Escolhas antigas
◦ Pensões de filhas de militares falecidos;Pensões por morte de servidores públicos e de segurados da previdência social; Auxílio doença;Abono
salarial; Ensino público universitário gratuito;Gastos tributários- incentivos fiscais
1988: A nova agenda do Estado
◦ Descentralização do poder,universalização dos direitos, vinculação recursos, novo regime funcionalismo – Consequências
1998: Ajuste fiscal e coalizão das agendas
◦ A dualidade tributária e o incrível matrimônio das agendas social e macroeconômica;
◦ A tríplice aliança
À medida que o espaço orçamentário vai sendo ocupado, novas
garantias vão sendo buscadas: aumento vinculações, pisos salariais, imunidade contingenciamentos... Quem está dentro não sai e quem está do lado do fora não pode entrar.
A acumulação de direitos pré assegurados sobre o
orçamento custou caro
◦ Absorve quatro quintos das receitas da União
◦ Impôs um grande ônus aos contribuintes
◦ E promoveu a deterioração da qualidade do sistema tributário
Não deixou espaço para a ampliação dos investimentos
públicos, onerou investimentos privados, erodiu a
competitividade e exigiu medidas que comprometeram a qualidade dos serviços prestados
◦ Destruição do orçamento
Acumulou conflitos se formam entre as agendas
macroeconômica e social e em cada uma delas
◦ dificuldade para atender à meta do superávit primário
◦ Investimentos do PAC competem com demandas dos parlamentares
0,808 0,829 0,863 0,859 0,859 0,855 0,855 0,859 0,856 0,840 0,853 0,846 0,824 0,804 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 1,000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Indice Restrito
0,817 0,833 0,883 0,874 0,886 0,875 0,977 0,976 1,001 0,975 0,994 1,004 0,979 0,922 0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Indice Ampliado
A apropriação de espaços do
orçamento público precisa ser
periodicamente revista
As três agendas principais do Estado – social,
macroeconômica e política ocuparam o espaço orçamentário;
Criaram barreiras à expansão dos investimentos
e expulsaram outros direitos sociais do orçamento; e
Contribuíram para consolidar uma armadilha
fiscal que provocou o divórcio das duas faces do processo orçamentário: a programação e a
A face que cuida da programação sofre pressões
para acomodar despesas que concorrem para a sobre estimação das receitas.
A face que zela pelo atendimento da meta fiscal
tem que aumentar o rigor no controle da execução das despesas
A consequência desse divórcio é a destruição do
processo orçamentário, a dificuldade para
atender à meta para o resultado primário e o crescimento dos desequilíbrios nas prioridades orçamentárias
As escolhas políticas precisam ser periodicamente reavaliadas durante o processo orçamentário.
Privilégios e garantias acumuladas precisam ser expostos ao debate;
Conflito entre a política e a economia da
despesa pública precisa ser analisado com frieza;
Saúde perdeu espaço no condomínio e outros
direitos sociais foram expulsos do orçamento, mas não se fala nisso.
Mudanças pontuais não são suficientes para
Expor os conflitos de uma maneira clara, de forma a
destacar o que explica o status quo;
Iluminar os conflitos que se manifestam no interior
de cada uma das três principais agendas do governo, e entre elas, com o propósito de provocar um debate entre os principais atores envolvidos;
Trazer ao debate político os demais interesses
prejudicados- questão urbana;
Destacar a importância de avançarmos no rumo de
Experiências internacionais indicam algumas situações que
podem deflagrar mudanças, a exemplo de:
◦ Crises fiscais;
◦ Transição política
◦ Demandas do Legislativo por maior influência nas decisões estratégicas sobre uso dos recursos públicos.
◦ Pressões da sociedade por maior qualidade do gasto e mobilização dos atores relevantes.
Tudo isso junto será capaz de provocar as mudanças
necessárias, no nosso caso?
A aplicação do teto irá desnudar a outra face dos desequilíbrios fiscais.
A percepção do desequilíbrio nas prioridades
deve facilitar a aprovação das reformas necessárias para o equilíbrio fiscal.
O debate político deverá privilegiar a
necessidade de corrigir os desequilíbrios no atendimento das prioridades sociais.
Quem goza de proteção integral?
◦ Portadores de direitos individuais - aposentados,
pensionistas, funcionários, beneficiários de programas assistenciais e desempregados
Quem tem proteção parcial?
◦ Titulares de alguns direitos coletivos (custeio e
investimento em saúde e educação), poderes legislativo e judiciário (até 2019)
Quem não está protegido?
Quanto sobra para quem não está protegido?
Qual é a parcela ocupada por cada um dos
poderes?
Como está dividida a área ocupada pelo
Quem não tem credencial será expulso do salão (quanto sobrará para o ajuste)
O desequilíbrio entre os poderes aumentará
(mudanças na repartição por poder)
A ocupação da área do poder executivo
sofrerá ampla reformulação (mudanças na repartição do executivo por função)
◦ A parcela ocupada pela educação e a saúde será
preservada
◦ O pessoal alocado nas demais áreas ficará sem ter
Rubrica 2016 2017 2018 2019 2020 2021 17 - 21 Despesa Total 1.478.020 1.580.965 1.640.764 1.715.317 1.791.377 1.874.349 293.384 Não Sujeitas ao NRF 263.635 279.145 299.890 320.808 341.391 363.465 84.320 Sujeitas ao NRF 1.214.384 1.301.820 1.340.875 1.394.510 1.449.985 1.510.885 209.065 Transferências de Renda 747.881 798.635 860.878 931.317 1.001.491 1.080.231 281.596 Benefícios Previdenciários 506.820 547.723 584.469 628.174 686.620 753.014 205.291 Abono Salarial e Seguro Desemprego 56.015 57.441 58.475 59.576 60.528 61.375 3.934 BPC 48.846 50.949 54.367 58.014 61.906 66.059 15.111 Bolsa Família 27.596 28.780 28.924 29.069 29.214 29.360 580 RPPS - Inativos 108.605 113.742 134.643 156.484 163.222 170.422 56.681 Crescerá pela Inflação 297.444 315.636 343.032 365.865 381.071 397.514 81.878 Saúde 97.951 105.559 108.726 113.075 117.573 122.511 16.952 Educação 48.262 50.595 52.113 54.197 56.353 58.720 8.125 Pessoal - Ativo 151.231 159.482 182.193 198.593 207.145 216.283 56.800 Outros 8.094 13.005 13.770 14.793 15.825 16.840 3.836 Emendas Parlamentares 8.094 8.670 9.180 9.862 10.550 11.227 2.557 Saúde 4.047 4.335 4.590 4.931 5.275 5.613 1.279 Outras 4.047 4.335 4.590 4.931 5.275 5.613 1.279 Excesso de Gastos dos Poderes
Judiciário e Legislativo n.a. 904 4.517 3.265 n.a. n.a. n.a. Sobra para ajuste 160.965 174.544 123.195 82.534 51.598 16.299 158.245
-Rubrica 2016 2017 2018 2019 2020 2021 17 - 21 Executivo 509.244 540.963 530.588 527.745 516.821 503.182 -37.781 Pessoal 214.245 223.376 257.816 287.843 300.238 313.483 90.106 Disp. p/ Custeio e Capital 294.999 317.586 272.772 239.902 216.583 189.699 -127.887 Judiciário 40.038 43.524 48.206 52.560 53.862 55.196 11.672 Pessoal 31.605 34.445 40.408 45.702 47.670 49.773 15.328 Disp. p/ Custeio e Capital 8.434 9.080 7.798 6.859 6.192 5.423 -3.656 Legislativo 11.144 12.248 13.756 15.145 15.577 16.025 3.777 Pessoal 9.208 10.163 11.965 13.571 14.155 14.779 4.616 Disp. p/ Custeio e Capital 1.937 2.085 1.791 1.575 1.422 1.245 -840 MPU 6.093 6.658 7.820 8.957 9.166 9.378 2.720 Pessoal 4.542 4.988 6.386 7.695 8.027 8.381 3.393 Disp. p/ Custeio e Capital 1.551 1.670 1.434 1.262 1.139 998 -673 Defensoria 495 529 500 476 467 455 -74 Pessoal 237 251 261 266 277 290 38 Disp. p/ Custeio e Capital 258 278 238 210 189 166 -112
24 Boletim Macro IBRE
Quanto falta para cumprir a EC 95/16
16,1 21,3 19,6 16 17 18 19 20 21 22 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Evolução do Gasto Primário
Em % do PIB – boletim macro do IBRE/FGV
O divórcio entre as duas metades do orçamento
◦ Previsão versus execução
O foco exclusivo na macroeconomia
A racionalidade do que aparenta ser irracional
◦ Por que os parâmetros utilizados nas previsões
orçamentárias divergem no ano imediatamente posterior e se aproximam nos anos à frente?
Ajustes pontuais podem adiar o enfrentamento do problema, mas não são capazes de reconfigurar a ocupação.
É preciso expor os conflitos para viabilizar as
mudanças que precisam ser feitas para redesenhar a ocupação.
Dois orçamentos e nenhum sistema. Urge
promover a reunificação.
O teto oferece a oportunidade para tratar
Ampliar o foco: atenção aos desequilíbrio nas prioridades sociais – antecipar o debate sobre as mudanças que precisam ser feitas para reduzir os desequilíbrios
Rever periodicamente as escolhas sobre a
ocupação do espaço orçamentário.
Apoiar-se em Cenários realistas
Metas e diretrizes
◦ Promover o equilíbrio intertemporal das contas
publicas
◦ Atentar para a necessidade de reduzir o
desequilíbrio nas prioridades sociais
◦ Restaurar a capacidade de investimento do setor
público em consonância com o apoio ao investimento privado
◦ Recuperar a qualidade do orçamento publico
Abrir o caminho para a modernização do