• Nenhum resultado encontrado

Leve

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Leve"

Copied!
259
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)
(4)
(5)

Aos meus pais, tios e ao meu irmão,

por todo o esforço, carinho, atenção, motivação e inúmeros outros motivos, dedico este trabalho, pois sem eles não estaria onde estou e não seria quem sou...

(6)
(7)

EPÍFRASE

“A água é o princípio de todas as coisas”

- Tales de Mileto (EPAL, 2017)1

1 EPAL, (2017). controlo ativo de perdas de água. 2ª ed. lisboa: epal, empresa portuguesa das águas livres s.a: 9 [consultado a 18/12/2019].

(8)
(9)

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer em primeiro lugar ao meu orientador Professor Doutor Paulo Dinis pela disponibilidade, por toda a ajuda prestada.

Assim como aos professores, Doutor Rui Marcelino e Doutor André Castro, que durante a primeira interação com o projeto, manifestaram interesse e estiveram presentes para ajudar nessa fase inicial do projeto.

Ao Professor Doutor Fernando Moreira da Silva que nas aulas de metodologias ajudou a iniciar, aquilo que é hoje o meu documento final, e à Professora Inês Veiga, por ajudar-me a escolher o caminho certo para a definição de um conceito. A todos os outros professores que contribuíram para a minha formação e de modo geral à Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.

Ao Presidente da câmara de Coruche, por receber-me e mostrar interesse no meu projeto, e por encaminhar-me para a Engenheira Rosa e João Torres, que me acompanharam na fase de testes do protótipo, na zona de Coruche.

À Engenheira Inês, das águas do Ribatejo, que se disponibilizou para fornecer informações importantes para o estado da arte, e ao Engenheiro. João Simões, da câmara de Salvaterra de Magos, que permitiu que testasse o produto no mercado da cultura em Marinhais.

À minha mãe, tios e primo por toda a paciência e apoio para eu seguir em frente e contactos proporcionados, à minha gata, por toda a companhia que me fez nas longas noites a escrever este documento, mas principalmente ao meu irmão Engenheiro Frederico Cardoso, que foi uma peça chave neste projeto, sem ele não teria tanta facilidade em chegar até aqui.

À família da minha cunhada, principalmente ao pai Edgar, que se mostrou disponível para me ajudar na construção do protótipo. Agradeço ao resto dos familiares, amigos e colegas, por todo o apoio incondicional, e pela paciência que tiveram comigo. E finalmente, mas não menos importante, quero agradecer a todos os utilizadores que participaram no desenvolvimento e teste do projeto.

(10)
(11)

RESUMO

Esta investigação tem como objeto de estudo a conceção de um serviço que pretende abranger todo o tipo de utilizadores, nomeadamente crianças, animais e pessoas com mobilidade reduzida, trazendo-lhes uma nova experiência, no que toca ao acesso à água. Engloba assim, a criação de uma família de equipamentos que disponibilizam água em locais públicos estrategicamente selecionados, tanto no exterior como no interior, a divulgação de uma identidade e, a projeção de uma identidade e uma aplicação onde o utilizador poderá criar o seu perfil.

A necessidade da existência de acesso facilitado à água pública nas ruas, a sua importância no quotidiano do utilizador e, a possibilidade de diminuição do descarte de embalagens plásticas, foram alguns pontos de partida para o início desta investigação, na disciplina de Projeto de Produtos e Serviços II, no 3º semestre do Mestrado em Design de Produto.

Neste trabalho será utilizada uma metodologia mista e, o primeiro momento é suportado por uma metodologia não intervencionista de suporte qualitativo, procedendo à pesquisa literária de enquadramento teórico, servindo para aprofundar conhecimentos sobre a temática abordada. O segundo momento será intervencionista constituída pela investigação ativa, portanto, o desenvolver da atividade projetual que deverá assentar numa metodologia de design participativo. Espera-se com esta investigação desenvolver um equipamento que vá de encontro aos objetivos propostos, ou seja, um sistema de água, que irá garantir água de qualidade, e segurança para todos os utilizadores, na sua utilização, consumo e manutenção. Deste modo, pretende-se viabilizar a implementação de estratégias pedagógicas vocacionadas para a utilização da água e do seu armazenamento.

PALAVRAS-CHAVE

(12)
(13)

ABSTRACT

This research has as its object of studying the Design of a relevant service to cover all types of users, especially children, animals and people with reduced mobility, bringing them a new experience with regard to access to water.

This involves the creation of a family of equipment that provides water in strategically selected public places, and the projection of an identity and application where the user may have an associated profile.

The need for greater access to public water on the streets, the importance in the public's daily life, and the possibility of the decreasing the percentage of the disposal of plastic disposable packaging, were the starting points for the investigation of this project, which started in the lecture of Product and Services Project II, in the last semester of the Master in Product Design.

In this work a mixed methodology will be used, and the first moment is supported by a noninterventionist methodology of qualitative support, proceeding to the literary research of theoretical framework, serving to deepen knowledge about the subject matter. The second step is the use of an interventionist methodology of qualitative support, with active research, which will result in a project of a new service and product, which allows access to water, as mentioned above.

I expect to develop a product/equipment that meets the proposed objectives of his research, a water system with a consumption and maintenance cycle, which will guarantee quality water, hygienic and safety for all users. Enabling the implementation of pedagogical strategies aimed at the conscious use of water and ways of storing it.

KEYWORDS

(14)
(15)

LISTA DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS

No decorrer desta investigação, quando se refere pela primeira vez um termo com acrónimo/abreviatura, que esteja contido na lista apresentada abaixo, este estará escrito por extenso seguido do acrónimo/abreviatura. Deste modo, o termo ao ser referido novamente, ao longo do desenvolvimento da proposta passará a ser indicado pelo seu acrónimo/abreviatura correspondente.

AGNU | Assembleia Geral das Nações Unidas ANA | Agência Nacional das Águas

APIAM | Águas minerais naturais e Águas de nascente APP | Application

BPA | Bisfenol-A

DCU | Design Centrado no Utilizador DGS | Direção Geral da Saúde

EPAL | Empresa Portuguesa de Águas Livres ETA | Estações de tratamento de água

ETAR | Estações de tratamento das águas residuais

ERSAR | Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos FAUL | Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa FIG | FIGURA

I&D | Investigação e Desenvolvimento ONU | Organização das Nações Unidas PET | Polietileno Tereftalato

PNA | Plano Nacional da Água

PNPAS | Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável RASARP | Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal RDH | Relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas UDRH | Universal Declaration of Human Rights

UNWC | United Nations Water Conference WWAP | World Water Assessment Programme

(16)
(17)

GLOSSÁRIO

Análise SWOT | É uma técnica de planeamento estratégico utilizada para auxiliar,

pessoas ou organizações a identificar forças, fraquezas, oportunidades, e ameaças relacionadas à competição em negócios ou planeamento de projetos.

Organograma | Gráfico que representa a estrutura formal de uma organização. Refill | Encher novamente.

Stakeholders | São todos os indivíduos ou entidades que estão envolvidos num

dado projeto; partes interessadas.

Touch-points | Os touch-points de um serviço são pontos tangíveis que compõem

a experiência total do uso de um serviço. Podem assumir diversas formas, desde publicidade, interfaces, lojas e representantes do consumidor. No design de serviços estes pontos devem ser trabalhados de modo a criar uma experiência clara, coerente e única para o cliente.

Mindmap | Diagrama, voltado para a gestão de informações, compreensão e

solução de problemas; como ferramenta de brainstorming (tempestade de ideias); e no auxílio da gestão estratégica de uma empresa ou negócio.

(18)
(19)

Índice

EPÍFRASE ... IV AGRADECIMENTOS ... VI RESUMO ... VIII PALAVRAS-CHAVE ... VIII ABSTRACT ... X KEYWORDS ... X LISTA DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS ... XII GLOSSÁRIO ... XIV ÍNDICE ... XVI ÍNDICE DE GRÁFICOS ... XIX ÍNDICE DE ESQUEMAS ... XXI ÍNDICE DE FIGURAS ... XXII ÍNDICE DE TABELAS ... XXVI

CAPÍTULO I ... 2 1. Introdução geral ... 2 1.1. Nota introdutória ... 3 1.2. Problemática ... 4 1.3. Questões de investigação ... 6 1.4. Objetivos... 7 1.4.1. Objetivos gerais ... 7 1.5. Desenho de investigação ... 8

1.6. Organograma do processo investigativo ... 9

1.7. Benefícios ... 11

1.8. Fatores críticos de sucesso... 12

1.9. Guia da dissertação ... 13

1.10. Referências Bibliográficas ... 15

CAPÍTULO II | ENQUADRAMENTO TEÓRICO ... 16

Capítulo 2 | Água ... 16

2.1. Nota introdutória ... 17

2.2. Água como um recurso natural ... 18

2.3. Distribuição da água na terra ... 21

2.4. Água como direito fundamental ... 25

2.5 - Provisionamento para consumo humano ... 29

2.6 - Etapas de abastecimento seguro de água para consumo humano ... 32

2.7 - Evolução das infraestruturas no setor da Água em Portugal ... 38

2.8 - Disponibilidade da água a nível mundial ... 42

2.9 - Caracterização do consumo e utilização da água ... 45

2.10 - Disponibilidade da água em Portugal ... 49

2.11 - Poupança de água ... 51

(20)

XVII | P á g i n a

2.13 - Campanhas para fomentar o consumo da água ... 55

2.14 - Novas Tecnologias/Equipamentos de poupança água e energia ... 62

2.15 - Referências bibliográficas ... 73 3 | Design ... 77 3.1 - Nota Introdutória ... 78 3.2 - O Papel do Design ... 79 3.3 - Design na inovação ... 80 3.4 - Design e a sustentabilidade ... 84

3.5 - Design de Serviços e a mudança de comportamentos ... 87

3.6 - Design de Serviços e a influência na sustentabilidade ... 90

3.7 - Design centrado no utilizador (DCU) ... 91

3.7.1 - A Interatividade ... 93

3.7.2 - Feedback após interatividade ... 93

3.8 - Sumário ... 94

3.9 - Referências bibliográficas ... 95

4 | Espaço Público ... 97

4.1 - Nota introdutória ... 98

4.2 - Origem dos dispensadores de água públicos ... 99

4.3 - Diferentes termos utilizados ... 106

4.4 - Vandalismo em equipamentos ... 109

4.5 - Sustentabilidade nos espaços públicos ... 111

4.6 - Referências bibliográficas ... 112

5 | Casos de estudo ... 113

5.1 - Nota introdutória ... 114

5.2 - Pingo Doce – ECO - Sistema de reenchimento de garrafas de água ... 115

5.3 - ACEA - Casas de água, fontes sociais e de alta tecnologia em Roma ... 117

5.4 - PALO - Rede de quiosques interativos externos ... 119

5.5 - WELL – Estação de abastecimento de água em Hong Kong ... 121

5.6 - WOOSH WATER – Estação de venda de água em Flórida ... 123

5.7 - Referências bibliográficas ... 126

CAPÍTULO III – DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ... 127

1 - Hipótese da investigação ... 128

2 - Investigação ativa ... 128

3 - Entrevistas Especialistas e Questionários ... 130

4 - Mindmap ... 137

5 - Ideias centrais do projeto ... 139

6 - A primeira iteração com o projeto ... 145

7 - Projeto Final ... 151

7.1 - Família de equipamentos ... 151

7.2 - Tabela de componentes eletrónicos e de canalização ... 162

7.3 - Disposição dos elementos no quadro elétrico ... 165

7.4 - Esquema eletrónico ... 166

7.5 - Fluxograma ... 167

8 - Garrafas existentes no mercado e as suas medidas ... 168

9 - Identidade do Serviço ... 172

10 - Aplicação telemóvel – Leve ... 173

(21)

12 - Protótipo / Modelo de avaliação ... 181

Capítulo IV | Avaliações ... 191

1 - Testes com utilizadores ... 192

2 - Análise dos inquéritos ... 196

3 - Sumário ... 209

CAPÍTULO V | CONCLUSÕES E INVESTIGAÇÃO FUTURA ... 211

1 - Conclusões ... 211

CAPÍTULO VI - ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS ... 217

1 - Referências bibliográficas ... 218

(22)

XIX | P á g i n a

Índice de Gráficos

GRÁFICO 01- PREÇOS DA ÁGUA. FONTE:(WUP,2003:28)……….27

GRÁFICO 02– A) E B) EVOLUÇÃO DO COMPRIMENTO TOTAL DE CONDUTAS E ESTAÇÕES PARA O SETOR CONCESSIONADO. FONTE:(RASARP,2010:73) ... 39 GRÁFICO 03– A) E B) EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE RESERVATÓRIOS E RESPETIVAS CAPACIDADES PARA O SECTOR CONCESSIONADO EM ALTA E EM BAIXA. FONTE:(RASARP,2010:73) ... 40 GRÁFICO 04– A) E B) EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO E RESPETIVO VOLUME DE ÁGUAS RESIDUAIS TRATADAS PARA O SECTOR CONCESSIONADO EM ALTA E EM BAIXA. FONTE:(RASARP,2010: 76) ... 41 GRÁFICO 05– POPULAÇÃO MUNDIAL 1950-2015 E CENÁRIO DE PROJEÇÃO PARA 2100. FONTE:(UN,2015:

2) ... 42 GRÁFICO 06– DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DOCE NA EUROPA. FONTE:(NIXON ET AL.,2000:7)... 44 GRÁFICO 07– CONSUMO DE ÁGUA NOS DIFERENTES SECTORES. FONTE:(WWAP,2009:3) ... 46 GRÁFICO 08 – A) MUNDO, B) PAÍSES DESENVOLVIDOS E C) PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO. CONSUMOS SECTORIAIS. FONTE:(LOUSADA,2018:20; ADAPTADO DE WATER FOR PEOPLE, WATER FOR LIFE, UNESCO, 2003) ... 47 GRÁFICO 09– GÉNERO FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 131

GRÁFICO 12– EM QUE LOCAIS BEBE ÁGUA? FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 132

GRÁFICO 13– QUAL É A FORMA MAIS COMUM DE BEBER ÁGUA? FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 132 GRÁFICO 14– PRINCIPALMENTE NO EXTERIOR, ACHA QUE HÁ UM ACESSO À ÁGUA FACILITADO? FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 133 GRÁFICO 15– CONSIDERA AS SUAS PRÁTICAS DE BEBER ÁGUA SUSTENTÁVEIS? FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 133 GRÁFICO 16– CONSIDERA AS SUAS PRÁTICAS DE BEBER ÁGUA SUSTENTÁVEIS? FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 134 GRÁFICO 17– SE A GARRAFA DE ÁGUA DE PLÁSTICO TIVESSE DE SER PAGA POR SI, QUAL ESCOLHERIA PARA BEBER? FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 134 GRÁFICO 18– NÚMERO DE TESTES EFETUADOS NOS LOCAIS. FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 195 GRÁFICO 19– QUESTÃO VISUAL: QUAL DAS TRÊS HIPÓTESES SERIA A MAIS APELATIVA PARA BEBER ÁGUA? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 196 GRÁFICO 20– GÉNERO. FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 196 GRÁFICO 22– FORMAÇÃO. FONTE:(DA AUTORA,2019) ... 197 GRÁFICO 23– FORMAÇÃO. FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 197

GRÁFICO 24– APROXIMADAMENTE, QUAL A QUANTIDADE DE ÁGUA QUE INGERE DURANTE O DIA? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 198 GRÁFICO 25– CONHECE A RECOMENDAÇÃO DIÁRIA? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 198 GRÁFICO 26– QUAL O MEIO QUE MAIS UTILIZA PARA BEBER ÁGUA? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 199

(23)

GRÁFICO 27 E 28 – POSSUÍ UMA GARRAFA REUTILIZÁVEL E UTILIZA ESSA MESMA? SE NÃO, JUSTIFIQUE.

FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 199 GRÁFICO 29 – ONDE COSTUMA ADQUIRIR A ÁGUA QUE INGERE, QUANDO SE ENCONTRA FORA DE CASA?

FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 200

GRÁFICO 30– NA SUA OPINIÃO, ACHA QUE EXISTE ACESSO FACILITADO À ÁGUA, EM LOCAIS PÚBLICOS PARA ENCHER GARRAFAS? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 200 GRÁFICO 31– NA SUA OPINIÃO, ACHA QUE EXISTE ACESSO FACILITADO À ÁGUA, EM LOCAIS PÚBLICOS PARA ENCHER GARRAFAS? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 201 GRÁFICO 32– CONJUNTO DE GRÁFICOS - COMO CLASSIFICA A INTERAÇÃO COM O SERVIÇO LEVE? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 202 GRÁFICO 33 – PERANTE A EXPLICAÇÃO E NA SUA OPINIÃO, IRIA PREFERIR UTILIZAR O SISTEMA DE ABASTECIMENTO "LEVE" EM VEZ DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO TRADICIONAL? FONTE:(DA AUTORA,

2019). ... 203 GRÁFICO 34– CONSIDERA QUE O SERVIÇO "LEVE" O AJUDA A TOMAR CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 203 GRÁFICO 35– CONSIDERA QUE O EQUIPAMENTO APRESENTADO INCENTIVA À INTERAÇÃO COM O MESMO?

FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 203 GRÁFICO 36– CONJUNTO DE GRÁFICOS - COMO CLASSIFICA A INFORMAÇÃO TRANSMITIDA PELO ECRÃ DO SERVIÇO LEVE? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 205 GRÁFICO 37– CONJUNTO DE GRÁFICOS - COMO CLASSIFICA A INFORMAÇÃO TRANSMITIDA PELA APLICAÇÃO?

FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 207

GRÁFICO 38– SERIA INTUITIVO ACEDER À INFORMAÇÃO SE ESTIVE QUE MEXER NA APLICAÇÃO SOZINHO/A?

FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 208 GRÁFICO 39– CONSIDERA QUE SE O SERVIÇO LEVE, FOSSE IMPLEMENTADO, O MOTIVARIA A MELHORAR OS SEUS OBJETIVOS DE BEBER MAIS ÁGUA? FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 208

(24)

XXI | P á g i n a

Índice de Esquemas

ESQUEMA 01 - ORGANOGRAMA. FONTE: AUTORA (2019) ... 10

ESQUEMA 02- ANÁLISE SWOT DO SISTEMA DE REENCHIMENTO DE GARRAFAS DE ÁGUA E GARRAFA ASSOCIADA AO

SERVIÇO - ECO.FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 116

ESQUEMA 03- ANÁLISE SWOT DAS CASAS DE ÁGUA, FONTES SOCIAIS E DE ALTA TECNOLOGIA - ACEA.FONTE:(DA

AUTORA,2020). ... 118

ESQUEMA 04- ANÁLISE SWOT DAS REDE DE QUIOSQUES INTERATIVOS EXTERNOS - PALO.FONTE:(DA AUTORA,2020).

... 120

ESQUEMA 05- ANÁLISE SWOT DA ESTAÇÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - WELL.FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 122

ESQUEMA 06-ANÁLISE SWOT DA ESTAÇÃO DE VENDA DE ÁGUA -WOOSH.FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 125

ESQUEMA 07- ANÁLISE DE TODOS OS EQUIPAMENTOS.FONTE:(DA AUTORA,2020). ... 125

ESQUEMA 08- DIAGRAMA DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO ATIVA.FONTE:(DA AUTORA,2019) ... 129

ESQUEMA 09- MINDMAP (DESENHADO NO ÂMBITO DE UM EXERCÍCIO NA DISCIPLINA DE DESIGN DE PRODUTO E

SERVIÇOS). FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 139

ESQUEMA 10- NECESSIDADES E LIMITAÇÕES DO PROJETO.FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 140

ESQUEMA 11– ANÁLISE SWOT.FONTE:(DA AUTORA,2018). ... 143

ESQUEMA 12– BENEFÍCIOS.FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 144

ESQUEMA 13– ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA E APLICAÇÕES.FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 146

ESQUEMA 14– DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS NO QUADRO ELÉTRICO.FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 165

ESQUEMA 15– ESQUEMA ELETRÓNICO.FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 166

ESQUEMA 16–FLUXOGRAMA.FONTE:(DA AUTORA,2019). ... 167

ESQUEMA 17– CICLO DE VIDA DA GARRAFA.FONTE:(DA AUTORA,2019)... 171

(25)

Índice de Figuras

FIGURA 01 - Ciclo hidrológico. Fonte: (The Federal Interagency Stream Restoration Working Group, 1998: 84) ... 19 FIGURA 02 - Distribuição da água na Terra. Fonte: Adaptado de (EPAL e Shiklomanov, 1993) ... 21 FIGURA 03 - Disponibilidade da água doce no globo terrestre em (a) calotes polares e gelos permanentes, em (b)

aquíferos subterrâneos, em (c) lagos, reservatórios e rios (valores em km3). Fonte: (Sardinha et al, 2017: 12). ... 23 FIGURA 03 - Etapas do ciclo urbano da água. Fonte: (ADP, N/A). ... 30 FIGURA 04 - Sistema Tradicional - Esquema conceptual de um sistema de abastecimento de água para consumo humano.

Fonte: (ERSAR, 2017: 19) ... 33 FIGURA 05 - Etapas do Saneamento de Águas Residuais Urbanas. Fonte: (ERSAR, 2017: 18) ... 36 FIGURA 06 - Mundo: Disponibilidade de água por habitante, 1950, 1995 e 2025. Fonte: (ARMAND, 2006: N/A) ... 43 FIGURA 07 - Distribuição da água de nascente em atividade e em instalações para exploração futura. Fonte: (APIAM,

2015: 20) ... 50 FIGURA 09 - Água Pública - Uma iniciativa da DGS / PNPAS. Fonte: (Active Media, N.A.) ... 55 FIGURA 10 - “Fill forever” EPAL. Fonte: (EPAL, 2015). ...56 FIGURA 11 - “Fill forever” campanha “Faz parte” EPAL. Fonte: (Ambiente Magazine, 2017). ... 57 FIGURA 12 - Garrafa Águas do Porto. Fonte: (Dias, 2015). ... 57 FIGURA 13 - Serviço Eco – Pingo Doce. Fonte: (Pingo Doce, N/A) ... 58 FIGURA 14 - Bebedouro no Borough Market. Fonte: (Citizens Uk, 2019) . ... 59 FIGURA 15 - Bebedouro em zurique. Fonte: (Bucket List Journey, 2019) . ... 60 FIGURA 16 - Projeto “Poor Little Fish”. Fonte: (Yanlu@, 2015) ... 61 FIGURA 17 - Cold Start. Sistema de abertura de torneira frontal. Fonte: (Roca, 2015). ... 62 FIGURA 18 - Sistema integrado urinol – lavatório. Fonte: (Stand, N/A) ... 63 FIGURA 19a e 19b - Sistema integrado lavatório e sanita. Fonte: (Roca, 2015: N/A). ... 64 FIGURA 20 - Urinol Flushfree - Urinol sem uso de água. Fonte: (Roca, 2015: N/A). ... 65 FIGURA 21 - URILOCK - Urinol sem uso de água. Fonte: (URIDAN, 2015) ... 65 FIGURA 22a e 22b - Urinol sem uso de água e o seu funcionamento Fonte: (URIMAT, 2015) ... 66 FIGURA 23 - LowFlow® - Redutor de Caudal da água. Fonte: (OPTISIGMA, 2016: 1) ... 68 FIGURA 24 - Sistema de abertura retardada - Funcionamento. Fonte: (OLI, 2015: 8) ... 69

(26)

XXIII | P á g i n a

FIGURA 25 - Esquema de Sistema de Reaproveitamento de Águas Cinzentas. Fonte: (Charneca, 2019: N/A) ... 70 FIGURA 26 - A escada do Design segundo Danish Designcentre – DDC. Fonte: (Adaptado de Agapito, 2015: 35) ... 81 FIGURA 27 - A escada do Design com papel estratégico na cultura empresarial. Fonte: Adaptado de (Koostra, 2009: 12). ... 81 FIGURA 28 - Esquema do Design do Ciclo de Vida de Produto com Sub Fases. Fonte: Adaptado de (Vezzoli e Manzini,

2008: 24) . ... 86 FIGURA 29 - Nova abordagem de negócios, Design e validação de usuário. Fonte: Adaptado de (CHHATPAR, 2007: 31). ... 91 FIGURA 30 - Chafariz de El Rei Fonte. Fonte: Adaptado de (Silva, 2015: 137). ... 100 FIGURA 31 – A) Chafariz de S. Sebastião da Pedreira (1787); B) Chafariz do Rato (1754); C) Chafariz do Carmo (1769);

D) Chafariz das Janelas Verdes (1774); Fonte: (EPAL, 1995). ... 101 FIGURA 32 - Bebedouro público de partilha de copos construído, em Abril de 1859, no muro da igreja de St. Sepulchre,

Snow Hill. Fonte: (Mingle, 2015). ... 102 FIGURA 33 - The bubbler. Fonte: (Ivanov, 2015) ... 103 FIGURA 34 - Bebedouro público de jato arqueado com proteção bucal. Fonte: (Mingle, 2015) ... 104 FIGURA 35 – Bebedouros: a) Praia da Costa da Caparica; b) Parque Infantil de Telheiras; c) Passeio Marítimo de

Carcavelos; d) Junto à praia de Caxias. Fonte: (Da Autora) ... 105 FIGURA 36 - Fontanário em Coruche. Fonte: (Da Autora) ... 106 FIGURA 37 - Bebedouro inativo Av. Liberdade, Lisboa. Fonte: (Da Autora) ... 107 FIGURA 38 - Dispensador de água de rede. Fonte: (Fonte Viva, N.A.) ... 108 FIGURA 39 - Dispensador de água de com garrafão. Fonte: (Eden Springs®, N.A.) ... 108 FIGURA 40 - Sistema de reenchimento de garrafas de água e garrafa associada ao serviço. Fonte: (Ambiente Magazine,

2018). ... 115 FIGURA 41 - Acea - Casas de água, fontes sociais e de alta tecnologia em Roma. Fonte: (Romah24, 2018) ... 117 FIGURA 42 - PALO Rede de quiosques interativos externos. Fonte: (Frog Design, N/A) ... 119 FIGURA 43 - WELL – Estação de abastecimento de água. Fonte: (Urban Spring, N.A.) . ... 121 FIGURA 44 - WOOSH – Estação de venda de água. Fonte: (Woosh Wate, N.A.) . ... 123 FIGURA 45 - Logotipo - Zero - Associação Sistema Terrestre Sustentável. Fonte: (Zero, N/A) . ... 135 FIGURA 45 - Logotipo - Supermercado Maria Granel. Fonte: (Maria Granel, N/A) . ... 136 FIGURA 46 - Análise de equipamentos. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 145 FIGURA 47 - Primeiros esboços. Fonte: (Da Autora, 2018).... 148

(27)

FIGURA 49 - Primeiras representações gráficas tridimensionais. Fonte: (Da Autora, 2018). ... 149 FIGURA 50 - Primeira maqueta. Fonte: (Da Autora, 2018). ... 150 FIGURA 51 - Representação da família de equipamentos. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 151 FIGURA 53 – Elementos - Modelo estação de abastecimento com ecrã. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 153 FIGURA 54 – Elementos - Modelo estação de abastecimento sem ecrã – Com dispositivos eletrónicos. Fonte: (Da Autora,

2019). ... 154 FIGURA 55 – Elementos - Modelo estação de abastecimento sem ecrã para parede – Com dispositivos eletrónicos. Fonte:

(Da Autora, 2019). ... 155 FIGURA 56 – Elementos - Modelo estação de abastecimento sem ecrã – Sem dispositivos eletrónicos. Fonte: (Da Autora,

2019). ... 156 FIGURA 57 – Elementos - Modelo estação de abastecimento sem ecrã para parede – Sem dispositivos eletrónicos. Fonte:

(Da Autora, 2019). ... 157 FIGURA 58 – Elementos – Modelo bebedouro – Sem dispositivos eletrónicos. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 158 FIGURA 59 – Elementos – Modelo bebedouro de encaixe – Sem dispositivos eletrónicos. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 159 FIGURA 60 – Perspetiva - Modelo bebedouro canino. Fonte: (Da Autora, 2020). ... 160 FIGURA 61 – Zoom – Modelo bebedouro canino. Fonte: (Da Autora, 2020). ... 160 FIGURA 62 – Vista de cima – Modelo bebedouro canino. Fonte: (Da Autora, 2020). ... 161 FIGURA 63 – Esboços da garrafa. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 169 FIGURA 64 – Representação tridimensional da primeira interação com a garrafa; e primeira maqueta de estudo da garrafa.

Fonte: (Da Autora, 2019). ... 170 FIGURA 65 – Representação tridimensional da garrafa com capa e tampa de cortiça. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 170 FIGURA 66 – Logotipo da marca Leve e respetiva explicação. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 172 FIGURA 67 – Identidade visual do serviço. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 172 FIGURA 68 – Representação da aplicação – Login/Qrcode. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 173 FIGURA 69 – Representação da aplicação – Menu/Perfil. Fonte: (Da Autora, 2019).... 174 FIGURA 70 – Representação da aplicação – Estatísticas/Bebidas. Fonte: (Da Autora, 2019).... 175 FIGURA 71 – Representação da aplicação – Conquistas/Recompensas/Notificações. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 176 FIGURA 72 – Representação da aplicação – Mapas e parceiros. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 177 FIGURA 73 – Conjunto de fotografias que ilustram a construção do equipamento. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 185 FIGURA 74 – Mestranda durante a explicação. Fonte: (Da Autora, 2019) ... 193

(28)

XXV | P á g i n a

FIGURA 75 – Utilizador a interagir com o equipamento. Fonte: (Da Autora, 2019). ... 193 FIGURA 76 – Utilizador a responder a questionário. Fonte: (Da Autora, 2019).... 194

(29)

Índice de Tabelas

Tabela 01 - Habitações com água canalizada e acesso ao sistema de esgotos. Fonte: (WHO, 2000:

80)………29

TABELA 02-CONSTITUIÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA.FONTE:

(SOUSA,2001:3) ...35

TABELA 03-TABELA COM DADOS SOBRE O CRESCIMENTO DO CONSUMO DE ÁGUA NO MUNDO.FONTE: (ADAPTADO DE NUCCI ET AL,2018:13) ...45 TABELA 04-ALGUNS DOS PRINCIPAIS INDICADORES DA EPAL AO LONGO DOS ANOS DE 2004,2005,2006 E 2007.FONTE:(EPAL,2007:9) ...47

TABELA 05-PROBABILIDADE ANUAL DE VANDALISMO POR LOCAL (NÚMERO DE OCORRÊNCIAS).FONTE: (BUCK,2002:88) ...110

TABELA 06–RESPOSTAS FORNECIDAS.FONTE:(DA AUTORA,2020). ...133

TABELA 07–ELEMENTOS NOS EQUIPAMENTOS.FONTE:(DA AUTORA,2019). ...152

TABELA 08,09 E 10–ELEMENTOS NOS EQUIPAMENTOS.FONTE:(DA AUTORA,2019). ...164

TABELA 11–ESTUDO DE MERCADO –GARRAFAS.FONTE:(BUCK,2002:88) ...166 TABELA 12–ORÇAMENTO GASTOS NO PROTÓTIPO FINAL.FONTE:(DA AUTORA,2019)...186 TABELA 13–ORÇAMENTO DE COMPONENTES NÃO ADQUIRIDOS.FONTE:(DA AUTORA,2019). ...187

TABELA 14–ORÇAMENTO DE COMPONENTES ELETRÓNICOS.FONTE:(DA AUTORA,2019). ...189

(30)
(31)
(32)
(33)

CAPÍTULO I

1- INTRODUÇÃO GERAL

Neste capítulo será feita uma breve descrição do tema, nomeadamente a problemática do mesmo e o contexto em que se insere. Serão também apresentados os objetivos gerais e específicos desta investigação, assim como as questões de investigação primárias e secundárias decorrentes das que foram apresentadas inicialmente.

Por fim, serão indicados os benefícios da investigação, fatores críticos para o seu sucesso e a metodologia que será utilizada, seguido do desenho da investigação através de um Organograma.

(34)

3 | P á g i n a

1.1- NOTA INTRODUTÓRIA

“Independentemente do que se estude, descobrirmos sempre que aquilo que é bom e útil também é agraciado pela beleza.” (Castiglione, 1903: 15)2

A presente investigação encontra-se inserida no Curso de Mestrado em Design de Produto da FAUL, procurando enquadrar e expor, o âmbito, a questão e o processo da investigação aqui desenvolvido.

As principais motivações para a escolha deste tema e para a definição das premissas deste projeto foram um conjunto de experiências, inquéritos por questionário, entrevistas e o contacto com os Stakeholders. Foi com este conjunto de eventos, que se identificou uma oportunidade de projeto, que encaminhou a investigação ao encontro de uma solução de falta de acesso à água pública. O Design é um campo disciplinar importante para a cultura e para melhorar a vida quotidiana, ao longo dos tempos tem gerado uma vasta área de objetos tridimensionais, comunicações gráficas, sistemas integrados de informação, tecnologias e ambientes urbanos. Devendo assim, ser interpretado como uma ferramenta para resolver problemas de forma útil e prática.

Acreditando assim, que o Design contribui para a resolução de problemas na nossa sociedade, e que o Design de produto é uma forma de materializar soluções, o presente projeto parte da tomada de consciência da oportunidade de explorar uma nova abordagem de um serviço com uma gama de equipamentos, nomeadamente estações de abastecimento de água e bebedouros, que através de uma abordagem não tradicional, irão permitir o acesso à água em locais estrategicamente definidos. Assim, espera-se que através de uma Interface associada ao serviço e aos seus equipamentos possam, juntamente com o Design, proporcionar uma experiência lúdica com um objetivo pedagógico, despertando em todos os utilizadores, a consciência e a responsabilidade para o uso adequado da água.

Os equipamentos poderão ser aplicados de forma permanente, em zonas exteriores ou interiores, e estão pensados para qualquer utilizador ou animal doméstico que se encontre no espaço público.

2 t.l. de “(...) if you will consider all things, you will find that those which are good and useful always have a charm of beauty also.” - castiglione, b. & opdycke, l. (1903). The book of the courtier. 1º Ed. new york: scribner's sons: 15, [consultado a 05/12/2019].

(35)

1.2- PROBLEMÁTICA

A presente investigação aborda a área temática dos equipamentos que permitam diminuir o problema do acesso à água, em espaços públicos, de forma a também garantir uma eficácia na sensibilização de reutilização de garrafas no quotidiano.

“Pois a água é sumamente necessária para a vida, para as comodidades e para o uso quotidiano.” (Vitrúvio, 2006: 294) 3

A água é um bem essencial e um facto determinante no desenvolvimento das comunidades, surgiu na vida do homem na civilização egípcia, mas é a civilização romana que cria formas de controlo e distribuição de águas nas cidades. A maior parte das cidades terá surgido perto dos rios, para que fosse possível o fornecimento de água para consumir e para a irrigação dos campos de cultivo e gado.

Esta, foi por vezes escassa e o seu aproveitamento teve de ser controlado e transportado até aos locais onde era necessária para abastecer a população. “Os pontos de acesso à água são pontos fundamentais para a cidade, pois geram

praças (

), ou seja, um espaço público de convívio e partilha.” (Graça, 2013: 17)4

“(

) a cada segundo, fabricam-se em média 9,5 quilos de

resinas sintéticas em todo o mundo. É um poluente que está a gerar cada vez mais atenção global.”

(Rodrigues, 2018)5

3 VITRÚVIO, (2016). Architectura de vitrúvio. Lisboa: ist press, 2006: 294. isbn 972-8469-43-8 [consultado a 05/12/2019].

4 GRAÇA, A. (2013). Cidade, espaço público e corpo | água enquanto gerador de espaço. Mestrado. Universidade autónoma de lisboa: 17 [consultado a 05/12/2019].

5 RODRIGUES, R. (2018). Vai ser possível trocar plástico por senhas de supermercado [online] diário de notícias. Disponível em: https://is.gd/6cgbhd [consultado a 05/12/2019].

(36)

5 | P á g i n a

Desde a revolução industrial, mais propriamente 1950, até 2015, aproximadamente

6300 Mt de resíduos plásticos foram produzidos; apenas 9% foram

reciclados

,

12% foram incinerados e 79% acumularam-se em aterros ou no ambiente natural. Se as tendências atuais de produção e gestão de resíduos continuarem, cerca de 12,000 Mt de resíduos plásticos estarão em aterros sanitários ou no ambiente

natural até 2050” (Paunio, 2018: 1)6.

Com a falta de acesso à água gratuita e de qualidade nos espaços públicos, uma das consequências leve as pessoas a dirigem-se a estabelecimentos, para adquirir garrafas que por não estarem aptas à reutilização, devem ser imediatamente descartadas após a utilização.

Isto porque, mesmo que as garrafas produzidas com a matéria-prima PET, não contenham o componente químico BPA, este, “devido à sua composição, acumula

bactérias nocivas” (Visão Saúde, 2017)7 nas fissuras do plástico.

Existem inúmeros produtos líquidos, que necessitam de recipiente. Nesta investigação pretende-se focar no acesso aquele que é o bem mais precioso no nosso planeta, e deve ser consumido de forma sustentável e económica.

O antigo presidente da direção-geral da Quercus, Hélder Spínola, afirma que “para uma melhor gestão dos recursos hídricos, é essencial que se desenvolvam

métodos, mecanismos e comportamentos de uso mais eficientes”.8

É a partir desta premissa que desenvolvi a motivação para prosseguir com esta investigação e potenciar o desenvolvimento de uma família de equipamentos, que ofereçam ao utilizador uma nova experiência no que toca ao acesso e ao beber água.

6 T.L. de “As of 2015, approximately 6300 mt of plastic waste had cumulatively been generated; only around 9% of it had been ‘recycled’, 12% had been incinerated, and 79% had accumulated in landfills or in the natural environment. if current production and waste management trends continue, roughly 12,000 mt of plastic waste will be in landfills or in the natural environment by 2050.” PAUNIO, M. (2018). Save the oceans stop recycling plastic. 1º ed. the global warming policy foundation: 1. [consultado a 05/12/2019]. 7 SAPO VISÃO (2017). Perigo: porque não deve reutilizar as garrafas de plástico. [online] Disponível em: https://is.gd/jtmr9u [Consultado a 05/12/2019].

8 SPÍNOLA, H. (2007). Escassez da água é um problema para a humanidade - Jpn. [online] Jpn - Jornalismoportonet. Disponível em: https://is.gd/pnhslh [consultado a 05/12/2018].

(37)

1.3- QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

Devido à utilização da área do Design de Produto como ponte entre diferentes áreas de investigação, pode resultar no aparecimento de soluções inovadoras e com uma capacidade de resposta adaptável aos diferentes cenários. Assim, seguindo o enquadramento dado, seguem-se as questões de investigação centrais e secundárias:

Q1. Como pode o Design contribuir para a projeção de um equipamento para o

abastecimento público, de forma a tornar o acesso à água, facilitado, cómodo e sustentável?

No que lhe concerne, esta questão principal levanta a seguinte questão secundária:

QS1. Quais as características que um equipamento de abastecimento público, deve

(38)

7 | P á g i n a

1.4. OBJETIVOS

1.4.1. OBJETIVOS GERAIS

Este projeto tem como objetivo principal, a procura de uma solução para o acesso à água, cómoda e sustentável em espaços públicos, garantindo uma eficácia na utilização e sensibilização de reutilização de garrafas no quotidiano.

Pretende-se contribuir para a hidratação e saúde de todos os utilizadores do serviço, dando-lhes a possibilidade de controlar e notificar o seu consumo de água diário e até mesmo conectar com aplicações de desporto específicas.

1.4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Incorporar vertentes do Design de produto juntamente com Design de serviços,

Design de comunicação, questões de ergonomia, antropométrica e

sustentabilidade, para o sucesso do desenvolvimento deste serviço;

Criar uma rede de equipamentos conectados à água de companhia - através de canalizações disponíveis na localidade inserida;

Que este projeto seja impulsionador na ajuda da diminuição do uso de embalagens descartáveis, embalagens plásticas PET, utilizadas para o armazenamento da água;

Fornecer uma aplicação associada ao serviço, para que o utilizador consiga monitorizar o consumo da água, criando um perfil e adquirindo um código de leitura a ser utilizado no leitor do equipamento;

Projeção de uma garrafa reutilizável associada ao serviço, 100% reciclável e nacional;

(39)

1.5. DESENHO DE INVESTIGAÇÃO

Para a levar a cabo esta investigação aplicou-se uma investigação mista, de base qualitativa e, com momentos de carácter não intervencionista e intervencionista. O primeiro momento incluiu uma Crítica Literária que levou ao Estado da Arte. Procedeu-se um levantamento bibliográfico que incluiu recolha, seleção, análise e síntese de informação. Este levantamento favoreceu o aprofundamento de conhecimentos sobre a temática abordada, através de livros, publicações e Web. Neste primeiro momento foi possível definir a Hipótese, a sua formulação foi, inevitavelmente, influenciada pela Crítica Literária e interligação das Palavras-Chave.

O segundo momento desta investigação, é uma metodologia intervencionista de base qualitativa, pois compreende uma investigação ativa que suporta a prática projetual. Pretende-se, desenvolver um serviço, com a associação de produtos, que forneça um sistema de acesso à água pública: de forma gratuita, cómoda e sustentável, ao utilizador. Inclui elementos, em geral, como a estação de abastecimento de água – Refill -, um bebedouro projetado também para pessoas com mobilidade reduzida, crianças e animais domésticos.

As investigações deparam-se muitas vezes com determinadas limitações. Esta investigação não é exceção e houve vários condicionantes que dificultaram o estudo e levaram a que todo o processo não se pudesse desenrolar de acordo com as condições ideais. Esta limitação esteve presente na parte de desenvolvimento do protótipo em parceria com uma empresa de serralharia, mas devido a fatores temporais e orçamentais, optou-se por mudar de estratégia de forma a conseguir, a tempo, o protótipo à escala real do equipamento escolhido para testes.

Após o desenvolvimento e prototipagem, o equipamento foi colocado em dois locais para teste, garantindo assim a sua viabilidade, melhores resultados e conclusões do projeto, contributo para futuras pesquisas e perceber se está apto a ser implementado num teste de maior dimensão.

(40)

9 | P á g i n a

1.6. ORGANOGRAMA DO PROCESSO INVESTIGATIVO

Na seguinte página, no (Esquema 01) encontra-se a estrutura da investigação, onde

definimos duas fases metodológicas: a primeira, que compreende o enquadramento teórico; resultando no desenvolvimento do estado da arte, análise de casos de estudo e na construção da nossa hipótese. A segunda fase metodológica suporta toda a prática do projeto, a sua operacionalização e validação.

Os resultados serão no fim, confrontados com a hipótese, tendo sido obtidas as conclusões.

(41)
(42)

11 | P á g i n a

1.7. BENEFÍCIOS

O principal benefício deste projeto de investigação está relacionado com o fornecimento de água em espaços públicos.

Os beneficiários primários são o grande número de indivíduos, que por não ter um local público onde encher as suas garrafas, vêm-se obrigados a dirigir-se a estabelecimentos de compra, para adquirir garrafas descartáveis, que após minutos de utilização, são descartadas. Este serviço permite aos utilizadores a reutilização de garrafas de água próprias ou adquirir a garrafa associada ao serviço. Criação de uma identidade com valores próprios que possa gerar uma vantagem competitiva e ser reconhecida pelos consumidores.

A busca de uma sociedade sustentável é hoje uma necessidade vital para a continuidade saudável da vida humana, a vários níveis, tendo implicações na construção e material dos objetos.

Assim, este conceito procura uma visão de futuro que possa ser um bom exemplo de:

(a) nova experiência para o utilizador;

(b) um modelo de alternativa a abastecedores de água tradicionais; (c) uma marca com consciência ambiental;

(d) uma intervenção focada no bem-estar do consumidor.

Por fim, o autor também irá beneficiar com todo o processo de desenvolvimento e aprendizagem, devido à possibilidade de consolidar a aprendizagem de processos de produção, no âmbito do projeto de produto até à sua materialização - metodologias de criação, sistemas produtivos em ambiente industrial e prototipagem; por desenvolver um pensamento crítico e analítico; e por fim, todo o contacto com os Stakeholders de várias áreas para a concretização do projeto.

(43)

1.8. FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

O projeto realizado com esta dissertação assenta na junção de três temáticas, o acesso à água pública, consciência ambiental e reutilização, bem como a sua relação com os utilizadores. Desta forma, um dos fatores críticos do projeto foi conseguir chegar a uma solução que, na prática, além de fornecer água gratuita ao utilizador, que a experiência causada pelo serviço, fosse eficaz no que toca à motivação de ingerir a quantidade de água ideal por dia e, sensibilizar sobre o descarte consciente de garrafas de plástico.

O fator crítico de sucesso está associado com os elementos necessários para que o projeto se concretize e que serão também fundamentais para o seu êxito. O fator mais proeminente é sem dúvida o projeto realizado, os estudos e a coerência de todo o trabalho.

Tendo em conta estes elementos, para que o trabalho tenha a possibilidade de ter sucesso, é necessária uma pesquisa e recolha pormenorizada de informação sobre o tema. São estes fatores no seu conjunto que compõem e possibilitam que haja a tal coerência no projeto. Ao ter em conta estes elementos, a concretização dos objetivos propostos torna-se realizável.

Outro dos fatores essenciais para o projeto é a motivação e o interesse na temática investigada. Têm-se em conta que trará não só valorização pessoal, como também aumentará o conhecimento da temática em questão.

Relativamente à gestão do projeto, o plano de calendarização ultrapassou em alguns momentos o previsto para algumas tarefas. Os desafios técnicos na criação do elemento proposto para o protótipo, foram um fator crítico, no sentido em que houve contratempos por parte dos parceiros, devido a fatores temporais e económicos e, perto do final do projeto houve a necessidade de procurar outra forma de o produzir.

Um dos fatores mais críticos para o sucesso foi marcar a diferença e eventual rutura com o existente, apelar e despertar no utilizador o interesse imediato.

(44)

13 | P á g i n a

1.9. GUIA DA DISSERTAÇÃO

Esta dissertação está subdividida em 5 partes; a primeira parte consiste no capítulo introdutório onde são apresentados o tema e a abordagem de investigação; A segunda parte corresponde ao Estado da Arte; A terceira parte corresponde ao processo de desenvolvimento do projeto; a quarta parte refere-se a testes efetuados em campo e respetivas avaliações; por fim, a quinta parte esboça as conclusões da investigação e as recomendações para futuras investigações na área.

Capítulo 1: Introdução

Na introdução, delimitaremos o tema de investigação e referiremos a sua relevância para o acesso à água em espaços públicos e a importância da reutilização de forma a diminuir desperdícios plásticos. Serão enumerados as questões centrais e os objetivos da presente investigação. Esclarecer-se-á também qual a metodologia utilizada e as suas diversas etapas.

Capítulo 2: Enquadramento Teórico

Neste capítulo analisam-se vários aspetos relacionados com o tema da água; E aspetos relacionados com o papel do Design Centrado no Utilizador, bem como questões de sustentabilidade e interação.

Aborda-se a origem dos dispensadores de água públicos e qual a diferença entre os conceitos utilizados no quotidiano. Analisa-se o risco de vandalismo em equipamentos urbanos para melhor compreender os fatores que influenciam estas práticas, apoiando a escolha dos locais preferenciais.

(45)

Capítulo 3: Desenvolvimento do Projeto

Este capítulo consiste num resumo de todas as “Ideias a Reter” dos capítulos que compõem o Estado da Arte, permitindo, assim, obter uma visão geral do novo conceito e formular a proposta de Projeto.

Apresentam-se numa análise SWOT, as principais forças, fraquezas, oportunidades, e ameaças desta investigação. São referidas as ideias centrais que compõem o renovado conceito do serviço, e modo como interagem entre si. Demonstra como este conceito se preocupa com os seus consumidores e com a sociedade/ambiente em que se insere.

Após a contínua investigação e consequente alargamento do âmbito do projeto para um novo conceito holístico, foram desenvolvidos diversos equipamentos pertencentes à família, focando a experiência em torno do utilizador, levando à projeção da aplicação e restante comunicação associada ao serviço.

Explicam-se as diversas decisões tomadas relativamente à linguagem formal e funcionamento da máquina, apresentando exemplos da sua implementação, em múltiplos cenários, e realiza-se um protótipo à escala real, que servirá para testes com utilizadores.

Capítulo 4: Testes com utilizadores

Após a construção de um produto à escala real, este será aplicado em dois locais, para eventuais testes. Será apresentado neste capítulo o questionário e fotos.

Capítulo 5: Conclusões e investigação futura

Neste capítulo final, apresentam-se as respostas às questões de investigação, elaboram-se as devidas conclusões e expõem-se os benefícios de toda a investigação.

Procede-se à listagem de algumas propostas para investigações futuras e discriminam-se as principais dificuldades enfrentadas no decorrer da investigação

(46)

15 | P á g i n a 1.10. REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

Castiglione, b. & Opdycke, l. (1903). The book of the courtier. 1º ed. New york: 15, [consultado a 05/12/2019]. Graça, a. (2013). Cidade, espaço público e corpo | água enquanto

gerador de espaço. Mestrado.

Universidade autónoma de lisboa: 17 [consultado a 05/12/2019].

Paunio, m. (2018). Save the oceans stop recycling plastic. 1º ed. The global warming policy foundation: 1, [consultado a 05/12/2019].

Rodrigues, R. (2018). Vai ser possível

trocar plástico por senhas de

supermercado [online] Diário de

Notícias. Disponível em:

https://is.gd/6cgbhD, [Consultado a 05/12/2019].

Sapo visão (2017). Perigo: porque não deve reutilizar as garrafas de

plástico. [online] Disponível em:

https://is.gd/jtmr9u, [consultado a

05/12/2019].

Spínola, h. (2007). Escassez da água é um problema para a humanidade.

[online] JPN – jornalismo porto net.

Disponível em: https://is.gd/pnhslh, [consultado a 05/12/2018].

Vitrúvio (2016). Architectura de

vitrúvio. Lisboa: Ist press, 2006: 294. Isbn 972-8469-43-8, [consultado a 05/12/2019].

(47)

CAPÍTULO II | ENQUADRAMENTO TEÓRICO

Capítulo 2 | Água

2.1. Nota introdutória

2.2. Água como um recurso natural 2.3. Distribuição da água na terra 2.4. Água como direito fundamental

2.5. Provisionamento para consumo humano

2.6. Etapas de abastecimento seguro de água para consumo humano 2.6.1. Constituição dos sistemas de abastecimento de água para consumo humano

2.7. Evolução das infraestruturas no setor da água em Portugal 2.8. Disponibilidade da água a nível mundial

2.9. Caracterização dos consumos e utilização da água 2.10. Disponibilidade da água em Portugal

2.11. Poupança de água

2.12. Sensibilização da população

2.13. Campanhas para fomentar o consumo da água 2.13.1. Em Portugal

2.13.2. No Mundo

2.14. Novas tecnologias/equipamentos sustentáveis: poupança água e energia 2.14.1. Equipamentos

2.14.2. Tecnologias

(48)

17 | P á g i n a

CAPÍTULO II - ENQUADRAMENTO TEÓRICO

2 - Água

2.1. Nota introdutória

O presente capítulo introduz um dos temas fulcrais desta investigação: a água. No início do capítulo são realizadas abordagens detalhadas sobre a água como recurso natural, toda a sua disponibilidade e a água como direito fundamental para o utilizador.

Ao longo do capítulo irá desenrolar-se a abordagem geral sobre o provisionamento adequado de água e a sua relação com os países subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento, seguindo de uma análise da disponibilidade e provisionamento em Portugal.

O fim do capítulo fala sobre a necessidade da poupança de água e da sensibilização da população, mostrando tecnologias e equipamentos que já foram desenvolvidos para essa finalidade.

(49)

2.2. Água como um recurso natural

“Water is the most critical resource issue of our lifetime and our children’s lifetime. The health of our waters is the principal measure of how we live on the land”

(Luna L., 2008: 30)9

A Água, tal como o Sol, é imprescindível para a Vida na Terra (Inag, 2003: 16)10. É

um recurso natural, essencial à sobrevivência humana e base de sustentação dos

ecossistemas mundiais (WWAP, 2009: XXIV)11.

Ribeiro (2017: 9)12 dita que a água é um elemento natural, reciclável por excelência.

Uma substância líquida e incolor, formada por dois átomos; um de hidrogénio e outro de oxigénio. Em doutrina, sustenta-se que:

“a água pode ser definida como uma substância líquida e insípida, encontrada em grande abundância na natureza. Em estado líquido pode ser encontrada nos mares, rios e lagos; Em estado sólido constitui o gelo e a neve; Em estado de vapor visível na atmosfera formando as nuvens e a neblina e em estado invisível sempre no ar.”

(Granziera, 2006: 25)13

9 LUNA L. (2008). Water is life: protecting a critical resource for future generations. Freshwater society guardianship council: 8; 13; 22; 30; 43-44 [consultado a 02/10/2019].

10 INAG - instituto da água (2003). A água, a terra e o homem - ciclo da água (reprodução da edição publicada em 1988 pela dgrn): 16 [consultado a 06/10/2019].

11 WWAP. (2009). The united nation world water development report 3: water in a changing world. New york: Bergan books: xxiv [consultado a 11/10/2019].

12 RIBEIRO, L. E ROLIM, N. (2017). Planeta água de quem e para quem: uma análise da água doce como direito fundamental e sua valoração mercadológica. Revista direito ambiental e sociedade, 7º ed. brasil: 7-33 [consultado a 02/10/2019].

13 GRANZIERA, M. (2006). Direito de águas. Disciplina jurídica das águas doces. 3º Ed. são Paulo: atlas S.A.: 25-44 [consultado a 02/10/2019].

(50)

19 | P á g i n a

Esta é um recurso renovável, através do ciclo hidrológico que segundo Guimarães

et al (2017: 1)14 não tem um início nem um fim, no entanto, para o descrever é usual

definir a atmosfera, como o seu início.

FIGURA 01 - Ciclo hidrológico. Fonte: (The Federal Interagency Stream Restoration Working

Group, 1998: 84)15

14 GUIMARÃES, R., SHAHIDIAN, S. AND RODRIGUES, C. (2017). Hidrologia agrícola. 2º Ed. Évora: universidade de Évora: 1-2 [consultado a 02/10/2019].

15 THE FEDERAL INTERAGENCY STREAM RESTORATION WORKING GROUP (1998). Stream Corridor Restoration: Principles, Processes, and Practices. 1º Ed: 84 [Consultado a 02/10/2019].

(51)

Como demonstra na (figura 01), o ciclo da água é composto por 6 fases, sendo elas a Evaporação, Condensação, Precipitação, Infiltração e Escoamento (Teixeira,

2018: 2)16. O vapor de água é transportado pela circulação atmosférica, alimenta

as nuvens a partir das quais se forma a precipitação, fundamentalmente sob a forma de chuva e neve. Nesse processo, a água recicla-se, sustentando a vida no Planeta (Guimarães et al, 2017: 1).

Em suma, é do conhecimento geral que o corpo dos seres vivos é maioritariamente constituído por água, variando em percentagem de espécie para espécie. No caso

dos seres humanos, o corpo é constituído por 70% de água (Quintela, 1996: N/A)17.

Com efeito, uma pessoa consegue sobreviver sem comer, durante algumas semanas, mas o mesmo, não acontece se ficar sem água, falecendo ao fim 2 ou 3

dias, por falta de hidratação (Bruni, 1994: 53)18.

Nota |

Daí a necessidade de procurar uma solução com este projeto para a hidratação diária dos utilizadores, como consequência das perdas de água que ocorrem em todos os organismos, em cerca de 2 a 2,45 litros por dia, em média, no caso dos seres humanos, a fim de as compensar e, assim, manter o equilíbrio da quantidade de água existente no corpo, por forma a garantir o seu bom funcionamento (Lourenço et al, 2013: 407).

16 TEIXEIRA, P. (2018). O setor da água em Portugal e a introdução da remunicipalização: o caso de mafra. Mestrado. Lisboa school of economics and management: 1-5 [consultado a 11/10/2019].

17 QUINTELA, A. C. (1996). Hidrologia e recursos hídricos. Instituto superior técnico, lisboa: N/A [consultado a 01/10/2019].

(52)

21 | P á g i n a

2.3. Distribuição da água na terra

“De facto, a água está em toda a parte, embora a sua distribuição não seja uniforme.”

(Selborne, 2001: 80)19

Segundo (Guimarães et al, 2017:3), a água que existe na terra distribui-se por três grandes reservatórios: os oceanos (96,538%), os continentes (3,461%) e a atmosfera (0,001%). A superfície do planeta Terra contém cerca de 71% de água em estado líquido, fator que justifica denominá-la de “Planeta Azul”:

FIGURA 02 - Distribuição da água na Terra. Fonte: Adaptado de (EPAL20 e Shiklomanov21, 1993)

19 SELBORNE, L. (2001). A ética do uso da água doce: um levantamento. Brasília: unesco: 80 [consultado a 01/10/2019].

20 SARDINHA, J., ET AL (2017). Controlo ativo de perdas de água. 2º Ed. epal, empresa portuguesa das águas livres s.a.: 11-12. [consultado a 01/10/2019].

21 SHIKLOMANOV, I. (1993), Global water resources. State hydrological institute (shi, st petersburg) and united nations educational scientific and cultural organisation, unesco, paris: N/A [consultado a 01/10/2019].

(53)

“Ainda que a água seja abundante no nosso planeta, pois ocupa cerca de 70% da sua superfície, motivo que levou a considerar a Terra como o “Planeta Azul”, ela concentra-se nos oceanos, que possuem uma grande quantidade de sais dissolvidos sendo, por isso, salgados e impróprios para consumo.”

(Lourenço, 2013: 406) 22

Na figura 02, mostra-se a importância das várias reservas hídricas existentes no globo terrestre. Analisando esta figura podemos verificar que em apenas 3% da água doce, cerca de 77% estão retidos em glaciares e neve permanente, 22% correspondem a água subterrânea (dificilmente alcançável pelo Homem), e apenas 1% corresponde a água superficial.

Deste 1% de água superficial, cerca de 61% encontra-se nos rios e lagos, e 39% na atmosfera e no solo. Assim, pode afirmar-se que apenas cerca de 0,3% de toda a água do nosso planeta é passível de ser utilizada pelo Homem (Hipólito e Vaz, 2011: 5)23.

A EPAL (Sardinha et al, 2017: 12) regista ainda, uma grande variação da disponibilidade do recurso água doce no globo terrestre, com zonas de profunda carência de água e outras mais ricas (figura 02), o que, conjugado com o contínuo crescimento da população humana no planeta, particularmente concentrada nas zonas costeiras, conduz a crescentes desequilíbrios que originam zonas de grande stresse hídrico.

22 LOURENÇO, L. E BERNARDINO, S. (2013). Riscos naturais, antrópicos e mistos, livro de homenagem ao professor doutor Fernando Rebelo. 1ª Ed. Coimbra: Faculdade de letras universidade de Coimbra: 406. disponível em https://is.gd/ctegju [consultado a 01/10/2019]. 23 HIPÓLITO, J. R. E VAZ, A. C. (2011). Hidrologia e recursos hídricos, ist press, isbn 978-9728469863, lisboa: 5 [consultado a 02/10/2019].

(54)

23 | P á g i n a

FIGURA 03 - Disponibilidade da água doce no globo terrestre em (a) calotes polares e gelos

permanentes, em (b) aquíferos subterrâneos, em (c) lagos, reservatórios e rios (valores em km3).

Fonte: (Sardinha et al, 2017: 12).

Em 2006, o número estimado de pessoas que sofreram escassez de água no mundo terá sido na ordem de 1,200 milhões, estimando que este número possa vir

a aumentar para quase 1,800 milhões em 2025 (UN Water, 2007)24. Contudo,

Neutzling (2004: 100) ao ocupar-se do uso da água alerta que:

“As atividades humanas utilizam cerca de 2,5 vezes mais água do que a quantidade naturalmente disponível nos rios do planeta. (…) O tempo de demanda da circulação da água é de 44 anos, bastante inferior ao tempo de sua renovação natural em escala global, indicando uma clara tendência à escassez e forte pressão sobre reservatórios subterrâneos.”

(Neutzling, 2004: 100) 25

24 UN WATER (2007). Coping with water scarcity: challenge of the twenty-first century¸un water, fao fiat panis: N/A [consultado a 04/10/2019].

(55)

A dimensão e relevância das perdas de água ao nível global tem justificado diversos estudos e análises de boas práticas sobre a matéria. Trata-se, contudo, de um processo que requer a sensibilização e envolvimento de todos os intervenientes, desde os profissionais do setor ao simples cliente, sendo necessário

motivar mudanças comportamentais (McKenzie e Hamilton, 2014: N/A)26.

Nota |

É com esta necessidade de mudança de comportamento e sensibilização do utilizador, que a solução encontrada neste projeto visa respeitar as premissas acima mencionadas.

26 MCKENZIE, R. E HAMILTON, S. (2014). Get back to basics with water loss management. Water 21 magazine, iwa publishing, Londres, Dezembro 2014: N/A.

(56)

25 | P á g i n a

2.4. Água como direito fundamental

“Negar água ao ser humano é negar-lhe o direito à vida. Em outras palavras, é condená-lo à morte, pois a simples existência, por si só, já lhe garante o direito de consumir a água e o ar”

(Machado, 2002: 23) 27

Gaspar (2017: 22) 28 cita que a água é imprescindível para a vida humana, aliado à

diminuição de recursos hídricos disponíveis na Terra, que levou a comunidade internacional a tomar consciência da necessidade de planear e gerir o uso deste recurso.

Assim, a partir de meados do século XX várias organizações internacionais adotaram instrumentos jurídicos dedicados ao tema da água, centrados fundamentalmente na sua proteção enquanto bem ambiental.

A Conferência Mundial sobre a Água, realizada em Mar del Plata, em 1977 (UNWC,

1997: N/A)29, destaca-se por iniciar a construção de um direito de acesso ao

abastecimento público de água, com caráter universal.

Da mesma forma, instrumentos internacionais contemplaram o assunto, a exemplo

da Declaração Universal dos Direitos da Água (Barbosa, 2010: 40)30, realizada em

Dublin, nascida a 22 de março de 1992, que consagrou:

27 MACHADO, P. (2002). Recursos hídricos: direito brasileiro e internacional. São Paulo: malheiros: 23 [consultado a 01/10/2019]. 28 GASPAR, D. (2017). A organização institucional dos serviços públicos de águas | Entre a descentralização limitada e a centralização consensualizada. Mestrado. Universidade de lisboa | faculdade de direito. [consultado a 01/10/2019].

29 UNITED NATIONS WATER CONFERENCE (1977). Genebra: International environment house. [online]. Disponível em: http://www.ielrc.org/content/e7701.pdf [consultado a 06/10/2019].

(57)

“A água não é somente herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. A sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.”

(ONU, 1992)31

A água é um recurso imprescindível, finito, vulnerável e escasso, com vários setores competindo entre si por ela (Ferreira, 2013: 56). Nesse sentido, a Declaração de Dublin afirma no seu quarto princípio que:

“A água (…) deve ser reconhecida como um bem económico. No contexto deste princípio, é vital reconhecer inicialmente o direito básico de todos os seres humanos do acesso ao abastecimento e saneamento a custos razoáveis.”

(Declaração Dublin, 1992)32

É a essência da vida, sem água, não podemos falar em vida digna, visto que tampouco poderemos falar em vida. Ainda assim, milhões de pessoas são afetadas não somente pela ausência de água, mas pela água de má qualidade, além das consequências concretas da sua utilização que provoca mais mortes diárias do que

as mortes causadas em guerras (Grubba, 2012: 48)33.

Os efeitos desse problema variam, num mundo desigual, de país para país e

dependem dos padrões de riqueza de cada região e família (RDH, 2006: 16). Por

exemplo, o que dizer do fato de que as pessoas mais pobres do mundo pagam os preços mais altos pela água? (Grubba, 2012: 48)

31 ONU - organização das nações unidas (1992). Conferência das nações unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento, rio de janeiro. [consultado a 04/10/2019].

32 DECLARAÇÃO DE DUBLIN (1992). Disponível em: http://www.meioambiente.uerj.br/entrevista. [consultado a 04/10/2019]. 33 GRUBBA, L. (2012). Direito ambiental e humano: a complexidade na questão da água. Veredas do direito, [online] V. 9 N.18: 37-55. disponível em: https://is.gd/n3txeg [consultado a 06/10/2019].

(58)

27 | P á g i n a

“A distribuição do acesso à água e ao saneamento básico reflete a distribuição de riqueza. As pessoas mais pobres têm acesso a menos água e pagam os preços mais elevados. Para exemplificar esse fato, salientamos que as “[…] pessoas que vivem nos bairros degradados de Jacarta (Indonésia), Manila (Filipinas) e Nairóbi (Quénia) pagam 5 a 10 vezes mais por água e por unidade do que as que vivem nas zonas de elevado rendimento […] em Londres ou Nova Iorque.”

(NAÇÕES UNIDAS, 2006: 16)

Gráfico 01 - Preços da água. Fonte: (WUP, 2003: 28)34.

“As torneiras que pingam nos países ricos desperdiçam mais água da que está disponível diariamente a mais de mil milhões de pessoas”

(NAÇÕES UNIDAS, 2006: 14)

Assim, tendo por base a perspetiva sugerida pelo relatório das Nações Unidas (2006: 12), afirmamos que “a água potável faz parte do mínimo social”, e cada pessoa deve ter acesso a pelo menos 20 litros de água potável por dia, para poder satisfazer as suas necessidades básicas.

34 WUP (2003). Better water and sanitation for the urban poor – good practice from subsaharan Africa water utility partnership for capacity building. Africa: 28. Disponível em: https://is.gd/yoqwu7 [Consultado a 05/10/2019].

(59)

Mesmo assim, enquanto a maioria dos 1,200 milhões de pessoas sem acesso à água potável utiliza aproximadamente 5 litros de água por dia, em média, nos Estados Unidos, as pessoas utilizam diariamente mais de 400 litros de água, e, na Europa, mais de 200 litros.

Nota |

O projeto presente nesta dissertação, não procura resolver os problemas a nível mundial, procura sim ajudar a melhor o acesso à água para a população portuguesa, que têm também direito a ingeri-la no seu dia a dia, com mais conforto e segurança.

(60)

29 | P á g i n a

2.5 - Provisionamentopara consumo humano

“Todas as pessoas, independentemente do seu estágio de desenvolvimento e as suas condições sociais e económicas têm o direito de ter acesso a uma oferta adequada de água potável segura.”

(UN, 1977: 1)35

No ocidente, o acesso à água canalizada e ao sistema de esgotos está presente

na maior parte das residências (Tabela 02). Todavia algumas regiões do globo como,

por exemplo, África, esse acesso é escasso devido a vários fatores, tais como, ambientes desestruturados, condições socioeconómicas precárias e pobreza endémica, consequentemente, existe pouco investimento por parte dos governos locais em melhorar as condições gerais de saneamento.

Tabela 01 - Habitações com água canalizada e acesso ao sistema de esgotos. Fonte: (WHO, 2000:

80)36.

35 T.L. “all peoples, whatever their stage of development and their social and economic conditions, have the right to have access to drinking water in quantities and of a quality equal to their basic needs.”

UNITED NATIONS (1977). Report of the United Nations water conference Mar del Plata: 1. Disponível em: http://www.ielrc.org/content/e7701.pdf [consultado a 21/10/2019].

36 who (2000), global water supply and sanitation assessment 2000 report, world health organization, collaborative council, Geneva: 80 [Consultado a 21/10/2019].

Referências

Documentos relacionados

ponto, deflete-se à esquerda e, segue-se por essa divisa, até o ponto em que o seu prolongamento encontra-se com o eixo do Ribeirão Guaratinguetá; daí,

Todos os artigos desta publicação são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores, não cabendo qualquer responsabilidade legal sobre o seu conteúdo à Revista Caminho

2.6 No que respeita aos trabalhadores referidos na alínea d) do n.º 2 do artigo 156.º do OE para 2021 (“trabalhadores em situação de desproteção económica e social

Verificaram-se as seguintes intervenções:--- Vereador Joaquim Rodrigo de Matos Ferreira Pinto Pereira (PSD) – Defendeu que estas taxas não deveriam ser fixadas nos limites máximos

Para provar sua tese, esses críticos que entendem que o islamismo é o problema, tendem a ligar atos específicos dos grupos jihadistas a uma sequência de referências extraídas

As etapas presentes no processo de gerenciamento do risco operacional são: identificação; avaliação, incluindo a dos controles internos; mensuração;

(omissis) II – Encontrava-se pacificado o entendimento nesta Corte, no sentido de que a lei acidentária, quando mais benéfica, retroagia apenas para alcançar

Os produtos mais utilizados por essas mulheres são para a pele e cabelo, como hidratantes, protetores solar e tintura para cabelo;. Boa parte delas detecta a falta de