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J. Pneumologia vol.25 número2

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Academic year: 2018

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Resolução nº 196

D

E

1 0

DEOUTUBRODE

1 9 9 6

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Q uinquagésima Nona Reunião Ordinária, realizada nos dias 0 9 e 1 0 de outubro de 1 9 9 6 , no uso de suas comp etências regimentais e atribuições conferidas p ela Lei nº 8 .0 8 0 , de 1 9 de setembro de 1 9 9 0 , e p ela Lei nº 8 .1 4 2 , de 2 8 de dezembro de 1 9 9 0 , RESO LRESO LRESO LRESO LRESO LVEVEVEVEVE:

Ap rovar as seguintes diretrizes e normas regulamentadoras de p esqui-sas envolvendo seres humanos:

I. P

REÂMBULO

A p resente Resolução fundamenta-se nos p rincip ais documentos in-ternacionais que emanaram declarações e diretrizes sobre p esquisas que envolvem seres humanos: o Código de Nuremberg (1 9 4 7 ), a Declaração dos Direitos do Homem (1 9 4 8 ), a Declaração de Helsinque (1 9 6 4 e suas versões p osteriores de 1 9 7 5 , 1 9 8 3 e 1 9 8 9 ), o Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (ONU, 1 9 6 6 , ap rovado p elo Congresso Nacional Brasileiro em 1 9 9 2 ), as Prop ostas de Diretrizes Éticas Internacionais p ara Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos (CIOMS/ OMS 1 9 8 2 e 1 9 9 3 ) e as Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemio-lógicos (CIO MS, 1 9 9 1 ). Cump re as disp osições da Constituição da Re-p ública Federativa do Brasil de 1 9 8 8 e da legislação brasileira correlata: Código de Direitos do Consumidor, Código Civil e Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Orgânica da Saúde 8 .0 8 0 , de 1 9 / 0 9 / 9 0 (disp õe sobre as condições de atenção à saúde, a organização e o funcio-namento dos serviços corresp ondentes), Lei 8 .1 4 2 , de 2 8 / 1 2 / 9 0 (p artici-p ação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde), Decreto 9 9 .4 3 8 , de 0 7 / 0 8 / 9 0 (organização e atribuições do Conselho Nacional de Saúde), Decreto 9 8 .8 3 0 , de 1 5 / 0 1 / 9 0 (coleta p or estrangeiros de da-dos e materiais científicos no Brasil), Lei 8 .4 8 9 , de 1 8 / 1 1 / 9 2 , e Decreto 8 7 9 , de 2 2 / 0 7 / 9 3 (disp õem sobre retirada de tecidos, órgãos e outras p artes do corp o humano com fins humanitários e científicos), Lei 8 .5 0 1 , de 3 0 / 1 1 / 9 2 (utilização de cadáver), Lei 8 .9 7 4 , de 0 5 / 0 1 / 9 5 (uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de orga-nismos geneticamente modificados), Lei 9 .2 7 9 , de 1 4 / 0 5 / 9 6 (regula di-reitos e obrigações relativos à p rop riedade industrial), e outras.

Esta Resolução incorp ora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, entre outros, e visa assegurar os direitos e deveres que dizem resp eito à comunidade científica, aos sujeitos da p esquisa e ao Estado.

O caráter contextual das considerações aqui desenvolvidas imp lica revi-sões p eriódicas desta Resolução, confor me necessidades nas áreas tecno-científica e ética.

Ressalta-se, ainda, que cada área temática de investigação e cada mo-dalidade de p esquisa, além de resp eitar os p rincíp ios emanados deste tex-to, deve cump rir com as exigências setoriais e regulamentações esp ecíficas.

II. T

ERMOS EDEFINIÇÕES

A p resente Resolução adota no seu âmbito as seguintes definições: II. 1 .

II. 1 .II. 1 .

II. 1 .II. 1 . P e squisaP e squisaP e squisaP e squisaP e squisa – classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou contribuir p ara o conhecimento generalizável. O conhecimento generalizá-vel consiste em teorias, relações ou p rincíp ios ou no acúmulo de informa-ções sobre as quais estão baseados, que p ossam ser corroborados p or métodos científicos aceitos de observação e inferência.

II. 2 . II. 2 .II. 2 .

II. 2 .II. 2 . P e squisa e n vo lve n do se rP e squisa e n vo lve n do se rP e squisa e n vo lve n do se rP e squisa e n vo lve n do se rP e squisa e n vo lve n do se re s h um a n o s e s h um a n o s e s h um a n o s e s h um a n o s e s h um a n o s – p esquisa que, indivi-dual ou coletivamente, envolva o ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou p artes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais.

II. 3 . II. 3 .II. 3 .

II. 3 .II. 3 . P rP rP rP rP ro to co lo de p e squisa o to co lo de p e squisa o to co lo de p e squisa o to co lo de p e squisa o to co lo de p e squisa – Documento contemp lando a descri-ção da p esquisa em seus asp ectos fundamentais, informações relativas ao sujeito da p esquisa, à qualificação dos p esquisadores e a todas as instâncias resp onsáveis.

II. 4 II. 4II. 4

II. 4II. 4 . P e squisa do r rP e squisa do r rP e squisa do r rP e squisa do r rP e squisa do r re sp o n sá ve l e sp o n sá ve l e sp o n sá ve l e sp o n sá ve l e sp o n sá ve l – p esso a resp o n sável p ela co o rde-nação e realização da p esquisa e p ela integridade e bem-estar dos sujeitos da p esquisa.

II. 5 . II. 5 .II. 5 .

II. 5 .II. 5 . In stituiçã o de p e squisa In stituiçã o de p e squisa In stituiçã o de p e squisa In stituiçã o de p e squisa In stituiçã o de p e squisa – organização, p ública ou p rivada, le-gitimamente constituída e habilitada na qual são realizadas investigações científicas.

II. 6 . II. 6 .II. 6 .

II. 6 .II. 6 . P rP rP rP rP ro m o to r o m o to r o m o to r o m o to r – indivíduo ou instituição, responsável pela promoçãoo m o to r da p esquisa.

II. 7 . II. 7 .II. 7 .

II. 7 .II. 7 . P a trP a trP a trP a trP a tro cin a do r o cin a do r o cin a do r o cin a do r – p essoa física ou jurídica que ap óia financeira-o cin a do r mente a p esquisa.

II. 8 . II. 8 .II. 8 .

II. 8 .II. 8 . Risco da p e squisa Risco da p e squisa Risco da p e squisa Risco da p e squisa Risco da p e squisa – p ossibilidade de danos à dimensão física, p síquica, moral, intelectual, social, cultural ou esp iritual do ser humano, em qualquer fase de uma p esquisa e dela decorrente.

II. 9 . II. 9 .II. 9 .

II. 9 .II. 9 . Da n o a sso cia do o u de co rrDa n o a sso cia do o u de co rrDa n o a sso cia do o u de co rrDa n o a sso cia do o u de co rrDa n o a sso cia do o u de co rre n te da p e squisae n te da p e squisae n te da p e squisae n te da p e squisae n te da p e squisa – agravo imediato ou tardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comp rovado, direto ou indireto, decorrente do estudo científico.

II. 1 0 . II. 1 0 .II. 1 0 .

II. 1 0 .II. 1 0 . Suje ito da p e squisa Suje ito da p e squisa Suje ito da p e squisa Suje ito da p e squisa Suje ito da p e squisa – é o(a) participante pesquisado(a), indivi-dual ou coletivamente, de caráter voluntário, vedada qualquer for ma de remuneração.

II. 1 1 . II. 1 1 .II. 1 1 .

II. 1 1 .II. 1 1 . C o n se n tim e n to livrC o n se n tim e n to livrC o n se n tim e n to livrC o n se n tim e n to livrC o n se n tim e n to livre e e scla re e e scla re e e scla re e e scla re e e scla re cido e cido e cido e cido e cido – anuência do sujeito da p esquisa e/ ou de seu rep resentante legal, livre de vícios (simulação, fraude ou erro), dep endência, subordinação ou intimidação, ap ós exp licação com-p leta e com-p ormenorizada sobre a natureza da com-p esquisa, seus objetivos, méto-dos, benefícios p revistos, p otenciais riscos e o incômodo que esta p ossa acarretar, for mulada em um ter mo de consentimento, autorizando sua p articip ação voluntária na p esquisa.

II. 1 2 . II. 1 2 .II. 1 2 .

II. 1 2 .II. 1 2 . In de n iza çã oIn de n iza çã oIn de n iza çã oIn de n iza çã oIn de n iza çã o – cobertura material, em rep aração a dano, ime-diato ou tardio, causado p ela p esquisa ao ser humano a ela submetida.

II. 1 3 . II. 1 3 .II. 1 3 .

II. 1 3 .II. 1 3 . Re ssa rRe ssa rRe ssa rRe ssa rRe ssa rcim e n to cim e n to cim e n to cim e n to cim e n to – cobertura, em comp ensação, exclusiva de desp esas decorrentes da p articip ação do sujeito na p esquisa.

II. 1 4 . II. 1 4 .II. 1 4 .

II. 1 4 .II. 1 4 . C o m itê s de Ética e m P e squisa -C EP C o m itê s de Ética e m P e squisa -C EP C o m itê s de Ética e m P e squisa -C EP C o m itê s de Ética e m P e squisa -C EP C o m itê s de Ética e m P e squisa -C EP – co legiado s in terdis-cip linares e indep endentes, com “munus p úblico”, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criados p ara defender os interesses dos sujeitos da p esquisa em sua integridade e dignidade e p ara contribuir no desenvolvi-mento da p esquisa dentro de p adrões éticos.

II. 1 5 . II. 1 5 .II. 1 5 .

II. 1 5 .II. 1 5 . VVVVVuln e ra bilida de uln e ra bilida de uln e ra bilida de uln e ra bilida de uln e ra bilida de – refere-se a estado de p essoas ou grup os que, p or quaisquer razões ou motivos, tenham a sua cap acidade de autode-terminação reduzida, sobretudo no que se refere ao consentimento livre e esclarecido.

II. 1 6 . II. 1 6 .II. 1 6 .

II. 1 6 .II. 1 6 . In ca p a cida de In ca p a cida de In ca p a cida de In ca p a cida de In ca p a cida de – Refere-se ao p ossível sujeito da p esquisa que não tenha cap acidade civil p ara dar o seu consentimento livre e esclare-cido, devendo ser assistido ou rep resentado, de acordo com a legislação brasileira vigente.

III. A

SPECTOSÉTICOSDAPESQUISAENVOLVENDO SERES HUMANOS

As p esquisas envolvendo seres humanos devem atender às exigências éticas e científicas fundamentais.

III. 1 . III. 1 .III. 1 .

III. 1 .III. 1 . A eticidade da p esquisa imp lica:

(2)

b) p onderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como p otenciais, individuais ou coletivos (ben ef icên cia), comp rometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos;

c) garantia de que danos p revisíveis serão evitados (n ão m alef icên cia); d) relevância social da p esquisa com vantagens significativas p ara os sujeitos da p esquisa e minimização do ônus p ara os sujeitos vulneráveis, o que garante a igual consideração dos interesses envolvidos, não p erdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária (ju st iça e eqü id ad e).

III. 2 . III. 2 .III. 2 .

III. 2 .III. 2 . Todo p rocedimento de qualquer natureza envolvendo o ser hu-mano, cuja aceitação não esteja ainda consagrada na literatura científica, será considerado como p esquisa e, p ortanto, deverá obedecer às diretrizes da p resente Resolução. Os p rocedimentos referidos incluem, entre outros, os de natureza instrumental, ambiental, nutricional, educacional, sociológi-ca, econômisociológi-ca, físisociológi-ca, p síquica ou biológisociológi-ca, sejam eles farmacológicos, clínicos ou cirúrgicos e de finalidade p reventiva, diagnóstica ou terap êu-tica.

III. 3 . III. 3 .III. 3 .

III. 3 .III. 3 . A p esquisa em qualquer área do conhecimento, envolvendo se-res humanos, deverá observar as seguintes exigências:

a) ser adequada aos p rincíp ios científicos que a justifiquem e com p os-sibilidades concretas de resp onder a incertezas;

b) estar fundamentada na exp erimentação p révia realizada em labo-ratórios, animais ou em outros fatos científicos;

c) ser realizada somente quando o conhecimento que se p retende obter não p ossa ser obtido p or outro meio;

d) p revalecer semp re as p robabilidades dos benefícios esp erados sobre os riscos p revisíveis;

e) obedecer a metodologia adequada. Se houver necessidade de dis-tribuição aleatória dos sujeitos da p esquisa em grup os exp erimentais e de controle, assegurar que, a p riori, não seja p ossível estabelecer as van-tagens de um p rocedimento sobre outro através de revisão de literatura, métodos observacionais ou métodos que não envolvam seres humanos;

f) ter p lenamente justificada, quando for o caso, a utilização de p lace-bo, em termos de não maleficência e de necessidade metodológica;

g) contar com o consentimento livre e esclarecido do sujeito da p esqui-sa e/ ou seu rep resentante legal;

h) contar com os recursos humanos e materiais necessários que ga-rantam o bem-estar do sujeito da p esquisa, devendo ainda haver adequação entre a comp etência do p esquisador e o p rojeto p rop osto;

i) p rever p rocedimentos que assegurem a confidencialidade e a p riva-cidade, a p roteção da imagem e a não estigmatização, garantindo a não utilização das informações em p rejuízo das p essoas e/ ou das comunida-des, inclusive em termos de auto-estima, de p restígio e/ ou econômico-financeiro;

j) ser desenvolvida p referencialmente em indivíduos com autonomia p lena. Indivíduos ou grup os vulneráveis não devem ser sujeitos de p esquisa quando a informação desejada p ossa ser obtida através de sujeitos com p lena autonomia, a menos que a investigação p ossa trazer benefícios dire-tos aos vulneráveis. Nestes casos o direito dos indivíduos ou grup os que queiram p articip ar da p esquisa deve ser assegurado, desde que seja garan-tida a p roteção à sua vulnerabilidade e incap acidade legalmente definida; l) resp eitar semp re os valores culturais, sociais, morais, religiosos e éti-cos, bem como os hábitos e costumes, quando as p esquisas envolverem comunidades;

m) garantir que as p esquisas em comunidades, semp re que p ossível, traduzir-se-ão em benefícios cujos efeitos continuem a se fazer sentir ap ós sua conclusão. O p rojeto deve analisar as necessidades de cada um dos membros da comunidade e analisar as diferenças p resentes entre eles, exp licitando como será assegurado o resp eito às mesmas;

n) garantir o retorno dos benefícios obtidos através das p esquisas p ara as p essoas e as comunidades onde as mesmas forem realizadas. Quando, no interesse da comunidade, houver benefício real em incentivar ou esti-mular mudanças de costumes ou comp ortamentos, o p rotocolo de p esqui-sa deve incluir, semp re que p ossível, disp osições p ara comunicar tal bene-fício às p essoas e/ ou comunidades;

o) comunicar às autoridades sanitárias os resultados da p esquisa, sem-p re que os mesmos sem-p uderem contribuir sem-p ara a melhoria das condições de saúde da coletividade, p reservando, p orém, a imagem e assegurando que os sujeitos da p esquisa não sejam estigmatizados ou p ercam a auto-estima;

p ) assegurar aos sujeitos da p esquisa os benefícios resultantes do p roje-to, seja em termos de retorno social, acesso aos p rocedimentos, p rodutos ou agentes da p esquisa;

q) assegurar aos sujeitos da p esquisa as condições de acomp anhamen-to, tratamento ou de orientação, conforme o caso, nas p esquisas de ras-treamento; demonstrar a p rep onderância de benefícios sobre riscos e cus-tos;

r) assegurar a inexistência de conflito de interesses entre o p esquisador e os sujeitos da p esquisa ou p atrocinador do p rojeto;

s) comp rovar, nas p esquisas conduzidas do exterior ou com coop eração estrangeira, os comp romissos e as vantagens, p ara os sujeitos das p esqui-sas e p ara o Brasil, decorrentes de sua realização. Nestes casos deve ser identificado o p esquisador e a instituição nacionais co-resp onsáveis p ela p esquisa. O p rotocolo deverá observar as exigências da Declaração de Helsinque e incluir documento de ap rovação, no p aís de origem, entre os ap resentados p ara avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição brasileira, que exigirá o cump rimento de seus p róp rios referenciais éticos. Os estudos p atrocinados do exterior também devem resp onder às neces-sidades de treinamento de p essoal no Brasil, p ara que o p aís p ossa desen-volver p rojetos similares de forma indep endente;

t) utilizar o material biológico e os dados obtidos na p esquisa exclu-sivamente p ara a finalidade p revista no seu p rotocolo;

u) levar em conta, nas p esquisas realizadas em mulheres em idade fértil ou em mulheres grávidas, a avaliação de riscos e benefícios e as eventuais interferências sobre a fertilidade, a gravidez, o embrião ou o feto, o traba-lho de p arto, o p uerp ério, a lactação e o recém-nascido;

v) considerar que as p esquisas em mulheres grávidas devem ser p rece-didas de p esquisas em mulheres fora do p eríodo gestacional, exceto quan-do a gravidez for o objetivo fundamental da p esquisa;

x) propiciar, nos estudos multicêntricos, a participação dos pesquisadores que desenvolverão a p esquisa na elaboração do delineamento geral do p rojeto; e

z) descontinuar o estudo somente ap ós análise das razões da descon-tinuidade p elo CEP que a ap rovou.

IV. C

ONSENTIMENTO LIVREEESCLARECIDO

O resp eito devido à dignidade humana exige que toda p esquisa se p ro-cesse ap ós consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grup os que p or si e/ ou p or seus rep resentantes legais manifestem a sua anuência à p articip ação na p esquisa.

IV IVIV

IVIV. 1 .. 1 .. 1 .. 1 .. 1 . Exige-se que o esclarecimento dos sujeitos se faça em linguagem acessível e que inclua necessariamente os seguintes asp ectos:

a) a justificativa, os objetivos e os p rocedimentos que serão utilizados na p esquisa;

b) os desconfortos e riscos p ossíveis e os benefícios esp erados; c) os métodos alternativos existentes;

d) a forma de acomp anhamento e assistência, assim como seus resp on-sáveis;

e) a garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso da p esquisa, sobre a metodologia, informando a p ossibilidade de inclusão em grup o controle ou p lacebo;

f) a liberdade do sujeito se recusar a p articip ar ou retirar seu consenti-mento, em qualquer fase da p esquisa, sem p enalização alguma e sem p re-juízo ao seu cuidado;

g) a garantia do sigilo que assegure a p rivacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na p esquisa;

h) as formas de ressarcimento das desp esas decorrentes da p articip a-ção na p esquisa; e

i) as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da p esquisa.

IV IVIV

IVIV. 2 .. 2 .. 2 .. 2 .. 2 . O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos se-guintes requisitos:

a) ser elaborado p elo p esquisador resp onsável, exp ressando o cump ri-mento de cada uma das exigências acima;

(3)

c) ser assinado ou identificado p or imp ressão dactiloscóp ica, p or todos e cada um dos sujeitos da p esquisa ou p or seus rep resentantes legais; e

d) ser elaborado em duas vias, sendo uma retida p elo sujeito da p es-quisa ou p or seu rep resentante legal e uma arquivada p elo p eses-quisador.

IV IVIV

IVIV. 3 .. 3 .. 3 .. 3 .. 3 . Nos casos em que haja qualquer restrição à liberdade ou ao es-clarecimento necessários p ara o adequado consentimento, deve-se ainda observar:

a) em p esquisas envolvendo crianças e adolescentes, p ortadores de p erturbação ou doença mental e sujeitos em situação de substancial di-minuição em suas cap acidades de consentimento, deverá haver justificação clara da escolha dos sujeitos da p esquisa, esp ecificada no p rotocolo, ap ro-vada p elo Comitê de Ética em Pesquisa, e cump rir as exigências do con-sentimento livre e esclarecido, através dos rep resentantes legais dos referi-dos sujeitos, sem susp ensão do direito de informação do indivíduo, no limi-te de sua cap acidade;

b) a liberdade do consentimento deverá ser p articularmente garantida p ara aqueles sujeitos que, embora adultos e cap azes, estejam exp ostos a condicionamentos esp ecíficos ou à influência de autoridade, esp ecialmen-te estudanecialmen-tes, militares, emp regados, p residiários, inecialmen-ternos e centros de readap tação, casabrigo, asilos, associações religiosas e semelhantes, as-segurando-lhes a inteira liberdade de p articip ar ou não da p esquisa, sem quaisquer rep resálias;

c) nos casos em que seja imp ossível registrar o consentimento livre e esclarecido, tal fato deve ser devidamente documentado, com exp licação das causas da imp ossibilidade, e p arecer do Comitê de Ética em Pesquisa; d) as p esquisas em p essoas com diagnóstico de morte encefálica só p odem ser realizadas desde que estejam p reenchidas as seguintes condi-ções:

– documento comp robatório da morte encefálica (atestado de óbito); – consentimento exp lícito dos familiares e/ ou do resp onsável legal ou manifestação p révia da vontade da p essoa;

– resp eito total à dignidade do ser humano sem mutilação ou violação do corp o;

– sem ônus econômico financeiro adicional à família;

– sem p rejuízo p ara outros p acientes aguardando inter nação ou trata-mento;

– p ossibilidade de obter conhecimento científico relevante, novo e que não p ossa ser obtido de outra maneira;

e) em comunidades culturalmente diferenciadas, inclusive indígenas, deve-se contar com a anuência antecip ada da comunidade através dos seus p róp rios líderes, não se disp ensando, p orém, esforços no sentido de ob-tenção do consentimento individual;

f) quando o mérito da p esquisa dep ender de alguma restrição de infor-mações aos sujeitos, tal fato deve ser devidamente exp licitado e justificado p elo p esquisador e submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados obtidos a p artir dos sujeitos da p esquisa não p oderão ser usados p ara ou-tros fins que os não p revistos no p rotocolo e/ ou no consentimento.

V. R

ISCOS EBENEFÍCIOS

Considera-se que toda p esquisa envolvendo seres humanos envolve ris-co. O dano eventual p oderá ser imediato ou tardio, comp rometendo o indivíduo ou a coletividade.

V VV

VV. 1 .. 1 .. 1 .. 1 .. 1 . Não obstante os riscos p otenciais, as p esquisas envolvendo seres humanos serão admissíveis quando:

a) oferecerem elevada p ossibilidade de gerar conhecimento p ara en-tender, p revenir ou aliviar um p roblema que afete o bem-estar dos sujeitos da p esquisa e de outros indivíduos;

b) o risco se justifique p ela imp ortância do benefício esp erado; c) o benefício seja maior, ou no mínimo igual, a outras alternativas já estabelecidas p ara a p revenção, o diagnóstico e o tratamento.

V VV

VV. 2 .. 2 .. 2 .. 2 .. 2 . As p esquisas sem benefício direto ao indivíduo devem p rever con-dições de ser bem sup ortadas p elos sujeitos da p esquisa, considerando sua situação física, p sicológica, social e educacional.

V VV

VV. 3 .. 3 .. 3 .. 3 .. 3 . O p esquisador resp onsável é obrigado a susp ender a p esquisa ime-diatamente ao p erceber algum risco ou dano à saúde do sujeito p artici-p ante da artici-p esquisa, conseqüente à mesma, não artici-p revisto no termo de con-sentimento. Do mesmo modo, tão logo constatada a sup erioridade de um

método em estudo sobre outro, o p rojeto deverá ser susp enso, oferecen-do-se a todos os sujeitos os benefícios do melhor regime.

V VV

VV. 4 .. 4 .. 4 .. 4 .. 4 . O Comitê de Ética em Pesquisa da instituição deverá ser infor-mado de todos os efeitos adversos ou fatos relevantes que alterem o curso normal do estudo.

V VV

VV. 5 .. 5 .. 5 .. 5 .. 5 . O p esquisador, o p atrocinador e a instituição devem assumir a resp onsabilidade de dar assistência integral às comp licações e danos de-correntes dos riscos p revistos.

V VV

VV. 6 .. 6 .. 6 .. 6 .. 6 . Os sujeitos da p esquisa que vierem a sofrer qualquer tip o de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização.

V VV

VV. 7 .. 7 .. 7 .. 7 .. 7 . J amais p oderá ser exigido do sujeito da p esquisa, sob qualquer argumento, renúncia ao direito à indenização p or dano. O formulário do consentimento livre e esclarecido não deve conter nenhuma ressalva que afaste essa resp onsabilidade ou que imp lique ao sujeito da p esquisa abrir mão de seus direitos legais, incluindo o direito de p rocurar obter indeniza-ção p or danos eventuais.

VI. P

ROTOCOLO DEPESQUISA

O p rotocolo a ser submetido à revisão ética somente p oderá ser ap re-ciado se estiver instruído com os seguintes documentos, em p ortuguês:

VI. 1 . VI. 1 .VI. 1 .

VI. 1 .VI. 1 . folha de rosto: título do p rojeto, nome, número da carteira de identidade, CPF, telefone e endereço p ara corresp ondência do p esquisador resp onsável e do p atrocinador, nome e assinaturas dos dirigentes da insti-tuição e/ ou organização;

VI. 2 . VI. 2 .VI. 2 .

VI. 2 .VI. 2 . descrição da p esquisa, comp reendendo os seguintes itens: a) descrição dos p rop ósitos e das hip óteses a serem testadas; b) antecedentes científicos e dados que justifiquem a p esquisa. Se o p rop ósito for testar um novo p roduto ou disp ositivo p ara a saúde, de p ro-cedência estrangeira ou não, deverá ser indicada a situação atual de regis-tro junto a agências regulatórias do p aís de origem;

c) descrição detalhada e ordenada do p rojeto de p esquisa (material e métodos, casuística, resultados esp erados e bibliografia);

d) análise crítica de riscos e benefícios;

e) duração total da p esquisa, a p artir da ap rovação;

f) exp licitação das resp onsabilidades do p esquisador, da instituição, do p romotor e do p atrocinador;

g) exp licitação de critérios p ara susp ender ou encerrar a p esquisa; h) local da p esquisa: detalhar as instalações dos serviços, centros, co-munidades e instituições nas quais se p rocessarão as várias etap as da p es-quisa;

i) demonstrativo da existência de infra-estrutura necessária ao desen-volvimento da p esquisa e p ara atender eventuais p roblemas dela resul-tantes, com a concordância documentada da instituição;

j) orçamento financeiro detalhado da p esquisa: recursos, fontes e desti-nação, bem como a forma e o valor da remuneração do p esquisador;

l) exp licitação de acordo p reexistente quanto à p rop riedade das infor-mações geradas, demonstrando a inexistência de qualquer cláusula restriti-va quanto à divulgação p ública dos resultados, a menos que se trate de caso de obtenção de p atenteamento; neste caso, os resultados devem se tor nar p úblicos, tão logo se encerre a etap a de p atenteamento;

m) declaração de que os resultados da p esquisa serão tornados p úblicos, sejam eles favoráveis ou não; e

n) declaração sobre o uso e destinação do material e/ ou dados coleta-dos.

VI. 3 . VI. 3 .VI. 3 .

VI. 3 .VI. 3 . informações relativas ao sujeito da p esquisa:

a) descrever as características da p op ulação a estudar: tamanho, faixa etária, sexo, cor (classificação do IBGE), estado geral de saúde, classes e grup os sociais, etc. Exp or as razões p ara a utilização de grup os vulnerá-veis;

b) descrever os métodos que afetem diretamente os sujeitos da p es-quisa;

(4)

d) descrever os p lanos p ara o recrutamento de indivíduos e os p ro-cedimentos a serem seguidos. Fornecer critérios de inclusão e exclusão;

e) ap resentar o formulário ou termo de consentimento, esp ecífico p ara a p esquisa, p ara a ap reciação do Comitê de Ética em Pesquisa, incluindo informações sobre as circunstâncias sob as quais o consentimento será obtido, quem irá tratar de obtê-lo e a natureza da informação a ser forne-cida aos sujeitos da p esquisa;

f) descrever qualquer risco, avaliando sua p ossibilidade e gravidade; g) descrever as medidas p ara p roteção ou minimização de qualquer ris-co eventual. Quando ap rop riado, descrever as medidas p ara assegurar os necessários cuidados à saúde, no caso de danos aos indivíduos. Descrever também os p rocedimentos p ara monitoramento da coleta de dados p ara p rover a segurança dos indivíduos, incluindo as medidas de p roteção à confidencialidade; e

h) ap resentar p revisão de ressarcimento de gastos aos sujeitos da p es-quisa. A imp ortância referente não p oderá ser de tal monta que p ossa interferir na autonomia da decisão do indivíduo ou resp onsável de p artici-p ar ou não da artici-p esquisa.

VI. 4 . VI. 4 .VI. 4 .

VI. 4 .VI. 4 . qualificação dos p esquisadores: “curriculum vitae” do p esquisa-dor resp onsável e dos demais p articip antes.

VI. 5 . VI. 5 .VI. 5 .

VI. 5 .VI. 5 . termo de comp romisso do p esquisador resp onsável e da insti-tuição de cump rir os termos desta Resolução.

VII. C

OMITÊDAÉTICA EMPESQUISA

-CEP

Toda p esquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à ap re-ciação de um Comitê de Ética em Pesquisa.

VII. 1 . VII. 1 .VII. 1 .

VII. 1 .VII. 1 . As instituições nas quais se realizem p esquisas envolvendo seres humanos deverão constituir um ou mais de um Comitê de Ética em Pesqui-sa-CEP, conforme suas necessidades.

VII. 2 . VII. 2 .VII. 2 .

VII. 2 .VII. 2 . Na imp ossibilidade de se constituir CEP, a instituição ou o p es-quisador resp onsável deverá submeter o p rojeto à ap reciação do CEP de outra instituição, p referencialmente dentre os indicados p ela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/ MS).

VII. 3 . VII. 3 .VII. 3 .

VII. 3 .VII. 3 . O rO rO rO rO rga n iza çã oga n iza çã oga n iza çã oga n iza çã oga n iza çã o – A organização e criação do CEP será da com-p etência da instituição, rescom-p eitadas as normas desta Resolução, assim como o p rovimento de condições adequadas p ara o seu funcionamento.

VII. 4 . VII. 4 .VII. 4 .

VII. 4 .VII. 4 . C o m p o siçã oC o m p o siçã oC o m p o siçã oC o m p o siçã oC o m p o siçã o – O CEP deverá ser constituído p or colegiado com número não inferior a 7 (sete) membros. Sua constituição deverá in-cluir a p articip ação de p rofissionais da área de saúde, das ciências exatas, sociais e humanas, incluindo, p or exemp lo, juristas, teólogos, sociólogos, filósofos, bioeticistas e, p elo menos, um membro da sociedade rep restando os usuários da instituição. Poderá variar na sua comp osição, dep en-dendo das esp ecificidades da instituição e das linhas de p esquisa a serem analisadas.

VII. 5 . VII. 5 .VII. 5 .

VII. 5 .VII. 5 . Terá semp re caráter multi e transdiscip linar, não devendo haver mais que metade de seus membros p ertencentes à mesma categoria p rofis-sional, p articip ando p essoas dos dois sexos. Poderá ainda contar com con-sultores “ad hoc”, p essoas p ertencentes ou não à instituição, com a finali-dade de fornecer subsídios técnicos.

VII. 6 . VII. 6 .VII. 6 .

VII. 6 .VII. 6 . No caso de p esquisas em grup os vulneráveis, comunidades e coletividades, deverá ser convidado um rep resentante, como membro “ad hoc” do CEP, p ara p articip ar da análise do p rojeto esp ecífico.

VII. 7 . VII. 7 .VII. 7 .

VII. 7 .VII. 7 . Nas p esquisas em p op ulação indígena deverá p articip ar um con-sultor familiarizado com os costumes e tradições da comunidade.

VII. 8 . VII. 8 .VII. 8 .

VII. 8 .VII. 8 . Os membros do CEP deverão se isentar de tomada de decisão, quando diretamente envolvidos na p esquisa em análise.

VII. 9 . VII. 9 .VII. 9 .

VII. 9 .VII. 9 . Ma n da to e e sco lh a do s m e m brMa n da to e e sco lh a do s m e m brMa n da to e e sco lh a do s m e m brMa n da to e e sco lh a do s m e m brMa n da to e e sco lh a do s m e m bro s o s o s o s o s – A comp osição de cada CEP deverá ser definida a critério da instituição, sendo p elo menos metade dos membros com exp eriência em p esquisa, eleitos p elos seus p ares. A escolha da coordenação de cada Comitê deverá ser feita p elos membros que comp õem o colegiado, durante a p rimeira reunião de trabalho. Será de três anos a duração do mandato, sendo p ermitida recondução.

VII. 1 0 . VII. 1 0 .VII. 1 0 .

VII. 1 0 .VII. 1 0 . Re m un e ra çã oRe m un e ra çã oRe m un e ra çã oRe m un e ra çã oRe m un e ra çã o – Os membros do CEP não p oderão ser remu-nerados no desemp enho desta tarefa, sendo recomendável, p orém, que sejam disp ensados nos horários de trabalho do Comitê das outras obriga-ções nas instituiobriga-ções às quais p restam serviço, p odendo receber ressarci-mento de desp esas efetuadas com transp orte, hosp edagem e alimentação.

VII. 1 1 . VII. 1 1 .VII. 1 1 .

VII. 1 1 .VII. 1 1 . ArArArArArquivoquivoquivoquivoquivo – O CEP deverá manter em arquivo o p rojeto, o p rotocolo e os relatórios corresp ondentes p or 5 (cinco) anos ap ós o encer-ramento do estudo.

VII. 1 2 . VII. 1 2 .VII. 1 2 .

VII. 1 2 .VII. 1 2 . Libe rLibe rLibe rLibe rLibe rda de de tra ba lh oda de de tra ba lh oda de de tra ba lh oda de de tra ba lh oda de de tra ba lh o – Os membros dos CEPs deverão ter total indep endência na tomada das decisões no exercício das suas funções, mantendo sob caráter confidencial as informações recebidas. Deste modo, não p odem sofrer qualquer tip o de p ressão p or p arte de sup eriores hierár-quicos ou p elos interessados em determinada p esquisa, devem isentar-se de envolvimento financeiro e não devem estar submetidos a conflito de interesse.

VII. 1 3 . VII. 1 3 .VII. 1 3 .

VII. 1 3 .VII. 1 3 . At r ibuiçõ e s do C EP :At r ibuiçõ e s do C EP :At r ibuiçõ e s do C EP :At r ibuiçõ e s do C EP :At r ibuiçõ e s do C EP :

a) revisar todos os p rotocolos de p esquisa envolvendo seres humanos, inclusive os multicêntricos, cabendo-lhe a resp onsabilidade p rimária p elas decisões sobre a ética da p esquisa a ser desenvolvida na instituição, de modo a garantir e resguardar a integridade e os direitos dos voluntários p articip antes nas referidas p esquisas;

b) emitir p arecer consubstanciado p or escrito, no p razo máximo de 3 0 (trinta) dias, identificando com clareza o ensaio, documentos estudados e data de revisão. A revisão de cada p rotocolo culminará com seu enquadra-mento em uma das seguintes categorias:

• ap rovado;

• com p endência: quando o Comitê considera o p rotocolo como acei-tável, p orém identifica determinados p roblemas no p rotocolo, no formulá-rio do consentimento ou em ambos, e recomenda uma revisão esp ecífica ou solicita uma modificação ou informação relevante, que deverá ser aten-dida em 6 0 (sessenta) dias p elos p esquisadores;

• retirado: quando, transcorrido o p razo, o p rotocolo p ermanece p en-dente;

• não ap rovado; e

• ap rovado e encaminhado, com o devido p arecer, p ara ap reciação p ela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa-CONEP/ MS, nos casos p re-vistos no cap ítulo VIII, item 4 .c.

c) manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos na execução de sua tarefa e arquivamento do p rotocolo comp leto, que ficará à disp o-sição das autoridades sanitárias;

d) acomp anhar o desenvolvimento dos p rojetos através de relatórios anuais dos p esquisadores;

e) desemp enhar p ap el consultivo e educativo, fomentando a reflexão em torno da ética na ciência;

f) receber dos sujeitos da p esquisa ou de qualquer outra p arte denún-cias de abusos ou notificação sobre fatos adversos que p ossam alterar o curso normal do estudo, decidindo p ela continuidade, modificação ou sus-p ensão da sus-p esquisa, devendo, se necessário, adequar o termo de con-sentimento. Considera-se como antiética a p esquisa descontinuada sem justificativa aceita p elo CEP que a ap rovou;

g) requerer instauração de sindicância à direção da instituição em caso de denúncias de irregularidades de natureza ética nas p esquisas e, em ha-vendo comp rovação, comunicar à Comissão Nacional de Ética em Pes-quisa-CONEP/ MS e, no que couber, a outras instâncias; e

h) manter comunicação regular e p er manente com a CONEP/ MS. VII. 1 4 .

VII. 1 4 .VII. 1 4 .

VII. 1 4 .VII. 1 4 . Atua çã o do C EP :Atua çã o do C EP :Atua çã o do C EP :Atua çã o do C EP :Atua çã o do C EP :

a) A revisão ética de toda e qualquer p rop osta de p esquisa envolvendo seres humanos não p oderá ser dissociada da sua análise científica. Pesqui-sa que não se faça acomp anhar do resp ectivo p rotocolo não deve ser ana-lisada p elo Comitê.

b) Cada CEP deverá elaborar suas normas de funcionamento, conten-do metoconten-dologia de trabalho, a exemp lo de: elaboração das atas; p laneja-mento anual de suas atividades; p eriodicidade de reuniões; número míni-mo de p resentes p ara início das reuniões; p razos p ara emissão de p a-receres; critérios p ara solicitação de consultas de ex p ert s na área em que se desejam informações técnicas; modelo de tomada de decisão, etc.

VIII. C

OMISSÃO

N

ACIONALDE

É

TICAEM

P

ESQUISA

(CONEP/ MS)

(5)

O Ministério da Saúde adotará as medidas necessárias p ara o funciona-mento p leno da Comissão e de sua Secretaria Executiva.

VIII. 1 . VIII. 1 .VIII. 1 .

VIII. 1 .VIII. 1 . C o m p o siçã oC o m p o siçã oC o m p o siçã oC o m p o siçã oC o m p o siçã o – A C O NEP te rá co m p o siçã o m ulti e tra n s-discip linar, com p essoas de ambos os sexos e deverá ser comp osta p or 1 3 (treze) membros titulares e seus resp ectivos sup lentes, sendo 0 5 (cinco) deles p ersonalidades destacadas no camp o da ética na p esquisa e na saúde e 0 8 (oito) p ersonalidades com destacada atuação nos camp os teológico, jurídico e outros, assegurando-se que p elo menos um seja da área de ges-tão da saúde. Os membros serão selecionados, a p artir de listas indicativas elaboradas p elas instituições que p ossuem CEP registrados na CO NEP, sendo que 0 7 (sete) serão escolhidos p elo Conselho Nacional de Saúde e 0 6 (seis) serão definidos p or sorteio. Poderá contar também com consulto-res e membros “ad hoc”, assegurada a rep consulto-resentação dos usuários.

VIII. 2 . VIII. 2 .VIII. 2 .

VIII. 2 .VIII. 2 . Cada CEP p oderá indicar duas p ersonalidades. VIII. 3 .

VIII. 3 .VIII. 3 .

VIII. 3 .VIII. 3 . O mandato dos membros da CONEP será de quatro anos com renovação alternada a cada dois anos, de sete ou seis de seus membros.

VIII. 4 . VIII. 4 .VIII. 4 .

VIII. 4 .VIII. 4 . Atribuiçõ e s da C O NEP Atribuiçõ e s da C O NEP Atribuiçõ e s da C O NEP Atribuiçõ e s da C O NEP – Comp ete à CO NEP o exame dosAtribuiçõ e s da C O NEP asp ectos éticos da p esquisa envolvendo seres humanos, bem como a ade-quação e atualização das normas atinentes. A CO NEP consultará a so-ciedade semp re que julgar necessário, cabendo-lhe, entre outras, as se-guintes atribuições:

a) estimular a criação de CEPs institucionais e de outras instâncias; b) registrar os CEPs institucionais e de outras instâncias;

c) ap rovar, no p razo de 6 0 dias, e acomp anhar os p rotocolos de p es-quisa em áreas temáticas esp eciais tais como:

1 – genética humana; 2 – rep rodução humana;

3 – farmácos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos novos (fases I, II e III) ou não registrados no p aís (ainda que fase IV), ou quando a p esqui-sa for referente a seu uso com modalidades, indicações, doses ou vias de administração diferentes daquelas estabelecidas, incluindo seu emp rego em combinações;

4 – equip amentos, insumos e disp ositivos p ara a saúde novos, ou não registrados no p aís;

5 – novos p rocedimentos ainda não consagrados na literatura; 6 – p op ulações indígenas;

7 – p rojetos que envolvam asp ectos de biossegurança;

8 – p esquisas coordenadas do exterior ou com p articip ação estrangeira e p esquisas que envolvam remessa de material biológico p ara o exterior; e 9 – p rojetos que, a critério do CEP, devidamente justificado, sejam julga-dos merecedores de análise p ela CONEP;

d) p rover normas esp ecíficas no camp o da ética em p esquisa, inclusive nas áreas temáticas esp eciais, bem como recomendações p ara ap licação das mesmas;

e) funcionar como instância final de recursos, a p artir de informações for necidas sistematicamente, em caráter ex -of ício ou a p artir de denúncias ou de solicitação de p artes interessadas, devendo manifestar-se em um p razo não sup erior a 6 0 (sessenta) dias;

f) rever resp onsabilidades, p roibir ou interromp er p esquisas, definitiva ou temp orariamente, p odendo requisitar p rotocolos p ara revisão ética, inclusive os já ap rovados p elo CEP;

g) constituir um sistema de informação e acompanhamento dos aspectos éticos das p esquisas envolvendo seres humanos em todo o território nacio-nal, mantendo atualizados os bancos de dados;

h) informar e assessorar o MS, o CNS e outras instâncias do SUS, bem como do governo e da sociedade, sobre questões éticas relativas à p es-quisa em seres humanos;

i) divulgar esta e outras normas relativas à ética em p esquisa envol-vendo seres humanos;

j) a CONEP, juntamente com outros setores do Ministério da Saúde, estabelecerá normas e critérios p ara o credenciamento de Centros de Pes-quisa. Este credenciamento deverá ser p rop osto p elos setores do Ministé-rio da Saúde, de acordo com suas necessidades, e ap rovado p elo Conselho Nacional de Saúde; e

l) estabelecer suas p róp rias normas de funcionamento. VIII. 5 .

VIII. 5 .VIII. 5 .

VIII. 5 .VIII. 5 . A CONEP submeterá ao CNS p ara sua deliberação:

a) p rop ostas de normas gerais a serem ap licadas às p esquisas envol-vendo seres humanos, inclusive modificações desta norma;

b) p lano de trabalho anual;

c) relatório anual de suas atividades, incluindo sumário dos CEP es-tabelecidos e dos p rojetos analisados.

IX. O

PERACIONALIZAÇÃO IX. 1 .

IX. 1 .IX. 1 .

IX. 1 .IX. 1 . Todo e qualquer p rojeto de p esquisa envolvendo seres humanos deverá obedecer às recomendações desta Resolução e dos documentos endossados em seu p reâmbulo. A resp onsabilidade do p esquisador é inde-legável, indeclinável e comp reende os asp ectos éticos e legais.

IX. 2 . IX. 2 .IX. 2 .

IX. 2 .IX. 2 . Ao p esquisador cabe:

a) ap resentar o p rotocolo, devidamente instruído ao CEP, aguardando o p ronunciamento deste, antes de iniciar a p esquisa;

b) desenvolver o p rojeto conforme delineado; c) elaborar e ap resentar os relatórios p arciais e final;

d) ap resentar dados solicitados p elo CEP, a qualquer momento; e) manter em arquivo, sob sua guarda, p or 5 anos, os dados da p es-quisa, contendo fichas individuais e todos os demais documentos reco-mendados p elo CEP;

f) encaminhar os resultados p ara p ublicação, com os devidos créditos aos p esquisadores associados e ao p essoal técnico p articip ante do p rojeto; g) justificar, p erante o CEP, interrup ção do p rojeto ou a não p ublicação dos resultados.

IX. 3 . IX. 3 .IX. 3 .

IX. 3 .IX. 3 . O Comitê de Ética em Pesquisa institucional deverá estar regis-trado junto à CONEP/ MS.

IX. 4 . IX. 4 .IX. 4 .

IX. 4 .IX. 4 . Uma vez ap rovado o p rojeto, o CEP p assa a ser co-resp onsável no que se refere aos asp ectos éticos da p esquisa.

IX. 5 . IX. 5 .IX. 5 .

IX. 5 .IX. 5 . Consideram-se autorizados p ara execução os p rojetos ap rovados p elo CEP, exceto os que se enquadrarem nas áreas temáticas esp eciais, os quais, ap ós ap rovação p elo CEP institucional deverão ser enviados à CO-NEP/ MS, que dará o devido encaminhamento.

IX. 6 . IX. 6 .IX. 6 .

IX. 6 .IX. 6 . Pesquisas com novos medicamentos, vacinas, testes diagnósti-cos, equip amentos e disp ositivos p ara a saúde deverão ser encaminhados do CEP à CONEP/ MS e desta, ap ós p arecer, à Secretária de Vigilância Sanitária.

IX. 7 . IX. 7 .IX. 7 .

IX. 7 .IX. 7 . As agências de fomento à p esquisa e o corp o editorial das revis-tas científicas deverão exigir documentação comp robatória de ap rovação do p rojeto p elo CEP e/ ou CONEP, quando for o caso.

IX. 8 . IX. 8 .IX. 8 .

IX. 8 .IX. 8 . O s CEP institucionais deverão encaminhar trimestralmente à CONEP/ MS a relação dos p rojetos de p esquisa analisados, ap rovados e concluídos, bem como dos p rojetos em andamento e, imediatamente, aque-les susp ensos.

X. D

ISPOSIÇÕESTRANSITÓRIAS X. 1 .

X. 1 .X. 1 .

X. 1 .X. 1 . O Grup o Executivo de Trabalho-GET, constituído através da Re-solução CNS 1 7 0 / 9 5 , assumirá as atribuições da CONEP até a sua cons-tituição, resp onsabilizando-se p or:

a) tomar as medidas necessárias ao p rocesso de criação da CONEP/ MS;

b) estabelecer normas p ara registro dos CEP institucionais. X. 2 .

X. 2 .X. 2 .

X. 2 .X. 2 . O GET terá 1 8 0 dias p ara finalizar as suas tarefas. X. 3 .

X. 3 .X. 3 .

X. 3 .X. 3 . Os CEP das instituições devem p roceder no p razo de 9 0 (noven-ta) dias, ao levantamento e análise, se for o caso, dos p rojetos de p esquisa em seres humanos já em andamento, devendo encaminhar à CONEP/ MS a relação dos mesmos.

X. 4 . X. 4 .X. 4 .

X. 4 .X. 4 . Fica revogada a Resolução 0 1 / 8 8 .

A

DIB

D. J

ATENE

Presidente do Conselho Nacional de Saúde

H omologo a Resolução CNS nº 1 9 6 , de 1 0 de outubro de 1 9 9 6 , nos termos do Decreto de Delegação Comp etência de 1 2 de novembro 1 9 9 1 .

A

DIB

D. J

ATENE

(6)

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Décima Q uinta Reunião Extraordinária, realizada no dia 0 5 de agosto de 1 9 9 7 , no uso de suas comp etências regimentais e atribuições conferidas p ela Lei nº 8 .0 8 0 , de 1 9 de setembro de 1 9 9 0 , e p ela Lei nº 8 .1 4 2 , de 2 8 de dezembro de 1 9 9 0 , Resolve:

Ap rovar as seguintes normas de p esquisa envolvendo seres humanos p ara a área temática de p esquisa com novos fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos:

I. P

REÂMBULO I. 1 .

I. 1 .I. 1 .

I. 1 .I. 1 . A p resente Resolução incorp ora todas as disp osições contidas na Resolução 1 9 6 / 9 6 do Conselho Nacional de Saúde, sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, da qual esta é p arte comp lementar da área temática esp ecífica de p esquisa com novos fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos.

I. 2 . I. 2 .I. 2 . I. 2 .

I. 2 . Rep orta-se ainda à Resolução do Grup o Mercado Comum (GMC) Nº 1 2 9 / 9 6 , da qual o Brasil é signatário, que disp õe acerca de regulamen-to técnico sobre a verificação de boas p ráticas de p esquisa clínica.

I. 3 . I. 3 .I. 3 . I. 3 .

I. 3 . Deverão ser obedecidas as normas, resoluções e regulamentações emanadas da SVS/ MS, subordinando-se à sua autorização p ara execução e subseqüente acomp anhamento e controle, o desenvolvimento técnico dos p rojetos de p esquisa de Farmacologia Clínica (Fases I, II, III e IV de p rodutos não registrados no p aís) e de Biodisp onibilidade e de Bioequiva-lência. Os p rojetos de p esquisa nesta área devem obedecer ao disp osto na Lei 6 .3 6 0 (2 3 de setembro de 1 9 7 6 ) regulamentada pelo Decreto nº 7 9 .0 9 4 (5 de janeiro de 1 9 7 7 ).

I. 4 . I. 4 .I. 4 . I. 4 .

I. 4 . Em qualquer ensaio clínico e p articularmente nos conflitos de inte-resses envolvidos na p esquisa com novos p rodutos, a dignidade e o bem-estar do sujeito incluído na p esquisa devem p revalecer sobre outros inte-resses, sejam econômicos, da ciência ou da comunidade.

I. 5 . I. 5 .I. 5 . I. 5 .

I. 5 . É fundamental que toda p esquisa na área temática deva estar ali-cerçada em normas e conhecimentos cientificamente consagrados em ex-p eriências laboratoriais, in vit ro e conhecimento da literatura ex-p ertinente.

I. 6 . I. 6 .I. 6 . I. 6 .

I. 6 . É necessário que a investigação de novos p rodutos seja justificada e que os mesmos efetivamente acarretem avanços significativos em rela-ção aos já existentes.

II. T

ERMOS EDEFINIÇÕES II. 1 .

II. 1 .II. 1 . II. 1 .

II. 1 . Pesquisas com novos fár macos, medicamentos, vacinas ou testes diagnósticos – Refere-se às p esquisas com estes tip os de p rodutos em fase I, II ou III, ou não registrados no p aís, ainda que fase IV quando a p esquisa for referente ao seu uso com modalidades, indicações, doses ou vias de administração diferentes daquelas estabelecidas quando da autorização do registro, incluindo seu emp rego em combinações, bem como os estudos de biodisp onibilidade e/ ou bioequivalência.

II. 2 . II. 2 .II. 2 . II. 2 .

II. 2 . Ficam incorp orados, p assando a fazer p arte da p resente Resolu-ção, os termos a seguir referidos que constam da Resolução do Grup o Mercado Comum (GMC nº 1 2 9 / 9 6 ):

a . a .a . a . a . Fa se IFa se IFa se IFa se IFa se I

É o p rimeiro estudo em seres humanos em p equenos grup os de p esqui-sas voluntárias, em geral sadias, de um novo p rincíp io ativo, ou nova for-mulação, p esquisado geralmente em p essoas voluntárias. Estas p esquisas se p rop õem estabelecer uma evolução p reliminar da segurança e do p erfil farmacocinético e, quando p ossível, um p erfil farmacodinâmico.

b . b .b . b . b . Fa se IIFa se IIFa se IIFa se IIFa se II

(Est u d o Terap êu t ico Pilot o)

Os objetivos do Estudo Terap êutico Piloto visam demonstrar a atividade e estabelecer a segurança a curto p razo do p rincíp io ativo, em p acientes

afetados p or uma determinada enfermidade ou condição p atológica. As p esquisas realizam-se em um número limitado (p equeno) de p essoas e fre-qüentemente são seguidas de um estudo de administração. Deve ser p ossí-vel, também, estabelecer-se as relações dose-resp osta, com o objetivo de obter sólidos antecedentes p ara a descrição de estudos terap êuticos am-p liados (Fase III).

c . c .c . c . c . Fa se IIIFa se IIIFa se IIIFa se IIIFa se III

Est u d o Terap êu t ico A m p liad o

São estudos realizados em grandes e variados grup os de p acientes, com o objetivo de determinar:

• o resultado do risco/ benefício a curto e longo p razos das formulações do p rincíp io ativo.

• de maneira global (geral) o valor terap êutico relativo.

Exp loram-se nesta fase o tip o e p erfil das reações adversas mais fre-qüentes, assim como características esp eciais do medicamento e/ ou es-p ecialidade medicinal, es-p or exemes-p lo: interações clinicamente relevantes, p rincip ais fatores modificatórios do efeito, tais como idade, etc.

d . d .d . d . d . Fa se IVFa se IVFa se IVFa se IVFa se IV

São p esquisas realizadas dep ois de comercializado o p roduto e/ ou es-p ecialidade medicinal.

Estas p esquisas são executadas com base nas características com que foi autorizado o medicamento e/ ou esp ecialidade medicinal. Geralmente são estudos de vigilância p ós-comercialização, p ara estabelecer o valor terap êutico, o surgimento de novas reações adversas e/ ou confirmação da freqüência de surgimento das já conhecidas, e as estratégias de tratamento. Nas p esquisas de fase IV devem-se seguir as mesmas normas éticas e científicas ap licadas às p esquisas de fases anteriores.

Dep ois que um medicamento e/ ou esp ecialidade medicinal tenha sido comercializado, as p esquisas clínicas desenvolvidas p ara exp lorar novas indicações, novos métodos de administração ou novas combinações (as-sociações), etc., são consideradas como p esquisa de novo medicamento e/ ou esp ecialidade medicinal.

e . e .e . e .

e . F a rF a rF a rF a rF a r m a c o c in é t ic am a c o c in é t ic am a c o c in é t ic am a c o c in é t ic am a c o c in é t ic a

Em geral, são todas as modificações que um sistema biológico p roduz em um p rincíp io ativo.

O p erativamente, é o estudo da cinética (relação quantitativa entre a variável indep endente temp o e a variável dep endente concentração) dos p rocessos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos me-dicamentos (p rincíp ios ativos e/ ou seus metabolitos).

f. f.f. f.

f. F a rF a rF a rF a rF a r m a c o d in â m ic am a c o d in â m ic am a c o d in â m ic am a c o d in â m ic am a c o d in â m ic a

São todas as modificações que um p rincíp io ativo p roduz em um siste-ma biológico. Do p onto de vista p rático, é o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos medicamentos e seus mecanismos de ação.

g . g .g . g .

g . Ma rMa rMa rMa rMa r g e m d e S e g u r a n çag e m d e S e g u r a n ç ag e m d e S e g u r a n ç ag e m d e S e g u r a n ç ag e m d e S e g u r a n ç a

Indicador farmacodinâmico que exp ressa a diferença entre a dose tóxi-ca (p or exemp lo DL 5 0 ) e a dose efetiva (p or exemp lo DE 5 0 ).

h . h .h . h .

h . Ma rMa rMa rMa rMa r g e m Tg e m Tg e m Tg e m Tg e m Te r a p ê u t ic ae r a p ê u t ic ae r a p ê u t ic ae r a p ê u t ic ae r a p ê u t ic a

É a relação entre a dose máxima tolerada, ou também tóxica, e a dose terap êutica (Dose tóxica/ dose terap êutica). Em farmacologia clínica se emp rega como equivalente de Índice Terap êutico.

III. R

ESPONSABILIDADEDOPESQUISADOR III. 1 .

III. 1 .III. 1 . III. 1 .

III. 1 . Reafirma-se a resp onsabilidade indelegável e intransferível do p es-quisador nos termos da Resolução 1 9 6 / 9 6 . Da mesma forma reafirmam-se todas as resp onsabilidades p revistas na referida Resolução, em p articu-lar a garantia de condições p ara o atendimento dos sujeitos da p esquisa.

III. 2 . III. 2 .III. 2 . III. 2 .

III. 2 . O p esquisador resp onsável deverá:

a – Ap resentar ao Comité de Ética em Pesquisa – CEP – o p rojeto de p esquisa comp leto, nos termos da Resolução 1 9 6 / 9 6 e desta Resolução.

Resolução nº 251

(7)

b – Manter em arquivo, resp eitando a confidencialidade e o sigilo, as fichas corresp ondentes a cada sujeito incluído na p esquisa, p or 5 anos, ap ós o término da p esquisa.

c – Ap resentar relatório detalhado semp re que solicitado ou estabelecido p elo CEP, p ela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa-CONEP ou p ela Secretaria de Vigilância Sanitária – SVS/ MS.

d – Comunicar ao CEP a ocorrência de efeitos colaterais e/ ou de rea-ções adversas não esp eradas.

e – Comunicar também p rop ostas de eventuais modificações no p rojeto e/ ou justificativa de interrup ção, aguardando a ap reciação do CEP, exceto em caso urgente p ara salvaguardar a p roteção dos sujeitos da p esquisa, devendo então ser comunicado o CEP a p ost eriori, na p rimeira op ortuni-dade.

f – Colocar à disp osição do CEP, da CONEP e da SVS/ MS toda in-for mação devidamente requerida.

g – Proceder à análise contínua dos resultados, à medida que p rossegue a p esquisa, com o objetivo de detectar o mais cedo p ossível benefícios de um tratamento sobre outro ou p ara evitar efeitos adversos em sujeitos de p esquisa.

h – Ap resentar relatórios p eriódicos dentro de p razos estip ulados p elo CEP havendo, no mínimo, relatório semestral e relatório final.

i – Dar acesso aos resultados de exames e de tratamento ao médico do p aciente e/ ou ao p róp rio p aciente semp re que solicitado e/ ou indicado.

j – Recomendar que a mesma p essoa não seja sujeito de p esquisa em novo p rojeto antes de decorrido um ano de sua p articip ação em p esquisa anterior, a menos que p ossa haver benefício direto ao sujeito da p esquisa.

IV. P

ROTOCOLODEPESQUISA IV

IVIV

IVIV. 1 .. 1 .. 1 .. 1 .. 1 . O p rotocolo deve conter todos os itens referidos no Cap . VI da Resolução 1 9 6 / 9 6 e ainda as informações farmacológicas básicas adequa-das à fase do p rojeto, em cump rimento da Res. GMC 1 2 9 / 9 6 – Mercosul – incluindo:

a – Esp ecificação e fundamentação da fase de p esquisa clínica na qual se realizará o estudo, demonstrando que fases anteriores já foram cum-p ridas.

b – Descrição da substância farmacológica ou p roduto em investigação, incluindo a fórmula química e/ ou estrutural e um breve sumário das p ro-p riedades físicas, químicas e farmacêuticas relevantes. Q uaisquer seme-lhanças estruturais com outros comp ostos conhecidos devem ser também mencionadas.

c – Ap resentação detalhada da informação p ré-clínica necessária p ara justificar a fase do p rojeto, contendo relato dos estudos exp erimentais (ma-teriais e métodos, animais utilizados, testes laboratoriais, dados referentes a farmacodinâmica, margem de segurança, margem terap êutica, farmaco-cinética e toxicologia, no caso de drogas, medicamentos ou vacinas). Os resultados p ré-clínicos devem ser acomp anhados de uma discussão quanto à relevância dos achados, em conexão com os efeitos terap êuticos esp era-dos e p ossíveis efeitos indesejaera-dos em humanos.

d – Os dados referentes à toxicologia p ré-clínica comp reendem o estu-do da toxicidade aguda, subaguda a estu-doses rep etidas e toxicidade crônica (doses rep etidas).

e – Os estudos de toxicidade deverão ser realizados p elo menos em 3 esp écies animais, de ambos os sexos, das quais uma deverá ser de ma-míferos não roedores.

f – No estudo da toxicidade aguda deverão ser utilizadas duas vias de administração, sendo que uma delas deverá estar relacionada com a reco-mendada p ara o uso terap êutico p rop osto e a outra deverá ser uma via que assegure a absorção do fármaco.

g – No estudo da toxicidade subaguda e a doses rep etidas e da toxicida-de crônica, a via toxicida-de administração toxicida-deverá estar relacionada com a p rop os-ta de emp rego terap êutico; a duração do exp erimento deverá ser de no mínimo 2 4 semanas.

h – Na fase p ré-clínica, os estudos da toxicidade deverão abranger tam-bém a análise dos efeitos sobre a fertilidade, embriotoxicidade, atividade mutagênica, p otencial oncogênico (carcinogênico) e ainda outros estudos, de acordo com a natureza do fármaco e da p rop osta terap êutica.

i – De acordo com a imp ortância do p rojeto, tendo em vista a p re-mência de temp o, e na ausência de outros métodos terap êuticos, o CEP p oderá ap rovar p rojetos sem cump rimento de todas as fases da farma-cologia clínica; neste caso deverá haver também ap rovação da CONEP e da SVS/ MS.

j – Informação quanto à situação das p esquisas e do registro do p roduto no p aís de origem.

k – Ap resentação das informações clínicas detalhadas obtidas durante as fases prévias, relacionadas à segurança, farmacodinâmica, eficácia, dose-resp osta, observadas em estudos no ser humano, seja voluntários sadios ou p acientes. Se p ossível, cada ensaio deve ser resumido individualmente, com descrição de objetivos, desenho, método, resultados (segurança e efi-cácia) e conclusões. Quando o número de estudos for grande, resumir em grup os p or fase p ara facilitar a discussão dos resultados e de suas imp lica-ções.

l – J ustificativa p ara o uso de p lacebo e eventual susp ensão de tra-tamento (wash ou t ).

m – Assegurar p or p arte do p atrocinador ou, na sua inexistência, p or p arte da instituição, p esquisador ou p romotor, acesso ao medicamento em teste, caso se comp rove sua sup erioridade em relação ao tratamento con-vencional.

n – Em estudos multicêntricos o p esquisador deve, na medida do p os-sível, p articip ar do delineamento do p rojeto antes de ser iniciado. Caso não seja p ossível, deve declarar que concorda com o delineamento já ela-borado e que o seguirá.

o – O pesquisador deve receber do patrocinador todos os dados referentes ao fármaco.

p – O financiamento não deve estar vinculado a p agamento p er cap it a dos sujeitos efetivamente recrutados.

q – O p rotocolo deve ser acomp anhado do termo de consentimento: quando se tratar de sujeitos cuja cap acidade de autodeterminação não seja p lena, além do consentimento do resp onsável legal, deve ser levada em conta a manifestação do p róp rio sujeito, ainda que com cap acidade redu-zida (p or exemp lo, idoso) ou não desenvolvida (p or exemp lo, criança).

r – Pesquisa em p acientes p siquiátricos: o consentimento, semp re que p ossível, deve ser obtido do p róp rio p aciente. É imp rescindível que, p ara cada p aciente p siquiátrico candidato a p articip ar da p esquisa, se estabele-ça o grau de cap acidade de exp ressar o consentimento livre e esclarecido, avaliado p or p rofissional p siquiatra e que não seja p esquisador envolvido no p rojeto.

No caso de drogas com ação p sicofarmacológica, deve ser feita análise crítica quanto aos riscos eventuais de se criar dep endência.

IV IVIV

IVIV. 2 .. 2 .. 2 .. 2 .. 2 . Inclusão na p esquisa de sujeitos sadios:

a – justificar a necessidade de sua inclusão no p rojeto de p esquisa; ana-lisar criticamente os riscos envolvidos.

b – Descrever as formas de recrutamento, não devendo haver situação de dep endência.

c – No caso de drogas com ação p sicofarmacológica, analisar critica-mente os riscos de se criar dep endência.

V. A

TRIBUIÇÕES DO

CEP

V

VV

VV. 1 .. 1 .. 1 .. 1 .. 1 . O CEP assumirá com o p esquisador a co-resp onsabilidade p ela p reservação de condutas eticamente corretas no p rojeto e no desenvolvi-mento da p esquisa, cabendo-lhe ainda:

a – Emitir p arecer consubstanciado ap reciando o embasamento científi-co e a adequação dos estudos das fases anteriores, inclusive p ré-clínica, com ênfase na segurança, toxicidade, reações ou efeitos adversos, eficácia e resultados;

b – Ap rovar a justificativa do uso de p lacebo e wash ou t;

c – Solicitar ao p esquisador p rincip al os relatórios p arciais e final, esta-belecendo os p razos (no mínimo um relatório semestral) de acordo com as características da p esquisa. Cóp ias dos relatórios devem ser enviadas à SVS/ MS.

(8)

que o p roduto em investigação é eficaz e/ ou seguro ou que é equivalente ou melhor que outros p rodutos existentes.

e – Convocar sujeitos da p esquisa p ara acomp anhamento e avaliação. f – Requerer à direção da instituição a instalação de sindicância, a sus-p ensão ou interrusus-p ção da sus-p esquisa, comunicando o fato à CO NEP e à SVS/ MS;

g – Q ualquer indício de fraude ou infringência ética de qualquer na-tureza deve levar o CEP a solicitar a instalação de Comissão de Sindicância e comunicar à CONEP, SVS/ MS e demais órgãos (direção da Instituição, Conselhos Regionais p ertinentes), os resultados.

h – Comunicar à CONEP e à SVS/ MS a ocorrência de eventos adver-sos graves;

i – Comunicar à instituição a ocorrência ou existência de p roblemas de resp onsabilidade administrativa que p ossam interferir com a ética da p es-quisa: em seguida dar ciência à CONEP e à SVS/ MS e, se for o caso, aos Conselhos Regionais;

V VV

VV. 2 .. 2 .. 2 .. 2 .. 2 . Fica delegado ao CEP a ap rovação, do p onto de vista da ética, dos p rojetos de p esquisa com novos fármacos, medicamentos e testes diag-nósticos, devendo p orém ser encaminhado à CONEP e à SVS/ MS:

a – Cóp ia do p arecer consubstanciado de ap rovação, com folha de ros-to p reenchida;

b - Parecer sobre os relatórios p arciais e final da p esquisa;

c – Outros documentos que, eventualmente, o p róp rio CEP, a CONEP ou a SVS considerem necessários.

V VV

VV. 3 .. 3 .. 3 .. 3 .. 3 . Em p esquisas que abrangem p acientes submetidos a situações de emergência ou de urgência, caberá ao CEP ap rovar p reviamente as condi-ções ou limites em que se dará o consentimento livre e esclarecido, deven-do o p esquisadeven-dor comunicar op ortunamente ao sujeito da p esquisa sua p articip ação no p rojeto.

V VV

VV. 4 .. 4 .. 4 .. 4 .. 4 . Avaliar se estão sendo asseguradas todas as medidas adequadas, nos casos de p esquisas em seres humanos cuja cap acidade de autodeter-minação seja ou esteja reduzida ou limitada.

VI. O

PERACIONALIZAÇÃO VI. 1 .

VI. 1 .VI. 1 .

VI. 1 .VI. 1 . A CO NEP exercerá suas atribuições nos termos da Resolução 1 9 6 / 9 6 , com destaque p ara as seguintes atividades:

a – organizar, com base nos dados fornecidos p elos CEPs (p arecer con-substanciado de ap rovação, folha de rosto devidamente p reenchida,

rela-tórios p arciais e final, etc.) o sistema de informação e acomp anhamento (item VIII.9 .g, da Resolução 1 9 6 / 9 6 ).

b – organizar sistema de avaliação e acomp anhamento das atividades dos CEP. Tal sistema, que deverá também servir p ara o intercâmbio de informações e p ara a troca de exp eriências entre os CEP, será discip linado p or normas esp ecíficas da CONEP, tendo, p orém, a característica de atua-ção interp ares, isto é, realizado p or membros dos diversos CEP, com rela-tório à CONEP.

c – comunicar às autoridades comp etentes, em p articular à Secretaria de Vigilância Sanitária/ MS, p ara as medidas cabíveis, os casos de infração ética ap urados na execução dos p rojetos de p esquisa.

d – p restar as informações necessárias aos órgãos do Ministério da Saú-de, em p articular à Secretaria de Vigilância Sanitária, p ara o p leno exer-cício das suas resp ectivas atribuições, no que se refere às p esquisas abran-gidas p ela p resente Resolução.

VI. 2 . VI. 2 .VI. 2 .

VI. 2 .VI. 2 . A Secretaria de Vigilância Sanitária/ MS exercerá suas atribui-ções nos termos da Resolução 1 9 6 / 9 6 , com destaque p ara as seguintes atividades:

a – Comunicar, p or escrito, à CONEP os eventuais indícios de infrações de natureza ética que sejam observados ou detectados durante a execução dos p rojetos de p esquisa abrangidos p ela p resente Resolução.

b – Prestar, quando solicitado ou julgado p ertinente, as informações necessárias p ara o p leno exercício das atribuições da CONEP.

c – Nos casos de p esquisas envolvendo situações p ara as quais não há tratamento consagrado (“uso humanitário” ou “p or comp aixão”), p oderá vir a ser autorizada a liberação do p roduto, em caráter de emergência, desde que tenha havido ap rovação p elo CEP, ratificada p ela CO NEP e p ela SVS/ MS.

d – Normatizar seus p rocedimentos op eracionais internos, visando o efetivo controle sanitário dos p rodutos objeto de p esquisa clínica.

C

ARLOS

C

ÉSAR

S.

DE

A

LBUQUERQUE

Presidente do Conselho Nacional de Saúde

Homologo a Resolução CNS nº 2 5 1 , de 0 5 de agosto de 1 9 9 7 , nos ter-mos do Decreto de Delegação Comp etência de 1 2 de novembro 1 9 9 1 .

C

ARLOS

C

ÉSAR

S.

DE

A

LBUQUERQUE

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