos e privados. A proteção social é uma ação coletiva para proteger indivíduos contra os riscos inerentes à vida humana com necessidades geradas em diferentes momentos históricos.

(13)

No Brasil, surge em 1920, a Associação das Senhoras Brasileiras, no Rio de Janeiro e em 1923 a Liga das Senhoras Católicas em São Paulo, compostas por representantes da alta burguesia. A Juventude Operária Católica - JOC, Juventude Estudantil Católica e Juventude Independente Católica, Juventude Universitária Católica e Juventude Feminina Católica. O Centro de estudos e Ação Social de São Paulo.

Com relação à educação a primeira escola foi a Escola de Serviço Social de São Paulo foi fundada em 1936. O Centro de Estudos de Ação Social - CEAS é considerado como manifestação original do Serviço Social no Brasil, e surgiu em 1932. Fundou centros operários que serviam como organismos transitórios na medida em que cediam lugar a associações de classe que seriam fundadas e comandadas pelas "elites operárias".

Em 1935, através da lei n° 2497 de 24 de dezembro de 1935, foi criado o Departamento de Assistência Social do Estado, subordinado à Secretaria de Justiça e Negócios Interiores. Em 1938 é organizada a Seção de Assistência Social. Em São Paulo a demanda se centraliza, no Departamento de Serviço Social do Estado.

A Fundação Leão XXIII surge em 1946, tem como base a criação de Centros de Ação Social - CAS. Atendendo casos individuais, dos lazeres educativos e da educação popular e formal, atendem uma população abandonada e carente de qualquer infra-estrutura social ou assistencial.

Ainda em 1946, nasceu efetivamente o Serviço Social da Indústria - SESI, uma entidade de direito privado, mantida e administrada pela indústria.

Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do industriário e seus dependentes, suas atividades sempre incluíram a prestação de serviços em saúde, educação, lazer, cultura, nutrição e promoção da cidadania.

Um marco importante e mais recente para a área do Serviço Social no Brasil foi a redemocratização política. Esta de forma lenta e gradual foi desencadeada na primeira metade dos anos 80. Todo esse processo culminou

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na elaboração da Carta Magna, a Constituição da República Federativa do Brasil de outubro de 1988. Resultou em condições objetivas para importantes discussões do processo contra-revolucionário desencadeado nos anos 60-70.

A profissão de Assistente Social surgiu no Brasil na década de 1930.

O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953.

O Serviço Social teve a sua regulamentação no Brasil, pela Lei nº.

3.252 de 27 de agosto de 1957, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, revogada pela Lei nº. 8.662 de 07 de junho de 1993, que legitima o Conselho Federal de Serviço Social - CFESS e Conselhos Regionais, vigorando até os dias atuais.

Para exercer a profissão, o profissional necessita obter diploma em curso de graduação em Serviço Social. Oficialmente reconhecido e registrado no Conselho Regional de Serviço Social – CRESS, no estado onde pretende atuar.

Iamamoto, (1997, p. 14), define como objeto do Serviço Social nos seguintes termos:

Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem, se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade.

(15)

[...] ... a questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho cotidiano do assistente social.

Com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, o Serviço Social se destaca com inúmeros desafios, na era pós-reconceituada nos anos 90 em contextos de enfraquecimento do poder do regime militar e discussões sobre a redemocratização política da sociedade brasileira.

Esses desafios se tornaram possíveis com um conjunto de legislações sociais edificadas com a conquista da democracia. Legislações que amparam inúmeras conquistas sociais, entre elas pode-se destacar:

§ Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Lei nº 7.853 de 24 de outubro de 1989 e o Decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999, asseguram à Pessoa Portadora de Deficiência (PPD), o pleno exercício de seus direitos básicos;

§ Sistema Único de Saúde - SUS, regulamentado pelas Leis N.º 8080 de 19 de setembro de 1990 e Nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990; Leis

Orgânicas da Saúde, com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde a todo cidadão;

§ Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente;

§ Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei Nº 8742, de 07 de dezembro de 1993, dispõe sobre a universalização dos direitos sociais;

§ Lei de Diretrizes e Bases, Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

(16)

§ Implantação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, em 2005 integrando a Assistência Social à Seguridade Social, juntamente com Saúde e Previdência Social;

§ Estatuto do Idoso, Lei No 10.741, de 1º de outubro de 2003, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;

§ Lei Maria da Penha, Lei No 11.340 de 07 de agosto de 2006, cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher; entre outras.

O Código de Ética do Assistente Social, que veio se atualizando ao longo da trajetória profissional. Em 1993, após um rico debate com o conjunto da categoria em todo o país, foi aprovada sua quinta versão, instituída pela Resolução 273 de 13 de março de 1993 do CFESS.

O Código representa a dimensão ética da profissão, tendo caráter normativo e jurídico, delineia parâmetros para o exercício profissional, definem direitos e deveres dos Assistentes Sociais, buscando a legitimação da profissão e a garantia da qualidade dos serviços prestados.

Com esses suportes jurídicos e o novo contexto da sociedade brasileira, a maioria dos profissionais assistentes sociais atua nos setores públicos, desenvolvendo campanhas de saúde, educação e recreação.

Nas organizações empresariais, por sua vez, pode-se prestar assessoria na área de Recursos Humanos, desenvolvendo e promovendo políticas de saúde e bem estar para os seus colaboradores e sua família.

Na continuação deste trabalho de pesquisa aborda-se um pouco esse tipo de organização que entende-se como empresa.

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CAPÍTULO II

ORIGEM DAS ORGANIZAÇÕES

Perde-se no tempo o início da vida do homem em grupo ou em sociedade. Com as condições rudes da natureza, a sua sobrevivência exige um esforço que, em muitos momentos, supera as suas forças individuais. Desde muito tempo, prevalece a necessidade da convivência em grupo ou em associação, o que em muito contribui para a sua sobrevivência.

SegundoBernardes(1993, p. 16):

Bem cedo o homem (sic) percebeu que tarefas simples como a caça seriam mais eficientes se levadas a efeito coletivamente, uns espantando os animais, outros os dirigindo para armadilhas, onde eram mortos por terceiros. Nasceu, assim, uma associação de pessoas que tinha por função atender a necessidade de obter alimentos, cuja base era a colaboração mútua e a divisão do trabalho, de acordo com a especialização de cada membro.

Essa vida associativa ou em grupo lembra os ditos populares, por exemplo, a "união faz a força". As dificuldades se revelam menores quando compartilhadas por mais pessoas do que sozinhas.

Essa vida em grupo ou em associação, já nos primeiros momentos, acontece para atender às necessidades de alimentação, moradia e proteção contra ataques de animais ferozes, inimigos e acontecimentos naturais. Essas necessidades são básicas que, com o agrupamento ou associação, possibilitam ao homem uma vida mais segura e confortável.

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Neste aspecto, Vieira (1978, p. 127) contribui confirmando que:

concordam os cientistas sociais que, em todos os tempos, o grupo se revelou necessário à sobrevivência do homem.

Os seres humanos não vivem juntos ou em sociedade apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. Essa condição de vida conforme Koenig (1975) é tão essencial ao homem que não é possível imaginá-lo fora de um grupo.

Quando acontece uma mobilização ou agrupamento de pessoas para conseguir realizar determinados objetivos, surge uma associação que é considerada uma organização. Esta possui objetivos comuns entre seus membros e mobiliza recursos materiais e financeiros. Estes recursos são bens, equipamentos, instalações, estoques, capital e pessoas. Aplica-se no trato destes recursos à disposição uma forma adequada de melhor utilizá-los para se obter determinado resultado conforme Maximiano (2000).

O autor Silva (1997, p. 19) afirma que:

Não podemos imaginar a existência de uma empresa (visando lucros) ou entidade (sem fins lucrativos) sem o concurso da administração, pois não podemos alcançar um fim sem usar os meios, e uma das vias que nos conduzem ao objetivo das empresas ou entidades é a administração.

Esses grupos ou associações no início constituíam pequeno número e com uma extensa variedade de funções que, sendo necessárias para a sobrevivência humana, acompanham sua trajetória.

(19)

Relatando esses períodos conforme Vieira (1978), inicialmente foram as sociedades patriarcais formadas por extensas famílias e, a partir da era cristã, os grupos profissionais, após, as irmandades e as associações caritativas.

Na evolução natural e dinâmica da sociedade, de forma marcante como conseqüência do processo de industrialização e urbanização, multiplicaram-se os grupos existentes. Estes são as atuais organizações, com objetivos os mais variados, como empresas, atividades profissionais, artísticas, esportivas, comunitárias, atendendo assim, a uma gama de necessidades sociais, contribuindo para o bem-estar e a promoção da vida humana.

No conceito de AndersoneParker (1971, p. 19):

O significado pode ser elucidado com grande nitidez dizendo que, virtualmente, tudo o que pensamos, dizemos ou fazemos, e como o pensamos, dizemos e fazemos, desde o momento em que se nasce até ao momento em que se morre, é influenciado pela organização e dinâmica da sociedade.

As organizações estão presentes diariamente em nossa vida. Tudo acontecendo, realizando por meio e em conseqüência da existência delas, acompanhando o próprio dinamismo da sociedade.

Segundo Maximiano (2000, p. 91):

As organizações estão por toda parte. A universidade é uma delas, assim como centro acadêmico. A ONU, a prefeitura, a padaria da esquina, também. O Teatro Municipal e a Filarmônica, o 'shopping center' e cada uma de suas lojas, idem. As organizações são muito diversificadas quanto a tamanho e forma, produtos e serviços, recursos e áreas de atuação.

(20)

Presentes em todos os setores da vida do homem estas organizações, muitas vezes, são utilizadas sem que se perceba a sua existência. Estas dispõem de toda uma estrutura formalizada e organizada, para colocar à disposição das pessoas produtos e ou serviços para atender a uma necessidade de bem-estar.

Com estes recursos à disposição ocorre a necessidade de uma coordenação ou uma organização para que cada um possa cumprir o seu papel dentro do grupo de forma coordenada ou organizada.

Neste aspecto pode-se entender que se refere a uma forma ou maneira de dispor adequadamente os recursos à disposição de uma associação ou organização. Essa disposição estudada dos recursos é para o cumprimento de um determinado objetivo, com melhor aproveitamento dos recursos escassos e com menor esforço possível.

Chiavenato (1999, p. 29) escrevendo que organização é uma entidade social composta de pessoas e deliberadamente estruturada e orientada para um objetivo comum.

Assim, uma organização não é um grupo aleatório de pessoas que se reúnem por acaso. É uma formalização consciente para atingir certos objetivos que seus componentes sozinhos são limitados para sua realização.

As associações, a qualquer título, inclusive com fins lucrativos ou não, são organizações.

Assim, é conceito de organização: uma empresa comercial, industrial, de prestação de serviços, uma organização não-governamental (ONG) ou, uma casa de caridade, uma universidade, enfim, tanto uma organização com fins lucrativos quanto outra sem fins lucrativos, objetivos econômicos do mundo empresarial quanto sociais ou humanitários.

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2. 1 - Características de uma Empresa

Segundo Sá & Sá,(1994, p. 170) empresa é definida como:

[...] um aspecto da classificação das aziendas que apresenta aquela que possui o seu patrimônio aplicado à obtenção de lucro; as empresas são as aziendas de fins lucrativos; nelas o patrimônio recebe o nome de capital.

Nas empresas, organizações do setor privado, o seu gerenciamento está orientado para a obtenção do lucro, produzindo bens e ou serviços com propósito de obter um retorno que é o lucro. Um excedente financeiro maior que o custo. Este empreendimento para auferir retorno financeiro ou o lucro envolve vários riscos, entre eles, tempo, dinheiro, recursos e esforços.

Aurélio (1986, p. 639), confirma a posição deste estudo, conceituando empresa como:

1–aquilo que se empreende; empreendimento. 2–

organização particular, governamental, ou de economia mista, que produz e/ou oferece bens e serviços, com vista, em geral, à obtenção de lucros. 3 – empresa como organização jurídica; firma, sociedade.

Nessas empresas seus objetivos prioritários são econômicos e se traduzem em rentabilidade, participação no mercado, qualidade de produtos e ou serviços, inovação, produtividade, endividamento, qualidade gerencial entre outros.

(22)

Podem ser classificadas de acordo com as suas atividades, ou seja, as indústrias que produzem bens, produtoras de matéria-prima; o comércio que distribuem bens e as prestadoras de serviços.

Elas podem ainda, ser classificadas de acordo com o seu tamanho:

→ Microempresa – aquela em que o dono centraliza quase todas as atividades, exercendo varias funções ao mesmo tempo;

→ Média Empresa – aquela em que o empresário transfere, após a evolução do porte da empresa, algumas funções para as pessoas de sua confiança, que passam a ter os melhores cargos e de maiores responsabilidades; e

→ Macroempresas – a grande empresa, com serviços, departamentos e seções específicas para cada atividade.

O principal critério para definir o tamanho de uma empresa, ou seja, se ela é micro, pequena, média ou grande é o faturamento ou receita anual bruta. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE (2006):

... "existem duas esferas para definição do porte: a federal e a estadual″. No âmbito federal, é considerada microempresa aquela que possui receita anual bruta igual ou inferior a R$ 240 mil. Já as empresas de pequeno porte são as que têm faturamento superior a R$ 240 mil e iguais ou inferiores a R$ 2 milhões e 400 mil.

Existe, ainda, um critério baseado no número de funcionários, que varia segundo diferentes autores.

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No Boletim do SEBRAE (2005, p. 10):

→ Microempresa: na indústria, até 19 colaboradores; no comércio e serviços, até 09 colaboradores;

→ Pequena empresa: na indústria, de 20 a 99 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, de 10 a 49 colaboradores;

→ Média empresa: na indústria, de 100 a 499 colaboradores; no comércio serviços, de 50 a 99 colaboradores;

→ Macroempresa: na indústria, acima de 500 colaboradores; no comércio e serviços, acima de 100 colaboradores.

São empresas as que vão desde um escritório em casa, passando por associações, franquias, cooperativas, empresas familiares e administração profissional. Todas responsáveis por grande parte do mercado produtivo nacional.

A função administrativa na empresa estabelece o programa geral da organização, de formar o seu quadro de pessoas, prover recursos materiais, coordenar pessoas, máquinas e equipamentos, harmonizar todos os esforços e atos, com a finalidade de conseguir resultados previamente estabelecidos, sem entraves ou desajustes com os seus colaboradores.

Este processo de organização, comando, coordenação e controle, precedidos de planejamento é a função administrativa aplicável a todo empreendimento humano, desde a economia doméstica até as organizações mais complexas que a vida em sociedade criou.

Quanto aos elementos clássicos da administração Chiavenato(1994, p. 16) escreve:

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As funções administrativas são as próprias funções do administrador. Elas englobam os chamados elementos da administração que, para Fayol, são:

1- Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

2- Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.

3- Comandar: dirigir e orientar o pessoal.

4- Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.

5- Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.

Uma administração nestes moldes que dispõe destes conhecimentos clássicos de administração e os aplicam é uma administração científica é o que diferencia de uma gestão empírica, baseada exclusivamente na experiência.

Assim, toda empresa sem exceção, no contexto de sua realidade para atender a contento seus objetivos, bem como, às exigências e obrigações legais, fiscais e trabalhistas, é imprescindível uma prática administrativa científica.

O que é importante e que vai depender da sensibilidade ou flexibilidade do administrador é reconhecer o contexto da empresa que está administrando, bem como suas peculiaridades com relação a outras empresas.

Os relatórios financeiros de uma empresa terão riquezas de detalhes quanto a créditos concedidos aos seus clientes, débitos com fornecedores,

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rotatividade de estoques entre outros. São aspectos que fazem uma relação ao retorno do investimento ou lucratividade da operacionalidade. É da rotina das empresas a preocupação com resultados econômicos e financeiros, lucratividade e rentabilidade, além do capital de giro.

Desta forma, uma empresa administrada no molde científico, será plenamente reconhecida, contribuindo para um mundo melhor. Seus resultados podem ser melhores num menor espaço de tempo.

2. 2 - Conceituação dos Elementos Clássicos de Administração

Planejamento

O processo administrativo ou a função administrativa é formado pelo planejamento, organização, direção e controle, que ocorrem em todos os níveis da organização, tanto estratégico, gerencial e operacional, possibilitando o alcance dos objetivos gerais e específicos da organização.

Segundo Chiavenato (2000, p. 11): planejamento: significa visualizar o futuro, definir os objetivos e metas, e traçar o plano de ação para alcançá-los.

O planejamento é, de maneira geral, decidir antecipadamente o que deve ser realizado. Constitui-se de um plano de ação preestabelecido, que implica necessariamente os seguintes elementos: a idéia de futuro, de objetivos e racionalidade na escolha dos melhores caminhos, dentro das condições da organização e de seu contexto.

(26)

Assim, planejar constitui-se na determinação do caminho adequado para conseguir a realização dos objetivos ou metas prefixadas nas condições e contexto da empresa.

O planejamento revela-se importante a toda empresa a partir do momento de sua proposta. Sendo que uma proposta de realização de um planejamento já é uma ação.

Esta ação demonstra a preocupação na diminuição ou contorno das dificuldades possíveis no futuro. É se preparar e munir de recursos para enfrentar um determinado período de tempo com todos os recursos disponíveis.

Todo planejamento deve ser flexível para atender às constantes mudanças que ocorrem, não somente nas condições internas da empresa, como também, nos ambientes, geral e operacional.

O planejamento estratégico prevê a ação da empresa em face às variáveis do ambiente e deve efetuar uma análise global que leve em conta todos os seus serviços prestados e os projetos mais ousados e específicos, e as possíveis inter-relações entre eles.

No planejamento estratégico pode-se considerar o longo prazo e definir o que se pretende. Para a sua elaboração deve-se considerar os objetivos da organização, as variáveis do ambiente, as condições internas da organização e as possíveis alternativas estratégicas.

O planejamento gerencial, por sua vez, procura articular o planejamento estratégico com a sua execução, em nível operacional. Neste

(27)

são previstas as formas para o desenvolvimento e alocação de recursos suficientes para o pleno funcionamento da organização.

O planejamento operacional se volta para as condições internas da organização, geralmente contempla o curto prazo e define, para cada serviço prestado, as tarefas a serem executadas, a forma de execução e os recursos humanos responsáveis pelos mesmos.

No planejamento verifica-se o relacionamento entre tempo, recursos humanos, materiais e financeiros e na sua elaboração e operacionalização alguns princípios devem ser observados.

Podem-se considerar os princípios de unidade, continuidade e flexibilidade. O princípio da unidade entende-se que para um único propósito deve existir um programa. Em ocorrendo mais de um programa este deve entrosar com um outro para um único programa.

O princípio da continuidade é cuidar para que as ações não sofram processos de descontinuidade principalmente relativos a um curto prazo. Todo processo de não continuidade incorre em custos, mesmo que invisível.

Finalmente, o princípio de flexibilidade que muitas vezes ocorre a necessidade de uma adequação ou ajuste em função de variáveis que havia outro nível de avaliação.

Organização

Considera-se a função organização sempre se referindo a um conjunto e após o planejamento. Trata-se da tarefa de dispor os elementos

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funcionais de modo a realizar um trabalho eficiente com o mínimo de dispêndio e risco no sentido de que sejam alcançados os objetivos gerais e específicos. É a ação que implica sistematização, ligando atividades, pessoas, material, poderes e responsabilidades.

Conforme Chiavenato (2000, p. 11):

Organização: significa estruturar os órgãos e cargos da empresa para cuidar dos recursos empresariais, definir as relações de autoridade e responsabilidade entre eles e estabelecer métodos e processos de trabalho, bem como regras e regulamentos necessários para a atividade organizada.

A organização como sendo uma ordem e sistematização dos recursos é essencial em todo empreendimento humano. É a alocação adequada de recursos para viabilizar o pleno funcionamento de um empreendimento.

Sem dúvida alguma, a partir do instante que duas ou mais pessoas se esforçam conjuntamente para uma tarefa comum, torna-se necessário a instituição das atribuições de cada uma.

Organizar os recursos à disposição de uma organização para atingir seus objetivos pode ser realizado mediante: o agrupamento de setores, departamentos ou seções; designação, delegação e responsabilidade aos integrantes do quadro de recursos humanos; definição de normas e regras para um trabalho eficiente; definição de linhas de comunicação entre os cargos; e provisionamento dos recursos materiais.

(29)

Para a definição de recursos é importante verificar que implica visão estratégica na definição de recursos que a organização precisa para a realização de seus objetivos.

Direção (Comandar e Coordenar)

A função de direção é essencial do processo administrativo e permeia em todos os níveis da organização, tanto estratégico, gerencial quanto operacional. A direção se realiza sobre as pessoas e não sobre os recursos materiais e financeiros. São as pessoas que fazem a organização funcionar.

Para que as pessoas trabalhem com eficiência, elas precisam ver sentido no que estão fazendo. Precisam encontrar desafio e saber que a gerência não só acredita em seu potencial como deposita toda confiança. Como o processo direção trata com pessoas é fundamental motivação, clima de trabalho adequado e espírito de equipe.

Assim, está-se considerando a tarefa de comandar e coordenar, relacionando-a diretamente com a maneira pela qual o objetivo é alcançado por meio da orientação das operações que devam ser executadas e os objetivos atingidos com as pessoas.

Para Silva (1997, p. 65): direção é o processo administrativo que conduz e coordena o pessoal na execução das tarefas antecipadamente planejadas.

Em uma organização com um planejamento e os recursos à disposição adequadamente, as ações de todas as pessoas envolvidas precisam de uma direção ou coordenação.

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A função direção assegura a tranqüilidade para as pessoas, na certeza de que estão trabalhando ou cumprindo suas tarefas adequadamente e utilizando os recursos disponíveis da melhor maneira possível.

Controle

O controle é a outra função administrativa que acompanha a execução de cada trabalho e do conjunto final conforme anteriormente planejado, organizado e dirigido. Assim, é verificar que cada pessoa faz a coisa certa, no tempo certo, e com os recursos certos. É uma atividade contínua e que deve propor as correções necessárias em tempo oportuno.

Chiavenato (2000, p. 11) afirma que: controle: significa avaliar as operações e seus resultados e verificar se o que foi planejado, organizado e dirigido foi executado adequadamente e quais as ações corretivas necessárias.

A toda ação ou tarefa quando executada, é necessário um acompanhamento e uma avaliação para que se possa averiguar o cumprimento das tarefas conforme planejado anteriormente e assim poder corrigir eventuais desvios e incrementar o aperfeiçoamento de todo o trabalho em tempo hábil.

O controle permitirá a verificação da compatibilidade entre o que foi planejado e o executado. É o que vai garantir ou propiciar condições para a verificação ou conclusão de que a organização está conseguindo atingir seus objetivos. Estes conforme regras e ordens dadas e estabelecidas anteriormente.

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A função administrativa fayoliana é universal. Quando aplicável a todo empreendimento ou setor de atividade humana possibilita melhores resultados.

BARBOSA (1980, p. 121) apresenta que: o planejamento sempre esteve presente no Serviço Social, desde sua primeira sistematização em 1917.

Não só o planejamento é um instrumental técnico de trabalho na elaboração das propostas de atuação do assistente social, mas são todos os elementos clássicos da administração.

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CAPÍTULO III

O ASSISTENTE SOCIAL

NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS

A origem do Serviço Social nas empresas está intimamente relacionada ao nível de eficiência, racionalidade e produtividade impostas pelo processo de modernização do capital.

Segundo Netto (2001), pode se falar propriamente de Serviço Social de empresa, a partir do desenvolvimento industrial.

Para o autor, com a racionalidade burocrático-administrativa e com a modernização conservadora, gerou, nos espaços institucionais, um novo padrão de exigências para o desempenho profissional. Mudou o perfil profissional demandado pelo mercado de trabalho, exigindo desse profissional um desempenho 'moderno', onde os traços ‘tradicionais são substituídos por procedimentos racionais’.

Então, por meio de sua ação técnico-política, o Assistente Social passou a ser requisitado para responder às necessidades vinculadas à reprodução material da força de trabalho e ao controle das formas de convivência entre colaborador e empresa, contribuindo também para o aumento da produtividade no trabalho.

Ele entra na empresa para substituir o trabalho improvisado (antes realizado por funcionários administrativos, sem formação especifica), moderniza o gerenciamento de carências sociais do colaborador, ameniza os conflitos entre os colaboradores e a empresa, atua nas relações humanas na esfera do trabalho, contribui para reduzir o absenteísmo e viabiliza benefícios sociais.

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Dos departamentos que compõem uma empresa é o de Recursos Humanos que o Assistente Social desenvolve suas atividades.

Entre as principais atuações deste departamento estão recrutamento de funcionários e seleção de pessoas, avaliação de desempenho, remuneração, benefícios, treinamentos e desenvolvimento de programas para mudanças, definir o que os colaboradores fazem e quais seus cargos. Assim este departamento agrega, recompensa, mantém e monitora pessoas.

O Assistente Social sendo também um colaborador inserido na divisão sócio-técnico do trabalho, que vende sua força de trabalho por um salário, é requisitado para atender tanto as necessidades do capital quanto as do trabalho.

Embora contratado para atuar em favor do empresário, subordinado e explorado pelo capital, para garantir a reprodução da força de trabalho com uma convivência sem conflitos interpessoais, se identifica com a classe trabalhadora e cria oportunidades para desenvolver um trabalho que defenda os direitos dos colaboradores, procurando não perder de vista o seu compromisso profissional.

3. 1 - As prerrogativas do Assistente Social

É um profissional preparado para apoiar, desenvolver, conceber, planejar, orientar, analisar e investigar. Sabe criar iniciativa, solidariedade, sabe motivar, sabe fazer cooperar, sabe desencadear a aprendizagem dos direitos e deveres, a aprendizagem dos saberes importantes na vida de todos os dias, sabe como apoiar a resolução dos desafios sempre inesperados: da dor, da doença, da incapacidade, do isolamento, do abandono e no momento da morte. O Assistente Social está ao serviço da vida.

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As demandas no mercado de trabalho na empresa são várias:

ü benefícios sociais;

ü atendimento de caso em plantão social;

ü atendimento em grupos aos colaboradores;

ü realização de pesquisas, levantamento de necessidades e diagnóstico organizacional;

ü desenvolvimento de programas preventivos como dependência química;

ü prevenção de acidentes de trabalho e no lar;

ü programas de alfabetização;

ü campanhas de saúde;

ü planejamento familiar;

ü assistência educacional;

ü desenvolver de atividades esportivas;

ü projetos sociais; e

ü projetos sócioambientais.

Outros serviços desempenhados pelo Assistente Social são:

ü assistência de apoio nos casos de doenças tanto do colaborador quanto do seu familiar;

ü assistência paliativa, como por exemplo, concessão de cesta básica;

ü preparação de confraternizações de fim de ano;

ü programas de habitação; e

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ü políticas para preparação de desligamento do colaborador.

Nas considerações de Chiavenato (2004, p. 335):

Benefícios sociais são as facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as empresas oferecem a seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação. Podem ser financiados parcialmente ou totalmente pela empresa. Quase sempre não são pagos diretamente pelas pessoas. Contudo, constituem meios indispensáveis na manutenção de força de trabalho dentro de um nível satisfatório de satisfação e produtividade.

Entre os tipos de benefícios podem ser considerados como compulsório, assistencial, recreativo e complementar:

Compulsórios ou Previdenciários – de caráter laboral e contributivo, aqueles que a empresa concede aos seus empregados em atendimento às exigências da lei ou de normas legais como acordos ou convenções coletivas de trabalho, cobre auxílio-doença; acidente de trabalho; 13º salário;

maternidade, entre outros;

Assistencial – é vinculado a risco, vulnerabilidade e fragilidade – sujeito ao critério socioeconômico. Cada empresa disponibiliza a assistência que deseja dar aos seus colaboradores e escolhe os critérios que sevem ser obedecidos.

Recreativo – voltado ao lazer como parceria com clubes, entre outros.

Complementar – plano de saúde e/ou odontológico; farmácia; auxílio- escola; bolsa de estudo; habitação, política de salários; entre outros.

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3. 2 - Motivação para os colaboradores

Robbins (2003) define motivação como o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. O que se pode perceber com a explanação do autor, é que a motivação é o resultado da interação do indivíduo com uma determinada situação.

Segundo Kondo (1994) motivar as pessoas é uma das mais importantes políticas e condição fundamental para que a empresa possa atingir seu objetivo. De acordo com o autor, quando uma pessoa está motivada, ela consegue superar qualquer dificuldade.

As pessoas são atraídas por anúncios de empregos não somente em função do cargo, do salário, das oportunidades, do clima organizacional, mas também em função expectativas de serviços e benefícios sociais que poderão desfrutar.

Sem os benefícios, o emprego seria muito diferente do que é. Os benefícios procuram trazer vantagens tanto para a empresa como para o colaborador, sendo extensivos aos familiares dos colaboradores.

Quanto mais motivado estiver o colaborador, melhor será o seu desempenho e consequentemente a sua família estará numa melhor qualidade de vida.

As pessoas motivadas se tornam importantes para as empresas, pois são responsáveis pelo aumento da produtividade. Sendo assim as empresas que promovem política de motivação, e oferecer melhores incentivos, estão possibilitados a aumentar os anseios profissionais de seus colaboradores e estes com maior desejo de permanência na empresa.

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3. 3 - Benefício para o colaborador e bem estar para a sua família

O Assistente Social pode contribuir na saúde do colaborador e nos benefícios para sua família. Entre estas pode-se mencionar suavizar a tensão da relação empresa colaborador com dificuldades.

Neste contexto que Mota (2008, p. 156) expressa que:

Tanto as empresas públicas estatais quanto as empresas privadas, incorporam, nos seus quadros, o profissional de Serviço Social, em geral, ligado à área de Recursos Humanos, assumindo a função de intermediar soluções para "carências e conflitos" dos trabalhadores

[...] a presença do Assistente Social numa empresa, antes de qualquer coisa, vem confirmar que a expansão do capital implica na criação de novas necessidades sociais [...] para desenvolver um trabalho de cunho assistencial e educativo junto ao empregado e sua família.

Quando um colaborador apresenta alguma dificuldade na empresa, esta pode ter origem num conjunto de relações familiares deficitárias e afetar a sua capacidade laboral.

Sendo assim, logo que localizado, o caso é encaminhado para o Assistente Social que por reunir habilidades e competências em trabalhar com pessoas, formando vínculos e mediações, estará apto para facilitar na resolução, que pode ter surgido no seio da família, direta ou indiretamente com um ente querido.

A ferramenta utilizada pelo Assistente Social é a orientação que difere do conselho, porque além do preparo profissional estão implícitas e

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explícitas a linguagem adequada, segurança, empatia, poder de persuasão, sensibilização, ética e postura.

É importante que a família não sinta a sua privacidade invadida, mas sinta-se segura e confiante com esta contribuição.

O colaborador passa por trajetórias sociais em processos de desestruturação, bem como de estruturação de referencias e patrimônios, pela articulação ou desarticulação de relações sociais num tempo e num espaço determinados onde se produzem mudanças nas formas de reprodução como de identidade social.

Esta perda ou aquisição de patrimônios estão vinculadas tantas aos processos contextuais dos caminhos da vida, da família, de redes de pertencimento, representam fracassos ou sucessos.

É possível que na empresa que não dispõe de Assistente Social no seu quadro de Recursos Humanos, seus colaboradores podem-se sentir desamparados, porque todos têm dificuldades que necessitam ser conduzidos a um profissional. Este trata do ajustamento e equilíbrio e com a tarefa de construir um projeto político alternativo que não se restringe ao âmbito localista da empresa.

Faleiros (1999, p. 46) define:

São múltiplas as relações sociais que fazem com que o indivíduo exista socialmente, ele é um ser em relação:

filho de, pai de, empregado de, patrão de, cidadão de, amigo de... A família existe enquanto relação, pois não é qualquer conjunto de homem/mulher/criança que constitui uma família.

Muitas vezes as soluções dos problemas são relativamente simples, o que pode prevenir o seu agravo. O Assistente Social deve criar na empresa

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um programa de orientação e esclarecimentos através de palestras freqüentes com profissionais gabaritados para que o colaborador esteja sempre informado e orientado.

Mota (2008, p. 157) destaca a importância da consciência social dos profissionais a respeito do destino da sua prática:

Neste mesmo processo que os Assistentes Sociais podem se apropriar criticamente dos objetos de intervenção, problematizá-los, pode propor ações cuja direção esteja articulada com as necessidades dos trabalhadores, fortalecendo os seus interesses de classe.

A disposição em palestras tem cunho de promoção social e humanístico, pois apresenta aos colaboradores assuntos de seus interesses de forma educativa, interessante para a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Socialmente as empresas que implantam esses programas também ganham respeito e podem escolher melhor os seus colaboradores, pois tem um diferencial: qualidade e preocupação pela saúde e bem estar de seus colaboradores. O resultado desse trabalho é positivo pois diminui a rotatividade bem como reduz o absenteísmo e consequentemente aumenta da produtividade na empresa.

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CONCLUSÃO

Para contribuir na conclusão deste trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica em um referencial teórico onde possibilita ao profissional reunir condições de encaminhar a sua atuação.

Após um breve apontamento histórico do Serviço Social, estudou-se as origens das organizações. Verificou-se ser o local de atuação profissional, sendo que a vida social ocorre nas organizações. Sejam estas de qualquer setor de atividade, pública, empresarial e social sem fins lucrativos.

Este estudo possui foco na atuação do Assistente Social nas organizações empresariais. Portanto, tratou-se das características ou singularidades que envolvem este tipo de organização e a presença deste profissional. Considerando-se ser diferente da área pública e social sem fins lucrativos.

No momento seguinte, tratou-se da presença do Assistente Social no setor de Recursos Humanos no encaminhamento das condições mínimas de benefícios sociais garantidas pela legislação.

Verificou-se uma tendência do setor de Recursos Humanos em trabalhar no incremento de sua política de pessoal, além do mínimo desta legislação.

Assim, para este profissional Assistente Social, está a abertura para a conquista de uma fatia considerável do mercado de trabalho na área empresarial. Uma vez que estas organizações buscam garantir o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e de seus familiares.

Outro aspecto não menos importante na atuação deste profissional é tratar-se de um espaço de atuação de destaque nos papéis de educador,

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agente de mudanças, e coordenador de políticas sociais estratégicas na empresa.

Estas ações podem ser desenvolvidas pelo Assistente Social, possibilitando a criação e viabilidade de benefícios para os colaboradores, melhorando sua auto-estima e o ambiente de trabalho.

O comprometimento dos colaboradores com a empresa passa a ser maior, e a relação da empresa com os seus colaboradores torna-se mais próximas, menos indiferente, um tratamento mais humanizado.

Assim, uma nova habilidade de demonstrar para a empresa que a sutileza da mudança cultural da maneira no agir, com olhar mais humano para o colaborador e familiares agregam ganhos e bem estar para os colaboradores.

Neste papel de mediador promove o equilíbrio enriquecido com as características do profissional de relações sociais, consultor interno que visa à democratização destas relações, tornando a organização mais aberta.

Neste estudo, concluiu-se que este profissional possui condições de atuar nestas organizações contribuindo para a possibilidade de promover a saúde do trabalhador e bem estar aos seus familiares.

Assim, não se pretendeu definir ou esgotar o tema abordado. Fica em aberto, perspectivas e possibilidades de novos e aprofundados estudos que o tema permite. Sendo assim, portanto, os primeiros passos.

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS

Autora: ELIS REGINA DO CARMO GOMES Data da entrega:

Avaliado por: MARIA DA CONCEIÇÃO MAGGIONI POPPE Conceito:

Referências

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