• Nenhum resultado encontrado

NOVA Medical School |Faculdade de Ciências Médicas Universidade Nova de Lisboa

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "NOVA Medical School |Faculdade de Ciências Médicas Universidade Nova de Lisboa"

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

NOVA Medical School |Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Nova de Lisboa

Relatório Final

Estágio Profissionalizante

Mestrado Integrado em Medicina

6º ano

Ano Letivo 2016/2017

Lisboa, Junho 2017

(2)

Índice

I INTRODUÇÃO ……….. 3

II OBJETIVOS GERAIS ...………. 3

III DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ………...….. 4

1. Estágio de Saúde Mental ……….………..……….. 4

2. Estágio de Medicina Geral e Familiar ………..……….. 5

3. Estágio de Pediatria ……….……….……….... 5

4. Estágio de Ginecologia e Obstetrícia ……….……….………... 6

5. Estágio de Cirurgia ……….………...… 7

6. Estágio de Medicina Interna ……….………...… 7

7. Estágio Clínico Opcional - Medicina Intensiva .……….……... 8

IV ATIVIDADE SUPLEMENTAR … ……….……….. 8

V REFLEXÃO CRÍTICA FINAL …..……….………..……. 9

VI ANEXOS …..………..……….…………... 11

I. Cronograma Ano letivo 2016/2017 .……….………..……... 12

II. Trabalhos realizados no âmbito do estágio profissionalizante …..………..……… 13

III. Atividades Extracurriculares ………... 14

(3)

I

INTRODUÇÃO

O sexto ano do Mestrado Integrado em Medicina, doravante MIM, da NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa (NMS-UNL) organiza-se sob a forma de um estágio profissionalizante

composto por um sistema de rotação em diversas áreas clínicas.

O presente relatório, elaborado segundo as “Orientações referentes às provas finais de avaliação do

MIM da NMS da UNL - ano letivo 2016-2017”, visa expor, de modo sucinto, as atividades realizadas ao longo

do último ano de formação académica do MIM, correspondentes aos estágios parcelares rotativos – Saúde

Mental, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia e Medicina Interna e, ainda,

estágio clínico opcional. Neste sentido, inclui a descrição e análise das atividades curriculares

desenvolvidas, assente no principal motor deste ano profissionalizante, que destina estimular a progressiva

autonomia e responsabilidade do estudante, bem como a aplicação correta dos conhecimentos, gestos e

atitudes previamente adquiridos, num processo de transição e crescimento da formação académica para a

formação profissional de um médico não especialista. A descrição das atividades encerra, igualmente, uma

reflexão crítica das várias fases do estágio, de carácter individual e subjetivo, visto que com o presente

relatório se pretende auferir uma análise pessoal dos acontecimentos e vivências experienciados.

Estruturalmente, o relatório encontra-se dividido nas seguintes secções: 1. Apresentação dos objetivos

gerais da pré graduação em Medicina e específicos do ano curricular; 2. Descrição sumária das atividades

desenvolvidas nas diversas unidades curriculares (UCs), enumeradas por ordem cronológica de realização;

3. Enumeração e explicitação de atividades suplementares consideradas relevantes para o percurso

académico individual; 4. Análise crítica final, com autorreflexão do trabalho desenvolvido; 5. Secção final de

anexos, referente à participação em atividades extracurriculares.

II

OBJETIVOS

No documento lançado em 2005, “O Licenciado Médico em Portugal”, é definido, como finalidade geral

da educação médica pré-graduada, o seguinte: “(…) adquirir uma base de conhecimentos sólida e

coerente, associada a um adequado conjunto de valores, atitudes e aptidões que lhe permita tornar-se

um médico fortemente empenhado nas bases científicas da arte da Medicina, nos princípios éticos, na

abordagem humanista que constituiu o fundamento da prática médica e, no aperfeiçoamento, ao longo da

(4)

servem.”. Por considerar que o citado fundamenta a conceção de um verdadeiro médico, subscrevo este ultimo parágrafo, como a principal missão para todo o ano profissionalizante, que é o 6º Ano.

No seguimento, para o aprimoramento e desenvolvimento dessas capacidades, incitei-me ao

cumprimento de um conjunto de competências clínicas, comportamentos e atitudes, entre as quais destaco:

aperfeiçoar o método de colheita anamnésica e execução do exame objetivo; promover a acuidade do

raciocínio clínico, através do delineamento de hipóteses diagnósticas, requisição de exames

complementares, instituição de terapêutica, avaliação prognóstica e recomendação de medidas preventivas;

estabelecer uma boa relação médico-doente, utilizando uma abordagem bio-psicosocial abrangente;

vivenciar o exercício da Medicina nas diversas valências, familiarizando com as principais patologias

vigentes a cada especialidade; aplicar princípios éticos em todas as vertentes da prática médica; demonstrar

aptidões de proatividade e auto-aprendizagem; otimizar a capacidade de trabalho em equipa e comunicação

no contexto multidisciplinar de cuidados de saúde. Delineio, como principal desafio, o desenvolvimento de

autonomia na observação continuada do doente, com apreciação da sua evolução.

III

DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

1. Estágio de Saúde Mental(4 semanas:12 de Setembro 2016 a 7 de Outubro de 2016)

Local: Serviço de Psiquiatria Geral e Transcultural (PGT) - Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL)

Coordenador da UC: Prof. Doutor Miguel Xavier || Orientador/Tutor do Estágio: Dra. Inês Cargaleiro

O estágio englobou uma componente teórico-prática e uma prática. Como principais objetivos saliento a

aquisição de conhecimentos e capacidades de diagnóstico e intervenção clínica, através do

acompanhamento tutelado de doentes com patologia psiquiátrica; a integração numa equipa multidisciplinar;

a contextualização do doente no domínio biopsicossocial e a compreensão do exíguo e mal definido limite

entre traços de personalidade ajustáveis e os pendentes para a patologia. As secções teórico-práticas

lecionadas pelo Prof. Doutor Miguel Xavier, consistiram, globalmente, na apresentação de casos clínicos

psiquiátricos prevalentes no Serviço de Urgência e discussão do tema “Estigma e Doença Mental” na prática

clínica hospitalar, sociedade e cultura da época corrente. A vertente prática decorreu essencialmente no

serviço PGT, pavilhão 24 do CHPL, sob a orientação da Dra. Inês Cargaleiro, acompanhando-a na execução

das suas funções clínicas; nas consultas externas, no pavilhão 20 do CHPL; no serviço de urgência do

(5)

Bento, que se distingue pela sua singularidade, ao integrar e apoiar sem-abrigos e refugiados da área

metropolitana de Lisboa. No PGT, foi possível interagir com diferentes vertentes patológicas da Saúde

Mental, incluindo, perturbações da personalidade, psicoses delirantes, atípicas e tóxicas. No seguimento,

procedi à análise e exposição oral, na reunião geral de serviço, de um artigo científico.

2. Estágio de Medicina Geral e Familiar(4 semanas:10 de Outubro de 2016 a 4 de Novembro de 2016)

Local: USF Oriente

Coordenador da UC: Prof.ª Doutora Isabel Santos || Orientador/Tutor do Estágio: Dra. Ana Isabel Esteves

Os objetivos delineados para este estágio centraram-se na criação de uma relação médico-doente sólida,

com destaque para o respetivo núcleo familiar, social e laboral; na identificação das principais razões que

motivaram os utentes aos Cuidados de Saúde Primários e na aquisição de conhecimentos mais sólidos na

terapêutica e medicina preventiva. Estruturalmente, o estágio compreendeu o acompanhamento tutoreado

das diferentes consultas da USF, nomeadamente, Saúde de Adulto (tipo de consulta maioritariamente

observada, dado ser o grupo demográfico mais prevalente nos CSP), Consulta de Diabetes, Consulta Aberta

e de Intersubstituição (25 consultas), Consulta de Saúde Infantil e Juvenil (19 consultas), Consulta de Saúde

Materna (6 consultas), Consulta de Planeamento Familiar (14 consultas) e Consultas ao Domicílio (2 de

cariz médico e 1 de enfermagem). Globalmente, as consultas foram munidas de um carácter fortemente

preventivo e dedicadas ao acompanhamento continuado dos principais problemas e à prestação de

cuidados imediatos. Ao longo do estágio foi possível incrementar o nível de conhecimento ajustável a

diferentes situações e aperfeiçoar as valências práticas.

3. Estágio de Pediatria(4 semanas:7 de Novembro 2016 a 2 de Dezembro 2016)

Local: Hospital Dona Estefânia (HDE) do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC)

Coordenador da UC: Prof. Doutor Luís Varandas || Orientador/Tutor do Estágio: Dra. Paula Kjöllerström

Para o estágio de Pediatria defini como objetivos essenciais a compreensão, de forma mais ampla e ao

mesmo tempo específica, das dimensões patológicas inseridas na faixa pediátrica; aquisição de destreza

na abordagem diagnóstica e terapêutica em contexto pediátrico e, o treino de aptidões de comunicação

interpessoal com a respetiva família. O estágio foi constituído por uma componente prática e teórica. A

primeira decorreu predominantemente na enfermaria do internamento de Hematologia pediátrica (com

observação de patologias pouco comuns noutros contextos, nomeadamente Síndrome Hipereosinofilia 1º,

(6)

Kjöllerström. Ademais, foi possível participar em consultas externas de Hematologia pediátrica (local mais

propício à aprendizagem de doenças raras, com a investigação de componente genético e/ou hereditário),

Imunoalergologia (Dra. Sónia Rosa), Infeciologia (Infeciologia Pediátrica, Orto-infeciologia e consulta do

Viajante) sob o cuidado da Mestre Catarina Gouveia e integração no internamento de Infeciologia,

Neurologia (Dra. Sofia Duarte) e Cardiologia pediátrica (sob a orientação da Mestre Fátima Pinto, no serviço

de Cardiologia Pediátrico do Hospital de Santa Marta). Este último ponto, contribuiu para a proficuidade do

estágio, ao permitir a perceção de um panorama mais abrangente da área de pediatria e o desenvolvimento

de autonomia. A componente teórica compreendeu sessões científico-clínicas (reuniões clínicas, sessões

clínicas, sessões Sofia e seminários clínicos dos alunos) e as aulas teórico-práticas de Imunoalergologia.

4. Estágio de Ginecologia e Obstetrícia(4 semanas:5 de Dezembro 2016 a 13 de Janeiro 2017)

Local: Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Vila Franca de Xira (HVFX)

Coordenador da UC: Prof.ª Doutora Teresa Ventura

Orientadores/Tutores do Estágio: Dra. Rita Passarinho; Dra. Raquel Robalo

O estágio integrou predominantemente uma vertente prática e, ainda, uma componente teórico-científica.

No que concerne os objetivos definidos, destaca-se o desenvolvimento de autonomia na realização de

procedimentos intrínsecos à especialidade e a consolidação de conhecimentos inerentes às particularidades

da mesma, como a vigilância de uma gravidez de risco, a abordagem da patologia ginecológica e obstétrica.

A componente prática decorreu nas diferentes atividades assistenciais das áreas de Ginecologia e

Obstetrícia (Consulta de Patologia do Colo, Consulta de Ginecologia Geral, Consulta de Tratamento de

Patologia do Colo, Planeamento Familiar, Ecografia Ginecológica, Histeroscopia, Bloco Operatório, Consulta

de Obstetrícia, Consulta de Obstetrícia de alto risco, Internamento de puérperas e Serviço de Urgência –

serviço de admissões, sala e bloco de partos), sob supervisão alternada da Dra. Rita Passarinho e Dra.

Raquel Robalo. Consagrou-se, nesta vertente, a possibilidade de colaborar em várias cesarianas como 3º

elemento, clampagem do cordão umbilical, proceder ao exame objetivo da placenta, realizar o exame

ginecológico, citologia cervical, toque vaginal nas mulheres em trabalho de parto, entre outros. A

componente teórico-científica compreendeu a exposição oral e resumo protocolar de um tema pertinente e

(7)

5. Estágio de Cirurgia (8 semanas:23 de Janeiro 2017 a 17 de Março 2017)

Local: Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Forças Armadas (HFAR) Pólo Lisboa

Coordenador da UC: Prof. Doutor Rui Maio || Orientador/Tutor do Estágio: Dr. Bruno Ferreira (Tenente-Coronel)

O estágio compreendeu uma secção prática de 7 semanas no serviço de Cirurgia Geral no HFAR e uma

teórico-prática. A componente prática foi envolta pela sua singularidade, de se associar à valência militar

com a presença de médicos exclusivamente especialistas, permitindo uma aprendizagem

preeminentemente prática perante a possibilidade de ser 2º ajudante da equipa de cirurgia no bloco

operatório (total de 32 cirurgias, com participação em 9) e 1º ajudante na pequena cirurgia (participação nas

4 totais); acompanhamento diário dos períodos pré e pós-operatório na enfermaria e participação nas

consultas externas. Destacaram-se como objetivos principais, a avaliação das situações cirúrgicas mais

prevalentes (litíases, neoplasias, hérnias), determinar prioridades de atuação e adquirir competências

práticas das principais técnicas cirúrgicas. A componente teórico-prática abrangeu sessões

científico-clínicas, nomeadamente, sessões clínicas do hospital e integração nas reuniões científico-clínicas do serviço

de Cirurgia e Oncologia do HFAR; visita ao Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica e à Sessão de

Treino Fisiológico do Voo no Centro de Medicina Aeronáutica do HFAR; uma semana de aulas teóricas e

teórico-práticas no Hospital Beatriz Ângelo (HBA) e a realização do Mini-Congresso de Cirurgia no HBA.

6. Estágio de Medicina (8 semanas:20 de Março 2017 a 19 de Maio 2017)

Local: Serviço de Medicina 2.5 do Hospital Santo António dos Capuchos (HSAC) do CHLC

Coordenador da UC: Prof. Doutor Fernando Nolasco|| Orientador/Tutor do Estágio: Dra. Catarina Salvado

O estágio foi composto por uma componente prática e outra teórica. Maioritariamente, as atividades práticas

foram desempenhadas na enfermaria do serviço de Medicina 2.5, com participação ativa no

acompanhamento diário dos doentes internados (ratio 2/3 doentes/dia) e inerente apresentação e discussão

da evolução clínica em reunião médica do serviço, como elemento de uma equipa multidisciplinar. Decorreu,

ainda, a participação nas consultas externas de Medicina Interna e no Serviço de Urgência do HSJ, sob a

supervisão dos internos Dr. Gonçalo Pinto e Dra. Maria do Mar Menezes. Posso afirmar que os objetivos

basilares foram alcançados, com a crescente autonomia e responsabilidades concedidas; com o trabalho

de equipa, na partilha de opiniões e discussão das decisões clínicas, motivando o empenho constante e

com a otimização da capacidade comunicativa. Dada a casuística do internamento ser predominantemente

(8)

avançado, foi verosímil o desenvolvimento de sensibilidade particular para a abordagem de doentes em fim

de vida e das situações de obstinação/encarniçamento terapêutico. A componente teórica integrou

seminários teórico-práticos na NMS, sessões clínicas e aulas teórico-práticas no HSAC e a exposição oral

de um tema proposto pelos docentes, com posterior elaboração de um artigo em formato de revisão teórica.

7. Estágio Clínico Opcional Medicina Intensiva (2 semanas:22 de Maio 2017 a 2 de Junho 2017)

Local: Serviço de Cuidados Intensivos Polivalentes (SMIP) do CHEDV

Coordenador da UC: Prof. Doutor José Alves|| Orientador/Tutor do Estágio: Dr. Paulo Reis

A escolha da área de Medicina Intensiva, integrando o SMIP para a realização do estágio clínico opcional,

decorreu do profundo interesse pessoal e ambição em prosseguir uma carreira médica fundamentada na

urgência/emergência e cuidado agudo do doente. No respetivo serviço, houve a participação ativa nos

Cuidados Intensivos, Cuidados Intermédios e Sala de Emergência, com observação de diversificadas

patologias (Angina de Ludwig, Esclerose Lateral Amiotrófica, Síndrome de Guillain-Barré, Síndrome

Coronário Agudo, etc) e de procedimentos práticos, traqueostomia percutânea, verificação de morte

cerebral, entubações orotraqueais, paracenteses, hemodiálise, colocações de linhas arteriais, reanimação

cardiorrespiratória, entre outros. Neste âmbito, assisti a duas sessões formativas, relativas aos temas

“Pneumonia associada ao Ventilador” (Dra. Magda Sousa) e “Desmame Ventilatório” (Dra. Sandra Nunes).

IV

ATIVIDADE SUPLEMENTAR

No que concerne as atividades extracurriculares desenvolvidas ao longo do percurso académico individual,

destaco a participação ativa nas seguintes:

•Colaboradora do departamento Cultura e Workshops da AEFCM durante o mandato 2015, com organização

do evento Fotoscópio IX;

•Diretora de equipa do departamento Internacional da AEFCM durante o mandato 2016 (delegação das

atividades inerentes ao departamento e organização direta da I Feira Internacional);

•Elemento da Crew Logística do Congresso anual da NMS-UNL, iMed 8.0 Conference (13-16/10/16);

•Redatora e elemento da equipa FRONTAL, revista médica da AEFCM, desde 2014 até ao presente ano

letivo, com principal papel na dinamização da 45ª edição da revista; cobertura fotográfica do evento iMed

6.0 (10-12/10/14) e redação científica iMed7.0 (17-20/09/15); elaboração do projeto “Mini-guias da

(9)

No que diz respeito à participação nos congressos científicos vigentes no ano corrente, fundamento a

minha escolha, pelo facto da maioria englobar conteúdos transversais aos temas de Trauma, Emergência e

Cuidado Agudo do doente, área médica com sublime interesse e admiração para o futuro profissional.

V

REFLEXÃO CRÍTICA FINAL

Numa perspetiva global, foi possível, neste ano profissionalizante, a constante consolidação dos

conhecimentos previamente apreendidos num percurso académico de 5 anos e a aquisição de novas noções

inerentes às variadas dimensões patológicas das diferentes especialidades. Em adição, verificou-se uma

contínua e crescente aprendizagem de competências práticas, com a obtenção das valências necessárias

para o desenvolvimento de autonomia, diligência, destreza e responsabilidade substanciais para etapas

vindouras. Certas aptidões, como empatia, gestão, auto-aprendizagem e proatividade, respeito pelos valores

da comunidade e a aplicação de princípios de confidencialidade, consentimento informado e integridade são

essenciais para o exercício da profissão médica e foram transversais a todas as unidades curriculares.

Considero que os estágios foram, globalmente, bastante práticos, organizados e integrados para a

formação de um médico generalista, com destaque para o trabalho numa equipa multidisciplinar e

abordagem holística do doente. Outro aspeto que se relevou proveitoso, foi a exigência constante de manter

o ratio docente:discente de 1:1. Pelo exposto e, pela disponibilidade formativa apresentada pelos tutores,

posso inferir que a prestação individual, no presente ano, foi envolta de interesse, empenho e dedicação,

tendo, no seguimento, alcançado a maioria dos objetivos delineados. A desenvoltura e progressiva

autonomia foram mais notórias nos estágios de Medicina Interna e Cirurgia, que abordam patologias mais

polivalentes, por oposição a outras especialidades, que requerem conhecimentos e prática clínica

especificas. Neste sentido, permitiram assumir com maior destaque a vivência do quotidiano da prática

clínica, com o acompanhando da evolução dos doentes, num equilíbrio entre a progressiva independência

e a orientação supervisionada e tutelada. Em MGF, as principais expetativas foram concretizadas, através

da observação da terapêutica implementada pela tutora, com posterior discussão, cedendo lugar a uma

evolução no conhecimento desta vertente; do aperfeiçoamento da execução do exame objetivo em adultos,

recém-nascidos e grávidas e, de uma maior compreensão do ambiente sociocultural, laboral e familiar do

doente. Em Pediatria, Saúde Mental e Ginecologia e Obstetrícia, foi possível expandir os conhecimentos

(10)

e, fomentar a capacidade comunicativa, com a interação com outros profissionais de saúde e na relação

com o ambiente familiar e social do doente.

No entanto, devo reconhecer a presença de algumas dificuldades, que impossibilitaram o cumprimento,

na sua íntegra, de todos os objetivos propostos. Destaco, assim, a incompleta aquisição de autonomia na

abordagem dos doentes e na execução de certas técnicas, face às expetativas iniciais. Esta lacuna foi mais

notória em certos estágios, como MGF, dado o facto da tutora se encontrar, no momento do estágio, a

estabelecer um primeiro contacto de confiança e de relação médico-doente com a maioria dos utentes

observados, limitando a conduta integralmente autónoma do estudante. Neste sentido, de forma a se

potencializar a autonomia e a aquisição de maior destreza, sugiro o aumento da duração do estágio (1 mês

e meio a 2 meses) e a sua divisão em 2 componentes, uma observacional da prática clínica, transitando, a

meio, para a vertente prática autónoma. Em consideração à terapêutica médica, esta constitui, ainda, um

importante obstáculo, que tentei colmatar durante os períodos de estágios, mas que prevejo suplantar com

um estudo aprofundado e com a experiência profissional.

Relativamente a aspetos menos positivos percecionados nos diferentes estágios, ressalva-se que, apesar

de serem observáveis esforços para a uniformização dos mesmos, ainda persistem discrepâncias na

autonomia concedida, na carga horária e critérios de avaliação dentro da mesma especialidade.

A constituição como elemento ativo numa associação de estudantes e como redatora de uma revista,

incumbiram-me de conhecimentos práticos indeléveis e imprescindíveis para a formação e crescimento

individual e, pautaram-se por incutir competências cruciais a qualquer exercício profissional.

Nesta reta final da pré-graduação em Medicina, sinto-me capacitada para, nas próximas etapas e desafios,

identificar as necessidades de aprendizagem; assumir a responsabilidade pela formação contínua e

demonstrar iniciativa para tal; compreender os pontos fortes, vulnerabilidades pessoais e áreas que

necessitam de ser aperfeiçoadas.

Concluo este relatório, com um profundo agradecimento a todos os profissionais e colegas que

contribuíram e continuam a cooperar para a minha melhor formação profissional e enriquecimento pessoal,

através da verdadeira compreensão do significado de ser médico, da identidade e responsabilidade

(11)

VI

ANEXOS

(12)

Anexo I Cronograma do Ano letivo 2016/2017

Unidade Curricular Regente Duração Local Tutor/Orientador

Saúde Mental

Prof. Doutor Miguel Xavier

4 semanas

12/09/16 a 7/10/16

PGT -

CHPL Dra. Inês Cargaleiro

Medicina Geral e Familiar Prof.ª Doutora Isabel Santos

4 semanas

10/10/16 a 4/11/16 Oriente USF Dra. Ana Isabel Esteves

Pediatria Luís Varandas Prof. Doutor

4 semanas

7/11/16 a 2/12/16 HDE - CHLC Kjöllerström Dra. Paula

Ginecologia e Obstetrícia Teresa Ventura Prof.ª Doutora

4 semanas

5/12/16 a 13/01/17 HVFX

Dra. Rita Passarinho

Dra. Raquel Robalo

Cirurgia Prof. Doutor Rui Maio

8 semanas

23/01/17 a 17/03/17 HFAR (Tenente- Coronel da Dr. Bruno Ferreira FAP)

Medicina Prof. Doutor Fernando Nolasco

8 semanas

20/03/17 a 19/05/17

Serviço Medicina 2.5 do HSAC Dra. Catarina Salvado Medicina Intensiva

(estágio clínico opcional) Prof. Doutor José Alves

2 semanas

(13)

Anexo II Trabalhos realizados no âmbito do estágio profissionalizante

Estágio Temas & Autores

Saúde Mental

Thomsen, M.S.; et al; “Neurocognitive deficits in Borderline Personality disorder:

associations with childhood trauma and dimensions of personality

psychopathology”; Journal of Personality Disorders, 2016; Vol. 30: 1-19 Inês Amaral (2011478)

Pediatria

“Doença de Behçet em idade pediátrica”

Inês Amaral (2011478), Bence Verpeléti (2016021), Isabel Silva (2011393)

Ginecologia e Obstetrícia

“Exercício Físico na gravidez e no pós-parto

Inês Amaral (2011478), Filipe Vicente (2011424), Inês Manique (2011416)

Cirurgia

“Caso Clínico – A Introspeção por um estimado companheiro”

Inês Amaral (2011478), Afonso Murta (2011397), Diogo Rodrigues (2011398)

Medicina

“Anemias”

(14)

Anexo III - Atividades Extracurriculares

(15)
(16)
(17)

Anexo D Certificado de Redatora da 45ª edição da revista FRONTAL; enquanto elemento da equipa de

(18)
(19)
(20)
(21)
(22)
(23)

Anexo I Certificado de Participação no Congresso XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva | VI

(24)

Referências

Documentos relacionados

O trabalho propõe um experimento de baixo custo para a determinação do coeficiente de atrito cinético entre duas superfícies em movimento relativo, permitindo discutir, com

• texto informativo, esquema do ciclo de vida, oito figuras (características, semente, fruto, ger- minação, pólen, óvulo, flor), quadro comparativo de monocotiledôneas e

Numa quinta dimensão também relativa ao tipo de fruição musical, a distribuição dos entrevistados revela que a maioria destas pessoas também se situa no tipo misto, o

Baseado nesta perspectiva, este artigo tem por objetivo compreender como ocorreu o processo de (re)territorialização dos moradores do Conjunto Residencial Geraldo Felippe

gonistas do poder político e a Igreja Católica, procurando construir um regime de separação mais viável, dado, por um lado, o peso dos sectores que reclamavam a independência

(2009) que determinaram os fatores associados à prevalência de sobrepeso e à obesidade em escolares e verificaram que um maior tempo assistindo TV não apresenta relação com

As actividades iniciaram-se, assim, com uma explicação teórica do Dr. João Chumbinho que se reflectiu em considerações gerais acerca este tribunal. Com esta conversa

fulcrais à formação médica – Cirurgia Geral, Medicina Interna, Ginecologia e Obstetrícia,.. Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar e Pediatria Médica; uma